Tutorial Pericia
Tutorial Pericia
Tutorial Pericia
Perícia é todo e qualquer ato propedêutico ou exame realizado por médico, com a finalidade de
contribuir com as autoridades administrativas, policiais ou judiciárias na formação de juízos a que
estão obrigadas. É ato privativo do médico, podendo ser exercida pelo médico civil ou militar,
desde que investido em função que lhe assegure a competência legal e administrativa para tal.
Na linguagem jurídica, significa a pesquisa, o exame, a verificação acerca da verdade ou da
realidade de certos fatos; é um meio de prova admitida no Direito, sendo o perito, sob o
compromisso da verdade, nomeado pela autoridade judiciária (ou administrativa) para ajudar a
esclarecer um fato considerado relevante para o pronunciamento do órgão judicante
• É o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de laudo sobre
questões médicas, mediante exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento,
avaliação ou certificação
Tipos de perícia:
Quando redigido pelo perito é chamado de laudo, e quando ditado ao escrivão, de auto.
Sete partes:
A perícia médica do INSS considera o laudo médico válido por 90 (noventa) dias, sendo assim é
necessário que o trabalhador mantenha regularidade no acompanhamento médico e que o laudo
esteja atualizado, essa regra é válida para esfera administrativa. Para a esfera judicial, o Juiz da
Justiça Federal em casos onde há pedido de benefício incapacitante, admite que o laudo tenha
até 180 (cento e oitenta) dias, em casos de acidente de trabalho o Juiz responsável será o da
Justiça Estadual, e o prazo mantém em 180 (cento e oitenta) dias. Outro dado importante é a data
da incapacidade, essa data é importante pois é a partir da comprovação da incapacidade que o
segurado receberá seu benefício, mesmo que seja retroativo
Quanto à primeira "angústia" o médico, sempre que possa, tem o dever de colaborar com a
Justiça quando nomeado perito pela autoridade competente, sobretudo numa ação penal,
devendo aceitar este múnus público em benefício da coletividade. No entanto, deverá renunciar à
função quando o assunto escapar à sua competência ou quando a pessoa a ser periciada é, ou
foi, seu paciente, seu amigo ou desafeto, familiar ou sócio. Nestas condições, o médico
comparecerá perante a autoridade que o designou e lavrará seu impedimento, nada mais
declarando, sobretudo em relação aos pacientes. Em relação à cobrança de honorários por
perícia emanada de determinação de autoridade judicial, ela é justa e devida pelo Estado, sendo
um direito e uma obrigação do médico cobrá-los. O médico não deve cobrar honorários
diretamente do periciado quando da realização de uma perícia médica judicial, pois entre eles não
há a relação contratual tipo médico-paciente. O ressarcimento pela prestação de tão relevante e
decisivo serviço é uma obrigação do Poder Público, devendo este provê-la. O médico deve
apresentar seus honorários quando da determinação judicial dentro do prazo legal, desde que
aceito o munus. Caso contrário, deverá declinar do encargo, alegando de forma justificada suas
razões àquela autoridade.
É vedado ao médico:
• Art. 92. Assinar laudos periciais, auditoriais ou de verificação médico-legal quando não
tenha realizado pessoalmente o exame.
• Art. 93. Ser perito ou auditor do próprio paciente, de pessoa de sua família ou de qualquer
outra com a qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho ou de empresa em que
atue ou tenha atuado.
• Art. 94. Intervir, quando em função de auditor, assistente técnico ou perito, nos atos
profissionais de outro médico, ou fazer qualquer apreciação em presença do examinado,
reservando suas observações para o relatório.
• Art. 95. Realizar exames médico-periciais de corpo de delito em seres humanos no interior
de prédios ou de dependências de delegacias de polícia, unidades militares, casas de
detenção e presídios.
• Art. 96. Receber remuneração ou gratificação por valores vinculados à glosa ou ao
sucesso da causa, quando na função de perito ou de auditor.
• Art. 97. Autorizar, vetar, bem como modificar, quando na função de auditor ou de perito,
procedimentos propedêuticos ou terapêuticos instituídos, salvo, no último caso, em
situações de urgência, emergência ou iminente perigo de morte do paciente, comunicando,
por escrito, o fato ao médico assistente.
• Art. 98. Deixar de atuar com absoluta isenção quando designado para servir como perito
ou como auditor, bem como ultrapassar os limites de suas atribuições e de sua
competência.
• Parágrafo único. O médico tem direito a justa remuneração pela realização do exame
pericial
→ Documento é toda anotação escrita que tenha por finalidade a reprodução de uma
manifestação de vontade. A literatura específica elenca como documentos médico-legais:
• Notificações;
• Atestados;
• Pareceres;
• Depoimentos Orais;
• Relatórios.
OBS: Receita e Declaração não são documentos médico-legais. Ademais, somente atestados
judiciário são considerados documentos médico-legais.
Aqui vale ressaltar que, sob o enfoque técnico-jurídico, um exame pericial pressupõe um trabalho
de natureza eminentemente técnico-científico e da maior abrangência possível. É, portanto, um
trabalho (exame pericial) levado a efeito por especialistas (peritos) naquilo que estão a realizar,
cuja obrigação é dar a maior abrangência possível ao exame.
Sabemos que um exame pericial deve se pautar pela mais completa constatação do fato, análise
e interpretação e, como resultado final, a opinião de natureza técnico-científica sobre os fatos
examinados. Os peritos não devem se restringir ao que lhes foi perguntado ou requisitado, mas
estarem sempre atentos para outros fatos que possam surgir no transcorrer de um exame.
Auxílio doença:
Auxílio-Acidente
• Garantia de um salário mínimo mensal, pelo prazo máximo de três anos, à criança
diagnosticada com microcefalia que disponha de laudo médico circunstanciado emitido
pelo Sistema Único de Saúde – SUS.
• Para ter direito, é necessário que a renda por pessoa do grupo familiar seja menor que 1/4
do salário mínimo vigente.
• Tem direito ao benefício o brasileiro e as pessoas de nacionalidade portuguesa, desde que
comprovem residência fixa no Brasil e renda por pessoa do grupo familiar inferior a ¼ de
salário mínimo atual.
• Benefício devido às pessoas atingidas pela hanseníase que tenham sido submetidas a
isolamento e internação compulsórias em hospitais-colônias até 31 de dezembro de 1986.
• Trata-se de uma pensão mensal, vitalícia e intransferível.
• O INSS realiza apenas o pagamento deste benefício, mas não determina as regras de
concessão nem analisa os pedidos.
• O requerimento dever ser enviado por correio à Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República (SDH), estabelecida no Setor Comercial Sul B, Quadra 09, Lote
C, Edifício Parque Cidade Corporate, Torre A, 8º andar, Sala 801, CEP 70.308.200,
Brasília – DF. Saiba mais sobre este serviço no site da SDH.
• A LOAS entrou em vigor com a Lei 8.742/93, que dá origem ao Benefício de Prestação
Continuada (BPC). Esse benefício é um auxílio financeiro pago pela Previdência Social, e
é destinado a indivíduos que comprovam não possuir meios para obter recursos que
promovam seu sustento, nem participar de forma plena e efetiva em sociedade e que
apresentam condições desiguais se comparados a outras pessoas.
• O benefício da LOAS é direito da pessoa com deficiência incapacitada de trabalhar e de
realizar atividades cotidianas. Também têm direito ao benefício os idosos com idade
superior a 65 anos, que não podem arcar com a própria subsistência ou que não contam
com familiares que possam prover seu sustento
• Os beneficiários da LOAS têm direito a um salário-mínimo nacional. Porém, não têm direito
a receber o décimo terceiro salário e, em caso de falecimento do titular, o benefício
é extinguido e não gera pensão por morte aos dependentes.
• Enquanto a aposentadoria é destinada a pessoas seguradas do INSS, que recolheram a
contribuição durante todo o período em que trabalharam e que apresentam todos os
requisitos necessários para garantir esse direito, a LOAS é destinada àquelas pessoas em
situação de extrema pobreza, que não têm condições de garantir o próprio sustento e que
não contribuem com a Previdência Social.
Reabilitação profissional: