02 - Apostila Do 1º Módulo

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FORMAÇÃO EM CONSTELAÇÃO SISTÊMICA FAMILIAR

MÓDULO I
1. INTRODUÇÃO AO CURSO
Sejam bem-vindos ao curso de Formação em Constelação Sistêmica Familiar.
Certamente, teremos uma experiência incrível ao mergulharmos profundamente no
conhecimento da psique humana.

2. CONHECENDO O BERT HELLINGER

Anton Suitbert Hellinger (verdadeiro nome de Bert Hellinger) nasceu em 16 de


dezembro de 1925 em Leimen, Alemanha. Oriundo de uma família católica, aos 10
anos, fora enviado para o Monastério Católico para estudar. Mais tarde, fora ordenado
e seguiu para África como missionário.

Em 1942, foi para a guerra, onde acabou prisioneiro na Bélgica em um campo


de concentração. Conseguiu escapar e retornou para Alemanha, onde entrou para a
ordem dos Jesuítas. Dentro deste caminho, foi enviado para África para trabalhar
como missionário nas tribos Zulus.

Permaneceu na África por 16 anos, onde se matriculou na Universidade da


África do Sul, formando-se em Educação. Durante este tempo, chegou a ser o
administrador responsável por mais de 150 escolas da diocese. Nos anos 60, entrou
em contato com grupos de estudos, oportunidade na qual começou a perceber a
fenomenologia como fonte de conhecimento. Neste período, saiu do seu trabalho
como missionário e como padre.
No começo dos anos 70, iniciou os seus estudos em psicanálise em Viena,
completando-os em Munique. Em 1973, foi para os EUA estudar a Terapia Primal com
Arthur Janov, além de ter tido contato com Eric Berne e sua Análise Transacional,
algumas das bases para o seu posterior insight sobre Constelação Familiar.

Aos 70 anos, ainda não havia escrito nenhum dos livros que hoje conhecemos.
Então, por um convite de Gunthard Weber, psiquiatra alemão, gravou e transcreveu
uma série de workshops, o que originou seu primeiro livro.

Em 19 de setembro de 2019, despedimo-nos do ilustríssimo psicoterapeuta


Bert Hellinger, uma morte de causas desconhecidas. Há quem considere o fato de ter
alcançado os 93 anos de idade. O importante é o seu legado ao deixar mais de 80 livros
e uma incrível técnica terapêutica.

2.1. Principais livros do Bert Hellinger

• Ordens do Amor

Bert leva o leitor à compreensão de como é trabalhada a Constelação Familiar,


ao tornar claro o porquê de algumas situações familiares.

• No Centro Sentimos Leveza

Contém histórias sobre diversos temas, cujo objetivo principal é mostrar o


conceito que leva ao fracasso ou ao sucesso dentro de nossas relações.

• Constelações Familiares

É possível entender de que maneira funciona o trabalho de Bert Hellinger em


Constelações Familiares. O livro em si é composto por uma entrevista feita por
Gabriele Ten Hovel, uma jornalista alemã, que objetivava se aprofundar na
temática.

• A simetria Oculta do Amor

Conhecido por ser o primeiro livro traduzido para o português (Brasil), retrata
as bases para realizar um trabalho de constelação familiar conforme as ideias
de Bert Hellinger.

• Conflito e Paz

É possível responder o próprio título através de uma perspectiva da moral


tradicional, o que dividia as pessoas em boas e más, ao incluir, também, a
religião e os conceitos, aptos na criação de julgamentos e de conflitos entre si.

• A Paz Começa na Alma


Este livro fala sobre as condições necessárias, dentro da nossa alma, para que
surja a paz interior, além de ilustrar, com exemplos, os diversos lugares de
conflitos em decorrência da ausência dessas condicionantes.

• O Amor do Espírito

Em sua leitura, é possível responder a indagação sobre o que é o amor do


Espírito, como andar em sua direção e chegar ao êxito através dele.

• A Fonte não Precisa Perguntar Pelo Caminho

O trabalho de Bert é revisto através da documentação de todas as partes de


seus cursos, ao evidenciar assuntos até então desconsiderados, sem, em tese,
de grande importância, o que garantiu o seu espaço na Constelação.

• Ordens da Ajuda

Bert Hellinger fala sobre as ordens da ajuda para o constelador e expressa,


através de seus treinamentos, a aplicação prática dessas ordens presentes no
nosso dia-a-dia.

2.2. Sua esposa


Em seus dias de vida, Bert, um homem especial, possuía ao seu lado uma
mulher igualmente diferenciada, capaz de preenchê-lo, completá-lo e ampliá-lo. Eles
se apoiavam mutuamente e, não raro, percorreriam novas fronteiras e dimensões,
tanto juntos como individualmente. O nome de sua esposa é Sophie Hellinger, atual
responsável por disseminando o trabalho de Bert pelo mundo

Mulher, esposa, mãe e uma avó excepcional. As suas muitas facetas e


aparências tornam difícil descrevê-la com palavras. Há décadas ela vem atuando na
área de terapia, cujos seminários de sua condução, têm, de fato, uma característica
única.

A atenção poderosa e estimulante, que os clientes experimentam com ela, gera


confiança na própria vida. Aquele que vai ao seu encontro pode apreciar suas
faculdades, seu estilo aberto e sua maneira direta e clara de dizer as coisas. De todo
modo, ela conduz o ser humano para os seus lados de luz e sombra – para a sua
totalidade – experiência, muitas vezes, vivenciada como um terremoto.

Aqui estamos lidando com eventos extraordinários aptos a mostrar conexões


profundas para além das concepções mentais limitadas. Ela transcende facilmente as
barreiras e conduz a níveis de soluções, a princípio estranhos à consciência comum,
mas que chamam a atenção pela eficácia.
O próprio Bert Hellinger dizia: "Muitas vezes eu fico maravilhado, aprendendo,
observando e grato ao lado dela."

3. HISTÓRIA DAS CONSTELAÇÕES


A Alemanha é o berço das Constelações Familiares, na melhor tradução,
Estruturas Familiares. Sua história tem o psicoterapeuta, filósofo, teólogo e pedagogo
Bert Hellinger (1925), o psiquiatra e psicoterapeuta Gunthard Weber (1940) e o casal
Matthias Varga von Kibéd (1950) e Insa Sparrer (1955) como os protagonistas.

Bert Hellinger se inspirou no psicodrama e na escultura familiar para o


desenvolvimento das Constelações Familiares. O terapeuta Jakob Levy Moreno criou,
na década de 1930, uma nova concepção terapêutica denominada psicodrama. A
partir de sua paixão pelo teatro, usou o palco e a interpretação para desenvolver sua
técnica.

A psicoterapeuta Virginia Satir publicou em 1964 seu primeiro livro, Conjoint


Family Therapy, ao apresentar ao mundo sua teoria sobre reconstrução familiar e
sobre a escultura familiar. Outras fontes como “Lealdades Invisíveis” (1974) de Ivan
Boszormenyi-Nagy e Geraldine M. Spark, o pensamento sistêmico de Gregory Bateson
e outros conceitos tradicionais deram a Hellinger o marco teórico para as Constelações
Familiares, cujo início data de 1978 e como base de desenvolvimento a fenomenologia
de Edmund Husserl (1859).

Em 1995, registrou-se a primeira Constelação Organizacional. Hellinger foi


convidado por consultores para realizar este trabalho em Kufstein, Áustria. A idéia era
verificar se a ferramenta desenvolvida com sucesso para questões familiares poderia
também ser empregada em questões orientadas à tarefa.

Bert Hellinger, muito focado nas Constelações Familiares, convidou seu editor e
também amigo Gunthard Weber para desenvolver esse trabalho voltado às
organizações. Weber centrou tanto seus esforços sobre essa tarefa, que muitos o
consideram como “pai” das Constelações Organizacionais.

Três anos depois do experimento na Áustria, em 1998 ocorreu o primeiro


Congresso sobre o tema. Segundo Regojo, “No princípio, os primeiros facilitadores
eram terapeutas. Preocupavam-se mais com as dinâmicas sociais e psicológicas e em
explicar o contexto empresarial por uma ótica familiar”.

Em paralelo, Mathias von Kibéd e Insa Sparrer, em 1989, iniciaram seus estudos
sobre o que passou a ser posteriormente conhecido como Constelações Estruturais.
Eles passaram a dotar as Constelações de um rigor e de uma metodologia científica.
Segundo Echegaray, “Varga von Kibéd entende as Constelações como uma forma de
linguagem transverbal e, portanto, com uma “gramática” que pode fazê-la acessível…
Assim, as Constelações Estruturais propiciaram a inserção das Constelações em
contextos distintos do familiar”.

Ao longo da última década, as Constelações Organizacionais amadureceram,


ganharam corpo e começaram a se difundir, principalmente no continente Europeu.
Duas metodologias bem definidas e complementares surgiram: o trabalho
fenomenológico de Hellinger e Weber e a obra estrutural de Varga vin Kibéd e Sparrer.

Para dar robustez a esses métodos, foi criado na Alemanha (e não podia ser
diferente) o Infosyon (The International Forum for System Constellations in
Organizations). Alguns estudos acadêmicos em universidades européias passaram a ser
realizados com sua posterior publicação.

Recomendamos o livro “Para compreender las constelaciones organizacionales”


Echegaray, Guillermo (2008). Há um breve capítulo sobre a história das constelações. A
figura abaixo (extraída do livro) apresenta de forma esquemática as raízes e as
diferentes linhas de pensamento que ser formaram.
4. O QUE É CONSTELAÇÃO SISTÊMICA FAMILIAR?
Temos uma gama de conflitos que nem se quer temos consciência deles. Isso
acontece porque estamos em um nó (emaranhamento) de conflitos com nosso sistema
familiar, a exemplo: padrões de repetição como vícios, violência, comportamento,
traições, problemas financeiros, questões de saúde e conflitos amorosos etc. Detalhe:
a maioria deles é inconsciente e ligado a nossa família. A verdade é que, para
harmonizá-los, a família precisa de pertencimento, de equilíbrio entre o dar/receber e
de hierarquia, as leis sistêmicas da constelação familiar.

É um método psicoterapêutico que estuda os padrões de comportamento de


grupos familiares/sociais/organizacionais através de suas gerações como forma de
resolução/visualização de conflitos, de emaranhamentos familiares, amorosos,
profissionais e de qualquer natureza. Na prática, dissocia tais questões da mente e
posiciona os personagens/representantes em um cenário fluído em busca de
equilíbrio.

De acordo com Satir, quando uma pessoa “estranha” é convocada para


representar uma família ou uma pessoa de grupo familiar, mesmo que não a conheça,
acaba reproduzindo sintomas físicos e comportamentos similares desse grupo ou
pessoa sem necessariamente saber algo a respeito dela. Isso acontece por ativar em
nós a empatia, um instrumento da mente capaz de se colocar no lugar do outro.

Na prática, a Constelação Familiar demonstra que muitos de nossos problemas,


doenças, incompreensões e sentimentos ruins podem estar ligados a outros familiares
que passaram por essas mesmas adversidades, mesmo que não os conhecidos.

Esse método explica que há uma repetição de comportamentos ao longo das


gerações mesmo que inconsciente. Hellinger propôs que há uma “consciência de clã”
em todos nós, norteado por simples “ordens arcaicas” ou “ordens do amor” e baseada
em três princípios basilares:

1 – a necessidade de pertencer ao grupo ou clã;


2 – a necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber nos relacionamentos;
3 – a necessidade de hierarquia dentro do grupo ou clã.

Essas “ordens” atuam tanto em nossos relacionamentos familiares, nos íntimos


e nos amorosos de sorte que a conexão harmoniosa com essas ordens nos dão uma
sensação de paz e nos faz sentir acolhidos e pertencentes a um grupo.

5. NOMENCLATURAS
➢ Constelador: é o profissional também conhecido como psicoterapeuta ou
terapeuta.
➢ Constelado/ajudado: é o cliente, a pessoa que será constelada pelo
profissional.
➢ Plateia: público para assistir, para ser constelado ou para participar como
representante. É normal que muitos interessados só observem ou até mesmo
aceitem participar da constelação de forma voluntária para representar
membros do sistema de seu cliente.
➢ Representantes: atores que exercerão os papéis do constelado. São pessoas
previamente disponíveis para representar membros do sistema de seu cliente.
➢ Cenário: local onde acontece e é montada a constelação. É de livre escolha do
constelador com seu cliente: ao ar livre ou em ambientes fechados, comercial
ou não.
➢ Constelação: método utilizado para conduzir o cliente a ser realizado com
pessoas ou com bonecos.

6. BENEFÍCIOS DA CONSTELAÇÃO SISTÊMICA FAMILIAR


➢ Compreensão da origem dos seus conflitos
A grande parte das terapias se concentra na busca por uma solução. A
Constelação começa a trabalhar seus problemas a partir da fundação da sua
vida: sua família. Ao assim proceder, você entenderá, potencialmente, os
padrões negativos que lhe afetam e também oferece a solução de maneira
mais eficiente.

➢ Resultados rápidos
Algumas terapias tradicionais exigem meses ou até anos para encontrar
soluções para situações prejudiciais ao andamento da vida do cliente. Com a
Constelação, esse tempo é reduzido, vez que perceber a raiz do problema
permite que as coisas fluam mais naturalmente e a solução seja mais
facilmente encontrada e trabalhada.

➢ Conflitos emocionais
Relacionamentos destrutivos? Sentimentos de tristeza, angústia e medo?
Agressão? Baixa autoestima? Não importa qual o tipo de problema. A
Constelação vai ajudar você a encontrar uma solução eficaz vez que todos os
problemas emocionais surgem de um sofrimento sistemático, seu principal
foco de enfrentamento. Quando a origem da dificuldade é entendida, é
possível enfrentá-la e resolvê-la.

➢ Relacionamentos
As constelações familiares ajudam a ver o que há de errado com sua família,
originária ou não, a melhorar seus relacionamentos e a trabalhar sentimentos
importantes. Às vezes, não é possível simplesmente mudar os padrões
adquiridos, no entanto, é possível mudar a maneira como você está se
comportando em relação às outras pessoas. Esta terapia permite compreender
melhor as feridas, os traumas, o perdão e a lidar com pessoas com as quais
precisa conviver. Quando há a descoberta das razões por trás de seu
comportamento e da forma com que percebe a vida, haverá a ampliação da sua
visão sobre seus sentimentos e suas relações. Situações que, anteriormente,
seriam impossíveis de aceitar e perdoar são vistas sob uma perspectiva
diferente, o que melhora os relacionamentos com seus familiares e amigos.

➢ Transformações internas
A Constelação é uma terapia que auxilia na cura da família inteira e por isso é
tão poderosa. O método permite uma mudança profunda dentro de todos os
participantes do processo. Embora existam outros tipos de terapia, a
Constelação permite a descoberta de emoções inexploradas e segredos que
simplesmente não seriam possíveis com outros processos.

➢ Quebrando padrões
A Constelação nos permite quebrar padrões de comportamento nocivos e curar
traumas em busca de uma vida mais saudável, feliz e realizada. Os resultados
podem mudar a sua vida em definitivo.

7. PARA QUEM É UMA CONSTELAÇÃO FAMILIAR?

➢ Família: todos os tipos de conflitos


➢ Casais/amor: manter e melhorar o relacionamento
➢ Crianças com todo o tipo de problemas: escolares, doença, agressão, TDAH,
dependência, bullying
➢ Os antecedentes da saúde e da doença
➢ Profissão/trabalho em conflitos ou falta de sucesso como funcionário ou
autônomo
➢ Negócios e Gestão: comunicação, hierarquia, questões de decisão.

7.1. Hoje a Constelação Sistêmica Familiar é aplicada nas seguintes áreas:

➢ Política
➢ Grandes corporações, médias e pequenas empresas, empresas individuais
➢ Gestão e administração executiva
➢ Universidades e escolas
➢ Tribunais
➢ Hospitais
➢ E, claro, para todos os assuntos individuais
8. CARACTERÍSTICAS

• É uma abordagem empírica e baseada na própria percepção do cliente e dos


representantes
• A abordagem das constelações familiares não está ligada a nenhuma religião ou
credo
• Possibilita equilíbrio nas relações amorosas, profissionais e familiares
• Traz ordem para os sistemas e grupos a que o cliente pertence
• Total autoconhecimento
• Desenvolve o potencial das pessoas
• Conecta-se verdadeiramente com as pessoas

9. AS 3 LEIS SISTÊMICAS OU ORDENS DO AMOR


1ª Lei: Todos têm o igual direito de pertencer

A Lei do Pertencimento garante que todas as pessoas, independente de uma


atitude “condenável”, continuam tendo o direito de Pertencer ao Sistema (Família,
Organização etc.). Por essa lei, todos fazem parte de um sistema familiar e jamais
podem ser excluídos ou deixar de pertencer.

Nos casos em que há exclusão de um membro da família, cria-se um efeito


paralelo, que consiste na “repetição, não intencional, do mesmo comportamento
reprovável” em alguns membros das gerações seguintes (filhos, netos ou bisnetos) ou
ainda, como questões entre irmãos ou casal. Quando isso acontece, o sistema busca
uma “reinclusão” no membro afastado por meio de alguma dificuldade para os demais
integrantes do sistema, o que só é superado quando o excluído é incluído novamente
ao sistema.

2ª Lei: O equilíbrio entre o dar e receber

Segundo os estudos de Bert, entre pais, filhos e casais, existe uma ordem
natural no processo de Dar e Receber. Esta ordem obedece a uma hierarquia etária, ou
seja, vem do mais antigo para o mais jovem: os pais dão amor e carinho aos seus
filhos. “Muitas famílias passam por sérios problemas quando esta ordem é invertida e
esta alteração no processo de dar e receber pode afetar a saúde física e emocional dos
filhos em prol da união e felicidade dos pais.”

A Lei do Equilíbrio fala da troca entre dar e receber. Caso uma pessoa dá e a
outra só recebe, automaticamente, há um desequilíbrio, que aparecem nas relações
como rupturas. Nesse sentido, os que muito recebem podem agir de 3 formas:

• Ser grato pelo muito que recebeu


• Tentar inferiorizar e atacar a pessoa que deu muito a ponto de uma das partes
se sentir tão inferior quanto a outra
• Deixar a pessoa que muito deu por meio da traição ou do abandono

Sendo assim, para que os relacionamentos sejam duradouros, para que o


AMOR dê certo, é extremamente importante que o Equilíbrio entre Dar e Receber seja
respeitado.

3ª Lei: Hierarquia de tempo, os mais antigos vêm primeiro

A Lei da Ordem fala sobre a ordem natural das coisas. Isso significa que quem
vem primeiro é o mais antigo e deve ter prioridade sobre quem vem depois, ou seja,
nos sistemas familiares, os pais têm prioridades sobre os filhos. Os pais são grandes e
os filhos pequenos. Desse modo, retomamos a segunda lei: os pais dão e os filhos
recebem.

Quando esta ordem natural é invertida, de modo que os pais se sintam


menores que os filhos, o estado emocional fica alterado e isso gera um grande
desconforto que, por sua vez, é manifestado em forma de sofrimento autoimposto. A
quebra dessa lei causa “pressão”, que busca restaurar o lugar na ordem de cada um
dentro do sistema.

E é comum essa lei ser quebrada quando os mais novos tentam curar a dor dos
mais velhos. A ajuda, nesse sentido, é possível desde que todos permaneçam em seus
respectivos lugares dentro do sistema. Nos casos em que há m um segundo
casamento, a união atual tem prioridade sobre a anterior. Contudo, se houver filhos do
primeiro casamento, essa descendência tem prioridade sobre os do segundo
casamento e há a necessidade de que a mãe dos filhos seja reconhecida como a
Primeira Mulher e mãe dos filhos do marido.

10. ALGUNS INFLUENCIADORES DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR


➢ SAMI STORCH: Influenciador do direito sistêmico e precursor da constelação
familiar no Judiciário desde 2007.

➢ GUNTHARD WEBER: o pioneiro das constelações organizacionais

➢ MATTHIAS VARGA VON KIBED E INSA SPARRER: criadores das Constelações


estruturais

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