TCC Ricardo PDF
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Belo Horizonte
2015
Ricardo do Amaral Ribeiro
Belo Horizonte
2015
R484e Ribeiro, Ricardo do Amaral
Bibliografia: f. 23-27
CDU: 612.76
Ficha catalográfica elaborada pela equipe de bibliotecários da Biblioteca da Escola de Educação Física,
The increased muscle strength is associated with increased athletic performance in numerous
sports. In order to obtain a better sport performance athletes and coaches always seek to
perfect the training and thus obtain better results of the athletes in the competitions. The
inclusion of a strength training program in the long-distance runner training routine is
effective in enhancing the performance of these athletes, with reduced movement through
lower limb strength gain and lower oxygen consumption required for maintenance of a given
speed. Improved running economy means better performance and less wear and tear during a
race. Thus, this study aims to analyze, through a literature review, the effectiveness of
different strength training on the increase in the performance of long distance runners. The
databases Scielo, Medline, Capes and Google Scholar were consulted with the words strength
training, running, long distance runners, marathon and their respective terms in the English
language. Thus, this review addressed issues such as the effect of strength training on long-
term performance on aerobic capacity, running economy, muscle strength and physiological
mechanisms involved. Finally, we discuss the applicability of the results to the prescription of
strength exercises for running athletes.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 5
Objetivo ...................................................................................................................................... 7
Objetivo geral ......................................................................................................................... 7
Objetivo específico ................................................................................................................. 7
História da corrida ...................................................................................................................... 8
Revisão de literatura ................................................................................................................. 11
Treinamento .......................................................................................................................... 11
Adaptações do treinamento anaeróbico ................................................................................ 11
Adaptações ao Treinamento Aeróbico ................................................................................. 11
Periodização.......................................................................................................................... 12
Métodos de Treinamento .......................................................................................................... 14
Força ......................................................................................................................................... 16
Definição de força ................................................................................................................ 16
Treinamento de força ............................................................................................................ 17
Força rápida .......................................................................................................................... 17
Força explosiva ..................................................................................................................... 18
Força máxima ....................................................................................................................... 18
Resistência de força .............................................................................................................. 19
Treinamento pliométrico ...................................................................................................... 19
Treinamento concorrente ...................................................................................................... 19
Economia de movimento (ECO) .............................................................................................. 21
Conclusão ................................................................................................................................. 27
Referências ............................................................................................................................... 28
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INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Objetivo geral
O objetivo deste trabalho foi analisar, por meio de uma revisão de literatura, os
efeitos do treinamento da capacidade força, através de suas duas principais manifestações
força rápida, (força máxima e força explosiva) e resistência de força (capacidade de resistir a
fadiga), suas aplicações e relações quando associadas a um programa de treinamento de
resistência aeróbica e anaeróbica, sobre o desempenho de corredores amadores de longa
distância.
Objetivo específico
Através da análise dos resultados, aplicar ou não o treinamento de força junto com
o treinamento de corrida visando uma economia de movimento, menor desgaste físico,
melhora de rendimento, evitar possíveis lesões e levá-los a um melhor desempenho.
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HISTÓRIA DA CORRIDA
um ensaio sobre o treinamento dos corredores ingleses, que na época já utilizavam recursos
para o treinamento de seus corredores. Estes eram orientados a realizar um treinamento
durante 4 semanas, intercalando uma semana de descanso, onde eram realizados banhos
turcos nos atletas que os ingleses chamavam de “curas de transpiração”. O treinamento dos
corredores ingleses pode ser considerado como uma das primeiras periodizações de
treinamento com corridas de diferentes formas durante o dia, alternando corridas e trotes,
produzindo assim diferentes estímulos aos corredores, a recuperação ativa era orientada para
um menor gasto energético. Logo após os ingleses, os americanos passaram a treinar também
para distâncias maiores, adotando outro sistema de treinamento para desafiar os ingleses.
Hegedus (1988) mostra que os americanos utilizaram o método inglês de
treinamento e começaram a introduzir também corridas de curtas distâncias que tinham
relação com as corridas de pistas. O treinamento consistia em fracionar a distância da prova
principal e realizar tiros de velocidade, entre ½ e ¼ dessa distância diversas vezes na forma de
tiros com períodos médios de recuperação, que corresponde nos dias de hoje ao treinamento
de ritmo das provas dos atletas de endurance. Essa associação de treinamento foi uma
inovação nos métodos de treinamento existentes na época.
Aproveitando a evolução do treinamento, a Finlândia foi o primeiro país a
perceber e adotar algumas características do treinamento proposto pelos norte-americanos,
sendo responsável por uma grande evolução dos métodos de corrida de endurance da época.
Segundo Hegedus (2001), “as principais modificações estudas e aplicadas pelos
finlandeses foi a inclusão de tiros de intensidade alta e recuperações mais espaçadas entre os
tiros”. Após essa supremacia, surgiu na Suécia o treinamento Fartlek, idealizado por Goose
Holmér, que segundo Hegedus (2001), “consistia em treinos em lugares diferentes, campos e
gramados além das pistas de competição, combinando várias distâncias ao mesmo tempo”.
Após a Segunda Guerra Mundial, os métodos de treinamento foram sofrendo modificações e
surge Emil Zatopek, considerado um dos maiores atletas de corrida de endurance de toda a
história e o único homem da história do atletismo mundial a ganhar ouro nos 5.000, 10.000 e
na maratona na mesma olimpíada. Ele foi um dos criadores do método denominado
Treinamento Intervalado. Segundo Hegedus (2001) e Billat (2001a) “o treinamento
intervalado na época com um volume muito alto de repetições dos tiros de velocidade
alternados com trotes opôs seu término de até 70 vezes a distância percorrida”.
Existem hoje no Brasil e no mundo um grande número de pessoas que praticam a
corrida com diferentes objetivos e o resultado desta grande adesão é o aumento do número de
provas que fazem parte do calendário brasileiro e mundial e da grande quantidade de pessoas
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que participam dessas provas, segundo Gonçalves e Müller (1998), “em 1906 no Brasil, foi
organizada uma corrida pela antiga Liga Baiana de Esportes Terrestres no dia 15 de
Novembro de 1906, com aproximadamente 5.000 metros, sendo considera a suposta primeira
corrida de rua do Brasil”, tendo apenas 7 inscritos, comparecendo apenas 4, contrapondo os
números atuais de provas que chegam a ter mais de 25.000 inscritos.
“Para que uma pessoa consiga concluir uma prova é necessária uma preparação
física adequada para melhorar seu condicionamento cardiorrespiratório, um fortalecimento
muscular e uma programação no treinamento” (VERKHOSHANSKY, 2001), evitando-se,
assim, lesões que possam desmotivá-la e afastá-la da continuidade da prática, esses treinos são
feitos com uso de uma periodização do treinamento, fundamento principal do Treinamento
Esportivo que, acompanhado desde o macrociclo, poderá auxiliá-lo no alcance de seus
objetivos.
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REVISÃO DE LITERATURA
Treinamento
Ainda segundo MacArdle et al. (2011), o treinamento aeróbico a longo prazo “faz
aumentar a cavidade do ventrículo esquerdo (hipertrofia excêntrica) e pelo espessamento
moderado de suas paredes (hipertrofia concêntrica)”, várias adaptações na função
cardiovascular são induzidas pelo treinamento aeróbico “como o aumento do volume
plasmático e massa de hemácias que aumenta o volume sanguíneo total”, aumento da
complacência ventricular, dimensões ventriculares internas, retorno venoso e contratilidade
miocárdica que aumentam o volume diastólico terminal, a fração de ejeção e o volume
sistólico máximo, ocorre ainda um aumento no débito cardíaco máximo assim como melhor
eficiência da distribuição do débito cardíaco, otimização do fluxo periférico e aumento do
fluxo sanguíneo para os músculos em atividade, aumenta o consumo máximo de oxigênio
(VO2máx).
Segundo Hakkinen et al. (2003) o treinamento aeróbico melhora a atividade das
enzimas oxidativas, os estoques de glicogênio intramuscular, a densidade e
capacidade mitocondrial dos músculos, melhora a capacidade de difusão pulmonar,
o débito cardíaco, a densidade capilar e o controle da saturação da hemoglobina e
ainda é importante ressaltar que toda recuperação é aeróbica, então um indivíduo
bem condicionado aerobiamente terá uma melhor recuperação tanto entre as
repetições quanto entre as sessões de treinamento.
Periodização
MÉTODOS DE TREINAMENTO
Método contínuo
Método intervalado
FORÇA
Definição de força
Treinamento de força
Força rápida
Força rápida, também conhecida como potência, pode ser definida segundo
Gullich; Schmidtbleicher (1999), como a capacidade do sistema neuromuscular de produzir o
maior impulso possível em um tempo disponível. Segundo Weineck (1999), a força rápida
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Força explosiva
Força máxima
Resistência de força
Treinamento pliométrico
Treinamento concorrente
(CHTARA et al., 2005). Um dos problemas encontrados com a aplicação desse tipo de
treinamento é a interferência negativa que a primeira atividade pode causar na atividade
subsequente (GOMES; AOKI, 2005).
21
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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