Duarte Et Al, 2014

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ISSN: 2316-4093

Plantas de cobertura e seus efeitos na biomassa microbiana do solo

Indiana Bersi Duarte1, Anderson de Souza Gallo2, Michele da Silva Gomes1, Nathalia de
França Guimarães2, Daniel Passareli Rocha3, Rogério Ferreira da Silva1
1
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UEMS, Curso de Tecnologia em Agroecologia. Rua Rogério
Luiz Rodrigues, s/n, CEP: 79730-000, Centro, Glória de Dourados, MS.
2
Universidade Federal de São Carlos/Programa de Pós Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural.
Rodovia Anhanguera, Km 174, Cx. Postal 153, CEP: 13.600-970, Araras, SP.
3
Escola Família Agrícola Rosalvo da Rocha Rodrigues. Avenida Jofre de Araújo Km 3 – Prolongamento, CEP:
79140-000, Zona Rural, Nova Alvorada do Sul, MS.

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Resumo: Objetivou-se, com o presente trabalho, verificar o desempenho de plantas de


cobertura na produção de massa seca e avaliar as alterações promovidas por essas plantas na
biomassa microbiana do solo e sua atividade. Os estudos foram desenvolvidos em dois
municípios distintos: Experimento 1 - realizado em Glória de Dourados, MS, com os
seguintes tratamentos: mucuna-preta, crotalária, feijão-de-porco, guandu-anão, milheto e uma
área em pousio; Experimento 2 - realizado em Nova Alvorada do Sul, MS. Os tratamentos
constaram de diferentes arranjos de consórcios entre mucuna-preta e milheto: cultivo solteiro
de mucuna-preta; cultivo solteiro de milheto; consórcio de 25% de milheto + 75% de mucuna-
preta; 50% de milheto + 50% de mucuna-preta; 75% de milheto + 25% de mucuna-preta e
uma área em pousio. Nos dois experimentos foram avaliadas áreas com fragmento de
vegetação nativa. Os experimentos foram conduzidos em blocos casualizados, com quatro
repetições. No experimento 1 verificaram-se maiores produções de fitomassa da parte aérea
nas espécies de crotalária, guandu-anão e milheto. Os valores de C-BMS e matéria orgânica
do solo (MOS) foram maiores na vegetação nativa. Dentre as espécies cultivadas os maiores
valores de C-BMS foram verificados na crotalária. No experimento 2, não houve diferença
significativa na produção de massa seca entre os tratamentos. Os maiores valores de C-BMS e
quociente microbiano foram proporcionados pelo cultivo de mucuna-preta solteira, em relação
ao pousio e ao cultivo de milheto. O consórcio 50 % milheto + 50 % mucuna-preta favoreceu
a respiração basal da biomassa microbiana.

Palavras-chave: bioindicadores, qualidade de solo, quociente microbiano.

Cover crops and their effects on soil microbial biomass

Abstract: The work had like aimed to verify the performance of cover crops in the
production of dry matter and assess the changes promoted by these plants in soil microbial
biomass and its activity. The studies were conducted in two different municipalities:
Experiment 1 - conducted in Glória de Dourados, Mato Grosso do Sul State, Brazil, with the
following treatments: Mucuna aterrima, Crotolaria juncea, Canavalia ensiformis, Gajanus
cajan, Pennisetum glaucum and a fallow area; Experiment 2 - It was realized in Nova
Alvorada do Sul, Mato Grosso do Sul State, Brazil. The treatments consisted of different
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consortium arrangements between Mucuna aterrima and Pennisetum glaucum: Mucuna


aterrima monocrop, Pennisetum glaucum monocrop; consortium of 25% of Pennisetum
glaucum + 75 % of Mucuna aterrima, 50% of Pennisetum glaucum + 50% of Mucuna
aterrima, 75 % of Pennisetum glaucum + 25 % of Mucuna aterrima and an area fallow. In
both experiments were assessed, areas with native vegetation fragment. The experiments were
conducted in a randomized complete blocks with four replication. In experiment 1, there were
results of higher biomass productions of shoots of Crotalaria juncea species, Gajanus cajan
and Pennisetum glaucum. . The values of C-BMS and soil organic matter (SOM) were greater
in native vegetation. Among the agricultural systems the highest values of C-BMS were
observed in the system with Crotolaria juncea. In experiment 2, there was no significant
difference in dry matter production among treatments. The highest values of C-BMS and
microbial quotient were provided by cultivation of Mucuna aterrima with respect to fallow
and cultivation of Pennisetum glaucum. The consortium 50 % Pennisetum glaucum + 50 %
Mucuna aterrima favored the basal respiration of soil microbial biomass.

Key words: bioindicators, soil quality, microbial quotient.

Introdução
O manejo inadequado do solo por meio das atividades agropecuárias pode com o
tempo trazer graves consequências, exaurindo suas reservas orgânicas e minerais,
transformando solos com grande potencial de produção em solos de baixa fertilidade. Desta
forma a prevenção da degradação de novas áreas, aliada à baixa fertilidade natural dos solos
têm conduzido à necessidade do uso de práticas de adição de matéria orgânica, sendo que,
dentro dessas novas práticas, destaca-se a adubação verde, reconhecida como uma alternativa
viável na busca da sustentabilidade dos solos agrícolas (Nascimento e Matos, 2007).
A utilização de plantas de cobertura de solo é uma alternativa ecológica e econômica
de manejar adequadamente o solo, possibilitando o equilíbrio das propriedades físicas,
químicas e biológicas, que giram em torno do sistema solo-planta (Souza et al., 2008).
Do ponto de vista de atributos biológicos do solo, o uso de consórcio entre plantas de
cobertura utilizadas como adubos verdes, principalmente entre gramíneas e leguminosas, afeta
as diferentes populações de organismos constituintes da biota do solo, uma vez que cria micro
habitats favoráveis e sítios de refúgios, além do fato dos resíduos vegetais servirem como
fonte de energia e nutrientes para os organismos do solo (Badejo et al., 2002; Merlin et al.,
2005).
Dentre as características biológicas do solo, a biomassa microbiana do solo é
definida como componente microbiano vivo do solo, composto por bactérias, fungos,
protozoários, actinomicetos e algas, que atuam no processo de decomposição de resíduos
orgânicos, pela ciclagem de nutrientes e pelo fluxo de energia dentro do solo (Cardoso, 2004).
Portanto, constitui um indicador sensível às alterações ambientais e serve como ferramenta

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para orientar o planejamento e avaliar as práticas de manejo do solo (Spadotto et al. 2004).
Neste contexto, alterações na comunidade microbiana e na sua atividade interferem
diretamente nos processos biológicos e bioquímicos do solo, na produtividade agrícola e,
consequentemente, na sustentabilidade dos agroecossistemas, atuando como indicador de
degradação dos solos (Matsuoka et al., 2003).
O efeito de plantas de cobertura no acúmulo de matéria orgânica no solo e na
melhoria de seus atributos biológicos deve ser quantificado regionalmente e para cada sistema
produtivo, uma vez que depende da textura e mineralogia do solo, do relevo e das condições
de temperatura e umidade (Cunha et al., 2011).
Assim, o objetivo do trabalho foi verificar o desempenho de plantas de cobertura na
produção de massa seca e avaliar as alterações promovidas por essas plantas na biomassa
microbiana do solo, sua atividade e seus índices e derivados.
Material e Métodos

O estudo foi realizado em dois municípios do Mato Grosso do Sul. O experimento 1


foi realizado no campo experimental da UEMS, Glória de Dourados, MS (22o22'S e 54o30'W,
400 m de altitude), num solo classificado como Argissolo Vermelho, textura arenosa
(Embrapa, 2006). A área onde foi implantado o experimento foi anteriormente cultivada com
aveia branca Avena sativa L., em sistema convencional.
O clima de ocorrência da região, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Aw,
com estação quente e chuvosa no verão e moderadamente seca no inverno. Na figura 1 é
apresentada a precipitação pluviométrica mensal verificada durante a condução do
experimento.

Figura 1. Dados de precipitação pluviométrica (mm) ocorrida durante os meses de condução


do experimento. Fonte: AGRAER, Escritório de Glória de Dourados, MS, 2012/2013.

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Os tratamentos foram constituídos por cinco espécies de plantas de cobertura


utilizadas como adubos verdes, estas sendo: FP – feijão-de-porco (Canavalia ensiformis (L.)
D.C.); CJ - crotalária (Crotalaria juncea L.); MP – mucuna-preta (Mucuna aterrima (Piper &
Tracy) Holland); GA - guandu anão (Cajanus cajan (L.) Millsp); MI - milheto (Pennisetum
glaucum (L.) R. Brown) e uma área em pousio (P), sem uso de plantas de cobertura. Foi
incluída na avaliação uma área com fragmento de vegetação de floresta semidecídua
preservada (VN), de aproximadamente 5 ha, onde eram observadas espécies de Cerrado e
Floresta, o que caracteriza uma área transicional, como referencial da condição original do
solo da região.
A semeadura das espécies de cobertura foi realizada em setembro de 2012, de forma
manual, com espaçamento de 0,5 entrelinhas e densidade de 7 a 8 sementes/m para a mucuna-
preta e feijão de porco (70 e 80% de germinação, respectivamente); 25 sementes/m para a
crotalária e guandu (80% de germinação para ambas as espécies) e 50 sementes/m para o
milheto (70% de germinação), sendo todas as espécies semeadas sem a utilização de adubação
básica ou de cobertura.
No experimento 2, o estudo foi realizado na unidade produtiva da Escola Família
Agrícola Rosalvo da Rocha Rodrigues, município de Nova Alvorada do Sul, MS (21°028' S e
54°023’ W), num solo classificado como Latossolo Vermelho Distrófico típico, textura média
(Embrapa, 2006). O clima de ocorrência da região, segundo a classificação de Köppen, é do
tipo Aw, com estação quente e chuvosa no verão e moderadamente seca no inverno. Na figura
2 é apresentada a precipitação pluviométrica mensal verificada durante a condução do
experimento.

Figura 2. Dados de precipitação pluviométrica (mm) ocorrida durante os meses de condução


do experimento. Fonte: Agro Energia Santa Luzia Ltda, Nova Alvorada do Sul, MS,
2012/2013.

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Os tratamentos foram constituídos de diferentes arranjos de consórcios entre


mucuna-preta (Mucuna aterrima (Piper & Tracy) Holland)) e milheto (Pennisetum glaucum
(L.) R. Brown): cultivo solteiro de mucuna-preta (MP); cultivo solteiro de milheto (MI); 25%
de milheto + 75% de mucuna-preta (25MI+75MP); 50% de milheto + 50% de mucuna-preta
(50MI+50MP); 75% de milheto + 25% de mucuna-preta (75MI+25MP) e uma testemunha
adicional, sem uso de plantas de cobertura (P). Também foi incluída na avaliação uma área
com fragmento de vegetação de floresta semidecídua preservada (VN), de aproximadamente 5
ha, onde eram observadas espécies de Cerrado e Floresta, o que caracteriza uma área
transicional, como referencial da condição original do solo da região.
A semeadura das espécies de cobertura foi realizada de forma manual em dezembro
de 2012, tanto no cultivo isolado quanto em consorcio, com espaçamento de 0,5 m entrelinhas
e densidade de 7 a 8 sementes/m para a mucuna-preta e 50 sementes/m para o milheto (70%
de germinação para ambas as espécies). No consorcio, as culturas foram intercaladas na
entrelinha.
Em ambos os experimentos, a matéria seca da parte aérea (MSPA) das plantas de
cobertura foi determinada, aleatoriamente, com auxílio de uma moldura de 0,5 m2. O material
coletado passou por processo de secagem numa estufa de circulação de ar forçado à 65ºC, e,
quando atingiu massa constante, foi pesado.
Para avaliação da biomassa microbiana do solo, aos 90 dias após a semeadura das
espécies de cobertura, em cada parcela foi realizada uma amostragem de solo na camada de
0,0 – 0,10 m de profundidade. As amostras foram acondicionadas em sacos plásticos medindo
35 cm x 45 cm e armazenadas em câmara fria (4°C). O carbono da biomassa microbiana (C-
BMS) foi avaliado pelo método da fumigação-extração, de acordo com Vance et al. (1987).
Determinou-se, ainda, a respiração basal (C-CO2), obtida pela incubação das amostras com
captura de CO2 em NaOH, durante sete dias, pela adaptação do método da fumigação-
incubação, proposto por Jenkinson e Powlson (1976). O quociente metabólico (qCO2) foi
obtido a partir da relação C-CO2/C-BMS (Anderson & Domsch, 1990) e o quociente
microbiano (qMIC), pela relação C-BMS/ C-orgânico total. O conteúdo de matéria orgânica
(MOS) foi determinado, conforme a metodologia descrita em Claessen (1997).
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados (DBC), com
quatro repetições. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias
de tratamentos foram comparadas pelo teste de Duncan ao nível de 5% de significância. As
análises estatísticas foram processadas por meio do software Assistat (7.6 beta, versão 2012)

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(Silva, 2012). Além disso, para cada experimento, os indicadores microbiológicos foram
submetidos à análise de agrupamento (cluster analysis), adotando-se o método do vizinho
mais distante (complete linkage), a partir da Distância Euclidiana, para descrever a
similaridade entre a atividade microbiana entre as espécies de cobertura.

Resultados e Discussão
No experimento 1, houve diferença significativa entre as espécies de cobertura no
que diz respeito ao rendimento de massa seca da parte aérea (Figura 3). As maiores produções
de massa seca foram verificadas nas espécies de crotalária (CJ), guandu anão (GA) e milheto
(MI) em comparação com a espécie de mucuna-preta (MP), porém similares em relação ao
feijão-de-porco (FP).
Esses resultados remetem à importância dessas espécies como adubos verdes, pois
elas fornecem grandes quantidades de fitomassa, enriquecendo o solo com matéria orgânica e
nutriente, além de promover um controle eficaz contra erosão (Azevedo et al., 2007). Amabile
et al. (2000), avaliando a produção de massa seca de diversos adubos verdes, relataram que a
Crotalaria juncea apresentou maior acúmulo de massa seca em relação as demais espécies e a
mucuna-preta foi a que acumulou menor massa seca na parte aérea, corroborando com o
presente estudo.
Segundo Kluthcouski et al. (2003), para a cobertura plena da superfície do solo, são
necessárias cerca de 7 t ha-1 de massa seca, uniformemente distribuída. Assim, as
produtividades obtidas pela CJ, GA, MI e FP foram satisfatórias, pois situaram-se acima deste
valor; assegurando assim os efeitos benéficos da palhada quanto à manutenção ou melhoria
das características físicas, químicas e biológicas do solo (Darolt et al., 1998).

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Figura 3. Massa seca da parte aérea (MSPA) das espécies de plantas de cobertura utilizadas
como adubos verdes: crotalária (CJ), feijão-de-porco (FP), mucuna-preta (MP), milheto (MI)
e guandu (G). Médias com letras iguais não diferem entre si pelo teste de Duncan, a 5% de
significância.

Dentre as espécies cultivadas, o maior valor de carbono da biomassa microbiana do


solo (C-BMS) foi verificado com CJ em comparação ao pousio (P), porém similar às demais
espécies de cobertura e a VN (Tabela 1). A maior imobilização de carbono (C) pela BMS em
áreas com plantas de cobertura deve-se ao maior teor de C orgânico incorporado ao solo via
resíduos destas plantas (Santos et al., 2004). A maior quantidade de resíduos na superfície do
solo, além de aumentar a disponibilidade de substrato, determina condições de menor
variação térmica e maior disponibilidade de água, favorecendo a biomassa microbiana do solo
(BMS) (Vargas; Scholles, 2000). Diversos trabalhos relatam que a presença de leguminosas
nos sistemas de rotação de culturas, associada à redução de revolvimento do solo, promove
um aumento do C da BMS (Balota et al., 1998, Franchini et al., 2007). Os valores elevados de
C-BMS estão diretamente relacionados em maior imobilização temporária de nutrientes e,
consequentemente, menor propensão a perdas de nutrientes no sistema solo-planta (Mercante
et al., 2004).

Tabela 1. Carbono da biomassa microbiana (C-BMS), respiração basal (C CO2), quociente


metabólico (qCO2), quociente microbiano (qMIC) e matéria orgânica (MOS) sob diferentes
espécies de cobertura do solo. Glória de Dourados, MS. 2013.
C-BMS C-CO2 qC-CO2 qMIC MOS
Sistemas
g C g solo seco
-1
g C-CO2 g solo dia
-1 -1
g C-CO2 g C-BMS h
-1 -1
% g kg-1

P 112,4 b 16,0 a 47,3 a 1,8 b 11,1 b


MI 149,9 ab 15,3 a 42,8 a 2,3 a 11,3 b
FP 141,3 ab 12,3 a 34,4 a 2,4 a 10,2 b
MP 151,3 ab 15,0 a 46,6 a 2,4 a 10,5 b
G 144,4 ab 16,8 a 40,6 a 2,1 a 10,9 b
CJ 157,3 a 12,1 a 35,2 a 2,3 a 10,2 b
VN 177,3 a 13,9 a 33,4 a 2,2 a 14,0 a
Médias de tratamentos seguidas pela mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Duncan ao nível de 5% de significância. P: área em pousio; MI: milheto; FP: feijão-de-porco; MP: mucuna-
preta; G: guandu; CJ: crotalária e VN: vegetação nativa.

Em relação à atividade microbiana (C-CO2) e a taxa de respiração específica (qCO2),


não houve diferença significativa entre as espécies de cobertura avaliadas (Tabela 1).
Elevados valores de C-CO2 podem indicar tanto situações de distúrbio quanto de alto nível de

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produtividade do sistema (Islam & Weil, 2000). Enquanto que, valores elevados de qCO2 são
indicativos de ecossistemas submetidos a alguma condição de estresse ou distúrbio (Bardgett
& Saggar, 1994). Carneiro et al. (2008), avaliando diferentes espécies de adubos verdes e seus
efeitos na BMS, verificou valores elevados de qCO2 no sistema sem plantas de cobertura, este
resultado remete que nessa área estaria ocorrendo perda de carbono na forma de CO 2 para a
atmosfera, havendo um estresse na população microbiana, já em áreas sob resíduos de CJ e G
constatou-se os menores valores de qCO2, demonstrando o efeito positivo dos resíduos dessas
coberturas na população microbiana do solo.
Quanto ao quociente microbiano (qMIC), que expressa o quanto do carbono orgânico
do solo está imobilizado na biomassa microbiana, observou-se que o P apresentou valores
inferiores em relação aos demais sistemas avaliados (Tabela 1). Os índices expressos pelo
qMIC, quando elevados, podem mostrar que valores do carbono orgânico no solo são
elevados, enquanto valores reduzidos indicam perda de carbono no solo, ao longo do tempo
(Mercante et al., 2004). Esse quociente é influenciado por diversos fatores, como o grau de
estabilização do C orgânico e o histórico de manejo do solo (Silva et al., 2010).
O teor de MOS foi maior nas amostras de solo com vegetação nativa, em relação aos
sistemas de cultivo, não havendo diferença significativa entre as espécies de cobertura
(Tabela1). Nas condições de ecossistemas naturais, há fornecimento constante de material
orgânico mais susceptível à decomposição, permanecendo o solo coberto, com menor
variação e níveis mais adequados de temperatura e umidade (Santos et al., 2004). Entre os
sistemas cultivados com plantas de cobertura, não houve diferença significativa. Apesar da
MOS ser considerada um indicador sensível, as alterações promovidas no solo não foram
suficientes para promover alterações na sua concentração (Assis et al., 2003).
Com base na análise de agrupamento de similaridade aplicada aos indicadores
microbiológicos (Figura 4), observa-se que o pousio foi o sistema que se diferenciou dos
demais, com 100% de dissimilaridade. No grupo 2, percebe-se a formação de dois níveis
independentes e distantes. Considerando os níveis, verificou-se uma similaridade de 45% da
VN com os sistemas com plantas de cobertura, por outro lado, as espécies de cobertura
mostraram-se próximos entre si, com 75% de similaridade.

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Figura 4. Dendrograma de similaridade dos indicadores microbiológicos sob diferentes


espécies de cobertura vegetal. Glória de Dourados, MS. P: área em pousio; MI: milheto; FP:
feijão-de-porco; MP: mucuna-preta; G: guandu; CJ: crotalária e VN: vegetação nativa.

Em relação ao experimento 2, não houve diferença significativa entre as espécies de


cobertura avaliadas no que diz respeito à produção de massa seca da parte aérea (Figura 5).
Mesmo não apresentando diferença estatística entre os tratamentos ficou evidenciado que o
consórcio não apresentou grande rendimento em comparação com o plantio isolado; este fato
pode ser atribuído à competição por recursos naturais, como água, luz e nutrientes (Perin et
al., 2004), principalmente devido a mucuna-preta apresentar crescimento rasteiro, com ramos
trepadores, que podem suprimir outras espécies consorciadas.
No entanto a quantidade de massa seca acumulada pode ser considerada adequada.
Para Alvarenga et al. (2001), 6 t ha-1 de matéria seca na superfície é a quantidade suficiente
para se obter boa cobertura do solo; desta forma, proporcionando melhoria nos atributos
químicos físicos e biológicos do solo. Rodrigues et al. (2012), avaliando o rendimento de
massa seca da parte aérea em sistemas isolados e consorciados com leguminosa e gramíneas,
em um solo classificado como Latossolo Vermelho Distrófico, verificou que no consórcio de
mucuna + milheto, houve maior quantidade de massa seca em comparação com os cultivos
solteiros.

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Figura 5. Massa seca da parte aérea (MSPA) das espécies de adubos verdes. milheto (MI),
mucuna-preta (MP), 25% de milheto + 75% de mucuna-preta (25MI+75MP), 50% de milheto
+ 50% de mucuna-preta (50MI+50MP) e 75% de milheto + 25% de mucuna-preta
(75MI+25MP). Médias de tratamentos com letras iguais não diferem entre si pelo teste de
Duncan a 5% de significância.

Na avaliação do carbono da biomassa microbiana do solo (C-BMS), os maiores


valores foram verificados no sistema cultivado com MP exclusivo em comparação aos
sistemas P e MI em cultivo exclusivo, não diferindo estatisticamente dos sistemas
consorciados e VN (Tabela 2).

Tabela 2. Carbono da biomassa microbiana (C-BMS), respiração basal (C-CO2), quociente


metabólico (qCO2), quociente microbiano (qMIC), e matéria orgânica (MOS) sob diferentes.
Nova Alvorada do Sul, MS. 2013.
C-BMS C-CO2 qC-CO2 qMIC MOS
Sistemas g C-CO2 g-1
g C g solo seco
-1
g C-CO2 g-1 C-BMS h-1 % g kg-1
solo dia-1
P 84,2 b 9,7 b 52,1 a 0,7 b 19,1 b
MI 88,0 b 9,7 b 45,9 a 0,8 b 18,6 b
MP 162,8 a 12,4 ab 40,3 a 1,5 a 18,5 b
25MI+75MP 124,4 ab 14,9 ab 52,8 a 1,2 ab 17,3 b
50MI+50MP 140,5 ab 17,4 a 61,6 a 1,3 ab 18,6 b
75MI+25MP 135,3 ab 13,3 ab 48,9 a 1,3 ab 17,9 b
VN 168,8 a 15,1 ab 37,7 a 1,2 ab 22,0 a
Médias de tratamentos seguidas pela mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Duncan ao nível de 5% de significância. P: área em pousio; MI: milheto; MP: mucuna-preta; 25MI+75MP: 25%
de milheto e 75% de mucuna-preta; 50MI+50MP: 50% de milheto e 50% de mucuna-preta ; 75MI+25MP: 75%
de milheto e 25 % de mucuna-preta e VN: vegetação nativa.

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Apesar de não haver diferenças significativas de produção de massa seca entre os


sistemas avaliados (Figura 5), o MP apresentou uma tendência de maior rendimento de
acumulo de matéria seca, o qual pode ter contribuído com maior valor de C-BMS observado
no sistema. Cattelan e Vidor (1990), estudando sete sistemas de culturas, observaram que os
sistemas com maior produção de biomassa vegetal e acúmulo de resíduos na superfície
apresentaram os maiores valores para a biomassa microbiana na camada de até 0,05 m.
Segundo Stenberg (1999), maior quantidade de C-BMS reflete a presença de maior
quantidade de matéria orgânica ativa no solo, capaz de manter elevada taxa de decomposição
de restos vegetais. Trabalhos têm demonstrado o aumento da biomassa microbiana e atividade
biológica em solos sob cultivo de leguminosas destinadas a adubação verde (Santos et al.,
2004).
Em relação à atividade microbiana (C-CO2), os maiores valores foram verificados no
consórcio 50MI + 50MP em comparação ao sistema P e MI, não diferindo estatisticamente
dos demais sistemas avaliados (Tabela 2). Este índice é expresso pela taxa de respiração dos
microrganismos e, conforme Junior e Mendes (2007), uma taxa superior de respiração pode
significar, em curto prazo, liberação de nutrientes, considerando que a decomposição do
material vegetal poderá disponibilizar nutrientes para as plantas. Por outro lado, a alta taxa de
decomposição deixa o solo exposto à ação direta das chuvas de maneira mais rápida,
causando-se, dessa forma, perdas, principalmente de água, com prejuízos aos atributos físicos,
químicos e biológicos (FIALHO et al., 1991). Balota et al. (2003), afirmam que a redução da
atividade microbiana no solo pode ser ocasionada pelas perdas de C, na forma de CO2.
Quanto ao quociente metabólico (q-CO2), que representa a quantidade de C-CO2
liberada por unidade de biomassa microbiana em determinado tempo, não houve diferença
significativa entre os sistemas avaliados (Tabela 2). Segundo Junior e Mendes (2007), uma
biomassa que simboliza ser eficiente é a que perde menos C na forma de CO2, porém
incorpora mais C em seus tecidos. Portanto este índice indica que quanto menor for a taxa de
respiração por amostra, mais eficiente se configura. De acordo com Roscoe et al. (2006),
quocientes metabólicos elevados são um indicativo de comunidades microbianas em estágios
iniciais de desenvolvimento com maior proporção de microrganismos ativos em relação aos
inativos, ou ainda, um indicativo de populações microbianas sob algum tipo de estresse
metabólico.
O quociente microbiano (qMIC), que expressa o quanto do carbono orgânico do solo
está imobilizado na biomassa microbiana, apresentou diferença significativa entre as espécies
de cobertura avaliadas (Tabela 2). A espécie MP apresentou maior valor de qMIC em

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comparação P e MI, não diferindo estatisticamente dos demais avaliados Essas razões
indicam se o conteúdo de carbono está se mantendo estável ou variando de acordo com as
condições impostas (Sparling, 1992). Em condições estressantes para os microrganismos, a
sua capacidade de utilizar o C é diminuída, causando redução no qMIC. Já em condições
adequadas, a utilização de C é favorecida, consequentemente aumentando este índice
(Wardle, 1994).
Em relação a MOS, assim como no experimento realizado em solo classificado como
Argissolo Vermelho, textura arenosa, verificou-se maiores teores na VN em relação aos
cultivados, que não diferiram estatisticamente entre si (Tabela 2). Este resultado também foi
observado por Sousa Neto et al. (2008), que avaliaram durante quatro anos a influencia de
diferentes plantas de cobertura utilizadas como adubos verdes no teor de MOS.
O agrupamento das espécies de cobertura avaliadas com base nos atributos
microbiológicos observados está apresentado na Figura 6. Os tratamentos P e MI
apresentaram 90% de similaridade, no entanto não apresentaram nenhuma similaridade com
as demais espécies avaliadas. Já os consórcios mostraram-se próximos entre si, com 80% de
similaridade. Por outro lado, a MP apresentou maior similaridade com a vegetação nativa,
isso ratifica que o uso de plantas de coberturas, alicerçado em práticas conservacionistas,
contribui para a melhoria da qualidade do ambiente edáfico.

P
G1

MI

MP
Nív el 1

VN

G2
25MI+75MP

75MI+25MP Nív el 2

50MI+50MP

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
Distância Euclediana (%)

Figura 6. Dendrograma de similaridade dos indicadores microbiológicos verificados em


diferentes sistemas: P – Pousio; MI - milheto solteiro; MP - mucuna-preta solteira;
25MI+75MP - consórcio 25% de milheto + 75% de mucuna-preta; 50MI+50MP - consórcio
50% de milheto + 50% de mucuna-preta; 75MI+25MP - consórcio 75% de milheto + 25% de
mucuna-preta e VN - vegetação nativa.

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Conclusões

As espécies CJ, GA e MI, cultivadas num Argissolo Vermelho de textura arenosa,


apresentaram maiores acúmulos de fitomassa, demonstrando serem promissoras para
incremento de biomassa vegetal ao solo. Os valores de C-BMS e MOS foram maiores na
vegetação nativa. A CJ proporcionou maiores valores de carbono da biomassa microbiana em
relação ao P.
As espécies de cobertura cultivadas em solo classificado como Latossolo Vermelho
Distrófico, não apresentaram diferença significativa na produção de massa seca. Os maiores
valores de carbono da biomassa microbiana e quociente microbiano foram proporcionados
pelo cultivo de MP exclusivo em relação ao sistema em pousio e ao cultivo de MI exclusivo.
O consórcio 50 % de milheto + 50 % de mucuna-preta, favoreceu a respiração basal da
biomassa microbiana.
As espécies de cobertura promoveram alterações na biomassa microbiana do solo,
sua atividade e em seus índices e derivados.

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Recebido para publicação em: 16/02/2014
Aceito para publicação em: 28/08/2014

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