Traqueostomia Adulto Final
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HOSPITAL DE CLÍNICAS
TRAQUEOSTOMIA:
INDICAÇÕES E
ORIENTAÇÕES DE CUIDADO
AO PACIENTE ADULTO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
SUMÁRIO
1. OBJETIVOS ................................................................................................................................3
2. JUSTIFICATIVA ...........................................................................................................................3
3. INDICAÇÕES ..............................................................................................................................3
4. COMPLICAÇÕES .........................................................................................................................5
5. CÂNULAS DE TRAQUEOSTOMIA ................................................................................................5
6. CUIDADOS ANTES DO PROCEDIMENTO .....................................................................................7
7. O PROCEDIMENTO DE TRAQUEOSTOMIA ..................................................................................8
8. CUIDADOS NO PÓS OPERATÓRIO ............................................................................................10
9. DECANULAÇÃO.........................................................................................................................14
10. ORIENTAÇÕES PARA DOMICÍLIO .............................................................................................15
11. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS,RESPONSABILIDADES.............................................................17
12. REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................19
13. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO ...................................................................................21
14. APÊNDICES ..............................................................................................................................22
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1. OBJETIVOS
Padronizar entre a equipe interdisciplinar do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro (HC-UFTM), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
(EBSERH), a indicação da traqueostomia e as condutas de cuidado ao paciente adulto antes, durante e
após a realização do procedimento.
2. JUSTIFICATIVA
A traqueostomia é o procedimento cirúrgico que consiste na abertura da parede anterior da
traqueia, comunicando-a com o meio externo por meio de uma cânula, possibilitando a
permeabilidade da via aérea. Tem como objetivo primário servir como alternativa artificial e segura
para a passagem do ar quando existe alguma obstrução nas vias aéreas naturais do paciente.
Trata-se de um dos procedimentos mais realizados em unidades de terapia intensiva (UTI) e sua
opção é vantajosa em relação à intubação orotraqueal, uma vez que: facilita a alimentação do
paciente; facilita a aspiração de secreções da traqueia, bem como a mobilização dessas secreções,
trazendo maior conforto; diminui a incidência de pneumonias; facilita o desmame ventilatório;
promove o retorno precoce da fala; facilita a respiração, por diminuir o espaço morto e a resistência
ao fluxo aéreo. A comunicação da traqueia com o meio externo, possibilitada pela traqueostomia,
permite uma redução de 10 a 50% no espaço morto anatômico.
É importante ressaltar que alguns pacientes ficarão com a traqueostomia temporariamente,
enquanto outros permanecerão com ela pelo resto da vida.
3. INDICAÇÕES
As indicações para a realização da traqueostomia são: permitir ventilação mecânica em
intubações orotraqueais prolongadas (isto é, quando a extubação é improvável entre 10 a 14 dias de
intubação orotraqueal); liberar uma obstrução de vias aéreas superiores; permitir higiene pulmonar,
incluindo indivíduos com aspiração laringotraqueal; e permitir a ventilação em pacientes com
debilidade na musculatura respiratória por diminuir o espaço morto.
3.1 Traqueostomia
Algumas condições clínicas, como as descritas na tabela a seguir, podem levar à necessidade
de traqueostomia no adulto:
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3.2 Cricotomia
Em algumas situações emergenciais, quando existe obstrução das vias aéreas superiores e é
preciso desobstruir rapidamente a passagem de ar, pode-se optar pela realização da cricotomia. Ela
é uma opção quando a intubação não é bem sucedida e não há tempo de se fazer uma
traqueostomia. Essa situação pode ocorrer, por exemplo, em edema de glote por reação anafilática
ou por queimadura após inalação de gases em altas temperaturas ou por politrauma com lesões
maxilofaciais graves. Trata-se de um procedimento que deve ser realizado por médico capacitado,
preferencialmente um cirurgião, e que se baseia na ruptura por bisturi ou outros instrumentos
cirúrgicos da membrana cricotireoidea, com seguinte colocação de uma cânula comunicando a luz
da traqueia com o meio externo. A cricotomia deve ser realizada respeitando técnicas de antissepsia
e anestesia do paciente. Devido aos riscos de complicações graves, deve ser convertida em
traqueostomia em até 48 a 72 horas, isto é, o mais rápido possível. Assim, em última análise, a
cricotomia torna-se uma indicação absoluta de traqueostomia.
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4. COMPLICAÇÕES
As complicações já verificadas pela literatura científica abarcam desde o período
intraoperatório até o pós-operatório tardio. Elas podem ser significativamente minimizadas com
treinamento profissional para seu manuseio, utilização de materiais para os cuidados e autocuidado
do paciente. Em termos de garantia de uma via aérea superior prolongada, as complicações da
traqueostomia são significativamente menores do que a intubação orotraqueal ou a cricotomia.
As principais complicações da traqueostomia são: hemorragia, pneumotórax, enfisema
cirúrgico, infecção local, deslocamento da cânula traqueal (devido ao ato cirúrgico ou posicionamento
do circuito do ventilador mecânico), extremidade da cânula bloqueada, caso esteja pressionada
contra a carina ou a parede traqueal, obstrução do tubo por secreção, herniação do balonete
(causando obstrução da cânula), irritação traqueal, ulceração e necrose (causadas, geralmente, pela
hiperinsuflação do balonete ou excessiva movimentação da cânula), traqueomalácea, estenose
traqueal, fistula traqueoesofágica e infecção da árvore traqueobrônquica.
5. CÂNULAS DE TRAQUEOSTOMIA
As cânulas de traqueostomia podem ser metálicas, plásticas ou siliconadas; com ou sem
cânula interna; com ou sem balonete (cuff); e fenestradas ou não. As cânulas fenestradas possibilitam
a passagem do ar por meio da cânula e das cordas vocais, permitindo a fala. É importante a inserção
de uma cânula interna sólida para a aspiração.
As cânulas contêm um mandril (guia) em seu interior, que é um pouco mais longo do que a cânula,
de ponta romba, servindo como um condutor no momento da introdução na traqueia.
Com relação ao comprimento, é importante que a cânula não seja muito curta, pois pode causar
lesão da parede posterior da traqueia com consequente ulceração e obstrução; nem muito longa, o
que pode levar à erosão da parede anterior da traqueia e acometimento de outras estruturas
anatômicas, como o tronco braquiocefálico.
Já quanto ao diâmetro, a cânula deve ter aproximadamente 75% do diâmetro da traqueia (como
valores aproximados, podemos ter cânula plástica n° 7 para mulheres e n° 8 para homens). Esses
valores podem se alterar conforme a anatomia do paciente, por isso durante o procedimento, caso o
tamanho previsto não seja o ideal, é importante que outros tamanhos estejam facilmente acessíveis.
7. O PROCEDIMENTO DE TRAQUEOSTOMIA
A traqueostomia deve ser realizada por um cirurgião, acompanhado por um cirurgião auxiliar,
um anestesiologista e, quando disponível, um instrumentador. É recomendável que seja um
procedimento realizado no bloco cirúrgico. Porém a sua realização em leitos de enfermaria e UTI
podem ser possíveis, desde que avaliado pela equipe assistencial a sua execução e disponibilidade de
outros colaboradores. É preciso que se tome as devidas precauções para evitar exposição do
procedimento a outros pacientes que compartilham a mesma UTI ou enfermaria, devendo-se atentar
ao uso de cortinas ou outros acessórios que impossibilitem a visão do leito em que se encontra o
paciente no procedimento.
Na literatura, constam duas técnicas: a de Griggs, mais frequentemente realizada e considerada
convencional, e a percutânea. A primeira envolve a abertura dos planos anatômicos e secção da
traqueia para sua abertura, a partir da qual será inserida a cânula. Já a segunda, compreende a punção
por agulha entre os anéis cartilaginosos da traqueia, que é usada como guia para se colocar uma
cânula. Apesar de aparentar mais simples, menos invasiva e ter menos complicações que a técnica
de Griggs, a técnica percutânea tem mais contraindicações, como obesidade mórbida, bócio
tireoidiano, incapacidade de hiperextensão cervical e traqueostomia prévia. Ainda existe discussão
na literatura científica sobre qual é a melhor técnica. Os trabalhos têm evidenciado menores taxas de
complicações na técnica percutânea, mas, quando ocorrem, têm maior gravidade como falso trajeto,
pneumotórax e morte. Como não existe um consenso, fica a cargo do cirurgião decidir a melhor
técnica de acordo com o paciente e sua experiência.
Durante a técnica de Griggs, ocorre dissecção do tecido cutâneo, músculo platisma e músculos
pré-traqueais. Assim, encontra-se o istmo da tireoide (geralmente entre o primeiro e segundo anel
traqueal). Após atravessar o ismo, é rompida a fáscia pré-traqueal, permitindo a visualização dos
anéis traqueais. Pode-se fazer o estoma traqueal em formato de U invertido, T ou H. Em seguida,
posiciona-se a cânula e é feita a sutura entre o flap traqueal e o tecido subcutâneo (ponto de Bjork),
que facilita o acesso à traqueia em caso de decanulação acidental.
Já no procedimento percutâneo, as mesmas estruturas são atravessadas pela agulha e em
seguida é posicionada a cânula. Inicia-se com a palpação da cartilagem cricoide para localizar o
segundo e o terceiro anel traqueal. Entre essas estruturas, perfura-se a membrana, coloca-se um
dilatador e em sequência um fio guia para posicionar a cânula. Ainda vale ressaltar que a
broncofibroscopia pode auxiliar na realização desse procedimento e melhorar a orientação da técnica
cirúrgica, especialmente se for necessário extubar uma intubação orotraqueal antes.
Outro aspecto fundamental é a anestesia. Se o paciente já estiver sob sedação, ainda assim o
anestesiologista deve estar acompanhando o procedimento, avaliando os parâmetros clínicos do
paciente e ajustando a ventilação. Se não estiver, a presença do anestesista torna-se ainda mais
essencial e deve ser ele a conduzir a sedação/hipnose do paciente para viabilizar o procedimento
cirúrgico. A escolha do fármaco devido para anestesia fica a cargo do anestesista, que deve considerar
disponibilidade da instituição, qualidade dos medicamentos, indicações e contraindicações
individuais de cada paciente, técnicas usuais e alergias ou complicações prévias do paciente.
A seguir, pode-se observar as figuras das duas técnicas cirúrgicas: a primeira pela técnica de
Griggs (figura 3) e a segunda pela técnica percutânea (figura 4).
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8. CUIDADOS NO PÓS-OPERATÓRIO
No período de pós-operatório imediato, o paciente deve ser monitorizado continuamente e deve
ser realizada radiografia de tórax para avaliar a distância da cânula em relação à carina. O paciente
deve ser posicionado com o decúbito elevado (entre 30 e 45°) e com a cabeça posicionada de forma
que não oclua a traqueostomia.
É essencial manter umidificação adequada (entre 36 e 40mgH2O/L), o ar umidificado deve ser
oferecido continuamente para reduzir a tendência de acúmulo de secreções e promover a patência
do tubo. A cânula deve ser mantida limpa por aspirações sempre que haja indicações clínicas de
obstrução. A primeira troca de tubo, assim como a retirada de fios inabsorvíveis, deve ser realizada a
critério do médico assistente do paciente.
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8.1 Umidificação
É absolutamente essencial a realização da umidificação artificial para a manutenção da
umidade e da temperatura do ar inspirado. Com a temperatura mantida em torno de 32 a 34°C, a
umidade deve ser entre 36 a 40mgH2O/L. Para isso, podem ser utilizados nebulizadores,
umidificadores aquecidos ou umidificadores trocadores de calor e de umidade, ou ainda filtros
hidroscópicos.
Quando a umidificação do ar não acontece corretamente, a secreção se torna mais espessa e
será mais difícil eliminá-la através da tosse, o que aumenta o risco de obstrução do tubo. A correta
umidificação exerce importante papel na fluidificação da secreção. É preciso prestar sempre
atenção na viscosidade do muco e se há traços de sangue no mesmo e oferecer uma quantidade
razoável de líquido para manter a fluidificação do muco. Se forem notadas rolhas de secreção, será
necessário que se faça aspiração para retirá-las e, caso não consiga, é preciso trocar a cânula de
traqueostomia.
Em casos de sangramento na traqueostomia, pode-se utilizar soro fisiológico 0,9% gelado
durante a aspiração, na intenção de amenizar o quadro. Para a resolução, muitas vezes, são
necessárias medidas com medicamentos para conter o sangramento local.
8.2 Aspiração
A aspiração de secreções deve ser realizada quando clinicamente indicada (ausculta
pulmonar, secreções visíveis e/ou audíveis, queda na saturação de oxigênio, cianose, expansão
torácica diminuída, alterações nos valores gasométricos, alteração na frequência respiratória e/ou
padrão respiratório, bradicardia/taquicardia e/ou agitação sem outra causa, aumento na pressão
de pico do ventilador), nos casos em que o paciente é incapaz de expectorar as secreções por conta
própria. O fisioterapeuta e/ou enfermeiro devem avaliar sistematicamente a necessidade de
realização do procedimento.
É necessário nebulizar e pré-oxigenar o paciente e limpar o cateter de sucção com a ponta em
solução salina estéril antes do procedimento. Também é importante atentar quanto ao
posicionamento correto do paciente, decúbito elevado com cabeceira de 30 a 45°.
Na aspiração, a sonda deve ter pressão de aspiração entre 100 e 120 mmHg (para que haja
remoção das secreções sem lesões na mucosa) e deve ser introduzida com cautela, com o vácuo
desligado e até a ponta da sonda sentir resistência. Em seguida, o vácuo é ligado e a sonda é
retirada suavemente com movimentos giratórios.
O cateter de sucção deve possuir múltiplos orifícios para diminuir o risco de lesões na mucosa.
Deve-se evitar dobrar e soltar o cateter na mucosa, uma vez que tal procedimento resulta na
aplicação de vácuo intenso, podendo causar maiores danos.
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Quanto ao tamanho do cateter de aspiração, o calibre da sonda não deve ultrapassar dois
terços do calibre da cânula. Isso permite um fluxo de ar ao redor do cateter para evitar atelectasia
durante a aspiração. Uma outra consideração na escolha do cateter é a habilidade para remover
secreções adequadamente e detectar tubos parcialmente obstruídos.
A profundidade da aspiração não deve ultrapassar o comprimento da cânula, para evitar
traumatismos na traqueia. Um cateter largo e firme pode ser facilmente inserido e remover
secreções rapidamente, sendo esse um fator importante, pois as aspirações lentas podem resultar
em atelectasia.
Ainda é importante lembrar que se trata de uma técnica estéril: o profissional deve fazer uso
de avental, luvas, máscaras e óculos, além de cateteres estéreis para o procedimento de aspiração.
Assim, esse método deve ser utilizado no ambiente hospitalar. Após a aspiração, o paciente deve
ser reavaliado pela equipe.
9. DECANULAÇÃO
A retirada da cânula de traqueostomia e realização do curativo oclusivo do estoma é um
procedimento difícil e somente deve ser tentado após resolução da doença primária que o indicou. A
decanulação deve ser precedida de endoscopia de vias aéreas superiores a fim de excluir doenças
obstrutivas (estenose de laringe ou subglótica, granulomas, colapso traqueal acima da
traqueostomia, entre outros) que impeçam a remoção da cânula. Se presentes, as alterações
obstrutivas devem ser tratadas antes da remoção da cânula de traqueostomia, pois a via aérea
superior deve estar restaurada para a passagem adequada do fluxo aéreo.
Na maioria dos casos, a cânula de traqueostomia é retirada e o estoma se fecha espontaneamente.
Em cerca de 40% dos casos ocorre falha no fechamento, sendo necessário um fechamento cirúrgico
da fístula traqueocutânea, caso essa persista por 6 meses ou mais.
A técnica tradicional de decanulação envolve uma sequência de redução do calibre do tubo, de um
período que varia de dias a várias semanas. Quando o paciente estiver apto para tolerar o menor
tubo, este é removido. Entretanto o desmame da traqueostomia e a consequente decanulação
dependem de muitos fatores e por serem processos complexos, devem levar sempre em
consideração a importância da atuação da equipe multidisciplinar.
No caso de decanulação acidental, deve-se introduzir outra cânula de mesmo calibre ou meio número
menor pelo próprio cuidador. Esses cuidadores devem ser orientados quanto a posicionamento do
paciente e cuidados na reinserção, com lubrificação e tensão da pele.
As vias aéreas superiores são revestidas por tecido delicado e cuidados precisam ser tomados
para não lesá-lo durante a aspiração. Por essa razão, a aspiração deve ser realizada de forma
intermitente e com rotação da sonda, prevenindo o trauma da mucosa da traqueia e dos
brônquios. A descida da sonda deve ocorrer sempre com o vácuo desativado e a sonda de aspiração
não deve ultrapassar o limite de 0,5 cm do final da cânula traqueal. Essa medida pode ser obtida na
embalagem da cânula e anotada para ser marcada na sonda de aspiração, pois, ultrapassar esse
limite traumatiza a carina, que é sensível à dor, e invade áreas do pulmão de maneira inadequada.
Ao chegar ao ponto desejado, deve-se acionar o vácuo e voltar aspirando.
Técnico em Enfermagem
Implementar as intervenções de enfermagem prescritas para a manutenção da via aérea
artificial.
Participar junto a equipe multiprofissional no planejamento e prestação dos cuidados.
Preparar o cliente nos cuidados pré-operatório.
Implementar a prescrição de enfermagem.
Identificar precocemente qualquer fator contribuinte ao evento adverso, adotar medidas
preventivas/corretivas e comunicar a chefia imediata.
Envolver o cliente e sua família no planejamento diário dos cuidados.
Auxiliar/colaborar nos cuidados para decanulação.
Psicólogo
Auxiliar a equipe no esclarecimento da indicação de traqueostomia para a família;
Acolher e orientar familiares sempre que necessário.
Assistente Social
Realizar entrevista social, objetivando compreender a situação socioeconômica e familiar dos
usuários, com o intuito de identificar a realidade social e as questões referentes à programação de
alta e elaboração de estratégias de intervenção. Veiculação de informações quanto aos direitos sociais
e direitos dos usuários dos serviços de saúde.
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Terapeuta Ocupacional
Dificuldades transitórias ou dificuldades de comunicação. Quando uma pessoa fica impedida
de se comunicar pela fala, necessita de forma alternativa para desempenhar essa função.
A equipe de comunicação alternativa, composta por fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais
e outros profissionais de saúde, deve ser responsável por avaliação, indicação do vocabulário e
treinamento do paciente e da sua família; além da orientação da forma de comunicação do paciente
com outros profissionais.
Fisioterapeuta
A atuação do fisioterapeuta é essencial, tanto no cuidado inicial quanto na preparação dos
cuidadores para o cuidado domiciliar do paciente traqueostomizado.
As técnicas desobstrutivas e reexpansivas da fisioterapia previnem complicações como
tampões mucosos e consequentemente, a ocorrência de desconforto respiratório, infecções
pulmonares e atelectasias.
O cuidado adequado na fase pós-operatória é imprescindível para a redução do índice de
complicações e para a decanulação precoce.
Fonoaudiólogo
O fonoaudiólogo atuará avaliando a mobilidade e postura da musculatura orofacial, tanto em
repouso quanto durante a deglutição, verificando possíveis riscos de penetração e aspiração
laringotraqueal, seja de saliva ou de dieta.
Nos casos em que for possível a manutenção da dieta por via oral, adequar consistência,
temperatura, utensílios, se é necessário a utilização de manobras protetivas de vias aéreas durante
ou após deglutição, adequados a cada caso.
Em casos de disfagia onde não é possível retorno da alimentação por via oral, atuar na
reabilitação, minimizando sequelas.
Auxiliar em formas alternativas de comunicação.
Em casos possíveis, atuar, junto à equipe, no processo de utilização de válvula de fala, com
um intuito de facilitar a comunicação e reduzir riscos de broncoaspiração.
Junto à equipe, facilitar o processo de decanulação, tendo em vista o retorno de uma
alimentação segura e da vocalização.
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12. REFERÊNCIAS
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14. APÊNDICES
Considerações aplicáveis:
Alerta: Patência de via aérea acima da cânula SIM NÃO
Data da última troca: