Trabalho de Parto

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TRABALHO DE PARTO E

ASSISTÊNCIA AO PARTO
TRABALHO DE PARTO

É o processo que conduz ao apagamento progressivo e dilatação do colo e à


descida da apresentação, com a eventual expulsão do feto e seus anexos.

O efetivo nascimento do feto é chamado de parto.

O “motor” é a contração uterina e abdominal. O “objeto” é o feto , que


tem que atravessar o “trajeto” que é a pelve materna.

Duração do Trabalho de Parto : Pode ser extremamente curto ou de até


24 horas.
Estudo da contratilidade uterina
Funções e características das contrações uterinas
Durante o trabalho de parto

Dilatar o colo

Formar segmento entre o corpo uterino e o colo

Ajudar na descida do feto

Expulsar o feto

Expulsar a placenta
Estudo da contratilidade uterina
Características das contrações uterinas

Freqüência: Quantidade de vezes em que o útero se


contrai

Duração: A duração total de uma contração chega a 200


segundos, porém a contração perceptível é no máximo de
60 a 70 segundos. Podemos perceber pela palpação do
fundo uterino cerca de 30% da duração de uma contração
CONTRAÇÕES UTERINAS
Funções

• Manutenção da gestação: contrações de Braxton


Hicks
• Dilatação do istmo: o apagamento/esvaecimento
do istmo,
• Dilatação do colo uterino deve ser generalizada,
ter intensidade, pelo menos duas em 10 minutos.
• Descida e expulsão fetal.
• Descolamento da placenta.
• Hemostasia puerperal.
Dinâmica Uterina (DU)

Avaliação das contrações uterinas, realizando-se a


dinâmica uterina (DU) para verificar intensidade,
duração e frequência das contrações em um intervalo
de 10 minutos; deve ser feita a cada 60 minutos. A
DU deve ser analisada com relação ao seu efeito
sobre a dilatação, o apagamento e a descida fetal no
canal do parto.

Exemplo: 1) 2 / 20”/ 10’


2) 2/ 10”, 20”/ 10
TRABALHO DE PARTO
Diferença entre Trabalho de Parto

VERDADEIRO FALSO TRABALHO


CONTRAÇÕES
TRAB. DE PARTO DE PARTO

OCORRÊNCIA REGULAR IRREGULAR

PROGRESSIVAMENTE IGUAL OU
INTERVALO
MAIS CURTOS IRREGULAR
DIMINUI OU É
DURAÇÃO AUMENTA
IRREGULAR

DAS COSTAS NA FRENTE IGUAL


LOCALIZAÇÃO CÓLICA MENSTRUAL
PARA ABDOME
Continuação:
TRABALHO DE PARTO
EM RELAÇÃO
Diferença AO
entre CONTINUAM DIMINUEM OUParto
Trabalho de
REPOUSO DESAPARECEM
VERDADEIRO FALSO TRABALHO
CONTRAÇÕES
TRAB. DE PARTO
POSSIVELMENTE DE PARTO
SANGRAMENTO AUSENTE
PRESENTE
OCORRÊNCIA REGULAR IRREGULAR
BOLSA
DAS ÁGUAS PODE ROMPER-SE
PROGRESSIVAMENTE INTACTA
IGUAL OU
INTERVALO
MAIS CURTOS IRREGULAR
DILATAÇÃO DIMINUI OU É
DURAÇÃO
DO COLO PROGRESSIVA
AUMENTA INEXISTENTE
IRREGULAR

DAS COSTAS NA FRENTE IGUAL


LOCALIZAÇÃO CÓLICA MENSTRUAL
PARA ABDOME
MECANISMO DE PARTO

Mecanismo de parto: é o conjunto de fenômenos passivos que o feto


sofre no decurso da passagem pelo canal de parto.

1. INSINUAÇÃO: consiste na passagem do biparietal através do


estreito superior. Em primigestas a insinuação geralmente ocorre 2 a
3 semanas antes do têrmo. Em múltiparas a insinuação pode ocorrer
em qualquer momentos antes ou após o início do trabalho de parto.

2. DESCIDA: é a passagem da apresentação do estreito superior ao


inferior. Para se determinar o grau de descida, adota-se o plano de
De Lee. A descida está condicionada às condições da bacia, colo e
contrações.
MECANISMO DE PARTO

3. ROTAÇÃO INTERNA: têm por finalidade colocar a


linha de orientação no diâmetro antero-posterior do
estreito inferior. (o lambda, nas cefálicas fletidas, vai
locar-se sob o púbis. A maioria dos bebês insinuam em
Occiptoesquerda Transversa (OET).

4. DESPRENDIMENTO CEFÁLICO: Terminada a


rotação interna, a cabeça desprende-se do estreito
inferior graças à retropulsão do cóccix.
MECANISMO DE PARTO

5. ROTAÇÃO EXTERNA: Também chamada


de movimento de restituição, por voltar o
occipício à orientação primitiva, esquerda ou
direita.

6.DESPRENDIMENTO DO OVÓIDE
CÓRMICO: Distinguem-se dois subtempos
que abrangem o desprendimento das
espáduas e o desprendimento do polo pélvico.
PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO

➴SINAIS DE INÍCIO DE TRABALHO DE PARTO: perda do tampão mucoso, presença de


contrações regulares, descida do fundo uterino.

PERÍODO DE DILATAÇÃO: nas primiparturiente ocorre inicialmente o esvaecimento do colo, já nas


multíparas o esvaecimento e dilatação ocorrem simultaneamente.

A duração do período de dilatação é variável, 8 - 12 horas, sendo influenciado pelo número de


partos normais anteriores e constituição individual.

As contrações inicialmente são de 2-3 em 10 minutos (dinâmica uterina) até aproximadamente 6 cm


de dilatação quando se tornam mais intensas e duradouras, 3-4 com duração de 35-50 segundos.

A dilatação está completa com 10 cm e incorporação da cérvice ao canal vaginal.


✓Durante este período poderá ocorrer a ruptura das membranas (espontânea ou artificialmente).
PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO

PERÍODO DE EXPULSÃO: a
pressão abdominal juntamente com
a pressão uterina dão início ao
desprendimento fetal quando a
dilatação está completa.
Período'expulsivo'– proteção'do'períneo
PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO

PERÍODO DE DEQUITAÇÃO:
aproximadamente após 10 minutos da expulsão
do feto ocorre: ✓descolamento da placenta,
(central –Baldelock Schultze, marginal -
Duncan), ✓descida, ✓desprendimento
(placenta, membranas e cordão umbilical).
Período de Dequitação
DEQUITAÇÃO
Placenta – face fetal
Placenta – face materna
PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO

QUARTO PERÍODO: dito de Greenberg,


primeira hora do puerpério, quando ocorre
o mio e trombotamponamento dos vasos
uteroplacentários. O útero encontra-se na
altura da cicatriz umbilical.
MATERIAL NECESSÁRIO
bandeja de parto (tesoura, porta-
agulha, pinças, bisturi, cúpula),
luvas esterilizadas,
pacote com campos e avental,
gazes,
fio de sutura categute,
clamp,
pacote de compressa,
anti-séptico,
seringa,
agulha longa e para aspirar o
anestésico,
anestésico sem vasocronstritor.
Referências

Rezende J. Obstetrícia. Rio de Janeiro,


Guanabara-Koogan, 2005

Barros SMO; Marin HF; Abrão, ACV.


Enfermagem Obstétrica e Ginecológica. Guia
prática para aassistencial. Roca. 2002.

BrasiL. Ministério da Saúde. Manual Técnico:


Parto, Aborto e Puerpério. Assistência
humanizada àmulher.

Neme, B. Obstetrícia básica. São Paulo,


Sarvier, 1995.

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