Elementos de Máquinas - Cabo de Aço

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CABOS DE AÇO

MCA 08671 - Elementos de Máquinas II

Antônio Tameirão, Eduardo Bozzeda, Enzo Chieza,


Guilherme Novelli, Matheus Damacena, Miguel
Saldanha e Paulo Vitor Vieira
SUMÁRIO
14. Escolha da composição
1. Introdução 15. Tolerância entre
2. Aplicações diâmetros
3. Composição 16. Ângulos de desvio
4. Torção
17. Inspeção e descarte
5. Cabos pré-formados
6. Lubrificação 18. Diâmetros de polias e
7. Definições e medidas tambores
8. Especificação 19. Cuidados especiais
9. Fixação 20. Fator de segurança
10. Emendas 21. Roteiro para
11. Armazenamento dimensionamento e
12. Resistência à tração seleção
13. Deformação longitudinal
22. Catálogos
1. INTRODUÇÃO

● Elementos de transmissão flexíveis;


● Suportam cargas;
● Constituídos de fios de aço entrelaçados.
2. APLICAÇÕES

• Cabos de aço são aplicados em equipamentos


de elevação e transporte, como elevadores de
cargas, escavadeiras e pontes rolantes.
3. CONSTRUÇÃO

CABO

ALM PERNAS
A

ARAME ARAMES
CENTRA ENTRELAÇADOS
L
3.1 Composição das pernas

Normal

● Os arames centrais e os
entrelaçados têm todos o
mesmo diâmetro
3.1 Composição das pernas

Seale

● Camadas alternadas entre


fios de menor e maior
diâmetro;
● Tem pelo menos duas
camadas adjacentes, com
o mesmo número de
arames cada;
● Arames da camada
externa possuem
diâmetro maior - evitando
desgaste por atrito
3.1 Composição das pernas

Filler

● Fios de diâmetro pequeno


são utilizados para
preencher os vazios
deixados pelos arames de
diâmetro maior;
● Aumenta a área de
contato, a flexibilidade, a
resistência ao
amassamento e reduz o
desgaste entre os arames.
3.1 Composição das pernas

Warrington

● Arames de diâmetros
diferentes nas mesmas
camadas;
● Boa resistência ao
desgaste e à fadiga.
3.1 Composição das pernas

Warrington-seale

• Une as principais
características das duas
composições;
• Alta resistência à abrasão;
• Alta resistência à fadiga de
flexão.
3.1 Composição das pernas

Comparativo entre os diferentes tipos

Simples Seale Filler Warrington Warrington-


Seale
3.2 Alma

• Posicionamento adequado das pernas;


• Distribuição dos esforços;
4. TORÇÃO

À esquerda Torção Regular


À direita Torção Lang
4.1 Comparação entre torção regular e Lang

Torção regular Torção Lang

• Resistência ao desgaste • Flexível;


interno; • Resistência à fadiga;
• Resistência a • Resistência à abrasão;
amassamentos;
• Tendência a distorcer
• Estável
5. CABOS PRÉ-FORMADOS

• Arames e pernas são


previamente curvados de
forma helicoidal, de modo
a aliviar as tensões
internas
Vantagens:

• Manuseio mais fácil e


seguro;
• No caso de quebra de um
arame, ele continuará
curvado;
• Não há necessidade de
amarrar as pontas.
6. LUBRIFICAÇÃO

• Proteção contra corrosão


• Diminuir fadiga por atrito
dos cabos com os
equipamentos (ex. polias)
• Aumenta a vida útil dos
cabos
6. LUBRIFICAÇÃO

• Pode ser feita com óleo ou


graxa adequados para
cabos de aço
• Tão importante quanto
lubrificação de máquinas
6. LUBRIFICAÇÃO

• Características do
lubrificante
– Quimicamente neutro;
– Alta aderência;
– Viscosidade moderada,
capaz de penetrar entre as
pernas e os arames;
– Estabilidade nas condições
operacionais;
– Anticorrosivo.
6. LUBRIFICAÇÃO

• Métodos para lubrificação:


– Manual, com pincel ou
estopa
– Sistemas de lubrificação
7. DEFINIÇÕES E MEDIDAS

7.1 Passo do cabo

• Distância, medida paralelamente


ao eixo do cabo, para que uma
perna faça uma volta completa em
torno do eixo do cabo.
7.2 Diâmetro do cabo

• É o diâmetro da circunferência
circunscrita à seção transversal
do cabo
8. ESPECIFICAÇÃO

Número de pernas

Número de arames em
cada perna

Composição da alma
8.1 Normas Técnicas

• Norma em vigor no Brasil: ABNT NBR ISO 2408:2019


• Especifica requisitos para a fabricação, ensaio, aprovação,
embalagem, marcação e emissão de um certificado de
qualidade de cabos de aço
9. FIXAÇÃO

• Ganchos – acrescentados ao
cabo

• Laços – trançamento do
próprio cabo
10. EMENDAS

• Garantir que as
camadas externas do
cabo travem sua
torção;
• Previnir o
desembaraçamento e • Necessário verificar
consequente redução que o intervalo de
da vida útil do cabo. uniões seja de 1000 e
1500 diâmetros;
11. ARMAZENAMENTO

• Enrolamento dos cabos


nas bobinas
• Um armazenamento mal
feito reduz a vida útil do
cabo;
• Respeitar sempre a torção
do cabo durante o
processo de
armazenamento.
12. RESISTÊNCIA À TRAÇÃO

12.1 Carga de ruptura teórica

• A carga de ruptura teórica


do cabo de aço é obtida
através da resistência dos
arames multiplicada pelo
total da área da seção de
todos os arames.
CRT = 49.A1.σ1 + 54.A 2.σ2 + 60.A 3.σ3
• É a carga que
normalmente é fornecida
nos catálogos
12.2 Carga de ruptura mínima


12.2 Carga de ruptura medida

• Determinada em • ABNT NBR ISO 3108:


laboratório, através do Método de ensaio
ensaio de tração do cabo destrutivo de tração para
de aço determinação da carga de
ruptura real de cabos de
aço.
• ABNT NBR ISO 2408 :
Especifica os requisitos
mínimos para a fabricação
e ensaios de cabos de aço
para uso geral;
13. DEFORMAÇÃO LONGITUDINAL

Pode ser estrutural ou elástica


● ESTRUTURAL
○ É permanente;
○ Ocorre no momento de aplicação da carga;
○ Ajustamento dos arames na perna do cabo;
○ Acomodamento das pernas em relação à alma
○ Dest ~ 0,5-0,75% do comprimento do cabo;
○ Pode ser quase totalmente removida pelo pré
esticamento (Cpe>Ct)
Deformação elástica
Deformação elástica:
● E: módulo de elasticidade
○ Aumenta durante a vida útil
○ Depende da construção e condições de serviço
○ Em cabos usados ou pré esticados aumenta ~20%
14. ESCOLHA DA COMPOSIÇÃO

● Flexibilixade X Resistência a abrasão

● Cabos de fios externos finos ● Cabos de fios externos


grossos
15. TOLERÂNCIA ENTRE DIÂMETROS

● Deve ser medida em 2 pontos com


espaçamento de 1m entre si
● A tolerância diametral deve obedecer a norma
ABNT NBR ISO 2408
16. ÂNGULOS DE DESVIO

● Limitados pelas normas;


● Variam de acordo com as classes de cabos:
○ 𝛂 < 1°30’ para cabos de aço
convencionais
■ Classes: 6x7, 6x19, 6x36, 8x19, 8x36.
○ 𝜷 < 2° para cabos de aço não rotativos
com enrolamento em tambor sem canais;
○ 𝜷< 4° para cabos de aço convencionais
■ Classes: 6x7, 6x19, 6x36, 8x19, 8x36.
17. INSPEÇÃO E DESCARTE
● Norma NBR ISO 4309;
● Garante a segurança operacional;
● Deve ser realizada por um profissional
qualificado
● Primeira inspeção
○ Inspeção de recebimento;
○ São verificados:
■ Diâmetros;
■ Construção;
■ Acabamento;
■ Resistência;
■ Lubrificação;
■ Alma;
■ Comprimento;
■ Certificado de qualidade
● Inspeção periódica:
○ Garantir que o cabo de aço segue dentro das especificações operacionais:
● Defeitos:
○ Redução do diâmetro do cabo;
■ Deterioração da alma;
■ Corrosão;
■ Desgaste dos arames externos;
○ Corrosão acentuada ou arames rompidos nos terminais;
○ Terminal mal instalado, desgastado, trincados ou corroídos;
○ Ruptura de arames;
○ Deformações, ondulações e amassamentos;
18. DIÂMETROS DE POLIAS E
TAMBORES

•Para melhor desempenho do


cabo de aço deve-se atender a
relação existente entre diâmetro
do cabo e o diâmetro da polia ou
tambor
•Seguir as recomendações
aumenta a vida útil do cabo
● Proporções recomendadas:
● Recomendações por tipo de equipamento:
19. CUIDADOS ESPECIAIS

● Alguns trechos críticos devem receber maior


atenção durante a inspeção periódica:
○ Trechos em contato com selas de apoio,
polias equalizadoras ou outras polias onde o
percurso do cabo é limitado;
○ Trechos do cabo junto ou próximo aos
terminais onde podem aparecer arames
oxidados ou rompidos;
○ Trechos sujeitos a flexões alternadas;
○ Trechos do cabo que normalmente ficam
escondidos durante a inspeção visual, tais
como as partes que ficam sobre as polias.
20. FATOR DE SEGURANÇA
21. ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO E
SELEÇÃO
21. ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO E
SELEÇÃO
22. CATÁLOGOS

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