Carta Ao Meu Filho Cadete

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 28

CARTA AO

MEU FILHO CADETE

Coronel Amaury Soares Vieira


A palavra do autor

A Constituição da República Federativa do Brasil afirma que as Forças


Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes, baseadas na hierarquia e na disciplina, destinadas a defesa da
Pátria e manutenção da lei e da ordem. A Academia Militar das Agulhas
Negras (AMAN) define isso em poucas palavras: “Cadete, ides comandar
aprendei a obedecer.” A frase está escrita no pátio de formatura da escola.

O serviço militar é um sacerdócio dedicado ao Brasil. Faz parte da


formação do oficial jurar, perante à Bandeira do Brasil e por sua honra,
cumprir as ordens das autoridades a que estiver subordinado, tratar com
afeição os irmãos de armas e com bondade os subordinados.

A AMAN é a grande formadora do quadro de oficiais e sua lembrança


permanece em nossas mentes durante toda a nossa vida. A reunião das
turmas periodicamente revigora e faz rever antigos companheiros.

As diferentes Armas que compõem o Exército Brasileiro tem suas


características próprias, exercendo uma espécie de chamamento aos jovens
que as admiram. Todas as armas são importantes e os cadetes se sentem
felizes ao escolher conforme sua preferência. Não se deve perder a noção de
conjunto pois o Exército é uma reunião de combatentes que se apoiam
mutuamente. A união faz a força!

Escrevi esta carta no momento que percebi que meu filho, cadete do
primeiro ano, não estava seguro de prosseguir na carreira militar. Minha
intenção foi aumentar seu conhecimento sobre aspectos do Exército. Optei
pela carta por ser mais refletida, ao contrário de palavras faladas que às
vezes não passam exatamente o nosso pensamento, por serem improvisadas
e o vento levar. Há cartas célebres, como as epístolas de São Paulo, que
continuam a ser lidas até hoje. Seus conceitos são eternos. Felizmente as
palavras surtiram efeito e ele terminou bem o seu curso, demonstrando ser
um bom infante.

Nosso objetivo é contribuir com a formação de futuros oficiais da AMAN e


da Escola Preparatória de Cadetes. O Exército tem sua grandeza desde o
surgimento da força, no período colonial, quando brancos, negros e índios
desta terra se juntaram para expulsar o invasor. Este é um dos motivos de
ser tão bem aceito pela população.

Aos 93 anos continuo amando o Exército, a Infantaria e a Academia Militar.

Confiem no Exército Brasileiro!

Coronel Amaury Soares Vieira


Prefácio

A formação na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) ocorre em


três dimensões: a cognitiva, a psicomotora e a afetiva. As duas primeiras são
adquiridas e requerem contínua atualização e prática, pois a evolução do
conhecimento, dos procedimentos, táticas e técnicas é muito dinâmica. O
pilar afetivo, contudo, ao referir-se à liderança, aos valores, atitudes,
sentimentos e emoções, é o mais relevante dos três, por ser fundamento
perene dos líderes, em formação, e do próprio Ethos da Instituição Exército
Brasileiro.

Com perspicácia, “olhos de quem sabe ver e coração de quem sabe


sentir”, o Coronel Amaury Soares Vieira, respaldado nos vinte e seis anos de
rica experiência na Carreira das Armas, selecionou a dimensão afetiva, ao
dirigir-se ao jovem Cadete Amaury Jr na “Carta ao meu filho Cadete”, que
estimulo todos a ler.

Eu tive o privilégio de conviver com o autor da carta. Ainda adolescente,


amigo e contemporâneo do Amaury Jr, para mim e a minha turma de amigos,
o Coronel Amaury personificava aquele “tio favorito”, sempre com um sorriso
no rosto, uma palavra amiga e uma mensagem de estímulo. Ele conhecia a
cada um de nós – e éramos muitos – pelo nome. Mais tarde, soube que esse
marcante atributo da personalidade dele já era cultivado desde o período de
Cadete, na Alma Mater, de 1948 a 1950. Não é por coincidência que ele era
conhecido (e o Cadete é sábio em apelidar os seus camaradas) por “O Bom”
ou “Pé de Anjo”, menções à especial aptidão dele para as relações
interpessoais e para harmonizar o ambiente.

Na carta, o Coronel Amaury, modelar chefe de família, cidadão e soldado,


brinda a todos os leitores, ainda que esta não fosse a intenção dele, com um
guia ou cartilha sobre os valores militares e a “fraternidade” à qual o filho
acabara de se incorporar.
Com estilo direto, franco e objetivo, são transmitidos ensinamentos e
experiências que, em diversos trechos, transcendem o ambiente da forja de
líderes militares, tais como: a vocação como farol na escolha da profissão; a
relevância das Forças Armadas para a Nação; o sacerdócio peculiar à carreira;
a exteriorização do espírito militar; as especificidades da vida do Cadete; a
finalidade e os benefícios de conviver com rígidos padrões disciplinares; a
imprescindibilidade do planejamento, em todos os níveis e situações; o
exercício da liderança fundamentada, principalmente, no exemplo pessoal; o
equilíbrio entre a razão e a emoção no Exercício do Comando; o valor
inestimável da camaradagem; a perseverança e a tenacidade requeridas para
superar os obstáculos que surgirão; a atitude receptiva ao contínuo
aprendizado; e o estímulo à crença no próprio potencial, no permanente
suporte familiar e na onipotência de Deus.

A Carta ao filho chegou no momento em que o jovem e inquieto Cadete


Amaury Jr estava punido na AMAN, por transgressão leve, no processo de
adaptação à carreira militar. Eu sou testemunha viva de que as sementes
plantadas pelo Coronel Amaury germinaram. E não poderia ser diferente: elas
eram da melhor procedência (o pai virtuoso), o solo era fértil (atributos
morais e familiares) e foram muito bem regadas (bons exemplos em toda a
vida). O Amaury Jr, no âmbito da Turma formada em 1975, na AMAN, e
durante toda a vida profissional, no serviço ativo e na reserva, internalizou e
praticou aqueles princípios e valores. O momento é oportuno para recordar a
consolidação do teste sociométrico (ferramenta para a análise de grupos e
identificação de lideranças, dentre outras finalidades), aplicado em toda a
Turma do 4o ano de Infantaria da AMAN. Os resultados apontaram que, na
resposta a todos os quesitos vinculados ao companheiro com que gostaria de
trabalhar em grupo, conviver socialmente ou em situação real de combate, o
Amaury Jr ponteava. Esta é a prova irrefutável dos benefícios gerados pela
Carta. E os efeitos transformadores, para além de uma trajetória pessoal
pontilhada de êxitos pessoais e profissionais, tiveram poder multiplicador,
pois milhares de pessoas foram alcançadas pelos bons conselhos e exemplos
do Amaury Jr.

Estou convicto de que a Carta contém mensagens que, após lidas e


interpretadas, podem ecoar, quase todos os dias, nas mentes dos que se
voluntariaram para servir no Exército de Caxias e ao Brasil. E essas
mensagens voltarão à mente do leitor, quando ele mais delas precisar.

Para além do universo daqueles que iniciam a carreira militar, eu


recomendo a leitura deste pequeno livro a jovens acadêmicos e aos que
iniciam uma trajetória profissional, como bússola confiável e fonte de
inspiração e fortalecimento de suas vocações.

General de Exército Gerson Menandro Garcia de Freitas

Cadete 534 da AMAN 1975 e Aluno 087 da EsPCEx 1969


General de Exército Gerson Menandro Garcia de Freitas

Extrato do Curriculum Vitae

Ingressou no Exército em 1969, tendo sido declarado Aspirante de


Infantaria, na AMAN, em 1975. Possui os cursos e estágios militares
peculiares a um Oficial-General e também, no Brasil: Básico Paraquedista,
Mestre de Salto, Básico de Salto Livre, Transporte Aéreo e de Política,
Estratégia e Alta Administração do Exército. No exterior frequentou o Curso
Avançado de Infantaria (Fort Benning - EUA) e o de Planejamento Estratégico
(War College - EUA).

No ambiente civil cursou Elaboração de Currículos e Supervisão Escolar


(UFRJ), MBA Executivo (FGV), Análise Prospectiva (Brainstorming
Planejamento), Gestão Estratégica (Fundação Dom Cabral) e Relações
Governamentais (INSPER).

Foi Comandante de Fração e de Subunidade no 5º BI (Lorena SP) e no 27º


BIPqdt (Rio de Janeiro RJ), Oficial de Operações do 47º BI (Coxim MS), do
28º BC (Aracaju SE) e da 15ª Bda Inf Mtz (Cascavel PR), Instrutor da
Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e da Escola de Aperfeiçoamento
de Oficias (Rio de Janeiro RJ), Assessor do EME e do Gabinete do Comandante
do Exército, Assistente-Secretário do Ministro do Exército e do Comandante
do Exército (Brasília DF). Comandou o 36º BIMtz (Uberlândia MG) e o Corpo
de Cadetes da AMAN. Foi o Secretário-Geral do Exército Brasileiro. Comandou
a AMAN nos anos de 2007 e 2008, período desta foto em que entrega o
estandarte para o cadete mais distinto da Turma de 2008. Foi o 5º Subchefe,
o 7º Subchefe e Vice Chefe do EME. Foi Comandante Militar do Planalto e
Chefe de Assuntos Estratégicos e de Operações Conjuntas do Ministério da
Defesa (Brasília DF). Foi o Coordenador-Geral de Defesa das
Olimpíadas/2016 (Rio de Janeiro RJ). Comandou o CMO (Comando Militar do
Oeste) em Campo Grande MS.

No exterior, foi Assessor Militar na Academia de West Point (EUA),


Coordenador Geral da ONU sobre Minas Terrestres (Suíça) e Conselheiro
Militar na Missão do Brasil na ONU (New York). Atualmente, é Gerente da
Apex-Brasil (Promoção de Exportações e de Investimentos para o Brasil),
indicado para chefiar a Embaixada Brasileira em Israel.

Publicou matérias sobre Liderança, História Militar, Educação, Fronteiras


Brasileiras, Diplomacia de Defesa, Planejamento Estratégico e Temas
Militares.
Apresentação

Este é o meu cartão de inscrição para o dificílimo concurso de admissão à


Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Guardo com carinho e gratidão
aos meus professores de vida inteira, particularmente os do bom Colégio
Estadual Marechal Souza Dantas, de Resende, mesma cidade da Academia,
como nós a chamávamos. Em 1971, Resende respirava a Academia! Eu a
conhecia pelas atividades esportivas que assistia e pelo cinema acadêmico
que frequentava nas noites de sábado, quando era aberto ao público. Meu
pai ali servia desde 1969, quando aceitou o convite para compor a equipe de
professores da Cadeira de Geografia. Moramos primeiro no Edifício Benjamim
Constant, um belo prédio na esquina da avenida Getúlio Vargas com rua
Alfredo Whately. Nossa mãe era professora no Estado de São Paulo e não
podia lecionar no Rio de Janeiro. A irmã mais nova, Cecília, estudava no
Grupo Escolar Olavo Bilac, enquanto Lúcia e eu, íamos ao Estadual que ficava
ao lado da Ponte Velha. A cidade ficava bonita com crianças e jovens
uniformizados, caminhando ou pedalando nas bicicletas. Em 1970 mudamos
para o número 40 da avenida Duque de Caxias, um ótimo sobrado da Vila
Militar, esquina com a rua General Sampaio e perto do Círculo Militar, ponto
de encontro para as famílias. Ao final do curso científico me inscrevi para os
vestibulares da AMAN, da faculdade de Engenharia Química de Lorena e da
MAPOFEI, tentando estudar nas faculdades públicas do Estado de São Paulo.
Passei na AMAN e descartei os demais porque havia coincidência de datas.
Arrisquei. Em 26 de fevereiro de 1972 entrei como cadete pelo Portão
Principal. Até esse dia só tinha acampado com amigos em Visconde de Mauá
e nunca tinha pego numa arma. Era o legítimo paisano, como os veteranos
classificavam os inexperientes bichos oriundos do meio civil. Para sorte minha
os companheiros do apartamento 153 da 1ª companhia do curso básico
tiveram muita paciência para me ensinar os bizus da vida militar e fui, aos
poucos, me encontrando comigo mesmo, com bons resultados nas constantes
avaliações intelectuais e físicas. Tive bem mais dificuldade na parte
disciplinar, pois que eu me comportava como um voador e os instrutores
eram duros. Eles estavam certos. Nosso comandante de Companhia, o
excelente e participativo Capitão Juvêncio Saldanha Lemos, teve muita
paciência, como mostra a foto da contracapa. Neste momento, meu velho
materializou seu pensamento no bloco de papel timbrado da AMAN. Fez a
diferença. O objetivo deste livro é registrar as boas palavras de um pai para
seu filho, cadete vocacionado e inquieto, com base em experiência e
conhecimento. Penso que será muito útil a jovens cadetes e aos seus
comandantes porque descortina a mente e abre o canal de comunicação,
reforçando a confiança mútua e acalmando a mente para o bom raciocínio.
Faz bem. Coronel Amaury Soares Vieira Júnior, Organizador.
Resende, 7 de outubro de 1972
Caro filho,
Pensei bastante antes de escrever esta carta. Ela
não deve ser considerada conselho, nem reprimenda
e nem mesmo pretende ser a verdade de todos.
Representa apenas vinte e seis anos de vivência
militar.
Toda carreira deve ser escolhida livremente e com
convicção. Já conversamos a esse respeito. Devemos
ser absolutamente sinceros nesta escolha ou
corremos o risco de desencanto futuro, se nos
iludirmos.
Escolhemos a carreira das armas por acreditarmos
que o nosso trabalho é importante e ajuda o Brasil a
se desenvolver, pois as Forças Armadas
proporcionam segurança e tranquilidade ao país.
A influência do Exército Brasileiro e das demais
Forças Armadas se faz sentir não só pela simples
ação de presença, mas principalmente pela imagem
criada no povo brasileiro de disciplina, pontualidade,
honestidade e responsabilidade.
As pequenas coisas da vida cotidiana têm muita
importância. Muitas vezes já foi dito que conhecem–
se os grandes homens pelas pequenas coisas. A vida
militar, como todas as outras, é feita de minúcias
que, isoladamente, não possuem grande significado,
mas que somadas avolumam-se e permitem formar
um conceito das pessoas.
Não basta ao militar possuir um ideal de carreira.
É preciso que ele o demonstre com espontaneidade
pela sua apresentação (atitude e uniforme), pela fiel
observância dos horários (pontualidade) e das ordens
existentes, pelo interesse revelado nas atividades em
que for empenhado (aulas, instruções, serviços,
palestras), pela sua conduta correta nas horas de
lazer ou em festas, evitando sempre as posições de
destaque e o vedetismo.
Muitas vezes estamos cansados e temos
obrigações a cumprir. São os espinhos da carreira.
As outras carreiras também os possuem. Eles nos
arranharão menos se trabalharmos bem. Os que
sabem trabalhar cansados são os que vencem.
A vida do cadete, aparentemente, é mais difícil do
que a dos demais militares, mas é porque dele se
exige e se espera o máximo. O cadete é
permanentemente observado e constitui um alvo,
atingido todas as vezes que incorre em falta.
As ordens e obrigações devem ser cumpridas
corretamente, não por temor ao castigo, mas por se
tratarem de regras do jogo, livremente aceitas.
Os superiores hierárquicos não têm culpa das
faltas ou transgressões disciplinares cometidas pelos
subordinados e faltariam aos seus deveres se
deixassem de punir os faltosos.
O cadete deve estar atento às suas obrigações,
evitando as distrações e o alheamento das situações
em que deva participar.
O cadete é jovem, gosta da vida, é alegre, mas
deve lembrar–se de que alegria não significa viver às
gargalhadas ou ver em tudo motivo para riso, crítica
ou brincadeira. Há hora para tudo.
O militar deve ser previdente e, como tal, deve
saber antecipar–se aos acontecimentos. Isso é válido
não só nas campanhas militares, mas também e
principalmente na vida cotidiana.
Nossa vida, nossos trabalhos, nossas obrigações
devem ser planejadas e, desta forma, serão bem
executadas. É melhor chegar antes do que depois da
hora.
O militar deve ser exigente consigo mesmo,
jamais desculpando–se por faltas cometidas. Deve
saber exigir, quando na situação de comando, agindo
com serenidade e educação, porém com firmeza e
decisão. Se um companheiro se atrasa ele é o único
culpado e, como tal, deve assumir inteira
responsabilidade por esse fato.
Camaradagem não significa cobrir faltas dos
outros e ser punido por outrem. Camaradagem é
lealdade, franqueza, amizade e solidariedade a um
irmão de arma, mas baseada exclusivamente na
verdade.
Muitas coisas ainda poderiam ser ditas, porém o
essencial é que você esteja satisfeito consigo mesmo
e goste do que faz.
Saiba suportar estoicamente, com o espírito
levantado, as dificuldades da vida, vencendo–as à
medida que aparecem e, principalmente, sabendo
tirar ensinamento dos erros cometidos para não
incidir neles novamente.
Aprenda a contar com você mesmo no máximo
que puder na luta da vida, mas lembre–se de que
somos, sua mãe e eu, os seus maiores aliados depois
de Deus.
Confie em si próprio, confie em nós e confie em
Deus, porque Ele é o nosso comandante supremo.
Um abraço do velho,
Amaury
PS: A única maneira de não ser punido é não cometer
faltas.

Em 12 de dezembro de 1975 o Aspirante Amaury recebe a espada e a benção do


Coronel Amaury sob os olhares de Dona Antoninha e das irmãs Lúcia e Cecília. Amor!
Coronel de Infantaria AMAURY SOARES VIEIRA

Nasceu em 20 de janeiro de 1927 na cidade de Itapetininga SP. Prestou


o serviço militar obrigatório no Tiro de Guerra de Tietê SP, cidade onde se
formou professor na Escola Normal, em 1946. Cursou a Escola Preparatória
de São Paulo em 1947, entrando na Escola Militar de Resende em 1948.
Formou - se Aspirante de Infantaria na turma de 1950. Serviu nos quartéis:
a. 13º Regimento de Infantaria, Ponta Grossa PR, até 1953.
b. Escola Preparatória de Cadetes, São Paulo SP, 1954 a 1955.
c. 6º Regimento de Infantaria, Caçapava SP, em 1956.
d. 4º Batalhão de Caçadores, Lins SP, de 1957 a 1958.
e. Escola Preparatória de Cadetes, São Paulo SP, 1959.
f. Escola Preparatória de Cadetes, Campinas SP, 1960.
g. Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, Rio de Janeiro GB, 1961.
h. 1º Batalhão de Carros de Combate Leve, Campinas SP, 1962.
i. Escola Preparatória de Cadetes, Campinas SP, de 1963 a 1964.
j. Escola de Comando Estado Maior, Rio de Janeiro GB, 1965 a 1967
k. 2ª Divisão de Infantaria, São Paulo SP, 1968.
l. Academia Militar das Agulhas Negras, Resende RJ, 1969 a 1972
m. Comandou o 30º Batalhão de Infantaria Motorizada, Apucarana PR,
de julho de 1973 a janeiro de 1976. A foto é desta época.
n. 5ª Brigada de Infantaria Motorizada, Ponta Grossa PR, 1976.
o. Estado Maior do Exército, Brasília DF, 1977.
p. Grupamento Leste Catarinense, Florianópolis SC, 1978 a 1979.
q. Estado Maior do Exército, Brasília DF, 1980.
r. Comando do III Exército, Porto Alegre RS, 1981.
s. Estado Maior do Exército, Brasília DF, 1982.
t. Departamento de Material Bélico, Brasília DF, 1983.
u. Estado Maior do Exército, Brasília DF, 1984.

Foi condecorado com a Medalha Militar de Ouro, Medalha do


Pacificador, Ordem do Mérito Militar (Grau Cavaleiro) e Medalha da
Aeronáutica. Casado com a professora Antoninha desde 26 de julho de 1953,
residem em Florianópolis SC. A LCTE publicou seu livro EXERCÍCIO DE
COMANDO, em 2015.
A carta original
Observação: A data foi colocada no início da carta, com autorização do autor.
Organizador

Coronel Amaury Soares Vieira Júnior - Cadete 40 da AMAN 1975 e Aluno do


Colégio Estadual Marechal Souza Dantas de Resende RJ 1971

Nasceu em Botucatu/SP, no dia 7 de maio de 1954. Estudou nas escolas


públicas de Campinas/SP, Rio de Janeiro/Guanabara, São Paulo/SP e
Resende/ RJ até cursar a Academia Militar das Agulhas Negras para
graduação na Arma de Infantaria e Bacharelado em Administração em 1975.

Concluiu o Curso Básico de Paraquedismo em 1976, sendo o 27.451º


paraquedista formado pelo Exército Brasileiro (EB). Serviu no 30º Batalhão
de Infantaria Motorizada (Apucarana/PR), no 25º Batalhão de Infantaria
Paraquedista e no Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil (Rio
de Janeiro/RJ), realizando os cursos de Mestre de Saltos, Básico de Salto
Livre, Transporte Aéreo e Avançado de Salto Livre. Em 1981 foi designado
para fazer os cursos Parachutiste Français, Largueur de Personnels sur
Transall C160 et Nord 2501 e Saut Operationnel à Overture Commandée
Retardée à Grande Hauteur na École des Troupes Aeroportées, Pau/França.
Em 1983 concluiu o curso de Elaboração de Currículos no Centro de Estudos
de Pessoal com a Tese CURSO DE SALTO LIVRE OPERACIONAL. O
Treinamento de Salto Livre Operacional (TeSLOp) foi implantado em 1985 no
EB. Comandou a Companhia de Comando da Brigada Paraquedista de 1983
a 1985. Realizou 288 saltos de aeronave militar em voo.

Concluiu o Mestrado em Aplicações Militares na Escola de Aperfeiçoamento


de Oficiais do EB em 1985, realizando o Estágio de Adaptação à Selva, no
Centro de Instrução e Guerra na Selva (Manaus/AM). No Regimento Sampaio
(Rio de Janeiro/RJ) comandou a Subunidade de Operações Especiais da 9ª
Brigada de Infantaria Motorizada Escola durante o ano de 1986. Comandou a
3ª Companhia de Guardas em Juiz de Fora/MG de 1987 a 1989, realizando o
curso de Escalador Militar no Centro de Instrução de Montanha (São João Del
Rey/MG). Em 1991 concluiu o Doutorado em Aplicações Militares na Escola
de Comando e Estado Maior do Exército com a monografia O SALTO LIVRE
OPERACIONAL. Serviu no Comando da 2ª Região Militar em São Paulo/SP de
1992 a 1995, concluindo o curso de Transporte do Exército com a tese “APOIO
LOGÍSTICO PELA HIDROVIA TIETÊ”. Comandou de 1996 a 1999 o 39º
Batalhão de Infantaria Leve (Osasco/SP) e recebeu o título de “Cidadão
Osasquense”. Realizou o curso de Operações Aeromoveis no Centro de
Instrução de Aviação do Exército (Taubaté/SP). Em 1998 comandou o
“Destacamento DUQUE DE CAXIAS” pela 23ª Brigada de Infantaria de Selva,
pacificando o eixo PARAUAPEBAS – MARABÁ/PA.
Passou para a reserva como Coronel em 2000 e criou AMAURY VIEIRA
Consultoria de Inteligência Competitiva, atual ALMA DE SOLDADO, para
proteger vidas e patrimônio das empresas, apoiando a continuidade do
negócio. Em 2003 assessorou o Programa de Excelência Gerencial no
Comando da 2ª Região Militar do Exército/SP, mercê do Curso Auditor da
Qualidade. Foi professor dos cursos de MBA e graduação da Universidade
ANHEMBI MORUMBI/SP, ministrando as disciplinas Gestão de Operações,
Inteligência Competitiva, Estratégia Empresarial, Responsabilidade Social,
Empreendedorismo, Negociação, Gestão de Recursos e Logística até 2009,
quando transferiu – se para Araucária/PR, onde foi selecionado na
comunidade para conduzir a Tocha Olímpica em 2016. É membro do Conselho
Integrado de Segurança e Inteligência Empresarial (CISIE) da RMC e foi eleito
Presidente do CONSEG de Araucária/PR para o biênio 2020/2021.

A editora LCTE publicou os livros NEGOCIAR COM BOA VONTADE (para


apoiar pessoas e equipes comerciais das empresas), MISSÃO: DIRIGIR E
VOLTAR PARA CASA (para prevenir acidentes de trânsito) e ALMA DE
SOLDADO (para reforçar valores tradicionais praticados nas Forças Armadas).
Organizou o livro EXERCÍCIO DE COMANDO, do Coronel Amaury Soares
Vieira, para apoiar comandantes de organizações militares, gestores e líderes
de equipes. Com o engenheiro Alexandre Fernandes criou o Projeto ANDAR
URBANO que visa prevenir sinistros com pessoas em deslocamento nas
cidades do Brasil por meios diversos, em atividades de rotina e de lazer.
Realiza workshops, treinamentos e palestras sobre estes temas, implantando
Sistemas de Inteligência Competitiva para gerenciamento de risco,
integração de equipes, melhoria e inovação nas empresas.
DEPOIMENTOS (EM ORDEM DE RECEBIMENTO)

1. General de Brigada Edson Massayuki Hiroshi – Cadete 425 da AMAN


1990 e Aluno 202 da Escola Preparatóia de Cadetes do Exército –
Campinas SP (EsPCEx) 1986
Boa tarde, Coronel! A carta do Coronel Amaury para o senhor não é só
uma manifestação de amor de pai para filho, mas um rol de conduta
cívico-militar para qualquer iniciante na carreira das armas traçar uma
carreira de sucesso. Espero que os cadetes da AMAN e os alunos da
EsPCEx possam aproveitar os sábios conselhos de um militar exemplar.
Abraço!
2. General de Divisão Eduardo Segundo Liberali Wizniewsky – Cadete 341
AMAN 1975 e Aluno do Colégio Salesiano Dom Bosco de Santa Rosa
RS 1971
Prezado Amaury. Li e reli a carta do teu pai, o Coronel Amaury. Plena
de conhecimento e sabedoria, creio que será inspiradora para ti. O P.S.
no final é espetacular! Sucesso nesta empreitada é o meu desejo. Forte
abraço.
3. General de Exército Antonio Hamilton Mourão, Vice – Presidente da
República Federativa do Brasil - Cadete 76 da AMAN 1975 e Aluno 559
do Colegio Militar de Porto Alegre RS (CMPA) 1969
Só emoção ao ler. Abraço forte e fraterno meu amigo.
4. Coronel Almir José Cavasotti – Cadete 27 da AMAN 1975 e Aluno do
Colégio Estadual Regente Feijó de Ponta Grossa PR 1971
CAMPEÃO! Muito bom. O bom e velho Amaury deu a diretriz já no
primeiro ano da AMAN. Li com um misto de emoção e admiração. Show
de bola! Abração mano. Câmbio. Maraca.
5. Coronel Juvencio Saldanha Lemos – Cadete 475 da AMAN 1961
Oi, Amaury. Agradeço comovido e vaidoso o envio da "Carta". Muito
obrigado pela lembrança e atenção. Falta uma observação no currículo
do seu pai: excelente levantador no vôlei! O livro dele "Exercício de
Comando", é obra para ser difundida. Tenho-o na minha biblioteca, e
mais de uma vez já o referi, em palestras que sou convidado a fazer.
Enfatizo sempre um dos seus pensamentos: - Faça com que as normas
e os regulamentos sejam seguidos à risca! Parabéns pela brilhante
carreira que cumpriste. É certo, pelo que se vê, que alcançaste a tua
realização e redenção. Resultado de valores e princípios trazidos da
família e reforçados na maravilhosa Instituição a que pertencemos. Eu
estou com 80 anos. E já sou bisavô. Não me lembro se te mandei o
meu último livro, sobre a Revolta da Vacina, em 1904. Se não, me
avisa que eu despacho logo. E no mais, um forte abraço do Lemos.
6. Coronel Lúcio Alfredo do Monte Gomes – Cadete 592 da AMAN 1964 e
Aluno 165 do Colégio Militar do Rio de Janeiro RJ (CMRJ) 1961
Meu querido amigo. Li com muita emoção. Fiz, como não poderia ser
diferente, um retorno na minha vida. EMOCIONANTE. Um abraço
grande e saudoso desse seu irmão mais velho.
7. General de Exercito Marco Antonio de Farias – Ministro do Superior
Tribunal Militar – Cadete 943 da AMAN 1974 e Aluno 061 da Escola
Preparatória de Cadetes do Ar – Barbacena MG (EPCAr) 1967
Seu velho, seu Mestre! Parabéns, Amaury!
8. Coronel Fernando Luiz Menna Barreto – Cadete 679 da AMAN 1974 e
aluno 020 do CMPA 1968
Amaury, li a carta do Cel Amaury e me lembrei do meu saudoso pai. É
muito bom ter um pai do qual a gente se orgulhe e que possa nos
transmitir a sua vivência pessoal e profissional. Isso nos ajuda muito.
Falo por experiência própria. A carta do seu pai é didática e deve ser
difundida para que não se percam os valores nela contidos. Um abraço
forte!
9. Coronel Nelson Gomes Teixeira – Cadete 940 da AMAN 1975 e Aluno
476 da EsPCEx 1969
Que ótimo, meu amigo! Mais um livro! Ainda bem que continua
inquieto...
10.Coronel Roberto Marinho Costa - Cadete 1086 da AMAN 1975 e aluno
065 da EsPCEX 1969
Meus parabéns ao seu pai pelos excelentes ensinamentos e a você
que soube segui-los e se tornar um exemplo de oficial e amigo.
11.Coronel Juarez Tirelli – Cadete 921 da AMAN 1978 e Aluno 016 do
Colégio Militar de Fortaleza CE (CMF) 1974
Amaury, boa noite. Muito honrado em receber sua mensagem. A carta
do seu pai deveria ser considerada um “Guia de Vida”. Em poucas
linhas ele resumiu o comportamento que devemos ter se desejarmos
sucesso em qualquer profissão ou atividade. Grande abraço!
12.Coronel Norberto Magno Lemos Pimentel – Cadete 963 da AMAN 1975
e Aluno do Colégio Estadual Luiz Reid de Macaé RJ 1971
A mensagem da carta repercutiu até agora pra mim, sobre o que
falamos na reunião passada. As palavras têm poder para orientar,
corrigir rumos, redarguir e ensinar. Li com muito apreço as palavras
do "Velho Amaury". Palavras de sabedoria: "APRENDA A CONTAR COM
VOCÊ MESMO NO MÁXIMO QUE PUDER, MAS LEMBRE-SE DE QUE
SOMOS OS SEUS MAIORES ALIADOS DEPOIS DE DEUS." Palavras
BENDITAS, ENCORAJADORAS, QUE LIBERTAM, QUE CATAPULTAM
PARA A VIDA e BENÇÃO PATERNA. Tremendo exemplo. Deus seja
louvado. O seu currículo mostra que você se apropriou da BÊNÇÃO.
Deus acima de tudo!
13.Coronel Carlos Roberto Leira dos Santos - Cadete 205 da AMAN 1975
e Aluno 172 da EsPCEx 1969
Caro irmão guerreiro, paraquedista de longas e árduas jornadas! Você
é um privilegiado. Ter recebido iluminada carta do Coronel Amaury
somadas experiências de pai, professor, militar e cidadão idôneo, pura
manifestação de amor e emoção. Parabéns irmão!
14.Coronel Jorge Monteiro Diôgo – Cadete 666 da AMAN 1975 e Aluno do
Colégio Estadual Marechal Souza Dantas de Resende RJ 1971
Excelente! Quanta sabedoria expressa por seu querido Pai na Carta
que lhe serviu de rumo para a vida. Deu certo! Que momentos
saborosos podemos reviver no desenrolar do tempo passado antes e
durante a nossa formação e na carreira. A lembrança do Souza Dantas,
para mim, é, sobretudo, de agradecimento àquela casa de mestres (na
verdadeira acepção da palavra). Quem me avisou que eu havia
passado na AMAN foi o Coronel Cosenza. Saudades! Quando saímos
Aspirantes, meu avô me escreveu uma Carta nessa mesma linha. A
guardo até hoje e, de vez em quando, a leio. Grande abraço, meu
amigo. Parabéns! Diôgo
15.Coronel Francisco Jorge Berguenmayer Minuzzi - Cadete 481 da AMAN
1975 e Aluno 638 da EsPCEx 1969
Amaury, ao ler essa carta do senhor teu pai, me vieram à mente muitas
ideias e pensamentos. Como ideia mais importante fica a real intenção
de sempre aconselhar meus filhos menores, de 10 e 12 anos, como
teu pai fez contigo, com sinceridade, objetividade e sobretudo amor.
Também de continuar participando da vida dos demais cinco filhos,
apoiando e orientando no que me for possível. Como pensamentos e
lembranças, me veio a pessoa de meu pai, nascido em 1923 e falecido
em 2003 com 80 anos. Infelizmente não tive a oportunidade de receber
uma carta assim, que me desse umas dicas de como era o Exército e
como eram as armas. Meu pai era Sargento de Cavalaria, pouco afeito
a expressões emocionais que se traduzissem em palavras ou
conselhos. Era mais de agir bem e esperar que seguissem seu
exemplo. Já observei que na carreira militar valem muito os conselhos
e orientações de alguém, de preferência um pai e que seja oficial. O
graduado não consegue transmitir uma vivência completa como o faz
o oficial. Mas não condeno meu pai, pelo contrário. Graças a ele e suas
providências entrei no Colégio Militar de Porto Alegre, na quota de filho
de militar e fui até ao aspirantado com essa força ímpar que meu pai
me transmitiu. Mas não quero tratar de mim e sim do Coronel Amaury
o qual, vendo a foto, e vendo que serviu no DMB, creio tê-lo visto
naquele ano quando servia no 16o. Batalhão Logístico. Amaury, os
conselhos do teu pai são pérolas que bem me teriam servido, tanto na
escolha da arma, como na escolha da primeira Organização Militar pois
me arrependo não ter ido para a Cavalaria, arma de meu pai e dos
quartéis onde, como menino, vivia entrando e brincando lá dentro. Isso
só valoriza a atitude do teu pai em te orientar e conduzir. Creio que
essa carta vai beneficiar a muitos que chegam inexperientes e sem
uma base de conhecimentos de como se preparar para viver na nossa
Instituição. Parabéns ao Velho Coronel e um forte abraço Verde Oliva.
16.Coronel Genes Luís de Marilac Maluf Monteiro – Cadete 527 da AMAN
1988 e Aluno 1367 do Colégio Militar de Brasília DF (CMB) 1984
Prezado Coronel, quisera eu poder ter recebido uma carta como essa
em 1985 quando era cadete da 2ª Companhia do Curso Básico. Teria
me ajudado muito. Excelente iniciativa. Orientações mais claras e
precisas a um “bicho” de AMAN não poderiam ser melhor escritas.
Emocionante e instrutiva. Todo cadete deveria receber uma dessas.
Parabéns Coronel!
17.Coronel Eduardo José da Silva Néto - Cadete 329 da AMAN 1975 e
Aluno 1649 do CMRJ 1969
Prezado Amigo, Amaury. Mais uma vez, fiquei muito emocionado, pois,
ao ler a carta, do seu pai para você, muito bem escrita e cheia de
verdades, fruto da grande experiência, de seu pai. Me fez lembrar, de
novo, de meu falecido pai Tenente Coronel Silva Néto que também
escreveu ao seu filho, Aspirante Silva Néto, uma carta semelhante, em
Dez 1959. Ele não teve oportunidade de escrever carta semelhante aos
outros 4 filhos militares, pois veio a falecer em 1962, oito anos antes
do “Aspirantado” do 2.º filho. Parabéns, Amigo, por mais essa iniciativa
de tornar pública essa carta, demostrando o seu amor e respeito por
seu “velho pai”, bem como prestar-lhe uma Merecida Homenagem,
enquanto está vivo e bem de saúde. Grande abraço! Transmita, por
favor, ao senhor Coronel Amaury os meus Cumprimentos e Admiração.
AD SUMUS! Silva Néto
18.Coronel Everaldo José Pinheiro de Farias - Cadete 664 da AMAN 1975
e Aluno 597 da EsPCEx 1968
Grande Amaury! Orgulho - me de nossa amizade. Na apresentação me
vi estudando no GRUPO ESCOLAR OLAVO BILAC E GINÁSIO SOUSA
DANTAS. Bons tempos! Depois ESPCEX E AMAN. Agradeço a DEUS
a convivência que tivemos com todos os irmãos de farda. Continue um
SONHADOR PATRIOTA. O BRASIL precisa de pessoas iguais a você.
PARABÉNS. EVERALDO.
19.Coronel Paulo Roberto Figueira de Melo - Cadete 1052 da AMAN 1975
e Aluno 1206 do CMRJ 1969
Amaury, mais uma vez a sua postagem emocionou esse velho soldado.
Fui transportado para 1972, cadete da 1ª Companhia, comandada pelo
velho Juvêncio Saldanha Lemos. A carta do seu pai caiu como uma
luva. Eu não conseguia entender o porquê de 3 meses sem ir ao Rio,
toda semana “Impedido na Ala”. Hoje entendemos bem porquê.
Revoltado, fui falar com o capitão Lemos. Falei: "Capitão, estou
há mais de três meses sem ver minha família e namorada. Nem os
aratacas estão aqui há tanto tempo! ". Ele respondeu: "Ok, cadete!
Essa semana vais ao Rio, mas já tenho um FO negativo aqui. Semana
que vem estarás aqui novamente." Saí mais feliz que pinto no lixo! Foi
a melhor punição que levei em quatro anos de Academia. Estamos
juntos, irmão!
20.Desembargador Jurandyr Souza - Faculdade de Direito da Universidade
de Londrina PR 1979 e Colégio São José de Apucarana PR 1974
Amaury, Magnífico! EMOCIONA! É uma lição de vida que Você recebeu
e sou testemunha que deu certo, forjou o caráter de um Homem de
bem, de princípios. É um orgulho ser teu Amigo e tê-lo em nossa
Família. Ler a carta aumentou, confirmou a admiração pelo seu Pai, de
quem sempre ouvi elogios e reverência feitas pelo meu Pai, que o
admirava. Os ensinamentos da carta quero transmitir aos meus filhos.
Esta carta deveria ser objeto de ensino em Escolas de todo
País. Aprendi a admirar os Militares com meu Pai, e Você sabe o
quanto. Abraço IRMÃO!
21.Coronel Francisco Vanderlei Teixeira de Oliveira - Cadete 512 da AMAN
1975 e Aluno 645 da EsPCEx 1969
Prezado irmão Amaury, a sua inteira dedicação aos pais é a mais
segura prova do reconhecimento que você têm a eles por terem
encaminhado a sua brilhante trajetória. Por questões óbvias, o militar
mais antigo, Coronel Amaury pai, foi a figura central na sua acertada
orientação profissional. Estivemos juntos nessa caminhada desde os
primeiros passos das aventuras na AMAN, fortemente marcados pelas
cenas hilariantes do nosso inconfundível Capitão Lemos, que contava
com vários companheiros para formatar aquelas jornadas diárias das
nossas vidas. O Cadete 40, Amaury, fazia parte do seleto time da
preferência do Comandante da 1ª Companhia, algumas vezes para
“orações” nos finais de semana. Meu amigo, a carta do seu pai é uma
preciosidade e um guia perfeito para todos os que sonham em um dia
abraçar a carreiras das armas, em especial os que pretendem cruzar o
Portão Monumental da AMAN. Com clareza e objetividade, fruto de uma
percepção profunda, as atitudes necessárias ao futuro líder militar
estão didaticamente colocadas nesse verdadeiro manual de conduta.
Sinta-se feliz e agradecido por ter podido contar com esse guia
precioso, como também o serão os que doravante tenham acesso a
esse relato de fidelidade com a profissão militar. A essa altura dos
acontecimentos os nossos contemporâneos estão suficientemente
maduros para compreender todas as verdades contidas na orientação
que você recebeu já nos idos de 1972. O tempo de validade dessa obra
preciosa é infinito. Ela servirá para muitas gerações, pois contém
fundamentos imutáveis e necessários para a obtenção de resultados
expressivos na formação e na realização profissional. O objetivo
pretendido, registrar as boas palavras de um pai para o seu filho, será
facilmente atingido e repercutido em larga e duradoura escala. Com
certeza muitos aprenderão que contar consigo mesmo e com os seus
maiores aliados depois de Deus, os pais, será fundamental para o
sucesso. Que a lição final seja praticada a exaustão: a única maneira
de não ser punido é não cometer faltas. Parabéns mestres, Amaury pai
e Amaury filho!
22.General de Divisão João Edison Minnicelli - Cadete 638 da AMAN 1975
e Aluno 262 da EsPCEX 1969
Meu caro irmão Amaury, que orgulho seu pai tem de você, um grande
exemplo de participação, competência, vibração e entusiasmo que
temos na turma. A carta de seu pai me emocionou pelo carinho e
cuidado com o seu futuro, próprio de um pai amoroso e do experiente
profissional das Armas orgulhoso de que seu filho tenha escolhido a
mesma opção de carreira. Como já lhe disse pessoalmente, o Coronel
Amaury pai tornou-se a figura paternal de toda nossa Turma. Por seu
intermédio, sabemos o quanto ele acompanhou sua carreira militar
exemplar e também o faz, atualmente, em seus inúmeros trabalhos de
orientação aos órgãos civis e governamentais de sua região. Meus
parabéns por mais uma obra literária que, por certo, irá fazer vibrar
todos os nossos corações, sejamos iniciantes ou já experimentados
senhores fardados. Abraço, Irmão.
23.Coronel Carlos Alberto Pacheco de Moraes – Cadete 163 da AMAN 1975
e Aluno 571 da EsPCEx 1969
Prezado amigo e irmão Amaury. Conheço o Coronel Amaury desde
1966, quando ele passou a função de Diretor de Esportes dos alunos
da EsCEME para meu pai (naquele tempo ainda não existia o Círculo
Militar da Praia Vermelha). Nossos pais, além de serem amigos, eram
de Infantaria, vibradores, esportistas e foram nossas maiores
referências dentro da vida militar. As orientações que seu pai lhe
passou nesta carta constitui a síntese que um jovem, em vias de iniciar
sua carreira militar, em qualquer Escola Militar, deve ter ciência, pleno
entendimento e reler vez por outra. Espero que ela seja amplamente
difundida para todos os jovens que tencionam abraçar a carreira
militar. Será muito útil, particularmente nos momentos mais difíceis,
como aqueles quando os instrutores na AMAN nos perguntavam:
“satisfeito com a carreira que abraçastes?” Forte abraço!!
24.Coronel Ivair Frederico - Cadete 599 da AMAN 1975 e Aluno do Colégio
Doutor Augusto Glória de São João Nepomuceno MG 1971
Boa tarde, Amaury. Muito importante a carta de seu Pai a um jovem
sonhador, rica em conteúdo para embasamento da personalidade de
um militar de escol e cidadão patriota. Prossiga no seu objetivo de
concretização de mais um livro pois já tem lastro. Sucessos e um forte
abraço. Frederico
25.Coronel Fábio Toledo Ferreira – Cadete 368 da AMAN 1976 e Aluno
380 da EsPCEx 1972
Meu caríssimo amigo Amaury. Lendo o seu livro e a carta de seu
querido e admirado pai, me vem memórias dos tempos de meninos do
grupo escolar Arthur Segurado em Campinas SP sendo eu, você e o
Fernando, filhos das professoras Antonieta, Antoninha e Maria Alice
respectivamente. Tudo que acontecia de errado cabia a culpa nos “três
mosqueteiros”. Apesar disso éramos bons alunos e tínhamos que dar
exemplo como filhos das professoras. O tempo passou e aquela fase
mágica também, o mundo seguiu e nossos destinos vieram a se cruzar.
Eu havia cursado a EsPCEx onde ingressei em 1970, seguindo para a
AMAN em 1973. Você estava já no 2º ano e me convidou para visitar
seus pais que moravam na casa ao lado da Capelania. Foi para mim
uma grande e prazerosa surpresa reencontrar Dona Antoninha e o
exemplar Coronel Amaury. Durante algum tempo naquele meu
primeiro ano de cadete pude desfrutar do convívio de seus pais e suas
irmãs em jantares durante a semana, com toda sua família reunida, o
que me ajudou muito a me sentir acolhido quando longe da minha
família, ao mesmo tempo que pude ouvir a palavra amiga e os
conselhos de seu pai. Sobre a carta dele é realmente emocionante.
Quisera eu ter essa oportunidade de ter um pai Oficial para transmitir
ensinamentos e os segredos da carreira de Oficial do Exército, porém
o meu pai, o Sr. Antonio Ferreira, nada conhecia da carreira militar.
Ele era funcionário público do INSS, uma pessoa extraordinária e
bondosa que sempre procurou o melhor para seu filho. Foi por Deus
que pessoas especiais estiveram por perto. No primeiro ano da AMAN
tive a oportunidade de estar na 2ª Companhia cujo Comandante era o
inesquecível Capitão William, uma pessoa extraordinária que marcou
minha formação e de muitos cadetes da minha turma, de quem guardei
muitas lições e me espelhei na vida como oficial. Não poderia deixar
de mencionar o Tenente Seixas, hoje General, que na época era
instrutor do Curso de Comunicações. Como amigo da minha família
procurou orientar da melhor forma para que eu não desistisse da
carreira militar na transição entre a EsPCEx e a AMAN. Ele me propôs
um desafio que eu aceitei. No final do meu primeiro ano como cadete
me identifiquei e segui a carreira na Arma de Engenharia. Forte abraço!
26. 2º. Tenente José Eduardo de Moraes Filho – Cadete 6258 da Turma
de 2019 e Aluno da EsPCEx 2015
Tenho a honra de carregar a espada que pertenceu ao coronel Amaury
da turma de 1950. Muito obrigado por partilhar comigo esta
experiência, coronel. Li essas palavras e ao fechar os olhos imaginei
meu pai falando, me dizendo a mesma coisa, porém com outras
palavras, as de alguém que fez apenas o serviço militar obrigatório,
mas que tinham o mesmo objetivo. Por mais de uma vez me questionei
durante a formação se era essa a vida que eu queria e agora não tenho
dúvidas. Lembro de um destes questionamentos em que conheci o
senhor, que com as mesmas ideias da carta de seu pai foi sincero e
me ajudou a chegar onde estou agora. Sou muito grato ao senhor e a
todo apoio de sempre. Tudo que passei e que meus companheiros
passaram durante a formação serviu para que estivéssemos
preparados para o que der e vier. E como dizem “nada justifica que se
abrandem.” Um forte abraço coronel!
27. Coronel Luiz Gomes Falcão Filho - Cadete 756 da AMAN 1975 e Aluno
do Colégio Estadual Presidente Roosevelt de Volta Redonda RJ 1971
Caro irmão Amaury, emocionante e mais que merecida a homenagem
que você presta a seu pai, nosso querido Cel Amaury, exemplo de
militar e pai afetuoso. Ao falarmos do Cel Amaury como não lembrar,
caro amigo, a passagem do teste de aptidão física para ingresso na
AMAN após termos sido aprovados no exame intelectual do concurso
de admissão. Como bom paisano me apresentei para o exame sem o
calção para a corrida e eis que o Amaury, que naquele momento
conhecia, rapidamente achou a solução. Deu uma corrida até sua casa
na Vila Militar e passou a mão em um calção do Cel Amaury, não sei
se com seu consentimento ou não, e me fez o empréstimo, salvando
seu novo amigo de uma tremenda enrascada. Esse é o nosso Amaury,
sempre pronto a ajudar sem medir esforços. Ali iniciava nossa longa
amizade. Ao nosso querido Cel Amaury meu agradecimento, por ter
dado, mesmo indiretamente, sua contribuição ao início de minha longa
e feliz jornada na carreira da armas.
28. Coronel Franklin Bohler de Oliveira – Cadete 288 da AMAN 1965 e
Aluno 1790 do CMRJ 1962
Meu prezadíssimo irmão Amaury. Fico muito feliz ao ver o carinho que
você tem pelo teu estimado pai, Coronel Amaury, tua mãe Dona
Antoninha, e tuas irmãs, Lúcia e Cecília. A leitura de qualquer obra
que trate da vida na caserna me atrai muito, pois me remete aos bons
tempos de serviço ativo no meu Exército Brasileiro. Assim foi com a
teu excelente livro "ALMA DE SOLDADO". Muito sucesso com mais essa
brilhante iniciativa. Muita saúde e muita paz para ti e tua distinta
família. Que o Nosso Bondoso DEUS os abençoe sempre. AMÉM.
Grande abraço do teu irmão mais moderno. Franklin
29.Coronel Samuel Bohler de Oliveira – Cadete 1113 da AMAN 1971 e
Aluno 1791 do CMRJ 1967
Inefável amigo Amaury, parafraseando o escritor José Martí, toda
pessoa durante a sua vida deveria plantar uma árvore, ter um filho e
escrever um livro. Não tenho a menor dúvida que os fez com maestria,
sendo a confecção de um livro um momento magistral na vida de uma
pessoa, reservado a poucos. Paira sobre mim uma enorme dúvida, pois
não sei se estou lhe homenageando ou se o homenageado sou eu, em
poder participar deste momento, na qual você agracia seus leitores,
descrevendo momentos de sua vida familiar. Reconheço que escrever
é um árduo trabalho, que reflete a personalidade do autor e nesta obra
sua alma transparece, revelando o bom filho que fostes e o amor que
possuí para com a maior instituição criada por Deus, a família. Que
Deus o abençoe ricamente e que sua obra seja tão grandiosa quanto a
nossa amizade. Um forte abraço!
30. Coronel Newton Zimmerman – Cadete 437 da AMAN 1969 e Aluno
210 da EsPCEx 1964
Meu caro amigo Amaury a carta do seu pai é algo extraordinário, uma
Bíblia! O Cadete que segui-la com certeza sairá Aspirante com louvor.
Conheci o Capitão Amaury em 1964 na EsPCEx, quando era
Comandante de Cia, brilhante Oficial, era a pessoa certa para orientar
aqueles jovens cheios de sonhos, chegados de vários Estados do Brasil,
em pleno início da Revolução de 1964. Não fui seu comandado direto,
mas meu irmão foi e sempre o elogiou muito em todas as
circunstâncias. Só voltei a encontrar com ele na sua formatura. Ele foi
um espelho para muito Cadetes da minha turma. A ele minha eterna
gratidão e admiração. Selva
31.Coronel Alberto Marzullo – Cadete 23 da AMAN 1969 e Aluno 217 do
CMPA 1964
Meu caro amigo, não tem como segurar a emoção lendo a carta do
pai, do amigo, do mestre de todos nós. Que o Senhor te abençoe e
ilumine no prosseguir desta nobre missão. Forte abraço.
CONTRACAPA

Nesta foto oficial da 1a companhia do Curso Básico, tirada pelo fotógrafo da


Academia Militar das Agulhas Negras na Semana do Espadim, em agosto de
1972, é possível notar na primeira fila o único cadete a não olhar pra frente,
conforme a determinação do seu comandante Capitão Juvêncio Saldanha
Lemos: o cadete 40, Amaury. O objetivo deste livro é registrar as boas
palavras de um pai para seu filho, cadete vocacionado e inquieto, com base
em experiência e conhecimento. Pensamos que tem grande chance de ser útil
a jovens cadetes e também aos seus comandantes, sempre em busca dos
pilares básicos: hierarquia, disciplina e espírito de corpo. (O organizador)

Você também pode gostar