Manual - de - Camapnha Eb70 MC 10.358

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EB70-MC-10.

358

MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Manual de Campanha

BATALHÃO DE AVIAÇÃO
DO EXÉRCITO

1a Edição
2020
EB70-MC-10.358

MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Manual de Campanha

BATALHÃO DE AVIAÇÃO
DO EXÉRCITO

1a Edição
2020
PORTARIA Nº 128-COTER, DE 30 DE SETEMBRO DE 2020

Aprova o Manual de Campanha


EB70-MC-10.358 Batalhão de
Aviação do Exército, 1ª Edição, 2020,
e dá outras providências.

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES no uso da


atribuição que lhe confere o inciso III do art. 16 das Instruções Gerais para o
Sistema de Doutrina Militar Terrestre – SIDOMT (EB10-IG-01.005), 5ª Edição,
aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 1.550, de 8 de
novembro de 2017, resolve:

Art. 1º Aprovar o Manual de Campanha EB70-MC-10.358 Batalhão de


Aviação do Exército, 1ª Edição, 2020, que com esta baixa.

Art. 2o Revogar as Instruções Provisórias IP 1-20 O Esquadrão de


Aviação do Exército, 1ª Edição, 2003, aprovadas pela Portaria Nº 026-EME, de
22 de abril de 2003.

Art 3o Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua


publicação.

Gen Ex JOSÉ LUIZ DIAS FREITAS


Comandante de Operações Terrestres

(Publicado no Boletim do Exército nº 42, de 16 de outubro de 2020)


As sugestões para o aperfeiçoamento desta publicação, relacionadas aos
conceitos e/ou à forma, devem ser remetidas para o e-mail
[email protected] ou registradas no site do Centro de Doutrina do
Exército http://www.cdoutex.eb.mil.br/index.php/fale-conosco

O quadro a seguir apresenta uma forma de relatar as sugestões dos leitores.

Redação Redação Observação/Comentário


Manual Item
Atual Sugerida
FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES (FRM)

NÚMERO ATO DE PÁGINAS


DATA
DE ORDEM APROVAÇÃO AFETADAS
ÍNDICE DE ASSUNTOS

Pag
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 Finalidade.............................................................................................. 1-1
1.2 Considerações Iniciais........................................................................... 1-1
1.3 Definições Básicas ............................................................................... 1-1
1.4 O Batalhão de Aviação do Exército e o Combate no Amplo Espectro
dos Conflitos................................................................................................ 1-2
1.5 Ameaças................................................................................................ 1-3
CAPÍTULO II – O BATALHÃO DE AVIAÇÃO DO EXÉRCITO
2.1 Considerações Gerais........................................................................... 2-1
2.2 Possibilidades........................................................................................ 2-1
2.3 Limitações.............................................................................................. 2-2
2.4 Estrutura Organizacional........................................................................ 2-3
CAPÍTULO III – O B Av Ex NAS OPERAÇÕES
3.1 Considerações Gerais........................................................................... 3-1
3.2 Operações Ofensivas............................................................................ 3-2
3.3 Operações Defensivas.......................................................................... 3-5
3.4 Operações de Cooperação e Coordenação com Agências (OCCA).... 3-7
3.5 Operações Complementares................................................................. 3-8
3.6 Operações em Ambientes com Características Especiais.................... 3-9
CAPÍTULO IV – ORGANIZAÇÃO OPERATIVA
4.1 Considerações Gerais........................................................................... 4-1
4.2 Organização para o Combate............................................................... 4-1
4.3 Organização em Força-Tarefa.............................................................. 4-3
CAPÍTULO V – LOGÍSTICA NO B Av Ex
5.1 Considerações Gerais........................................................................... 5-1
5.2 Funções Logísticas................................................................................ 5-2
5.3 Ressuprimento Avançado..................................................................... 5-8
5.4 Desdobramento Logístico...................................................................... 5-11
CAPÍTULO VI – COMANDO E CONTROLE NO B Av Ex
6.1 Considerações Gerais........................................................................... 6-1
6.2 Sistema de Comando e Controle.......................................................... 6-1
6.3 Posto de Comando................................................................................ 6-2
6.4 Sincronização........................................................................................ 6-7
6.5 Ligações................................................................................................ 6-9
6.6 Comunicações....................................................................................... 6-11
6.7 Autoproteção de Aeronaves.................................................................. 6-16
CAPÍTULO VII – AERÓDROMO DE OPERAÇÕES DO B Av Ex
7.1 Considerações Gerais........................................................................... 7-1
7.2 Características....................................................................................... 7-2
7.3 Fatores para Localização e Escolha do Local....................................... 7-4
7.4 Constituição e Organização.................................................................. 7-5
7.5 Controle do Espaço Aéreo em Operações............................................ 7-8
REFERÊNCIAS
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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

1.1 FINALIDADE

1.1.1 Este manual destina-se a estabelecer os fundamentos do emprego


operativo do Batalhão de Aviação do Exército (B Av Ex).

1.2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.2.1 Os B Av Ex proporcionam aos comandantes terrestres a possibilidade de


explorar decisivamente uma oportunidade surgida, de interferir rapidamente na
manobra e de concentrar ou dispersar poder de combate, obtendo, assim,
efeitos significativos em proveito da campanha. Dada a grande versatilidade de
emprego dos helicópteros orgânicos dessas unidades, torna-se imprescindível
o apoio de tais meios nas operações terrestres.

1.2.2 Atualmente, as operações decisivas são executadas majoritariamente à


noite. Assim, a prioridade para o emprego dos B Av Ex deve ser no período
noturno, com o uso dos óculos de visão noturna (OVN), por parte das
tripulações.

1.3 DEFINIÇÕES BÁSICAS

1.3.1 Para o entendimento dos assuntos abordados neste manual, são


destacados alguns conceitos fundamentais que seguem.

1.3.1.1 Aeromobilidade – capacidade que uma força, empregando meios


aéreos no campo de batalha, possui para: atuar em profundidade, antecipando-
-se ao inimigo; localizar e engajar forças da linha de contato; alertar sobre o
esforço inimigo; redirecionar a manobra; ampliar o comando e controle;
reorganizar o apoio ao combate; controlar as áreas de retaguarda; e assegurar
o apoio logístico. A aeromobilidade orgânica da Força Terrestre (F Ter) em
operações é proporcionada pelos meios da Av Ex.

1.3.1.2 Aeromóvel – atividade, operação ou organização relacionada com o


emprego de forças de combate e seu equipamento, que se deslocam em
aeronaves orgânicas, nas proximidades da área de combate, em reforço ou
sob o controle operativo do comandante da força que a emprega, para engajar-
-se no combate.

1-1
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1.3.1.3 Força Aeromóvel – força de valor variável, composta obrigatoriamente
por forças de helicópteros, podendo ser, também, integrada com uma força de
superfície deslocada pelos meios aéreos, designada para cumprir missões de
combate, apoio ao combate ou apoio logístico, durante a realização de
operação aeromóvel.

1.3.1.4 Força de Helicópteros (F He) – elemento da Av Ex constituído


adequadamente por pessoal, aeronaves de asa rotativa e pelo material de
apoio destinados à execução de operações de combate, de apoio ao combate
e/ou de apoio logístico. Uma F He é organizada por módulos constituídos das
unidades da Av Ex, em função da missão, a partir de uma seção de
helicóptero.

1.3.1.5 Força de Aviões (F Avi) – elemento da Av Ex constituído


adequadamente por pessoal, aeronaves de asa fixa do Exército e por material
de apoio destinados a cumprir missões em proveito da força de superfície e da
própria Av Ex.

1.3.1.6 Força de Aviação (F Av) – é o conjunto de helicópteros, aeronaves de


asa fixa e/ou sistemas de aeronaves remotamente pilotadas (SARP)
destinados a cumprir missões em proveito da força de superfície.

1.3.1.7 Força de Superfície (F Spf) – designação dada às forças terrestres e


às forças navais compostas de meios de superfície.

1.3.1.8 Força-Tarefa Aeromóvel (FT Amv) – grupamento temporário de forças


de valor variável, sob comando único, integrado por uma F He e uma F Spf,
constituído com o propósito de cumprir missões específicas, enquadrando, se
necessário, elementos de apoio ao combate e apoio logístico.

1.3.1.9 Operação Aeromóvel (Op Amv) – é toda operação realizada por F He


ou forças aeromóveis (F Amv), visando ao cumprimento de missões de
combate, de apoio ao combate e de apoio logístico, em benefício de
determinado escalão da F Ter. As Op Amv são classificadas como operações
complementares.

1.4 O BATALHÃO DE AVIAÇÃO DO EXÉRCITO E O COMBATE NO AMPLO


ESPECTRO DOS CONFLITOS

1.4.1 A possibilidade de emprego do B Av Ex apresenta-se como indissociável


do próprio poder de combate terrestre, multiplicando-o em momentos decisivos
nas operações realizadas no amplo espectro dos conflitos.

1.4.2 Os diversos vetores aéreos agregam capacidades às forças de combate.


Uma Força Terrestre (F Ter) dotada de vetores aéreos próprios – tripulados e

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não tripulados – apresenta condições de explorar as oportunidades surgidas,
durante a execução das atividades e tarefas, que lhe forem atribuídas.

1.4.3 Dadas suas características operativas (mobilidade, modularidade,


velocidade, alcance, ação de choque, flexibilidade de emprego, sistema de
comunicação amplo e flexível), os B Av Ex aumentam o alcance operativo
terrestre, contribuindo para a amplitude das operações nas ações em
profundidade, aproximadas e de retaguarda.

1.4.4 O B Av Ex pode ser empregado tanto em situação de guerra como de não


guerra; em todos os tipos de operações (básicas e complementares); nas
ações comuns; e em qualquer ambiente operacional.

1.5 AMEAÇAS

1.5.1 O B Av Ex deve estar preparado para se contrapor a diferentes


adversidades. A fim de reduzir os riscos da missão, deve ser realizado um
estudo criterioso considerando as capacidades do inimigo quanto aos sistemas
de armas, à guerra eletrônica, às comunicações e aos radares, conforme o
processo de planejamento e de condução das operações terrestres.

1.5.2 Radares de busca e de tiro, assim como aeronaves (tripuladas ou não)


dotadas de sistemas de vigilância, restringem e colocam em risco a operação
militar, ao possibilitar a identificação de uma fração de aeronaves em
deslocamento e, até mesmo, ao acionar a defesa proporcionada por diferentes
tipos de armamentos.

1.5.3 Elementos e frações de artilharia de campanha e antiaérea, ou mesmo


armas antiaéreas isoladas, são constantes ameaças às aeronaves do B Av Ex
e requerem medidas de proteção adequadas e planejadas.

1.5.4 A presença de aeronaves inimigas requer procedimentos adequados para


garantir a sobrevivência em caso de contato e de engajamento. Nesses casos,
cabe ressaltar a importância do controle do ar realizado pela Força Aérea
Componente (FAC), o qual determinará procedimentos doutrinários para o
emprego do Batalhão de Aviação do Exército. Os diversos níveis de domínio do
espaço aéreo e espacial de interesse (supremacia aérea, superioridade aérea
e situação aérea favorável), tornar-se-ão fatores significativos para o
planejamento e a condução das operações.

1-3
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CAPÍTULO II

O BATALHÃO DE AVIAÇÃO DO EXÉRCITO

2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

2.1.1 A missão do Batalhão de Aviação do Exército é proporcionar


aeromobilidade ao escalão da Força Terrestre que o esteja enquadrando, nas
situações de guerra e de não guerra.

2.1.2 As principais características operativas dos elementos da Av Ex estão


expressas no manual A Aviação do Exército nas Operações.

2.1.3 Quando do emprego da unidade, o comandante do B Av Ex deve


realizar uma criteriosa análise de risco considerando as possibilidades e as
limitações de suas frações.

2.2 POSSIBILIDADES

2.2.1 O B Av Ex, de acordo com sua constituição orgânica, pode:


a) propiciar informações oportunas sobre o inimigo, terreno e as
populações ao comando enquadrante – o comandante pode empregar
esquadrilhas ou pelotões de helicópteros de reconhecimento e ataque, assim
como elementos embarcados e veículos aéreos não tripulados, executando
tarefas relativas à Inteligência, Reconhecimento, Vigilância e Aquisição de
Alvos (IRVA), diuturnamente, antecipando o conhecimento, complementando e
aumentando a capacidade de atuação e a consciência situacional das demais
unidades;
b) proporcionar tempo e espaço para a manobra dos demais escalões – o
emprego orgânico de aeronaves de asas rotativas propicia aos comandantes a
possibilidade de vigiar extensas áreas, de forma autônoma ou combinada com
outros elementos de combate;
c) destruir, neutralizar ou dissuadir tropas inimigas – o poder de fogo do
B Av Ex amplia o poder de combate da força de superfície contra o inimigo.
Pode ser empregado para atacar objetivos em profundidade ou em regiões de
difícil acesso, inquietando, desgastando e provocando o desdobramento
prematuro dos meios do oponente, de modo a neutralizá-lo ou a retardar o seu
movimento;
d) conduzir ou apoiar o assalto, a infiltração e a incursão de tropas de
superfície, especialmente tropas aeromóveis e tropas especiais – as
esquadrilhas ou pelotões de helicópteros de emprego geral são os elementos
mais adequados a executar essas missões, podendo ser reforçadas com
elementos de reconhecimento e de ataque para a segurança das frações
empregadas, aumentando a mobilidade e a amplitude das operações;

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e) propiciar ao comando enquadrante exercer o comando e controle em
grandes extensões – as aeronaves oferecem informações oportunas e
imediatas, colaborando com a consciência situacional dos comandantes,
possibilitando que esses, a partir de meios de comunicação seguros e sistema
imageador, possam intervir na operação no momento oportuno;
f) atuar como plataforma de guerra eletrônica apoiando elementos de GE
ou operações aeromóveis em profundidade – as aeronaves, quando
devidamente equipadas, podem conduzir ações de medidas de apoio à guerra
eletrônica (MAGE), medidas de ataque eletrônico (MAE) e medidas de
proteção eletrônica (MPE);
g) apoiar com fogos, de forma prevista ou inopinada – as frações de
helicópteros armados, devido à sua capacidade de apoio de fogo, podem
integrar o plano de apoio de fogos do escalão enquadrante, atuando contra
objetivos específicos e intervindo no combate de modo a propiciar vantagem à
F Spf;
h) conduzir fogos dos meios de superfície ou aéreos – as tripulações das
aeronaves ou elementos da F Spf embarcados podem ser empregados para
conduzir os fogos das armas de apoio, garantindo a eficácia e a eficiência do
emprego deles;
i) constituir Força-Tarefa (FT) – a fim de aumentar o poder de combate, os
elementos da Av Ex podem constituir FT, atuando com tropas de naturezas
distintas, de acordo com as situações de comando previstas;
j) participar de operações especiais, antiterrorismo e contraterrorismo –
por sua mobilidade e flexibilidade, os vetores aéreos do EB podem ser
empregados na condução de operações especiais em profundidade,
cooperando para a realização de ações diretas, indiretas e de reconhecimentos
especiais. Na situação de não guerra, os meios aéreos do B Av Ex
proporcionam pronta resposta para o combate ao terrorismo;
k) realizar o transporte de pessoal, equipamentos e suprimentos – o
emprego de meios aéreos orgânicos, principalmente na zona de administração
(ZA) e na zona de interior (ZI), amplia a capacidade logística da F Ter;
l) realizar o transporte de feridos, elementos isolados e evacuação
aeromédica – as aeronaves do B Av Ex possibilitam complementar a cadeia
de evacuação valendo-se da velocidade de locomoção de seus meios aéreos,
atuando desde o mais à frente possível no transporte de doentes, acidentados
e feridos; e
m) participar de operações de cooperação e coordenação com agências –
a flexibilidade de emprego dos meios aéreos permite a atuação do B Av Ex em
todas as operações desse tipo.

2.3 LIMITAÇÕES

2.3.1 O B Av Ex apresenta as seguintes limitações:


a) relativa dependência das condições meteorológicas – o emprego das
aeronaves em operações fica condicionado às condições de visibilidade, do
vento, de precipitação e de nebulosidade, que podem influenciar na técnica de

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voo a ser adotada e no uso dos equipamentos embarcados (armamentos,
sensores e imageadores, entre outros);
b) influência da altitude e da temperatura na performance das aeronaves –
a altitude e a temperatura afetam o desempenho da aeronave (capacidade de
transporte de pessoal e de material), conforme previsto na documentação
técnica de cada modelo de aeronave;
c) vulnerabilidade às ações de guerra química, biológica, nuclear e
radiológica – o emprego do B Av Ex em ambientes suscetíveis à presença de
agentes químicos, biológico, radiológico e nucleares torna-se restrito devido às
limitações impostas pelos equipamentos de proteção das tripulações e das
aeronaves;
d) vulnerabilidade às ações de guerra eletrônica – as ações de guerra
eletrônica podem interferir nos meios aéreos, atuando nas comunicações,
equipamentos de navegação e nos sistemas eletrônicos embarcados;
e) elevado consumo de suprimentos específicos – o emprego de aeronaves
depende do adequado apoio logístico. O elevado consumo de suprimentos
classe III-A (combustíveis, óleos e lubrificantes), classe V-A e classe IX exige
uma estrutura logística apropriada;
f) dificuldade de recompletamento de pessoal com capacitação técnica
específica – as tripulações, equipes de apoio de solo e de apoio logístico são
altamente qualificadas e especializadas, o que dificulta a formação e o
recompletamento em curto espaço de tempo; e
g) vulnerabilidade aos sistemas de defesa antiaérea, ao fogo das armas
portáteis e aeronaves inimigas – essa vulnerabilidade demanda o emprego
de técnicas e táticas específicas, para garantir a manutenção dos meios em
combate. A análise da missão e das possibilidades do inimigo deve ser
minuciosamente realizada, buscando mitigar a exposição das aeronaves
(escolha das melhores rotas) e balizando o planejamento do sistema de
autoproteção das aeronaves.

2.4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

2.4.1 Para atender às necessidades da força que o enquadra, o B Av Ex


poderá ter suprimidas ou agregadas estruturas de sua organização base.

2.4.2 O B Av Ex apresenta a seguinte estrutura organizacional (Fig 2-1):


a) Estrutura Básica:
1) Comando e Estado-Maior/Estado-Maior Especial;
2) Esquadrilha de Comando e Apoio (E C Ap);
3) Esquadrilhas de Helicópteros (Esqda He); e
4) Esquadrilha de Manutenção e Suprimento de Aeronaves (EMS).
b) Estruturas Complementares (se necessário):
1) Base Administrativa de Batalhão (B Adm Btl);
2) Esquadrilha de Aviões da Aviação do Exército (Esqda Avi Av Ex);
3) Esquadrilha de SARP; e
4) outras.

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2.4.3 As Esqda He constituem os elementos de manobra do B Av Ex e podem
ser de dois tipos:
a) Esquadrilha de Helicópteros de Reconhecimento e Ataque (EHRA); ou
b) Esquadrilha de Helicópteros de Emprego Geral (EHEG).

2.4.4 A estruturação do B Av Ex com Esqda He de naturezas diferentes –


EHRA e EHEG – permite à unidade o cumprimento do maior número de
tarefas. Em tempo de paz, o B Av Ex pode ser estruturado apenas com Esqd
He de mesma natureza.

2.4.5 Excepcionalmente, um B Av Ex pode receber uma Esquadrilha de Aviões


de Aviação do Exército (Esqda Avi) e/ou uma Esqd SARP. Essas Esqdas são
elementos subordinados diretamente ao Cmdo de Av Ex ou à Bda Av Ex
(quando ativada) e podem ser empregadas de acordo com as situações de
comando, no cumprimento de diferentes tarefas.

2.4.6 A base administrativa é ativada, em situação de paz, nos B Av Ex


diretamente subordinados aos comandos militares de área.

B Adm EM

C Ap

SARP

FIGURA 2-1 – Estrutura do B Av Ex

2.4.7 Os deveres, responsabilidades e a rotina de trabalho dos integrantes do


B Av Ex, que são comuns às demais organizações militares da F Ter, são
tratados nos manuais: Regulamento Interno e dos Serviços Gerais, Estado-
Maior e Ordens, Processo de Planejamento e Condução das Operações
Terrestres e nas Normas Gerais de Ação (NGA) dos B Av Ex. Este manual
apresenta, apenas, aquelas específicas da Av Ex.

2.4.8 COMANDO E ESTADO-MAIOR

2.4.8.1 O comando do B Av Ex é composto pelo comandante da unidade (Cmt


U); pelo subcomandante (S Cmt); e pelo estado-maior (EM), constituído pelos

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oficiais que assessoram o comandante no planejamento, controle e supervisão
da administração, da instrução e das operações da unidade.

2.4.8.2 O Estado-Maior é constituído, basicamente, pelo oficial de pessoal


(S-1), o oficial de inteligência (S-2), o oficial de operações (S-3), o oficial de
logística (S-4), oficial de segurança de voo (OSV), oficial de ligação (O Lig Av
Ex) e pelo oficial de saúde (O Sau).

2.4.8.2.1 As atribuições do S-1 e do S-4 são as mesmas que as realizadas nas


demais organizações militares. Especificamente ao S-4 cabe manter a
coordenação com o E-4 do escalão superior, com a unidade que presta o apoio
logístico não específico de aviação e com todos os demais oficiais do B Av Ex
responsáveis pelas operações de Ap Log não específicos de aviação.

2.4.8.2.2 O oficial de segurança de voo (OSV) chefia a seção de investigação e


prevenção de acidentes aeronáuticos, que existe em função das peculiaridades
da Av Ex. Tem como atribuição as seguintes funções específicas:
a) assessorar o Cmt nos assuntos atinentes à segurança de voo;
b) organizar o sistema de investigação de acidentes e incidentes aeronáuticos
da unidade;
c) elaborar o programa de prevenção de acidentes aeronáuticos;
d) processar os relatos de prevenção (RELPREV), propondo recomendações
de segurança a serem adotadas;
e) realizar vistorias de segurança de voo, previstas no programa de prevenção
de acidentes aeronáuticos;
f) assessorar o Cmt U em relação ao gerenciamento de risco nas missões; e
g) realizar investigações de incidentes aeronáuticos.

2.4.8.2.3 O oficial de ligação (O Lig Av Ex) é o oficial (preferencialmente


possuidor do Curso Avançado de Aviação) designado para trabalhar no Centro
de Operações/PC da F Sup, normalmente no escalão unidade. Quando atuar
descentralizado, o B Av Ex destacará o O Lig Av Ex para integrar o
Estado-Maior da F Spf que emprega seus meios aéreos, atuando nas
diferentes células funcionais, sendo o responsável por planejar e por coordenar
o emprego desses meios, em coordenação com o E-3/S-3. O O Lig Av Ex tem
as seguintes atribuições:
a) assessorar o Cmt da F Sup quanto ao emprego dos meios aéreos da Av Ex,
podendo prestar assessoria especializada quanto ao emprego de outros meios
aéreos;
b) exercer a supervisão das operações da Av Ex no âmbito da força apoiada;
c) integrar a célula funcional de movimento e manobra e participar das demais
células, conforme a necessidade;
d) atuar na coordenação e controle do espaço aéreo, em ligação com a força
aérea componente (FAC) ou com o órgão da força aérea (F Ae) encarregado
dessa atividade, no TO/A Op;
e) agilizar as ligações de estado-maior com as U Ae subordinadas;
f) participar das reuniões de seleção e priorização de alvos; e

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g) outras atribuições inerentes ao emprego da Av Ex, no contexto da manobra
terrestre.

2.4.8.2.4 O oficial de saúde é o assessor do Cmt e do S-1 no planejamento,


coordenação e na execução das atividades de saúde e do controle sanitário
dos aeronavegantes. Ele assessora o S-4 quanto ao suprimento de classe VIII
e à manutenção do material de saúde, seja material comum, seja material
específico de aviação. Tem como atribuição as seguintes funções específicas
na área de aviação:
a) tomar todas as medidas possíveis em sua área de atuação para manter o
padrão de higidez e manter o controle sanitário do pessoal aeronavegante do
Btl;
b) constatar e evitar as causas de fadiga operacional do aeronavegante;
c) assessorar o comando quanto à situação psicológica e fisiológica dos
aeronavegantes e sua disponibilidade para a atividade aérea;
d) cooperar com o oficial de segurança de voo nas ações de prevenção e
investigação de acidentes aeronáuticos, tomando as medidas cabíveis em sua
área de responsabilidade; e
e) coordenar e participar do socorro imediato a tripulações acidentadas ou
abatidas, quando for o caso.

2.4.8.3 O estado-maior pode, ainda, ser integrado pelo oficial de manutenção


de aeronaves (O Mnt Anv), oficial de manutenção e transporte (O Mnt Trnp),
oficial de comunicações e eletrônica (O Com Elt), oficial de autoproteção de
aeronaves e guerra eletrônica (O APA GE) e outros elementos eventuais,
conforme a necessidade.

2.4.8.3.1 O oficial de manutenção de aeronaves é o Cmt da esquadrilha de


manutenção e suprimento. Ele assessora o comando da unidade quanto à
previsão de disponibilidade de aeronaves para operações futuras
(planejamento da diagonal de manutenção) e deve, ainda, trabalhar para obter
o maior índice de disponibilidade de aeronaves possível, contribuindo para a
operacionalidade da unidade. Tem como atribuição as seguintes funções
específicas:
a) assessorar o S-4 no planejamento e na execução das atividades logísticas
relativas ao material de aviação;
b) sob a supervisão do S-4, deve manter ligações com o Batalhão de
Manutenção e Suprimento de Aviação do Exército (Btl Mnt Sup Av Ex), no
acompanhamento das atividades de manutenção das aeronaves orgânicas da
unidade; e
c) é o principal encarregado pela instalação, operação e segurança da área de
trens da subunidade de manutenção e suprimento e pela execução das
atividades dessa subunidade previstas neste manual.

2.4.8.3.2 O oficial de autoproteção de aeronaves e guerra eletrônica é o


adjunto do oficial de inteligência (S-2) responsável pela subseção de APA GE.
Suas atribuições são detalhadas no capítulo VI deste manual.

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2.4.9 ESQUADRILHA DE COMANDO E APOIO

2.4.9.1 A esquadrilha de comando e apoio (E C Ap) é constituída pelas frações


a seguir (Fig 2-2):
a) comando;
b) seção de comando (Seç C);
c) pelotão de comando (Pel C);
d) pelotão de apoio e de serviços (Pel Ap Sv);
e) pelotão de comunicações (Pel Com); e
f) pelotão de controle de operações aéreas e apoio ao voo (Pel Ct Op Ae Ap
Voo).

Ap Ct Op
C C Ae Ap
Sv
Voo

FIGURA 2-2 – Esquadrilha de Comando e Apoio

2.4.9.2 A E C Ap tem como atribuições principais:


a) instalar o posto de comando (PC) do Btl e a área de trens da unidade área,
garantindo sua segurança e funcionamento;
b) apoiar o comando do Btl com meios necessários à condução das operações;
c) fornecer ao comando e às SU do Btl o Ap Log não específico de aviação;
d) instalar e operar um aeródromo de operações;
e) participar de operações de busca e salvamento, de forma limitada, em
proveito do próprio Btl; e
f) instalar, explorar e manter o sistema de comunicações da unidade.

2.4.9.3 O Cmt da E C Ap, além de suas atribuições normais, é o comandante


do posto de comando do Btl e também o auxiliar do S-4 no tocante às
atividades logísticas não específicas de aviação.

2.4.9.4 O oficial de manutenção da OM é o Cmt do pelotão de apoio e serviços,


sendo o responsável:
a) por assessorar no planejamento, coordenação e na execução das atividades
de manutenção do material não específico de aviação e de transporte;
b) pela operação e segurança das instalações de manutenção operadas pelo
Gp Mnt do Pel Sv da ECAp e pela supervisão técnica dos trabalhos de
manutenção; e
c) por elaborar o plano de evacuação das viaturas da unidade e supervisionar
esse recolhimento durante a operação.

2-7
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2.4.9.5 No Pel Ct Op Ae Ap Voo está o Grupo SAR, que tem como atribuições
participar, com limitações, de missões de busca, combate e salvamento;
operar, coordenar e balizar locais de aterragem (Loc Ater), zonas de embarque
(Z Emb) e zonas de pouso de helicópteros (ZPH), em proveito das missões do
B Av Ex.

2.4.10 ESQUADRILHA DE HELICÓPTEROS DE RECONHECIMENTO E


ATAQUE

2.4.10.1 A esquadrilha de helicópteros de reconhecimento e ataque (EHRA) é


constituída pelos elementos a seguir especificados (Fig 2-3):
a) comando;
b) seção de comando (Seç C);
c) seção de segurança de voo e operações (Seç Seg Voo Op);
d) pelotão de serviços (Pel Sv); e
e) pelotões de helicópteros de reconhecimento e ataque (em princípio 1 Pel He
Rec e 2 Pel He Atq). Cada pelotão de helicóopteros é constituído por duas
seções.

Seg
C Voo Sv
Op

FIGURA 2-3 – Esquadrilha de Helicópteros de Reconhecimento e Ataque

2.4.10.2 A EHRA constitui o elemento de manobra do batalhão que concentra a


quase totalidade da potência de fogo da unidade. Essa característica, aliada ao
adestramento e às possibilidades técnicas dos helicópteros de reconhecimento
e de ataque, permite que a subunidade cerre seus meios sobre o inimigo, por
intermédio do fogo e do movimento, destruindo-o ou neutralizando-o.

2.4.10.3 As EHRA podem suprimir ou agregar módulos de combate de modo a


cumprir sua missão adequadamente.

2.4.10.4 A EHRA pode contar com Anv dedicadas de ataque, Anv de


reconhecimento e ataque leves e médias, bem como com Anv de emprego
geral e de emprego misto (Anv com capacidade de transporte configuradas
com armamentos axiais). De acordo com a quantidade e as capacidades
técnicas de suas Anv, a EHRA pode dispor de pelotões com diferentes
conformações e vocacionados para missões específicas como, por exemplo,
pelotões de reconhecimento ou pelotões de ataque.

2-8
EB70-MC-10.358
2.4.10.5 A EHRA tem como atribuições principais:
a) realizar a proteção dos He de emprego geral, quando necessário;
b) executar operações de ataque aeromóvel;
c) executar tarefas de reconhecimento e de segurança aeromóveis com seus
Pel Rec e Atq, reforçada ou não por frações de He de emprego geral ou, ainda,
apoiar as ações de uma unidade da força terrestre que esteja executando
essas tarefas;
d) prover o apoio de fogo de aviação;
e) realizar, com limitações, tarefas relacionadas ao transporte de pessoal e de
material; e
f) assegurar, com limitações, a defesa de suas instalações.

2.4.11 ESQUADRILHA DE HELICÓPTEROS DE EMPREGO GERAL

2.4.11.1 A esquadrilha de helicópteros de emprego geral (EHEG) é constituída


pelas frações a seguir (Fig 2-4):
a) comando;
b) seção de comando (Seç C);
c) seção de segurança de voo e operações (Seç Seg Voo Op);
d) pelotão de seviços (Pel Sv); e
e) pelotões de helicópteros de emprego geral (Pel He Emp Ge). Cada pelotão
de helicóopterps é constituído por duas seções.

Seg
C Voo Sv
Op

FIGURA 2-4 – Esquadrilha de Helicópteros de Emprego Geral

2.4.11.2 A EHEG constitui o elemento de manobra do batalhão, onde está


concentrada a capacidade de transporte da unidade. Incorpora, na plenitude,
as características de mobilidade, flexibilidade e de sistema de comunicações
amplo e flexível, sendo, porém, restrita sua potência de fogo.

2.4.11.3 As EHEG podem suprimir ou agregar módulos de combate de modo a


cumprir sua missão adequadamente.

2.4.11.4 A EHEG tem como atribuições principais:


a) realizar o transporte de tropa e/ou material de forma interna ou externa à
aeronave, conforme as características de seus meios;
b) participar de operações aeromóveis tais como assalto aeromóvel, incursão
2-9
EB70-MC-10.358
aeromóvel, infiltração aeromóvel, exfiltração aeromóvel, evacuação aeromédica
e, excepcionalmente, pode realizar missões de reconhecimento, segurança e
ataque aeromóvel (quando disponível armamento capaz de conduzir esse tipo
de missão para suas aeronaves);
c) apoiar, com seus meios, as missões de ataque, reconhecimento e segurança
aeromóvel desenvolvidas pela EHRA; e
d) assegurar, com limitações, a sua própria defesa e a de suas instalações.

2.4.12 ESQUADRILHA DE MANUTENÇÃO E SUPRIMENTO

2.4.12.1 A Esquadrilha de Manutenção e Suprimento (EMS) é constituída pelas


frações a seguir (Fig 2-5):
a) comando;
b) seção de comando (Seç C);
c) pelotão de planejamento e controle (Pel Plj Ct);
d) pelotão de manutenção (Pel Mnt); e
e) pelotão de suprimento (Pel Sup).

Plj
C Ct

FIGURA 2-5 – Esquadrilha de Manutenção e Suprimento

2.4.12.2 As principais atribuições do Cmt da SEM, como Cmt SU e como oficial


de manutenção do B Av Ex, estão descritas no tópico 2.4.8.3.1 deste manual.

2.4.12.3 A EMS é a subunidade responsável por executar as atividades/tarefas


relativas às funções logísticas manutenção e suprimento, específicas de
aviação e tem como principais atribuições:
a) realizar a manutenção de 2º escalão/1º nível das Anv orgânicas da unidade;
b) assegurar o fluxo do suprimento específico de aviação entre ATU/B Op B Av
Ex e as B Esqda He;
c) instalar e operar até 3 (três) postos de ressuprimento avançados (PRA);
d) receber e enquadrar reforços de outras organizações integrantes do sistema
logístico específico de aviação, a fim de aumentar sua capacidade de apoio;
e) reforçar com equipes de manutenção as esquadrilhas de helicópteros,
aumentado suas capacidades de manutenção; e
f) assegurar, com limitações, a sua própria defesa e a de suas instalações.

2-10
EB70-MC-10.358
CAPÍTULO III

O B Av Ex NAS OPERAÇÕES

3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

3.1.1 Em função de suas características, o B Av Ex, quando empregado,


permite o pleno atendimento ao preconizado no Conceito Operativo do
Exército.

3.1.2 O B Av Ex, como elemento de combate de emprego específico, combina


fogo e movimento, a fim de cerrar sobre o inimigo. Preferencialmente
organizado de forma modular, integra-se com os demais elementos de
combate e de apoio ao combate, atuando de forma isolada ou compondo
Força-Tarefa Aeromóvel (FT Amv), buscando a sincronização das ações, a fim
de potencializar o poder de combate da força enquadrante.

3.1.3 Alguns fatores a serem considerados para o emprego do B Av Ex são:


a) a letalidade seletiva;
b) a proteção da tropa;
c) a superioridade das informações;
d) a consciência situacional;
e) a digitalização do campo de batalha;
f) as operações de informações; e
g) a aproximação dos níveis de planejamento e da condução das operações.

3.1.4 O emprego do B Av Ex permite à F Spf ganhar e manter a iniciativa


durante as operações; a condução de ações de fogo, movimento e inteligência
a partir do espaço aéreo próximo do solo, de preferência à noite; e confere ao
comandante da F Spf a possibilidade de variar, de forma rápida, seus esforços
e o ritmo da ação, proporcionando a surpresa ao inimigo.

3.1.5 A concepção geral de planejamento, preparação, execução e a contínua


avaliação das operações militares terrestres estão apresentadas nos manuais:
Operações, Operações Ofensivas e Defensivas, Força Terrestre Componente,
A Aviação do Exército nas Operações, A Brigada de Aviação do Exército e
Operações Aeromóveis, entre outros manuais. A fim de evitar a repetição de
conceitos, neste capítulo, serão abordados apenas aspectos específicos das
diversas possibilidades de participação do B Av Ex nas Operações.

3-1
EB70-MC-10.358
3.2 OPERAÇÕES OFENSIVAS

3.2.1 As operações ofensivas (Op Ofs) são operações terrestres agressivas


nas quais predominam o fogo, o movimento, a manobra e a iniciativa para a
conquista de objetivos, destruindo ou neutralizando as forças inimigas.

3.2.2 A aeromobilidade orgânica proporcionada pelo B Av Ex garante ao


comando a possibilidade de intervenção oportuna em qualquer fase e tipo de
Op Ofs, pela projeção do poder de combate a grandes distâncias. A aplicação
de fogos, infiltrações e incursões em profundidade (Fig 3-1) desequilibram todo
o dispositivo inimigo, forçando-o a lutar em mais de uma direção, além de
forçá-lo a conservar sua reserva em face das ameaças em sua retaguarda.

Z Emb Z Emb

LA 2 3 LA
ROTA DE ROTA DE VOO
VOO
4
LE 5 LE

6 9
7
8 ITINERÁRIO ITINERÁRIO
DE VOO DE VOO

PRC Loc Ater Z Reu


PRC Evasiva
Z Reu
Evasiva Loc Ater P Lib
Loc Ater
P Lib

FIGURA 3-1 – Esquema de manobra de uma incursão aeromóvel

3.2.3 O B Av Ex pode ser empregado como um todo ou com parte dos seus
meios, contando somente com sua força de helicóperos (F He) ou compondo
uma FT Amv com elementos da F Spf em qualquer um dos tipos de operações
ofensivas – marcha para o combate; reconhecimento em força; ataque;
aproveitamento do êxito; e perseguição, realizando diferentes operações
aeromóveis.

3-2
EB70-MC-10.358
3.2.4 MARCHA PARA O COMBATE

3.2.4.1 No exame de situação de uma marcha para o combate em que há a


previsão de emprego de meios do B Av Ex, deve-se atentar para as seguintes
considerações:
a) A execução descentralizada desse tipo de operação ofensiva e a
possibilidade de emprego de unidades de reconhecimento aéreo e do fogo das
aeronaves táticas impõem a adoção de medidas de coordenação e controle
específicas para o uso do espaço aéreo.
b) A execução da marcha à noite ou em períodos de visibilidade reduzida pode
limitar o emprego do B Av Ex. O uso do OVN, entretanto, permite superar
algumas dessas limitações, desde que sejam observados maiores prazos de
preparação e as necessidades de coordenação adicionais.
c) Deve-se considerar o risco desse tipo de operação devido ao
desconhecimento da situação inimiga (inclusive há a possibilidade de ocorrer o
combate de encontro) e a complexidade da manutenção do apoio.

3.2.4.2 As principais tarefas realizadas pelo B Av Ex na marcha para o combate


são o ataque aeromóvel (Atq Amv), o assalto aeromóvel (Ass Amv), o
reconhecimento aeromóvel (Rec Amv), a segurança aeromóvel (Seg Amv), a
incursão aeromóvel (Inc Amv), a exfiltração aeromóvel (Exfl Amv), o transporte
aeromóvel (Trnp Amv), o suprimento aeromóvel (Sup Amv), o controle das
colunas de marcha, a observação e a condução do tiro de artilharia.

3.2.5 RECONHECIMENTO EM FORÇA

3.2.5.1 Neste tipo de operação ofensiva, o B Av Ex colabora para o


levantamento de dados sobre o inimigo o mais à frente possível (em
profundidade), antecipando os planejamentos da F Spf.

3.2.5.2 Deve ser evitada a perda da iniciativa das ações ou o engajamento


decisivo no combate. Devem, também, serem mantidas as condições para
explorar o êxito da ação, aproveitando qualquer vulnerabilidade do inimigo.
Nessa situação, o B Av Ex, normalmente, é empregado em missões
semelhantes àquelas cumpridas pela unidade aérea no aproveitamento do
êxito.

3.2.5.3 As principais tarefas desempenhadas pelo B Av Ex no reconhecimento


em força são o Rec Amv, o Atq Amv, a Seg Amv, a Inc Amv, a Exfl Amv, o Trnp
Amv, a observação e a condução do tiro de artilharia.

3.2.6 ATAQUE

3.2.6.1 O ataque pode ser de oportunidade ou coordenado. A diferença entre


eles reside no tempo disponível ao comandante e seu estado-maior para o
planejamento, para a coordenação e para a preparação antes da sua
execução.

3-3
EB70-MC-10.358
3.2.6.2 No ataque coordenado, é utilizada, normalmente, uma das formas de
manobra tática ofensiva: a penetração, o ataque frontal, o desbordamento, o
envolvimento ou a infiltração. Os meios aéreos são importantes para aumentar
a mobilidade de uma força de desbordamento, proporcionando condições para
a realização de um assalto aeromóvel, caracterizando o desbordamento
vertical. Esses meios também são particularmente aptos para a realização de
movimentos envolventes e para o apoio inicial a um envolvimento.

3.2.6.3 No ataque, as principais tarefas a serem atribuídas ao B Av Ex são o


Atq Amv, o Ass Amv, a Seg Amv, a Inc Amv, a infiltração aeromóvel (Infl Amv),
o Trmp Amv, o Sup Amv, o comando e controle das F Sup, a observação e a
condução do tiro de artilharia.

3.2.7 APROVEITAMENTO DO ÊXITO

3.2.7.1 Das operações ofensivas, o aproveitamento do êxito é a que obtém


resultados mais decisivos. Normalmente, essa operação é realizada por uma
força de aproveitamento do êxito, dotada de meios com apreciável velocidade e
grande poder de combate, como o B Av Ex, e é seguida por uma força de
acompanhamento e apoio que assume as tarefas que possam retardar o
avanço da primeira.

3.2.7.2 Havendo o emprego do B Av Ex no aproveitamento do êxito, após o


ataque coordenado, o escalão enquadrante deve transmitir as ordens
respectivas o mais cedo possível. Ao tomar conhecimento das ordens e demais
informações relativas, a unidade aérea planeja o seu emprego futuro, visando a
manter a continuidade das ações.

3.2.7.3 O B Av Ex, ou sua fração empregada em uma operação dessa


natureza, pode ficar sob o comando do escalão que enquadra a força de
aproveitamento do êxito e a força de acompanhamento e apoio ou sob
comando direto da força de aproveitamento do êxito. Os planos e ordens das
operações aeromóveis, que podem ser executadas na operação, devem ser
elaborados desde o momento que a fração tomar conhecimento de sua
participação.

3.2.7.4 As principais tarefas atribuídas ao B Av Ex no aproveitamento do êxito


são o Ass Amv, o Rec Amv, o Atq Amv, a Seg Amv, a Infl e a Inc Amv, o Trnp
Amv, o Sup Amv e o comando e controle das F Sup.

3.2.8 PERSEGUIÇÃO

3.2.8.1 Na execução da perseguição, os seguintes aspectos, entre outros, são


observados:
a) no cerco às forças inimigas, os elementos aeromóveis devem ser
empregados ao máximo;

3-4
EB70-MC-10.358
b) a continuidade do apoio logístico é vital para o sucesso da operação, os
meios da Av Ex podem colaborar com o esforço de manutenção da cadeia de
suprimento da F Spf; e
c) a rapidez e a grande mobilidade características dessa operação dificultam
consideravelmente as ligações, a coordenação e o controle das ações, e ao se
empregar as Anv, como postos de comando ou como posto de retransmissão,
minimizam essas dificuldades.

3.2.8.2 Durante uma perseguição, o B Av Ex é empregado realizando o Ass


Amv, o Atq Amv, o Rec Amv, a Seg Amv, o Trmp Amv, a Inc e a Infl Amv, o
Sup Amv e o comando e controle.

3.2.9 OUTRAS AÇÕES OFENSIVAS

3.2.9.1 A maior parte dessas ações, por estarem submetidas a condições de


conduta, favorece o emprego do B Av Ex, aproveitando suas características de
flexibilidade e mobilidade.

3.2.9.2 Combate de Encontro

3.2.9.2.1 No combate de encontro, enquanto a F Spf, ainda não desdobrada,


engaja-se com uma força inimiga sobre a qual não tem muitas informações, a F
He, empregando suas aeronaves de Rec e de Atq, pode ser empregada para
esclarecer a situação e realizar fogos.

3.2.9.2.2 Os ataques aproximados e de oportunidade devem ser


constantemente treinados para que sejam eficazes e não haja risco de
fratricídio.

3.2.9.3 Incursão

3.2.9.3.1 A entrada rápida em área controlada pelo inimigo, contra objetivos


específicos importantes, é uma das principais ações potencializadas pelo
emprego do B Av Ex. Normalmente em pequena escala, a F He realiza uma
incursão aeromóvel e consegue se manter em sigilo, operando prioritariamente
à noite, com a utilização de OVN.

3.3 OPERAÇÕES DEFENSIVAS

3.3.1 As Operações Defensivas são realizadas para conservar a posse de uma


área ou território, ou para negá-los ao inimigo e, também, para garantir a
integridade de uma unidade ou meio. Normalmente, neutralizam ou reduzem a
eficiência dos ataques inimigos sobre meios ou territórios defendidos, infligindo-
-lhes o máximo de desgaste e desorganização, buscando criar condições mais
favoráveis para a retomada da ofensiva.

3-5
EB70-MC-10.358
3.3.2 O B Av Ex pode ser empregado, como um todo ou com parte dos seus
meios, em qualquer tipo de operação defensiva (defesa em posição ou
movimento retrógrado), proporcionando condições para o comandante interferir
oportunamente no combate e conduzir ações ofensivas em proveito da
manobra, tendo uma maior possibilidade de emprego nos movimentos
retrógrados, em face da maior mobilidade das ações.

3.3.3 DEFESA EM POSIÇÃO

3.3.3.1 Na Defesa em Posição, o comandante pode empregar duas formas de


manobra tática defensiva: defesa de área e defesa móvel.

3.3.3.2 Durante uma defesa em posição, aproveitando-se de sua flexibilidade e


extrema mobilidade, o B Av Ex pode participar das ações tanto na área de
segurança quanto na área de defesa avançada, atuando como elemento
dinâmico da defesa.

3.3.3.3 Participando das F Seg, as F He ou FT Amv estão aptas a integrar as


forças de cobertura (F Cob) e os postos avançados gerais (PAG).

3.3.3.4 Participando da defesa de área, o B Av Ex pode executar diferentes


tarefas, tais como: Atq Amv, Rec Amv, Seg Amv, Inc/Infl Amv, Tnsp Amv, Sup
Amv e comando e controle.

3.3.3.5 Durante a execução de uma defesa móvel, os meios do B Av Ex atuam


como na defesa de área e podem ser empregados no Atq Amv, contra forças
inimigas no interior da penetração, integrando a força de choque.

3.3.4 MOVIMENTO RETRÓGRADO

3.3.4.1 No Movimento Retrógrado, o comandante pode empregar três formas


de manobra tática defensiva: ação retardadora, retraimento e retirada.

3.3.4.2 O B Av Ex, ou parte dele, quando empregado em uma ação


retardadora, normalmente é subordinado ao comando da força de
retardamento, tendo em vista o grau de descentralização da operação. No
entanto, a decisão de empregar o B Av Ex em uma ação retardadora deve ser
precedida de cuidadosa avaliação dos fatores da decisão, considerando-se a
relação custo/benefício de seu emprego.

3.3.4.3 O retraimento pode ser realizado sob pressão do inimigo ou não. Em


ambos os casos, o sucesso dessa operação depende do controle e da
mobilidade da força, entre outros fatores. Deve ser considerada, também, a
possibilidade de interferência do inimigo por meio do emprego de tropas
aeroterrestres ou aeromóveis. No retraimento, o B Av Ex pode ser empregado,
normalmente, realizando o Atq e a Seg aeromóvel.

3-6
EB70-MC-10.358
3.3.4.4 Durante a retirada, a força que a executa pode ser submetida a ataques
de guerrilheiros, a incursões aeromóveis e aeroterrestres, a fogos de longo
alcance e a operações psicológicas do inimigo. Nessa forma de manobra tática
defensiva, o B Av Ex, quando empregado, executará principalmente a Seg Amv
em proveito da força que se retira, sem ficar, necessariamente, subordinado à
força.

3.4 OPERAÇÕES DE COOPERAÇÃO E COORDENAÇÃO COM AGÊNCIAS


(OCCA)

3.4.1 São operações executadas em apoio aos órgãos ou às instituições


(governamentais ou não, militares ou civis, públicas ou privadas, nacionais ou
internacionais), definidos genericamente como agências.

3.4.2 Nas operações de cooperação e coordenação com agências, a liberdade


de ação do comandante operativo está limitada pela norma legal que autorizou
o emprego da tropa. Assim, o emprego é episódico, limitado no espaço e
tempo.

3.4.3 Nelas, a Av Ex é empregada de forma integrada com as diferentes


agências. As principais tarefas realizadas são as de reconhecimento, de
infiltração, de exfiltração, de transporte, de suprimento e de comando e
controle.

3.4.4 As regras de engajamento devem detalhar as particularidades do


emprego do B Av Ex. Muitas vezes, o contexto é direcionado para a F Spf e
não se aplica à F He. O emprego de caçadores embarcados e o Ap F Av
necessitam de ser particularizados.

3.4.5 Para a operação de Anv, em locais não homologados, dentro de áreas


humanizadas, deve ser empregado pessoal especializado para realizar a
preparação e a segurança dos locais de pouso.

3.4.6 Quando realizadas em situação de não guerra, o planejamento do


emprego do B Av Ex em OCCA deve levar em consideração a legislação
aeronáutica específica, como as AIC versando sobre as operações aéreas de
segurança pública e/ou defesa civil, e as diretrizes do Comando de Operações
Aeroespaciais (COMAE) no tocante à segregação e coordenação do espaço
aéreo na A Op. No caso de emprego fora do território nacional, o B Av Ex
estará sujeito ao documento que gerou o acordo, com as possíveis missões já
definidas.

3-7
EB70-MC-10.358
3.5 OPERAÇÕES COMPLEMENTARES

3.5.1 As Operações Complementares são aquelas que se destinam a ampliar,


aperfeiçoar e/ou a complementar as operações básicas, a fim de maximizar a
aplicação dos elementos do poder de combate terrestre e, por suas
peculiaridades, obter melhores resultados.

3.5.2 As missões impostas à Av Ex, devido à complexidade e envergadura,


muitas das vezes são, elas próprias, consideradas como uma operação
complementar, recebendo a denominação de operação aeromóvel.

3.5.3 Operação Aeroterrestre – o B Av Ex apoia esse tipo de operação


realizando diferentes tipos de tarefas. Pode, ainda, integrar uma Força
Aeroterrestre (F Aet) em determinada fase, sair dessa situação e retornar em
fase posterior. Durante a fase de preparação, pode participar no esforço de
busca de dados e de conhecimentos de inteligência.

3.5.4 Operação de Segurança – os meios do B Av Ex participam da


segurança reforçando, integrando ou sob controle operacional de uma força de
cobertura (F Cob) ou de proteção (F Ptc), desde a área de segurança até a
área de retaguarda. Podem, ainda, realizar ações de vigilância por intermédio
de seus vetores aéreos, em particular, os helicópteros de Rec e de Atq.

3.5.5 Operação contra Forças Irregulares – os meios da Av Ex podem ser


empregados no combate às forças irregulares (F Irreg), realizando missões de
reconhecimento, infiltração e exfiltração aeromóvel, tiro embarcado e C².

3.5.6 Operações Especiais – a Av Ex pode executar, junto com as tropas de


operações especiais, missões de reconhecimento, de infiltração e exfiltração,
de incursão, de transporte de feridos, de comando e controle, de tiro
embarcado, entre outras.

3.5.7 Operação de Busca, Combate e Salvamento – realizada para preservar


a capacidade de combate das OM Av Ex. Os meios aéreos são empregados
para localizar e recolher combatentes embarcados ou tripulações de aeronaves
abatidas ou acidentadas em operações, normalmente em território hostil.

3.5.8 Operação de Evacuação de não Combatente – operação geralmente


conduzida fora do território nacional para realizar a evacuação de civis não
combatentes, impossibilitados de prover sua autodefesa, desde os seus locais
no país anfitrião (geralmente em estado de crise) até um local de destino
seguro. O B Av Ex pode ser empregado de forma a proporcionar mobilidade e
segurança na execução dessa operação.

3.5.9 Operação de Interdição – o B Av Ex pode ser empregado nesse tipo de


operação como meio de aplicação de forças e de fogos em profundidade, com
a finalidade de: impedir que o inimigo reforce a tropa empenhada; dificultar o

3-8
EB70-MC-10.358
comando e controle oponente; destruir alvos de alto valor; e deslocar tropas
para ocupar a região antes do inimigo.

3.5.10 Operação de Transposição de Curso de Água – nos três tipos de


transposição de curso de água (a imediata, a preparada e a travessia de
oportunidade), o B Av Ex pode ser empregado realizando diferentes tipos de
tarefas (Atq Amv, Ass Amv, Rec Amv, Seg Amv, Inc Amv, Exfl Amv, Trnp Amv,
Sup Amv).

3.5.11 Operação Ribeirinha – esta operação requer que se possua maior


mobilidade do que a do inimigo, que pode ser obtida mediante o emprego de
forças aeromóveis. O B Av Ex pode apoiar as F Spf realizando uma variada
gama de tarefas, sendo as principais: Rec Amv, Seg Amv, Inc Amv, Exfl Amv,
Trnp Amv, Sup Amv.

3.5.12 Operação em Área Edificada – devem-se considerar as peculiaridades


doutrinárias da F Spf, durante cada fase da operação urbana (área edificada),
como o cerco, o isolamento, a interdição do apoio externo, a conquista de
objetivos na orla anterior, a conquista de objetivos no interior, a limpeza e
controle de áreas, para que a ação das Anv seja efetiva e eficaz. O emprego do
B Av Ex em áreas edificadas e humanizadas relaciona-se também com as
capacidades relacionadas à informação (CRI), onde erros táticos refletem-se
em tempo real no contexto estratégico e na opinião pública. As principais
tarefas do B Av Ex são: Rec Amv, Infl Amv, Exfl Amv, Trnp Amv, Sup Amv e C².

3.5.13 Outras Operações – o B Av Ex pode participar das demais operações


complementares (de dissimulação, de informação, de junção, anfíbias, contra
desembarque anfíbio, de abertura de brecha), realizando diferentes tipos de
tarefas.

3.6 OPERAÇÕES EM AMBIENTES COM CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS

3.6.1 Para fins de preparo e emprego da F Ter, os ambientes com


características especiais estão divididos nos seguintes tipos:
a) de selva;
b) de pantanal;
c) de caatinga; e
d) de montanha.

3.6.2 Esses ambientes, por conta de suas especificidades, principalmente


quanto aos aspectos fisiográficos (dimensão física do ambiente operacional),
requerem a adaptação e a aclimatação das tripulações, bem como a utilização
de material e equipamento adequados.

3.6.3 O planejamento e a condução das operações nesses ambientes devem


levar em conta as peculiaridades dos ambientes, as quais têm influência

3-9
EB70-MC-10.358
quanto aos meios e efetivos a serem empregados, aos locais para
desdobramento dos meios, às técnicas de voo a serem empregadas, entre
outros aspectos.

TIPO DE OPERAÇÃO PRINCIPAIS TAREFAS


Atq Amv, Ass Amv, Rec Amv, Seg Amv,
Marcha para o Inc Amv, Exfl Amv, Trnp Amv, Sup Amv,
Combate controle de colunas de marcha, Obs e
condução do tiro de Art.
Rec Amv, Atq Amv, Seg Amv, Inc Amv,
Rec em Força Exfl Amv, Trnp Amv, Obs e condução do
tiro de Art.
Atq Amv, Ass Amv, Seg Amv, Inc Amv,
Infl Amv, Trmp Amv, Sup Amv, comando
Ataque
Ofensiva e controle das F Sup Obs e condução
do tiro de Art.
Ass Amv, Rec Amv, Atq Amv, Seg Amv,
Apvt Êxito Infl e a Inc Amv, Trnp Amv, Sup Amv,
C².
Ass Amv, Atq Amv, Rec Amv, Seg Amv,
Perseguição
Inc e Infl Amv, Sup Amv, Trmp Amv, C².
Combate de
Rec Amv, Atq Amv.
Encontro
Incursão Inc Amv.
Atq Amv, Rec Amv, Seg Amv, Inc/Infl
Defesa em Posição
Amv, Trnp Amv, Sup Amv e C².
Defensiva
Movimento
Atq Amv, Seg Amv.
Retrógrado
Rec Amv, Infl Amv, Exf Amv, Trnp Amv,
OCCA Todas
Sup Amv, C².
Op Aeroterrestre Trnp Amv, Sup Amv, Rec Amv.
Rec Amv, Atq Amv, Trnp Amv, Seg
Op Segurança
Amv.
Op Contra Forças
Rec Amv, Infl Amv, Exfl Amv, Trnp Amv,
Irregulares
C², tiro embarcado.
Op Especiais
Op Busca, Combate
Rec Amv, Infl Amv, Exfl Amv, Trnp Amv.
e Salvamento
Op
Op Evc de Não Rec Amv, Infl Amv, Exfl Amv, Trnp Amv,
Complementares
Combatentes Seg Amv.
Op Interdição Atq Amv, Inc Amv.
Op Transposição de Atq Amv, Ass Amv, Rec Amv, Seg Amv,
Curso d’Água Inc Amv, Exfl Amv, Trnp Amv, Sup Amv.
Rec Amv, Seg Amv, Inc Amv, Exfl Amv,
Op Ribeirinha
Trnp Amv, Sup Amv.
Rec Amv, Infl Amv, Exfl Amv, Trnp Amv,
Op Área Edificada
Sup Amv, C².
QUADRO 3-1 – Resumo das principais tarefas do B Av Ex em função do tipo de operação

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CAPÍTULO IV

ORGANIZAÇÃO OPERATIVA

4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

4.1.1 As operações realizadas pelo B Av Ex buscam contemplar as diversas


atividades que envolvem o emprego de meios aéreos para assegurar
aeromobilidade orgânica à F Ter.

4.1.2 As capacidades requeridas para o cumprimento das tarefas atribuídas ao


B Av Ex determinam a sua composição dos meios, que deve estar
perfeitamente integrada à manobra tática e aos sistemas de armas da F Sup
com a qual opera.

4.1.3 As Op Amv devem explorar as ações em profundidade, priorizando as


manobras envolventes e desbordantes, contra os flancos ou a retaguarda do
inimigo, ao mesmo tempo em que podem ser integradas e em proximidade à
F Sup de diferentes naturezas.

4.2 ORGANIZAÇÃO PARA O COMBATE

4.2.1 A organização para o combate do B Av Ex deve privilegiar sua grande


flexibilidade de emprego. Em função dos fatores da decisão, do volume e da
natureza das aeronaves disponíveis, define-se a estrutura de comando para as
operações. A modularidade da força de helicópteros (F He) viabiliza o emprego
dos meios de acordo com a ameaça identificada.

4.2.2 Organizar o B Av Ex para o combate é definir sua forma de emprego e/ou


sua situação de comando a um escalão da F Ter. O Comandante de Aviação,
ao concluir seu exame de situação, deve propor ao comandante da força
enquadrante a organização para o combate dos B Av Ex.

4.2.3 O B Av Ex poderá ser empregado de duas formas:


a) descentralizado: quando o B Av Ex, ou algum de seus elementos, é
passado a comando de outro elemento da F Ter, isso se dará seguindo uma
das quatro seguintes situações de comando previstas (reforço, integração,
controle operativo, comando operativo); ou
b) centralizado: enquadrado pelo C Av Ex ou pela Bda Av Ex (quando
ativada).

4.2.4 FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO PARA O COMBATE

4.2.4.1 Os prós e contras das duas formas de emprego do B Av Ex e das


quatro diferentes situações de comando equilibram-se no exame de situação
4-1
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para a organização da unidade, de acordo com os fundamentos da
organização para o combate.

4.2.4.2 Não há uma dosagem básica de emprego para um B Av Ex


descentralizado em relação a algum escalão da F Ter. Entretanto, a divisão de
exército (DE), por suas características, estrutura e meios, é o escalão da F Ter
que tem as melhores condições para coordenar e controlar o seu emprego,
utilizando, na plenitude, as capacidades proporcionadas pela unidade aérea.

4.2.4.3 Durante o exame de situação, é que se define como o B Av Ex será


organizado. Para isso, são considerados, principalmente, os seguintes
fundamentos:
a) controle centralizado;
b) aeromobilidade adequada aos elementos de manobra;
c) prioridade para a ação principal ou para as áreas mais importantes;
d) aeromobilidade disponível para intervir no combate; e
e) facilitar operações futuras.

4.2.4.4 Qualquer que seja a forma de emprego ou situação de comando


definidas na organização para o combate do B Av Ex, a logística específica de
Av Ex será realizada por intermédio do B Mnt Sup Av Ex.

4.2.4.5 Quando um B Av Ex estiver sendo empregado de forma


descentralizada, enquadrado em outro escalão da F Spf, deverá existir no
COP/PC deste escalão um elemento Av Ex (Elm Av Ex) ou, no mínimo, um
oficial de ligação da Av Ex(O Lig Av Ex) designado pela Bda Av Ex ou pelo
próprio Btl. O Cmt do B Av Ex é o responsável por assegurar o perfeito
assessoramento ao escalão apoiado.

4.2.4.6 Os escalões de emprego do B Av Ex são a seção (Seç), o pelotão (Pel)


e a esquadrilha (Esqda). Normalmente, em operações, organizam-se com duas
ou mais esquadrilhas de helicópteros (Esqda He) de naturezas diferentes, com
o objetivo de aumentar sua flexibilidade de emprego. Todavia, podem se
rearticular para responder a diferentes missões, ajustando rapidamente sua
capacidade de manobra e de poder de fogo de acordo com a necessidade.

4.2.4.7 Em função da missão recebida e do contexto tático, poderão ser


constituídos módulos (temporários) como, por exemplo, uma seção constituída
por até três aeronaves (Anv) de mesma natureza ou de naturezas diferentes;
pelotões mistos; ou, ainda, empregar uma aeronave isolada.

4.2.4.8 O B Av Ex pode receber módulos de outras U e SU da Av Ex ou de


outras OM, com os quais compõe, ou não, força-tarefa. A esquadrilha é o
primeiro escalão apto a receber e adaptar módulos das armas-base, apoios
especializados e outras estruturas complementares.

4-2
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4.2.4.9 A Esqda He, para ser empregada isoladamente, deve receber do
B Av Ex meios aéreos de reconhecimento e ataque para segurança de seus
deslocamentos e, também, o reforço em equipes de resgate, busca e
salvamento, equipes de transporte aéreo, suprimento e serviços especiais de
aviação (TASA), elementos de manutenção e outros julgados necessários.

4.3 ORGANIZAÇÃO EM FORÇA-TAREFA

4.3.1 PRINCÍPIOS DE EMPREGO EM FORÇA-TAREFA (FT)

4.3.1.1 Uma FT é um grupamento temporário de forças, de valor unidade ou


subunidade, sob um comando único, formado com o propósito de executar uma
operação ou missão específica, que exija a utilização de uma forma peculiar de
combate, em proporções adequadas.

4.3.1.2 O B Av Ex e suas Esqda He, seguindo o conceito acima descrito,


compõem FT agregando elementos da Av Ex e/ou das forças de superfície
(F Spf). Além dos elementos de combate, as FT podem enquadrar, se
necessário, elementos de apoio ao combate, de apoio logístico ou outros
apoios especializados (Fig 4-1). O B Av Ex pode, ainda, formar uma FT
mesclando aeronaves de naturezas diferentes, orgânicas ou recebidas de outro
B Av Ex, para o cumprimento de determinada missão a ele imposta.

FIGURA 4-1 – Integração blindados/He

4.3.1.3 O B Av Ex também pode ceder frações a outras unidades ou


subunidades das F Spf, com a mesma finalidade. A composição de forças de
combate com elementos de naturezas distintas possibilita que o resultado final
das ações do conjunto seja maior que a soma das ações individuais das
frações que a integram.

4.3.1.4 A organização em FT privilegia o princípio de guerra da unidade de


comando com a atribuição da autoridade a uma só pessoa no escalão

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considerado. Possibilita a unidade de esforços (sinergia) ao aglutinar meios de
naturezas diferentes e coordenar todas as forças de forma integrada, sobre o
objetivo comum, com a finalidade de anular as limitações de uns e maximizar
as possibilidades de outros.

4.3.1.5 Aos comandantes de FT, normalmente, são atribuídas missões pela


finalidade. As missões devem definir “o que deve ser feito”, mas não “como
deve ser feito”. A rapidez da F He e a rápida evolução da situação tática,
imposta pela forma de movimento, possibilitam a atribuição de liberdade de
iniciativa ao comandante.

4.3.1.6 Uma FT B Av Ex é uma força-tarefa composta majoritariamente por


helicópteros, pois a maioria de suas subunidades (SU) são esquadrilhas de
helicópteros, enquanto uma FT (unidade arma-base) é uma força-tarefa com
maioria de meios da arma-base (de cavalaria ou de infantaria). De forma
análoga, uma FT equilibrada possui igual número de subunidades de
helicópteros e de arma-base (Fig 4-2).

FIGURA 4-2 – Embarque da F Spf da FT Amv no HM-4 Jaguar

4.3.1.7 A FT não será capaz de combater no moderno campo de batalha sem


contar com um eficiente sistema de comando e controle que viabilize a
comunicação confiável entre elementos de naturezas distintas. Fatores como a
continuidade e a segurança das comunicações ganham maior importância
durante o exame de situação, particularmente no que se refere aos
equipamentos rádio de posse das tropas envolvidas.

4.3.1.8 A proporção adequada de forças deve ser considerada quanto à


capacidade de apoio logístico disponível. A execução de todas as funções
logísticas com tropas de naturezas diferentes é complexa. É imperativo que o
planejamento logístico considere todas as necessidades da F He e da F Spf,
deixando margens para variações no ritmo da operação. A FT deve estar em
condições de assegurar seu fluxo logístico de combate, utilizando seus
helicópteros de emprego geral.

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4.3.1.9 Destaca-se, contudo, que os meios aéreos configuram-se como
elementos de alto valor estratégico e seu emprego se vê limitado em
quantidade, principalmente pela especificidade logística e alto custo. Dessa
forma, o seu emprego não centralizado no alto escalão, mesmo que
temporariamente, deverá estar coerente com o esforço principal no TO/A Op,
configurando-se, assim, como uma composição eventual e que dificilmente
ocorrerá em grande escala.

4.3.2 CONSTITUIÇÃO DE FORÇA-TAREFA

4.3.2.1 O B Av Ex pode participar da composição de FT com tropas de


superfície de diferentes naturezas. O emprego de helicópteros em estreita
coordenação com viaturas blindadas ou mecanizadas, ou transportando
elementos do tipo leve (particularmente os de natureza aeromóvel), pode
amplificar, decisivamente, o poder de combate no campo de batalha.

4.3.2.2 As FT nível unidade (B Av Ex/Armas-base) possuem as seguintes


estruturas organizacionais adaptadas:
a) Estruturas Básicas:
1) Comando e Estado-Maior (PC);
2) SU de Comando e Apoio;
3) Esquadrilha(s) de Helicópteros; e
4) Elementos de Combate: Amv, Mec e Bld.
b) Estruturas Complementares:
1) outros elementos de Av Ex;
2) Art Cmp e AAe;
3) Eng;
4) Com e GE;
5) Intlg;
6) Elm Lig; e
7) outros elementos especializados.

4.3.3 O B Av Ex COM ELEMENTOS DE COMBATE EM FT

4.3.3.1 Um elemento de combate caracteriza-se pela sua capacidade de


combinar fogo e movimento, a fim de cerrar sobre o inimigo. Pode receber as
missões de: destruir ou neutralizar o inimigo; conquistar, controlar e interditar
acidentes capitais do terreno; cobrir ou proteger a força principal; ou obter
informações para o escalão em proveito do qual opera. Os elementos de
combate empregam os tiros diretos e indiretos e são capacitados para operar
em contato direto com o inimigo.

4.3.3.2 Os batalhões de infantaria (Inf) e os regimentos de cavalaria (Cav)


constituem os elementos básicos para a organização das FT com o B Av Ex.

4-5
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4.3.3.3 Elementos de Combate – Aeromóvel

4.3.3.3.1 A Brigada de Infantaria Aeromóvel (Bda Inf Amv) é a tropa mais


adequada para esse tipo de operação. Formada basicamente por Batalhões de
Infantaria Aeromóveis, ela foi concebida para a atuação conjugada com a Av
Ex, o que a torna adequada às tarefas que envolvam helitransporte de tropa, no
contexto de operações que explorem a mobilidade tática.

4.3.3.3.2 Outras tropas, como a Brigada de Infantaria de Selva, Brigada de


Infantaria de Montanha e Brigada de Infantaria Paraquedista também têm
melhores condições de atuar com o B Av Ex, tendo em vista possuírem material
mais adequado para o transporte em aeronaves.

4.3.3.3.3 Tropas de qualquer natureza devem ter condições de atuar com os


meios aéreos da Força Terrestre, após processo de adaptação às Op Amv.

4.3.3.3.4 Nas FT Amv, cujas tropas no solo dependam exclusivamente das Anv
para seu retraimento frente a uma reação inimiga, o ideal é que sejam
montadas com a possibilidade de helitransporte da F Spf em uma única vaga.

4.3.3.3.5 As principais capacidades agregadas com a participação de


elementos de combate aeromóvel são as seguintes:
a) permanência (limitada) – controle do terreno;
b) adaptação a qualquer ambiente operacional;
c) capacidade de infiltrar em sigilo, conquistar e vasculhar um objetivo; e
d) possibilidade de controlar uma zona.

4.3.3.3.6 A estrutura de uma FT Amv oferece os recursos necessários para


empregar simultaneamente escalões táticos destinados a cumprir missões
interdependentes. Como exemplo, uma FT Amv com base em um BI para o Ass
Amv (Fig 4-3).

FIGURA 4-3 – Exemplo de FT Amv Bl

4.3.3.3.7 A FT Amv, em função das missões que cumprirá, também pode


articular-se em FT nível SU, em conjuntos de subgrupamentos, cada um com

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as vantagens de comandos adaptados, como mostrado no exemplo de FT Amv
com base em um B Av Ex, abaixo (Fig 4-4).

FIGURA 4-4 – Exemplo de FT Amv B Av Ex

4.3.3.3.8 Emprego nas Operações Ofensivas


a) A FT Amv pode empregar SU Inf Amv, na continuidade dos ataques dos He,
para explorar a desorganização em solo, realizando seu ataque coordenado,
vasculhando o objetivo e destruindo resistências residuais.
b) Um elemento de combate aeromóvel, normalmente, efetuará seu
desembarque quando se configura um poder relativo de combate (PRC)
favorável à Op Amv, mediante confirmação das informações sobre o inimigo.
c) Ele explorará o Ap F Av e as informações fornecidas pela F He durante toda
a fase de engajamento em solo. A F He assegura a cobertura da sua ação e
seu apoio logístico. A surpresa tática é fator determinante para o sucesso das
ações desembarcadas.

4.3.3.3.9 Emprego nas Operações Defensivas


a) A FT Amv poderá empregar tropas de Inf/Cav Amv para contra-atacar,
utilizando um terreno favorável ao seu emprego. Uma Esquadrilha de
Helicópteros de Emprego Geral (EHEG) assegura a mobilidade, o apoio e a
cobertura à F Spf.
b) Essa ação normalmente é realizada em dois tempos:
1) Aproveitando o retardamento causado pelos ataques dos He Rec Atq fora
do alcance do dispositivo, o posicionamento antecipado da F Spf permite a
preparação sumária do terreno por Elm Eng Amv e o estabelecimento das
seções anticarro. Em segunda prioridade, são estabelecidas as posições das
armas coletivas e individuais.
2) O contra-ataque é iniciado simultaneamente com a combinação de fogos
das Anv e da tropa Amv. Os He Rec/Atq continuam com ataques de
oportunidade ao inimigo neutralizado, com liberdade de ação fora do limite
definido com a F Spf, enquanto esta é exfiltrada de forma coordenada.

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4.3.3.3.10 Emprego nas Operações de Cooperação e Coordenação com
Agências
a) Uma FT Amv BI poderá receber uma missão de realizar a manutenção de
uma área remota durante 48 horas. A F He apoia-se na ação da F Spf para
manter os Obj e conduzir ações de vigilância sobre áreas particulares.
b) Paralelamente, integrado à F He, Elm da F Spf permanecem em condições
de fornecer uma força de interceptação, pronta a intervir em função dos
movimentos observados pela vigilância dos He Rec Atq nos limites da Z Aç.

4.3.3.4 Elementos de Combate – Mecanizado

4.3.3.4.1 Os elementos de combate mecanizados, oriundos de GU Médias –


Brigada de Infantaria Mecanizada e Brigada de Cavalaria Mecanizada – são
dotados de plataformas veiculares de rodas, com relativa proteção blindada. As
tropas de Cavalaria Mecanizada dessas GU são as mais aptas para realizar as
tarefas de reconhecimento, vigilância e segurança terrestre.

4.3.3.4.2 As principais capacidades agregadas a uma FT com a participação de


elementos de combate mecanizados são as seguintes:
a) ação de choque;
b) resiliência;
c) mobilidade terrestre; e
d) permanência – controle do terreno.

4.3.3.4.3 A Fig 4-5 apresenta o esquema em que um pelotão de Helicópteros


de Reconhecimento e Ataque foi passado a controle operativo da FT Esqd C
Mec.

FIGURA 4-5 – Exemplo de FT Esqd C Mec (com Elm Av Ex)

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4.3.3.4.4 As tarefas de Av Ex a seguir são exemplos das que podem ser
cumpridas junto à manobra dos elementos de superfície, atendendo aos
respectivos princípios da guerra:
a) reconhecimento aeromóvel em múltiplos eixos em conjunto com os Pel de
Cavalaria Mecanizados, ou em localidades existentes nos eixos, objetivando
agilizar a busca do contato com o inimigo (OFENSIVA);
b) vigilância aeromóvel fazendo uso de optrônicos de longo alcance, para vigiar
a frente da zona de ação do Rgt, em sequência a um reconhecimento
aeromóvel, ou em zonas de ação de difícil observação na superfície, ou em
localidades existentes nos eixos de reconhecimento, ou ainda para antecipar a
aproximação de forças inimigas na zona de ação do Rgt (SEGURANÇA e
ECONOMIA DE MEIOS);
c) ataque aeromóvel em alvos em profundidade que interfiram na manobra de
superfície, ou para aplicação de poder de fogo como elemento surpresa em
momento e local sensíveis ao inimigo nas ações retardadoras conduzidas pela
FT, ou ainda, quando no aproveitamento do êxito e na perseguição (OFENSIVA
e SURPRESA); e
d) apoio de fogo de aviação cumprindo a missão de base de fogos em
determinada zona de ação ou ainda efetuando apoio de fogo a pedido para
desaferramento de elementos em contato (MASSA e SEGURANÇA).

4.3.3.4.5 Emprego nas Operações Ofensivas


a) A FT U Mec – Av Ex pode empregar sua SU para explorar os ataques dos
helicópteros e impedir a retomada da iniciativa pelo inimigo.
b) O elemento de combate Mec normalmente atacará simultaneamente, ou
após o Atq dos He Atq, aproveitando-se da desorganização causada pelo
engajamento inicial aéreo. Ele se beneficia dos fogos e das informações
transmitidas pelas Anv para a execução e condução da sua manobra.
c) Durante a ação, os He Atq asseguram a cobertura de seus deslocamentos,
executam as diversas formas de Atq Amv e, eventualmente, possibilitam seu
desengajamento.

4.3.3.4.6 Emprego nas Operações Defensivas


a) No quadro das Op Def, uma FT U Mec – B Av Ex pode empregar seus meios
para realizar um contra-ataque sobre forças inimigas, buscando,
preferencialmente, realizar os ataques em um terreno favorável. A F Spf
combina seus fogos com os He Atq, que procuram atingir os flancos do
dispositivo inimigo enquanto este é fixado.
b) A fim de valorizar a ação do Elemento de Combate Mec, a F He pode, se
necessário, reconhecer a zona de ação, apoiar pelo fogo, realizar sua
cobertura ou escolta (na tomada do dispositivo ou durante seu
desengajamento).
c) A F He, explorando sua velocidade, pode apoiar a F Spf em necessidades
logísticas específicas e predefinidas.
d) Os He Rec Atq, prevendo a manutenção do esforço e a substituição, podem
estar em condições de retomar e explorar a iniciativa a qualquer momento.

4-9
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4.3.3.4.7 Emprego nas Operações de Cooperação e Coordenação com
Agências
a) Exemplo em Operações de Garantia dos Poderes Constitucionais ou da Lei
e da Ordem:
1) uma SU Inf Mec, adaptada ao combate Amv, participa da operação como
força de reação. Ela pode, por exemplo, desengajar tropas fixadas por agentes
perturbadores da ordem pública compondo FT Amv;
2) escoltada pela F He até o objetivo, esta SU Inf Mec beneficia-se das
informações obtidas por sistemas de imageamento embarcado (diurno ou
infravermelho); e
3) a sua ação terrestre contará com Ap F Av (limitado às regras de
engajamento) e comando e controle continuado. A exfiltração terrestre poderá
ser coberta e escoltada pelos meios Ae.

4.3.3.4.8 Por se tratar de um meio altamente móvel e flexível, pode-se prever


um sequenciamento de distintas operações aéreas e em diferentes zonas de
ação da FT U, devendo-se evitar a ociosidade no emprego dos meios aéreos.
Cabe ressaltar, contudo, que a logística específica balizará o ritmo de emprego
das frações de helicópteros.

4.3.3.4.9 O equilíbrio entre a proteção blindada e a mobilidade tática encontra,


na aplicação conjunta dos esforços, o lastro ideal para equilibrar essa equação,
resultando em máxima flexibilidade também aos comandantes dos pequenos
escalões. A participação conjunta de aeronaves e forças de superfície em uma
mesma missão pode promover resultados mais eficientes e palpáveis do que a
mera sobreposição de ações isoladas, sem vínculo direto entre os seus atores.

4.3.3.5 Elementos de Combate – Blindado

4.3.3.5.1 As tropas de Inf e Cav Bld, oriundas de GU pesadas, podem ceder ou


receber elementos para compor Forças-Tarefas com a Av Ex. Sua participação
priorizará a manobra terrestre, coordenando o fogo e o movimento com a F He.

4.3.3.5.2 O emprego de forças blindadas com meios de Av Ex proporciona o


aumento:
a) da ação de choque;
b) da resiliência;
c) da mobilidade; e
d) da permanência – controle do terreno.

4.3.3.5.3 A composição de FT com elementos de aviação junto a frações


blindadas permite que Anv e F Spf participem em conjunto de uma mesma
missão. No seguinte exemplo, uma EHRA foi passada a controle operativo da
FT RCC (Fig 4-6).

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FIGURA 4-6 – Exemplo de FT U Bld com Elm Av Ex

4.3.3.5.4 As tarefas de Av Ex a seguir são exemplos que podem ser cumpridos


junto à manobra dos elementos de superfície, atendendo aos respectivos
princípios da guerra:
a) reconhecimento aeromóvel em conjunto com o Pel de Exploradores, com o
objetivo de agilizar a busca do contato com o inimigo (OFENSIVA);
b) vigilância aeromóvel fazendo uso de optrônicos de longo alcance para vigiar
a frente da zona de ação da FT, em sequência a um Reconhecimento
Aeromóvel, ou ainda em zonas de ação de difícil observação na superfície
(SEGURANÇA e ECONOMIA DE MEIOS);
c) ataque aeromóvel em alvos em profundidade que interfiram na manobra das
SU Bld, ou para aplicação de poder de fogo como elemento surpresa em
momento e local sensíveis ao inimigo nos contra-ataques, ou ataques
coordenados da FT Bld, ou ainda, quando no aproveitamento do êxito e na
perseguição (OFENSIVA e SURPRESA); e
d) apoio de fogo de aviação cumprindo a missão de base de fogos em
determinada zona de ação, efetuando apoio de fogo a pedido para
desaferramento de elementos em contato ou neutralizando armas AC inimigas
(MASSA; SEGURANÇA).

4.3.3.5.5 Emprego nas Operações Ofensivas


a) A FT U Bld – B Av Ex pode empregar uma de suas SU para explorar os
ataques dos helicópteros e impedir a retomada da iniciativa pelo inimigo.
b) O elemento de combate Bld normalmente atacará simultaneamente, ou após
o Atq dos He Rec Atq, aproveitando-se da desorganização causada pelo
engajamento inicial aéreo. Ele se beneficia dos fogos e das informações
transmitidas pelas Anv para a execução e condução da sua manobra.
c) Durante a ação, os He de Rec Atq asseguram a cobertura de deslocamentos
das F Spf, executam as diversas formas de Atq Amv e, eventualmente,
possibilitam seu desengajamento.

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4.3.3.5.6 Emprego nas Operações Defensivas
a) No quadro das Op Def, uma FT U Bld – B Av Ex pode empregar seus meios
blindados para realizar um contra-ataque sobre forças inimigas em um terreno
favorável. A F Spf combina seus fogos com os He Rec Atq, que procuram
atingir os flancos do dispositivo inimigo enquanto este é fixado.
b) A fim de valorizar a ação do Elemento de Combate Bld, a F He pode, se
necessário, reconhecer a Z Aç, apoiar pelo fogo, realizar sua cobertura ou
escolta (na tomada do dispositivo ou durante seu desengajamento).
c) A F He, explorando sua velocidade, pode apoiar a F Spf em necessidades
logísticas específicas e predefinidas.
d) Prevendo a manutenção do esforço e a substituição, os He Rec Atq
buscarão estar em condições de retomar e explorar a iniciativa a qualquer
momento.

4.3.3.5.7 Não é comum o emprego dos meios blindados em operações de


cooperação e coordenação com agências. Em geral, o pessoal das unidades
blindadas é empregado nesse tipo de operação da mesma forma que o das
tropas do tipo leve. Assim, podem ser empregadas, mais facilmente, com os
meios aéreos.

4.3.3.5.8 Por se tratar de um meio altamente móvel e flexível, pode-se prever


um sequenciamento de distintas operações aéreas e em diferentes zonas de
ação da FT U, devendo-se evitar a ociosidade no emprego dos meios aéreos.
Cabe ressaltar, contudo, que a logística específica balizará o ritmo de emprego
das frações de helicópteros.

4.3.3.5.9 A clássica balança entre a proteção blindada e a mobilidade tática


encontra na aplicação conjunta dos meios – blindados e aeronaves – o
equilíbrio ideal para essa equação, resultando em máxima flexibilidade também
para os comandantes dos pequenos escalões.

4.3.4 ESTRUTURAS COMPLEMENTARES DAS FT COM O B Av Ex

4.3.4.1 As estruturas complementares englobam, além de módulos da própria


Av Ex, elementos de apoio ao combate e apoios especializados. Os elementos
de apoio ao combate participam decisivamente para o sucesso das operações
por meio do apoio de fogo, do apoio ao movimento e de coordenação e
controle proporcionados às FT. Eles contribuem diretamente com o aumento da
eficiência dos elementos de manobra, podendo constituir-se como fator
decisivo na avaliação do poder relativo de combate das FT com Elm Av Ex.

4.3.4.2 Os principais benefícios agregados com a inclusão de estruturas de


apoio complementares são:
a) disponibilidade de novas possibilidades;
b) potencialização da atuação das Anv;
c) integração dos apoios à manobra desde sua fase de concepção; e
d) manobrar os apoios terrestres no ritmo das operações aeromóveis.

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4.3.4.3 A atribuição de elementos de apoio ao combate às FT com o B Av Ex
deve ser criteriosamente pesada, para assegurar o seu emprego de maneira
eficiente e na medida certa. Tais elementos podem ser passados em apoio ou
em reforço, na dosagem adequada, como estruturas modulares.

4.3.4.4 Artilharia de Campanha – elementos de artilharia, com material


transportado por carga externa ou interna, poderão integrar a FT Amv. Sua
atuação tem por objetivo maximizar o efeito das operações com a aplicação de
seus fogos indiretos em sincronia com os He Rec/Atq.

4.3.4.5 Artilharia Antiaérea – o apoio de Elm de Art AAe é particularmente


importante na execução de ações em profundidade. A inexistência de mísseis
antiaéreos (Ar-Ar) nas Anv da Av Ex implica planejamento de emprego AAe em
face das ameaças previstas e/ou possíveis durante as Op Amv.

4.3.4.6 Engenharia – a FT Amv pode utilizar Elm Eng integrados à SU das


armas-base, adaptadas para realizar missões de mobilidade e
contramobilidade. Apoiando a F He, pode preparar os pontos de toque e ZPH
para o pouso, prevenindo o Brownout (efeito de suspensão de partículas de
areia no ar, formando uma névoa que restringe a visibilidade) e a degradação
das condições do solo onde operam as equipes de apoio à F He.

4.3.4.7 Comunicações e GE – a fim de aumentar seu alcance operativo e


reduzir as limitações de seus meios orgânicos de comunicações, a FT Amv
pode receber apoio em comunicação via satélite e/ou estações repetidoras.
Embora a FT não possua meios orgânicos de MAE, equipes de GE podem
auxiliar o planejamento detalhado de missões em profundidade (MPE/MAGE),
aumento a furtividade das operações e a eficácia dos meios de autoproteção
das aeronaves (APA) da Av Ex.

4.3.4.8 Inteligência – o apoio de Elm Intlg é uma necessidade permanente


para todas as Op Amv. Ele é indispensável na preparação e na condução de
operações em profundidade, aumentando a segurança em face das diferentes
reações possíveis do inimigo no entorno dos objetivos. Essa integração (Elm
Intlg/S-2) permite ao comando da FT Amv a atualização em tempo real das
informações obtidas pelos diferentes meios de Intlg, bem como a designação
de objetivos e de elementos essenciais de inteligência (EEI) para a operação
dos SARP existentes na FT.

4.3.4.9 Demais Apoios Especializados

4.3.4.9.1 Polícia do Exército (PE) – Elm de PE podem integrar-se com a FT


Amv possibilitando maior controle e segurança durante as ações terrestres.
Podem, por exemplo, participar da escolta de formações terrestres,
reconhecimento/segurança de itinerários e apoiar o deslocamento dos escalões
logísticos do B Av Ex.

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4.3.4.9.2 Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) – Elm
QBRN integrando uma FT com o B Av Ex possibilitam a execução de medidas
preventivas de DQBRN, realizando reconhecimentos aeromóveis
especializados, varreduras, identificação e delimitação de áreas atingidas por
agentes QBRN, bem como ações relativas para a
descontaminação/destoxificação de material e pessoal e o gerenciamento de
dano QBRN.

4.3.4.9.3 Pelotões Destacados de Armas-base:


a) Pelotões destacados de armas-base podem realizar a segurança terrestre
das zonas vulneráveis particulares, como os postos de ressuprimento
avançados.
b) Em cooperação e coordenação com agências, essas tropas podem realizar
a primeira intervenção em caso de crise, sendo infiltradas pela F He. A reação
rápida permite estabelecer um perímetro de segurança e fechar os acessos de
uma área.

4.3.4.9.4 Elementos de Ligação – o PC da FT com o B Av Ex pode receber Elm


Lig de outras forças envolvidas, quando houver necessidade de coordenação
adicional, em tempo real, para missões específicas.

4.3.4.10 Apoios não Presentes na FT

4.3.4.10.1 Cabe ao Elm Lig Av Ex/O Lig Av Ex solicitar e coordenar, junto ao PC


do escalão em que estiver atuando, os apoios necessários à condução das
operações da FT que não tenham elementos específicos compondo-a.
Exemplo é a solicitação de cartas e imagens atualizadas da zona de ação,
necessárias ao planejamento e a condução das missões.

4.3.5 ADAPTAÇÃO DA FORÇA DE SUPERFÍCIE PARA AS OPERAÇÕES


AEROMÓVEIS

4.3.5.1 A adaptação para a formação de forças-tarefas com elementos de Av


Ex consiste em uma preparação peculiar, com a finalidade de obter a máxima
eficácia em combate, com o emprego integrado de tropas de naturezas
diferentes. Durante esse processo, as tropas familiarizam-se com as
capacidades e limitações umas das outras e adéquam as táticas, técnicas e
procedimentos (TTP) no contexto do emprego tático. Comunicações, emprego
de óculos de visão noturna, medidas de coordenação do fogo e logística
integrada são alguns dos pontos-chave dessa preparação para as Op Amv.

4.3.5.2 Existem dois tipos de adaptação das F Spf para compor FT com o
B Av Ex: a adaptação regular e a adaptação específica. A FT nível U (B Av
Ex/Arma-base) pode agregar diferentes SU – que também podem organizar-se
em FT SU – compondo uma plataforma que necessita de se adaptar a uma
missão ou fase operacional particular.

4-14
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4.3.5.3 Adaptação Regular

4.3.5.3.1 Este tipo de adaptação deve ser privilegiado na concepção das FT


com emprego de elementos de combate. Permite valorizar a integração da
tropa já adaptada, completando sua instrução de forma pontual e detalhada.
Também possibilita a execução da maior parte das tarefas passíveis de serem
empregadas durante o curso das operações.

4.3.5.3.2 A plena capacidade de integração às operações aeromóveis é o


objetivo da adaptação da F Spf. A integração no processo de planejamento e
condução das operações também será maior que um simples elemento de
ligação. É indispensável que existam militares das tropas adaptadas na célula
de operações – e nas demais necessárias em função da missão – participando
ativamente no planejamento da manobra, preparação e na elaboração das
ordens.

4.3.5.3.3 A manutenção de laços táticos na organização das FT deve ser


buscada, integrando uma determinada U/SU, sempre que possível, com a(s)
mesma(s) fração(ões) de He, facilita-se o entrosamento das equipes,
melhorando seu desempenho em combate.

4.3.5.3.4 Para o desenvolvimento da doutrina de Op Amv com o B Av Ex, essa


adaptação pode ser conduzida desde o tempo de paz. Neste período, ela é
atingida com o planejamento e execução em conjunto dos módulos didáticos
de adestramento e da exploração da simulação construtiva e virtual. Cada
B Av Ex manterá laços táticos com OM designadas. Os comandos das brigadas
também poderão seguir esse princípio, com ligação técnica entre suas seções
correlacionadas.

4.3.5.4 Adaptação Específica

4.3.5.4.1 A Adaptação Específica é essencialmente utilizada na integração de


curta duração de uma capacidade de apoio (artilharia, engenharia, inteligência,
comunicações e demais apoios especializados). Embora não seja usual, ela
também pode contemplar a preparação de elementos de combate. Essas
adaptações dos apoios permitem valorizar e/ou economizar o engajamento de
meios aéreos.

4.3.5.4.2 Para que seja feita a coordenação do emprego dos elementos


adaptados de forma específica, um elemento de ligação estará presente no PC
da FT Amv/Arma-base. A relação de comando com a tropa adaptada deve ser
clara, direta e ininterrupta. Isso será feito por intermédio de comunicações
adaptadas e testadas por frações de comunicações da Av Ex. A Cia Com Av Ex
fornecerá apoio técnico na configuração dos equipamentos de comando e
controle para que a F Spf possua comunicação direta e, se possível, segura
com a F He.

4-15
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4.3.5.4.3 Na adaptação específica da F Spf, as vantagens pretendidas com o
agrupamento temporário de forças devem estar bem definidas. O valor
agregado por cada tipo de tropa nas operações ofensivas, defensivas e em
cooperação e coordenação com agências deve ser estudado durante a fase de
concepção das operações. Seguindo o princípio da simplicidade, as ordens e
planos para os elementos adaptados de forma específica devem conter
concepções claras e facilmente inteligíveis, a fim de reduzir a possibilidade de
eventuais equívocos na sua compreensão, sem prejuízo da precisão e da
flexibilidade necessárias.

4-16
EB70-MC-10.358
CAPÍTULO V

LOGÍSTICA NO B Av Ex

5.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

5.1.1 A Logística é essencial para a manutenção e a exploração da iniciativa,


exercendo papel determinante na amplitude e duração das operações
terrestres. Ela deve ser flexível, segundo o conceito de “logística na medida
certa”, configurando o apoio logístico de acordo com cada situação que se
apresente.

5.1.2 A logística no B Av Ex pode ser dividida em dois ramos: a logística


terrestre comum e a logística específica de aviação, a qual abrange o
suprimento e a manutenção específicos do material de aviação. Quando em
operações, a OM será apoiada em todas as classes, excluindo as próprias de
aviação, pela estrutura da logística terrestre existente no TO/A Op.

5.1.3 Os Cmt SU são os responsáveis pelo Ap Log no âmbito das suas SU.
Solicitam, controlam e coordenam a distribuição do suprimento, a manutenção
de 1º escalão de seus materiais, incluindo-se armamento, viaturas,
equipamentos de comunicação e aeronaves.

5.1.4 A unidade, dentro do seu escalão, participa de todas as fases do ciclo


logístico:
a) Determinação das necessidades: através do correto atendimento às
normas de administração de suprimento e manutenção vigentes, alimentando o
escalão superior com dados necessários para a realização de estudos e
planejamentos quanto às necessidades para início das operações
(completamento das dotações), sustentação da capacidade operativa
(manutenção e reposição das dotações), constituição da reserva (atendimento
de demandas específicas) e fins especiais (atendimento de necessidades que
não constam das dotações normais), em todas as funções logísticas.
b) Obtenção: semelhante às demais organizações militares do Exército, o
B Av Ex realiza pedidos de todas as necessidades atinentes à rotina da
unidade, acrescidas daquelas específicas da atividade de aviação, devendo
possuir a capacidade de armazenar o que lhe competir como dotação orgânica.
c) Distribuição: todos os recursos recebidos pela unidade devem ser
corretamente distribuídos às subunidades e seus integrantes, de acordo com
seus planejamentos, visando a atingir os objetivos definidos para a OM.

5.1.5 No tocante especificamente à aviação, ressalta-se que a atividade


decorre de uma reunião de várias outras atividades que têm como objetivo
“fazer voar”. A Força Terrestre não obterá plenamente este resultado prático (o
voo), sem que toda a cadeia logística esteja funcionando nessa direção.

5-1
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5.2 FUNÇÕES LOGÍSTICAS

5.2.1 FUNÇÃO LOGÍSTICA SUPRIMENTO

5.2.1.1 Esta Função Logística refere-se ao conjunto de atividades sobre a


previsão e provisão das classes de suprimentos necessárias ao B Av Ex para
manter o seu esforço aéreo (Tab 5-1).

CLASSE DESCRIÇÃO
I Subsistência, incluindo ração animal e água.
Material de intendência, englobando fardamento, equipamento, móveis,
utensílios, material de acampamento, material de expediente, material de
II
escritório e publicações. Inclui vestuário específico para Defesa Química,
Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN).
III Combustíveis, óleos e lubrificantes (sólidos e a granel).
IV Construção, incluindo equipamentos e materiais de fortificação.
Armamento e munição (inclusive DQBRN), incluindo foguetes, mísseis,
V
explosivos, artifícios pirotécnicos e outros produtos relacionados.
VI Material de engenharia e cartografia.
Tecnologia da informação, comunicações, eletrônica e informática. Inclui
VII
equipamentos de imageamento e de transmissão de dados e voz.
VIII Saúde (humana e veterinária), inclusive sangue.
IX Motomecanização, aviação e naval. Inclui viaturas para DQBRN.
Materiais não incluídos nas demais classes, itens para o bem-estar do
X pessoal, artigos reembolsáveis e equipamentos (detecção e
descontaminação) DQBRN.
TABELA 5-1 – Classes de suprimento

5.2.1.2 Para se manter o fluxo de suprimento, deve-se atentar, dentre outras


atividades, para:
a) a capacidade e disponibilidade de meios e vias de transporte;
b) a confiabilidade dos dados referentes à demanda;
c) o controle do material em trânsito; e
d) o risco logístico admitido.

5.2.1.3 O B Av Ex utiliza recursos de tecnologia da informação e de meios de


comando e controle como ferramentas principais de coordenação logística.
Dessa forma, o lançamento de dados em sistemas informatizados é
fundamental, garantindo o apoio logístico adequado e oportuno.

5.2.1.4 Na zona de combate (ZC), a EMS é a subunidade do B Av Ex


responsável pelo gerenciamento do suprimento necessário à manutenção das
aeronaves e pelo apoio necessário do B Mnt Sup Av Ex.

5-2
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5.2.1.5 Os suprimentos específicos de aviação (classes III-A, V-A e IV-A) têm
suas necessidades levantadas pelo B Av Ex e informadas ao C Av Ex ou à Bda
Av Ex (quando ativada), que as repassa ao B Mnt Sup Av Ex. Este, em
coordenação com o B Av Ex, realiza a distribuição à U Ae.

5.2.1.6 Esses suprimentos podem ser entregues pelo B Mnt Sup Av Ex


diretamente ao B Av Ex ou serem disponibilizados em postos de ressuprimento
avançados (PRA), operados pelo próprio B Av Ex ou pelo B Mnt Sup Av Ex.

5.2.1.7 O B Av Ex será o responsável pela entrega dos suprimentos logísticos


em suas subunidades desdobradas em áreas mais avançadas do TO. Em
situações específicas e após coordenação, o B Mnt Sup Av Ex poderá realizar
essa entrega diretamente à subunidade.

5.2.2 FUNÇÃO LOGÍSTICA MANUTENÇÃO

5.2.2.1 Esta função assume vital importância na Aviação do Exército, uma vez
que a base para a segurança do voo está totalmente apoiada sobre a correta
execução da manutenção dos meios aeronáuticos, em todos os níveis. Ainda, é
fundamental para o atingimento dos níveis de operacionalidade das OM Av Ex.

5.2.2.2 O oficial de manutenção de aeronaves da OM é o Cmt da Esquadrilha


de Manutenção e Suprimento (EMS). O Cmt do Pelotão de Serviços da
Esquadrilha de Comando e Apoio é o oficial de manutenção da OM, no tocante
ao material não específico de aviação.

5.2.2.3 A manutenção no B Av Ex, em linhas gerais, assenta-se em três


preceitos:
a) escalonamento em todos os níveis, nos quais cada elemento assume
responsabilidade pelas atividades inerentes a essa Função Logística, desde o
comandante, passando pelos pilotos até os elementos especializados na
manutenção;
b) descentralização seletiva, aos elementos apoiados, de recursos dedicados
às inspeções periódicas diárias e às complementares, ao diagnóstico e a
depanagem de panes, à manutenção de emergência e à evacuação de
material; e
c) menor tempo de retenção junto aos elementos avançados, priorizando-se o
tratamento das avarias ligadas ao combate, por meio de reparos rápidos ou de
substituição do material indisponível (troca direta).

5.2.2.4 A manutenção inadequada impõe um aumento das necessidades de


suprimento; por sua vez, as deficiências de suprimento aumentam o tempo de
indisponibilidade e reparo. Assim, observa-se que as atividades de manutenção
guardam estreito relacionamento com as atividades de suprimento.

5-3
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5.2.2.5 As atividades da Função Logística Manutenção executadas na unidade
são:
a) levantamento das necessidades;
b) manutenção preventiva, participando, ainda, dos procedimentos de
levantamento de dados relativos à manutenção preditiva; e
c) manutenção corretiva, no que concerne às trocas diretas e depanagem de
falhas de baixa complexidade, dentro do seu escalão.

5.2.2.6 As atividades de manutenção das aeronaves, de seus componentes e


de seus acessórios têm por base o controle rígido dos ciclos, das horas e dias
de operação do material, os quais devem ser fielmente registrados e
controlados, conforme os prazos previstos na documentação técnica dos
respectivos equipamentos.

5.2.2.7 Todas as tripulações e pessoal de manutenção da unidade são


responsáveis pelo registro fiel das condições de operação as quais estão
submetidos os equipamentos e pela execução das atividades de manutenção
específicas, resultando em elevada condição de segurança para a atividade
aérea.

5.2.2.8 O registro detalhado das condições de voo servirá de base para que os
elementos especializados em manutenção da unidade ou do escalão superior
possam realizar o reparo de uma pane com mais agilidade, diminuindo o tempo
de indisponibilidade do equipamento e aumentando a confiabilidade na
manutenção realizada.

5.2.2.9 A manutenção realizada no B Av Ex enquadra-se como de 1º escalão –


nível orgânico e, assim como em todos os escalões, depende dos seguintes
componentes essenciais para sua realização:
a) instalações adequadas para o tipo de trabalho a se executar;
b) ferramental e equipamentos específicos para a realização das intervenções
necessárias;
c) documentação técnica atualizada;
d) suprimento no momento e quantidades necessários; e
e) pessoal especializado e habilitado a operar e a realizar intervenções nos
diversos sistemas e equipamentos, fator este que exige o dispêndio de tempo
para formação e recursos financeiros.

5.2.2.10 O B Av Ex realiza a manutenção de suas aeronaves com seus meios


orgânicos, estando apto a cumprir as tarefas enquadradas no seu escalão,
conforme detalhado na Tab 5-2.

5.2.2.11 Eventualmente e quando autorizado pelo escalão superior,


aproveitando-se da experiência e da capacitação técnica do pessoal interno da
unidade e/ou recebendo o apoio de equipes do Batalhão de Manutenção e
Suprimento de Aviação do Exército (B Mnt Sup Av Ex), o escalão pode ser
avançado para a realização de manutenções de maior complexidade, devendo,

5-4
EB70-MC-10.358
todavia, ser evitada tal situação para que o B Av Ex possa empregar todos os
seus esforços no cumprimento de sua missão específica.

ESCALÃO RESP DESCRIÇÃO


- inspeções diárias (pré-voo, pós-voo, 10h etc);
SU - substituições rápidas de componentes; e
Aérea - registros fiéis de todas as falhas e condições em que elas se
1º apresentem.
NÍVEL
ORGÂNICO - inspeções complementares (100h etc);
- inspeção e substituições dos componentes sujeitos a intervalos de
EMS
inspeção curtos; e
- depanagem de falhas de baixa complexidade.
TABELA 5-2 – Responsabilidade pela manutenção das aeronaves no B Av Ex

5.2.2.12 Para a manutenção do material não específico de aviação, o B Av Ex


cumpre a doutrina logística preconizada no manual Logística Militar Terrestre, o
qual é complementado pelo manual Logística de Aviação do Exército.

5.2.3 FUNÇÃO LOGÍSTICA TRANSPORTE

5.2.3.1 Esta função logística refere-se ao conjunto de atividades que são


executadas para o deslocamento de recursos humanos e materiais no
momento oportuno ou para locais predeterminados, a fim de atender às
necessidades da própria unidade ou ao cumprimento das missões a ela
atribuídas.

5.2.3.2 Envolve o capital humano, a infraestrutura física, as organizações, os


sistemas e os equipamentos necessários ao cumprimento da missão do B Av
Ex e das forças por ele apoiadas.

5.2.3.3 O B Av Ex cumpre missões dessa função logística, em apoio aos


elementos da F Ter, empregando seus meios aéreos. Confere, assim,
características inerentes a esse modal, como a rapidez e a flexibilidade;
entretanto condicionado também a limitações, como a grande dependência das
condições meteorológicas, o elevado custo e a pequena capacidade de
transporte em tonelagem e volume de carga, se comparada a outros modais.

5.2.3.4 Quando dotado de aeronaves de asa fixa, o B Av Ex estará apto a


realizar operações de transporte mais voltadas para os níveis da logística
estratégica e operacional, sendo mais indicado para movimentar pessoal,
equipamentos prioritários e suprimentos para entrada na área de
responsabilidade de um C Op ativado, limitando-se, entretanto, pelas
exigências estruturais de operação desse tipo de aeronave, como a existência
de pistas de pouso compatíveis.

5.2.3.5 As aeronaves de asa rotativa ajustam-se melhor às operações de


transporte do nível tático, permitindo movimentar recursos e reduzir prazos de
apoio, notadamente de transporte de feridos e de distribuição de suprimentos
críticos na área em que estejam operando.
5-5
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5.2.3.6 O B Av Ex, não sendo uma OM logística, não é o responsável pelos
planejamentos da operação logística de transporte; todavia presta o apoio
necessário em meios para que a tarefa logística seja cumprida, devendo
participar, se possível, das fases de planejamento para que a missão possa ser
definida adequadamente às capacidades e peculiaridades de seus
equipamentos.

5.2.3.7 No tocante ao transporte do material orgânico da unidade, deve realizá-


lo com seus próprios meios, conforme as seguintes responsabilidades:
a) o S-4 é o responsável pela coordenação geral, planejamento e supervisão
do transporte de suprimentos e evacuação de material, conjugando as
necessidades de transporte às SU e aos movimentos táticos da OM;
b) o Cmt ECAp é o responsável pela execução dos transportes orgânicos da
unidade; e
c) o Cmt EMS é o responsável pelos transportes do suprimento de itens
específicos de aviação.

5.2.3.8 O transporte do material orgânico e suprimento da unidade deve ser


executado, prioritariamente, por via terrestre, não sendo proibida, entretanto, a
utilização dos seus próprios meios aéreos, desde que haja disponibilidade de
espaço na Anv. Esse tipo de transporte não pode ser exclusivo por meio de
aeronave, devido ao alto custo envolvido no deslocamento aéreo e à redução
da capacidade operativa do B Av Ex.

5.2.4 FUNÇÃO LOGÍSTICA RECURSOS HUMANOS

5.2.4.1 Esta função logística refere-se ao conjunto de atividades relacionadas à


execução de serviços voltados à sustentação do pessoal e de sua família, bem
como ao gerenciamento do capital humano.

5.2.4.2. O treinamento continuado do capital humano na Av Ex é fundamental


para assegurar a prontidão operativa.

5.2.4.3 O B Av Ex deve considerar, durante o planejamento de emprego dos


meios aéreos, o impacto das seguintes limitações à capacidade operativa:
a) a dificuldade de recompletamento de pessoal com capacitação técnica
específica (tripulações, apoio de solo e apoio logístico);
b) a possibilidade de fadiga das tripulações, particularmente nas operações de
duração prolongada ou noturnas; e
c) a capacitação específica do capital humano necessário à execução de
determinada atividade.

5.2.4.4 Durante uma operação, deve ser observado se todos os integrantes das
tripulações encontram-se com a devida habilitação ao tipo de aeronave e ao
tipo de voo a ser executado.

5.2.4.5 O comandante do B Av Ex é o responsável por manter o pessoal da


unidade especializado, qualificado e habilitado conforme a função exercida, o
trabalho e/ou serviço realizado e a operação planejada e/ou executada.
5-6
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5.2.4.6 O S-1 é o principal assessor do Cmt nos assuntos da logística do
pessoal, sendo responsável pelo planejamento, coordenação e pela
sincronização de todas as atividades logísticas e administrativas referentes ao
pessoal. É, ainda, o assessor e substituto do S-4 no que se refere às
operações da área de trens da unidade (ATU). Geralmente, cumpre suas
missões na ATU.

5.2.5 FUNÇÃO LOGÍSTICA SAÚDE

5.2.5.1 O atendimento médico adequado é uma responsabilidade do comando,


em todos os escalões. Tem por objetivo a conservação dos efetivos e a
preservação da eficiência e do moral da tropa.

5.2.5.2 O apoio de saúde é planejado, coordenado e controlado pelo S-1,


auxiliado pelo oficial de saúde da unidade. Deve ser planejado e executado de
modo a ajustar-se às missões da unidade.

5.2.5.3 O B Av Ex não tem encargos de hospitalização. Cabe ao serviço de


saúde da unidade, representado pelo grupo de saúde do Pel Sv da E C Ap,
realizar o tratamento médico de emergência e, quando necessário, a
evacuação de feridos, doentes e acidentados, no âmbito da unidade.

5.2.5.4 No âmbito do B Av Ex, será instalado um posto de socorro (PS). Este é


uma instalação para assistência aos feridos e doentes, estabelecida sob
condições de combate pelo pelotão de serviço, através de seu grupo de saúde.
Constitui o elo mais avançado da cadeia de evacuação do serviço de saúde.
Do posto de socorro, o paciente é evacuado para a instalação de saúde da
unidade logística que apoia o Btl ou hospital mais à retaguarda, conforme
avaliação médica.

5.2.5.5 Funções do Posto de Socorro:


a) receber e fichar os pacientes;
b) examinar e classificar os pacientes, fazendo voltar ao serviço os
considerados aptos;
c) fazer a profilaxia e o tratamento inicial do choque;
d) fazer o tratamento limitado ao necessário para salvar a vida ou um membro;
e) preparar para a evacuação os elementos que necessitarem; e
f) providenciar abrigo temporário para os feridos e doentes.

5.2.5.6 As tarefas relacionadas à medicina de aviação serão desenvolvidas,


principalmente, pelo oficial médico da unidade, com o apoio dos militares do
grupo de saúde. As atribuições do oficial médico do Btl devem ser verificadas
no capítulo II do presente manual.

5-7
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5.3 RESSUPRIMENTO AVANÇADO

5.3.1 Como as operações aéreas são caracterizadas pela velocidade, grandes


distâncias e elevado consumo de combustível, há a necessidade de apoio
logístico cerrado, principalmente referente às classes III-A e V-A (combustível e
munição de aviação, respectivamente).

5.3.2 O ressuprimento avançado é um processo especial de distribuição de


suprimento e deverá ser empregado sempre que não for possível atender as
necessidades da OM Av Ex pelos métodos normais, em virtude das
características da operação.

5.3.3 Tanto o B Av Ex como o Btl Mnt Sup Av Ex podem lançar postos de


ressuprimento avançados (PRA), permitindo aprofundar o alcance e aumentar
a duração das operações.

5.3.4 POSTO DE RESSUPRIMENTO AVANÇADO

5.3.4.1 O PRA é uma instalação logística temporária, específica de Av Ex, de


pequeno porte, normalmente desdobrada na zona de combate (Z Cmb) ou
mesmo em território inimigo, com a capacidade de ampliar o alcance de
emprego das unidades aéreas.

5.3.4.2 O PRA é a unidade básica (módulo) de desdobramento de apoio


avançado de suprimento classe III-A, V-A e, eventualmente, IX-A, devendo ser
mobiliado de acordo com o emprego. Ele pode ser classificado em dois tipos:
a) PRA – Tipo 1 (Leve): desdobrado pelo B Av Ex, com seus próprios meios
orgânicos, possui capacidade de abastecer de uma seção a um pelotão de
helicópteros; e
b) PRA – Tipo 2 (Médio): desdobrado pelo B Av Ex ou B Mnt Sup Av Ex, ou
pela união dos meios de mais de uma OM. Possui capacidade de apoiar de
uma esquadrilha a um batalhão de helicópteros.

5.3.4.3 Em virtude do grande consumo de combustível nas Op Amv,


praticamente todo PRA possuirá material e equipe para realizar o
abastecimento das aeronaves. Quando necessário, o PRA pode incluir
atividades de manutenção voltadas para reparos de emergência.

5.3.4.4 O PRA poderá ser desdobrado contando apenas com o material


necessário ao seu funcionamento. Nesse caso, a execução das ações de
ressuprimento ficam a cargo das tripulações. Tal procedimento será adotado
em função da complexidade da operação em curso; do tempo previsto para
funcionamento da instalação; do número de aeronaves que dela irão se utilizar;
da possibilidade de interferência do inimigo; do volume de suprimento ali
depositado; e da área disponível para o atendimento simultâneo aos
helicópteros. Para esse tipo de operação, os equipamentos e materiais
empregados devem ser, preferencialmente, descartáveis ou de fácil resgate.

5-8
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5.3.4.5 O PRA deve constituir-se em uma instalação de natureza altamente
transitória, móvel e flexível. A seleção cuidadosa dos locais de instalação, o
emprego intensivo da camuflagem e a utilização de um mínimo em pessoal e
equipamento garantirão seu efetivo funcionamento.

5.3.4.6 Não será feita a instalação de PRA no interior das linhas inimigas, salvo
se a situação tática exigir. Nesse caso, a instalação deverá, prioritariamente,
ser helitransportada e operar com um mínimo de pessoal, ou mesmo sem
pessoal, ficando a operação do posto a cargo da tripulação.

5.3.4.7 As situações listadas abaixo sugerem a necessidade de instalação de


PRA:
a) alongamento das distâncias de apoio logístico entre o escalão superior e as
frações da Bda Av Ex, destacadas em benefício de forças que atuam de forma
independente;
b) otimização do tempo de exposição no local;
c) manutenção do fluxo de apoio, devido ao avanço da força apoiada; e
d) situação tática na qual se tenha um tempo de circulação excessivo até a
ATU Ae ou a necessidade de manutenção de esforço aéreo para determinada
operação.

5.3.4.8 No planejamento de um PRA, deve-se atentar para as seguintes


premissas básicas (Fatores de Planejamento):
a) atender as necessidades da missão, de modo a prestar o apoio requerido
com presteza e oportunidade;
b) prestar o apoio em qualquer situação tática;
c) evitar a observação do inimigo e o engajamento com ele;
d) tempo disponível para desdobramento;
e) situação aérea vigente;
f) existência de terreno favorável;
g) informações de inteligência sobre a força oponente; e
h) categoria do PRA.

5.3.4.9 Em virtude das operações com OVN, os PRA também devem possuir a
capacidade de realizar abastecimentos e ressuprimentos durante as operações
noturnas.

5.3.4.10 Para que as aeronaves permaneçam o mínimo de tempo pousadas, os


PRA devem possuir capacidade de realizar abastecimento sem que haja o
corte dos motores – com rotores girando (abastecimento tipo HOT). Esse
procedimento permite que as frações de helicópteros permaneçam cumprindo
suas missões durante maior tempo e que reduzam sua vulnerabilidade
enquanto pousadas em uma zona com níveis maiores de ameaça. Deve ser
levado em conta o maior consumo de combustível nesse tipo de procedimento.

5-9
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5.3.4.11 Localização

5.3.4.11.1 O PRA deve ser lançado tão próximo da região de objetivos quanto a
situação permita. A Av Ex é o componente vertical da F Ter capaz de intervir em
largura e profundidade no campo de batalha e de se concentrar no local e
momento decisivos. Isso exige que o PRA também se movimente em apoio às
ações das unidades de helicópteros, onde quer que elas ocorram: na
retaguarda, próximo à linha de contato (LC) ou no dispositivo inimigo.

5.3.4.11.2 Em função das características da área onde se opera, poderão ser


montados PRA em terra ou mesmo sobre embarcações destinadas para esse
fim, como, por exemplo, as pranchas (balsas), que oferecem condições para
pouso de aeronaves.

5.3.4.11.3 Dos planos e ordens de operações das U Ae, F He ou FT Amv


deverão constar as localizações sucessivas dos PRA que as apoiam. Uma boa
localização deve permitir a dispersão tática das aeronaves e a camuflagem das
instalações. Linhas de árvores, vegetação, sombras e áreas construídas podem
ser usadas para mascarar as operações de ressuprimento. Para se evitar
excesso de movimentação em áreas críticas, não se deve instalar o PRA
próximo às Bases Logísticas de Brigadas (BLB) e à Base Logística Terrestre
(BLT).

5.3.4.11.4 Quando um PRA for desdobrado, dentro da área de


responsabilidade de alguma OM da F Spf, as coordenações relativas à sua
localização e oportunidade de ocupação devem ser previamente conduzidas
pelo B Av Ex.

5.3.4.12 Formas de Desdobramento

5.3.4.12.1 Os PRA podem ser lançados por via terrestre, fluvial ou aérea.

5.3.4.12.2 O lançamento dos PRA por via aérea possuem as seguintes


características operativas:
a) Vantagens:
1) velocidade;
2) maior rapidez e precisão na escolha do local para as instalações; e
3) os obstáculos naturais ou artificiais não constituem restrições.
b) Desvantagens:
1) aeronaves que transportam suprimento pesado ou carga externa têm
limitadas condições de realizar o voo desenfiado, tornando-se mais
vulneráveis;
2) a designação de aeronaves para apoio aos PRA diminuirá a
disponibilidade existente para o cumprimento de missões de combate, apoio
ao combate e demais missões logísticas;
3) dependência das condições meteorológicas;
4) necessidade de escolta; e
5) limitada capacidade de transporte.
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5.3.4.12.3 No ambiente operacional amazônico, os PRA deslocam-se e são
atendidos pelo escalão superior, normalmente por via fluvial ou por via aérea,
quando a situação tática o exigir.

5.3.4.13 Segurança

5.3.4.13.1 O PRA é um alvo compensador para a força oponente, sendo a


segurança dos recursos desdobrados uma preocupação constante em todos os
escalões de comando e um fator limitador para sua operação.

5.3.4.13.2 Na fase de planejamento da manobra de PRA, deve ser elaborado


um plano estabelecendo as responsabilidades e atribuições dos elementos
envolvidos no deslocamento dos meios, na montagem e na operação da
instalação, condições de engajamento, desocupação e abandono da área.

5.3.4.13.3 O PRA poderá receber elementos de apoio da tropa de superfície


para realizar a segurança ou reforçá-la.

5.3.4.14 Comunicações

5.3.4.14.1 A capacidade do inimigo em localizar as emissões eletromagnéticas


obriga a que o uso do rádio no PRA restrinja-se ao estritamente necessário. O
posto deve ser capaz de operar na rede de comando do escalão imediatamente
enquadrante de Av Ex e em frequência aeronáutica, para um eventual contato
com as frações aéreas.

5.3.4.14.2 Todas as mensagens a serem enviadas ou recebidas pelo PRA


podem transitar valendo-se das Anv que partem ou chegam, sem que ocorram
emissões eletromagnéticas a partir da instalação. Tal procedimento dificultará a
detecção do posto.

5.3.4.14.3 De qualquer forma, o rádio poderá ser utilizado quando:


a) houver necessidade de solicitar recompletamento de suprimento ao Esc Sp
para manter o posto em funcionamento;
b) o posto estiver sob ataque inimigo; e
c) o posto se movimentar ou encerrar sua missão.

5.3.4.14.4 Os meios de comunicação a serem empregados devem obedecer às


condições estabelecidas pelo comando do escalão enquadrante da Bda Av Ex.

5.4 DESDOBRAMENTO LOGÍSTICO

5.4.1 O B Mnt Sup Av Ex presta apoio cerrado em manutenção, suprimento e


em transporte dos itens específicos de aviação ao B Av Ex, por meio de uma
Estrutura Logística de Aviação. O apoio logístico não específico de aviação

5-11
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será prestado pela OM Logística mais próxima, na forma de apoio por área (Fig
5-1).

5.4.2 O B Av Ex participa da logística de aviação do exército como encarregado


da manutenção orgânica do seu material específico (1º escalão), desdobrando
seus meios em uma área de trens de unidade aérea (AT/UAe) e áreas de trens
de subunidade aérea (AT/SUAe).

5.4.3 Por intemédio da AT/UAe, o B Av Ex presta o apoio às suas SU


desdobradas em suas respectivas AT/SU Ae.

BLB

BLT

Ba Log
Cj

Sup Epcf
Av
Sup Comum

FIGURA 5-1 – Fluxo de suprimento específico de aviação e comum

5.4.4 A base de operações (B Op) do batalhão inclui o posto de comando (PC)


e a AT/UAe (incluindo-se aí o aeródromo de operações – Adrm Op) e reúne os
meios de comando e controle e de Ap Log da estrutura da UAe, ocupando uma
área cujas dimensões poderão variar de acordo com o terreno.

5.4.5 Sempre que a situação tática permitir, as AT/SUAe deverão estar


desdobradas junto à AT/UAe, fazendo parte da Base de Operações.

5.4.6 Havendo a possibilidade, deve-se priorizar a ocupação de aeródromos ou


pistas de pouso, aproveitando-se a infraestrutura existente, desde que não
comprometa a segurança das operações.

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5.4.7 BASE DE OPERAÇÕES DO B Av Ex

5.4.7.1 A B Op B Av Ex é montada pela ECAP; suas instalações são as


seguintes:
a) PC B Av Ex comportando, normalmente, as seguintes instalações:
1) instalações do comandante da unidade;
2) instalações do subcomandante;
3) centro de operações aéreas (S-2, S-3, Elm Pel Ct Op Ae Ap Voo);
4) postos rádio, centro de mensagens e central telefônica (Elm Pel Com);
5) sanitários;
6) pontos de água (cisternas);
7) geradores; e
8) postos de segurança.
b) AT/UAe comportando, normalmente, as seguintes instalações:
1) instalações do subcomandante (SFC);
2) centro de operações logísticas (S-1, S-4, O Sau);
3) postos rádio, centro de mensagens e central telefônica (Pel Com);
4) rancho;
5) sanitários;
6) pontos de água (cisternas);
7) geradores;
8) alojamentos de oficiais e praças;
9) área(s) de estacionamento e manutenção de viaturas e armamento;
10) posto de socorro;
11) reabastecimento de viaturas;
12) remuniciamento;
13) suprimento de outras classes;
14) postos de segurança;
15) P Ban e P Lav (se possível aproveitando instalações civis existentes);
16) P Col Slv; e
17) P Col Mor.
c) O Aeródromo de Operações (Adrm Op), que é uma instalação da AT/UAe,
comporta, normalmente, as seguintes instalações ou atividades:
1) local(is) de aterragem;
2) controle de voo (Gp Ct Op Voo);
3) equipamento auxiliar de voo (Gp Ap Voo);
4) combate a incêndio (Tu Cmb Inc);
5) busca e salvamento (Tu Bsc Slv); e
6) P Sup Cl III-A.

5.4.7.2 O PC B Av Ex será estudado em maiores detalhes no capítulo VII;


assim como por suas peculiaridades, o Adrm Op será tratado especificamente
no capítulo VIII.

5.4.7.3 A Sec Cmdo é responsável pela montagem da Base de Esquadrilha de


Comando e Apoio (B Esqda C Ap); estabelece o rancho, área de sanitários,
pontos de água, P Ban, P Lav, geradores e alojamentos da unidade; recebe,

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armazena, manipula e distribui o suprimento oriundo da cadeia normal de
suprimento, exceto das classes I, III, V e IX; instala e opera o P Col Slv e o P
Col Mor.

5.4.7.4 O Pel Cmdo monta e mobilia as instalações do PC do B Av Ex, auxiliado


pela Sec Cmdo/ECAp.

5.4.7.5 O Pel Sv recebe, armazena, manipula e distribui o suprimento oriundo


da cadeia normal de suprimento das classes I, III V e IX (motomecanização);
instala e opera o aprovisionamento do B Av Ex, podendo centralizar as
cozinhas das SU; instala e opera o posto de socorro da unidade; realiza a
manutenção das viaturas e armamentos e outros equipamentos não relativos
às aeronaves do B Av Ex; e executa a atividade de transporte terrestre do B Av
Ex.

5.4.7.6 O Pel Com instala e opera os postos rádio do PC e da AT/UAe do B Av


Ex; apoia as SU He em meios e operadores de equipamento rádio para contato
com o PC B Av Ex, quando for necessário; estabelece a ligação fio entre as
diversas instalações da B Op B Av Ex; estabelece e/ou integra as redes rádio
do B Av Ex; e opera o C Msg para o trâmite oportuno das mensagens,
utilizando os meios necessários.

5.4.7.7 O Pel Ct Op Ae Ap Voo instala e opera o Adrm Op da unidade; apoia as


SU He, através de equipe de guias aeromóveis destacadas sob Ct Op dessas
SU; monta e opera a zona de pouso de helicópteros (ZPH), na execução de
operações aeromóveis; fornece informações meteorológicas ao COA; executa
a busca e salvamento no âmbito da U Ae, sob coordenação do COA; e apoia,
quando for o caso, a execução de EV Aem.

5.4.7.8 Segurança Terrestre

5.4.7.8.1 Passiva
a) A segurança terrestre passiva da base é obtida com a utilização ampla das
medidas de proteção eletrônica e da camuflagem.
b) A exploração rádio deve ser regulada por intermédio de Instrução para
Exploração das Comunicações (IE Com) e norteada de modo a se transmitir o
mínimo necessário de informações e por períodos curtos e sequenciais. Todas
as operações possíveis devem ser executadas por imitação ou procedimento
padronizado.
c) O emprego prioritário de mensageiros, sempre que a situação assim o
permitir, contribui para a manutenção da segurança passiva das instalações da
B Op B Av Ex.

5.4.7.8.2 Ativa
a) A capacidade de reação da B Op B Av Ex a um ataque terrestre é
extremamente limitada. A vulnerabilidade de seus meios para a defesa nessas
condições não permite que se mantenha a posição. O objetivo da reação com o
pessoal e meios disponíveis é dar tempo para a decolagem imediata das
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aeronaves não envolvidas na ação.
b) O apoio de outras unidades estacionadas na área e a ação efetiva das
F SEGAR são algumas das chances de os elementos envolvidos romperem o
contato. Cabe ressaltar que a hipótese de um ataque terrestre à B Op B Av Ex
é bastante reduzida, tendo em vista sua localização normalmente recuada em
relação aos PC da tropa apoiada.
c) A cobertura AAe proporcionada ao PC da GU ou G Cmdo enquadrante,
próximos dos quais estará a B Op B Av Ex, garantirá um alerta antecipado em
face de um possível ataque aéreo.

5.4.7.9 Mudança de Base

5.4.7.9.1 As mudanças da B Op B Av Ex acontecerão, principalmente, em


função de uma identificação positiva de sua localização, de um tempo de
permanência demasiadamente longo na mesma posição ou mesmo para
acompanhar o PC da tropa apoiada, com o objetivo de atender às imposições
da manobra do escalão superior.

5.4.7.9.2 A operação deve caracterizar-se pelo sigilo. Será normal a ocupação


noturna da base no que se refere aos trens. Os deslocamentos (terrestres,
aéreos e fluviais) deverão ser planejados de maneira a manter em operação,
no destino e na origem, os balizamentos para pouso das aeronaves. Da
mesma forma, os meios de comunicação rádio deverão ser divididos de modo
a proporcionar contato contínuo entre o comboio e as bases (nova e antiga).

5.4.7.9.3 O fluxo de suprimento durante a mudança de base é interrompido,


devendo ser mantido um estoque para atender ao tempo requerido para esse
evento. O fluxo reiniciará no novo local. Durante a mudança, o suprimento Cl I
consumido será a ração operacional.

5.4.8 ÁREA DE TRENS DE UNIDADE AÉREA

5.4.8.1 A AT/UAe normalmente é desdobrada junto ao posto de comando (PC)


do B Av Ex, mas poderá desdobrar-se afastada deste, quando a análise dos
fatores de decisão indicar.

5.4.8.2 Na circunvizinhança da AT/UAe, desdobra-se a EMS, criando assim um


complexo de elevado valor militar, constituindo-se em alvo altamente
compensador para o inimigo. Essa condição sugere uma atenção especial aos
níveis de segurança dessas instalações.

5.4.9 ÁREA DE TRENS DE SUBUNIDADE AÉREA (AT/SU Ae)

5.4.9.1 A base de esquadrilha (B Esqda) ou AT/SU Ae é a região na qual as SU


desdobram seus meios. Podem ser divididas em dois tipos: Base de
Esquadrilha de Manutenção e Suprimento e Base de Esquadrilha de
Helicópteros.

5-15
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5.4.9.2 Montagem da AT/SU Ae

5.4.9.2.1 As ações que envolvem a montagem de uma B Esqda/ATSU (Base de


Esquadrilha/Área de Trens de Subunidade) têm início com um planejamento
criterioso na carta e deverá haver, sempre que a situação tática permitir, um
reconhecimento do local.

5.4.9.2.2 O Cmt B Av Ex, EM e Cmt Esqda devem nortear seus planejamentos


com as seguintes características:
a) existência de um eixo de suprimento e evacuação (E Sup Ev) ligando o
batalhão à base ou entre esta e a unidade encarregada de lhe proporcionar o
apoio logístico;
b) possibilidade de apoio em segurança de outras unidades estacionadas;
c) área suficiente para o desdobramento da Esqda e dispersão dos seus meios
aéreos; e
d) possibilidade de manter-se sob cobertura AAe.

5.4.9.2.3 Determinada a área, a esquadrilha inicia a sua ocupação que deverá,


em princípio, ocorrer durante a noite.

5.4.9.2.4 A sequência de montagem das instalações obedece à necessidade e


urgência das operações. A priorização de preparação da zona de pouso de
helicópteros (ZPH), com a infiltração da equipe de guias aeromóveis, e o
funcionamento do PC garantirão a chegada em segurança das outras frações
da Esqda.

5.4.9.3 Mudança de B Esqda/ATSU

5.4.9.3.1 Uma B Esqda/ATSU deve mudar de posição nas seguintes situações:


a) identificação positiva pelo inimigo;
b) manutenção do apoio logístico durante a continuidade das operações; e
c) apoio, em melhores condições, à manobra da tropa com a qual está
operando.

5.4.9.3.2 A operação de mudança de base deve caracterizar-se pelo sigilo.

5.4.9.3.3 Eventualmente, a mudança de meios aéreos poderá ocorrer à noite,


quando se dispuser de dispositivos de visão noturna ou os meios de detecção
do inimigo permitirem o voo em uma altitude segura. Nesse caso, as equipes
de guias aeromóveis devem ser infiltradas para balizar os Loc Ater. Os
deslocamentos dos meios terrestres ocorrerão, em princípio, à noite.

5.4.9.3.4 Os meios de comunicações serão divididos de modo a proporcionar


contato contínuo entre as primeiras aeronaves e a antiga base.

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5.4.9.4 Instalações e Operação da B Esqda Mnt Sup

5.4.9.4.1 A Esqda desdobrada é composta pelas suas instalações, pessoal e


material necessários ao seu funcionamento. Inclui elementos de comando,
segurança de voo, planejamento e controle de produção, manutenção e
suprimento.

5.4.9.4.2 Está localizada nas imediações da B Op B Av Ex de maneira a


usufruir de sua proteção ativa e do Adrm Op. Algumas de suas instalações
estarão desdobradas muito próximas ao aeródromo de operações de forma a
facilitar as atividades das frações correspondentes no tocante ao fluxo de
suprimento e atividades de manutenção. As demais instalações estarão
desdobradas na área destinada à SU.

5.4.9.4.3 Os principais órgãos e instalações da B Esqda Mnt Sup são:


a) PC do Cmt Esqda;
b) posto técnico (recepção, planejamento e controle da produção);
c) seção de manutenção de Anv;
d) posto de abastecimento de Anv;
e) posto de distribuição de munição aérea; e
f) P Distr Cl IX.

5.4.9.4.4 Missões das Frações


a) O Pel C Ap provê as ligações necessárias com a AT/UAe e as ATSU das
Esqda; é o responsável pelo desdobramento e pelas missões administrativas
da Esqda; e instala e opera um posto técnico (recepção, planejamento e
controle da produção), uma seção de controle de qualidade e uma biblioteca
técnica.
b) O Pel Mnt He realiza a manutenção de 1º escalão das aeronaves, instala e
opera uma seção de manutenção de célula/motores e uma seção de
manutenção de aviônicos; pode montar equipes para prestar apoio direto às
subunidades aéreas, especialmente quando estas estiverem em missões
descentralizadas ou quando estiverem desdobradas muito afastadas da B Op B
Av Ex.
c) O Pel Sup instala e opera o posto de abastecimento de aeronaves, posto de
distribuição de munição aérea e o posto de distribuição Cl IX A; instala e opera
até 3 (três) PRA; e realiza a triagem de peças e conjuntos a serem enviados
para a reparação.

5.4.9.4.5 Ligações e Comunicações


a) A EMS participa do sistema de comunicações do B Av Ex. Como assinante,
enquadra-se na cadeia de comando do B Av Ex recebendo ordens e diretrizes
e informando sobre o andamento das atividades de manutenção e suprimento.
b) As necessidades internas de comunicações devem proporcionar ao Cmt
Esqda meios para:
- direção, coordenação e controle das operações de manutenção e
suprimento; e
- controle tático e administrativo da Esqda.
5-17
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c) As necessidades externas de comunicações têm por finalidade manter a
comunicação com o Cmdo B Av Ex e com as demais Esqda, fornecendo e
recebendo dados e informações necessárias ao cumprimento das missões e
ainda:
- o controle tático e administrativo;
- troca de informes e informações;
- recepção de alarmes;
- coordenação dos elementos empregados em apoio direto junto às Esqda; e
- ligações técnicas com o Esc Sp de manutenção e suprimento.
d) As ligações físicas, instalação e desenvolvimento do sistema dependerão
principalmente do tempo de permanência na ATSU e dos meios disponíveis.
e) As ligações rádio devem ser utilizadas para a coordenação e o controle das
atividades das equipes em apoio direto.

5.4.9.5 Instalações e Operação da B Esqda He

5.4.9.5.1 A B Esqda He/ATSU é composta pelas instalações, pessoal e por


material necessários ao funcionamento da Esqda He. Inclui elementos de
comando, operações, informações, segurança de voo, manutenção orgânica,
controle de operações aéreas (Ct Op Ae) e suprimento de combustível e
munição de aviação.

5.4.9.5.2 Devido à necessidade de preservar a mobilidade e a flexibilidade,


todos os meios para a instalação e operação de uma B Esqda/ATSU deverão
ser transportados através dos meios orgânicos da própria Esqda.

5.4.9.5.3 Os principais órgãos e instalações são:


a) Posto de Comando (PC):
1) o PC de uma Esqda é simples o suficiente para comportar seu Cmt, as
instalações de operações e informações e a seção de segurança de voo.
Poderá ser instalado em barracas, abrigos improvisados em área de selva ou
mesmo em instalações permanentes, caso haja disponibilidade no local. Sua
localização deverá ser central ao dispositivo da base sem, contudo, prejudicar
a camuflagem e dispersão necessárias. Deverá permitir, em princípio, uma
observação direta sobre os locais de aterragem (Loc Ater);
2) a ligação do PC com as demais instalações da B Esqda/ATSU deverá ser
realizada por meios físicos, evitando, dessa maneira, a localização da base por
meios de guerra eletrônica. Caso não haja disponibilidade, ou os meios físicos
não sejam suficientes, as ligações deverão ser realizadas através de meios
rádio em VHF e de curto alcance; e
3) a instalação e a operação do posto de comando são de responsabilidade
do Gp Cmdo/Esqda He.
b) Zona de Pouso de Helicópteros (ZPH):
1) a localização e a quantidade de locais de aterragem (Loc Ater) na ZPH
dependem fundamentalmente do terreno e do número de aeronaves previstas.
O ideal é um Loc Ater por pelotão. Haverá também a necessidade de um Loc
Ater de emergência para aeronaves em pane ou avariadas pousarem em

5-18
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segurança e de pelo menos dois pontos de toque próximos ao Pel Mnt para as
aeronaves que necessitem de serviços de manutenção; e
2) a instalação e a operação da ZPH são responsabilidade do grupo de apoio
de solo do Pel Cmdo Ap da SU. Os pontos de toque deverão ser localizados de
modo a permitir o mascaramento das Anv, como na orla da selva ou em áreas
sombreadas na maior parte do dia, procurando a maior dispersão possível
entre as Anv.
c) Posto de Abastecimento de Aeronaves:
1) o posto de abastecimento de Anv da B Esqda/ATSU deverá estar
desdobrado próximo aos Loc Ater, de maneira que tenha condições de
abastecer as aeronaves nos respectivos pontos de toque. O posto deve estar
camuflado visando à segurança passiva da B Esqda/ATSU;
2) a instalação e a operação do posto são responsabilidade do grupo de
suprimento da Esqda;
3) no posto, deverá ser mantido um estoque de combustível 1(um) dia de
operação, com previsão de 5(cinco) horas de voo (HV) por Anv. O
ressuprimento será realizado pelo B Av Ex, prioritariamente por meios
terrestres; e
4) em área de selva, poderão ser utilizados postos de abastecimento a partir
de balsas estacionadas em rios próximos à B Esqda/ATSU. As balsas poderão
conduzir uma grande quantidade de combustível, porém deverão ser
posicionadas com bastante antecedência, considerando o tempo gasto no
deslocamento fluvial.
d) Posto de Remuniciamento (P Remn):
1) o P Remn de uma B Esqda/ATSU funciona como local de transição entre a
munição recebida e sua aplicação;
2) a munição destinada às Anv é entregue durante o recompletamento. No
entanto, caso o suprimento chegue à base enquanto as aeronaves estiverem
em cumprimento de missão ou ainda municiadas, o P Remn deverá estocá-las.
A munição destinada às demais aplicações será guardada nessa instalação, a
qual trabalhará com o equivalente ao recompletamento da dotação operacional
(DO); e
3) sua instalação e operação na Esqda He são responsabilidade do grupo de
suprimento. Sua localização será distante o suficiente das demais instalações,
de modo que sua destruição não interrompa outras atividades.
e) Posto de Refúgio:
1) a esquadrilha pode operar um posto de refúgio de feridos, no entanto não
possui pessoal de saúde. A Esqda possui meios que permitem uma rápida
evacuação de feridos graves ou que inspirem cuidados médicos mais
acurados; e
2) os feridos deverão receber os primeiros socorros e ser evacuados para o
posto de socorro do B Av Ex. Caso isso não seja possível, deverão ser
evacuados para o posto de socorro da unidade à qual estiver sob controle
operacional e, no mais curto prazo, transferidos para a B Op B Av Ex ou a
instalação de saúde mais à retaguarda.
f) Posto de Segurança:
1) a quantidade e a localização dos postos de segurança são função direta

5-19
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do efetivo, terreno e grau de segurança pretendido;
2) a proximidade relativa de uma B Esqda/ATSU, da área de uma GU ou U,
transfere para estas últimas a maior parte das atenções no que se refere à
segurança da área de retaguarda. Por ser um alvo compensador para o
inimigo, canaliza as ações de SEGAR para a defesa deste ponto sensível. No
caso da subunidade aérea estar apoiando uma unidade, o Cmt F He deverá
dar especial atenção a essas ações em íntima ligação com a tropa apoiada. O
B Av Ex não deve receber área de responsabilidade no planejamento de
SEGAR;
3) o lançamento de postos de vigilância/escuta, cobrindo as vias de acesso
(Via A), e a utilização de dispositivos de alarme permitem uma
complementação segura de sua defesa terrestre; e
4) a defesa antiaérea, proporcionada à base pelo escalão enquadrante,
quando disponível, permite às frações de helicópteros aproveitarem-se desse
tipo de cobertura.
g) Cozinhas:
1) quando a B Esqda/ATSU estiver desdobrada próxima à B Op B Av Ex, esta
utilizará as cozinhas do B Av Ex; e
2) devido à sua mobilidade e à pouca disponibilidade de espaço, nas
aeronaves para transporte das cozinhas, a Esqda, ao desdobrar-se, utilizará as
instalações da unidade à qual estiver sob Ct Op ou utilizará as rações de
combate previstas em operações de curta duração.

5-20
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CAPÍTULO VI

COMANDO E CONTROLE NO B Av Ex

6.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

6.1.1 Por intermédio do processo de Comando e Controle (C2), as atividades da


unidade são planejadas, coordenadas, sincronizadas e conduzidas para o
cumprimento da missão.

6.1.2 O C2 em Op Amv reveste-se de maior complexidade pelo emprego da


Força de Aviação (F Av) em coordenação com a Força de Superfície (F Spf), da
coordenação do espaço aéreo e de toda logística necessária a essas
operações.

6.2 SISTEMA DE COMANDO E CONTROLE

6.2.1 O sistema de C2 da U Ae é o conjunto de instalações, equipamentos,


sistemas de informação, comunicações, doutrina, procedimentos e pessoal
essenciais para o comandante planejar, dirigir e controlar as ações de sua
organização para que se atinja uma determinada finalidade.

6.2.2 Pelas suas características de emprego, a estrutura de C² do B Av Ex


apresenta as seguintes particularidades:
a) tem condições de suportar diferentes protocolos de comunicações e de ligar-
se a redes híbridas, interligadas a diversos equipamentos e sistemas de
processamento de dados, o que permite estabelecer ligações com outras redes
militares e civis;
b) a dispersão dos órgãos e instalações, aliada às constantes mudanças de
posição ditadas pelo apoio contínuo à F Ter, exige um amplo e flexível sistema
de comunicações;
c) vulnerabilidade às ações de guerra eletrônica inimiga sobre o sistema de
rádio, navegação e comunicações das aeronaves, que podem, se efetivadas,
degradar significativamente seu poder de combate; e
d) aplicação de meios de TIC, que possibilitem o geoposicionamento dos meios
aéreos, a fim de garantir a consciência situacional do comandante.

6.2.3 O Pelotão de Comunicações, orgânico da esquadrilha de comando e


apoio do B Av Ex, é o responsável por gerenciar os recursos do sistema de C²
da unidade, podendo ser assistido pela Cia Com Av Ex orgânica do C Av Ex ou
da Bda Av Ex (quando ativada), de forma limitada e conforme as
especificidades da operação.

6-1
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6.2.4 O Pel Com do B Av Ex tem como principais atribuições:
a) instalar, explorar, manter e proteger as comunicações do PC do B Av Ex;
b) instalar, explorar, manter e proteger os meios de comunicações do posto de
comando tático (PCT) e do posto de comando aéreo do B Av Ex (PC Ae),
quando empregados;
c) prover as ligações necessárias no âmbito de seu escalão;
d) integrar-se ao sistema de comunicações do escalão superior, dos Elm
vizinhos e da Força Aérea Componente no Teatro de Operações;
e) integrar-se ao Sistema Nacional de Telecomunicações (SNT) e ao Sistema
Estratégico de Comunicações (SEC) com limitações; e
f) ficar em condições de receber em reforço os meios (pessoal e material) da
Cia Com Av Ex, de Guerra Eletrônica e Guerra Cibernética.

6.3 POSTO DE COMANDO

6.3.1 Posto de Comando (PC) é a denominação genérica empregada pelas


organizações operativas, nos diversos escalões, para o exercício do comando
nas operações militares.

6.3.2 Normalmente, o B Av Ex escalona seu PC em dois: um posto de


comando principal (PCP) e um posto de comando tático (PCT) ou posto de
comando aéreo (PC Ae), com o objetivo de estabelecer os sistemas de C²
específicos para as operações e para as atividades logísticas. Independente do
escalonamento, sempre haverá um posto de comando alternativo (PC Altn).

6.3.3 O PCP é a estrutura central que proverá todos os meios disponíveis ao


comando para manter a consciência situacional e possibilitar a coordenação do
tráfego aéreo em sua Z Aç.

6.3.4 A localização do PCP e do PC Alt deverá atender aos fatores


relacionados à situação tática, terreno, segurança e às comunicações, comuns
a quaisquer estruturas de PC da F Ter. Além disso, deverá dispor de fácil
acesso ao aeródromo de operações.

6.3.5 O PCT será instalado em veículo terrestre apropriado e o PC Ae em


aeronave configurada com os meios de comunicações necessários às ligações
do B Av Ex. O emprego do PCT ou PC Ae dar-se-á conforme o exame de
situação do comandante.

6.3.6 CONSTITUIÇÃO DO PC

6.3.6.1 No PC do B Av Ex, funcionarão o Centro de Operações Aéreas (COA) e


o Centro de Comunicações (C Com) da OM (Fig 6-1). Na área do PC,
desdobrar-se-ão elementos da ECAp, particularmente do Pel Cmdo, Pel Com e
Pel Ct Op Ae Ap Voo.

6-2
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6.3.6.2 Centro de Operações Aéreas (COA)

6.3.6.2.1 O COA é a principal instalação do PC. É constituído por áreas básicas


de pessoal, inteligência, operações e logística. O COA opera sob o controle do
S Cmt B Av Ex. Outros elementos podem ser organizados em torno dessas
áreas básicas, conforme a missão recebida pela unidade.

6.3.6.2.2 As operações em curso são acompanhadas no COA, o que o torna


peça fundamental na sincronização dos sistemas operacionais envolvidos. As
coordenações com o Esc Sp ou outros elementos da F Spf são realizadas sob
controle do COA.

C Com

COA

FIGURA 6-1 – Exemplo de posto de comando

6-3
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6.3.6.2.3 São funções básicas do COA do B Av Ex:
a) receber informações e ordens do(s) escalão(ões) superior(es);
b) processar, analisar e divulgar informações aos elementos pertinentes;
c) monitorar a situação tática e logística;
d) propor linhas de ação de conduta com base nas informações disponíveis e
na análise conduzida; e
e) integrar os meios disponíveis e sincronizar os sistemas operacionais
envolvidos na Op.

6.3.6.3 Centro de Comunicações (C Com)

6.3.6.3.1 No C Com, realiza-se a escolha do meio de comunicação a se utilizar


na transmissão, bem como para a execução dos trabalhos relacionados ao
recebimento, manuseio, salvaguarda, criptografia, decriptografia e ao
processamento de informações.

6.3.6.3.2 Sua estrutura, conforme a necessidade do comando e da missão,


deve prover acesso às redes internas de comunicações de dados e demais
serviços, conforme a necessidade das operações:
a) internet;
b) intranet, através de rede privada virtual (VPN);
c) rede operacional de defesa (ROD);
d) videoconferência;
e) servidor de arquivos;
f) serviços VoIP;
g) servidores de e-mail;
h) sistemas de apoio à decisão; e
i) sistemas rádio.

6.3.6.3.3 Os principais elementos com responsabilidades relacionadas com os


centros de comunicações, em determinado escalão de comando, são:
a) comandante (em qualquer escalão): é o responsável pela manutenção e
operação dos meios e órgãos de comunicações empregados sob seu
comando. É, normalmente, assessorado por um oficial do seu estado-maior
(EM), que se encarrega da supervisão técnica das comunicações no escalão
considerado, denominado oficial de comunicações (O Com);
b) oficial de comunicações: é o responsável, perante o comandante, pelo
emprego das comunicações no escalão de comando considerado. Tendo em
vista a eficiência do serviço nos C Com, particularmente, quanto ao
processamento das mensagens, elabora e difunde, por meio das normas gerais
de ação (NGA), das instruções provisórias de comunicações (I P Com), das
instruções de exploração das comunicações e eletrônica (I E Com Elt) e de
outros documentos, normas e procedimentos de comunicações a serem
observados pelo comando; e
c) oficial do centro de comunicações (O C Com): é o responsável pela
supervisão de todas as atividades do C Com.

6-4
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6.3.6.3.4 São atribuições do O C Com:
a) estabelecer e manter atualizadas as normas para o controle e operação do C
Com;
b) instruir o pessoal do C Com;
c) preparar planos de emergência para o material criptográfico existente no C
Com;
d) conhecer a situação tática existente, bem como os planos futuros e difundir
essas informações ao pessoal do C Com, de acordo com as necessidades;
e) manter uma equipe sempre pronta para emprego imediato, a fim de atender
a qualquer situação de emergência. Essa equipe deve conter um mínimo de
pessoal e de material necessários ao funcionamento do C Com; e
f) operar um C Com móvel, que compreende o pessoal e o material
necessários para apoiar as operações durante as situações de movimento.

6.3.7 POSTO DE COMANDO AÉREO

6.3.7.1 O PC Ae é normalmente empregado quando o desdobramento da


manobra e a duração da ação não permitem ou justificam a implantação de
toda a estrutura do PCP da U Ae. Ele é preparado pelo Pel Com utilizando-se
dos recursos do PCT, complementados pelo equipamento de comunicações de
um He Emp Ge. Dessa forma, o PCP pode continuar a trabalhar no
planejamento, enquanto a ação segue liderada desde o PC Ae.

6.3.7.2 A estrutura básica, que pode ser expandida conforme a situação tática
e a disponibilidade de meios, é composta por 1 (um) He Emp Ge, no qual
funcionará o centro de comunicações e uma barraca para o centro de
operações aéreas (Fig 6-2). A segurança da área de PC Ae ficará a cargo do
Pel Com e, se necessário, complementada por 1 (uma) Seç He Rec/Atq.

FIGURA 6-2 – Exemplo de PC Ae

6.3.7.3 O PC Ae permite ao Cmt realizar um acompanhamento cerrado das


operações e sua intervenção oportuna na manobra, bem como manter a
continuidade das comunicações durante as mudanças de posição do PC.
6-5
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Devido a sua excepcional mobilidade e alcance, o PC Ae pode passar à
disposição do escalão superior enquadrante.

6.3.8 LOCALIZAÇÃO

6.3.8.1 A área estabelecida para a localização do PC se dá por:


a) designação de uma região ou local, pelo escalão superior;
b) atribuição de um eixo de comunicações, pelo escalão superior; ou
c) liberdade de escolha pelo escalão subordinado.

6.3.8.2 Por fatores de segurança ou evolução da situação tática, o PC poderá


sofrer mudanças de localização.

6.3.8.3 A seleção do local do PC do B Av Ex é de responsabilidade do Cmt,


assessorado pelo chefe da 3ª seção e pelo O Com.

6.3.8.4 O PC é localizado de modo a facilitar o controle da U Ae e as ligações


com os elementos com os quais opera. São fatores que influem na sua
localização: a situação tática, o terreno, a segurança e as comunicações.

6.3.8.5 Situação Tática


a) O PC do B Av Ex deve ser localizado o mais próximo possível do PC do
escalão enquadrante, com o objetivo de facilitar as ligações e coordenações
necessárias, sem interferir na sua manobra.
b) Quando a distância entre os PC do B Av Ex e do escalão enquadrante
dificultar as ligações necessárias ao planejamento das operações, o emprego
dos Elm Lig Av Ex/O Lig Av Ex deve ser mais intenso, minimizando tal
dificuldade. A mesma preocupação deve existir no caso de operação com outro
elemento da F Spf.

6.3.8.6 Terreno
a) Devem ser aproveitados os recursos existentes na área (edificações e
instalações) para facilitar a instalação e o funcionamento do posto, desde que
autorizado pelo escalão enquadrante.
b) Deve oferecer facilidade de acesso e boa circulação interna.
c) Deve estar apoiado em rede de estradas e/ou hidrovias, que permitam os
deslocamentos rápidos.
d) No interior da área do PC, não devem existir elementos dissociadores, tais
como vegetação, obstáculos, rios, estradas de ferro ativadas, entre outros.

6.3.8.7 Segurança
a) Deve procurar aproveitar ao máximo a segurança proporcionada pela
artilharia antiaérea existente na área e, também, pela proximidade das tropas
localizadas na retaguarda (reservas).
b) Deve estar afastado de flancos expostos e de caminhos favoráveis à
infiltração inimiga, bem como de pontos vulneráveis e de possíveis alvos de
interesse do inimigo.

6-6
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c) Permitir a dispersão dos órgãos e unidades no terreno, de modo a não
concentrar meios, criando um alvo compensador para o inimigo.
d) Estar coberto ou possuir facilidades de camuflagem natural.

6.3.8.8 Comunicações
a) Deve, sempre que possível, dispor de recursos de telecomunicações civis ou
militares no local, cuja utilização tenha sido autorizada pelo escalão superior.
b) Não deve conter obstáculos ao estabelecimento dos diversos meios de
transmissão.
c) Estar afastado de fontes de interferências naturais ou artificiais.
d) Permitir instalação de sítio de antenas, atendendo às necessidades técnicas
e táticas.
e) Possuir local para o pouso de helicópteros e ter fácil acesso ao aeródromo
de operações.

6.4 SINCRONIZAÇÃO

6.4.1 O espaço aéreo do TO/A Op não é utilizado exclusivamente pelo B Av Ex.


Há a necessidade de compartilhamento entre os diversos atores, tais como
sistema de Ap F, Força Aérea, SARP, Defesa AAe e outros, com a devida
coordenação das ações entre eles.

6.4.2 As operações com emprego de significativa quantidade de meios da


Av Ex, normalmente, são realizadas em “janelas” de tempo específicas,
obedecendo à rigorosa sincronização dos meios no espaço aéreo. Nessas
“janelas temporais”, é normal que os demais usuários cumpram medidas de
coordenação destinadas a conferir prioridade à manobra aeromóvel.

6.4.3 Dessa forma, as ações previstas para o B Av Ex, dependendo da tarefa a


ser realizada, serão inseridas na matriz de sincronização do escalão
enquadrante.

6.4.4 A matriz de sincronização é um documento não padronizado, podendo


ser adaptado ao sistema de trabalho do EM ou da operação a ser conduzida.
Em princípio, constitui-se de uma planilha de dupla entrada, na qual, na coluna
vertical, são lançadas a data e hora estimada para os eventos e faseamento do
combate, a situação do inimigo, todos os sistemas de combate, os meios
disponíveis e ações com dissimulação e simulação previstas para a operação
e, na coluna horizontal, são lançados o tempo ou o faseamento da operação
(Fig 6-3).

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FIGURA 6-3 – Exemplo de matriz de sincronização

6.4.5 É feita uma interação dessas duas colunas da planilha, reagindo-se cada
sistema com o faseamento da operação/tempo, considerando-se a interferência
do inimigo, do terreno, das condições climáticas e de outros dados que
poderão interferir no cumprimento da missão.

6.4.6 A matriz pode ser compartilhada, sendo utilizada pelos usuários para
complementar o calco de operações e ordens verbais, não substituindo a
ordem de operações para o cumprimento da missão.

6.4.7 O preenchimento da matriz de sincronização, apoiado em software,


acelera o processo de atualização e divulgação das informações, bem como
possibilita o tratamento imediato de incidentes ocorridos.

6.4.8 O B Av Ex dispõe da capacidade de receber as ordens por meio das


ações emanadas pelo escalão superior e executá-las, seguindo o determinado
na matriz de sincronização na forma on-line (dados).

6.4.9 O B Av Ex normalmente sincroniza suas operações:


a) assegurando-se que seus meios de inteligência de combate estão ajustados
às necessidades de seu comandante e que responderão a tempo de
influenciarem nas decisões e na operação;
b) determinando qual será o esforço principal e carreando os meios
necessários para esse elemento;
c) coordenando a manobra com os elementos da F Spf com os quais atua;
d) utilizando o planejamento logístico para assegurar-se de que os meios
necessários estarão disponíveis e alocados;
e) planejando “à frente”, para explorar as oportunidades criadas pelo sucesso
tático;
f) permitindo uma execução descentralizada das operações;
g) utilizando as ferramentas da sincronização; e
h) conduzindo ensaios de sincronização.

6-8
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6.4.10 O centro de operações aéreas (COA) é o responsável pelo processo de
sincronização dos meios aéreos do B Av Ex com os demais usuários do espaço
aéreo.

6.4.11 PLANEJAMENTO DE MISSÃO AÉREA

6.4.11.1 A fim de elevar a consciência situacional e proporcionar melhor


coordenação no planejamento das inúmeras missões aéreas, deve ser utilizada
a plataforma informatizada que processa as informações acerca dos voos em
todos os escalões (Fig 6-4).

6.4.11.2 Essa plataforma tem a capacidade de processar cada missão aérea


planejada (trajeto, tempo de deslocamento, consumo etc), acusar o conflito de
missões aéreas, identificar medidas de coordenação e controle, pontos de
interesse, pontos de risco (ex.: fios e obstáculos), tropa amiga e inimiga e
outros. Dessa forma, assegura-se um planejamento unificado com informações
precisas de todos os escalões e aumenta-se a segurança, pois as informações
são replicadas aos interessados de maneira idêntica ao escalão que as gerou.

6.4.11.3 O resultado deve ser consolidado na matriz de sincronização e, ainda,


apresentar a digitalização do campo de batalha, com a movimentação aérea,
os pontos de interesse, tropas existentes e outros. Para um incremento à
segurança de voo, é desejável que essas informações consolidadas estejam
disponíveis digital e fisicamente, tanto nas Anv quanto nos PC dos diversos
escalões.

FIGURA 6-4 – Exemplo de tela do planejador de missão aérea

6.4.11.4 Com essa ferramenta informatizada, o escalão superior pode, com


antecedência e em tempo oportuno, realizar modificações em missões aéreas
que estejam em conflito no espaço aéreo e/ou no tempo.

6.5 LIGAÇÕES

6.5.1 As características do B Av Ex, particularmente a mobilidade e a grande


flexibilidade, associadas ao constante uso do espaço aéreo, geram uma
necessidade de ligações fora dos padrões normais da F Ter.

6-9
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6.5.2 As ligações do B Av Ex são estabelecidas, basicamente, por agentes de
ligação ou pelo emprego dos meios de comunicações e permitem ao comando
da unidade:
a) coordenar e controlar o emprego dos seus meios, tática e logisticamente;
b) estabelecer contato com os usuários do espaço aéreo e com os
responsáveis pelo seu controle;
c) receber ordens e informações do escalão da F Spf imediatamente superior e
do comando da Bda Av Ex;
d) manter o contato com o Elm Lig Av Ex/O Lig Av Ex integrante da F Spf; e
e) estabelecer contato com as unidades com as quais constitui FT ou que apoia
com seus meios.

6.5.3 Normalmente, o B Av Ex estabelece ligações com os seguintes


elementos:
a) escalão superior, podendo enquadrar-se a um grande comando operativo e
com a Bda Av Ex. Com esta última, a ligação é estabelecida e mantida
constantemente;
b) escalão subordinado, enquadrando-se suas subunidades orgânicas e outras
de qualquer natureza que receba em reforço ou sob comando e controle
operacional;
c) unidades com as quais constitui FT ou a quem presta apoio com seus meios
aéreos;
d) usuários do espaço aéreo e os responsáveis pelo seu controle, aí incluídos
elementos da artilharia antiaérea, artilharia de campanha, unidades de combate
e o Centro Diretor Aerotático para as Anv em voo do Btl;
e) Elm Lig Av Ex/O Lig Av Ex, destacado para o comando enquadrante ou para
o responsável pela zona de ação onde for empregado; e
f) unidade logística de quem recebe, por área, o apoio não específico de
aviação.

6.5.4 De maneira geral, a responsabilidade pelas ligações do B Av Ex segue os


princípios doutrinários previstos para o emprego das Com (Quadro 6-1).

ELEMENTO A SER LIGADO RESPONSÁVEL


Grande Comando Operativo
G Cmdo Op
Unidade logística de quem receberá apoio não específico de aviação
GU que recebe o B Av Ex sob Ct Op GU
Brigada de Aviação do Exército
Cia Com Av Ex
Btl Mnt Sup Av Ex
Artilharia Divisionária
Centro Diretor Aerotático
Elm Lig Av Ex/O Lig Av Ex integrante do EM da F Spf Esc Sup
Unidade com qual constituirá FT Amv
Unidade de combate cujas Z Aç serão sobrevoadas
EHEG
EHRA
Pel Com
EMS
B Av Ex
ECAp
Elm recebido em reforço
QUADRO 6-1 – Ligações do B Av Ex

6-10
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6.5.5 O estabelecimento de todos os enlaces envolvendo o B Av Ex deve ser
confiável. Para isso, se for o caso, terá o apoio dos meios da Cia Com Av Ex,
com limitações.

6.6 COMUNICAÇÕES

6.6.1 O sistema de comunicações do B Av Ex tem capacidades específicas e é


mobiliado conforme a necessidade. É constituído pelo sistema satelital, sistema
de comunicações de comando e sistema de comunicações de área.

6.6.2 Seus meios orgânicos de comunicações permitem a fluidez das


informações, a prática do C², a inclusão ao sistema de C² do escalão superior,
o contato com o escalão subordinado e demais elementos de combate, apoio
ao combate e logístico.

6.6.3 Para atender às possíveis situações de comando a ele determinadas, seu


sistema de comunicações deve ser integrado aos sistemas de comunicações
de área dos G Cmdo Operativos a que vier a estar subordinado, de modo a
assegurar as ligações necessárias.

6.6.4 SISTEMA RÁDIO

6.6.4.1 O rádio é utilizado pelo B Av Ex para atender às suas necessidades de


ligações ar-ar, ar-terra e terra-terra. Esse meio de comunicações é
imprescindível para viabilizar as duas primeiras, quando o B Av Ex realiza
deslocamentos aéreos no cumprimento de suas missões.

6.6.4.2 O B Av Ex é dotado de diferentes conjuntos rádio, instalados em


aeronaves, viaturas ou mesmo portáteis. Os conjuntos instalados nas
aeronaves permitem a comunicação com equipamentos veiculares e portáteis.

6.6.4.3 Redes rádio doutrinárias em HF/VHF/UHF serão desdobradas para


emprego em função das necessidades operacionais. De acordo com as
peculiaridades do terreno e características dos equipamentos, proporcionam os
enlaces entre o comando e suas SU Ae.

6.6.4.4 Quanto à comunicação terra-terra, tendo em vista a necessidade de


flexibilidade e agilidade na instalação dos meios, o B Av Ex utiliza ao máximo o
sistema rádio UHF para o estabelecimento de suas ligações. Para isso, poderá
ser apoiado no Sistema de Comunicações de Área (SCA) do G Cmdo
Operativo, cabendo a ele a inclusão do PC da U Ae em sua área de cobertura e
fornecer redes rádio suficientes para utilização pelo Btl.

6.6.4.5 O B Av Ex deverá estabelecer 1 (uma) rede rádio para cada Esqda, a


fim de ligar-se a esta e permitir a sua comunicação interna.

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6.6.4.6 As comunicações rádio em VHF/UHF costumam se restringir ao
horizonte visual. Nesse tipo de enlace, o contato terra-ar e ar-ar ficam limitados
ao emprego em distâncias reduzidas.

6.6.4.7 Caso as Ba Esqda He estejam localizadas a grandes distâncias, devem


ser integradas ao sistema rádio do Btl, empregando equipamentos rádio HF.
Mesmo que as distâncias permitam o emprego de outro tipo de frequências, o
HF deve ser previsto como rede redundante para a ligação com as Ba Eqda
He, a fim de se manter a continuidade das comunicações.

6.6.4.8 Redes de comunicações em HF/Cripto com capacidade para tráfego de


dados e voz (Data Link) configuram um importante meio empregado para
contato ar-ar e ar-solo. São baseadas no conceito do sistema de comunicações
seguras por enlaces digitais da Força Aérea.

6.6.4.9 Rede Rádio Externa

6.6.4.9.1 O quadro 6-2 apresenta as redes rádio externas do B Av Ex e as


faixas de frequência destas.

REDES EXTERNAS FAIXA DE FREQUÊNCIA


Comandante (*)
Operações (*)
HF/UHF
Informações (*)
Logística (*)
Alarme (*) VHF/UHF
Comandante C Av Ex VHF/UHF
Operações C Av Ex
HF/UHF
Logística C Av Ex
QUADRO 6-2 – Redes externas do B Av Ex e respectivas faixas de frequências
(*) – Do G Cmdo Op a que o B Av Ex estiver subordinado.

6.6.4.10 Rede Rádio Interna

6.6.4.10.1 Internamente é estabelecida uma rede denominada “Rede do B Av


Ex”, em VHF/UHF, da qual participam suas esquadrilhas. Tal rede tem por
finalidade atender às necessidades de ligações de comando, operacionais e
logísticas.

6.6.4.10.2 O B Av Ex deve prever, também, uma ligação terra-ar (VHF-AM)


para orientar o tráfego aéreo no aeródromo de operações.

6.6.4.11 O quadro 6-3 apresenta o quadro das redes rádio do B Av Ex.

6-12
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Rede Externa Interna

Cmt C AvEx

Log C AvEx

Cmt BAvEx
Op C AvEx
Alarme
Cmt

Log

Info
Op
Elm

PC B Av Ex X X X X X X X X X
ATU X X X
ECAp X X
EHRA X X
EHEG X X
EMS X X
QUADRO 6-3 – Quadro das redes rádio do B Av Ex

6.6.5 COMUNICAÇÕES EM MODO SEGURO

6.6.5.1 As aeronaves da U Ae são dotadas de equipamento rádio VHF/UHF


que permite a transmissão de voz com tecnologia de segurança nas
comunicações (salto de frequência e criptografia).

6.6.5.2 Em modo seguro, o estabelecimento de comunicações terra-avião fica


condicionado à compatibilidade criptográfica e da tecnologia de salto de
frequência entre os meios adotados pela F Spf e os equipamentos embarcados
nas aeronaves.

6.6.5.3 Na falta de compatibilidade criptográfica e de salto de frequência, as


comunicações serão realizadas “em claro”, diminuindo a segurança da
operação.

6.6.5.4 No contexto do estabelecimento de segurança nas comunicações,


ficará a cargo do Esc Sup disponibilizar os padrões de configuração
(frequências, forma de onda, chaves criptográficas, tipo de voz, padrão de salto
de frequência etc) ao B Av Ex.

6.6.5.5 De acordo com suas atribuições, todos os pilotos e especialistas do


B Av Ex têm o dever de:
a) receber do Esc Sup os padrões de configuração e os arquivos de
configuração do modo seguro do equipamento;
b) realizar a programação de acordo com os parâmetros previstos, se
necessário, com apoio da Cia Com Av Ex;
c) enviar à tropa de superfície que irá operar de forma conjunta os parâmetros
de configuração, para permitir que a tropa realize a programação dos
equipamentos de comunicação terra-avião; e
d) carregar as configurações na aeronave.

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6.6.5.6 A capacidade de transmissão de voz com tecnologia de segurança nas
comunicações deve ser utilizada com prioridade. A cultura da comunicação em
modo seguro deve estar impregnada em todos os escalões da Av Ex, mesmo
durante missões de treinamento ou administrativas. A complexidade técnica e a
maior necessidade de padronização e coordenação não justificam a operação
rádio “em claro”.

6.6.6 COMUNICAÇÕES AÉREAS

6.6.6.1 O rádio é o meio mais comum de ser empregado nas ligações entre as
Anv quando em voo, devendo, no entanto, seu emprego ser condicionado ao
tipo de operação.

6.6.6.2 Dependendo do tipo tarefa a ser desempenhada, deverão ser


estabelecidas redes típicas tais como:
a) rede Cmt FT Amv;
b) rede Cmt F He;
c) rede dos Cmt dos diversos escalões (Ass, Rec, escolta); ou
d) rede das frações de He (Pel/Sec).

6.6.6.3 O emprego maciço de comunicações seguras e, na impossibilidade


destas, o uso de mensagens preestabelecidas previstas nas IE Com Elt,
conferirá máxima segurança a essas comunicações.

6.6.7 COMUNICAÇÕES PARA COORDENAÇÃO E CONTROLE DO ESPAÇO


AÉREO

6.6.7.1 A coordenação e o controle do espaço aéreo são atribuições do


Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) ou da Força Aérea
Componente (FAC) e, no TO, estão inseridos no Sistema de Controle
Aerotático (SCAT), estabelecido pela FAC.

6.6.7.2 Além do SCAT, outro sistema de coordenação para as operações ar-


terra é estabelecido, que é o Sistema de Operações Ar-Terra (SOAT). Este
sistema destina-se ao planejamento do apoio aéreo à F Ter, permitindo-lhe
solicitar e obter, em tempo útil, o apoio aéreo necessário.

6.6.7.3 A FAC estabelece um Centro Diretor Aerotático (CDAT), que é o órgão


responsável pela vigilância e controle aéreo, dentro da área sob sua
responsabilidade.

6.6.7.4 Os principais radares de controle do SCAT pertencem ao CDAT. Sua


capacidade é ainda aumentada pelas informações recebidas do Posto Diretor
Aerotático (PDAT) e do Posto Auxiliar de Informação Radar (PAIR). A finalidade
desses postos é aumentar o alcance dos radares do CDAT, orientando e
dirigindo as aeronaves e vigiando o espaço aéreo.

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6.6.7.5 As ligações necessárias para o estabelecimento da coordenação e
controle do espaço aéreo entre a U Ae e os demais usuários são:
a) Durante o planejamento, por intermédio do Elm Lig Av Ex no CCOp/Esc Sp.
b) Durante as operações:
1) as Anv da Av Ex, após decolarem para o cumprimento de missão, devem
cumprir as medidas de coordenação e controle estabelecidas. Estão, assim,
sendo controladas pelos órgãos de controle da FAC (PDAT ou PAIR)
desdobrados na área. Esse controle radar se dá de forma positiva, através de
equipamentos tipo IFF – transponder, e de procedimentos, com os quais as Anv
do B Av Ex devem voar segundo suas rotas de voo predeterminadas. Nas
situações de conduta, pode surgir a necessidade de contato rádio entre a
fração (SU Ae) e um determinado PDAT que controla a região de operações; e
2) durante seus deslocamentos, as aeronaves da Av Ex podem sobrevoar
tropa amiga (em princípio, isso é evitado por ocasião da escolha dos itinerários
de voo). Estando com controle positivo (IFF e/ou fonia) pelos radares dos
PDAT(s) e da AAAe e, dentro das rotas previstas, dificilmente há necessidade
de contato rádio.

6.6.7.6 As comunicações para coordenação e controle do espaço aéreo em


operações podem ocorrer em duas situações:
a) em região que disponha de serviço de tráfego aéreo, por intermédio de
Órgão ATS (do inglês Air Traffic Service), utilizando-se dos recursos locais; e
b) em local desprovido de Órgão ATS. Nesse caso, deverá ser providenciada a
montagem de um aeródromo de operações que funcione como um órgão ATS.

6.6.8 RASTREAMENTO DE AERONAVES

6.6.8.1 Como incremento à capacidade de C², o Cmt do B Av Ex dispõe de


capacidade de rastreamento via satélite das aeronaves, valendo-se do uso de
equipamento específico ou rádio dotado de GPS e de software de localização.

6.6.8.2 O rastreador, uma vez embarcado na aeronave, possibilita ao Cmt da U


Ae ter ciência da posição de suas aeronaves e da evolução da manobra,
ampliando sua consciência situacional em operações que normalmente
envolvem grande mobilidade e profundidade.

6.6.9 MENSAGEIRO

6.6.9.1 O mensageiro é pouco utilizado pelo B Av Ex, sendo adequado para a


transmissão de mensagens extensas e volumosas.

6.6.9.2 Quando necessário, o B Av Ex emprega mensageiros especiais e


locais. Os primeiros são empregados para a transmissão de mensagens
urgentes, podendo ser helitransportados, dependendo da urgência e da
distância entre os postos. Os mensageiros locais são empregados dentro das
áreas de estacionamento da U Ae.

6-15
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6.6.10 MEIOS VISUAIS, ACÚSTICOS E DIVERSOS

6.6.10.1 Esses meios são usualmente empregados na ligação terra-ar. O uso


de artifícios pirotécnicos, fumígenos coloridos, painéis, faróis de aeronaves,
bandeirolas, luzes coloridas, entre outros, devem ser padronizados e previstos
nas IE Com Elt.

6.6.10.2 Particularmente nos voos em formação, os meios visuais (como


símbolos colocados nas janelas das aeronaves) podem ser empregados para a
ligação entre as aeronaves.

6.7 AUTOPROTEÇÃO DE AERONAVES

6.7.1 Conceitualmente, as atividades de autoproteção buscam garantir a


furtividade, ao diminuir a suscetibilidade (grau no qual o sistema está aberto
para ataques efetivos do inimigo) e vulnerabilidade (possibilidade de danos em
pontos fracos inerentes ao helicóptero) das aeronaves. Tem por princípio atacar
para se defender, o que faz as atividades de autoproteção enquadrarem no
ramo das medidas de ataque eletrônico (MAE).

6.7.2 A Autoproteção de Aeronaves (APA) baseia-se em duas etapas para


neutralizar a ameaça. São elas:
a) Detectar e identificar as ameaças, realizada por intermédio de seus sistemas
de alarme. Ex: radar (RWR), míssil (MAWS) e laser (LWR).
b) Efetuar uma proteção efetiva, realizada pelos sistemas de proteção
eletro-óptico e de radiofrequência. Ex: lançamento de despistadores contra
armas que utilizam o infravermelho como guiamento (Flare) e contra radares
(Chaff).

6.7.3 As seguintes fases compõem o ciclo de trabalho de APA no B Av Ex (Fig


6-5):
a) COLETA – consiste na atividade de MAGE (medidas de apoio à guerra
eletrônica) propriamente dita. Resume-se à coleta de todas as emissões que
incidem sobre a plataforma (Anv). A atividade é realizada pelos pilotos ao ligar
os sensores que gravam os sinais radar, laser e míssil, durante as missões.
b) CARREGAMENTO – é a fase na qual todo trabalho de APA é materializado
na plataforma por meio dos sistemas Chaff, Flare e banco de dados de
missões. Deve ser realizado no B Av Ex pelos mecânicos e pilotos
especialistas.

6.7.4 O B Av Ex possui dois níveis de equipes especializadas na Autoproteção


de Aeronave e Guerra Eletrônica (APA GE): a subseção de APA GE e os
grupos de APA GE das SU He. Essas equipes são responsáveis pela
manutenção dos equipamentos e pela plena utilização dos sistemas de APA
disponíveis nas Anv do Btl.

6-16
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6.7.4.1 Subseção de APA GE – orgânica do EM do B Av Ex é subordinada à
seção de inteligência (2ª seção). É composta por um oficial e um praça
especialistas em APA e GE. Ela possui as seguintes atribuições:
a) configurar as MAE conforme relatório de ameaças, gerar a biblioteca de
missão e enviar à Bda Av Ex/C Av Ex para validação;
b) enviar o registro de emissões via rede de inteligência;
c) realizar o planejamento da APA (nível Btl);
d) assessorar o S-2, durante o processo de planejamento e condução das
operações, no tocante à APA e GE (Amg e Ini);
e) em coordenação com o S-2, realizar a análise tática de GE das missões de
voo executadas pelo Btl;
f) informar suas demandas referentes à programação ao escalão superior para
que seja validada e encaminhada pelo Esc Sup ao COMAE; e
g) coordenar os treinamentos de APA e GE das tripulações do Btl.

6.7.4.2 Grupo APA GE da SU He – ativado quando as Anv da Esqda


dispuserem de equipamentos de APA/GE, é subordinado ao Cmt SU. É
constituído pelo oficial piloto chefe do Gp APA SU e pelos mecânicos
especialistas em APA (aviônicos e armamento). O Gp APA GE da SU He possui
as seguintes atribuições:
a) receber a biblioteca de missão e carregá-la nas Anv;
b) preparar os sistemas de Chaff e Flare;
c) realizar o registro de emissões;
d) remeter os dados à subseção de APA GE do B Av Ex; e
e) conduzir os treinamentos de APA das tripulações da SU.

FIGURA 6-5 – Fases da APA

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CAPÍTULO VII

AERÓDROMO DE OPERAÇÕES DO B Av Ex

7.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

7.1.1 Aeródromo de Operações (Adrm Op) é a instalação da Base de


Operações do Batalhão de Aviação (B Op B Av Ex) destinada a receber,
estacionar e abrigar aeronaves em manutenção, bem como todos os demais
meios aéreos das Esqda He, quando centralizados na B Op B Av Ex.

7.1.2 Nele, a Esquadrilha de Manutenção e Suprimento (EMS) desdobrará


seus meios de manutenção, equipes de abastecimento, pessoal de suprimento
e elementos de planejamento e controle da Esqda e, eventualmente, meios do
Btl Mnt Sup Av Ex recebidos em apoio com o objetivo de proporcionar
adequado suporte logístico às operações.

7.1.3 A responsabilidade pela sua instalação é da Esquadrilha de Comando e


Apoio (ECAp), por intermédio do Pelotão de Controle de Operações Aéreas e
Apoio ao Voo (Pel Ct Op Ae Ap Voo).

7.1.4 O Pel Ct Op Ae Ap Voo também se encarrega do controle do tráfego


aéreo, fornecimento de dados meteorológicos e das condições de voo, além da
preparação dos locais de aterragem (Loc Ater), balizamento de campanha
diurno e noturno, do serviço de combate a incêndio de aviação e mantém
equipes de alerta, busca e salvamento em condições de atuar em proveito do
B Av Ex.

7.1.5 O Pel Ct Op Ae Ap Voo possui condições de operar o aeródromo de


operações atual (aeródromo principal) e, concomitantemente, realizar a
instalação de novo aeródromo de operações (aeródromo secundário), caso
seja necessária a mudança de B Op B Av Ex.

7.1.6 O Adrm Op pode ser desdobrado em instalações aeroportuárias


existentes ou em campanha e deve propiciar segurança ativa e passiva às
aeronaves em operação (principalmente valendo-se da dispersão), segurança
ao voo e toda a infraestrutura de apoio necessária às atividades aéreas.

7.1.7 O Adrm Op é diretamente subordinado ao Cmt ECAp, porém tem o seu


funcionamento intimamente ligado ao centro de operações aéreas (COA), sob
coordenação do oficial de operações do B Av Ex.

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7.2 CARACTERÍSTICAS

7.2.1 SEGURANÇA DAS OPERAÇÕES AÉREAS

7.2.1.1 As medidas de segurança passivas são os melhores meios de realizar


uma identificação segura e sigilosa dos vetores aéreos que se aproximam da
B Op B Av Ex. Tais medidas englobam a adoção das medidas de coordenação
e controle do espaço aéreo (MCCEA) previstas nas publicações que tratam do
assunto.

7.2.1.2 As aeronaves que entram ou saem do Adrm Op o fazem realizando o


voo tático, utilizando-se de portões de entrada e de saída, itinerários e rotas de
voo preestabelecidos e cumprindo as medidas de coordenação e controle do
espaço aéreo, que têm por objetivo dificultar ao inimigo a localização exata da
base a partir da qual se opera.

7.2.1.3 A fim de diminuir as emissões rádio, as aeronaves que partem do Adrm


Op informarão seus voos por intermédio do contato pessoal de um dos pilotos
com o responsável pelo controle do tráfego aéreo, registrando esse contato em
plano de voo específico.

7.2.1.4 O controle do espaço aéreo por procedimentos complementa as


medidas passivas, estabelecendo normas por meio das quais as aeronaves
são identificadas. Os procedimentos de abordagem da base por determinado
itinerário, o bloqueio de pontos compulsórios e a comunicação autenticada
nesses pontos são alguns exemplos que servirão como identificação dos
vetores aéreos circulantes.

7.2.1.5 Os voos realizados à noite ou sob restrição visual, sem o uso de óculos
de visão noturna, terão tráfegos especiais e receberão prioridade de controle e
coordenação.

7.2.1.6 As comunicações necessárias ao controle do Adrm Op são mínimas;


limitam-se ao necessário para a identificação e a transmissão de informações
urgentes. As aeronaves realizam os procedimentos previstos. Ao abordarem
um ponto preestabelecido, receberão as informações do ponto de ataque a ser
utilizado, via fonia ou por meios visuais (balizadores, fumígenos, luzes etc).

7.2.1.7 O exercício de um controle efetivo e a coordenação eficiente e racional


das atividades aéreas do Adrm Op dificultarão sua localização pelo inimigo e
conduzirão, com segurança, o tráfego local.

7.2.1.8 As operações com aeronaves da Av Ex deverão valer-se da utilização


de procedimentos de voo por instrumento (Instrument Flight Rules - IFR) em
campanha estabelecidos em coordenação com os órgãos competentes de
aviação.

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7.2.2 DEFESA ANTIAÉREA E SEGURANÇA TERRESTRE

7.2.2.1 O Adrm Op é a instalação mais vulnerável da B Op B Av Ex, tanto pela


necessidade de ocupar uma área relativamente limpa do terreno para
possibilitar a operação das aeronaves, como pela dificuldade de camuflagem.

7.2.2.2 Pela sua grande vulnerabilidade e por se constituir em um alvo de


elevado valor militar, faz crescer a necessidade de uma defesa antiaérea eficaz
na B Op B Av Ex.

7.2.2.3 Essa defesa antiaérea, em princípio, será proporcionada pelos meios


de AAAe do comando enquadrante do B Av Ex ou da Av Ex. O B Av Ex possui
limitada capacidade de autodefesa antiaérea.

7.2.2.4 A segurança terrestre passiva do Adrm Op é obtida com a utilização


ampla das medidas de proteção eletrônica (MPE) e da camuflagem. A
comunicação empregando o meio físico (fio ou cabo multiplexado) é prioritária.

7.2.2.5 A exploração rádio, realizada conforme previsto nas IE Com da


unidade, é norteada de modo a se transmitir o mínimo necessário de
informações e por períodos curtos.

7.2.2.6 A camuflagem e a dispersão dizem respeito tanto às instalações quanto


às aeronaves. O uso de redes de camuflagem junto à vegetação local dificulta
a observação visual. As aeronaves deverão ocupar locais próximos à orla das
matas e sombreados.

7.2.2.7 A ECAp deve possuir equipamento rádio na escuta permanente da rede


de alarme do escalão superior, assegurando sua preparação contra qualquer
tipo de ameaça.

7.2.3 DIMENSÕES

7.2.3.1 O Adrm Op destina-se, prioritariamente, à operação das aeronaves que


estejam a cargo da EMS, em manutenção, e daquelas que estejam
estabelecendo a missão de comando e controle. As demais aeronaves do B Av
Ex, normalmente, estarão operando a partir das respectivas B Esqda. Em área
de selva, porém, devido às dificuldades de locais adequados ao
estabelecimento de B Esqda, estas poderão desdobrar-se junto à B Op B Av
Ex, não devendo essa situação ser entendida como normal.

7.2.3.2 Além das aeronaves orgânicas, o Adrm Op recebe aquelas que estejam
realizando Ap Log ou quaisquer outras missões em apoio ao B Av Ex ou ao
Esc Sp, além de ficar em condições de recepcionar qualquer aeronave,
inclusive de outras Forças, que tenham como destino o PC do B Av Ex ou da
tropa apoiada, desde que o pouso seja tecnicamente possível.

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7.2.3.3 Dessa forma, mantendo-se a dispersão adequada entre as aeronaves e
as instalações (entre 50 e 100 m), o aeródromo de operações poderá ocupar
uma área de consideráveis dimensões, salvo imposições de segurança ou do
terreno. A escassez de locais no interior da selva com essas características
será um grande fator restritivo.

7.2.3.4 A possibilidade de se ter que concentrar todos os meios da OM no


Adrm Op deverá ser considerada no exame de situação do comandante,
durante a escolha do local dessa instalação no que se refere às suas
dimensões.

7.3 FATORES PARA LOCALIZAÇÃO E ESCOLHA DO LOCAL

7.3.1 FATORES LIGADOS AO TERRENO

7.3.1.1 A localização do Adrm Op está condicionada à disponibilidade de área


para as aeronaves e à não existência de acidentes naturais dissociadores entre
a sua posição e a dos demais órgãos desdobrados na B Op B Av Ex que
dificulte, ou mesmo impossibilite, a comunicação por qualquer meio.

7.3.1.2 São fatores que influem na localização do Adrm Op:


a) rede de estradas ou hidrovias, que permitam cerrar os meios para o
estabelecimento do aeródromo e a ligação física com as demais instalações da
B Op da unidade aérea;
b) disponibilidade de áreas livres de obstáculos e suficientemente planas,
permitindo as operações de pouso e decolagem das aeronaves;
c) existência de cobertas e abrigos que permitam a necessária dispersão;
d) dominância do terreno, permitindo rampas de aproximação seguras;
e) afastamento de acidentes capitais; e
f) localização da artilharia inimiga.

7.3.1.3 A utilização de aeródromos ou pistas de pouso existentes para o


desdobramento do Adrm Op pode ser executada, desde que não comprometa
a segurança das operações.

7.3.2 FATORES LIGADOS À MISSÃO

7.3.2.1 O Adrm Op deve, como a B Op B Av Ex, estar localizado de maneira a


apoiar, durante o maior tempo possível, as operações da unidade aérea.

7.3.2.2 Sua localização deve permitir uma rápida ligação com as instalações da
B Op B Av Ex, da ECAp e da EMS.

7.3.2.3 O dispositivo adotado pelo G Cmdo Op enquadrante e seu


desdobramento também influirá na localização da B Op B Av Ex e, por
consequência, do Adrm Op. Este deverá estar o mais próximo possível dos PC

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daqueles comandos sem, no entanto, interpor-se entre o PC e as unidades
subordinadas ao comando enquadrante, para não interferir em sua manobra.

7.3.2.4 Nas Operações de Cooperação e Coordenação com Agências, o B Av


Ex poderá desdobrar seu Adrm Op, valendo-se de instalações aeroportuárias
existentes, possibilitando a utilização de serviços de controle de tráfego aéreo,
abastecimento, combate a incêndio, pista de pouso e instalações para
manutenção em melhores condições.

7.3.3 FATORES LIGADOS À SEGURANÇA

7.3.3.1 Por ser um alvo compensador para o inimigo, o Adrm Op deve possuir
área que permita uma boa dispersão das aeronaves, com aproximadamente 50
a 100 metros entre as aeronaves e entre estas e as instalações.

7.3.3.2 O Adrm Op deve ser localizado de forma a beneficiar-se dos meios de


defesa já estabelecidos para a B Op B Av Ex pelo G Cmdo enquadrante,
particularmente dos meios de defesa antiaérea.

7.3.3.3 O Adrm Op deve ser localizado a uma distância segura da LC/LAADA


fora do alcance da artilharia de longo alcance inimiga.

7.3.3.4 As ligações com as demais instalações que contituem a B Op B Av Ex


deverão ser, prioritariamente, empregando circuitos físicos. O rádio deve ser
considerado como meio alternativo.

7.3.4 ESCOLHA DO LOCAL

7.3.4.1 De maneira geral, o S-3 propõe a localização da B Op B Av Ex e Adrm


Op, após consultar o S-1, S-2, S-4, o Cmt SU C Ap, o Cmt EMS, o O Com e o
OSV.

7.3.4.2 Após a aprovação do Cmt B Av Ex, o S-3 escolhe o local exato levando
em conta principalmente os seguintes fatores operacionais:
a) necessidade de dispersão e camuflagem das aeronaves;
b) localização do posto rádio do controle de voo;
c) locais de reabastecimento;
d) possibilidade de trânsito de viaturas;
e) possibilidades de instalações dos equipamentos eletrônicos para operação
de Loc Ater; e
f) locais para o estabelecimento de uma DAAe eficaz (quando dispuser de
meios AAe).

7.4 CONSTITUIÇÃO E ORGANIZAÇÃO

7.4.1 As instalações físicas deverão estar camufladas, aproveitando ao máximo


a cobertura vegetal existente, liberando as áreas mais limpas para o local de

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pouso das aeronaves em trânsito. Todas as seções deverão possuir módulos
básicos, para o acondicionamento do seu material e montagem de suas
instalações, facilmente transportáveis pelas aeronaves do B Av Ex e adaptadas
para cada tipo de missão (Fig 7-1).

7.4.2 O Adrm Op terá, em princípio, um comando, a ser exercido pelo


comandante do Pel Ct Op Ae Ap Voo. Aí devem ser desdobrados o Grupo de
Apoio ao Voo e o Grupo de Controle de Operações Aéreas.

FIGURA 7-1 – Exemplo de desdobramento do Adrm Op do B Av Ex em campanha

7.4.3 O Adrm Op organiza-se em serviços, exercidos pelas frações do Pel Ct


Op Ae Ap Voo, cada uma delas com missões bem definidas, para atender às
necessidades de combate a incêndios, busca e salvamento, controle de voo e
informações de auxílio ao voo.

7.4.4 Nas Operações de Cooperação e Coordenação com Agências, a


organização do Pel Ct Op Ae Ap Voo deverá ser modular, empregando-se
apenas os módulos necessários ao funcionamento do Adrm Op.

7.4.5 Além dessas frações orgânicas da ECAp, terá áreas destinadas ao


desdobramento das frações da EMS. Poderão ser previstas áreas específicas
destinadas ao estacionamento das aeronaves das Esqda He, no caso de a
unidade aérea operar centralizadamente, além dos locais de pouso de
aeronaves.
7-6
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7.4.6 Em todos os tipos de operações, os militares empregados no Adrm Op
deverão estar habilitados para as funções a serem desempenhadas, com
qualificações e treinamentos regulamentados por normas específicas e
equipamentos adequados.

7.4.7 MISSÃO DAS FRAÇÕES

7.4.7.1 Grupo de Apoio ao Voo


a) montar e operar os equipamentos de auxílio à navegação existente (NDB Op
e outros); e
b) montar e operar, juntamente com os guias aeromóveis, os balizamentos
táticos do Adrm Op.

7.4.7.2 Turma de Busca e Salvamento


a) assessorar o S-3 no planejamento das operações de busca na área de
atuação da Unidade Aérea;
b) executar a busca e salvamento, no âmbito do B Av Ex, em conjunto com a
turma de combate a incêndio, quando for o caso; e
c) auxiliar na preparação das aeronaves destinadas às missões de busca e
salvamento em coordenação com as tripulações designadas para esse tipo de
missão.

7.4.7.3 Turma de Combate a Incêndio


a) tomar as medidas preventivas quanto a possíveis focos de incêndio na área
do Aeródromo de Operações e da B Op B Av Ex;
b) combater os princípios de incêndio nas aeronaves pousadas e na área do
Aeródromo de Operações; e
c) realizar o salvamento e a retirada das tripulações porventura envolvidas em
acidente aeronáutico com fogo, na área do Adrm, auxiliando a turma de busca
e salvamento.

7.4.7.4 Grupo de Controle de Operações Aéreas

7.4.7.4.1 Turma de Controle de Voo


a) montar e operar o posto rádio de controle de voo;
b) controlar as Anv no solo ou em voo na área de influência do Adrm Op; e
c) coordenar e controlar, orientado pelo S-3, o uso dos espaços aéreos
condicionados (volume de aproximação de base, rotas de voo etc)
estabelecidos pelo COA do B Av Ex.

7.4.7.4.2 Turma de Meteorologia


a) montar e operar o sítio meteorológico de campanha do B Av Ex;
b) realizar o levantamento das condições meteorológicas existentes na área de
influência do Adrm Op;
c) realizar e/ou consolidar previsão de tempo das áreas solicitadas pelo S-2 ou
S-3; e
d) destacar uma equipe para confeccionar, compilar e manter atualizadas as
informações referentes às condições meteorológicas junto ao COA.

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7.5 CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO EM OPERAÇÕES

7.5.1 As medidas de coordenação e controle do espaço aéreo (MCCEA), sob


responsabilidade da Aviação do Exército em operações, em tempo de paz, são
definidas por intermédio de “Acordo Operacional” com o Comando de
Operações Aeroespaciais (COMAE).

7.5.2 O espaço aéreo correspondente à área de atuação do Adrm Op do B Av


Ex é definido por um volume de aproximação de base (VAB), estabelecido para
a porção do espaço aéreo sobrejacente a essa instalação e com
responsabilidade delegada sobre o espaço aéreo para a Av Ex pelo órgão de
coordenação e controle do tráfego aéreo militar presente no TO/A Op,
regulando o fluxo de aeronaves que chegam ou saem de suas instalações,
bem como por Rotas Padrão para Aeronaves do Exército (RPAE), ligando o
aeródromo a outras instalações da Av Ex.

7.5.3 O VAB é mobiliado na carta pelo escalão responsável, antes mesmo da


instalação do Adrm Op, em condições de divulgação a todos os usuários do
espaço aéreo. Sua atuação restringe o sobrevoo do Adrm Op às aeronaves
que realizarão uma aproximação ou decolagem, evitando ainda que outros
vetores amigos façam seu sobrevoo durante seus deslocamentos. O ingresso
de qualquer aeronave amiga nesse volume é previamente conhecido,
facilitando o controle e sua operação, bem como a identificação rápida de
vetores inimigos.

7.5.4 O controle do Adrm Op restringe-se à identificação das aeronaves que


chegam e que partem. A coordenação diz respeito ao planejamento e a
disposição das aeronaves pela área de pouso, como também ao
direcionamento de aeronaves para locais específicos, como aquelas com carga
externa, conduzindo tropa, em missões de evacuação aeromédica e transporte
de feridos (desde que observadas as exigências de equipamentos a bordo das
aeronaves para esse tipo de missão e as condições de segurança) e
aeronaves de outras frações. Esse direcionamento será feito por balizadores
do Gp Ap Voo/Pel Ct Op Ae Ap Voo/ECAp.

7.5.5 Nas Operações de Cooperação e Coordenação com Agências, em


situação de não guerra, o COMAE estabelece as MCCEA adequadas ao grau
da ameaça, que devem também englobar as necessidades operacionais da
Av Ex, o estabelecimento de uma zona de tráfego de aeródromo (ATZ, do
inglês aerodrome traffic zone) mais baixa, com controle operacional da Av Ex e
o controle do espaço aéreo sobre a área da B Op B Av Ex.

7.5.6 A atuação do Elm Lig Av Ex junto aos órgãos de controle do espaço


aéreo garante a segurança e a liberdade da ação da F Av em operações ao
lado de aeronaves da circulação aérea geral (CAG).

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 6021 –


Publicação científica impressa. Documentação. Rio de Janeiro, RJ, 2016.

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Comandante do Exército 2011-2014. Brasília, DF: Comando do Exército,
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COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CENTRO DE DOUTRINA DO EXÉRCITO
Brasília, DF, 16 de outubro de 2020
www.cdoutex.eb.mil.br

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES


CENTRO DE DOUTRINA DO EXÉRCITO

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