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EB70-MC-10.

302

MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Manual de Campanha

BATALHÃO DE INTELIGÊNCIA
MILITAR

1a Edição
2018
EB70-MC-10.302

MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Manual de Campanha

BATALHÃO DE INTELIGÊNCIA MILITAR

1a Edição
2018
PORTARIA Nº130 - COTER, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2018

Aprova o Manual de Campanha (EB70-MC-


10.302) - Batalhão de Inteligência Militar, 1ª
Edição, 2018.

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso da atribuição que lhe


confere o inciso III do art. 11 do Regulamento do Comando de Operações Terrestres
(EB10-R-06.001), aprovado pela Portaria do Comandante do Exército nº 691, de 14 de
julho de 2014, e de acordo com o que estabelece o inciso II do art. 16 das INSTRUÇÕES
GERAIS PARA O SISTEMA DE DOUTRINA MILITAR TERRESTRE – SIDOMT (EB10-IG-
01.005), 5ª Edição, aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 1.550, de 8
de novembro de 2017,
RESOLVE
Art. 1º Aprovar o Manual de Campanha (EB70-MC-10.302) - Batalhão de Inteligência
Militar, 1ª Edição, 2018, que com esta baixa.

Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.

Gen Ex JOSÉ LUIZ DIAS FREITAS


Comandante de Operações Terrestres

(Publicado no Boletim do Exército nº 52, de 28 de dezembro de 2018)


As sugestões para o aperfeiçoamento desta publicação, relacionadas aos
conceitos e/ou à forma, devem ser remetidas para o e-mail
[email protected] ou registradas no site do Centro de Doutrina do
Exército http://www.cdoutex.eb.mil.br/index.php/fale-conosco

A tabela a seguir apresenta uma forma de relatar as sugestões dos leitores.

Manual Item Redação Atual Redação Sugerida Observação/Comentário


FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES (FRM)

NÚMERO ATO DE PÁGINAS


DATA
DE ORDEM APROVAÇÃO AFETADAS
ÍNDICE DE ASSUNTOS

Pag
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1.1 Finalidade.............................................................................................. 1-1
1.2 Considerações Iniciais........................................................................... 1-1
1.3 Missão ………….................................................................................... 1-1
1.4 Estrutura Organizacional ……………………………………............…... 1-1
1.5 Emprego do Batalhão de Inteligência Militar ………….......……………. 1-4
1.6 Tarefas do Batalhão de Inteligência Militar ………….............…….. 1-5
CAPÍTULO II – RESPONSABILIDADES DE COMANDO
2.1 Considerações Gerais........................................................................... 2-1
2.2 Responsabilidades Funcionais ............................................................. 2-1
CAPÍTULO III – COMPANHIA DE ANÁLISE DE INTELIGÊNCIA
3.1 Missão ................................................................................................. 3-1
3.2 Organização ......................................................................................... 3-1
3.3 Atividades e Tarefas ............................................................................. 3-4
3.4 O Funcionamento da Central de Inteligência ....................................... 3-6
3.5 Fluxo de informações …........................................................................ 3-10
CAPÍTULO IV – COMPANHIA DE SENSORES DE FONTES HUMANAS
4.1 Missão .................................................................................................. 4-1
4.2 Organização. ........................................................................................ 4-1
4.3 Atividades e Tarefas …......................................................................... 4-3
CAPÍTULO V – COMPANHIA DE RECONHECIMENTO E VIGILÂNCIA
DE INTELIGÊNCIA
5.1 Missão .................................................................................................. 5-1
5.2 Organização ......................................................................................... 5-1
5.3 Atividades e Tarefas.............................................................................. 5-2
CAPÍTULO VI – COMPANHIA DE SENSORES DE FONTES
TECNOLÓGICAS
6.1 Missão .................................................................................................. 6-1
6.2 Organização ......................................................................................... 6-1
6.3 Atividades e Tarefas.............................................................................. 6-3
CAPÍTULO VII – COMPANHIA DE COMANDO E APOIO
7.1 Missão .................................................................................................. 7-1
7.2 Organização.......................................................................................... 7-1
7.3 Atividades e Tarefas. ............................................................................ 7-3
ANEXO A – Plano de Obtenção de Conhecimento (POC) ............................... A-1
ANEXO B – Relatório de Missão................................................................. B-1
ANEXO C – Plano de Operações ............................................................... C-1
ANEXO D – Fluxo dos Documentos............................................................ D-1
ANEXO E – Missão de MAGE..................................................................... E-1
ANEXO F – Relatório de MAGE.................................................................. F-1
ANEXO G – Relatório de Interpretação de Imagens................................... G-1
ANEXO H – Relatório de Ação Cibernética................................................. H-1
ANEXO I – Rede Rádio do BIM................................................................... I-1
GLOSSÁRIO
TERMOS E DEFINIÇÕES
REFERÊNCIAS
PREFÁCIO

O mundo encontra-se cada vez mais interligado, informatizado e com cenários


difusos e conflitos híbridos. Nesse contexto, é de fundamental importância para
o Exército possuir uma tropa especializada na obtenção de dados oriundos das
diferentes fontes e que seja capaz de analisar uma grande quantidade de
informações e de assessorar o decisor na tomada de decisão.

A concepção do Batalhão de Inteligência Militar (BIM) teve por objetivo o


aperfeiçoamento do Sistema de Inteligência do Exército (SIEx) e a
modernização de sua estrutura.

O BIM é voltado para operações militares de inteligência, nas situações de


guerra e não guerra, empregando os mais diversos meios tecnológicos,
somado a um efetivo de militares especializados, a fim de aumentar a
capacidade de busca e análise de dados dos Comandos apoiados.

A metodologia para a criação ou atualização de uma OM passa,


necessariamente, pelo estudo e definição das suas capacidades operativas e
atividades/tarefas que deverão ser adquiridas e desempenhadas. A concepção
do quadro de organização do BIM ocorre a partir da conformação de sua base
doutrinária, estrutura organizacional, quadro de cargos e quadro de dotação de
material.

Sendo assim, é necessário que todos os militares, que trabalham envolvidos na


Função de Combate Inteligência, tenham conhecimento do presente manual.
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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

1.1 FINALIDADE

1.1.1 O presente Manual de Campanha tem por finalidade apresentar: a


missão; a estrutura organizacional; as capacidades e limitações; formas de
emprego; e como se processa o fluxo de dados e de conhecimentos entre um
Batalhão de Inteligência Militar (BIM) e o escalão da Força Terrestre que o
enquadra.

1.2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.2.1 O Exército Brasileiro (EB) tem buscado, cada vez mais, estar apto a operar
no amplo espectro das operações militares. A criação do Batalhão de Inteligência
Militar (BIM) se dá neste contexto como resultado da necessidade da evolução das
estruturas de inteligência, dos materiais de emprego militar, dos processos e das
ferramentas de produção do conhecimento.

1.3 MISSÃO

1.3.1 O BIM realiza a atividade de Inteligência em proveito de uma Força de


escalão até Corpo de Exército, quando em operações, atendendo ao amplo
espectro dos conflitos. Para isso, realiza a produção de conhecimentos em
apoio ao planejamento da Força; executa ações de Inteligência,
Reconhecimento, Vigilância e Aquisição de Alvos (IRVA); apoia a obtenção e a
manutenção da consciência situacional; apoia a obtenção da superioridade de
informações; e realiza a busca por ameaças. O BIM também coopera com o
oficial de operações da tropa apoiada no planejamento e coordenação do
emprego dos meios de IRVA.

1.4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

1.4.1 O BIM está organizado em Comando; Estado-Maior; Companhia de


Comando e Apoio; Companhia de Análise de Inteligência; Companhia de
Sensores de Fontes Humanas; Companhia de Sensores de Fontes
Tecnológicas; e Companhia de Reconhecimento e Vigilância de Inteligência.

1.4.1.1 A Companhia de Comando e Apoio (CCAp) destina-se a prestar o


apoio logístico, de comunicações e administrativo ao comando do BIM e às
suas subunidades.
1-1
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Fig 1-1 Organograma de um BIM

1.4.1.2 A Companhia de Análise (Cia Anl) é a responsável por desdobrar,


quando em operações, a Central de Inteligência (Cent Intlg) e compor a Célula
de Inteligência (Cel Intlg), em apoio à Força Terrestre Componente (FTC).

1.4.1.3 A Companhia de Sensores de Fontes Humanas (Cia Sns F Hum)


executa as atividades operacionais planejadas pelo Comando do BIM, por
meio da obtenção de dados oriundos de sensores de fontes humanas, que
atendam às Necessidades de Inteligência (NI) estabelecidas pelo Comandante
e/ou pelo Escalão superior.

1.4.1.4 A Companhia de Sensores de Fontes Tecnológicas (Cia Sns F Tecnl)


executa as atividades operacionais planejadas pelo BIM, por meio da obtenção
de dados oriundos de sensores de fontes de sinais, imagens e cibernética, que
atendam às NI estabelecidas pelo Comandante e/ou pelo Escalão superior.

1.4.1.5 A Companhia de Reconhecimento e Vigilância de Inteligência (Cia Rec


e Vig Intlg) executa as atividades operacionais planejadas pelo BIM, com a
finalidade de obter, confirmar e/ou refutar dados/informações. As ações são,
com prioridade, realizadas em proveito da Função de Combate Inteligência, de
forma a atender às necessidades do Comandante e/ou do Escalão superior.

1.4.2 CAPACIDADES OPERATIVAS (CO)

1.4.2.1 As principais CO requeridas do BIM são:


a) Prontidão: ser capaz de, em curto espaço de tempo, estar em condições de
empregar uma Força no cumprimento de missões, valendo-se de seus próprios
recursos orgânicos e meios disponibilizados;

1-2
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b) Planejamento e Condução: ser capaz de realizar planejamento, preparação,


execução e avaliação contínua de operações militares no amplo espectro,
empregando meios e armamentos modernos, baseados em Tecnologias de
Informação e Comunicações, com adequada proteção;
c) Consciência Situacional: ser capaz de proporcionar em todos os níveis de
decisão, do estratégico ao tático, em tempo real, a compreensão e a interação do
ambiente operacional e a percepção atualizada sobre a situação das tropas amigas
e dos oponentes. É propiciada pela integração dos dados provenientes de
sensores, sistemas de armas e satélites (civis, militares, nacionais e
multinacionais), apoiados em infraestrutura de informação e comunicações com
nível de proteção adequada;
d) Gestão do Conhecimento e das Informações: ser capaz de gerir e compartilhar o
fluxo de conhecimentos coletados ou produzidos por instituições militares e civis,
nacionais ou internacionais, em uma infraestrutura adequada, com o objetivo de
dar suporte aos Comandantes, em todos os níveis de decisão, para o emprego dos
meios e das Forças militares terrestres;
e) Digitalização do Espaço de Batalha: ser capaz de apresentar a representação
digital de aspectos do Espaço de Batalha obtida pela integração entre sensores,
vetores e radares (civis, militares, nacionais ou internacionais), apoiada em uma
infraestrutura de informação e comunicações (IIC), permitindo disponibilizar
informações aos diferentes níveis de decisão, independente do lugar em que se
encontram, com nível de proteção adequada;
f) Interoperabilidade Conjunta: ser capaz de atuar com Força constituída de
maneira integrada, coordenada, harmônica e complementar com as demais Forças
Armadas envolvidas em operações conjuntas;
g) Interoperabilidade Combinada: ser capaz de atuar com Força constituída de
maneira integrada, coordenada, harmônica e complementar com as demais Forças
Armadas envolvidas e Forças de outras nações, sob a égide de organismo
internacional;
h) Interoperabilidade Interagência: ser capaz de atuar com Força constituída de
maneira integrada, coordenada, harmônica e complementar, em ambiente
interagências, para o cumprimento das missões estabelecidas em apoio aos
órgãos governamentais;
i) Proteção de Pessoal: ser capaz de proteger o pessoal (militar e civil) contra os
efeitos das ações próprias, inimigas e naturais;
j) Proteção Física: ser capaz de proteger o material, as instalações e o território de
qualquer ameaça à sua integridade, em áreas definidas;
k) Segurança das Informações e Comunicações: ser capaz de fornecer proteção
adequada, mantendo a integridade e a disponibilidade dos sistemas e das
informações armazenadas, processadas ou transmitidas, por meio da
implementação de medidas adequadas para viabilizar e assegurar a
disponibilidade, a integridade, a confidencialidade e a autenticidade de dados e
informações;
l) Guerra Eletrônica: ser capaz de desempenhar atividades que visam a
desenvolver e a assegurar o emprego eficiente das emissões eletromagnéticas
próprias, ao mesmo tempo em que buscam impedir, dificultar ou tirar proveito das
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emissões inimigas, proporcionando a segurança, liberdade de ação e o êxito no


espaço de batalha;
m) Inteligência: ser capaz de proporcionar os conhecimentos necessários para
apoiar os processos decisórios e para a proteção dos ativos da Força;
n) Exploração Cibernética: ser capaz de conduzir ações de busca ou coleta, nos
Sistemas de Tecnologia da Informação de interesse, a fim de obter dados. Essas
ações devem, preferencialmente, evitar o rastreamento e servir para a produção de
conhecimento ou identificar as vulnerabilidades desses sistemas; e
o) Proteção Cibernética: ser capaz de conduzir ações para neutralizar ataques e
exploração cibernética contra os próprios dispositivos computacionais, redes de
computadores e de comunicações, incrementando as ações de Segurança, Defesa
e Guerra Cibernética, em face de uma situação de crise ou conflito. É uma
atividade de caráter permanente.

1.5 EMPREGO DO BATALHÃO DE INTELIGÊNCIA MILITAR

1.5.1 SITUAÇÕES DE COMANDO

1.5.1.1 As situações de Comando definem o relacionamento entre os


Comandantes dos escalões superiores e os subordinados. Elas estabelecem a
cadeia de comando, buscam a unidade de comando e a unidade de esforços a
serem aplicados, atribuindo flexibilidade ao emprego das Forças subordinadas.

1.5.1.2 O BIM e seus elementos de emprego podem estar sob uma das seguintes
situações de comando, junto ao elemento apoiado: adjudicação, comando
operativo, controle operativo e reforço. O grau de apoio que os Comandantes têm
sobre as Forças colocadas sob o seu comando é o que diferencia uma forma da
outra.

1.5.1.3 Adjudicação - é uma situação de comando onde o Ministro de Estado da


Defesa determina a transferência do comando ou do controle operativo de meios
de cada Força Armada para um Comando Conjunto, de acordo com as
capacidades operativas necessárias, levantadas durante o planejamento para as
operações. Pode ocorrer, para atender a uma necessidade operacional, com a
transferência provisória de meios de uma Força, atuando de forma singular ou
conjunta, para outra, ou para compor uma Força-Tarefa, durante as operações.

1.5.1.4 Comando Operativo - quando é atribuída autoridade a um Comandante


para estabelecer a composição das Forças que lhe foram subordinadas, atribuir
missões e objetivos, além de orientar e coordenar as operações. Normalmente,
não inclui autoridade quanto aos assuntos de administração, à estrutura
organizacional interna, à instrução e ao adestramento das unidades, exceto se um
comando subordinado solicitar assistência nesses assuntos.

1.5.1.5 Controle Operativo - quando é atribuída autoridade a um Comandante


para empregar e controlar as Forças recebidas em missões ou tarefas específicas
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e limitadas no tempo e no espaço. Exclui a autoridade para empregar os


componentes destas Forças separadamente e atribui autoridade para controlar
outras Forças que, embora não lhe sejam subordinadas, operem ou transitem em
sua área de responsabilidade. O Comandante conjunto exerce o controle operativo
sobre as Forças que lhe são adjudicadas, podendo delegá-lo aos Comandantes
das Forças componentes.

1.5.1.6 Reforço - o BIM passa, temporariamente, à subordinação de uma


organização militar de constituição fixa, reforçando-a com a finalidade de agregar
capacidades específicas.

1.5.1.7 Integração - quando o BIM fizer parte de um grande Comando


Operativo (Divisão de Exército e Corpo de Exército), sem constituição fixa,
permanecendo subordinado, para todos os fins, a esse elemento.

1.5.2 FORMAS DE APOIO

1.5.2.1 É a maneira como o elemento de inteligência executa as atividades e


tarefas em prol do elemento apoiado.

1.5.2.2 Durante as operações, o BIM executa as seguintes formas de apoio:

1.5.2.2.1 Apoio ao Conjunto - caracteriza-se pela realização de trabalhos de


inteligência em proveito de todo o escalão apoiado. Quando em apoio ao conjunto,
as equipes de inteligência permanecem centralizadas sob o Comando do BIM,
atendendo às NI do Comando enquadrante e de seus Comandos subordinados.

1.5.2.2.2 Apoio Suplementar - caracteriza-se por suprir um determinado escalão,


que já possua inteligência orgânica, com meios adicionais. Quando em apoio
suplementar, as equipes de inteligência permanecem centralizadas sob o
Comando do BIM.

1.5.2.2.3 Apoio Direto - caracteriza-se pelo emprego dos meios, ou fração destes,
de inteligência em apoio a uma Força que não a possui. O elemento em apoio
direto permanece sob o Comando da unidade de inteligência a que pertence. Cabe
a tropa apoiada indicar as NI a serem obtidas e suas prioridades. É, portanto, uma
forma de apoio semi-centralizado.

1.6 TAREFAS DE UM BATALHÃO DE INTELIGÊNCIA MILITAR

1.6.1 As principais tarefas executadas pelo BIM são:

1.6.1.1 Em relação à produção continuada de conhecimento, em apoio ao


planejamento da Força:
1-5
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TAREFAS AÇÕES ESPECÍFICAS


- Planejar e preparar seu emprego em até 72 horas.
- Reorganizar-se após seu emprego, estando em
Prover prontidão condições de ser empregado novamente em um período
de Inteligência de 48 horas.
- Manter atualizados os bancos de dados de inteligência
sob sua responsabilidade.
- Estabelecer e manter a ligação entre o BIM e as unidades
aéreas da Aviação do Exército e das Força Singulares.
Estabelecer a - Realizar ações coordenadas com estruturas de
arquitetura de inteligência de Forças Armadas de outras Nações.
Inteligência - Realizar ações coordenadas com estruturas de
inteligência das demais Forças Singulares.
- Obter dados, a partir de ligação com outros órgãos.
- Assessorar o Comando enquadrante no emprego de
meios aéreos, fluviais e/ou terrestres.
- Operar com meios orgânicos, por até 72 horas, de forma
independente caso seja ressuprido.
- Conduzir operações de maior alcance e duração, quando
Configurar os em situação de não guerra.
meios de - Operar em ambiente hostil e sob condições climáticas
Inteligência desfavoráveis.
- Manter ligação técnica com os Sistemas Informacionais
necessários.
- Realizar ações coordenadas com estruturas de
inteligência das diversas agências.
- Operar sensores das diversas fontes.
- Empregando Sistemas de Aeronaves Remotamente
Obter dados e
Pilotadas (SARP) orgânicos, em prol do esforço de
informações que
obtenção do BIM.
alimentem o
- Levantar dados sobre o dispositivo de tropas oponentes
Processo de
estacionadas, desdobradas ou em deslocamento.
Integração
- Levantar dados sobre o terreno, a fim de atualizar as
Terreno,
cartas e/ou substituí-las.
Condições
- Realizar o levantamento dos dados meteorológicos, a fim
meteorológicas,
de difundi-los para os diversos escalões.
Inimigo e
- Realizar o levantamento e análise de dados sobre as
Considerações
considerações civis para subsidiar o planejamento das
civis (PITCIC)
operações terrestres.
- Analisar e integrar dados de inteligência obtidos das
Gerar diversas fontes de inteligência.
Conhecimentos - Produzir e difundir conhecimentos de inteligência que
de Inteligência atendam as necessidades do Comando.

1-6
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1.6.1.2 Em relação ao apoio à obtenção da consciência situacional:

TAREFAS AÇÕES ESPECÍFICAS


- Fornecer informações para atualização do mapa de
Executar o situação, fruto do trabalho do PITCIC.
PITCIC - Confeccionar mapas temáticos específicos, de acordo com
a necessidade do Escalão Superior.
- Obter, confirmar ou refutar dados sobre as atividades,
instalações, tropas ou os meios de Forças oponentes, as
Acompanhar características fisiográficas de uma área definida, estruturas
as ações em relevantes para as operações, população, considerações
desenvolvi- civis e outras, a critério do escalão enquadrante.
mento - Produzir conhecimento, de acordo com as NI estabelecidas.
- Difundir os conhecimentos produzidos de maneira oportuna.

- Analisar os sistemas de informação disponíveis na rede,


Apoiar
com objetivo de descrever a estrutura e os softwares
constante-
utilizados e levantar vulnerabilidades.
mente as
- Propor medidas de proteção em sistemas de informação
atividades de
próprios.
proteção
- Realizar ações de segurança orgânica e ativa.
(Contrainteli-
- Participar de ações ativas no campo cibernético, no
gência)
contexto de uma operação de Contrainteligência.

1.6.1.3 Em relação às ações de Inteligência, Reconhecimento, Vigilância e


Aquisição de Alvos (IRVA):

TAREFAS AÇÕES ESPECÍFICAS


Sincronizar as - Sincronizar o esforço de obtenção dos meios IRVA
atividades IRVA orgânicos, de acordo com planejamento do Batalhão.
Executar a - Integrar os dados/informações dos esforços de
integração de obtenção dos meios IRVA orgânicos e não orgânicos, de
atividades IRVA acordo com planejamento do Batalhão.
- Realizar até 03 (três) atividades de reconhecimento
e/ou vigilância simultâneas na fase de emprego, de
forma contínua, por um período de 72 horas.
- Realizar reconhecimento especializado, com a
- Conduzir finalidade de apresentar o briefing de Inteligência para a
reconhecimentos preparação das demais frações do BIM ou de outras
tropas do escalão enquadrante.
- Realizar o reconhecimento de sinais eletromagnéticos.
- Realizar reconhecimento especializado de Inteligência
em áreas ou pontos específicos.
- Realizar até 03 (três) atividades de reconhecimento
Conduzir
e/ou vigilância simultâneas na fase de emprego, de
vigilância
forma contínua, por um período de 72 horas.
1-7
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- Vigiar áreas, instalações, materiais, equipamentos ou


pessoal na área de operações, empregando meios
especializados.
- Realizar o monitoramento de Regiões de Interesse
Para Inteligência (RIPI), ficando em condições de atuar
nas áreas com objetivos de interesse sob sua
responsabilidade.
- Monitorar, por meio de vigilância de Inteligência
eletrônica, determinada região da área de operações ou
uma tropa inimiga desdobrada no terreno.
- Avaliar danos físicos de uma operação.
- Realizar a extração inicial de dados em documentos e
materiais inimigos capturados.
Conduzir outras - Obter dados, a partir do emprego de técnicas
operações e operacionais especializadas.
missões - Realizar recrutamento operacional.
relacionadas à - Estabelecer e operar redes de informantes,
Inteligência colaboradores e agentes especiais (AE).
- Obter dados de interesse, a partir da monitoração de
redes físicas e lógicas.
- Realizar a obtenção de alvos específicos de interesse
Proporcionar do escalão enquadrante.
apoio de - Realizar aquisição de alvos.
Inteligência à - Analisar o contexto da operação, identificando
busca de alvos elementos imprescindíveis para a manobra da Força
oponente.
Prover apoio de - Proporcionar a obtenção da consciência situacional,
Inteligência às mediante análise e julgamento dos conhecimentos e
tarefas de informações relevantes, com vistas a determinar as
informações relações entre os fatores operativos e de decisão.

1.6.1.4 Em relação ao apoio à obtenção da superioridade de informações:

TAREFAS AÇÕES ESPECÍFICAS


Prover apoio de - Proporcionar a obtenção da consciência situacional,
Inteligência às mediante a análise e o julgamento dos conhecimentos e
tarefas de informações relevantes, com vistas a determinar as
informação relações entre os fatores operativos e de decisão.
Proporcionar - Prover e manter atualizado o conhecimento sobre a
apoio de região de operações e prover novos conhecimentos
Inteligência às sobre a situação, durante a evolução da operação.
atividades de
avaliação das
operações

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1.6.1.5 Em relação ao apoio à busca de ameaças:

TAREFAS MISSÕES ESPECÍFICAS


- Realizar triagem de inteligência em Prisioneiro de
Guerra (PG), refugiados, deslocados.
Proporcionar - Obter dados, a partir de entrevistas com refugiados,
apoio de deslocados, imigrantes, população local, integrantes de
Inteligência à agências civis, Forças amigas, elementos extraviados
busca continuada etc.
de ameaças - Obter dados, a partir de documentação e mídia
apreendida.
- Obter dados, a partir de material apreendido.
- Detectar, registrar e informar atividades de Força
Proporcionar
adversa, em local e período de tempo específico, de
apoio de
modo a proporcionar dados oportunos para as
Inteligência à
operações e escalão enquadrante, por intermédio de
detecção
meios especializados.
continuada de
- Prover o alerta antecipado de ameaças e Forças
ameaças
oponentes, por meio da fonte de sinais.

Fig 1-2 Desdobramento dos meios do BIM, à retaguarda da LP/LC.

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Fig 1-3 Desdobramento dos meios do BIM, à frente da LP/LC

1-10
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CAPÍTULO II

RESPONSABILIDADES DE COMANDO

2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

2.1.1 Comando e Controle (C2) é um processo por meio do qual as


atividades do BIM são planejadas, coordenadas e conduzidas para o
cumprimento da missão. Esse processo abrange pessoal, equipamento,
comunicações, instalações, hierarquia, disciplina e procedimentos
necessários para planejar, expedir ordens e planos e para supervisionar a
execução das operações de inteligência destinadas à obtenção de dados.

2.2 RESPONSABILIDADES FUNCIONAIS

2.2.1 Os integrantes do BIM, além das responsabilidades normais inerentes


a cada função, possuem algumas específicas.

2.2.2 COMANDANTE DA UNIDADE

2.2.2.1 O Comandante é o principal responsável pelo correto emprego dos


meios de busca da unidade. Seus deveres exigem que tenha um completo
conhecimento sobre o emprego tático e técnico; sobre as possibilidades e
limitações de todos os elementos orgânicos.

2.2.3 SUBCOMANDANTE DA UNIDADE

2.2.3.1 É o principal auxiliar e assessor do Comandante do Batalhão. Coordena


e supervisiona os detalhes das operações militares de inteligência nas
situações de guerra e não guerra, permitindo ao Comandante do Batalhão
concentrar-se nos assuntos de comando mais importantes.

2.2.3.2 Coordenar a confecção da matriz de sincronização, por ocasião da


elaboração da Ordem Preparatória e da Ordem de Operações de Inteligência.

2.2.4 ESTADO-MAIOR GERAL

2.2.4.1 Oficial de Pessoal (S1)

2.2.4.1.1 Suas atividades da área de pessoal, dentre outras, são comuns às


realizadas pelos oficiais de pessoal de uma Unidade de manobra.

2.2.4.2 Oficial de Inteligência (S2)


2-1
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2.2.4.2.1 O S2 é o principal assessor do Comandante quanto à Segurança


Orgânica do Batalhão, sendo responsável pelo planejamento, coordenação e
sincronização dessas atividades.

2.2.4.2.2 Participa do exame de situação continuado junto com o S3, o S4 e


com o Subcomandante (S Cmt), auxiliando e orientando os oficiais do Estado-
Maior na adoção de planos e ações necessárias à garantia do sigilo das
operações e à proteção das frações empregadas.

2.2.4.2.3 Coordena a execução das medidas de contrainteligência que devam


ser adotadas em proveito das operações desenvolvidas pelo Batalhão.

2.2.4.3 Oficial de Operações (S3)

2.2.4.3.1 É o principal assessor do Comandante na área das operações


militares de Inteligência e emprego do BIM. Tem responsabilidade no
planejamento, na coordenação e na sincronização dessas operações.

2.2.4.3.2 Normalmente, atua junto com o Comandante, dedicando, também,


atenção às ações desenvolvidas nos setores secundários, a fim de permitir ao
Comandante priorizar as mais importantes.

2.2.4.3.3 Mantém o Comandante informado sobre o desenvolvimento de todas


as operações desenvolvidas pelo BIM, ficando em condições de apresentar
sugestões.

2.2.4.3.4 Planeja, em coordenação com o S4, o deslocamento das frações do


BIM, inclusive o tipo do transporte exigido.

2.2.4.3.5 Elabora a Ordem Preparatória (O Prep) e a O Op BIM, recebendo dos


demais componentes do EM os parágrafos e anexos de suas
responsabilidades.

2.2.4.3.6 Coordena os meios de busca do BIM, em conjunto com os


Comandantes de subunidade, e apresenta ao Comandante as propostas de
emprego destes meios.

2.2.4.3.7 Recebe todos os conhecimentos produzidos pelas subunidades de


busca, realiza uma análise e integração imediatas deles, tendo a preocupação
em não adiantar o trabalho de análise realizado pela Companhia de Análise, e,
posteriormente, encaminha-os para a Central de Inteligência do BIM. Esse
procedimento possibilita a obtenção da Consciência Situacional dos meios do
BIM, permitindo que o S3 assessore o Comandante da melhor maneira
possível.

2-2
EB70-MC-10.302

2.2.4.4 Oficial de Logística (S4)

2.2.4.4.1 É o principal assessor nas atividades de apoio logístico e o


coordenador da manobra logística, sendo o responsável pela integração dos
planejamentos das 1a e 4a Seções do Estado-Maior e da logística com as
operações do Batalhão.

2.2.4.4.2 Mantém estreita e contínua coordenação com o E4 do escalão que


enquadra o Batalhão.

2.2.4.4.3 Propõe ao Comandante a localização das áreas onde as frações do


Batalhão serão empregadas em operações de Inteligência e como estas serão
apoiadas logisticamente.

2.2.4.4.4 Mantém ligação permanente com as Unidades apoiadoras e


apoiadas, permitindo obter Consciência Situacional sobre a situação tática e
logística da operação.

2-3
EB70-MC-10.302

CAPÍTULO III

COMPANHIA DE ANÁLISE DE INTELIGÊNCIA

3.1 MISSÃO

3.1.1 A Companhia de Análise de Inteligência (Cia Anl Intlg) é a responsável,


quando em operações, por desdobrar a Central de Inteligência (Cent Intlg) e
compor a Célula de Inteligência (Cel Intlg) do escalão da F Ter ao qual estiver
subordinada, com o objetivo de prover a consciência situacional do Comando.

3.2 ORGANIZAÇÃO

3.2.1 A Cia Anl Intlg é composta pelo Comando da SU (Cmdo), uma Seção de
Comando (Seç Cmdo), uma Seção de Planejamento e Coordenação de
Inteligência (Seç Plj Coor Intlg) e dois Pelotões de Análise de Inteligência (Pel
Anl Intlg).

Fig 3-1 Organograma da Cia Anl Intlg

3.2.2 O Comando da Cia Anl Intlg é composto por Comandante e Grupo de


Comando.

3.2.3 O Comandante da Cia Anl Intlg possui as seguintes atribuições


específicas:
a) chefiar a Cent Intlg da Força Terrestre Componente (FTC) e coordenar os
trabalhos das seções constituintes da SU, no desdobramento da Cent Intlg, em
apoio à Força apoiada; e
3-1
EB70-MC-10.302

b) coordenar os trabalhos da Cent Intlg, em proveito da Cel Intlg da Força


apoiada.

3.2.4 O S Cmt da Cia Anl Intlg possui as seguintes atribuições específicas aos
trabalhos de inteligência:
a) estar em condições de substituir o Cmt Cia, em qualquer ocasião; e
b) coordenar os trabalhos de montagem de uma Cent Intlg.

3.2.5 O encarregado de material da Cia Anl Intlg é o responsável por controlar


todo o material da Cent Intlg, bem como manter a disponibilidade dos mesmos.

3.2.6 PELOTÃO DE ANÁLISE DE INTELIGÊNCIA (Seç Anl Intlg)

Fig 3-2 Organograma do Pel Anl Intlg

3.2.6.1 Os Pel Anl Intlg possuem a seguinte constituição:


a) Chefe da Seção e Analista Integrador;
b) 01 (uma) Turma de Obtenção;
c) 01 (uma) Turma de Integração;
d) 01 (uma) Turma de Análise de Inteligência;
e) 01 (uma) Turma de Análise de Contrainteligência;
f ) 01 (uma) Turma de Análise de Fontes Tecnológicas; e
g) 01 (uma) Turma de Difusão de Informações (Tu Dif Info).

3.2.6.2 O Pel Anl Intlg desdobra, durante uma operação militar, a Central de
Inteligência. Esta central é dotada de pessoal e equipamentos com o objetivo
de produzir e difundir conhecimentos com oportunidade para o Comando da
Força empregada.

3-2
EB70-MC-10.302

3.2.6.2.1 Central de Inteligência (ativada somente após o planejamento


inicial da operação)

Fig 3-3 Organograma da Cent Intlg

3.2.6.2.1.1 A Cent Intlg possui, normalmente, a seguinte constituição:


a) Chefe da Central;
b) Analista Integrador;
c) 01 Turma de Integração; que tem por missão organizar a produção do
conhecimento, atendendo às demandas do Comandante da operação
oportunamente;
d) 03 (três) Turmas de Análise de Inteligência (Tu Anl Intlg);
e) 01 (uma) Turma de Contrainteligência (Tu C Intlg);
f) 01 (uma) Turma de Análise de Fontes Tecnológicas;
g) 01 (uma) Turma de Obtenção; e
h) 01 (uma) Turma de Difusão de Informações (Tu Dif Info).

3.2.6.2.1.2 A Cent Intlg, em sua estrutura, deve contar com a participação de


especialistas de todas as fontes de dados utilizadas na operação.

3.2.7 SEÇÃO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE INTELIGÊNCIA


(Seç Plj Coor Intlg)

3-3
EB70-MC-10.302

Fig 3-4 Organograma da Seç Plj Coor Intlg

3.2.7.1 A Seç Plj Coor Intlg possui a seguinte constituição:


a) Chefe de Seção e Analista;
b) 01 (uma) Turma de Análise de Alvos (Tu Anl A) com:
- Analista,
- Auxiliar(es) de Analista e
- Operador de Informações Geográficas (Op Info Geo);
c) 01 (uma) Turma de Coordenação de Obtenção de Alvos (Tu Coor Obt A)
com:
- Coordenador e
- Auxiliar(es) de Coordenação de Obtenção de Alvos; e
d) 01 (uma) Turma de Coordenação de Contrainteligência (Tu Coor C Intlg)
com:
- Coordenador de C Intlg e
- Auxiliar(es) de coordenação de C Intlg.

3.3 ATIVIDADES E TAREFAS

3.3.1 PELOTÃO DE ANÁLISE DE INTELIGÊNCIA (Pel Anl Intlg)

3.3.1.1 As principais tarefas da Pel Anl Intlg são:


a) mobiliar a Central, durante uma operação militar, com pessoal e
equipamentos destinados a produzir e difundir conhecimentos com
oportunidade para o Comandante operativo;
b) apoiar a Cel Intlg no planejamento e coordenação de obtenção de dados que
possibilitem a produção de conhecimentos de inteligência;

3-4
EB70-MC-10.302

c) analisar e integrar dados recebidos e coletados, de modo a subsidiar a


manutenção da Consciência Situacional do Comando enquadrante;
d) produzir conhecimentos de inteligência, dos mais básicos aos de mais alto
nível, em observância com os Planos de Obtenção do Conhecimento (POC),
ordens ou pedidos de busca, objetivando o assessoramento aos Comandos
enquadrantes;
e) alimentar o Sistema de Inteligência do Exército (SIEx) com os
conhecimentos de inteligência produzidos;
f) permitir a integração de dados e conhecimentos, oriundos das diversas
fontes;
g) permitir a obtenção de dados em tempo real, utilizando plenamente da
tecnologia da informação disponível; e
h) oferecer flexibilidade para atender aos níveis tático, operacional e
estratégico, em cenários variados.

Fig 3-5 Central de Inteligência

3.3.2 SEÇÃO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE INTELIGÊNCIA


(Seç Plj Coor Intlg)

3.3.2.1 A Seç Plj Coor Intlg é a responsável por compor a Cel Intlg da Força
apoiada.

3.3.2.2 Como componente da Cel Intlg, a Seç Plj Coor Intlg apoia o Oficial de
Inteligência (E2) na coordenação das atividades de inteligência da Força,
auxiliando-o em todas as suas atribuições.

3.3.2.3 A Seç Plj Coor Intlg tem como principais tarefas:

3-5
EB70-MC-10.302

a) apoiar com pessoal e material a célula do Oficial de Inteligência; e


b) auxiliar as atividades do Oficial de Inteligência em relação aos trabalhos de
Estado-Maior.

Fig 3-6 Trabalho de EM da FTC - Oficial de Inteligência sendo apoiado pela SPC

3.4 O FUNCIONAMENTO DA CENTRAL


] DE INTELIGÊNCIA
3.4.1 Nas operações, seja em situação de guerra ou de não guerra, a Cia Anl
Intlg possui a missão, entre outras, de desdobrar a Cent Intlg e compor a Cel
Intlg do Centro de Coordenação das Operações (CCOp) do escalão apoiado.

3.4.2 No ciclo da inteligência militar, a Cent Intlg participa de todas as fases. Na


fase de obtenção, a Cent Intlg participa, por meio da Célula de Análise (Cel
Anl), na obtenção de dados, seja a partir de bancos de dados ou por meio de
fontes abertas. Estes dados, juntamente com os demais dados levantados, são
integrados na fase de produção, tendo como produtos os conhecimentos
elaborados pela Cel Anl.

3.4.3 Ao término do Exame de Situação de Inteligência, a coordenação dos


meios de obtenção passa a ser realizada diretamente pela Cent Intlg, com a
ativação da Célula de Obtenção (Cel Obtç). Esta célula liga-se com os
elementos responsáveis pelas tarefas de IRVA, expedindo o Plano de Busca
(PB)/Ordem de Busca (OB), a fim de complementar os dados recebidos,
atendendo integralmente às Necessidades de Inteligência (NI) expressas no
POC.

3.4.4 Visualiza-se o funcionamento da Cent Intlg antes, durante e após o


desencadeamento de uma operação com emprego de tropa.

3-6
EB70-MC-10.302

3.4.5 Na fase do Exame de Situação de Inteligência, a Cent Intlg desdobra os


meios de análise e de difusão da informação, ficando em condições de prestar
qualquer apoio ao EM do escalão apoiado, mediante demandas do Oficial de
Inteligência (E2), que é o Chefe da Cel Intlg.

3.4.6 Por fim, a Central participa da fase de orientação por meio de sua Cel
Obt, que é responsável por solicitar a complementação das NI que não foram
respondidas, ou que foram parcialmente respondidas, pelos meios de obtenção
e repassá-las para a Cel Intlg do escalão apoiado.

3.4.7 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA (Cent Intlg)

3.4.7.1 A estrutura e os meios de uma Cent Intlg estão diretamente


relacionados com a Operação a ser apoiada, com a complexidade dos
conhecimentos necessários e com o volume de meios de obtenção de dados
das diversas fontes empregadas.

3.4.7.2 Quando em operações, a Cent Intlg é organizada nas seguintes células:


a) Células de Análise (Cel Anl): compostas a partir da evolução das Turmas de
Integração, de Anl Intlg, de CI e de Anl F Tecnl;
b) Célula de Obtenção (Cel Obt): surge da evolução da Turma de Obtenção; e
c) Célula de Difusão de Informações: surge da Turma de Difusão de
Informações.

3.4.7.3 Chefia da Central de Inteligência

3.4.7.3.1 É a estrutura componente da Central de Inteligência responsável por


coordenar o trabalho das células que a compõe.

3.4.7.3.2 É integrada pelo Chefe da Cent Intlg, que é o Comandante da Cia Anl
Intlg, e pelo Subchefe da Cent Intlg, que é o S Cmt da Cia Anl.

3.4.7.3.3 O Chefe da Central é o responsável por orientar a produção de


conhecimentos de Inteligência, com base no POC da Força apoiada, bem
como definir a difusão dos referidos conhecimentos de inteligência.

3.4.7.3.4 O Chefe da Central deve manter estreita ligação com a Célula de


Inteligência, com a finalidade de estreitar e otimizar o fluxo de informações
entre essas estruturas.

3.4.7.3.5 O Subchefe deve estar em condições de substituir o Chefe da Cent


Intlg em todas as suas tarefas.

3.4.7.3.6 O Chefe da Cent Intlg possui, ainda, as seguintes atribuições:


a) definir os fluxos a serem seguidos, tanto no que diz respeito ao recebimento
como à difusão de conhecimentos, dentro e fora da Cent Intlg;
3-7
EB70-MC-10.302

b) após coordenação com o Oficial de Inteligência (Ch Cel Intlg), expedir sua
Diretriz de Planejamento aos integrantes da Cent Intlg;
c) instruir a confecção, a difusão e a execução do PSO, do Plano Contingente e
do Plano de Controle de Danos; e
d) tomar conhecimento, aprovar e autorizar a difusão de todo documento
produzido na Cent Intlg.

3.4.8 CÉLULA DE ANÁLISE DE INTELIGÊNCIA

3.4.8.1 É a estrutura componente da Cent Intlg responsável pela análise e


integração dos dados e informações obtidos das diversas fontes.

3.4.8.2 Nas operações militares, em situação de guerra e de não guerra, a


Célula de Análise de Inteligência contribui na confecção dos seguintes produtos
de inteligência:
a) Informe,
b) Informação,
c) Apreciação,
d) Estimativa,
e) Sumário de Inteligência,
f) Relatórios Especiais, Relatórios Suplementares,
g) Estimativa de Inteligência, Estimativa Corrente de Inteligência, Cenário
Operativo Comum, dentre outros.

3.4.8.3 A Turma de Integração, da Cel Anl Intlg, é responsável pela integração


de dados e análise de conhecimentos de temas estabelecidos pelo Analista
Integrador, de acordo com as NI (EEI e ONI) levantadas e o POC elaborado.
Ela deve estar em condições de acompanhar qualquer tema designado pelo
Analista Integrador.

3.4.8.4 Apesar da aptidão da Cel Anl Intlg em acompanhar temas


diversificados, é desejável que os seguintes temas de acompanhamento sejam
atribuídos à determinadas Tu Anl Intlg, com o intuito de especializá-las em
aspectos recorrentes no campo de batalha:
a) análise da Ordem de Batalha do Inimigo;
b) análise do terreno, das condições climáticas e meteorológicas; e
c) análise das considerações civis.

3.4.8.5 A Turma de Análise de Fontes Tecnológicas (Tu Anl F Tecnl), da Cel


Anl Intlg, é responsável por analisar dados técnicos provenientes das Fontes
de Imagem, de Sinais e Cibernéticas recebidos.

3.4.8.6 A Tu Anl F Tecnl possui, ainda, as seguintes atribuições:


a) consolidar os dados de condições climáticas e meteorológicas, recebidos
dos meios de obtenção ou obtidos, a partir dos bancos de dados ou fontes
abertas disponíveis;
3-8
EB70-MC-10.302

b) contribuir para a atualização do Mapa de Situação;


c) realizar a pesquisa especializada no ambiente cibernético em proveito de
toda a Central, utilizando aplicativos de pesquisa disponibilizados para a
operação; e
d) auxiliar a Turma de Segurança Orgânica na proteção das redes da Cent
Intlg.

3.4.8.7 A Turma de Contrainteligência (Tu C Intlg) é responsável pela


integração de dados e análise de conhecimentos do ramo C Intlg.

3.4.8.8 A Tu de Contrainteligência é, também, a Turma de Segurança Orgânica


da Cent Intlg, sendo seu Chefe o Oficial de Segurança Orgânica (OSO) da
Central.

3.4.8.9 A Tu C Intlg possui, ainda, as seguintes atribuições:


a) confeccionar e difundir o PSO;
b) conferir o funcionamento de todos os meios disponibilizados, em particular a
infraestrutura de comunicações;
c) fiscalizar o cumprimento das medidas estabelecidas no PSO;
d) elaborar o Plano Contingente e o Plano de Controle de Danos;
e) realizar reunião com todos os integrantes da Central para esclarecer os
procedimentos referentes à Segurança Orgânica;
f) certificar-se, por meio de varredura, da segurança das instalações da Central,
antes do início da operação;
g) assessorar o Chefe da Central de Inteligência quanto à localização principal
e alternativa da mesma; e
h) assessorar o Chefe da Central em todos os assuntos relativos à Segurança
Orgânica.

3.4.8.10 Todas as turmas integrantes da Cel Anl Intlg possuem, ainda, as


seguintes atribuições:
a) pesquisar em fontes abertas, disponíveis durante a operação, utilizando-
se das ferramentas disponíveis para tal;
b) ficar em condições de participar das ambientações sobre a operação em
curso;
c) elaborar o planejamento para a produção do conhecimento ;
d) integrar os dados recebidos, visando à produção de conhecimentos para
os destinatários cabíveis;
e) formalizar os conhecimentos produzidos;
f) inteirar-se sobre a sistemática do fluxo de mensagens a ser adotada na
Cent Intlg; e
g) contribuir para a produção, de qualquer conhecimento de Inteligência
demandado pelo EM da Força apoiada.

3-9
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3.4.9 CÉLULA DE OBTENÇÃO DE DADOS

3.4.9.1 É a estrutura componente da Central de Inteligência que coordena e


aciona os meios das diversas fontes de obtenção, a fim de complementar
dados e informações recebidas.

3.4.9.2 Suas atribuições são as seguintes:


a) ligar-se com os meios de IRVA disponíveis para a FTC, alertando-os dos
prazos e das prioridades dos dados solicitados;
b) ligar-se com os meios IRVA para solicitar dados e informações
suplementares aos recebidos pela Cel Anl; e
c) expedir PB/OB, de acordo com as demandas apresentadas pela Cel Anl no
POC.

3.4.10 CÉLULA DE DIFUSÃO DE INFORMAÇÃO (Cel Dif Info)

3.4.10.1 A Tu Dif Info evolui para Cel Dif Info quando do desdobramento de
uma Cent Intlg.

3.4.10.2 Concluído o processo de produção, os conhecimentos são difundidos


pela Cel Dif Info para o Comando apoiado.

3.4.10.3 A Cel Dif Info é a responsável pela operação da Rede de Inteligência


estabelecida com os meios de obtenção e com a Cel Intlg, executando os
procedimentos de recebimento, triagem, armazenamento e transmissão de
todas as comunicações da Cent Intlg.

3.4.10.4 O Ch Cel Dif Info é o responsável pela garantia do Fluxo de


Inteligência no âmbito da Cent Intlg, bem como pela manutenção da
infraestrutura tecnológica e de comunicações necessária para o seu
funcionamento.

3.4.10.5 Os auxiliares da Cel Dif devem ter condições de substituir o Ch da Cel


Dif Info, devendo estar em condições de responder por todos os assuntos
afetos a ele.

3.5 FLUXO DE INFORMAÇÕES

3.5.1 A ilustração a seguir apresenta o Fluxo de Inteligência durante a fase do


planejamento.

3-10
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Fig 3-7 Fluxo de Inteligência durante o Exame Inicial de Inteligência

3.5.2 A fase de planejamento é inteiramente executada pela Cel Intlg do Cmdo


Op enquadrante, englobando as tarefas de: elaboração do Plano de Obtenção
do Conhecimento (POC); do Processo de Integração do Terreno, Condições
meteorológicas, Inimigo e Considerações civis (PITCIC); do Exame de Situação
de Intlg e de C Intlg; e de confecção do Anexo de Inteligência à Ordem de
Operações da Força apoiada.

3.5.3 A Ordem de Operações da Força enquadrante é o documento que


autoriza o BIM a empregar técnicas operacionais de inteligência. O
planejamento e o emprego do BIM atendem, prioritariamente, ao POC.

3.5.4 Após a fase de planejamento, o Fluxo de Inteligência passa a ser o


seguinte:

3-11
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Fig 3-8 Fluxo de Inteligência durante as operações

3.5.5 Novas tarefas de obtenção são expedidas por meio de atualizações do


POC, realizadas na Cel Intlg/Cmdo apoiado. Na Cent Intlg, as NI não
respondidas, ou parcialmente respondidas, são direcionadas para a Cel Obt,
que pode expedir OB/PB diretamente para os órgãos de obtenção. Desta
forma, a coordenação dos meios de obtenção é realizada diretamente pela
Cent Intlg, acelerando a realimentação do Fluxo de Inteligência e aproximando-
a dos órgãos de obtenção.

3.5.6 A Cent Intlg, sempre que a situação tática permitir, deve ser desdobrada
próxima ao CCOp, onde se encontra o EM/Cmdo da Força apoiada e,
particularmente, a Cel Intlg/Cmdo dessa Força. Tal proximidade propicia
agilidade na execução do Ciclo da Inteligência Militar (orientação, obtenção,
produção e difusão), facilitando as ligações entre a Cent Intlg e o EM do
Comando apoiado (FTC).

3.5.7 FLUXO DE INFORMAÇÕES NA SEÇ ANL INTLG/CENT INTLG

3.5.7.1 Para a tramitação de documentos, na Seç Anl Intlg/Cent Intlg, devem


ser estabelecidos os fluxos que serão descritos a seguir.

3.5.7.2 Documentos recebidos pela Seç Anl Intlg/Cent Intlg:


a) a Seç Anl Intlg/Cent Intlg realiza seus trabalhos utilizando duas redes de
computadores distintas, uma externa e outra interna. As duas redes são
segregadas;
b) os documentos enviados são recebidos em um computador conectado à
rede externa (operada pela Cel Dif Info);
c) a Cel Dif Info, após receber a mensagem, proveniente das redes externas,
retira-a utilizando um pen drive institucional, introduzindo-a, em seguida, na
3-12
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rede interna;
d) após isso, insere a mensagem em outro computador com acesso à rede
interna da Cent Intlg, onde realiza a sua decriptografia; e
e) depois de ser decriptografada, a mensagem é, inicialmente, direcionada ao
Analista-Integrador (S Ch da Central). Após verificar seu conteúdo, esse
militar encaminha a mensagem ao elemento de interesse da Cent Intlg.

3.5.7.3 Documentos expedidos pela Seç Anl Intlg/Cent Intlg:


a) após um conhecimento ser produzido, por um dos analistas da Célula de
Análise, ele é enviado ao analista-integrador. Nesse momento, poderá ocorrer
a integração do conhecimento produzido com outros provenientes na Central;
b) após a aprovação pelo analista-integrador, o documento produzido é
encaminhado ao chefe da central;
c) uma vez aprovado pelo chefe da central, o documento é remetido à Cel Dif
Info para ser enviado a seu destinatário; e
d) no computador ligado à rede interna da Central, a Cel Dif Info realiza a
criptografia da mensagem. A seguir, utilizando um pen drive institucional, o
arquivo é retirado desse computador e movido para o computador ligado à rede
externa. Por intermédio da rede externa, a mensagem criptografada é
transmitida.

Fig 3-9 Fluxo de Info na Cent Intlg

3-13
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CAPÍTULO IV

COMPANHIA DE SENSORES DE FONTES HUMANAS

4.1 MISSÃO

4.1.1 Obter dados oriundos das fontes humanas, que atendam às NI


estabelecidas pelo Cmt BIM e/ou pelo Comando da Força apoiada.

4.2 ORGANIZAÇÃO

4.2.1 COMPANHIA SENSORES DE FONTES HUMANAS (Cia Sns F Hum)

4.2.1.1 A Cia Sns F Hum é composta pelo Comando da SU (Cmdo), uma Seção
de Comando (Seç Cmdo), dois Pelotões de Operações de Inteligência (Pel Op
Intlg), um Pelotão de Contrainteligência (Pel C Intlg) e uma Seção de Apoio
Técnico (Seç Ap Tec).

Fig 4-1 Organograma da Cia Sns F Hum

4.2.2 PELOTÃO DE OPERAÇÕES DE INTELIGÊNCIA (Pel Op Intlg)

4.2.2.1 O Pel Op Intlg é composto pelo Cmt Pel e por 02 (dois) Grupos de Op de
Intlg.

4-1
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Fig 4-2 Organograma do Pel Op Intlg

4.2.2.2 Os Grupos de Operações de Inteligências são estruturados para o


cumprimento das mais diversas missões de inteligência.

4.2.2.3 O Cmt Pel Op Intlg é o responsável por planejar e conduzir os trabalhos


atinentes às operações de inteligência.

4.2.3 SEÇÃO DE APOIO TÉCNICO (Seç Ap Tec)

Fig 4-3 Organograma do Gp Ap Tec

4.2.3.1 A Seç Ap Tec é composta por:


a) 01 (um) Comandante;
b) 01 (um) Grupo de Intérpretes;
c) 01 (um) Grupo de Exploração de Documentação Capturada; e
d) 01 (um) Grupo de Exploração de Material Capturado.

4.2.3.2 Seus integrantes estão habilitados nos idiomas que se façam


necessários para o apoio, durante às operações de inteligência.

4.2.3.3 O Comandante da Seç Ap Tec é responsável por coordenar e orientar


as atividades do grupo.

4-2
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4.2.4 PELOTÃO DE OPERAÇÕES DE CONTRAINTELIGÊNCIA (Pel Op C


Intlg)

4.2.4.1 O Pel Op C Intlg é composto pelo Comandante do Pelotão e por 02


(dois) Grupos de Op de C Intlg.

Fig 4-4 Organograma do Pel Op C Intlg

4.2.4.2 Os Grupos de Operações de Contrainteligência são estruturados de


forma a serem empregados no cumprimento das mais diversas missões de
inteligência.

4.2.4.3 O Cmt Pel Op C Intlg é o responsável por planejar e conduzir os


trabalhos atinentes às operações de contrainteligência.

4.3 ATIVIDADES E TAREFAS

4.3.1 COMPANHIA DE SENSORES DE FONTES HUMANAS (Cia Sns F Hum)

4.3.1.1 A Companhia tem seu emprego orientado pelo EM do BIM e planejado


pelo Cmt dessa SU.

4.3.1.2 Atua em operações militares, sejam elas: básicas, complementares ou


nas ações comuns.

4.3.1.3 As técnicas operacionais empregadas pela Cia Sns F Hum estão


baseadas em legislações específicas.

4.3.2 PELOTÕES DE OPERAÇÕES DE INTELIGÊNCIA (Pel Op Intlg)

4.3.2.1 A principal atividade do Pel Op Intlg é conduzir Op Intlg na Área de


Interesse da Força apoiada, na busca dos dados protegidos e conhecimentos
sigilosos elencados nas NI estabelecidas.
4-3
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4.3.2.2 As principais tarefas do Pel Op Intlg são:


a) produzir conhecimentos de reduzida complexidade (informe);
b) realizar ações coordenadas com OI das demais Forças Armadas nacionais;
c) realizar ações coordenadas com OI de Forças Armadas de outras Nações;
d) realizar ações coordenadas com OI de diversas agências governamentais ou
não governamentais;
e) obter dados, a partir do emprego de técnicas operacionais especializadas;
f) realizar triagem de inteligência em PG, refugiados, deslocados;
g) obter dados, a partir de entrevistas com refugiados, deslocados, imigrantes,
população local, integrantes de agências civis, Forças amigas, elementos
extraviados etc;
h) obter dados, a partir de Interrogatório de PG;
i) empregar técnicas e procedimentos operacionais especializados;
j) estabelecer e operar redes de informantes, colaboradores e agentes
especiais;
k) obter dados, a partir de ligação com outros órgãos;
l) vigiar áreas, instalações, materiais, equipamentos ou pessoal na área de
operações;
m) contribuir para a aquisição de alvos;
n) avaliar danos físicos e psicológicos de uma operação; e
o) realizar reconhecimentos especializados, com a finalidade de apresentar o
briefing de inteligência para preparação das demais frações do BIM ou de
outras tropas do escalão enquadrante.

Fig 4-5 Briefing para a SU de Infantaria realizado por um Operador de Inteligência

4-4
EB70-MC-10.302
4.3.3 GRUPO DE APOIO TÉCNICO (Gp Ap Tec)

4.3.3.1 A principal atividade do Gp Ap Tec é prestar apoio linguístico ao BIM,


em particular às frações da Cia Sns F Hum, e obter dados, a partir da
exploração da documentação e dos materiais obtidos ou capturados em outros
idiomas.

4.3.3.2 As principais tarefas do Gp Ap Tec são:


a) apoiar as atividades do BIM, com prioridade para a Cia Sns F Hum, no que
diz respeito à interpretação e tradução de outros idiomas;
b) realizar a seleção de intérpretes em idiomas de interesse;
c) obter dados, a partir de documentação e mídia apreendida; e
d) obter dados, a partir de material apreendido em outros idiomas.

4.3.4 PELOTÃO DE OPERAÇÕES DE CONTRAINTELIGÊNCIA (Pel Op C


Intlg)

4.3.4.1 As atividades do Pel Op C Intlg complementam o esforço geral da


Companhia de Sensores de Fontes Humanas, relacionada à proteção da
Força, tratando, especificamente, da detecção de ameaças, na tentativa de
neutralizar as possibilidades da atuação do inimigo. Para isso, o Pel Op C Inlg
visa a detectar, identificar, prevenir, obstruir, avaliar, explorar e neutralizar a
inteligência adversa e as ações de qualquer natureza que constituam ameaças
à salvaguarda de dados, conhecimentos, áreas, instalações, pessoas e meios
do escalão apoiado.

4.3.4.2 As principais tarefas do Pel Op C Intlg são:


a) identificar e neutralizar ameaças à segurança, representadas pelos serviços
de inteligência hostil, sabotagem, terrorismo, propaganda e outras ações
adversas;
b) neutralizar ou manipular meios do inimigo de obter ou impedir que nossas
informações caiam em seu poder;
c) exigir o cumprimento das regras de Segurança Orgânica, em relação às
ameaças à segurança;
d) obter dados, a partir do emprego de técnicas operacionais especializadas;
e) realizar atividades com o objetivo de minimizar os efeitos da ação terrorista
executada, desde a repressão até o assessoramento do enfrentamento da
força terrorista;
f) contribuir na assistência e aconselhamento sobre medidas de proteção de
Forças, contrainteligência e segurança, contribuindo com a formulação de
normas de autoproteção e comportamento com a população civil;
g) avaliar as ameaças, especialmente à retaguarda, por meio do controle
sistemático, registro e avaliação dos vários incidentes;
h) realizar investigações de contrainteligência;
i) realizar atividades de aquisição no apoio às necessidades de
contrainteligência;

4-5
EB70-MC-10.302

j) prestar apoio técnico, incluindo medidas técnicas de contraespionagem e


contramedidas de técnicas de vigilância;
k) realizar e coordenar a investigação de segurança de pessoal não militar
empregado nas unidades ou que estejam em apoio ao escalão enquadrante; e
l) colaborar com as Operações Psicológicas e Operações de Informação.

4-6
EB70-MC-10.302

CAPÍTULO V

COMPANHIA DE RECONHECIMENTO E VIGILÂNCIA DE INTELIGÊNCIA

5.1 MISSÃO

5.1.1 Obter, confirmar ou refutar dados sobre: as atividades, instalações, tropas


ou meios de Forças oponentes; as características fisiográficas de uma área
definida; as estruturas relevantes para as operações, a população e as
considerações civis; e outros itens, a critério do Comandante da Força apoiada.

5.1.1.2 A Cia Rec Vig Intlg é a fração do BIM que tem por missão a busca de
dados, por meio de atividades especializadas e pontuais. Realiza Operações de
Inteligência, empregando pessoal especializado e equipamentos de alta
tecnologia, com a finalidade de obter, confirmar e/ou refutar dados relevantes
para a Força apoiada.

5.2 ORGANIZAÇÃO

5.2.1 COMPANHIA DE RECONHECIMENTO E VIGILÂNCIA DE


INTELIGÊNCIA (Cia Rec Vig Intlg)

5.2.1.1 A Cia Rec Vig Intlg é composta por um Comando, uma (01) Seção de
Comando e dois (02) Pelotões de Reconhecimento e Vigilância de Inteligência.

5.2.2 PELOTÃO DE RECONHECIMENTO E VIGILÂNCIA DE INTELIGÊNCIA


(Pel Rec Vig Intlg)

5.2.2.1 Cada Pel Rec Vig Intlg é composto por três (03) Grupos de
Reconhecimento e Vigilância de Inteligência (Gp Rec Vig Intlg).

5.2.2.2 O Gp Rec Vig Intlg é a fração mínima para emprego nas atividades
operativas de inteligência.

5-1
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Fig 5-1 Organograma da Cia Rec Vig Intlg

5.3 ATIVIDADES E TAREFAS

5.3.1 COMPANHIA DE RECONHECIMENTO E VIGILÂNCIA DE


INTELIGÊNCIA (Cia Rec Vig Intlg)

5.3.1.1 As principais Atividades da Cia Rec Vig Intlg são:


a) realizar reconhecimento especializado de inteligência em áreas ou pontos
específicos;
b) vigiar áreas, instalações, materiais, equipamentos ou pessoal na área de
operações, empregando meios (pessoal e material) especializados;
c) detectar, registrar e informar atividades de Forças adversas, em local e
período de tempo específicos, de modo a proporcionar dados oportunos para as
operações, mesmo sob condições meteorológicas e de luminosidade adversas;
d) realizar a detecção de alvos específicos de interesse da força apoiada;
Informar a existência de alvos de oportunidade; e
e) realizar a avaliação de danos em alvos de oportunidade, de interesse da
Força apoiada, durante o cumprimento de suas missões de inteligência.

5.3.2 PELOTÃO DE RECONHECIMENTO E VIGILÂNCIA DE INTELIGÊNCIA


(Pel Rec Vig Intlg)

5.3.2.1 As Principais Tarefas do Pel Rec Vig Intlg são:


a) infiltrar-se e exfiltrar-se da Área de Operações, por meio aéreo, fluvial e/ou
terrestre;
b) planejar e preparar seu emprego, no período de 24 até 72 horas. O período
limite de 72 horas deve-se, principalmente, à capacidade logística da fração
(água, ração, baterias, dentre outros);

5-2
EB70-MC-10.302

c) realizar até 03 (três) atividades de reconhecimento e/ou vigilância


simultâneas na fase de Emprego, de forma contínua, por um período de até
72 horas;
d) reorganizar-se após seu emprego, estando em condições de ser
empregado novamente em um período de 48 horas. O período limite de 48
horas deve-se, principalmente, à necessidade de reorganização e
planejamentos futuros para o novo emprego;
e) realizar a avaliação de danos em alvos de oportunidade que sejam de
interesse do escalão enquadrante;
f) realizar reconhecimentos especializados, com a finalidade de apresentar
o briefing de inteligência para preparação das demais frações do BIM ou de
outras tropas do escalão enquadrante;
g) realizar a detecção de alvos específicos de interesse do escalão
enquadrante;
h) operar em ambiente hostil e sob condições climáticas desfavoráveis ;
i) realizar a extração inicial de dados em documentos e materiais inimigos
capturados;
j) detectar, registrar e informar atividades de Força adversa, em local e
período de tempo específicos, de modo a proporcionar dados oportunos
para as operações e para o escalão enquadrante, por intermédio de meios
especializados;
k) vigiar áreas, instalações, materiais, equipamentos ou pessoal na área de
operações, empregando pessoal e meios especializados; e
l) realizar reconhecimento especializado de inteligência em áreas ou pontos
específicos.

5.2.3.2 As Principais Condicionantes de Emprego do Pel Rec Vig Intlg


são:

5.2.3.2.1 O emprego dos elementos do Pel Rec Vig Intlg poderá ocorrer até
a Área de Interesse da Força apoiada, atendendo, prioritariamente, às NI do
seu Comandante. Esta área, geralmente, é caracterizada por locais onde os
escalões subordinados ao Comando do componente terrestre não
empregam seus meios de reconhecimento ou tenham dificuldade para
empregá-los.

5.2.3.2.2 As ações do Pel Rec Vig Intlg podem ocorrer de forma sucessiva
ou simultânea com outras fontes de inteligência (humanas, sinais, imagens
e cibernéticas) e/ou outros meios de obtenção, orgânicos ou não do BIM.

5.2.3.2.3 Os elementos do Pel Rec Vig Intlg não constituem uma tropa de
operações especiais. Os integrantes do Pel Rec Vig Intlg empregam
Técnicas, Táticas e Procedimentos (TTP) específicos para o desempenho
de suas atividades e tarefas. O Pel Rec Vig Intlg atua no nível tático e entra
em combate somente para sua autoproteção.

5-3
EB70-MC-10.302

5.2.3.2.4 Sempre que houver o emprego de elementos do Pel Rec Vig Intlg,
deve haver a coordenação com os elementos de manobra desdobrados no
terreno, com a finalidade de evitar-se o fratricídio. Dessa forma, a proposta
de emprego é coordenada com o escalão enquadrante para que as medidas
de coordenação necessárias sejam tomadas.

5.2.3.2.5 Os Grupos do Pel Rec Vig Intlg terão seu apoio logístico realizado,
prioritariamente, por meio de pacotes logísticos, sob planejamento e
coordenação do Oficial de Logística do BIM. O apoio logístico ao Pel Rec
Vig Intlg poderá, ainda, ser realizado por processos especiais de
suprimento, adequados a cada situação, de modo a estabelecer a logística
na medida certa.

Fig 5-3 Detecção de atividades de Força adversa

5-4
EB70-MC-10.302

Fig 5-4 Reconhecimento Especializado em áreas

5-5
EB70-MC-10.302

CAPÍTULO VI

COMPANHIA DE SENSORES DE FONTES TECNOLÓGICAS

6.1 MISSÃO

6.1.1 Obter dados oriundos de sensores de fontes de sinais, imagens e


cibernética, inteligência técnica e de sensores terrestre que atendam ao
planejamento do BIM.

6.2 ORGANIZAÇÃO

6.2.1 COMPANHIA SENSORES DE FONTES TECNOLÓGICAS (Cia Sns F


Tecnl)

6.2.1.1 A Cia Sns F Tecnl possui em sua estrutura um Comando (Cmdo), uma
Seção de Comando (Seç Cmdo), um Pelotão de Inteligência de Sinais (Pel Intlg
Sin), um Pelotão de Inteligência de Imagem (Pel Intlg Img) e um Pelotão de
Inteligência Cibernética (Pel Intlg Ciber).

Fig 6-1 Organograma da Cia Sns F Tecnl

6.2.2 PELOTÃO DE INTELIGÊNCIA DE IMAGEM (Pel Intlg Img)

6.2.2.1 O Pel Intlg Img é composto por um Comando, 03 (três) Grupos de


Obtenção (Gp Obtç) e 03 (três) Grupos de Interpretação (Gp Intrp).

6-1
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Fig 6-2 Pelotão de Inteligência de Imagem

6.2.3 PELOTÃO DE INTELIGÊNCIA DE SINAIS (Pel Intlg Sin)

6.2.3.1 O Pel Intlg Sin é constituído por um Comando e 03 (três) Grupos de


Grupos de Sensores de Sinais (Gp Sns Sin).

Fig 6-3 Pelotão de Inteligência de Sinais

6.2.4 PELOTÃO DE INTELIGÊNCIA CIBERNÉTICAS (Pel Intlg Ciber)

6.2.4.1 O Pel Intlg Ciber é composto por um Comando e 03 (três) Gp Intlg


Ciber.

6-2
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Fig 6-4 Pelotão de Inteligência Cibernéticas

6.2.5 GRUPO DE COMANDO (Gp Cmdo)

6.2.5.1 O Gp Cmdo é composto pelo S Cmt da Cia, Sargenteante e por um


motorista.

6.3 ATIVIDADES E TAREFAS

6.3.1 COMPANHIA SENSORES DE FONTES TECNOLÓGICAS (Cia Sns F


Tecnl )

6.3.1.1 A Cia Sns F Tecnl atende às necessidades de obtenção de dados do


Comandante da Força apoiada e/ou do Comandante do BIM.

6.3.1.2 A Companhia tem seu emprego visualizado pelo EM e planejado pelo


seu Comandante de SU.

6.3.1.3 Como SU orgânica do BIM, deve estar em condições de atuar em


operações militares, sejam elas: básicas, complementares ou nas ações
comuns.

6.3.1.4 As principais Atividades são:


a) realizar a obtenção de dados oriundos dos sensores de imagens, por meio do
sensoriamento remoto;
b) produzir um Relatório de Interpretação de Imagem (RII);
c) realizar ações de interceptação, monitoração, registro, localização eletrônica
e análise de sinais eletromagnéticos;
d) obter dados existentes no espaço cibernético;
e) obter, com restrições, dados de interesse, a partir da monitoração de redes
físicas e lógicas de dados;
f) obter dados, a partir da análise de materiais inimigos;

6-3
EB70-MC-10.302

g) obter dados, a partir da vigilância eletrônica de áreas e reconhecimento de


entidades móveis por assinatura radar, por câmeras de longo alcance ou
observadores; e
h) colaborar com o esforço de obtenção de outras frações do BIM, de acordo
com planejamento do Batalhão.

6.3.1.5 As Principais Tarefas da Cia Sns F Tecnl são:


a) Obtenção Tecnológica - consiste na exploração sistemática ou episódica das
fontes tecnológicas de dados e informações pelos pelotões da Cia Sns F Tecnl
e na entrega do material obtido ao Batalhão;
b) Reconhecimento Tecnológico - consiste na obtenção de informações sobre
as atividades, instalações ou meios de Forças oponentes, atuais ou potenciais,
mediante o emprego de sensores tecnológicos ou para confirmar dados
relativos à meteorologia, à hidrografia ou às características geográficas de uma
área definida. É uma tarefa limitada no tempo e no espaço;
c) Vigilância Passiva - consiste na observação sistemática do Ambiente
Operacional, tendo por objetivo áreas, pessoas, instalações, materiais e
equipamento, utilizando o auxílio de meios eletrônicos, cibernéticos,
fotográficos, óticos ou acústicos;
d) Vigilância Aérea - é caracterizada por maior possibilidade de observação
direta. Esta não depende do terreno para os deslocamentos e nem para a
instalação dos sensores, bem como, adapta-se, rapidamente, às novas
exigências. A mobilidade das aeronaves remotamente pilotadas confere
capacidade de operação em grandes altitudes e de cobrir grandes distâncias,
permitindo, assim, a execução da vigilância sobre áreas extensas. As
restrições de visibilidade (fumaça e poeira) e o mau tempo reduzem a eficiência
da vigilância aérea. Porém, a utilização de sensores termais e radares
reduzem, ou até mesmo eliminam, essa restrição. Por outro lado, os problemas
de coordenação e controle, quanto ao uso do espaço aéreo, podem impor
limitações ao seu emprego;
e) Busca de Interceptação (BI) - é a sintonia deliberada em uma faixa de
frequências ou de certo número de frequências específicas, com a finalidade
de interceptar e reconhecer sinais ativos de interesse, bem como realizar
medições de seus parâmetros técnicos;
f) Monitoração (Mon) - é a sintonia deliberada de uma emissão eletromagnética
de interesse, por um determinado período de tempo, para a obtenção de
dados;
g) Localização Eletrônica (Loc Elt) - consiste na determinação, por meios
eletrônicos, das prováveis coordenadas geográficas de um emissor de energia
eletromagnética;
h) Registro (Reg) - é o armazenamento dos dados obtidos e de seus
parâmetros técnicos, a fim de permitir a posterior análise e reprodução; e
i) Obtenção de Dados Existentes no Ambiente Cibernético - consiste em obter
dados, protegidos ou não, obtidos no espaço cibernético. O espaço cibernético,
por sua vez, é caracterizado como o espaço virtual composto por dispositivos

6-4
EB70-MC-10.302

computacionais conectados em rede, onde informações digitais trafegam, são


processadas ou armazenadas.

6.3.2 Pelotão de Inteligência de Imagem (Pel Intlg Img)

6.3.2.1 A principal atividade do Pel Intlg Img é realizar a obtenção de dados


oriundos dos sensores de imagens, por meio do sensoriamento remoto,
produzindo um Relatório de Interpretação de Imagem (RII) sobre um alvo e/ou
realizar Ações de Vigilância Aérea sobre Regiões de Interesse para Inteligência
(RIPI) da Força apoiada.

6.3.2.2 O Pel Intlg Img obtém dados geoespaciais e de imagens, por intermédio
de ações de reconhecimento ou vigilância, que servem de matéria prima para a
produção do conhecimento de inteligência do BIM.

6.3.2.3 O Pel Intlg Img possui pessoal especializado na obtenção e exploração


de imagens fixas e de vídeo, cuja finalidade aplica-se à Inteligência de imagens
(Intlg IM).

6.3.2.4 O Pelotão utiliza as imagens fixas e de vídeo, obtidas por meio de


fotografia, radar de abertura sintética e sensores electro-ópticos de tipo
térmico, infravermelho ou de espectro.

6.3.2.5 Os meios de obtenção de imagens dessa fração geralmente estão


situados em vetores aéreos, asas fixas ou rotativas, pilotadas ou não. As
imagens obtidas podem ser complementadas por outras imagens de fontes
externas de diversos tipos, como as de: satélites (militares e comerciais) e
plataformas aéreas de asa fixa ou rotativa.

6.3.2.6 O emprego do Pel Intlg Img não está limitado aos seus meios
orgânicos, pois, pode, ainda, utilizar dados e informações de sensores não
orgânicos.

6.3.2.7 As Principais Tarefas do Pel Intlg Img são:


a) obter imagens, empregando Sistemas de Aeronaves Remotamente
Pilotadas (SARP) orgânicos, em prol do esforço de obtenção do BIM. Cabe
destacar algumas peculiaridades para o emprego do SARP:
1) o alcance e a autonomia dos SARP limitam o emprego do Pel Intlg Img, bem
como a área sobre a qual podem ser produzidas imagens;
2) alguns sensores instalados no SARP podem depender das condições
atmosféricas e do período do dia para a obtenção de imagens;
3) a quantidade de imagens que podem ser processadas e exploradas,
simultaneamente, depende da capacidade computacional e de armazenamento
em banco de dados;
4) dependência de condições meteorológicas favoráveis;

6-5
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5) os meios de comunicações afetam a quantidade de dados que podem


trafegar em sua rede rádio, limitando a difusão;
6) necessidade de apoio logístico e de segurança no seu emprego; e
7) detecção no sobrevoo dos SARP, por observadores terrestres e/ou radares
antiaéreos, ficando vulnerável aos fogos inimigos;
b) explorar as imagens obtidas pelos SARP do Gp Obt ou outros meios não
orgânicos;
c) confeccionar o RII das imagens obtidas pelos SARP ou de outros meios não
orgânicos, avaliando os dados colhidos, em proveito das operações do
Batalhão;
d) produzir relatórios, a partir de dados obtidos no emprego do Gp Obtç;
e) colaborar com o esforço de obtenção de outras frações do BIM, de acordo
com planejamento do Batalhão;
f) levantar imagens sobre o dispositivo de tropas oponentes estacionadas,
desdobradas ou em deslocamento;
g) realizar vigilância sobre um alvo estacionado, desdobrado ou em
deslocamento e/ou sobre RIPI marcadas pela FTC;
h) levantar dados da área de operações, a fim de atualizar as cartas e/ou até
mesmo substituí-las; e
i) realizar reconhecimento de ponto, eixo ou área de interesse da FTC.

Fig 6-5 Modelagem do terreno

6-6
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Fig 6-6 Imagem 3D

Fig 6-7 Processamento de imagem do SARP

6-7
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Fig 6-8 Imagem em apoio ao planejamento da tropa

6.3.2.8 Principais Condicionantes de Emprego do Pel Intlg Img:


a) dependência de outras organizações militares no apoio logístico a suas
frações orgânicas;
b) dependência de tecnologias atualizadas;
c) reduzida capacidade de reposição de seus meios orgânicos, pessoal e
material;
d) formação técnica demorada e onerosa;
e) reduzida proteção contra a artilharia e a ação aérea inimiga;
f) segurança do pessoal desdobrado no ambiente operacional limitada à
autodefesa;
g) vulnerabilidade às ações ofensivas (eletrônicas e físicas) implementadas pelo
inimigo; e
h) restrições de emprego relacionadas às características do terreno e às
condições meteorológicas.

6.3.3 PELOTÃO DE INTELIGÊNCIA DE SINAIS (Pel Sns F Sin)

6.3.3.1 A principal atividade do Pel Intlg Sin é realizar ações de interceptação,


monitoração, registro, localização eletrônica e análise de sinais
eletromagnéticos, com o objetivo de obter e processar dados de interesse
operativo de Força oponente, executadas em prol de uma Op Intlg do BIM.

6.3.3.2 O Pel Intlg Sin realiza apenas Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica
(MAGE), voltadas para a obtenção de dados, no campo das comunicações e
não comunicações.

6.3.3.3 Ações ofensivas no espectro eletromagnético são de competência da U


ou SU de Guerra Eletrônica (GE).

6-8
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6.3.3.4 As Principais Tarefas do Pel Intlg Sin são:


a) produzir relatório através da interceptação, monitoração, registro, localização
eletrônica e análise imediata das emissões eletromagnéticas de interesse;
b) integrar-se com o SIGELEX;
c) colaborar com o esforço de obtenção de outras frações do BIM, de acordo
com o planejamento do Batalhão;
d) realizar o reconhecimento de sinais eletromagnéticos;
e) prover o alerta antecipado de ameaças e Forças oponentes, por meio da
fonte de sinais; e
f) operar sensores da Fonte de Sinais instalados em diversas plataformas.

Fig 6-10 Análise imediata de sinal

6.3.3.5 As Principais Condicionantes de Emprego do Pel Intlg Sin são:


a) elevada dependência de meios tecnológicos de diferentes naturezas e de
meios de comunicações adequados, que permitam a transmissão de dados
para a difusão (Fluxo de Inteligência);
b) necessidade de diferentes meios para a obtenção de sinais de interesse,
obrigando a disponibilização de equipamentos com características técnicas
específicas, como receptores portáteis;
c) necessidade de pessoal dotado de capacitação em Inteligência do Sinal e
Guerra Eletrônica;
d) necessidade de apoio logístico contínuo para se manter em operações; e
e) necessidade de pelo menos 03 (três) sensores de sinais eletromagnéticos
com a possibilidade de Direction Finding (DF) em plataformas terrestres para
realização de localização eletrônica na faixa de V/UHF.

6.3.4 PELOTÃO DE INTELIGÊNCIA CIBERNÉTICA (Pel Intlg Ciber)

6-9
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6.3.4.1 A principal atividade do Pel Intlg Ciber é obter dados existentes no


espaço cibernético que sejam importantes para a tomada de decisão no
escalão apoiado, explorando os recursos do oponente e/ou Força adversa.

6.3.4.2 É a fração orgânica do BIM responsável pelas ações de obtenção que


demandem técnicas de interação com o espaço cibernético.

6.3.4.3 Este Pelotão é dividido em grupos que podem ser empregados, de


maneira isolada ou em conjunto, com as demais frações do Batalhão como
fator multiplicador da capacidade de obtenção.

6.3.4.4 As principais tarefas do Pel Intlg Ciber são:


a) apoiar outras frações do BIM, de acordo com planejamento do BIM;
b) obter, com restrições, dados de interesse, a partir da monitoração de redes
físicas e lógicas de dados;
c) realizar a captura, a obtenção e interpretação dos dados obtidos;
d) realizar limitada ação de bloqueio em ativos de redes de computadores da
Força adversa;
e) participar, no contexto de uma operação de contrainteligência, de ações
ativas no campo cibernético;
f) analisar o tráfego de dados de uma rede;
g) analisar sistemas de informação disponíveis na rede, com objetivo de
descrever a estrutura e os softwares utilizados e levantar vulnerabilidades;
h) identificar medidas de proteção em sistemas de informação na rede alvo
adversa;
i) recrutar colaboradores, no espaço cibernético, a fim de obter dados negados; e
j) monitorar redes externas de computadores.

6.3.4.5 As principais condicionantes de emprego do Pel Intlg Ciber são:


a) reduzida capacidade de reposição de seus meios orgânicos, pessoal e
material;
b) dependência do acesso seguro à rede mundial de computadores; e
c) dependência de tecnologias atualizadas.

6.3.5 SEÇÃO DE COMANDO (Seç Cmdo)

6.3.5.1 As principais tarefas da Seç Cmdo são:


a) prestar o apoio administrativo (quando no quartel). O apoio as frações da SU
revestem-se de características peculiares, tendo em vista a descentralização
de seus elementos; e
b) apoiar o Cmt SU em atividades de comando e controle e administração, com
destaque para área de pessoal.

6-10
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CAPÍTULO VII

COMPANHIA DE COMANDO E APOIO

7.1 MISSÃO

7.1.1 Prestar apoio ao Comando e às demais SU do BIM nas atividades de


comando, comunicações, suprimento, transporte, manutenção, saúde e
pessoal.

7.1.2 Prestar o apoio logístico de todas as classes às demais SU orgânicas do


BIM e ao EM.

7.1.3 Instalar o PC do BIM.

7.1.4 Auxiliar o S4 no exercício das funções logísticas.

7.1.5 Estabelecer as comunicações necessárias ao funcionamento do BIM.

7.2 ORGANIZAÇÃO

7.2.1 COMPANHIA DE COMANDO E APOIO (Cia C Ap)

7.2.1.1 A Cia C Ap é composta pelo Comando da SU (Cmdo), uma Seção de


Comando (Seç Cmdo), um Pelotão de Comando (Pel Cmdo), um Pelotão de
Comunicações (Pel Com) e um Pelotão de Apoio (Pel Ap).

Fig 7-1 Organograma da Cia C Ap

7-1
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7.2.1.2 O comando da Cia C Ap é composto pelo seu Comandante e 01(uma)


seção de comando.

7.2.2 PELOTÃO DE COMANDO (Pel Cmdo)

7.2.2.1 O Pel Cmdo é constituído pelo seu Comandante, pelo Grupo de


Comando (Gp Cmdo) e pelo Grupo de Estado-Maior (Grupo da 1ª Seção,
Grupo da 2ª Seção, Grupo da 3ª Seção e Grupo da 4ª Seção).

7.2.2.2 O Gp EM tem é responsável por mobiliar com pessoal e material o


Comando e as seções do EM do BIM.

Fig 7-2 Organograma do Pel Cmdo

7.2.3 PELOTÃO DE COMUNICAÇÕES (Pel Com)

7.2.3.1 O Pel Com compreende o Comandante, o Centro de Comunicações (C


Com), que é dividido em Turma do Centro de Mensagem (Tu C Msg) e de
Rádio (Tu Rad), e o Grupo de Manutenção de Eletrônicos (Gp Mnt Elt).

7-2
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Fig 7-3 Organograma do Pel Com

7.2.4 PELOTÃO DE APOIO (Pel Ap)

7.2.4.1 O Pel Ap possui um Comando, 02 (dois) Grupos de Suprimento (Gp


Sup), um Grupo de Manutenção (Gp Mnt) e um Grupo de Evacuação (Gp Ev).

Fig 7-4 Organograma do Pel Ap

7.3 ATIVIDADES E TAREFAS

7.3.1 COMPANHIA DE COMANDO E APOIO (Cia C Ap)

7.3.1.1 O Comandante do Batalhão, ouvido o Estado-Maior, decide quanto ao


emprego tático da Cia C Ap, no que se refere às missões de apoio ao combate
(Ap Cmb) e ao apoio logístico (Ap Log) orgânicos, bem como aqueles
colocados em apoio ou reforço, de modo a cumprir, nas melhores condições, a
missão atribuída ao BIM.

7-3
EB70-MC-10.302

7.3.1.2 O controle do Comandante de Companhia sobre os pelotões, no início


das operações, depende do tempo disponível para os reconhecimentos e a
expedição de ordens. No decorrer das operações, as coordenações e o
emprego dos pelotões podem ser exercidos por oficiais do EM ou mesmo pelos
Comandantes das outras SU, particularmente quando o Batalhão estiver sendo
empregado, de forma descentralizada, em ampla frente ou área geográfica
extensa.

7.3.1.3. No emprego tático da Cia C Ap é fundamental considerar: as


particularidades de emprego do BIM e o reduzido efetivo desta SU.

7.3.1.4 A Cia C Ap reúne em sua totalidade, os meios de apoios logísticos do


BIM. Como Unidade de apoio ao combate, é normal que o Batalhão, por sua
forma peculiar de emprego, não realize a divisão de seus meios de apoio
logístico em trens de estacionamento e trens de combate. Quase sempre todos
os meios da SU desdobram-se nas proximidades da região do PC do Batalhão.

7.3.1.5 A Companhia tem seu emprego visualizado pelo EM e planejado pelo


seu Comandante de SU.

7.3.1.6 As atividades do Apoio Logístico no BIM compreendem: suprimento,


saúde, transporte, manutenção e pessoal.

7.3.1.7 Como SU orgânica do BIM, deve estar em condições de atuar em


operações militares, sejam elas: básicas, complementares ou nas ações
comuns.

7.3.2 PELOTÃO DE COMANDO (Pel Cmdo)

7.3.2.1 O Comandante do Pel Cmdo é o encarregado de pessoal da unidade.


Quando em operações, pode ficar responsável pelas as instalações da OM.

7.3.2.2 As Turmas de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Seção são responsáveis por auxiliar os


trabalhos dos Chefes destas Seções.

7.3.2.3 O Grupo de Administração (Gp Adm), quando em operações, tem como


missão manter a administração da Unidade, as instalações e prestar o apoio ao
pessoal.

7.3.3 PELOTÃO DE COMUNICAÇÕES (Pel Com)

7.3.3.1 O Pel Com instala, explora e mantém, sob a direção do Oficial de


Comunicações, o sistema de comunicações do BIM.

7-4
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7.3.3.2 O Cmt Pel Com é o O Com/BIM. É o responsável pela instalação,


operação e manutenção de toda a Rede Com. Auxilia o Cmt Cia Ap na
segurança do PC/BIM.

7.3.4 PELOTÃO DE APOIO (Pel Ap)

7.3.4.1 O pelotão, por intermédio do Gp Mnt, é responsável pela manutenção


das viaturas, dos armamentos e dos equipamentos optrônicos do BIM.

7.3.4.2 Além das atividades de evacuação, o Gp Ev é responsável pela


vigilância sanitária do BIM e pelo apoio de saúde imediato dos elementos
destacados no terreno.

7.3.4.3 O Gp Sup é responsável por todo o suprimento do Batalhão.

7.3.4.4 O Gp EM é responsável por mobiliar com pessoal e material o


Comando e o EM do BIM.

7-5
EB70-MC-10.302

ANEXO A
PLANO DE OBTENÇÃO DE CONHECIMENTO (POC) - (EXEMPLO)

1. ELEMENTOS ESSENCIAIS DE INTELIGÊNCIA (EEI)

NI OM Prazo Obs

13ª Bda Inf Mec


4ª Bda C Mec
9º Gpt Log
3º Gpt E
6º BIM

AD/9

...
EEI Aspectos Solicitados

a. Levantar:
1) a localização das reservas das Bda em x x x
1. Qual o primeiro escalão;
dispositivo, 2) a Art em presença no compartimento de
x x
valor, contato;
D-4 -
localização e 3) o DIVALOCOM dos elementos em contato; x x x
composição do 4) a presença de Elm Op Esp na área de
x x
Inimigo? retaguarda da FTC; e
5) a presença de tropas blindadas ou
x x x
mecanizadas no compartimento de contato.
2. Quais são as a. Levantar:
condições de 1) os trechos vadeáveis dos rios que balizam a x D-10 -
trafegabilidade linha de contato;

A-1
EB70-MC-10.302

NI OM Prazo Obs

13ª Bda Inf Mec


4ª Bda C Mec
9º Gpt Log
3º Gpt E
6º BIM

AD/9

...
EEI Aspectos Solicitados

na Z Aç da 2) os trechos não vadeáveis com possibilidade de


FTC? transposição com utilização dos meios de Eng da
x
FTC, com os dados especializados necessários para
a realização da operação; e
3) principais obstáculos restritivos ou impeditivos
x x
ao movimento de tropa, por natureza, na sua Z Aç.
... ... ... ...

2. OUTRAS NECESSIDADES DE INTELIGÊNCIA


NI OM

13ª Bda Inf Mec


4ª Bda C Mec
9º Gpt Log
3º Gpt E
6º BIM

AD/9
Prazo Obs

...
EEI Aspectos Solicitados

A-2
EB70-MC-10.302

NI OM

13ª Bda Inf Mec


4ª Bda C Mec
9º Gpt Log
3º Gpt E
6º BIM

AD/9
Prazo Obs

...
EEI Aspectos Solicitados

a. Levantar:
1) a existência de linha de distribuição de energia x x x x x
na sua Z Aç;
2) a existência de linha de distribuição de água
1. Qual a x x x x x
na sua Z Aç;
infraestrutura
3) a existência de reservatórios de água e
civil existente na D-4 -
estações de tratamento, com as capacidades de x x x
área de
estocagem e processamento;
operações?
4) a existência de subestações de energia
x x
elétrica, com capacidade instalada; e
5) a existência de outras instalações logísticas de
x x x x
interesse.
... ... ... ...

A-3
EB70-MC-10.302

ANEXO B

RELATÓRIO DE MISSÃO (EXEMPLO)

DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO


RELATÓRIO DE MISSÃO Nr

DATA: VISTO:
ASSUNTO:
REFERÊNCIA:
ANEXOS:
1. PARTE OPERACIONAL

1.1 Circunstâncias que cercaram a obtenção do(s) resultado(s)


a) informar o "ONDE"
b) informar o "COMO"
c) informar o "QUANDO"
d) informar a(s) "FINALIDADE(S)"

1.2 Dados que permitam julgar a(s) fonte(s)


a) informar todas as fontes de dados
b) colocar dados sobre a fonte (AUTENTICIDADE, CONFIANÇA e
COMPETÊNCIA), possibilitando ao Encarregado de Caso (EC) avaliar a
idoneidade da mesma.

1.3 Fatores adversos


1.3.1 Informar os óbices que comprometerem a obtenção do(s) dado(s).

2. PARTE INFORMATIVA
- Descrever, de forma simples e completa, os resultados obtidos. Procurar
responder às perguntas: O QUE? QUEM? QUANDO? COMO? e ONDE?

3. COMENTÁRIOS

3.1 Informar os comentários, as experiências, sugestões, opiniões, inferências,


interpretações, etc.

3.2 Informar dados que possam auxiliar no planejamento e na execução das


Operações de Inteligência, atuais e futuras.

3.3 Apresentar uma proposta de avaliação do conhecimento produzido.

______________________________
Agente ou Chefe da Equipe de Busca
DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO

B-1
EB70-MC-10.302

ANEXO C

PLANO DE OPERAÇÕES (EXEMPLO)

DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO


PLANO DE OPERAÇÕES Nr

DATA: APROVO:
ASSUNTO: (a)
REFERÊNCIA:
ANEXOS:
1. SITUAÇÃO
1.1 Aspectos Conhecidos
1.2 Alvo (s)
1.3 Ambiente Operacional

2. MISSÃO

3. EXECUÇÃO
3.1 Conceito da Operação
3.2 Composição dos Meios
3.2.1 Pessoal
3.2.1 Material
3.3 Ordens aos Elementos Subordinados
3.4 Treinamento
3.4 Segurança

4. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
4.1 Recursos Financeiros
4.2 Saúde
4.3 Outras Medidas

5. COORDENAÇÃO E CONTROLE
5.1 Ligações
5.2 Prazos
5.3 Restrições e imposições
5.4 Reuniões
5.5 Relatórios
5.6 Central de Operações
5.7 Comunicações
5.7.1 Sistemas
5.7.2 Horários
5.7.3 Códigos
____________________
Comandante do BIM
(a) Aprovado pelo Cmt Enquadrante

DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO

C-1
EB70-MC-10.302

ANEXO D

FLUXO DOS DOCUMENTOS – CIA SNS F TECNL

1. O Cmt Cia Sns F Tec recebe e interpreta a O Op do Cmt BIM e encaminha


para o Cmt Pel Intlg Sin o extrato de interesse para a fonte de sinais.

2. O Cmt Pel Intlg Sin recebe e interpreta o extrato da O Op recebida, verifica


no arquivo e banco de dados a existência dos dados solicitados. Caso haja
necessidade de complementação dos dados obtidos, emite a Missão de MAGE
para os Grupos de Sensores de Sinais.

3. O Grupo de Sensores de Sinais recebe e missão de MAGE e executa os


seus trabalhos. Após a execução da missão, confecciona o Relatório de MAGE
com os dados obtidos e o informe, encaminhando para o Cmt Pelo Intlg Sin.

4. Após aprovação do Infe recebido, o Cmt Pel Intlg Sin difunde o mesmo para
o Cmt Cia Sns F Tec.

D-1
EB70-MC-10.302

ANEXO E

MISSÃO DE MAGE (EXEMPLO)

DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO

MISSÃO DE MAGE Nr XXX Flxx/xx

GDH:
Assunto:
Referência:
Anexos:
1. ASPECTOS CONHECIDOS
-
2. ASPECTOS SOLICITADOS
-
3. INSTRUÇÕES ESPECIAIS
-
DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO

1. DEFINIÇÃO - é o documento elaborado pelo Cmt Seção de Sensores de


Fontes de Sinais, utilizado internamente no grupo, pelo qual os Gp Intlg Sin são
acionados para a obtenção de dados e informações.
2. CONFECÇÃO
2.1 O texto da Missão de MAGE compreende três itens.
2.1.1 Aspectos Conhecidos - são relacionados os conhecimentos e/ou dados
sobre o assunto que está sendo abordado, visando a orientar o Gp Sns Sin na
execução de seus procedimentos. Nele são inseridos os dados/conhecimentos
informados pelo Escalão Superior e os já obtidos nos Arquivos e Bancos de
Dados do Gp Intrp Sin que sejam úteis para a atividade.
2.1.2 Aspectos Solicitados - são relacionadas as necessidades de
conhecimento a serem atendidas e, quando for o caso, o prazo para o
atendimento.
2.1.3 Instruções Especiais - são transmitidas instruções específicas, visando
a garantir a compartimentação do assunto tratado, proteger possíveis fontes,
determinar emprego de equipamentos e técnicas específicas, estabelecer
restrições ou autorizações de ligação técnica com outros órgãos, etc.
2.2 A Missão de MAGE será assinada pelo Cmt Seção de Sensores de Fontes
de Sinais.

E-1
EB70-MC-10.302

ANEXO F
RELATÓRIO DE MAGE (EXEMPLO)

DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO

RELATÓRIO DE MAGE Nr XX Flxx/xx


Visto:
__________
Cmt Gp Sns
Sin
GDH:
Assunto:
Referência:
Anexos:
1. PARTE OPERACIONAL
1.1 Técnicas empregadas para operação, local de operação, distância do
alvo, necessidade de apoio externo ao grupo, etc.
1.2 Equipamentos empregados, estado de manutenção, aferição de
desempenho, adestramento do pessoal do grupo em análise de sinais e
operação de Eqp, determinação dos emissores alvos responsáveis por
emissões, etc.
1.3 Circunstâncias que dificultaram ou comprometeram o desenvolvimento
da missão.
2. PARTE INFORMATIVA
2.1 Geral
2.1.1 Todos os dados referentes ao CONTEÚDO e TRÁFEGO.
2.1.2 Localização Eletrônica ou Direção de Chegada (DF).
2.1.2.1 Dados georreferenciados da(s) área(s) provável(is) de localização
do(s) alvo(s), azimute de chegada do sinal.
2.2 Parâmetros Técnicos.
2.2.1 Parâmetros técnicos obtidos dos sinais: frequência, modulação,
potência, números telefônicos, IMEI, tipo de sinal modulador, etc – referência
do SAGE/SICom.
3. COMENTÁRIOS
DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO

1. DEFINIÇÃO - é o documento elaborado por um Grupo de Sensores de


Sinais com a finalidade de fornecer dados sobre o cumprimento da missão e
dados a respeito de situações que o agente ou grupo de sensores de sinais
julgar de interesse para a organização militar de inteligência.
2. APRESENTAÇÃO
2.1 Oral
2.1.1 Visando atender ao princípio da oportunidade.
2.1.2 Logo que possível, fazê-lo por escrito.
2.2 Escrito – em texto claro ou, se a segurança assim o exigir, criptografado. O
grupo deve ser esclarecido, ainda, sobre a periodicidade da apresentação do(s)

F-1
EB70-MC-10.302

relatório(s): se diários, semanais, quinzenais, mensais, etc. Tendo sempre em


vista o princípio da oportunidade.
3. Redação - embora a redação do relatório sofra influência do estilo pessoal, o
Gp Sns Sin deve elaborá-lo por meio de um desenvolvimento lógico e coerente,
apresentando os resultados de maneira objetiva e delimitando, com clareza, os
estágios sucessivos da(s) atividade(s) desenvolvida(s).
4. Composição
4.1 O Relatório de MAGE tem quatro partes:
4.1.1 Cabeçalho:
a) nível de sensibilidade;
b) numeração das folhas;
c) identificação do relatório (indicativo de controle);
d) grupo data-hora;
e) assunto;
f) referência; e
g) anexo(s).

4.1.2 Parte Operacional:


a) circunstâncias que cercaram a obtenção do(s) resultado(s).
b) dados que permitam julgar a(s) fonte(s). Equipamentos empregados,
pessoal envolvido, ambiente operacional, condições meteorológicas, etc.
c) fatores adversos.

4.1.3 Parte Informativa


a) Campo onde são descritos, de forma simples e completa, os resultados
obtidos. Se possível respondendo às perguntas: O QUE? QUEM? QUANDO?
COMO? e ONDE?
b) É dividido em três partes: Geral, Localização Eletrônica ou Direção de
Chegada (DF) e Parâmetros Técnicos.

4.1.4 Comentários
a) Campo onde o Gp Sns Sin registrará tudo aquilo que possa auxiliar no
planejamento e na execução de ações de MAGE, atuais e futuras.

b) É também nesta parte que o Gp Sns Sin deve registrar as experiências,


sugestões, opiniões, inferências, interpretações, gastos operacionais e outros
pertinentes à Parte Operacional ou Parte Informativa.

F-2
EB70-MC-10.302

DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO


1 ANEXO G

RELATÓRIO DE INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS (EXEMPLO)

5 3 Fl Nr 01/03

RELATÓRIO DE INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS – 6ºBIM – NR 01/18


(SGT FULANO)
6
7
DATA: 31 DEZ 14 8
ASSUNTO: INSTALAÇÃO PORTUÁRIA NO RIO DE JANEIRO 9
REFERÊNCIA: Ordem verbal do Ch Sec Sensores de Fonte de Imagens
ANEXOS: A – Imagem orbital do satélite Ikonos 11
B – Fotografia aérea 10

12
1. PARTE TÉCNICA
14
a. Circunstâncias 13
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------
15
b. Procedimentos 13
------------------------------------------------------------------------------------ --------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------
16
c. Fonte 13
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------

G-1
EB70-MC-10.302

DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO


3
2 Fl Nr 02/03
(RII NR 01/18 – SEÇÃO DE SENSORES DE FONTE DE IMAGENS - SGT
FULANO)
6 17
d. Fatores adversos 13 4
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------- --
19
18
2. PARTE INFORMATIVA
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------
21
20
3. COMENTÁRIOS
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------- -------
----------------------------------------------------------------------------------------------

ANEXO A AO RII 01/12 – SEÇÃO DE SENSORES DE IMAGENS


SGT FULANO_Fl Nr 01/01

01

22

02

03
04

05

G-2
EB70-MC-10.302

DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO

OBSERVAÇÕES – CABEÇALHO

1 – Colocar a classificação sigilosa (o Relatório de Interpretação de Imagens terá


sempre a classificação sigilosa (DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO
RESTRITO).
2 – Colocar a classificação sigilosa nas demais folhas.
3 – Numeração no canto superior direito em todas as folhas.
4 - A partir da 2ª folha, essa numeração deverá ser precedida da natureza do
documento, seu número e militar/equipe que executou o relatório, tudo em letra
maiúscula (RII NR 01/10 – SEÇÃO DE SENSORES DE FONTE DE IMAGENS -
SGT FULANO).
5 – Identificação do relatório. Tudo em letra maiúscula, negrita e sublinhada
(RELATÓRIO DE INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS –_6º BIM).
6 – Colocar a abreviatura da palavra número (NR) seguida do número de ordem
do relatório no ano e da última dezena do ano vigente, tudo em letra maiúscula,
negrita e sublinhada.
7 – Identificação da autoria do relatório com o posto/graduação e o nome do
intérprete, tudo em letra maiúscula, negrita e sublinhada. No relatório não deve
haver nenhum tipo de assinatura.
8 – Data do término de redação do relatório. Utilizar a abreviatura estipulada pelo
manual vigente.
9 – O assunto deverá responder o maior número das perguntas:
- Que atividade?
- O que ou quem?
- Onde?
10 – Quando não houver referência escrita, colocar o termo “Ordem verbal do
Ch Sec Sensores de Fonte de Imagens”, apenas com a primeira letra da
sentença em maiúscula.
11 – Descrição sumária do anexo. Se houver mais de um anexo, deve-se
identifica-los com a designação de letras maiúsculas (A – Imagem orbital); se
houver apenas um anexo, identifica-lo apenas com sua descrição.
12 – Identificação do item da Parte Técnica, tudo em letra maiúscula, negrita e
sublinhada.
13 – Identificação das alíneas (Circunstâncias, Procedimentos, Fonte e Fatores
adversos), apenas em letra negrita e sublinhada.
14 – Circunstâncias que cercaram a obtenção dos resultados, destacando:
- A origem, a localização (coordenadas) e dados da imagem.

G-3
EB70-MC-10.302

DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO

- Quando foi realizado o imageamento.


15 – Procedimentos adotados, técnicas empregadas e demais dados que
expliquem como o profissional de inteligência de imagens realizou a interpretação.
16 – Avaliar os dados que permitam julgar as fontes, baseados nos conceitos de
autenticidade, confiança e competência. Em caso de fonte aberta, citar onde o
dado foi coletado.
17 – Todos os aspectos que prejudicaram a interpretação por fatores técnicos.
18 – Identificação do item da Parte Informativa, tudo em letra maiúscula, negrita e
sublinhada.
19 – Deverá responder os questionamentos:
- O que ou quem?
- Quando?
- Como?
- Onde?
- Apoiar-se em Fichas de Interpretação de Objetivos (FIO).
- Cada parágrafo é uma fração significativa.
- Responder os aspectos necessários para resolução do problema.
- Texto de redação livre, porém de forma simples e direta.
- Realizar referências numéricas no texto para cada dado obtido na
imagem. Este dado será identificado numericamente na(s) imagem(ens) em
anexo. Caso haja mais de um anexo, esta referência será feita com o acréscimo
da designação do anexo (Nr 5 An A).
- Caso haja algum alvo que deva ser identificado em vários anexos, a sua
numeração indicativa deverá permanecer a mesma.
- A parte informativa não é uma cópia das Fichas de Interpretação de
Objetivos.
20 – Identificação do item Comentários, tudo em letra maiúscula, negrita e
sublinhada
21 – Registrar tudo que possa auxiliar na produção do conhecimento ou na
execução de interpretações atuais e futuras.
Sugestões (novas imagens)
Opiniões
OAJU
22 – Identificação numérica dos dados da(s) imagem(ens), os quais foram
referenciados na parte informativa.
– Caso haja algum alvo que deva ser identificado em vários anexos, a sua
numeração indicativa deverá permanecer a mesma.

G-4
EB70-MC-10.302

ANEXO H
RELATÓRIO DE AÇÃO CIBERNÉTICA (EXEMPLO)

1. DEFINIÇÃO
É o documento elaborado por um Grupo de inteligência Cibernética com a
finalidade de fornecer dados sobre o cumprimento da missão e dados a
respeito de situações que o agente ou grupo de sensores cibernéticos julgarem
de interesse para a organização militar de inteligência.
2. APRESENTAÇÃO
2.1 Oral
2.1.1 Visando atender ao princípio da oportunidade.
2.1.2 Logo que possível, fazê-lo por escrito.
2.2 Escrito
2.2.1 Em texto claro ou, se a segurança assim o exigir, criptografado.
3. REDAÇÃO
Embora a redação do relatório sofra influência do estilo pessoal, o Gp Intlg
Ciber deve elaborá-lo por meio de um desenvolvimento lógico e coerente,
apresentando os resultados de maneira objetiva e delimitando, com clareza, os
estágios sucessivos da(s) atividade(s) desenvolvida(s).
4. COMPOSIÇÃO
4.1 O Relatório de Aç Ciber tem quatro partes:
4.1.1 Cabeçalho – composto dos seguintes itens:
a) Nível de sensibilidade;
b) Numeração das folhas;
c) Identificação do relatório (indicativo de controle);
d) Grupo data-hora;
e) Assunto;
f) Referência; e
g) Anexo(s).

4.1.2 Antecedentes
4.1.2.1 Descrição das circunstâncias e dos fatos que levaram a desencadear a
missão.
4.1.2.1 Apresentação das demandas percebidas visando ao cumprimento da
missão.
4.1.3 Aspectos Operacionais
4.1.3.1 Circunstâncias que cercaram a obtenção do(s) resultado(s).
4.1.3.2 Dados que permitam julgar a(s) fonte(s) (equipamentos e técnicas
empregados, pessoal envolvido, ambiente operacional, condições
meteorológicas, etc.).
4.1.3.3 Fatores adversos.
4.1.4 Aspectos Informativos
4.1.4.1 É o local onde são descritos, de forma simples e completa, os
resultados obtidos. Se possível respondendo às perguntas: O QUE? QUEM?
QUANDO? COMO? e ONDE?
4.1.4.2 É dividido em duas partes: Geral e Parâmetros Técnicos.
4.1.5 Considerações Finais

H-1
EB70-MC-10.302

4.1.5.1 É o local onde o Gp Intlg Ciber registrará tudo aquilo que possa auxiliar
no planejamento e na execução de ações cibernéticas, atuais e futuras.

4.1.5.2 É também nesta parte que o Gp Intlg Ciber deve registrar as


experiências, sugestões, opiniões, inferências, interpretações, visando ao
embasamento do ciclo de produção do conhecimento, tanto para o ramo
Inteligência quanto para o Contrainteligência. Devem ser discriminados, ainda,
os gastos operacionais e outros pertinentes aos aspectos operacionais e
informativos.

5. Relatório de Ação Cibernética

DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO

REL AÇ CIBER Nr XXX Flxx/xx


Visto:
______________
Cmt Gp Sns
Ciber
GDH:
Assunto:
Referência:
Anexos:
1. ANTECEDENTES
- descrição da situação anterior à ação e que levou a ela.
- apresentação das demandas percebidas.
2. ASPECTOS OPERACIONAIS
- técnicas empregadas para operação, local de operação, distância do
alvo, necessidade de apoio externo ao grupo etc.
- equipamentos, protocolos e sistemas empregados, estruturação do
alvo etc.
- circunstâncias que dificultaram ou comprometeram o desenvolvimento
da missão.
3. ASPECTOS INFORMATIVOS
3.1 Geral
3.1.1 Todos os dados referentes ao CONTEÚDO e TRÁFEGO.
3.2 Parâmetros Técnicos
3.2.1 Obtidos de dados lógicos: endereços, volumes de dados analisados,
configurações e sistemas encontrados etc.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4.1 Aspectos que possam orientar ações cibernéticas futuras, a produção do
conhecimento e a implementação de medidas para mitigar eventuais
vulnerabilidades; e
4.2 Gastos operacionais referentes à ação desencadeada.
DOCUMENTO PREPARATÓRIO – ACESSO RESTRITO

H-2
EB70-MC-10.302

ANEXO I - REDE RÁDIO DO BIM

I-1
EB70-MC-10.302

GLOSSÁRIO

PARTE I – ABREVIATURAS E SIGLAS


A
Abreviaturas/Siglas Significado
Anl C Intlg Alálise de Contrainteligência
Anl F Tecnl Análise da Fonte Tecnológia
Anl Intlg Analise de Inteligência
ARE Area de Reunião de Evacuados
Atv Intlg Atividade de Inteligência

B
Abreviaturas/Siglas Significado
B Ict Busca de Interceptação

C
Abreviaturas/Siglas Significado
C Intlg Contrainteligência
C Mil A Comando Militar de Área
Cent Intlg Central de Inteligência
Cia Anl Intlg Companhia de Análise de Inteligência
Cia Rec Vig Companhia de Reconhecimento e Vigilância
Cia Sns F Hum A Companhia de Sensores de Fontes Humanas
Cia Sns F Tecnl Companhia de Sensores das Fontes
Tecnológicas
Cmt Comandante

D
Abreviaturas/Siglas Significado
Dif Info Difusão da Informação

E
Abreviaturas/Siglas Significado
EM Estado-Maior
EB Exército Brasileiro

F
Abreviaturas/Siglas Significado
F Ter Força Terrestre
FTC Força Terrestre Componente
FA Forças Armadas
EB70-MC-10.302

G
Abreviaturas/Siglas Significado
GAA Guía Aéreo Avançado
GE Guerra Eletrônica
GEOINT Inteligência Geoespacial (Geospatial
Intelligence)

I
Abreviaturas/Siglas Significado
Info Informação
Intg Integrador
Intrg Interrogatório, Interrogar

L
Abreviaturas/Siglas Significado
L Aç Linha de Ação
Loc Elt Localização Eletrônica

N
Abreviaturas/Siglas Significado
NI Necessidades de Inteligência

M
Abreviaturas/Siglas Significado
Mon Monitoração

O
Abreviaturas/Siglas Significado
O Op Ordem de Operações
OB Ordem de Busca
Obtç Obtenção
Op Intlg Operações de Inteligência

P
Abreviaturas/Siglas Significado
P Col PG Posto de Coleta de Prisioneiros de Guerra
P Col Slv Posto de Coleta de Salvados
PB Pedido de Busca
PG Prisioneiro de Guerra
POC Plano de Obtenção do Conhecimento

R
Abreviaturas/Siglas Significado
RIPI Região de Interesse para a Inteligência
Rspnl Responsável
EB70-MC-10.302

S
Abreviaturas/Siglas Significado
SARP Sistema de Aeronaves Remotamente pilotadas
SIEx Sistema de Inteligência do Exército
SIGELEX Sistema de Guerra Eletrônica do Exército
SSIIGeo Subseção de Inteligência e Informações
Geográficas

T
Abreviaturas/Siglas Significado
Tu Anl Turma de Análise

Z
Abreviaturas/Siglas Significado
Z Aç Zona de Ação
EB70-MC-10.302

PARTE II – TERMOS E DEFINIÇÕES

Apoio ao Combate - Apoio prestado numa operação aos elementos de


combate, traduzido pelo apoio de fogo, apoio ao movimento e apoio à
capacidade de coordenação e controle, com a finalidade de aumentar o poder
de combate das unidades de manobra.

Apoio Logístico - Apoio prestado por organizações militares específicas,


abrangendo a execução de atividades das funções logísticas de recursos
humanos, de saúde, de suprimento, de manutenção, de transporte, de
engenharia e de salvamento para sustentar a capacidade de operação e de
durabilidade na ação das Forças.

Apreciação - Conhecimento resultante de raciocínio elaborado pelo analista de


Inteligência que expressa sua opinião sobre situação ou fato passado, presente
ou futuro imediato.

Busca - Atividade sigilosa voltada para a obtenção de dados não disponíveis e


protegidos por medidas de segurança estabelecidas por quem os detém. Exige,
para sua execução, pessoal especializado e emprego de técnicas operacionais.

Briefing (ou BRIFIM) - Ato ou efeito de prestar informações resumidas,


relativas a um assunto específico, a alguém que vai participar ou executar uma
determinada tarefa ou ação, para fim de coordenação.

Carta de Situação - Carta que indica a situação tática ou administrativa em


determinada ocasião, utilizada para o estudo/exame de situação do Estado-
Maior ou como referência aos relatórios deste órgão.

Capacidades Operativas - É a aptidão requerida a uma Força ou organização


militar, para que possam obter um efeito estratégico, operacional ou tático. É
obtida a partir de um conjunto de sete fatores determinantes, inter-relacionados
e indissociáveis: Doutrina, Organização (e/ou processos), Adestramento,
Material, Educação, Pessoal e Infraestrutura - que formam o acrônimo
DOAMEPI.

Ciclo da Inteligência Militar – Sequência ordenada de atividades por meio


das quais dados são obtidos e conhecimentos são produzidos e colocados à
disposição dos usuários de forma racional. É formado de quatro fases:
Orientação, Obtenção, Produção e Difusão.

Função de Combate Inteligência - Apoia o comando em todos os tipos de


operações, ajudando-o a decidir onde e quando empregar seus meios militares
para cumprir com êxito a missão recebida. Fundamental para obter a surpresa,
possibilita, ainda, a manutenção da iniciativa em todas as fases das ações
militares.
EB70-MC-10.302

Conscientização Situacional - Percepção precisa e atualizada do ambiente


operacional no qual se atuará e no reconhecimento da importância de cada
elemento percebido em relação à missão atribuída.

Cenário Operativo Comum - Cenário ou quadro unificado de exibição de


informação compartilhada por mais de um serviço ou agência. Um cenário
operativo comum facilita o planejamento colaborativo e ajuda todos os atores
participantes a obterem a consciência situacional.

Contrainteligência - Ramo da Atividade de Inteligência Militar voltado para


prevenir, detectar, identificar, avaliar, obstruir, explorar e neutralizar a atuação
da Inteligência adversa e as ações de qualquer natureza que possam se
constituir em ameaças aos ativos do Exército.

Criptografia - Técnica utilizada para tornar ininteligível o texto claro da


mensagem, mediante o emprego de cifras e chaves apoiadas em um algoritmo
de transformação.

Estimativa - Conhecimento resultante da aplicação de técnicas complexas,


elaborado por equipe composta por vários analistas, projetado adiante no
tempo e que expressa a opinião sobre a evolução de um fato ou situação.

Estimativa Corrente de Inteligência - Avaliação contínua da situação atual


utilizada para determinar se a operação em curso está transcorrendo conforme
a intenção do Comandante e se as operações subsequentes planejadas são
apoiáveis. O Comandante e cada seção do EM constantemente consideram os
efeitos das novas informações e atualizam os fatos, suas suposições, a
situação das Forças amigas, as atividades e capacidades inimigas, as
considerações civis e as conclusões e recomendações.

Estimativa de Inteligência - Documento que detalha as análises


e as conclusões obtidas, durante a realização do PITCIC, na fase inicial do
planejamento.

Espaço Cibernético - Ambiente virtual onde as informações digitais transitam,


são processadas e/ou armazenadas. É composto de dispositivos
computacionais, conectados em redes ou não (EB20-MC-10.207).

Exame de Situação - Processo sistemático de planejamento, que visa a dar


uma sequência lógica e ordenada aos diversos fatores que envolvem o
processo decisório relacionado à Seg Org.

Inteligência, Reconhecimento, Vigilância e Aquisição de alvos (IRVA) -


Processo de integração das atividades e tarefas de reconhecimento, vigilância
e aquisição de alvos com a Inteligência Militar, com a finalidade de melhorar o
entendimento da situação pelos Comandantes em todos os níveis (consciência
EB70-MC-10.302

situacional) e, consequentemente, os seus processos decisórios. Tem como


principal tarefa a Obtenção de Dados/Informações para atender às
Necessidades de Inteligência.

Informação - Conhecimento resultante de raciocínio elaborado e que expressa


a certeza do analista quanto ao significado de situações ou fatos passados ou
presentes.

Informe - Conhecimento resultante de avaliação de situação ou fato passado


ou presente quanto à idoneidade de sua fonte, bem como à veracidade do seu
conteúdo.

Meios de obtenção - Ferramentas, materiais e técnicas utilizadas para obter


os dados necessários para a produção de conhecimentos de interesse da
atividade de inteligência.

Necessidades de Inteligência - São os conhecimentos específicos


estabelecidos pelo Comandante em função da missão a ser cumprida.
As NI do Comandante são satisfeitas pelos conhecimentos que ele
precisa ter à sua disposição, relativos ao terreno, inimigo, condições
climáticas e meteorológicas e considerações civis, a fim de poder cumprir
sua missão com êxito. Normalmente, a reunião de dados e
conhecimentos não é suficiente para satisfazer de imediato todas as NI.
Por isso, os recursos empregados na atividade de obtenção são orientados
para NI de prioridades mais elevadas.

Oportunidade - Princípio da atividade de inteligência que consiste em


desenvolver ações e apresentar resultado sem prazo apropriado para sua
utilização.

Operações de Amplo Espectro - São operações que combinam Operações


Ofensivas, Defensivas, de Pacificação e de Apoio aos Órgãos Governamentais,
simultânea ou sucessivamente, prevenindo ameaças, gerenciando crises e
solucionando conflitos armados, em situações de Guerra e de Não Guerra, de
forma sincronizada.

Ordem de Batalha - Informações sobre pessoal, unidades e equipamentos de


uma Força, amiga ou inimiga, incluindo, se possível, efetivo, identificação,
localização, estrutura de comando, históricos e outros dados relativos às
unidades e personalidades militares.

Ordem de Busca - Documento utilizado internamente em uma Agência de


Inteligência, através do qual os elementos de Inteligência e Contrainteligência
(Departamento, Divisão, Seção etc.) acionam o encarregado da busca, visando
à obtenção de conhecimentos.
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Órgãos de Inteligência (OI) - Entende-se como Órgãos de Inteligência o


Centro de Inteligência do Exército (órgão central do Sistema de Inteligência do
Exército), as Companhias de Inteligência e os Grupos de Inteligência dos
Grandes Comandos e Grandes Unidades.

Plano de Busca - Documento interno que registra as Necessidades de


Inteligência e seus desdobramentos, não atendidos pelo próprio banco de
dados e que, por consequência, devam ser solicitados a outros órgãos.

Plano Contingente - Plano traçado para substituir determinado plano de


operação, no caso de mudança de situação, que o torne inexequível ou
desaconselhável.

Plano de Controle de Danos - Consiste nas medidas preventivas e de


controle, adotadas para reduzirem ao mínimo os efeitos da ação inimiga, dos
grandes desastres ou de catástrofes da natureza, a fim de assegurar a
continuidade ou o restabelecimento do apoio logístico.

Planos de Obtenção do Conhecimento - Documento conduzido pela Seção


de Inteligência onde são registrados os EEI e seus desdobramentos,
necessários para apoiar o processo decisório dos Comandantes operativos.

Processo de Integração do Terreno, Condições meteorológicas, Inimigo e


Considerações civis (PITCIC) - Processo cíclico de caráter gráfico que
permite, mediante análise integrada, a visualização de como o terreno, as
condições meteorológicas e as considerações civis condicionam as próprias
operações e as do inimigo, fornecendo dados reais e efetivos para auxiliar a
tomada de decisões adequadas. É um processo de apoio ao Exame de
Situação, particularmente durante a montagem das linhas de ação.

Produção do conhecimento de Inteligência - Atividade afeta ao ramo


(função) Inteligência, de identificação (descrição e explicação) de coisas e
eventos, com a finalidade de apontar oportunidades e ameaças.

Relatório de Interpretação de Imagem - Consiste no resultado do trabalho de


análise do especialista em Geointeligência sobre um ou mais objetivos de
interpretação. Como produto básico do analista de GEOINT, a partir do RII, há
a possibilidade de se produzir um conhecimento de Inteligência sobre o dado
analisado.

Segurança Orgânica - Segmento da C Intlg que preconiza a adoção de um


conjunto de medidas destinado a prevenir e obstruir possíveis ameaças de
qualquer natureza dirigidas contra pessoas, dados, informações, materiais,
áreas e instalações.
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Sensoriamento Remoto - Aquisição de informação sobre um objeto ou alvo


usando um dispositivo de registro que não está em proximidade física com o
objeto em estudo.
SISFRON - O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras Terrestre é
um Projeto Estratégico do Exército, destinado ao monitoramento e defesa de
áreas de interesse das fronteiras do País.

Sistema de Inteligência do Exército (SIEx) - Compreende os órgãos e as


pessoas do EB que, sob a responsabilidade dos Comandantes, chefes ou
diretores, estão envolvidos na execução das atividades e tarefas de inteligência
ou que estão ligados à sua regulamentação e normatização.

Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) - É um sistema


formado pela aeronave, sua Estação de Pilotagem Remota, o enlace de
pilotagem e qualquer outro componente especificado em seu projeto.

Tarefa - Ação operativa específica atribuída por um escalão superior a um


subordinado e que, quando executada adequadamente, cumprirá ou contribuirá
para o cumprimento da própria Missão ou da Missão do Superior. As tarefas
podem ser expressas em termos de efeito desejado ou ação a empreender, ou
ainda ambos simultaneamente. Cabe observar que a tarefa, em termos de
efeito desejado, deixa mais iniciativa ao subordinado e, por isso, tende a ser
empregada nos escalões mais elevados. Já as expressas em termos de ação a
empreender, geralmente restringem-se aos planejamentos de caráter tático, em
que o escalão superior pode ter razões para querer um determinado tipo de
ação por parte dos subordinados.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Defesa. Doutrina de Inteligência de Defesa. MD52-N-


01. Brasília, DF: Ministério da Defesa, 2005.

______. Ministério da Defesa. Glossário das Forças Armadas. MD35-G-01.


4. ed. Brasília, DF: Estado-Maior do Exército, 2007.

______. Ministério da Defesa. Manual de Abreviaturas, Siglas, Símbolos e


Convenções Cartográficas das Forças Armadas. MD33-M-02. 3. ed.
Brasília, DF: Ministério da Defesa, 2008.

______. Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.


Doutrina Nacional da Atividade de Inteligência. Brasília, DF: 2016.

______. Exército. Estado-Maior. Instruções Gerais para as Publicações


Padronizadas do Exército. EB10-IG-01.002. Brasília, DF: Estado-Maior do
Exército, 2011.

______. Exército. Estado-Maior. Manual de Campanha Contra Inteligência. C


30-3. 2.ed. Brasília, DF: Estado-Maior do Exército, 2009.

______. Exército. Estado-Maior. Vade-Mécum de Inteligência Militar. Brasília,


DF: Estado-Maior do Exército, 2011.

______. Exército. Estado-Maior. Manual de Campanha Inteligência.


EB20MC-10.207. Brasília, DF: Estado-Maior do Exército, 2015.

______. Exército. Estado-Maior. Manual de Fundamentos Inteligência Militar


Terrestre. EB20-MF-10.107. 2. ed. Brasília, DF: Estado-Maior do Exército,
2015.
______. Exército. Comando de Operações Terrestres. Manual de Campanha
Planejamento e Emprego da Inteligência Militar. EB70-MC-10.307.1 ed.
Brasília, DF: Estado-Maior do Exército, 2016.
BRASIL. Exército. Comando de Operações Terrestres. Operaç

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES


CENTRO DE DOUTRINA DO EXÉRCITO
Brasília, DF, 28 de dezembro de 2018
www.cdoutex.eb.mil.br

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