Introdução Lunda Tshokwé
Introdução Lunda Tshokwé
Introdução Lunda Tshokwé
INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
AS VARIANTES LINGUÍSTICAS..................................................................................4
Máscara Lunda..................................................................................................................5
Escultura Lunda.................................................................................................................5
O MUSEU DO DUNDO.................................................................................................11
CONCLUSÃO.................................................................................................................12
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA.................................................................................13
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INTRODUÇÃO
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RESISTÊNCIA DOS LUNDA TCHOKWE
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depois, em Janeiro de 1887, ocorre uma nova invasão Tchokwé. Musumba foi
incendiada e os lunda ficaram sob domínio Tchokwé, até ao final do século XIX.
Os Tchokwé estabeleceram então o seu próprio reino com a sua língua e
costumes. Os chefes lundas e o povo continuaram a viver na região lunda porém
diminuidos de poder. A expansão dos Tchokwé levou-os para além das fronteiras
de Angola, encontrando-se grandes núcleos na República Democrática do Congo
e na Zâmbia.
Podem ser referidos como “lunda” – para além do próprio grupo a partir
do qual o império se originou e que ficariam conhecidos na literatura por ‘lunda
do Mwant Yaav’ (os aruwund) – os ndembu (ou lunda-ndembu), os yaka, os
luvale (também designados por lunda-baluvale ou lwena), os imbangala (reino de
Kasanje), as gentes do Luapula sob o domínio do rei Kazembe.
AS VARIANTES LINGUÍSTICAS
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Segundo Vatomene Kukanda, este grupo apresenta poucas variantes
linguísticas. Na província da Lunda-Norte predominam o lunda, o cokwe (kioku),
o mataba, o kakongo ou badimba e o mai.
Máscara Lunda
Escultura Lunda
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Em 1906 - Revolta dos Luchazes, 1908 - Revolta dos Lunda Tchokwes
dirigida por Quelendende (Muene Luchico) que o governo Português denominou
de rebelião, como sempre acontece, quando o dono da terra reclama o
colonizador chama a reclamação de REBELIÃO, e finalmente em 1916 –
Revolta dos Luchazes, dos Bundas e dos Lunda Tchokwes e, entre 1950 a 1960
foi criada a ATCR – Associação de Lunda Tchokwes de Angola, Congo e
Rodesia, actual Zâmbia para a renegociação dos tratados com as potências
Europeias ocupantes do Imperio Lunda; Bélgica, Portugal e o Reino Unido da
Inglaterra, acção que não teve êxito, primeiro devido a fraca participação dos
filhos Lundas ao projecto ATCAR, falta de visão e a incerteza do futuro por parte
de alguns intelectuais da época.
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O Governo Português não abordou a questão da Nação Lunda em 1975,
fez a mesma coisa com o TIMOR LESTE, deixando o direito intacto pelos
ascendentes que nós descendentes, estamos a reivindicar, com justa causa, para
além das discriminações, é um direito legítimo natural e transcendental que a
Nação Lunda Tchokwe tem.
O velho, meio cego, no seu leito de morte, amaldiçoou-os e logo ali avisou
que nenhum deles seria o seu sucessor. Chamou os macotas (anciãos) e informou
da sua decisão de entregar o poder a Lweji, meia-irmã de Tchinguri e
Tchinhama. Iria agora começar na Mussumba (povoação) o império Muatyânvua,
constituído que foi o casamento de Lweji, a nova rainha lunda, com o caçador
baluba Tchibinga Ilunga.
Várias são as versões contadas sobre este império. Embora todas elas
interessantes, optamos pela versão do engenheiro Sá Vicente, no livro A Lunda,
os diamantes e a Endiama. Das várias conversas que tivemos com alguns mais-
velhos da Lunda-Norte, sem querer meter a foice em seara alheia, apelamos aos
historiadores que nos deixem romancear mais uma vez esta maravilhosa epopeia.
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Assim que o velho Kundi morreu, Lweji recebeu o lukano (pulseira feita
com tendões humanos que simboliza o poder) e de imediato é conduzida à chefia
dos Lundas. Lweji, digo a bela Lweji (Lua em português), já que se diz que era
uma jovem de extraordinária beleza, mas também munida de muita inteligência,
foi governando os Lundas com a prestimosa ajuda dos mais velhos, os macotas.
Um belo dia, vindo do Leste, apareceu Tchibinda Ilunga, um caçador da etnia
luba, também de sangue nobre, neto do fundador do segundo império luba,
Mutondo Mukulo (árvore velha) que com as suas gentes desafiou os lundas
caçando nos seus domínios.
É Lweji, mais uma vez, quem sai a ganhar e expulsa os dois irmãos da
tribo, embora se diga também que os próprios a terão abandonado de sua própria
iniciativa, depois desta ter pedido a Tchibinda que lhes ensinasse os seus
conhecimentos sobre a arma e a pólvora.
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Tchinguri, o mais agressivo, rumou para ocidente e estabelece-se às portas
de Luanda, tendo sido recebido pelo governador português D. Manuel Pereira
Forjaz, com quem fez aliança ajudando-o a combater os povos do interior, e de
quem recebeu em troca o título de Jaga (Grande chefe) e também a oferta de
terras na região de Ambaka e do Golungo Alto. Acabou, finalmente, por se
estabelecer na Baixa do Cassanje, fundando o jagado dos bangalas.
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Com uma colossal superfície de 103.760 Km2, a Lunda-Norte possui
apenas, segundo estimativas, 800 mil habitantes, que se dividem em vários
grupos étnicos, como os cokwe, lunda, kakhongo ou bandinga, baluba, musuku,
bondo bangala, khoji, khari, xinje matapa, bena may, kakhete e songo. Os lundas
são exímios escultores e é da sua autoria a famosa estatueta do Samanyonga
(pensador) e a de Tchibinda Ilunga, o famoso guerreiro-caçador que se casou
com a Lwéji. Tchibinda é sempre representado com uma arma na mão, enquanto
que Samanyonga se apresenta sentado de cócoras, agarrado à cabeça no acto
de pensar.
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O MUSEU DO DUNDO
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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