Introdução-A Distribuição Espacial Da População Angolana

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República de Angola

Governo da Província de Luanda


Escola Santa Bakita

TRABALHO DE GEOGRAFIA
TEMA:
A Distribuição Espacial da População
Angolana.

Grupo nº 03
Sala: 9
Turno: Tarde
Classe: 8ª

DOCENTE
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Luanda
2021
INTRODUÇÃO

A população angolana é estimada em 32 milhões de habitantes (dados de 2019). Cerca


de 95% dos angolanos são africanos bantu, pertencentes a uma diversidade de etnias. Entre
estas, a mais importante é a dos Ovimbundu que representam mais de um terço da população,
seguidos dos Ambundu com cerca de um quarto, e os Bakongo com mais de 10%. Menor
peso demográfico têm os Lunda - Côkwe, os Ovambo, os Nyaneka-Nkhumbi, os Ganguela e
os Xindonga.

Existem ainda pequenos grupos residuais de Khoisan (ocasionalmente designados


como bosquímanos ou hotentotes), habitantes originais do território da Angola de hoje (e,
portanto pré-bantu). O habitat destas etnias, tal como existia no fim da era colonial, continua
no essencial inalterado. No entanto, durante a segunda metade do século XX houve um fluxo
permanente de habitantes das áreas rurais para as cidades.

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A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA POPULAÇÃO ANGOLANA
A população absoluta é o número total de habitantes de um país ou região. A
população relativa (densidade populacional ou densidade demográfica) é o número de
habitantes por quilómetro quadrado, isto é:

Em 1990, o vasto território angolano (1 246 700 km2) apresentava uma distribuição
populacional bastante desigual, com densidades populacionais que variavam,
aproximadamente, entre:

 0,6 hab.lkm2 para a província do Kuando Kubango;


 638,7 hab.lkm2 para a província de Luanda;
 43,3 hab.lkm2 para a província do Huambo, que era a segunda província
demograficamente mais densa do País;
 20,0 hab.lkm2 para as restantes províncias.

Adensidade populacional média do País é de 11,7 hab.lkm2, aproximadamente.

Em Angola existem regiões que são mais povoadas do que outras, dando origem a
grandes desigualdades na distribuição da população.

As zonas de maior densidade populacional distribuem-se pelo litoral e pelo interior


centro e norte, sobretudo no planalto central.

Todo o Leste e a fronteira sul apresentam regiões menos povoadas, juntamente com as
províncias do Zaire e do Namibe.

CONCENTRAÇÃO DA POPULAÇÃO NAS CIDADES: O CASO DE LUANDA

Como vimos atrás, o vasto território angolano encontra-se desigualmente povoado,


com uma população que não está apenas a crescer a um ritmo rápido, mas que apresenta uma
tendência para se concentrar nas cidades.

Em 1990, as duas províncias mais populosas do país - Luanda e Huambo - repartiam


em partes aproximadamente iguais quase 30% da população total do País.

Em 1996, Luanda assumiu rapidamente a primazia absoluta nessa distribuição, dado o


crescimento populacional mais rápido que aí se tem verificado.

Um aspecto a destacar é que o crescimento populacional observado na província de


Luanda corresponde inteiramente ao crescimento urbano que se verifica na cidade capital do
País.

Pela sua densidade populacional, Luanda já ocupa o 4.º lugar entre as cidades
africanas e o 14.º lugar no Mundo.
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Aexcessiva concentração populacional em Luanda reflecte-se em toda uma série de
dificuldades e problemas ligados a:

 Habitação;
 Abastecimento de água;
 Fornecimento de energia eléctrica;
 Saneamento urbano;
 Insuficiência de infra-estruturas produtivas e sociais para abrigar um efectivo
populacional que vem crescendo de forma acelerada;
 Intenso tráfego rodoviário;
 Poluição, etc.

Aredistribuição da população angolana passa por:

 Fim das hostilidades (guerra);


 Reactivação do sector industrial, fábricas e outras actividades para produção de
bens em todas as províncias, de modo a que as populações tenham emprego;
 Acesso à educação e assistência médica;
 Condições de habitação;
 Distribuição e comercialização de alimentos, vestuário, calçado, etc.;
 Estabelecimento e melhoramento da rede de vias de comunicação (estradas,
pontes, caminhos-de-ferro, aeroportos).

MOVIMENTOS DA POPULAÇÃO: O ÊXODO RURAL

A movimentação da população dentro de uma determinada região, geralmente em


busca de melhores condições de vida, chama-se migração.

A migração em Angola reflecte, sem dúvida, a transferência de um número


significativo de pessoas dos campos para as cidades, resultante da própria insegurança
verificado áreas rurais afectadas pela guerra. A estes movimentos do campo para as cidades
dá-se o nome de êxodo rural e têm-se verificado com alguma frequência, em Angola, ao longo
dos últimos anos, como sintoma de que, nas áreas rurais, a vida é cada vez mais difícil.

As principais causas de migração encontram-se na procura de:

 Segurança física e alimentar;


 Emprego;
 Melhores condições de habitação;
 Saúde e educação.

As migrações têm efeitos tanto nas zonas de saída (proveniência) como nas zonas de
chegada (destino).

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Quando essas necessidades não são totalmente satisfeitas, as condições de vida da
população rural tornam-se difíceis.

As más condições de vida têm como consequência:

 Fome;
 Delinquência;
 Prostituição;
 Assaltos;
 Desagregação familiar;
 Abandono escolar, etc.

Ao melhorar as condições de vida da população rural nas zonas de origem, pode


contribuir-se para reduzir as migrações e a concentração de pessoas nas cidades. Isto só será
possível com a criação de:

 Escolas;
 Centros de saúde;
 Centros recreativos;
 Fábricas;
 Indústrias para transformação de produtos do campo;
 Construção de infra-estruturas comunitárias, etc.

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CONCLUSÃO

Portanto, os resultados preliminares do Censo 2014, com referência à data de 16 de


Maio de 2014, mostram que a população residente em Angola era de 24,3 milhões de
habitantes, sendo 11,8 milhões do sexo masculino (48%) e 12,5 milhões do sexo feminino
(52%). A província de Luanda é a mais populosa, com 6,5 milhões de residentes, o que
corresponde a 27% do total do país. Pelo contrário, a província do Bengo, com 351 579
habitantes, é a menos populosa do país.

Angola tem uma superfície de 1 252 145 quilómetros quadrados, com uma densidade
populacional de 20 habitantes por quilómetro quadrado, menos cinco vezes o observado em
Portugal. Luanda é a província com maior densidade populacional (347.6 habitantes por Km2)
enquanto Cuando Cubango é a que regista uma densidade populacional mais baixa (2.6
habitantes por Km2). Os dados divulgados pelo INE de Angola mostram ainda que 62% da
população residem em áreas urbanas.

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