Domínio Da Ortografia Oficial
Domínio Da Ortografia Oficial
Domínio Da Ortografia Oficial
“A ortografia de uma língua corresponde à maneira correta de 1. O fonema () (letra x ou dígrafo ch):
grafar as palavras que pertencem ao repertório linguístico de seus
usuários. A ortografia é uma norma, tem valor de lei, e não admite Emprega-se o X:
variações ou opções individuais” (BARRETO, Ricardo Gonçalves,
2017). a) após um ditongo: encaixar, eixo, baixo, ameixa, rebaixar.
Atenção: exceto em recauchutar e derivados.
O termo “Ortografia” é formado por:
b) após o grupo inicial en: enxada, enxaqueca, enxame, enxovalho.
Orthos – palavra grega que exprime a ideia de direito, reto, exato. Atenção com termos derivados de palavras que iniciam por ch:
Graphia – palavra latina que significa “escrever”. enchapelar (chapéu), enchumaçar (chumaço), enchente (cheio).
A ortografia não é um transcrição dos sons da fala, sim o c) após o grupo inicial me: mexer, mexerica, mexilhão, mexicano.
resultado de um acordo social. Exceto mecha.
Homônimas ou Homófonas homográficas: mesma grafia e A letra G somente representa o fonema [Ʒ] diante das letras E e I,
mesma pronúncia: diante das vogais A, O e U, emprega-se o J:
Luta (substantivo) – Luta (verbo)
Emprega-se o G:
Homófonas heterográficas: mesma pronúncia e grafia diferente:
Sexta (numeral ordinal) – cesta (substantivo) – sesta (substantivo) a) nos substantivos terminados em agem, igem, ugem: agiotagem,
aragem, barragem, malandragem, impingem (impigem), coragem,
Homógrafas heterofônicas: mesma grafia e pronuncia diferente: ferrugem, lanugem.
Almoço (forma verbal) – Almoço (substantivo) Exceções: pajem e lambujem.
Há ainda, casos em que as palavras apresentam grafias ou b) nas palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio, úgio: adágio,
pronúncias semelhantes, tais casos costumam provocar dúvidas, contágio, estágio, pedágio, colégio, litígio, prestígio, necrológio,
são chamadas de Parônimas: refúgio.
Mandado e mandato
Atenção nos termos: aborígene, agilidade, algema, apogeu, argila,
Sinônimas são palavras de sentido igual ou aproximado: auge, bege, bugiganga, cogitar, drágea, faringe, fugir, geada,
solilóquio e monólogo; suposição e hipótese; modelo e protótipo. gengiva, gengibre, gesto, gibi, herege, higiene, impingir, monge,
Antônimas: são palavras de significação oposta. rabugice, tangerina, tigela, vagem.
calmo e agitado; extrovertido e introvertido; defender e atacar.
Emprega-se o J:
Orientações Ortográficas
a) as formas dos verbos terminados em jar, jear: arranjar: arranjo,
A competência para grafar corretamente as palavras está arranje, arranjem despejar: despejo, despeje, despejem, gorjear:
associada ao contato íntimo do falante com elas, ou seja a gorjeie, gorjeiam, gorjeando, viajar: viajo, viaje, viajem (3ª pessoa
frequência do uso acaba por trazer a memorização da grafia do plural do presente do subjuntivo)
correta.
b) nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica: biju, e) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, buzina,
jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji. bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza,
vizinho, xadrez, verniz, etc.
c) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j: laranja –
alaranjado, laranjeira, loja – lojista, nojo- nojeira Palavras homófonas:
Atenção nos seguintes termos: berinjela, cafajeste, granja, hoje, cozer (cozinhar) coser (costurar)
intrujice, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, jerimum, jérsei, jiló, prezar( ter em consideração) presar (prender)
laje, traje, majestade, objeção, objeto, ojeriza, projétil (projetil) traz (forma do verbo trazer trás (parte posterior)
rejeição, traje, trejeito, pegajoso, pegajento.
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z.:
3. O fonema /z/ (letras z e s): exagero, exaltar, exame, exato, exasperar, exausto, executar,
exemplo, exequível, exercer, exibir, exílio, existir, êxito, exonerar,
A letra S representa o fonema /z/ quando intervocálica: asa: casa, exorbitar, exorcismo, exótico, exuberante, inexistente, inexorável.
mesa, riso.
4. O fonema /s/ (letras s, c, ç, x ou dígrafos sc, sç, ss, sx, xs)
Emprega-se o S:
Emprega-se o S:
a) as palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical: nos substantivos derivados de verbos terminados
análise – analisar, catálise – catalisador, casa - casinha, casebre, em "andir","ender", "verter" e "pelir":
liso- alisar.
expandir expansão pretender pretensão
b) nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título ou estender extensão suspender suspensão
origem: burguês- burguesa, inglês- inglesa, chinês- chinesa, converter - conversão repelir repulsão
milanês- milanesa.
Emprega-se o Ç:
c) nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e –osa: Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer" e seus
catarinense, gostoso- gostosa, amoroso- amorosa, palmeirense, derivados:
gasoso- gasosa, teimoso- teimosa.
ater atenção contorcer contorção
d) nos sufixos gregos -ese, -isa, -ose: catequese, diocese, poetisa,
profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose. torcer- torção distorcer- distorção
deter detenção manter manutenção
e) após ditongos: coisa, pouso, lousa, náusea.
Emprega-se o SS:
f) nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus
derivados: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse,
Nos substantivos derivados de verbos terminados em "gredir",
puséssemos,
"mitir", "ceder" e "cutir"
quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos,
repus, repusera, repusesse, repuséssemos.
agredir- agressão demitir- demissão
g) nos seguintes nomes próprios personativos: Baltasar, Heloísa, ceder cessão discutir discussão
Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, progredir progressão transmitir transmissão
Tomás. exceder excesso repercutir repercussão
h) Nos seguintes vocábulos: abuso, asilo, através, aviso, besouro, Emprega-se o X:
brasa, cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, Em alguns casos, a letra X soa como Ss: auxílio, expectativa,
maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe
querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita,
etc. Emprega-se Sc:
Nos termos eruditos: acréscimo, ascensorista, consciência,
Emprega-se o Z: descender, discente, fascículo, fascínio, imprescindível,
miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos,
a) nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical: transcender.
deslize-deslizar, razão- razoável, vazio- esvaziar, raiz- enraizar,
cruz-cruzeiro
Emprega-se Sç:
b) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a Na conjugação de alguns verbos: nascer- nasço, nasça crescer-
partir de adjetivos: inválido- invalidez, limpo-limpeza, macio- cresço, cresça descer- desço, desça.
maciez, rígido- rigidez, frio- frieza nobre- nobreza, pobre-
pobreza, surdo- surdez
Observações sobre o uso da letra X:
c) nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar
substantivos: civil: civilizar- civilização, hospital: hospitalizar- 1) O X pode representar os seguintes fonemas:
hospitalização, colônia: colonizar- colonização, real: realizar-
realização. /ch/ - xarope, vexame
/cs/ - axila, nexo
d) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: /z/ - exame, exílio
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita. /ss/ - máximo, próximo
/s/ - texto, extenso
/ks/- taxi
2) Não soa nos grupos internos -xce- e –xci: excelente, excitar b) encontros consonantais que iniciam sílabas e os dígrafos ch, lh,
nh.
Separam-se:
Emprego das letras E e I
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode a) as vogais de hiatos.
não ser nítida. b) as consoantes seguidas que pertencem a sílabas diferentes.
c) os dígrafos: rr, ss, sc, sç, xc.
Emprega-se o E:
a) em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar: magoar 2. Nos nomes dos dias da semana: segunda-feira, terça-feira,
- magoe, magoes, continuar- continue, continues quarta-feira.
b) em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior): 3. Na separação verbo-pronome: pô-lo, vendê-lo-ias, comprá-lo, ir-
antebraço, antecipar, se, far-lhe-ei.
c) nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, 4. Com as palavras eis-me, ei-lo, ei-vos, ei-la.
disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc.
Uso de hífen com prefixos:
Emprega-se o I :
a) em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir: 1. Em palavras formadas por prefixos terminados em “r” +
cair- cai, doer- dói, influir- influi. palavra iniciada por “r”.
hiper-real, hiper-rico, hiper-requintado inter-racial, inter-regional,
b) em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): Anticristo, inter-relacionas, super-racional, super-realista, super-resistente
antitetânico.
2. Em palavras formadas por prefixos “ex”, “vice”, “soto”:
c) nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, ex-marido, ex-presidente, ex-namorada, vice-presidente, vice-
penicilina, privilégio, etc. reitor, vice-prefeito, soto-mestre
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de 4. Em palavras formadas por prefixos “pré”, “pró” e “pós” +
algumas palavras: comprimento (extensão) e cumprimento palavras que têm significado próprio:
(saudação, realização), soar (emitir som) e suar (transpirar) pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação
As letras “K”, “W” e “Y”, usadas em apenas alguns casos, Uma exceção a essa regra são os prefixos co-re. Com esses
oficialmente, são tidas como elementos constituintes do alfabeto prefixos, não se usa hífen, ainda que a palavra seguinte se inicie
pertencente à língua materna. Entretanto, quanto à função, está com a vogal o ⇒ cooperação, coordenação, reeleição
continua a reger os seguintes casos:
6. Em palavras formadas por prefixos terminados em vogais +
a) Utilizadas na grafia de nomes próprios, topônimos e seus
palavra iniciada por “h”.
respectivos derivados. Como por exemplo:
contra-harmônica, extra-humano, pseudo-herói.
Byron – Byronismo / Kuwait – kuwaitiano
b) Nas abreviaturas e nos símbolos de uso internacional, tais como: Não se deve usar o hífen quando ocorrer um prefixo terminado
Km (quilômetro) / K (potássio) / W (oeste) em vogal + palavras iniciadas por “r” ou “s”. Nesse caso, o “r”
ou o “s” devem ser dobrados:
c) Na grafia de palavras de origem estrangeira, como em: antessala, antessacristia, autorretrato, autossugestão
Show / Player
2. A letra “H”: Da mesma forma, não se deve usar o hífen quando ocorrer um
prefixo terminado em vogal + palavras iniciadas por uma vogal
a) No início de certas palavras: distinta:
Haver / hoje / história autoajuda, autoestrada
Além das letras do alfabeto empregamos, na língua São acentuados os ditongos abertos: ói, óis, éu éus, éi éis:
escrita, outros sinais gráficos, destinados a pronúncia exata da
palavra. herói, corrói, troféu, chapéu, ilhéu, anéis, fiéis, papéis
Acento agudo: nas vogais tônicas i/u fechadas e nas Obs: Antes da reforma ortográfica, assinada em 2009, esses
vogais tônicas abertas a/e/o. ditongos abertos e tônicos tinham acento em qualquer sílaba tônica.
Acento grave: indicativo da ocorrência de crase. A partir de janeiro de 2009, somente as oxítonas terminadas em ói,
óis, éu éus, éi éis recebem acento:
Acento circunflexo: nas vogais tônicas semifechadas
Assembleia, ideia, heroico, joia
a/e/o.
Acento til: indica a nasalidade das vogais c
Paroxítonas: São acentuadas todas as demais terminações:
Trema: não se usa o trema na Língua Portuguesa, exceto
em nomes e palavras de origem estrangeira e em seus i, is, u, us: táxi, grátis lápis, bônus, Vênus.
derivados. r, x, n, l (rouxinol): caráter, pôquer, látex, abdômen, fusível.
Apóstrofo: supressão de um fonema ps: bíceps, fórceps.
ã, ãs, ão, ãos: ímã, órfãs, órfão, acórdão, sótãos.
Regras de Acentuação on, ons: íons, elétron
um, uns: álbum, álbuns, médium, médiuns.
A acentuação gráfica é a aplicação de sinais sobre Ditongo oral aberto, seguido ou não por s: Vácuo, insônia,
algumas vogais de forma a representar a tonicidade da palavra. subúrbio.
Esses sinais são basicamente os acentos agudo (´) e circunflexo Monossílabas tônicas
(^)
terminadas em:a, as, e, es, o, os: pá, fé, pó, pós, pés. É usado nos seguintes casos:
os ditongos abertos: ói, óis, éu éus, éi éis : Céu, véu, dói, réis.
1. Como conjunção coordenativa explicativa, quando equivale a
I e U na segunda vogal do hiato: pois, porquanto, uma vez que. – Compre agora, porque há poucas
peças. – Não chore, porque os olhos ficam vermelhos. – Convém
Estas letras receberão acento se estiverem sozinhas na sílaba, na agir com inteligência e discrição, porque as pessoas envolvidas são
segunda vogal do hiato e se não forem seguidas de nh: muito desconfiadas.
Caída, traíram, faísca, carnaúba, (rainha, tainha) 2. Como conjunção subordinativa causal, substituível por pela
causa, razão de que ou pelo fato, motivo de que.
Atenção: É preciso, no entanto, ficar atento às regras de I e U para – Não fui a Santos porque estava acamado. – Você não ganhou
as oxítonas e paroxítonas antes de acentuar palavras que se porque se antecipou. – O governador vetou porque tinha razões
encaixem nesta regra. políticas.
3. Como conjunção subordinativa final, em orações com verbo no
Verbos ter e vir: subjuntivo, equivalente a para que.
– Virá ali o Samorim, porque em pessoa veja a batalha. – Mas não
Na terceira pessoa do plural do presente do indicativo esses julgamos, porque não venhamos a ser julgados.
verbos, serão acentuados: Eles têm, eles vêm.
Porquê (em uma só palavra, com acento):
Nos derivados de ter e vir (manter, intervir, convir, etc) a É usado como substantivo, com o sentido de causa, razão ou
terceira pessoa do singular terá acento agudo e a terceira motivo, admitindo pluralização (porquês). – Ninguém atinava com
pessoa do plural terá acento circunflexo: Ele mantém, eles o porquê daquela afirmação. – Os jovens querem saber o porquê de
intervêm. tudo. – Procuremos respostas aos nossos porquês. – É uma criança
cheia de porquês.
Acentos diferenciais
CASOS ESPECIAIS DE ORTOGRAFIA:
pôr (verbo) e por (preposição);
pôde (pretérito perfeito) e pode (presente do indicativo); Uso de “HÁ” (verbo) e “A” (preposição):
que (conjunção, pronome) e quê (substantivo ou pronome em fim
de frase); Na indicação de tempo:
porque (conjunção) e porquê (substantivo).
Usa-se há nas indicações de tempo transcorrido, ou seja, quando é
Palavras com as repetições oo, ee: possível fazer a substituição por faz. – Há tempos não vejo
Cristina. (Há = faz) – Cobramos a nota promissória há 30 dias. (há
Não são mais acentuadas: Voo, veem, perdoo. = faz) – Há muito não viajo. (Há = faz) – Há muito venho
insistindo nisso.
OS PORQUÊS
Usa-se a em todos os demais casos, ou seja, quando a referida
Por que (separado e sem acento): substituição não é possível. – Daqui a pouco serão dez horas. – O
meu marido chegará daqui a três dias. – O Cruzeiro marcou o seu
É usado em quatro casos: gol a dois minutos do final do jogo. – Cobramos a nota promissória
a 30 dias do seu vencimento.
1. Em interrogações diretas, nas quais o que equivale a qual
motivo. – Por que regressamos? (Por qual motivo regressamos?) – Uso de “se não” (em duas palavras) e “senão” (em uma só
Por que não vieram os computadores? (Por qual motivo não palavra):
vieram?)
Se não (em duas palavras) é uma conjunção subordinativa
2. Em interrogações indiretas, nas quais o que equivale a qual razão condicional, seguida por um advérbio de negação. Nesse caso, é
ou qual motivo. – Perguntei-lhe por que faltara à aula. (por qual possível substituir a expressão por caso não / ou. – Se não vierem
motivo) – Não sabemos por que ele faleceu. (por qual razão) todos, como será? (Caso não venham) / Marcos é rico, se não
riquíssimo. (se não = ou) – Deu dois milhões a cada filho, se não
3. Quando for equivalente a pelo qual, pela qual, pelos quais e mais.
pelas quais. – Ignoro o motivo por que ele se demitiu. (pelo qual) –
Eis as causas por que não venceremos. (pelas quais) – Estranhei a Senão (em uma só palavra)
forma por que o estudante reagiu. (pela qual) 1. Pode ser uma conjunção – caso em que equivale a “de outro
modo”, “do contrário”, “mas sim”, “mas”, “porém”: Tomara que
4. Quando for equivalente a motivo pelo qual ou razão pela qual. – chova, senão estaremos arruinados. (senão = do contrário) – Não
Não há por que chorar. (motivo pelo qual) – Viajamos sem roteiro: grite, senão você apanha! (senão = do contrário) – Não fiz isso com
eis por que nos atrasamos. a intenção de magoá-lo, senão de adverti-lo. (senão = mas sim)
(a razão pela qual)
2. uma preposição – caso em que significa “exceto”, “salvo”, “a
Por quê (separado e com acento): não ser”: Elisa não diz duas palavras senão cometa dois erros.
(senão = sem que) – Marisa jamais amou outra pessoa, senão a
É usado em dois casos: mim. (senão = exceto)
1. Como pronome interrogativo, quando colocado no fim de
oração. – Não gostaste do almoço por quê? – O arquiteto não 3. um substantivo – caso em que tem como sinônimos “defeito”,
concordou, e nós perguntamos por quê. – Não sei por quê, mas ela “erro”, “mácula”: De minha parte, não há nenhum senão. (senão =
estava sorrindo feito uma boba. defeito)
2. Quando isolado, numa frase interrogativa. – Por quê?
Uso de “onde” e “aonde”
Porque (em uma só palavra, sem acento)
Onde se usa com qualquer tipo de verbo, menos com os dinâmicos, Uso de “ao encontro de” e “de encontro a”
isto é, os que indicam movimento, deslocamento físico de um lugar
para outro. Só pode ser usado como relativo a lugar físico (quando Ao encontro de significa “ser favorável a”, “aproximar-se”: Ainda
não for relativo a lugar, deve-se usar em que): Você está onde? bem que sua opinião veio ao encontro da minha. Podemos, assim,
unir nossas reivindicações. – Quando a viu, foi rapidamente ao seu
Aonde é combinação da preposição a + onde e tem classificação encontro e a abraçou afetuosamente.
diversa, conforme sua utilização na frase. Usa-se com verbos
dinâmicos e com nomes derivados desses verbos. – Você vai De encontro a significa “oposição”, “choque”, “colisão”: Como
aonde? – Os seguranças acompanharam sua ida aonde? – Ninguém você queria que o ajudasse se as suas opiniões sempre vieram de
quer voltar aonde eles estão. – Chegamos aonde eles estavam. encontro às minhas? O caminhão foi de encontro ao muro.
• Os verbos entrar e buscar, embora deem ideia de movimento, não Uso de “na medida em que” e “à medida que”
se usam com a preposição a: daí o fato de rejeitarem a combinação
aonde. Na medida em que exprime relação de causa e equivale a
• O uso de aonde implica a não existência de qualquer outra “porque”, “já que”, “uma vez que”, “tendo em vista que”. Na
preposição antes de tal combinação. Assim, usamos, ainda que o medida em que não há como provar sua inocência, é melhor fazer
verbo seja dinâmico: Para onde você vai? Por onde vocês vieram?, um acordo com a vítima.
• Usa-se corretamente até onde ou até aonde, com verbos
dinâmicos: Até onde foram vocês? Até aonde foram vocês? À medida que indica proporção, desenvolvimento simultâneo e
gradual. Equivale a à proporção que: Os verdadeiros motivos da
Uso de “mau” e “mal” renúncia foram ficando claros à medida que as investigações iam
obtendo resultados.
Mau é um adjetivo, antônimo de bom. Usa-se como uma
qualificação: O mau tempo acabou com a temporada. Vivia maus QUESTÕES
momentos, por isso andava irritada.
ACENTUAÇÃO
Mal pode ser usado: 1) (CESPE / UnB / IBAMA / 2009)
As palavras “amazônico” e “viúva” acentuam-se de acordo com a
1. Como conjunção temporal, equivalente a assim que, logo que, mesma regra de acentuação gráfica.
quando. Mal começou a andar, já brincava pela casa inteira. Mal
foi eleito, começou a adotar medidas impopulares. 2) (CESPE / UnB / ADRAGRI / CE / 2009)
Nas palavras “fitoterápico”, “líquido” e “álcool”, foi empregada a
2. Como advérbio de modo, antônimo de bem. Os atores atuaram mesma regra de acentuação gráfica.
muito mal no espetáculo.
3) (CESPE / UnB / BB / ESCRITURÁRIO / 2009)
3. Como substantivo, podendo estar precedido de artigo ou “As trocas simbólicas permitem a comunicação, geram relações
pronome e ser usado no plural. Um mal terrível abateu-se sobre sociais, mantêm ou interrompem essas relações...”
este país! – Há males que vêm para bem. O sinal de acentuação gráfica em “mantêm” marca o plural do
verbo, que assim é acentuado para concordar com “trocas”.
Uso de “cessão”, “sessão”, “secção” e “seção”
4) (CESPE / UnB / MMA / MÉDIO / 2009)
Cessão significa “ceder”, “conceder”, “oferecer”, “dar”. Fizeram a O emprego do acento agudo nos vocábulos país e aí justifica-se
cessão de todos os bens ao chefe da casa. pela mesma regra de acentuação gráfica.
Sessão significa “intervalo de duração”. A Câmara dos Deputados 05) (CESPE / UnB / TRE / MA / ANALISTA / 2009) As palavras
reuniu-se em sessão extraordinária. Última sessão de cinema. “Estágio”, “diária” e “após” são graficamente acentuadas devido à
mesma regra.
Secção ou seção significa “parte”, “segmento”, “subdivisão”. Você
já leu a seção de economia? Dirija-se à seção de cobrança. 06) (CESPE / UnB / TRE / MA / ANALISTA / 2009)
O plural de “detém” grafa-se detem.
Uso de “mas” e “mais”
07) (CESPE / UnB / TRE / MA / ANALISTA / 2009)
Mas é uma conjunção coordenativa adversativa, equivale a “O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém
entretanto, porém, contudo (dá ideia de oposição). Sabíamos de metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais
tudo, mas não queríamos falar. Todos nós queríamos muito viajar, patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados”.
mas não tínhamos dinheiro. No termo “país”, o acento é obrigatório.
Mais é advérbio de intensidade (é o oposto de menos). A moça de 08) (CESPE / UNB / MRE / IRBr / 2009)
branco foi quem mais perguntou. Estava mais cansado ainda do As palavras “líderes”, “empréstimo”, “Econômico” e “públicas”
que ontem. recebem acento gráfico com base na mesma justificativa
gramatical.
Uso de “a par” e “ao par”
09) (CESPE / UnB / NECROTOMISTA / PB / 2009)
A par tem o sentido de “bem informado”, “ciente”. Mantenha-me a Assinale a opção que apresenta palavras cuja acentuação não se
par de tudo o que acontecer. explica pela mesma regra.
(A) Belém – Pará – até
Ao par é uma expressão usada para indicar relação de equivalência (B) violência – própria – delinquência
ou igualdade entre valores financeiros (geralmente em operações (C) constituída – vândalos – subterfúgios
cambiais). As moedas fortes mantêm o câmbio praticamente ao (D) protegê-los – vivê-las – estará
par. (E) cidadãos – situação – estarão
10) (CESPE / UNB / SEMAD / 2008) As palavras “inúmeras”, 24) (CESPE / UNB / DIPLOMATA / 2007) -adaptada
“críticas” e “científica” acentuam-se graficamente porque são O emprego de acento gráfico na forma verbal “crêem” foi banido
paroxítonas terminadas em a, seguidas ou não de s. com a reforma ortográfica de 2009.
11) (CESPE / UNB / PC / TO / 2008) 25) (CESPE / UNB / INCA / MÉDIO / 2010)
A palavra “Ciência” é acentuada pelo mesmo motivo que a palavra As palavras “Único”, “críticas” e “público” recebem acento gráfico
“perícias”. porque têm sílaba tônica na antepenúltima sílaba.
12) (CESPE / UNB / PGE / PA / 2007) 26) (CESPE / UNB / TRE / BA / SUPERIOR / 2010)
As palavras “Tamuataí”, “Uruará” e “Guajará” são acentuadas de Nas palavras “referência” e “espécie”, o emprego do acento atende
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. à mesma regra de acentuação gráfica.
13) (CESPE / UNB / TRT / 9ª R / 2007) 27) (CESPE / UNB / SAD / PE / SUPERIOR / 2010)
As palavras “público”, “créditos”, “dióxido” e “domésticas” As palavras “pública” e “órgãos” são acentuadas de acordo com a
exigem acento gráfico com base na mesma regra gramatical. mesma regra de acentuação gráfica.
14) (CESPE / UNB / TRE / AP / 2007) Os vocábulos a seguir são 28) (CESPE / UNB / MINISTÉRIO DA SAÚDE / SUPERIOR /
acentuados porque são palavras proparoxítonas: “números”, 2010)
“créditos”, “públicas”, “elétrica” e “técnica”. “Em última análise: isso quer dizer que há um descompasso entre
as decisões pessoais, as funções desempenhadas (profissões,
15) (CESPE / UNB / TRE / AP / 2007) papéis) e os fins últimos perseguidos”.
No texto, são acentuados por serem paroxítonos terminados em
ditongo os seguintes substantivos abstratos: “órgão”, “área”, O uso do acento agudo em “análise” é obrigatório para distinguir
“agrária”, “famílias” e “período”. esse substantivo do possível uso da flexão do verbo analisar,
analise, nessa estrutura sintática.
16) (CESPE / UNB / TRT / ANALISTA / 2008)
Com referência à ortografia oficial e às regras de acentuação de 29) (CESPE / UNB / PMV / 2007)
palavras, assinale a opção incorreta. Em “a ciência pôde finalmente observar”, o acento, no verbo
(A) Os vocábulos lágrima e Gênesis seguem a mesma regra de poder, é utilizado para se diferenciar o tempo passado desse verbo
acentuação. do tempo presente.
(B) As palavras oásis e lápis são acentuadas pelo mesmo motivo.
(C) A grafia correta do verbo correspondente a ressurreição é 30) (CESPE / UNB / IEMA / MÉDIO / 2007) As palavras
ressucitar. “política”, “América”, “intérpretes” são acentuadas de acordo com
(D) Apesar de a grafia correta do verbo poetizar exigir o emprego a mesma regra de acentuação.
da letra “z”, o feminino de poeta é grafado com s.
(E) O vocábulo traz corresponde apenas a uma das formas do verbo 31) (CESPE / PGE-PE/ SUPERIOR/ ANALISTA/ 2019)
trazer; a forma trás é empregada na indicação de lugar. 1 Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto
precedente, julgue o item que se segue.
7) (CESPE / UNB / MPE / AM / 2008) O emprego de acento agudo nas palavras “juízo”, “extraídos” e
Diferentes regras de acentuação justificam o emprego de acento “período” justifica-se pela mesma regra de acentuação gráfica.
gráfico em “princípios” e “fenômenos”. 32) Instituto Americano de desenvolvimento
(IADES) - 2018 - Instituto de Gestão Previdenciária do Estado
18) (CESPE / UNB / MPE / AM / 2008) do Pará - PA (IGEPREV/PA) - Técnico Previdenciário A:
A palavra “circuito” aparece sem acento no texto, mas sua forma Assinale a alternativa que, em conformidade com as regras
com acento no segundo i (circuíto) também é correta. vigentes de acentuação gráfica, pontuação e ortografia, reproduz
uma mensagem compatível com a do texto.
19) (CESPE / UNB / SEBRAE / 2008)
Em “reúne”, o sinal gráfico marca a ocorrência da vogal como
sílaba tônica, separada da vogal anterior; mas palavras da mesma
família, como reunião e reunir, não precisam de acento gráfico,
pois, nestes casos, a vogal u não ocorre como sílaba tônica.