SIMULADO
SIMULADO
SIMULADO
01) "Apesar disso,(1) na sua simplicidade de nascimento, origem e condição, Joaquim dos
Anjos acreditava-se músico de certa ordem, pois, (2)além de tocar flauta, compunha valsas,
tangos e acompanhamentos de modinhas."
``O seu saber musical era fraco; adivinhava mais do que empregava noções teóricas que
tivesse estudado.´´
A- O autor, ao tentar descrever a formação musical de Joaquim dos Anjos, permite uma
dupla interpretação, uma vez que dizer que o personagem supracitado possui "noções
teóricas" é o mesmo que dizer que ele estudou. Tendo por vista que a teoria musical é um
estudo.
B) O contexto da narrativa demonstra que a intenção do autor de dizer que o personagem
tem noções teóricas é o mesmo que asseverar que ele aprendeu através das próprias
experiências empíricas.
C) O autor deixa claro que reconhece a variação dos saberes não tradicionais e tradicionais
a partir do classicismo, ao passo que emprega na linguagem as conotações musicais
atribuídas aos dois.
D) O termo ``adivinhava´´ não se refere à prática do personagem principal. A adivinhação
acontece no que tange ao estudo teórico, ou seja, ele é capaz de saber a teoria musical por
si só por meio da adivinhação.
03- Ao final do capítulo I, Joaquim joga cartas com seus amigos Lafões e Marramaque, que
são apresentados. Logo mais, no capítulo III, a história de ambos é descrita
detalhadamente. Em relação a esses personagens, pode-se afirmar que:
A) Marramaque era funcionário público, mas outrora sonhara em ser poeta, chegando a
frequentar, na juventude, a boemia literária do Rio de Janeiro.
D) Marramaque gostava muito de ouvir e dançar modinhas, e é ele quem propõe levar
Cassi Jones para tocar no aniversário de Clara.
Vinha tudo isto com nomes arrevesados: franceses, ingleses, alemães, italianos, etc.; mas,
como eram sempre os mesmos, acabara decorando-os e pronunciando-os mais ou menos
corretamente. Gostava de lidar com aqueles homens louros, rubicundos, robustos, de olhos
cor do mar, entre os quais ele não distinguia os chefes e os subalternos. Quando havia
brasileiros, no meio deles, logo adivinhava que não eram chefes. Almoçava frugalmente e
até às cinco executava o serviço, isto é, as várias distribuições de correspondência.
II. A descrição da exploração de que Joaquim é vítima em seu trabalho é um dos aspectos
da exploração racial abordada no romance.
A) I, II e III.
B) II e III.
C) I e III.
D) III.
05-No romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto, o narrador tece considerações
generalizantes a respeito da sociedade de sua época, ao mesmo tempo em que narra a
vida da protagonista, de sua família e a malandragem de Cassi Jones.
C) A ponderação “Cada um de nós, por mais humilde que seja, tem que meditar, durante a
sua vida, sobre o angustioso mistério da Morte, para poder responder cabalmente, se o
tivermos que o fazer, sobre o emprego que demos a nossa existência” (capítulo VIII)
refere-se à cena da morte de Clara.
D) A análise “A educação que recebera, de mimos e vigilâncias, era errônea. Ela devia ter
aprendido da boca dos seus pais que a sua honestidade de moça e de mulher tinha todos
por inimigos, mas isto ao vivo, com exemplos, claramente...” (capítulo X) denuncia a frágil
educação recebida por Clara como responsável pelo seu destino.
C) O padrinho de Clara e seu núcleo familiar comprovam, na obra, a degradação social dos
moradores do subúrbio.
A) Engrácia, mãe de Clara, era uma mulher frágil, passiva, incapaz de tomar iniciativa em
qualquer emergência.
B) Clara é descrita pelo narrador como uma jovem sonhadora e ingênua, que precisava de
mãos fortes que a modelassem e fixassem.
C) diferentemente da mãe, Clara é uma jovem perspicaz, atenta, sobretudo, aos ardis dos
jovens que dela se aproximam.
Dona Margarida tocou a campainha com decisão e subiu a pequena escada que dava
acesso à casa. Disse à criada que desejava falar à dona da casa. Dona
Salustiana, que esperava tudo, menos aquela visita portadora de semelhante
mensagem, não tardou mandar entrar as duas mulheres. Ambas estavam bem
vestidas e nada denunciava o que as trazia ali. […] A mãe de Cassi, depois
de ouvi-la, pensou um pouco e disse com um ar um tanto irônico:
Na rua, Clara pensou em tudo aquilo, naquela dolorosa cena que tinha presenciado e no
vexame que sofrera. Agora é que tinha a noção exata da sua situação na
sociedade. Fora preciso ser ofendida irremediavelmente nos seus melindres de solteira,
ouvir os desaforos da mãe do seu algoz, para se convencer de que ela não era
uma moça como as outras; era muito menos no conceito de todos. […]
A educação que recebera, de mimos e vigilâncias, era errônea. Ela devia ter aprendido da
boca de seus pais que a sua honestidade de moça e de mulher tinha todos por inimigos,
mas isto ao vivo, com exemplos, claramente… O bonde vinha cheio. Olhou todos
aqueles homens e mulheres… Não haveria um talvez, entre toda aquela gente de
ambos os sexos, que não fosse indiferente à sua desgraça… Ora, uma mulatinha, filha de
um carteiro! O que era preciso, tanto a ela como às suas iguais, era educar o
caráter, revestir-‐se de vontade […] e bater-‐se contra todos os que se
opusessem, por este ou aquele modo, contra a elevação dela, social ou
moralmente. Nada a fazia inferior às outras, senão o conceito geral e a
covardia com que elas o admitiam… Chegaram em casa; Joaquim ainda não
tinha vindo. Dona Margarida relatou a entrevista, por entre choro e os soluços da
filha e da mãe. Num dado momento, Clara ergueu-‐se da cadeira em que se
sentara e abraçou muito fortemente sua mãe, com uma grade, grade acento de
desespero:
– Mamãe! Mamãe!
A) altiva.
B) subserviente.
C) engajada.
D) panfletária.
´´No caso de Clara, ele não estava disposto a acreditar que se houvesse dado a primeira
hipótese, porquanto lhe davam certeza disso o embevecimento com que o ouvira cantar, na
noite da festa dos anos dela, e a insistência que mostrara em vir falar com ele, quando lhe
foi à casa do pai pela segunda e última vez. O que lhe parecia, por indícios aqui e ali, é que
alguém se havia interposto entre ele e ela, “entre dois corações que se amam”,
denunciando aos pais dela os seus maus precedentes de conquistador contumaz, de forma
a trancarem-lhe aqueles as portas de sua casa, a ele, Cassi. ́ ́
No trecho destacado:
A) Há presença de elipse
B) Há presença de metonímia
C) Há presença de catacrese
D) há presença de metáfora
11)
Releia este trecho do texto: “eles podem se tornar inimigos invariáveis” (1º parágrafo). A
quem o pronome eles se refere?
A) Os namorados.
B) Inimigos invariáveis.
C) Redes sociais e namoro.
D) O ciúme e o excesso de vigilância.
13-IFMG 2012
14-(IFMG 2012)
Observe: “Passo tímido” “Filho pródigo” “Paredes sólidas” “Desenho mágico”
As palavras destacadas nos trechos acima são classificadas em:
15-(ENEM 2021)
Falso moralista
A) José Oada, por ser índio, é beneficiado pelo sistema de cotas para ingresso na
universidade.
B) José Oada estava indeciso quanto ao curso universitário que pretende fazer, por isso
História.
C) José Oada orgulha-se da história de seu povo e pretende torná-la conhecida em todo o
Brasil.
D) José Oada, por ser cego e índio, mostra-se determinado a conquistar uma vaga na
universidade.
18-(IFMG 2015)
19-(ENEM)
Vó Clarissa deixou cair os talheres no prato, fazendo a porcelana estalar.
Joaquim, meu primo, continuava com o queixo suspenso, batendo com o
garfo nos lábios, esperando a resposta. Beatriz ecoou a palavra como
pergunta, “o que é lésbica?”. Eu fiquei muda. Joaquim sabia sobre mim e me
entregaria para a vó e, mais tarde, para toda a família. Senti um calor letal
subir pelo meu pescoço e me doer atrás das orelhas. Previ a cena: vó, a
senhora é lésbica? Porque a Joana é. A vergonha estava na minha cara e me
denunciava antes mesmo da delação. Apertei os olhos e contraí o peito,
esperando o tiro. […] […] Pensei na naturalidade com que Taís e eu
levávamos a nossa história. Pensei na minha insegurança de contar isso à
minha família, pensei em todos os colegas e professores que já sabiam,
fechei os olhos e vi a boca da minha vó e a boca da tia Carolina se tocando,
apesar de todos os impedimentos. Eu quis saber mais, eu quis saber tudo,
mas não consegui perguntar. POLESSO, N. B. Vó, a senhora é lésbica? Amora. Porto Alegre:
Não Editora, 2015 (fragmento)
TEXTO 1
TEXTO II
22-COLUNI 2012
23-COLUNI 2012
24-COLUNI 2012
25-COLUNI 2012
26-COLUNI 2012
27-COLUNI 2012
28-COLUNI 2012
29-COLUNI 2011
30-COLUNI 2011
31-COLUNI 2011
32-COLUNI 2011
33-COLUNI 2011
34-COLUNI 2011
35-CEDAF 2012
36-CEDAF 2012
37-CEDAF 2012
38-CEDAF 2015
39-CEDAF 2015
40-CEDAF 2019