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As questões a seguir (de 01 a 10) referem-se ao livro "Clara dos Anjos", de Lima Barreto

01) "Apesar disso,(1) na sua simplicidade de nascimento, origem e condição, Joaquim dos
Anjos acreditava-se músico de certa ordem, pois, (2)além de tocar flauta, compunha valsas,
tangos e acompanhamentos de modinhas."

No trecho acima, duas partes foram destacadas(1) e (2). Considerando as funções


sintáticas da vírgula, marque a alternativa que corresponde, respectivamente, à
classificação correta.

A- (1) numeral; (2) numeral


B-(1) aposto; (2) aposto
C-(1) numeral;(2) aposto
D-(1)aposto; (3) aposto

02) Analise o trecho a seguir e marque a opção correta:

``O seu saber musical era fraco; adivinhava mais do que empregava noções teóricas que
tivesse estudado.´´

A- O autor, ao tentar descrever a formação musical de Joaquim dos Anjos, permite uma
dupla interpretação, uma vez que dizer que o personagem supracitado possui "noções
teóricas" é o mesmo que dizer que ele estudou. Tendo por vista que a teoria musical é um
estudo.
B) O contexto da narrativa demonstra que a intenção do autor de dizer que o personagem
tem noções teóricas é o mesmo que asseverar que ele aprendeu através das próprias
experiências empíricas.
C) O autor deixa claro que reconhece a variação dos saberes não tradicionais e tradicionais
a partir do classicismo, ao passo que emprega na linguagem as conotações musicais
atribuídas aos dois.
D) O termo ``adivinhava´´ não se refere à prática do personagem principal. A adivinhação
acontece no que tange ao estudo teórico, ou seja, ele é capaz de saber a teoria musical por
si só por meio da adivinhação.

03- Ao final do capítulo I, Joaquim joga cartas com seus amigos Lafões e Marramaque, que
são apresentados. Logo mais, no capítulo III, a história de ambos é descrita
detalhadamente. Em relação a esses personagens, pode-se afirmar que:

A) Marramaque era funcionário público, mas outrora sonhara em ser poeta, chegando a
frequentar, na juventude, a boemia literária do Rio de Janeiro.

B) Lafões configura-se como um homem consciente, interessado em política e desconfiado


de todos os planos e promessas apresentados pelos homens públicos.
C) Marramaque e Lafões são exemplos de um tipo muito comum na obra de Lima Barreto: o
suburbano orgulhoso, que, sendo funcionário público, considera-se superior.

D) Marramaque gostava muito de ouvir e dançar modinhas, e é ele quem propõe levar
Cassi Jones para tocar no aniversário de Clara.

04-Considere o trecho abaixo, retirado de Clara dos Anjos e analise as proposições


na sequência:

Chegou à repartição, assinou o ponto, cumprimentou os colegas e chefes; e, à hora certa,


tomou a correspondência a distribuir e lá correu para escritórios, casas de comércio,
entregando cartas e pacotes.

Vinha tudo isto com nomes arrevesados: franceses, ingleses, alemães, italianos, etc.; mas,
como eram sempre os mesmos, acabara decorando-os e pronunciando-os mais ou menos
corretamente. Gostava de lidar com aqueles homens louros, rubicundos, robustos, de olhos
cor do mar, entre os quais ele não distinguia os chefes e os subalternos. Quando havia
brasileiros, no meio deles, logo adivinhava que não eram chefes. Almoçava frugalmente e
até às cinco executava o serviço, isto é, as várias distribuições de correspondência.

I. O trecho apresenta a relação entre desigualdade social e etnia, no Brasil, quando


contrapõe a diferença entre chefes estrangeiros e subalternos brasileiros.

II. A descrição da exploração de que Joaquim é vítima em seu trabalho é um dos aspectos
da exploração racial abordada no romance.

III. Em outros momentos do romance, podemos propor uma contraposição entre D.


Margarida, que se adaptara ao Brasil “sem perder nada da tenacidade, do esprit de suite, da
decidida coragem da sua origem”, e a passividade de Joaquim e sua família: nessa
comparação, entreveem-se influências das teorias deterministas na formação do caráter de
uma pessoa, que se molda pelo ambiente em que viveu.

Agora, assinale a opção que contém apenas afirmações corretas:

A) I, II e III.

B) II e III.

C) I e III.

D) III.
05-No romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto, o narrador tece considerações
generalizantes a respeito da sociedade de sua época, ao mesmo tempo em que narra a
vida da protagonista, de sua família e a malandragem de Cassi Jones.

A respeito de aspectos da construção de Clara ou de fatos de que ela participa,


assinale a alternativa correta.

A) A afirmação “é próprio do nosso pequeno povo fazer uma extravagante amálgama de


religiões e crenças de toda a sorte, e socorrer-se desta ou daquela, conforme os transes e
momentâneas agruras de sua existência” (capítulo I) explica a frequência de Clara a igrejas
e templos de diferentes religiões.

B) A frase “A gente pobre é difícil de se suportar mutuamente; por qualquer ninharia,


encontrando ponto de honra, brigando, especialmente as mulheres” (capítulo VII) alude às
provocações que Clara desferia contra suas vizinhas.

C) A ponderação “Cada um de nós, por mais humilde que seja, tem que meditar, durante a
sua vida, sobre o angustioso mistério da Morte, para poder responder cabalmente, se o
tivermos que o fazer, sobre o emprego que demos a nossa existência” (capítulo VIII)
refere-se à cena da morte de Clara.

D) A análise “A educação que recebera, de mimos e vigilâncias, era errônea. Ela devia ter
aprendido da boca dos seus pais que a sua honestidade de moça e de mulher tinha todos
por inimigos, mas isto ao vivo, com exemplos, claramente...” (capítulo X) denuncia a frágil
educação recebida por Clara como responsável pelo seu destino.

06-Leia o excerto a seguir, retirado de Clara dos Anjos:


Assim, sem outra preocupação, naquela tarde tempestuosa, conversaram na venda,
enquanto Marramaque estivera e mesmo depois da sua saída. É óbvio que nenhuma das
pessoas que lá estavam poderia adivinhar o que lhe ia acontecer pelo caminho. Chuviscava
teimosamente, mas não havia o que se chama uma chuva torrencial, quando o pobre
contínuo se despediu. É verdade que a noite estava pavorosa de escuridão, e ameaçadoras
nuvens pairavam baixo, ainda mais carregando de treva a atmosfera e ofuscando os
lampiões, cuja luz oscilava sob o açoite de um vento constante e cortante. Não se via, como
é costume dizer-se, um palmo diante do nariz.

Considerando o fragmento contextualizado da obra, está correto o que se afirma na


alternativa:

A) O relacionamento de Marramaque — na condição de poeta — com os frequentadores da


venda é conflituoso, por ele não ter a aprovação pública de seus versos.

B) O narrador conduz a narrativa, mantendo um distanciamento crítico, evitando, assim, um


ponto de vista subjetivo e parcial.

C) O padrinho de Clara e seu núcleo familiar comprovam, na obra, a degradação social dos
moradores do subúrbio.

D) descrição da paisagem constitui um prenúncio do trágico destino de Marramaque.


07-Com relação às personagens femininas do romance Clara dos Anjos, é
INCORRETO afirmar que:

A) Engrácia, mãe de Clara, era uma mulher frágil, passiva, incapaz de tomar iniciativa em
qualquer emergência.

B) Clara é descrita pelo narrador como uma jovem sonhadora e ingênua, que precisava de
mãos fortes que a modelassem e fixassem.

C) diferentemente da mãe, Clara é uma jovem perspicaz, atenta, sobretudo, aos ardis dos
jovens que dela se aproximam.

D) Dona Margarida é a única personagem feminina forte, atuante em todas as situações:


um contraponto às demais personagens femininas do livro.

Leia o texto para as questões 08 e 09:

Dona Margarida tocou a campainha com decisão e subiu a pequena escada que dava
acesso à casa. Disse à criada que desejava falar à dona da casa. Dona
Salustiana, que esperava tudo, menos aquela visita portadora de semelhante
mensagem, não tardou mandar entrar as duas mulheres. Ambas estavam bem
vestidas e nada denunciava o que as trazia ali. […] A mãe de Cassi, depois
de ouvi-la, pensou um pouco e disse com um ar um tanto irônico:

– Que é que a senhora quer que eu faça? […]

– Que se case comigo. Dona Salustiana ficou lívida; a intervenção da mulatinha a


exasperou. Olhou-­‐a cheia de malvadez e indignação, demorando o olhar
propositadamente. Por fim, expectorou:

– Que é que você diz, sua negra? […]

Na rua, Clara pensou em tudo aquilo, naquela dolorosa cena que tinha presenciado e no
vexame que sofrera. Agora é que tinha a noção exata da sua situação na
sociedade. Fora preciso ser ofendida irremediavelmente nos seus melindres de solteira,
ouvir os desaforos da mãe do seu algoz, para se convencer de que ela não era
uma moça como as outras; era muito menos no conceito de todos. […]

A educação que recebera, de mimos e vigilâncias, era errônea. Ela devia ter aprendido da
boca de seus pais que a sua honestidade de moça e de mulher tinha todos por inimigos,
mas isto ao vivo, com exemplos, claramente… O bonde vinha cheio. Olhou todos
aqueles homens e mulheres… Não haveria um talvez, entre toda aquela gente de
ambos os sexos, que não fosse indiferente à sua desgraça… Ora, uma mulatinha, filha de
um carteiro! O que era preciso, tanto a ela como às suas iguais, era educar o
caráter, revestir-­‐se de vontade […] e bater-­‐se contra todos os que se
opusessem, por este ou aquele modo, contra a elevação dela, social ou
moralmente. Nada a fazia inferior às outras, senão o conceito geral e a
covardia com que elas o admitiam… Chegaram em casa; Joaquim ainda não
tinha vindo. Dona Margarida relatou a entrevista, por entre choro e os soluços da
filha e da mãe. Num dado momento, Clara ergueu-­‐se da cadeira em que se
sentara e abraçou muito fortemente sua mãe, com uma grade, grade acento de
desespero:

– Mamãe! Mamãe!

– Que é minha filha?

– Nós não somos nada nesta vida.

BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. Belo Horizonte: Itatiaia, 2001.

08-O fragmento transcrito anteriormente traz os momentos finais do


romance Clara dos Anjos. De sua leitura, só não é possível depreender que

A) a cena transforma o modo como a personagem percebe a si e à sua condição na


sociedade.

B) o romance denuncia três modalidades de preconceito: racial, social e de gênero.

C) a perspectiva adotada pelo narrador é distanciada, objetiva e totalmente imparcial.

D) o espaço ocupado pelas personagens é também um indicador da exclusão que sofrem.

09-Da leitura do fragmento acima, é possível inferir que a postura adotada


pelo enunciador do romance só não pode ser considerada.

A) altiva.

B) subserviente.

C) engajada.

D) panfletária.

10- leia o fragmento abaixo para responder a questão:

´´No caso de Clara, ele não estava disposto a acreditar que se houvesse dado a primeira
hipótese, porquanto lhe davam certeza disso o embevecimento com que o ouvira cantar, na
noite da festa dos anos dela, e a insistência que mostrara em vir falar com ele, quando lhe
foi à casa do pai pela segunda e última vez. O que lhe parecia, por indícios aqui e ali, é que
alguém se havia interposto entre ele e ela, “entre dois corações que se amam”,
denunciando aos pais dela os seus maus precedentes de conquistador contumaz, de forma
a trancarem-lhe aqueles as portas de sua casa, a ele, Cassi. ́ ́

No trecho destacado:

A) Há presença de elipse
B) Há presença de metonímia
C) Há presença de catacrese
D) há presença de metáfora

11)

Assinale a alternativa correta:


a) Aham, no segundo quadrinho, representa uma onomatopeia.
b) Eu sou sinistro, no terceiro quadrinho, representa uma prosopopeia.
c) Aham, no segundo quadrinho, representa uma prosopopeia.
d) Eu sou sinistro, no terceiro quadrinho, representa uma onomatopeia
12- IFMG 2016

Releia este trecho do texto: “eles podem se tornar inimigos invariáveis” (1º parágrafo). A
quem o pronome eles se refere?
A) Os namorados.
B) Inimigos invariáveis.
C) Redes sociais e namoro.
D) O ciúme e o excesso de vigilância.
13-IFMG 2012

14-(IFMG 2012)
Observe: “Passo tímido” “Filho pródigo” “Paredes sólidas” “Desenho mágico”
As palavras destacadas nos trechos acima são classificadas em:

A) substantivos. B) advérbios. C) pronomes. D) adjetivos

15-(ENEM 2021)
Falso moralista

Você condena o que a moçada anda fazendo

e não aceita o teatro de revista

arte moderna pra você não vale nada

e até vedete você diz não ser artista

Você se julga um tanto bom e até perfeito

Por qualquer coisa deita logo falação

Mas eu conheço bem o seu defeito

e não vou fazer segredo não


Você é visto toda sexta no Joá

e não é só no Carnaval que vai pros bailes se acabar

Fim de semana você deixa a companheira

e no bar com os amigos bebe bem a noite inteira

Segunda-feira chega na repartição

pede dispensa para ir ao oculista

e vai curar sua ressaca simplesmente

Você não passa de um falso moralista

NELSON SARGENTO. Sonho de um sambista. São Paulo: Eldorado, 1979.

As letras de samba normalmente se caracterizam por apresentarem marcas informais do uso da


língua. Nessa letra de Nelson Sargento, são exemplos dessas marcas

A)“falação” e “pros bailes”.


B)“você” e “teatro de revista”.
C)“perfeito” e “Carnaval”.
D)“bebe bem” e “oculista”.

17-(IFMG 2013) Na crônica “O Vestibular da vida”, encontramos a seguinte passagem: “Um


índio cego, o guarani José Oada, 24 anos, disputa uma vaga em História (ou na história)”.
Sobre o trecho acima, pode-se inferir que:

A) José Oada, por ser índio, é beneficiado pelo sistema de cotas para ingresso na
universidade.
B) José Oada estava indeciso quanto ao curso universitário que pretende fazer, por isso
História.
C) José Oada orgulha-se da história de seu povo e pretende torná-la conhecida em todo o
Brasil.
D) José Oada, por ser cego e índio, mostra-se determinado a conquistar uma vaga na
universidade.
18-(IFMG 2015)

19-(ENEM)
Vó Clarissa deixou cair os talheres no prato, fazendo a porcelana estalar.
Joaquim, meu primo, continuava com o queixo suspenso, batendo com o
garfo nos lábios, esperando a resposta. Beatriz ecoou a palavra como
pergunta, “o que é lésbica?”. Eu fiquei muda. Joaquim sabia sobre mim e me
entregaria para a vó e, mais tarde, para toda a família. Senti um calor letal
subir pelo meu pescoço e me doer atrás das orelhas. Previ a cena: vó, a
senhora é lésbica? Porque a Joana é. A vergonha estava na minha cara e me
denunciava antes mesmo da delação. Apertei os olhos e contraí o peito,
esperando o tiro. […] […] Pensei na naturalidade com que Taís e eu
levávamos a nossa história. Pensei na minha insegurança de contar isso à
minha família, pensei em todos os colegas e professores que já sabiam,
fechei os olhos e vi a boca da minha vó e a boca da tia Carolina se tocando,
apesar de todos os impedimentos. Eu quis saber mais, eu quis saber tudo,
mas não consegui perguntar. POLESSO, N. B. Vó, a senhora é lésbica? Amora. Porto Alegre:
Não Editora, 2015 (fragmento)

A situação narrada revela uma tensão fundamentada na perspectiva do

a) conflito com os interesses de poder.

b) silêncio em nome do equilíbrio familiar.

c) medo instaurado pelas ameaças de punição.

d) choque imposto pela distância entre as gerações.


20- (ENEM)

TEXTO 1

TEXTO II

Imaginemos um cidadão, residente na periferia de um grande centro urbano,


que diariamente acorda às 5h para trabalhar, enfrenta em média 2 horas de
transporte público, em geral lotado, para chegar às 8h ao trabalho. Termina o
expediente às 17h e chega em casa às 19h para, aí sim, cuidar dos afazeres
domésticos, dos filhos etc. Como dizer a essa pessoa que ela deve praticar
exercícios, pois é importante para sua saúde? Como ela irá entender a
mensagem da importância do exercício físico? A probabilidade de essa
pessoa praticar exercícios regularmente é significativamente menor que a de
pessoas da classe média/alta que vivem outra realidade. Nesse caso, a
abordagem individual do problema tende a fazer com que a pessoa se sinta
impotente em não conseguir praticar exercícios e, consequentemente,
culpada pelo fato de ser ou estar sedentária. FERREIRA, M. S. Aptidão física e saúde na
educação física escolar: ampliando o enfoque. RBCE, n. 2,jan. 2001 (adaptado).

O segundo texto, que propõe uma reflexão sobre o primeiro acerca do


impacto de mudanças no estilo de vida na saúde, apresenta uma visão

a) medicalizada, que relaciona a prática de exercícios físicos por qualquer


indivíduo à promoção da saúde.
b) ampliada, que considera aspectos sociais intervenientes na prática de
exercícios no cotidiano.

c) crítica, que associa a interferência das tarefas da casa ao sedentarismo do


indivíduo.

d) focalizada, que atribui ao indivíduo a responsabilidade pela prevenção de


doenças.

21- COLUNI 2012

22-COLUNI 2012
23-COLUNI 2012

24-COLUNI 2012

25-COLUNI 2012

26-COLUNI 2012
27-COLUNI 2012

28-COLUNI 2012

29-COLUNI 2011

30-COLUNI 2011
31-COLUNI 2011

32-COLUNI 2011

33-COLUNI 2011
34-COLUNI 2011

35-CEDAF 2012

36-CEDAF 2012
37-CEDAF 2012

38-CEDAF 2015

39-CEDAF 2015
40-CEDAF 2019

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