Instalacoes de Esgoto Sanitario

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UNIVERSIDADE POTIGUAR

ESCOLA DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA DE INSTALAÇÕES PREDIAIS

Professora Natália Keila

2015.2
AULA 02
Instalações de Esgoto Sanitário:
EFICIÊNCIA DO PROJETO
Professora Natália Keila
[email protected]
[email protected]

2015.2
EFICIÊNCIA DO PROJETO
 Permitir um fácil acesso às suas tubulações e
desobstrução em uma futura manutenção:
 As tubulações de esgoto não podem passar por
dentro de elementos estruturais, tais como lajes,
pilares e vigas pois inviabiliza a sua manutenção.
 Dispositivos de inspeção: caixa de gordura, de
sabão e caixa de inspeção.
AULA 02
Instalações de Esgoto Sanitário:
Retrospectiva da aula 01
Professora Natália Keila
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2015.2
EFICIÊNCIA DO PROJETO
 OBJETIVO GERAL
 A instalação de esgoto doméstico tem a finalidade
de coletar e afastar da edificação todos os
despejos provenientes do uso da água para fins
higiênicos encaminhando-os para um destino
adequado.
 OBJETIVO ESPECÍFICOS
 Permitir rápido escoamento dos esgotos;
 Permitir fácil desobstrução das tubulações;
 Vedar a passagem de gases e animais das
tubulações para o interior das edificações;
 Impedir a poluição ambiental, principalmente dos
mananciais de água.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO
AULA 02
Instalações de Esgoto Sanitário:
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
Professora Natália Keila
[email protected]
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2015.2
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
 As tubulações do sistema predial de esgoto sanitário
compreendem os ramais de descarga e de esgoto,
tubos de queda, subcoletores e coletores.
 Ramal de descarga – tubulação que recebe
diretamente os efluentes dos aparelhos sanitários;
 Ramal de esgoto – tubulação, usualmente
horizontal, que recebe os efluentes dos ramais de
descarga, diretamente, ou através de um
desconector (caixa sifonada, por exemplo);
 Tubo de Queda – tubulação vertical para a qual se
dirigem os efluentes dos ramais de esgoto e de
descarga;
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
 As tubulações do sistema predial de esgoto sanitário
compreendem os ramais de descarga e de esgoto,
tubos de queda, subcoletores e coletores.
 Subcoletor – tubulação horizontal que recebe os
efluentes dos tubos de queda e/ou dos ramais de
esgoto;
 Coletor – tubulação horizontal que se inicia a
partir da última inserção do subcoletor (ou ramal
de descarga ou ramal de esgoto) e estende-se até
o coletor público ou sistema de tratamento e
disposição de esgoto.
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
 Elementos cuja função é interligar tubos, tubos e
aparelhos sanitários, tubos e equipamentos, além de
viabilizar mudanças de direção e diâmetro da
tubulação. São exemplos o Tê, o cotovelo, a junção
simples, curvas, etc., nos mais variados diâmetros,
conforme ilustrado.
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
 Tipos de tubulações e conexões:
 Cerâmica vidrada (grês cerâmico)
 Terreno de boa resistência a compressão, sendo vedada a
sua aplicação nos seguintes casos:

 Nas canalizações que se desenvolvem acima do solo;


 Nas canalizações sujeitas a choques ou perfurações;
 Nos terrenos de aterro ou onde possa ocorrer recalque;
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
 Tipos de tubulações e conexões:
 Cerâmica vidrada (grês cerâmico)
 Terreno de boa resistência a compressão, sendo vedada a
sua aplicação nos seguintes casos:

 Quando a canalização ficar a menos de 2,00 m de


distância de um reservatório d’água subterrâneo;
 Nas canalizações cujo recobrimento for inferior a 0,50m;
 Nas canalizações sob construções de mais de um
pavimento;
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
 Tipos de tubulações e conexões:
 Cimento-amianto
 Os tubos e conexões de cimento-amianto podem ser
empregados nas colunas de ventilação, nos tubos
ventiladores primários e no prolongamento do tubo de
queda, no trecho situado acima da laje da cobertura do
último pavimento.
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
 Tipos de tubulações e conexões:
 PVC
 Rígidos ou flexíveis, são altamente resistentes à corrosão,
à abrasão e inúmeros produtos químicos e são bastante
utilizados em redes coletoras. Em regiões com lençol
freático acima dos coletores (regiões litorâneas), constitui
como principal alternativa de utilização.
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
 Tipos de tubulações e conexões:
 Concreto
 Os tubos de concreto no sistema de esgotos sanitários são
normalmente utilizados em emissários, interceptores e
coletores tronco, com diâmetro maiores que 400mm e
funcionando como conduto livre.
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
 Tipos de tubulações e conexões:
 Ferro Fundido
 Nos sistemas de esgotos, os tubos de ferro fundido são
utilizados principalmente em linhas de recalque e
emissários de recalque.
 Nos escoamentos livres, são usados
em travessias aéreas, passagem sob
rios ou em situações em que há
necessidade da tubulação suportar
grandes cargas, como exemplo,
tubulações rasas, com menos de
1,00m de profundidade, sob leitos
carroçáveis de alto tráfego;
 Existem dois tipos: cinzento e dúctil.
AULA 02
Instalações de Esgoto Sanitário:
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
Professora Natália Keila
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2015.2
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
1. Ramais de Descargas
2. Ramais de Esgoto
3. Tubos de Queda
4. Subcoletores e Coletor Predial
5. Tubo de Ventilação
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
DIMENSIONAMENTO-EXEMPLO:
1. Chuveiro
2. Vaso Sanitário
3. Lavatório

1 2 3 4 5 6 7
8
1. RAMAIS DE DESCARGA
 Para determinar os
diâmetro dos ramais
de descarga dos
diversos aparelhos,
utiliza-se a tabela 3
da norma:
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
DIMENSIONAMENTO-EXEMPLO:
1. RAMAIS DE DESCARGA
Dimensionamento do Diâmetro Nominal
1. Lavatório = 40 mm

Número de Unidade Hunter de Contribuição


1. Chuveiro = 2 UHC
2. Vaso Sanitário = 6 UHC
3. Lavatório = 3 UHC
1. RAMAIS DE DESCARGA
 Para determinar os
diâmetro dos ramais
de descarga dos
diversos aparelhos,
utiliza-se a tabela 3
da norma:
2. RAMAIS DE ESGOTO
 Para determinar os
diâmetros dos
ramais de esgoto,
utilizamos a tabela
03 e 04 para saber a
quantidade de UHC
dos aparelhos e a
tabela 05 – para
dimensionar o
diâmetro da
tubulação a partir da
UHC.
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
DIMENSIONAMENTO-EXEMPLO:
2. RAMAIS DE ESGOTO
Número de Unidade Hunter de Contribuição
1. Chuveiro = 2 UHC
2. Lavatório = 3 UHC
Total de 5 UHC
Diâmetro Nominal de 50 mm de saída da CS.
3. TUBO DE QUEDA
 Para se determinar o diâmetro de um tubo de queda,
deve-se somar as unidades de descarga que afluem ao
mesmo, por pavimento ou em todo o tubo de queda e
utilizar a tabela 06, observando as seguintes
restrições:
a. O tubo de queda não poderá ter diâmetro inferior ao
da maior canalização a ele ligada;
b. Nenhum tubo de queda que receba descarga de pias
de cozinha, ou pias de despejo, deverá ter diâmetro
inferior a 75 mm, exceto o caso de tubos de queda
que recebam até seis unidades Hunter de contribuição
em prédios de dois pavimentos (conforme tabela 05).
3. TUBO DE QUEDA
 Tabela 06
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
DIMENSIONAMENTO-EXEMPLO:
3. TUBO DE QUEDA
1. Chuveiro = 2 UHC
2. Vaso Sanitário = 6 UHC
3. Lavatório = 3 UHC

Banheiro por pavimento: 11 UHC


Sete pavimentos: 7 x 11 UHC/banheiro = 77 UHC

Total de 77 UHC  DN 100 mm


4. SUBCOLETORES E COLETOR PREDIAL
 O coletor predial e os subcoletores podem ser
dimensionados pela somatória das UHC conforme os
valores da tabela 7.
 O coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo
DN 100.
 No dimensionamento do coletor predial e dos
subcoletores em prédios residenciais, deve ser
considerado apenas o aparelho de maior descarga de
cada banheiro para a somatória do número de
unidades de Hunter de contribuição.
 Nos demais casos, devem ser considerados todos os
aparelhos contribuintes para o cálculo do número de
UHC.
4. SUBCOLETORES E COLETOR PREDIAL
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
DIMENSIONAMENTO-EXEMPLO:
3. TUBO DE QUEDA
1. Vaso Sanitário = 6 UHC

Sete pavimentos: 7 x 6 UHC/banheiro = 42 UHC

Total de 42 UHC  DN 100 mm com inclinação de 1%


DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
DIMENSIONAMENTO-EXEMPLO:
C1 C2 C3 C4 C5

1 2 3 4 5 6 7
8
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
DIMENSIONAMENTO-EXEMPLO:
C1 C2 C3 C4 C5

1 2 3 4 5 6 7
8

Contribuições: Tubo de Número de


Caixa de Inspeção DN (mm) Inclinação (%)
Queda e Subcoletores UHC total
CI 1 TQ 1 + TQ 2 84 100 1%
CI 2 TQ 3 + TQ 4 + CI 1 168 100 1%
CI 3 TQ 5 + TQ 6 + CI 2 252 150 1%
CI 4 TQ 7 + CI 3 294 150 1%
CI 5 TQ 8 + CI 4 336 150 1%
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
 Para o adequado dimensionamento das ventilações
das instalações prediais é necessário seguir algumas
regras, como as descritas abaixo:

a. Em um prédio de um só pavimento, a ventilação deve


ser feita, pelo menos, por um tubo ventilador primário
de 100mm, ligado diretamente à caixa de inspeção, ou
em junção ao coletor predial, sub-coletor ou ramal de
descarga de um vaso sanitário prolongado acima da
cobertura, ultrapassando telhados ou lajes, cuja
abertura para a atmosfera deve ficar 30 cm acima
destas
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
a.
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
 Para o adequado dimensionamento das ventilações
das instalações prediais é necessário seguir algumas
regras, como as descritas abaixo:
b. Se o prédio de um pavimento for residencial e tiver no
máximo três vasos sanitários, o tubo ventilador
primário poderá ser de 75mm;
c. Em prédios de dois ou mais pavimentos, os tubos de
queda serão prolongados até acima da cobertura, e
todos os vasos sanitários sifonados, sifões e ralos
serão providos de ventiladores individuais ligados à
coluna de ventilação
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
c.
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
 Para o adequado dimensionamento das ventilações
das instalações prediais é necessário seguir algumas
regras, como as descritas abaixo:
d. Toda coluna de ventilação deverá ter diâmetro
uniforme e extremidade inferior ligada a um sub-
coletor ou a um tubo de queda, em um ponto situado
abaixo da ligação do primeiro ramal de esgoto ou de
descarga ou no próprio ramal de esgoto ou de
descarga.
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
d.
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
 Para o adequado dimensionamento das ventilações
das instalações prediais é necessário seguir algumas
regras, como as descritas abaixo:
e. Em edifícios cuja instalação de esgoto sanitário já
possua um tubo ventilador primário de 100mm, será
dispensado o prolongamento até em cima de
cobertura de todo tubo de queda que preencha as
seguintes condições:
 o comprimento “h” não exceda de ¼ da altura total do
prédio;
 não receba mais de 36 unidades Hunter de contribuição;
 tenha a coluna de ventilação prolongada até acima da
cobertura, ou em conexão com outra existente, respeitando a
tabela 02 da norma de coluna de ventilação.
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
e.
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
 Tubo de ventilação que interliga o desconector ou
ramal de descarga de um ou mais aparelhos sanitários
a uma coluna de ventilação.
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
 Tubo de ventilação que interliga o desconector ou
ramal de descarga de um ou mais aparelhos sanitários
a uma coluna de ventilação.
5. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
 Colunas de Ventilação:
depende do DN do TQ, UHC,
Altura do Prédio.
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
DIMENSIONAMENTO-EXEMPLO:
C1 C2 C3 C4 C5

1 2 3 4 5 6 7
8

1. BANHEIRO = 11 UHC
Ramal de Ventilação – DN 50 mm
Coluna de Ventilação – 77 UHC; TQ de DN 100 mm; Altura da
edificação de 22,40 m  DN 75 mm
4. REDE DE ESGOTO EM GERAL
 Declividades mínimas para coletores prediais,
subcoletores, ramais de esgotos, ramais de descarga.
• As declividades mínimas adotadas, segundo a NBR-
8160/99, ao as indicadas conforme tabela 06, abaixo:
AULA 02
Instalações de Esgoto Sanitário:
DIMENSIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS
Professora Natália Keila
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2015.2
1. CAIXA DE GORDURA
 Tem a finalidade de separar e reter substâncias
gordurosas provenientes de pias, indesejáveis às redes
de esgoto sanitário. Devem ser instalada em local de
fácil acesso e de boa ventilação e possuir tampa
hermética e de fácil remoção.
 Estas são divididas em duas câmaras: a primeira
recebe os efluentes e retém as partículas gordurosas e
a segunda escoa os líquidos. As caixas de gordura são
divididas em:
1. CAIXA DE GORDURA
 Caixa de gordura pequena(CGP) – capacidade de
retenção para 18 litros, usada para apenas uma pia;
 Caixa de gordura simples(CGS) – capacidade de
retenção para 31 litros, usada tanto para uma quanto
para duas pias;
 Caixa de gordura dupla (CGD) – capacidade de
retenção para 120 litros, usada para duas a doze pias;
 Caixa de gordura especiais (CGE) – capacidade de
retenção dada pela expressão : V = 2n + 20, onde: V-
(volume em litro) e n (número de pessoas servidas pela
pia), usada para acima de doze pias ou para pias
especiais.
1. CAIXA DE GORDURA
2. CAIXA DE INSPEÇÃO
 Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza,
desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou
direção das tubulações.
 Para garantir a acessibilidade aos elementos do
sistema, devem ser respeitadas as condições:
 a distância entre dois dispositivos de inspeção não deve ser
superior a 25,00 m;
 a distância entre a ligação do coletor predial com o público
e o dispositivo de inspeção mais próximo não deve
ultrapassar 15,00 m;
 os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de
esgoto de bacias sanitárias, caixas de gordura e caixas
sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos de
inspeção, não devem ser superiores a 10,00 m.
2. CAIXA DE INSPEÇÃO
 Profundidade máxima = 1,00 m
 Forma
 Prismática de base retangular o quadrada de lado
interno mínimo = 0,60 m
 Cilíndrica com diâmetro mínimo = 0,60 m
 Tampa facilmente removível, permitindo perfeita
vedação;
 Fundo construído de modo a assegurar rápido
escoamento e evitar formação de depósito.
2. CAIXA DE INSPEÇÃO
2. CAIXA DE INSPEÇÃO
2. CAIXA DE INSPEÇÃO
3. POÇO DE VISITA
Os poços de visita devem ter:
 profundidade maior que 1,00 m;
 Forma
 prismática de base quadrada ou retangular, com
dimensão mínima de 1,10 m, ou;
 cilíndrica com um diâmetro interno mínimo de 1,10 m;
 degraus que permitam o acesso ao seu interior;
 tampa removível que garanta perfeita vedação;
 fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento
e evitar formação de sedimentos;
 duas partes, quando a profundidade total for igual ou
inferior a 1,80 m, sendo a parte inferior formada pela
câmara de trabalho (balão) de altura mínima de 1,50 m, e a
parte superior formada pela câmara de acesso, ou chaminé
de acesso, com diâmetro interno mínimo de 0,60 m.
3. POÇO DE VISITA
3. POÇO DE VISITA
3. POÇO DE VISITA
3. POÇO DE VISITA
Próxima aula: AULA 03
Instalações de Esgoto Sanitário:
DESTINO FINAL
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