Cultura e Poder Organizacional
Cultura e Poder Organizacional
Cultura e Poder Organizacional
Tema:
Discente:
Tema:
Discente:
1.1. Objectivos.......................................................................................................................3
1.2. Metodologia....................................................................................................................3
2.8. Poder.............................................................................................................................12
3. Conclusão..............................................................................................................................15
4. Referências bibliográficas.....................................................................................................16
1. Introdução
O presente trabalho visa abordar conteúdos sobre a cultura e o poder organizacional, porém, a
cultura organizacional se dá na relação com a comunicação, entendendo que cultura é criação
de significados e que a comunicação, por meio da relação e da interacção entre pessoas, ao
gerar sentido para as acções, possibilita a negociação e a criação de significados, contribuindo
para o processo de formação das culturas em uma organização. Ou seja, não temos uma única
cultura na organização, mas diferentes culturas que convivem e se respeitam, e fazem sentido
para um grupo de pessoas que dela participa. Soma-se a essa reflexão entendermos que a
cultura não é uma entidade estática que esta lá, muito pelo contrario cultura é formada
continuamente, movimentando a organização. Passa a ser fundamental observar a diversidade
presente nas organizações e ao falarmos em culturas devemos segundo (Hacth & Schultz,
2002) observar o contexto implícito e emergente. Nas páginas seguir serão abordados alguns
subtemas como forma de facilitar a compreensão do tema em estudo.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Compreender a Cultura e poder organizacional.
1.2. Metodologia
Para fazer face a realização do trabalho foi necessário a consulta de fontes de modo a adquirir
informações que versam sobre o conteúdo em estudo. As tais fontes incluem manuais físicos
que se referem a livros e trabalhos realizados anteriormente e manuais electrónicos adquiridos
por via da internet e os seus respectivos indicadores estão presentes na última página do
trabalho, onde estão pontuados como referências.
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2. Cultura e poder organizacional
Ter projectos e objectivos transparentes é muito importante para assegurar que todas as
equipes estão alinhadas com o mesmo resultado final. Dessa forma, todos conseguem
entender aonde a sua empresa deseja chegar e sabem exactamente que papel desempenhar
para alcançar essas metas.
2. Alinhamento da empresa
Deixar claro a missão, visão, valores e história da empresa favorece o alinhamento cultural.
Importante que os colaboradores conheça a história da empresa, como nasceu, quais foram as
suas dificuldades, as superações, para que entendam a cultura actual. Além disso, ao saber
onde a empresa quer chegar e qual o propósito da empresa, aumenta o senso de pertencimento
dos colaboradores, quando existe a identificação.
3. Comunicação interna
A falta de comunicação interna eficiente prejudica muito a cultura de uma empresa, pois
costuma provocar muitos ruídos internos e atritos entre os colaboradores. Para evitar esse tipo
de situação, as informações que circulam dentro da organização precisam ser oficiais para
proporcionar mais transparência.
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4. Liderança
5. Relacionamentos interpessoais
Muito importante observar como são as dinâmicas das pessoas, pois isso fala muito da cultura
da empresa. Quando um novo colaborador inicia na organização, ele comece entrando na
cultura desde o processo selectivo, no processo de onboarding e nos seus primeiros passos na
empresa. Por isso, uma mudança cultural compreende trabalhar todos esses aspectos.
Seja qual for a cultura da empresa, a satisfação dos colaboradores é essencial para a evolução
do negócio. Funcionários felizes são mais engajados, motivados e produtivos, o que gera
óptimos resultados no dia a dia.
4. NPS de colaboradores
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colaboradores para se tornar um dos melhores indicadores de desempenho de cultura da
empresa.
5. Indicações de candidatos
6. Transferências internas
De acordo com Fadul e Silva (2009, p. 5), a cultura é mutável em qualquer organização, no
entanto, o processo de mudança cultural não ocorre sempre no sentido de evolução cultural,
ou seja, em sair de estágios menos evoluídos para estágios culturais mais evoluídos.
Nessa mesma perspectiva, Laraia (2001 apud FADUL; SILVA, 2009, p. 5) acrescenta que há
elementos na cultura que são preservados e outros que passam por modificações ou
transformações.
Em sua maioria, os valores que constituem a cultura das empresas pesquisadas se mantêm
inalterados, desde o momento da sua implantação, fortemente influenciados pela conduta,
mitos, ritos e artefactos, em torno da figura do fundador ou dos fundadores. Valores como
credibilidade, honestidade e trabalho sério são demandados e constantemente cobrados dos
funcionários de uma empresa de prestação de serviços. Já para outro entrevistado, do ramo
industrial, a valorização e o respeito com a história e origem da organização são estimulados e
zelados.
O que passa por mudanças são os aspectos referentes às tecnologias utilizadas e que precisam
acompanhar as evoluções do mercado. Assim, a tecnologia, como algo tangível, avança,
enquanto a cultura se mantém próxima da concepção inicial, pois não é fácil para uma
empresa investir na mudança deliberada da cultura e valores vigentes. É evidente que o des-
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compasso entre cultura e tecnologia produz entropias que inibem inclusive o pleno
aproveitamento dos investimentos em avanço tecnológico.
Schein (2009) destaca que a cultura pode ser estudada por meio dos níveis, artefactos, crenças
e valores expostos e suposições básicas.
Schein (2009) destaca que a essência da cultura está nos pressupostos básicos e o
entendimento destes pressupostos vem a facilitar a compreensão de cada nível, sendo eles:
Dentro de uma organização, cada indivíduo tem tendência a desenvolver certas forças
motivacionais como produto do ambiente cultural, no qual está inserido, afectando a
maneira pela qual as pessoas percebem seu trabalho, encaram suas vidas, o que,
consequentemente, influencia os resultados da empresa. Essas forças reflectem os
elementos de cultura, como família, escola, religião, nas quais as pessoas cresceram.
(CAMARGO, et all 2012)
Para Gil (2001), a maneira de agir dos gestores influencia expressivamente no comportamento
dos colaboradores. Por isso, convêm que eles conheçam e reconheçam suas características
pessoais, em especial, suas aspirações profissionais, antes de tentar motivá-los.
Nesse sentido, torna-se muito útil a compreensão dos dois tipos distintos de gerenciamento,
denominados Teoria X e Teoria Y, sobre os quais, Robbins (2006), descreve que a Teoria X e
Teoria Y é uma teoria das relações humanas preocupada com a interacção entre supervisores e
subordinados. Seu princípio básico diz que as atitudes e crenças dos supervisores sobre seus
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subordinados determinam a abordagem da gerência da organização, o que em resposta afecta
o comportamento dos subordinados.
Conforme Gil (2001), os adeptos da Teoria X acreditam que os colaboradores não gostam de
trabalhar e, por consequência, a equipa funciona apenas pela disciplina e pela probabilidade
de recompensa. Os adeptos da Teoria Y, por sua vez, consideram que seus colaboradores
encaram o trabalho como fonte de satisfação e são capazes de dedicar-se para obter os
melhores resultados.
Ainda de acordo com Gil (2001) citado por Camargo (2012), na Teoria X o gestor admite que:
“Se não controlada directamente, a equipe não atinge as metas; às vezes, é preciso
reprimir ou, então, demitir, para que os demais compreendam; estando no comando é
necessário manter-se distante um pouco da equipe; a maioria dos colaboradores não
tem ambição e precisa de um impulso; o gestor deve tomar as decisões, sem
interferência dos colaboradores.”
Enquanto, na teoria Y, o gestor admite que todos podem ser criativos, desde que devidamente
estimulados, e, de modo geral, os colaboradores são merecedores de sua confiança; em certas
ocasiões, seus colaboradores podem conduzir as reuniões; seus colaboradores são capazes de
se autocontrolarem; pessoas gostam de trabalhar sob condições favoráveis.
Alinha os esforços;
Conscientiza sobre o papel do colaborador na empresa;
Fortifica a Cultura Organizacional;
Estimula o Bom Comportamento;
Desmistifica boatos e fake news;
Incentiva o Engajamento;
Gera Resultados Financeiros.
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2.7. A contribuição da comunicação interna e cultura organizacional na
construção do valor organizacional
A comunicação entre o público interno sempre ocorreu nas organizações, seja de forma verbal
(oral ou escrita), seja não verbal. Ocorre de maneira formal ou informal, dentro de fluxos que
podem ser identificados basicamente como: ascendente, descendente ou horizontal. O fluxo
de comunicação descendente é o mais lembrado quando o assunto é comunicação interna,
pois ele está associado à comunicação oficial, que parte dos níveis hierárquicos mais altos
para os mais baixos.
O horizontal é aquele que ocorre entre os pares, com cargos equivalentes em relevância. Já o
fluxo ascendente é aquele que tem origem nos níveis mais baixos e segue em direcção aos
mais altos, sentido chão de fábrica para cúpula. Este último será um ponto chave na pesquisa
desta monografia. O objectivo básico da comunicação interna é propiciar a troca de
informações dentro de um ambiente, transformando, em muitos casos, essas informações em
conhecimento. À primeira vista, parece fácil atingir uma comunicação interna fluente, já que a
comunicação é uma habilidade humana inerente.
Contudo, a verdade é que essa é uma área bastante complexa de ser trabalhada e analisada. É
impossível que a comunicação interna destoe da realidade organizacional, pois ela é
construída por todos os funcionários. As propostas relativas a uma comunicação interna
eficiente devem ser negociadas juntamente com os líderes, que são os multiplicadores das
mensagens, para facilitar a existência de uma coesão (informação verbal).
Por sua vez, Curvello (2012) desenha em sua definição alguns objectivos de uma
comunicação interna eficiente: Conjunto de acções que a organização coordena com o
objectivo de ouvir, informar, mobilizar, educar e manter coesão interna em torno de valores
que precisam ser reconhecidos e compartilhados por todos e que podem contribuir para a
construção de boa imagem pública. (CURVELLO, 2012, p. 22)
Dois pontos chamam a atenção na definição logo acima. O primeiro é relativo à coesão
interna, muito importante em situações de crise, por exemplo, pois diminui o risco de
desinformação. O outro ponto está relacionado ao impacto que a comunicação interna na
imagem da instituição, ou seja, é notável como a área traz desdobramentos que transbordam
os limites do público interno e acabam reflectidos em outros sectores.
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Considerando que o contexto social está mais interdependente, como se pode observar na
sociedade em redes proposta por Castells (2000), em que uma acção tem múltiplas
consequências, esse sector provavelmente deve passar a receber mais atenção dos líderes
organizacionais.
Curvello (2012) elaborou ainda uma série de tópicos interessantes sobre o que se espera de
uma comunicação interna:
2.8. Poder
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que exercitar o poder nas organizações. Compreendendo estas formas, fica mais claro também
significado da palavra poder.
Ainda há uma forma de poder nas organizações, a de ser substituída por outra pessoa, quanto
mais um individuo for insubstituível, maior é o poder que ele exerce. Uma pessoa que tem
tarefas centralizadas nelas maior é o seu poder, pois tudo dependerá dela para que as tarefas
sejam executadas.
Para Macêdo (2002, p. 5), “[...] nas relações de poder há um desequilíbrio de forças entre duas
partes com interesses divergentes, onde uma impõe sua vontade sobre outra e faz com que
esta faça coisas que de outra forma não faria.”
Siqueira (1997) destaca que as discussões sobre poder têm origens ligadas às contribuições
weberianas, que valorizam a obediência e disciplina dos indivíduos como preceitos
necessários de um lado e, de outro, concepções marxistas que tratam das relações de produção
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e dominação da classe capitalista sobre os trabalhadores. Para a autora, o conflito surge como
resultado das relações de poder estabelecidas entre patrões e empregados, relação de maior
incidência do uso do poder, de uma parte e de resistência da outra.
Ressalta, também, que “[...] a cultura aparece como um aspecto integrante da noção de poder
das organizações e vice-versa.” (SIQUEIRA, 1997, p. 15).
Foucault (2000) analisa o poder como prática social constituída historicamente e atribui ao
poder disciplinar objectivos económicos e políticos. Objectivos económicos porque maximiza
a produtividade a partir de ordens estabelecidas pela organização; os objectivos políticos
referem-se àqueles no qual o poder disciplinar minimiza possibilidade de resistência,
contestação ou revolta por parte daqueles que detêm a força de trabalho.
Para Moscovici (2002), o poder consiste na capacidade de uma pessoa fazer com que as
demais ajam de acordo com sua vontade. A autora destaca que “[...] a pessoa com poder
modifica o comportamento dos outros, manipula os outros, tem o direito de exigir dos outros,
certas formas de conduta por ela proposta.” (MOSCOVICI, 2002, p. 137).
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3. Conclusão
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4. Referências bibliográficas
Camargo, Maria Emília et all. (2012). Impactos da Cultura e Clima
Organizacional nas Organizações.
Castells, Manuel (2000). A Sociedade em Rede. 8 ed. Rio de Janeiro: Editora Paz e
Terra.
Chiavenato, I. (2014). Comportamento Organizacional: a dinâmica do sucesso nas
organizações. 3. ed. Barueri: Manole..
Curvello, João José A. (2010). Comunicação interna e cultura organizacional. 2.
ed. Brasília: Casa das Musas.
Fadul, E.; Silva, L. P. (2009). Cultura organizacional: diversidade de
interpretações e possibilidades de estudo no contexto das organizações públicas.
In: Encontro Nacional Dos Programas De Pós-Graduação Em Administração
(ENANPAD). São Paulo: Anpad.
Foucault, M. (2000). Microfísica do poder. 15. ed. Rio de Janeiro: Graal.
Macêdo, Kátia Barbosa (2002). Cultura, poder e decisão na organização familiar
brasileira. RAE eletrônica, São Paulo, v. 1, n. 1.
Moscovici, F. (1996). Equipes dão certo: a multiplicação do talento humano. 3.
ed. Rio de Janeiro: José Olympio.
Robbins, S. P. (2006). Comportamento organizacional. São Paulo: Prentice Hall.
Schein, E. (1992). Organizational Culture and Leadership. San Francisco: Jossey-
Bass.
Schein, E. H. (2009). Cultura organizacional e liderança. São Paulo: Atlas.
Siqueira, M. M. (1997). Poder e cultura em empresas de transporte coletivo de
ônibus. RAUSP eletrônica, São Paulo, v. 32, n. 1, p. 14-22.
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