Tese Versao Final
Tese Versao Final
Tese Versao Final
Doutor em Gestão
Especialidade Gestão Global, Estratégia e Desenvolvimento Empresarial
Orientadora:
Prof. Doutora Maria Isabel Vieira Nicolau, Prof. Associada Aposentada, ISCTE Business School
Setembro 2011
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
AGRADECIMENTOS
Numa viagem, mais importante que o destino, é o caminho que se percorre e o que aprendemos
com todos aqueles que nos privilegiam com a sua força e amizade.
Nesse sentido, esta “viagem” só foi possível de ser concretizada graças ao apoio incondicional da
família e dos amigos.
Finalmente, mas não menos importante, quero enaltecer a Professora Isabel Nicolau pela sua
disponibilidade, ensinamentos prestados e incentivo, sem os quais este percurso teria sido bem
mais difícil e longo.
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A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
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A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
RESUMO
O sector nacional das tecnologias de informação, que tem registado significativas taxas de
crescimento e contribuído para o incremento das exportações de alto valor acrescentado, é
constituído por uma grande diversidade de empresas, com dimensão, posicionamentos
estratégicos e competências tecnológicas diferentes, existindo, assim, espaço para diversas
orientações estratégicas conducentes ao desenvolvimento sustentável de cada uma das
organizações e, consequentemente, para várias explicações da origem do seu desempenho
financeiro.
Como metodologia e estrutura do trabalho, para além de uma revisão bibliográfica que
contemplou as diferentes abordagens sobre estratégia empresarial e os diversos trabalhos de
investigação sobre a explicação do desempenho, procedeu-se à caracterização do sector e ao
estabelecimento de hipóteses de investigação, procurando-se a sua validação através de técnicas
estatísticas, o que permitiu a apresentação das evidências empíricas alcançadas sobre a formação
do desempenho financeiro no sector.
iii
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
ABSTRACT
Portuguese information technology sector has grown significantly and has had a positive impact
in the growth of high value added exportations. This sector is constituted by a wide variety of
companies that have different dimensions, strategic positions and technological competencies.
Therefore there are possibilities for several and different strategic guidelines leading to the
sustainable development of each organization and, consequently, several explanations for the
financial performance of each one.
In terms of methodology and study structure, the literature review considers the existing different
approaches on business strategy and the diverse research on the explanation of performance.
Then the sector is characterized and research hypotheses are established. Validation was ensured
through statistical techniques, which allowed the presentation of empirical evidence achieved on
the formation of financial performance in the sector.
It was possible to conclude that companies’ financial performance is correlated with their
competitive context with special focus on the positioning in the value chain and the level of
rivalry between companies, and also with business behaviors that focus on creating competitive
advantage based on resources, mainly human resources.
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A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
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A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
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A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 1
JUSTIFICAÇÃO DO TEMA 1
OBJECTIVOS DA INVESTIGAÇÃO 2
1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO 5
1.1 INTRODUÇÃO 5
vii
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
2.1 INTRODUÇÃO 79
CONCLUSÕES 215
viii
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
BIBLIOGRAFIA 227
ANEXOS 275
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A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Índice de Quadros
Quadro 8: Importância relativa das 100 maiores empresas no sector das tecnologias de
Informação 97
Quadro 11: Resumo das teorias e proposições relativas a cada hipótese de investigação 138
Quadro 22: Variáveis e estatísticas a utilizar na construção dos grupos estratégicos 152
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A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Quadro 31: Variáveis e estatísticas para medir a combinação de vantagens competitivas 172
Quadro 33: Variáveis e estatísticas para medir a relação entre internacionalização e inovação 174
Quadro 36: Médias das variáveis utilizadas para a identificação dos grupos estratégicos 179
Quadro 38: Herfindal índex e peso das subsidiárias de cada grupo estratégico 183
Quadro 39: Factores de competitividade de cada grupo estratégico (valores médios) 184
xi
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Quadro 58: Impacto global das estratégias de actuação no desempenho financeiro 208
Quadro 62: Estudos empíricos realizados sobre a teoria baseada nos recursos 299
Quadro 63: Estudos empíricos realizados sobre a avaliação do desempenho organizacional 309
Quadro 64: Estudos empíricos sobre a qualidade das medidas de desempenho financeiro 314
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A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
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A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Índice de Figuras
Figura 11: Tendência do VAB nas diferentes actividades da cadeia de valor 153
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A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Índice de Gráficos
Gráfico 5: Vendas do sector europeu das tecnologias de informação por negócio em 2005 87
Gráfico 6: Vendas do sector europeu das tecnologias de informação por tipo de cliente em
2005 88
Gráfico 8: Peso do sector das tecnologias de informação nas economias europeias em 2005 91
Gráfico 18: Diagramas de dispersão da relação entre hardware e indicadores económicos 148
Gráfico 19: Diagramas de dispersão da relação entre software e indicadores económicos 148
Gráfico 20: Diagramas de dispersão da relação entre serviços e indicadores económicos 149
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A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
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A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
INTRODUÇÃO
Justificação do tema
Poderão, assim, existir várias explicações para o desempenho organizacional das empresas que
constituem este sector de actividade.
Introdução 1
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
No que diz respeito aos estudos empíricos realizados em Portugal sobre o sector das tecnologias
de informação, de salientar o trabalho realizado por Costa (1994), que procedeu à identificação
de grupos estratégicos através da utilização de técnicas estatísticas, procurando explicar
diferentes níveis de desempenho, bem como os de Freire (1999), do Instituto para a Qualidade na
Formação (2005) e de Meneses (2003), que corresponderam essencialmente na tipificação de
empresas que actuavam de forma semelhante no mercado.
Não se identificou, por conseguinte, nenhum estudo que procure de uma forma integrada analisar
a importância dos contextos competitivos e dos comportamentos empresariais de cada
competidor para explicar o desempenho financeiro e, em particular, no sector das tecnologias de
informação.
Objectivos da investigação
O esforço para perceber a dinâmica concorrencial, contribuiu para que surgissem diversas teorias
sobre a relação da estratégia com o desempenho das organizações.
Assim, é objectivo geral deste estudo evidenciar empiricamente os factores que condicionam o
desempenho financeiro das empresas que constituem o sector das tecnologias de informação, o
que passará, também, pelos seguintes objectivos específicos:
2 Introdução
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Sendo o sector das tecnologias de informação um dos que maiores transformações tem sofrido ao
longo dos últimos anos, fruto das inovações tecnológicas consecutivas (com especial destaque
para as potencialidades originadas através do desenvolvimento da internet) e da globalização
económica que colocou as empresas nacionais em constante competição com os grandes grupos
internacionais, julga-se que o presente trabalho de investigação poderá contribuir para a
explicação do desempenho financeiro nesta área de negócios e, em simultâneo, alargar o
conhecimento sobre a análise da competitividade dentro de uma indústria.
No capítulo 1 é efectuado um enquadramento teórico com base numa revisão bibliográfica, que
contempla as diferentes abordagens sobre estratégia empresarial, dimensões estratégicas e
conceito de desempenho, bem como os diversos trabalhos de investigação sobre a explicação do
desempenho organizacional, incluindo o desempenho financeiro, constatando-se a existência de
trabalhos a abordar as diferenças de desempenho entre empresas, baseados no posicionamento
estratégico, abrangendo os conceitos de grupos estratégicos e de grupos competitivos, e na teoria
baseada nos recursos, onde se salienta a importância dos recursos de cada empresa.
Introdução 3
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Por fim, são apresentadas as conclusões e limitações sobre o trabalho desenvolvido, bem como
linhas de investigação futuras.
4 Introdução
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
1.1 INTRODUÇÃO
Para além da descrição de cada uma delas e do seu relacionamento, são apresentados alguns
conceitos e resultados de estudos empíricos sobre as duas correntes de investigação que têm
tentado explicar as diferenças de desempenho entre empresas da mesma indústria.
Tendo em conta a variedade de acções estratégicas susceptíveis de desenvolvimento por parte das
organizações, pretende-se identificar as dimensões que têm sido consideradas para a explicação
do desempenho, quer nas diversas abordagens sobre estratégia empresarial, quer em estudos
empíricos desenvolvidos para o efeito, sendo referidas as principais evidências empíricas sobre
estratégia e desempenho.
Será também abordado o tema e conceitos sobre desempenho, organizacional e financeiro, sendo
ainda identificadas e confrontadas as diferentes medidas e metodologias de avaliação do
desempenho.
De referir que, embora o desempenho financeiro possa ser entendido como um resultado global
da utilização eficiente e eficaz dos recursos da organização, ao longo do presente trabalho,
sempre que utilizado o termo “desempenho” de forma isolada, deverá ser entendido como um
conceito mais abrangente que, para além de corresponder a um bom desempenho financeiro,
corresponderá também a uma utilização eficiente dos recursos de forma a contribuir para a
sustentabilidade das organizações.
Enquadramento Teórico 5
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
- A Teoria dos sistemas, adaptada por Forrester (1958), da teoria original sobre organismos
vivos, que despertou a análise da empresa como um sistema aberto em constante interacção
com o seu meio envolvente, sendo ela própria formada por subsistemas que interagem entre si
e se condicionam mutuamente;
- A Teoria da contingência, criada por Joan Woodward (1965), que evidenciou que a gestão e a
organização não são estáticas. O modo como se tomam decisões tem de estar de acordo com a
realidade interna de cada empresa e com a forma como esta se deverá adequar ao meio
envolvente onde está inserida.
6 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Considerando que a empresa é indissociável do contexto em que actua e que este está sujeito a
mudanças, o planeamento do futuro à semelhança do passado foi-se tornando cada vez menos
ajustado à realidade. O conceito de estratégia, proveniente da arte militar, foi sendo introduzido
na gestão, merecendo nos anos 60 um desenvolvimento assinalável.
Em sintonia com os princípios da teoria dos sistemas, o modelo LCAG (iniciais dos nomes dos
autores – os professores Learned, Christiensen, Andrews e Guth, da Harvard Business School)
estabelece uma metodologia de análise da relação entre a empresa e o seu meio envolvente, com
vista à tomada de decisão relativamente ao futuro (Learned et al, 1969). Assim, as empresas, para
elaboração da sua estratégia, deveriam analisar a sua envolvente, essencialmente no que diz
respeito aos meios económico, tecnológico, político-legal e social de modo a aferirem os cenários
alternativos com que se poderiam defrontar no futuro. Em seguida, deveriam analisar os seus
pontos fortes e fracos bem como as suas competências distintivas que representam o que a
empresa consegue fazer melhor que os restantes competidores.
Deste modo, a formulação da estratégia passaria sempre pelo confronto entre as condições do
meio envolvente e as condições dos recursos internos com vista a estabelecer uma forma de criar
vantagens competitivas. Este confronto que a análise SWOT exprime, entre oportunidades e
ameaças detectadas na envolvente, e os pontos fortes e fracos da empresa, identificados na sua
análise interna, permitindo o estabelecimento de sugestões de acções de carácter estratégico, foi o
instrumento prático que perdurou, mas a base de raciocínio do modelo LCAG nunca chegou a ser
abandonada, pese embora as metodologias posteriores predominantes.
Outros aspectos foram, nesta altura também estudados. Em linha com a teoria da contingência, os
trabalhos de Chandler (1962) evidenciaram uma estreita relação entre a estrutura organizacional
de grandes empresas e a evolução da estratégia delineada, sendo um factor fundamental para a
sua execução. Deste modo, não existe uma forma ideal de organizar, mas a forma que, em cada
momento e situação mais se adapta à estratégia escolhida.
Enquadramento Teórico 7
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
O enfoque estratégico passava, assim, essencialmente, pelo desenvolvimento dos seus recursos
no sentido de acompanhar tal evolução. A este propósito, Greiner (1972) estabeleceu um modelo
da evolução da estrutura organizacional de acordo, com a idade e a dimensão da empresa, com a
taxa de crescimento da indústria e com a maturidade dos gestores e da própria estrutura existente.
Cada etapa da evolução da empresa, era precedida por uma crise decorrente do crescimento da
actividade e exigia a transformação da organização dos recursos e da forma de dirigir os gestores,
para se garantir a flexibilidade necessária aos desafios do contexto empresarial.
A empresa Bóston Consulting Group, por intermédio do seu colaborador Bruce Henderson,
lançou durante os anos 70 a famosa matriz BCG que salientava o efeito das economias de escala
e de experiência na gestão de portfólios de negócios. À medida que as empresas se
especializavam num determinado negócio, era natural que conseguissem optimizar os recursos
por via da maior experiência na execução das actividades. Nascia assim, uma implicação
estratégica muito importante uma vez que, a liderança num dado negócio ou segmento de
mercado permitia uma melhor rendibilidade, não com base somente nas economias de escala mas
na experiência acumulada que permitia a obtenção de custos inferiores aos dos produtores menos
eficientes.
A Matriz BCG interliga a atractividade dos diferentes negócios com a posição competitiva da
empresa nesses mesmos negócios. Para medir a atractividade, utiliza a taxa de crescimento do
mercado/indústria, considerando-se taxas elevadas as que se encontram acima do crescimento da
economia nacional. Quanto à posição competitiva, o indicador utilizado é a quota de mercado
8 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
relativa, que é dada pelo rácio entre a quota de mercado da empresa e a quota de mercado do seu
maior competidor em cada negócio (Nunes e Cavique, 2001).
A principal crítica que é feita à matriz BCG, diz respeito ao facto de resumir a atractividade do
negócio à taxa de crescimento e a posição competitiva das empresas às suas quotas de mercado.
Como se sabe, existem diversos factores que influenciam tanto a atractividade do negócio como a
posição competitiva das empresas. Por exemplo, a existência de produtos substitutos ou a pressão
de entrada de novos concorrentes, são variáveis que condicionam o nível de rendibilidade gerado
pelos negócios. Por outro lado, a notoriedade, a qualidade e a inovação na oferta ou a eficiência
de processos, favorecem claramente a posição dos competidores que dominam estas
competências.
Como resposta a estas críticas, surgiu a matriz General Electric / McKinsey que, embora baseie a
gestão dos portfólios de negócios igualmente na atractividade de cada negócio e na posição
competitiva de cada empresa, não tem só em consideração a taxa de crescimento e a quota de
mercado, utilizando diversos critérios de natureza quantitativa e qualitativa para realizar uma
análise adequada das decisões a tomar. A cada critério é dada uma ponderação, de acordo com a
sua importância na evolução do negócio e na competitividade da empresa.
Quanto ao modelo de gestão de portfólios de negócios desenvolvido pela consultora ADL, que
também cruza a atractividade dos negócios com a posição competitiva da empresa, a capacidade
concorrencial das empresas presentes no negócio é avaliada também por diversos critérios de
natureza qualitativa e quantitativa, contudo, a atractividade é avaliada através do ciclo de vida do
negócio, defendendo que a empresa deverá saber conciliar negócios em fase de lançamento ou
Enquadramento Teórico 9
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Os modelos anteriormente referidos, inseridos com uma abordagem instrumental, utilizam pela
primeira vez a indústria como referência para posicionar a situação do negócio da empresa e
preconizam estratégias que se pretendem ajustadas à sua evolução.
Porém, a maior volatilidade dos mercados e a crescente intensidade competitiva à escala global
durante os anos 70 e seguintes, vieram modificar as condições competitivas e trouxeram novas
correntes de investigação e novos instrumentos de análise estratégica. Num ambiente turbulento
em constante mutação onde a rivalidade competitiva era mais intensa, ficou visível que o meio
ambiente exigia uma constante adaptação estratégica das organizações.
Devido à maior incerteza do contexto, surgiram também diversos modelos que pretenderam dar
uma imagem mais fiável do impacto do meio envolvente na actividade empresarial. Nesse
sentido, Ansoff , Declerk e Hayes (1976) desenvolvem o conceito de gestão estratégica, passando
a incluir definitivamente as alterações do meio envolvente nos conteúdos da análise estratégica, o
que pressupunha a alteração da configuração organizacional como resposta à adequação aos
contextos onde as empresas estavam inseridas.
Considerando que o meio envolvente que mais influencia a empresa é a indústria ou as indústrias
em que ela se insere, Porter (1980), baseado no modelo estruturalista da organização industrial
em que a estrutura da indústria determina o comportamento das empresas e este determina o
desempenho, reorganiza a análise da estrutura industrial, enquadrando-a em 5 forças
(concorrência entre empresas, ameaça de novos concorrentes, ameaça de produtos substitutos,
poder negocial dos fornecedores e poder negocial dos clientes). Assim, a atractividade de cada
negócio varia consoante o impacto de cada uma das forças componentes do modelo e, neste
contexto, a empresa reagirá estrategicamente, defendendo-se, controlando ou influenciando as
forças a seu favor.
No mesmo trabalho, Porter popularizou o conceito dos grupos estratégicos (empresas que agiam
de forma semelhante em determinadas variáveis estratégicas e que tendiam a responder
identicamente às condicionantes do meio envolvente), introduzido anteriormente por Hunt
(1972), chamando a atenção de que, dentro de uma mesma indústria, poderia existir uma maior
10 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
competitividade. Como tal, o desempenho passava a ser explicado não só pela atractividade
inerente a cada indústria mas, também, pela existência de grupos estratégicos de empresas, com
diferentes áreas e formas de actuação e rendibilidades diversas, resultantes das barreiras de
mobilidade que dificultavam a circulação entre grupos.
Contrariamente à perspectiva que pressupõe uma atitude reactiva da empresa face ao meio
envolvente, outros trabalhos colocam no interior da empresa o centro da construção das
vantagens competitivas.
É com esta perspectiva que, sobretudo a partir de 1984 com os trabalhos de Wernerfelt e Rumelt,
surgiu a teoria baseada nos recursos. Diversos investigadores (por exemplo, Wernerfelt, 1984,
1985 e 1995; Rumel, 1984; Prahalad e Hamel, 1990; Barney, 1991, 1997 e 2001) destacaram os
conceitos de recursos e competências centrais, focalizando a explicação do desempenho na
actuação das empresas e na forma como utilizavam os seus recursos para criarem vantagens
competitivas sustentáveis face aos seus competidores.
Por outro lado, a realidade actual mostra-nos que soluções óptimas em situações passadas não
significam o sucesso em novos desafios (Sull, 1999), não sendo assim de estranhar que a
evolução da teoria baseada nos recursos tenha sido no sentido de salientar a relevância da
capacidade das empresas para renovarem as suas competências centrais ao longo do tempo,
dificultando a imitação por parte dos restantes competidores.
Surgem, assim, os conceitos de capacidades dinâmicas (Teece e Pisano, 1994; Helfat e Peteraf,
2003) e de aprendizagem organizacional (Senge, 1990), fundamentais nas organizações dos
Enquadramento Teórico 11
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
nossos dias. Também, na opinião destes investigadores, as empresas com maior sustentabilidade
financeira ao longo do tempo eram aquelas que apresentavam maior capacidade de aprender,
renovar e inovar continuamente.
Em simultâneo, vários trabalhos realizados durante as duas últimas décadas (por exemplo,
Barney, 1991; Peteraf, 1993a; Helfat, 1994; Markides e Williamson, 1994; Edvinsson e Malone,
1997; Kluge et al, 2002; Ray et al, 2004; Kaplan e Norton, 2004), evidenciaram que a criação de
competências distintivas e de vantagens competitivas fortes assentava fundamentalmente nos
recursos internos denominados de activos intangíveis, onde se incluíam os recursos humanos, os
sistemas de informação e a qualidade de gestão, medida pela capacidade de liderança, de
implementar uma cultura de inovação e de resposta ao mercado, de alinhamento da actuação das
diversas áreas funcionais e níveis hierárquicos e de trabalhar em equipa e partilhar o
conhecimento.
No entanto, não é suficiente para o sucesso das organizações a formulação clara das estratégias a
implementar, independentemente se baseada nos recursos ou na envolvente, havendo a
necessidade de uma capacidade para a sua implementação.
Neste sentido, um dos principais temas de investigação durante as duas últimas décadas na área
da gestão estratégica, tem sido perceber a capacidade de implementação da estratégia desenhada
pelos órgãos de topo das organizações. Segundo Kaplan e Norton (2004) a maioria das empresas
não consegue atingir os objectivos planeados em virtude, de fracassarem na execução das
estratégias delineadas. “No limite, a estratégia tornou-se acção” (Freire, 1998; 42). Por isso, a
operacionalização da estratégia através dos denominados instrumentos de controlo de gestão,
tornou-se essencial para a divulgação da missão e dos objectivos organizacionais e para o
alinhamento da actuação dos vários níveis hierárquicos e das diversas áreas funcionais (Anthony
e Govindarajan, 2001). Nesses instrumentos incluem-se os centros de responsabilidade e os
critérios de avaliação do desempenho dos gestores e dos centros, que se baseiam nos planos
operacionais, orçamentos, controlo financeiro e no controlo dos factores críticos do sucesso da
estratégia definida, através do uso de tableaux de bord e de balanced scorecards (Jordan et al,
2002).
A esse propósito, o trabalho desenvolvido ao longo dos anos por Kaplan e Norton sobre o
balanced scorecard (1992, 1993, 1996a, 1996b, 2001a, 2001b, 2004), teve o grande mérito de
12 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Assim, tal como Ansoff (1987) já referia, a evolução das abordagens sobre estratégia empresarial,
caracterizou-se, fundamentalmente, por duas correntes de investigação distintas:
- Outra baseada na empresa (onde se pode incluir a teoria baseada nos recursos) que se centra
naquilo que a empresa é capaz de fazer melhor, para a selecção dos segmentos alvos de
produtos e mercados onde mais facilmente se poderão construir vantagens competitivas
sustentáveis.
1.3.1 A relevância do meio envolvente: meio envolvente geral e meio envolvente sectorial
O meio envolvente empresarial é constituído por um conjunto vasto de dimensões e a sua análise
implica alguma selecção das que se consideram mais importantes para o desenvolvimento da
actividade. A literatura refere várias metodologias, mas a forma mais comum de proceder é
separar os aspectos mais relevantes em dois níveis de análise: o meio envolvente geral e o meio
envolvente sectorial ou específico. O meio envolvente geral é o contexto mais vasto em que a
Enquadramento Teórico 13
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
- Poder de negociação dos clientes: podem afectar a rendibilidade de uma indústria através das
políticas dos preços de compras, dos prazos de pagamento e das exigências ao nível do grau
de qualidade e de adequação dos produtos;
Assim, considerando as características estruturais de cada indústria, será possível delinear mais
correctamente as acções a empreender na formulação da estratégia. Por exemplo, numa indústria
fragmentada (indústria em que a capacidade de oferta é distribuída por um elevado número de
organizações, cada uma com quota de mercado pouco significativa), as empresas deverão ser
capazes de responder às necessidades de segmentos específicos ou promover a concentração se
estiverem em condições de explorar economias de escala maiores que os concorrentes directos. Já
numa indústria concentrada (indústria em que a capacidade de oferta está centrada num número
reduzido de organizações), as empresas poderão reforçar as suas economias de escala ou de
14 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
De acordo com Cachadinha et al (1995), alguns autores (Bain, 1956; Mann, 1966; Orr, 1974)
consideram mesmo que apenas os elementos estruturais das indústrias influenciam os
desempenhos das empresas, em virtude do relacionamento que se supõe existir entre as empresas
de uma indústria, apresentar uma certa homogeneidade comportamental.
Todavia, outros autores (Hatten e Schendel, 1977; Porter, 1979; Caves, 1980; McGee, 1985)
defendem que as empresas são unidades heterogéneas em termos de dimensão e de
comportamento, condicionando este, o desempenho obtido.
Embora a análise da indústria seja uma importante fonte de informação sobre as forças que
condicionam a actividade empresarial, é importante conhecer com maior profundidade o
ambiente concorrencial que uma análise muito agregada não permite.
O estudo da forma como as empresas concorrem entre si dentro do sector de actividade a que
pertencem tem sido objecto de atenção na literatura sobre estratégia empresarial. Várias formas
de abordagens têm sido discutidas procurando agrupar empresas que mais se assemelham entre si
Enquadramento Teórico 15
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
e que, por isso, são concorrentes mais directas. De facto, os sectores de actividade, mesmo
quando são definidos de forma criteriosa, albergam sempre no seu interior empresas muito
heterogéneas. As propostas de análise presentes na literatura assentam basicamente nas
dimensões que cada um considera mais relevantes para descortinar grupos de empresas,
permitindo mapear de forma útil as diferentes posições competitivas.
Partindo de dimensões diferentes, os resultados não são coincidentes e sempre se poderá discutir
o que cada metodologia permite e também a que limitações está sujeita.
Os grupos estratégicos
Os grupos estratégicos foram, sem dúvida, no último quarto do século passado, a proposta de
análise mais debatida. Apresentada por Hunt (1972), foi divulgada por Porter (1980), tendo sido
utilizada em grande volume de estudos empíricos e também alvo de discussões teóricas.
Hunt observou que, dentro de uma mesma indústria, existem empresas muito heterogéneas, que
implementam estratégias diferentes, podendo assim ser formados grupos de empresas de acordo
com o tipo de estratégia assumida (grupos estratégicos). Em sintonia, com o modelo da
organização industrial, os grupos que desenvolvessem características estratégicas mais difíceis de
imitar pelos restantes competidores, criavam barreiras de mobilidade. Como tal, grupos com
barreiras mais fortes teriam melhores desempenhos (Porter, 1980).
16 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Fiegenbaum e Thomas, 1990; Dranove et al, 1998). Esta actividade de colaboração beneficiava
as diversas empresas que constituíam o grupo estratégico, levando a uma similaridade no
desempenho entre elas (McNamara et al, 2002). Assim, empresas pertencentes a diferentes
grupos estratégicos estavam sujeitas a ambientes competitivos diversos com potencial de
desempenho diferente, criando geralmente diferenças de rendibilidade entre grupos estratégicos e
uma frequente homogeneidade dentro deles (Caves e Porter, 1977).
Fiegenbaum et al (1987), atribuem relevância à definição dos grupos estratégicos pelos seguintes
motivos:
− A definição das dimensões estratégicas que dão origem aos grupos permite uma melhor
compreensão do modo como os competidores formulam as suas estratégias;
− A determinação dos grupos estratégicos permite um melhor conhecimento das empresas que
competem entre si;
Desta forma, passou-se a considerar que o desempenho de uma empresa poderia ser explicado
pelas características intrínsecas do sector, do grupo estratégico onde estava incluída e por último,
pela sua própria acção no seio deste (Strategor, 1993).
Em continuidade ao trabalho desenvolvido por Hunt (1972) sobre grupos estratégicos, foram
elaborados inúmeros estudos por diversos autores, todavia, com conceitos diferentes.
Enquanto Hunt (1972), Porter (1980), McGee e Thomas (1986), Hatten e Hatten (1987), Cool e
Schendel (1987) tinham como referência ao seu conceito a similitude de estratégias adoptadas
pelas empresas, outros autores, Newman (1973), Harrigan (1985a), Peteraf e Shanley (1997),
associavam ao conceito de grupos estratégicos, o conjunto de empresas que actuavam num
mesmo mercado, competindo pelos mesmos clientes.
Enquadramento Teórico 17
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Assim, várias configurações poderão ser encontradas em função dos perfis escolhidos como
referência (Ribeiro, 2003), pelo que se poderá considerar que:
− Os grupos estratégicos são susceptíveis de exploração teórica – derivado dos inúmeros perfis
estratégicos que podem ser usados para a sua definição;
Já Porter (1980), refere que a definição de grupos estratégicos é bastante importante para
identificar um conjunto de factores que facilitam a análise concorrencial:
− Grupos marginais, que representam empresas que apresentam orientações estratégicas pouco
definidas e que por isso, são potenciais candidatas a entrar em grupos estratégicos ou a sair da
indústria;
− Tendências de mudança das empresas do sector e que consequências poderão existir ao nível
do desempenho;
Também Martinet (1989), refere a importância dos grupos estratégicos para determinar dois
níveis de concorrência, designadamente, inter-grupo que está directamente relacionada com as
movimentações estratégicas que as empresas desenvolvem no seio da indústria e intra-grupo, em
18 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
que o desempenho das empresas que constituem o grupo é determinado pela qualidade e
eficiência da sua gestão operacional.
− Criação de um grupo estratégico novo, através por exemplo de mudanças tecnológicas que
criem barreiras de entrada muito fortes aos restantes concorrentes;
− Mudança para um grupo estratégico em posição mais favorável, com níveis de atractividade
superiores que proporcionem um melhor desempenho;
− Mudança para um novo grupo e fortalecimento da posição estrutural deste grupo, através
também de um incremento das barreiras de mobilidade.
Vários trabalhos empíricos (alguns descritos no Anexo A) foram efectuados no âmbito dos
grupos estratégicos, todavia, com objectivos diversos, salientando-se, conforme Vaz (1999) os
seguintes:
No que se refere à relação grupo estratégico – desempenho foram desenvolvidos vários trabalhos,
designadamente, Newman (1973 e 1978), Porter (1973), Hatten et al (1978), Caves e Pugel
(1980), Lahti (1983), Hergert (1983), Hawes e Crittenden (1984), Dess e Davis (1984), Hatten e
Hatten (1985), Cool e Schendel (1988), Lawless et al (1989), Mascarenhas e Aaker (1989a),
Gaudêncio (1991), Osborne et al (2001), Leask e Parker (2007), Shah (2007) e Short et al (2007),
que evidenciaram diferenças de desempenho entre os grupos estratégicos constituídos. Todavia,
outros trabalhos, West, (1990), Lewis e Thomas (1990), Curto (1993), Pinto (1995); Kling e
Enquadramento Teórico 19
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Smith (1995) e Vaz (1999) não evidenciam que grupos estratégicos diferentes apresentem
diferenças significativas de desempenho. Ou seja, identificando todos eles a existência de grupos
estratégicos, nem sempre confirmam que grupos estratégicos diferentes apresentem diferenças
significativas de desempenho (Cachadinha et al, 1995).
Outros trabalhos, conforme descrito no Anexo A, foram desenvolvidos sobre vários sectores de
actividade, identificando grupos estratégicos e a partir dos quais inferem uma diversidade de
conclusões.
Como se pode constatar, existe já uma grande variedade de estudos sobre a temática dos grupos
estratégicos.
De referir, ainda, que quanto aos estudos em Portugal, surgiram durante a década de 90 e têm
tratado diversos sectores: construção civil, banca, informática, indústria têxtil, hotelaria,
lacticínios e metalomecânica. Quanto aos objectivos destes trabalhos, centraram-se na
identificação de grupos estratégicos e na possibilidade de existência de diferenças de
desempenho.
Ao analisar-se a evolução dos temas abordados ao longo dos anos, tal como atrás referido,
verifica-se que durante as décadas de 70 e 80 predominam os trabalhos sobre a identificação de
grupos estratégicos nos mais diversos sectores e sobre a confirmação empírica de diferenças de
desempenho entre grupos, a fim de se evidenciarem as estratégias de maior sucesso.
20 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
demonstrar que o nível de rivalidade dentro do grupo tendia a superar o esforço de colaboração,
não cooperando, assim, na criação de barreiras de mobilidade.
Lawless et al, (1989), Reger e Huff, (1993), McNamara et al, (2002) e Short et al, (2007),
observaram que a maior variabilidade de diferenças de desempenho se verificava dentro dos
grupos estratégicos, porque sendo empresas estrategicamente semelhantes, tendiam também a
ocupar com maior frequência o mesmo espaço competitivo e daí o nível de rivalidade ser superior
dentro dos grupos, face a eventuais relações de concorrência com empresas de outros grupos
estratégicos.
A este propósito, convém referir o conceito de segmento de mercado, que é definido como um
conjunto de clientes com as mesmas necessidades, desejos e vontades. Consumidores de outro
segmento, possuem necessidades diferentes. Como tal, um grupo estratégico que se caracterize
pela diferenciação, tendencialmente concorre por clientes diferentes, relativamente a um grupo
estratégico que aposte mais na liderança de custos (Shah, 2007).
Ainda quanto à competitividade intra-grupo, Reger e Huff (1993) e Porac et al (1995), vieram
salientar que, considerando as formas de actuação das empresas, estas poderiam ser divididas em
principais, secundárias e em transição, de acordo com o grau de identificação face às
características do grupo estratégico. As principais, representavam as empresas referência de cada
grupo, que incorporavam as suas características tradicionais; as secundárias, incluíam as
empresas que tentavam garantir posicionamentos alternativos, fugindo à concorrência directa
com as principais; finalmente as empresas em transição, incorporavam os players com posições
marginais, que apresentavam menor semelhança relativamente aos restantes membros e que
eventualmente poderiam tentar mudar para outro grupo estratégico.
Assim, teoricamente ter-se-ia que admitir a possibilidade de, dentro dos grupos estratégicos,
existirem subgrupos de empresas que competiam mais fortemente entre si. Obviamente, que esta
hipótese não invalidava que houvessem também outros competidores provenientes dos restantes
grupos estratégicos.
Peteraf e Shanley (1997), salientaram a importância da identidade dos grupos estratégicos e o seu
impacto na competição. Para estes autores, a identidade dos grupos estratégicos era entendida
como o conjunto de características do grupo identificado pelos gestores, suficientemente
reconhecidas e consideradas pelos membros, condicionando a forma de actuar individual das
Enquadramento Teórico 21
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
empresas e o seu próprio desempenho. Quanto maior o sucesso das empresas principais dentro de
um grupo, maior seria a tendência para os restantes players imitarem os seus comportamentos,
criando uma maior homogeneidade na forma de actuar e fortalecendo a identidade do grupo
estratégico.
Deste modo, se um grupo estratégico tivesse uma forte identidade, previsivelmente afectaria a
forma de actuar e os segmentos alvo das diversas empresas que o compunham, conduzindo a uma
maior semelhança estratégica e maior uniformidade no tipo de clientes a abordar.
Por outro lado, um grupo com uma fraca identidade, representava apenas uma agregação de
empresas que actuavam individualmente, não havendo qualquer colaboração. Neste caso, face à
heterogeneidade de formas de actuar e de segmentos de mercado potenciais, ficariam as empresas
constituintes do grupo estratégico, mais expostas à concorrência de outros grupos estratégicos.
Nesta situação, Leask e Parker (2007), verificaram que os grupos estratégicos mais sujeitos à
competição de empresas de outros grupos estratégicos, ficavam sujeitos a maior rivalidade e
maiores guerras de preços, o que influenciava claramente os resultados económicos dessas
empresas.
Outros estudos empíricos (Bandura, 1986; Fiegenbaum et al, 1996), relacionados com a teoria da
aprendizagem social, confirmaram estes comportamentos.
Segundo Peteraf e Shanley (1997), os factores que mais contribuíam para fortalecer a identidade
de um grupo eram:
− Existir maior semelhança nos recursos internos utilizados, o que criava maior similaridade na
informação tratada e maior compreensão dos processos de trabalho;
− Existir pouca diversificação de negócios, levando a uma menor identificação com outros
grupos.
22 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Porter (1980), refere no seu modelo de análise da estrutura das indústrias que existem seis tipos
de barreiras à entrada, que constituem características específicas de cada indústria e que evitam
com maior ou menor intensidade a entrada de novos competidores: economias de escala,
diferenciação do produto, custos de mudança, vantagens no custo, acesso aos canais de
distribuição, necessidades de capital e política governamental.
Embora algumas barreiras à entrada protejam a globalidade das empresas presentes na indústria,
o grau verdadeiro de protecção face a novos competidores vai estar também associado às
características inerentes ao grupo estratégico a que cada empresa pertence. De facto, em virtude
de os grupos estratégicos lidarem com ambientes competitivos variados e apresentarem
diferenças nas orientações estratégicas, a intensidade de cada tipo de barreira à entrada de novos
competidores difere em cada grupo.
Segundo Caves e Porter, (1977), as empresas de grupos estratégicos com barreiras de mobilidade
mais altas, apresentam um maior potencial de lucro relativamente às restantes, porque evitam
mais facilmente a entrada de empresas de grupos menos atractivos, que tentem conquistar
posições nos grupos mais rentáveis. Inclusivamente, McGee e Thomas (1986) e McGee et al
(1995), acreditam que as barreiras à mobilidade serão as variáveis mais importantes para a
identificação de grupos estratégicos de uma indústria, as quais poderão enquadrar-se em três
Enquadramento Teórico 23
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Contudo, alguns investigadores colocaram em causa que as barreiras de mobilidade pudessem ser
uma forte explicação das diferenças de desempenho intra-indústria.
De acordo com Baumol et al (1982), quando uma empresa consegue obter posições de
monopólio, as restantes tentam copiar a actuação do líder e a tendência é para que os lucros
supranormais passem a ser repartidos por diversos players, diminuindo a rendibilidade de todas
as empresas envolvidas nessas acções competitivas (teoria dos mercados contestáveis). Assim,
quando um determinado grupo estratégico consegue obter desempenhos superiores aos restantes,
tendencialmente as empresas de outros grupos tentam entrar nessa posição competitiva mais
favorável, de modo a absorverem parte desses lucros, menorizando a dificuldade de
ultrapassagem das barreiras de mobilidade. Em sequência, o desempenho tende a estabilizar entre
os diferentes grupos.
Hatten e Hatten (1987), referiram diversos exemplos de empresas que, apesar de terem posições
competitivas bastante favoráveis, derivadas de barreiras à mobilidade de novos competidores
muito fortes, viram a sua quota de mercado ser contestada por outras empresas. Tais situações
24 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
ilustraram que, mesmo as posições no mercado altamente protegidas, podiam ser colocadas em
causa. Assim, nestes casos, verificou-se na prática a teoria dos mercados contestáveis.
Ainda Hatten e Hatten (1987), chamaram a atenção para o facto de que as barreiras de mobilidade
protegiam com maior ou menor intensidade, consoante as empresas fossem de maior ou menor
dimensão: empresas de maior dimensão, entravam mais facilmente em grupos de pequenas
empresas que actuavam em nichos de mercado, não se verificando com tanta facilidade a situação
contrária, em virtude de ser necessária uma maior capacidade financeira que as empresas
menores não apresentavam.
Pode-se, assim, considerar que o conceito de grupos estratégicos introduzido por Hunt em 1972 e
o trabalho significativo subsequente efectuado por inúmeros autores, tem contribuído bastante
para o desenvolvimento do conhecimento no âmbito da estratégia empresarial, salientando-se a
sua importância na explicação de diferentes desempenhos no seio de uma indústria e na análise
da concorrência, favorecendo a tomada de decisão por parte dos gestores relativamente às
orientações estratégicas das suas empresas.
Grupos Competitivos
O conhecimento resultante dos estudos no âmbito de uma indústria através dos grupos
estratégicos, pode suportar a tomada de decisões de carácter estratégico mas, conforme alguns
investigadores salientaram (Cunningham e Culligan, 1988; Porac et al, 1989; Porac e Thomas,
1990; Bogner e Thomas, 1993; Porac et al, 1995; Peteraf e Shanley, 1997), apenas permite dar
resposta à questão: dentro de uma indústria, que empresas competem de forma similar?
Contudo, saber quem compete mais directamente entre si pode implicar a consideração de outras
dimensões. Nesse sentido, Grisprud e Gronhaug (1985), Porac et al (1987 e 1989), Cunningham e
Culligan (1988), utilizaram o conceito de grupos competitivos para identificar os concorrentes
mais directos, pretendendo dar resposta à seguinte questão: dentro de uma indústria, que
empresas competiam directamente pelos mesmos mercados com produtos idênticos?
Enquadramento Teórico 25
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Contudo, para a identificação do conjunto das empresas que competem fortemente entre si, isto é,
que actuam nos mesmos mercados com o mesmo tipo de produtos, constata-se a utilização de
diferentes metodologias (Alcañiz e López, 2001). Alguns autores (Lawless e Anderson, 1996;
Ruíz e Iglesias, 1997; Leask e Parker, 2007) utilizam dados objectivos, essencialmente sobre a
estratégia de produtos – mercados, para se definirem as empresas que competem mais fortemente
entre si, através da análise de clusters. Outros (Cunningham e Culligan, 1988; Porac et al, 1989;
Porac e Thomas, 1990; Bogner e Thomas, 1993; Porac et al, 1995; Peteraf e Shanley, 1997)
entendem ser fundamental que tal identificação seja efectuada com base na opinião dos gestores,
em virtude de que são eles que formulam modelos mentais sobre o negócio e o meio ambiente
onde a empresa está inserida, criando referências dos principais concorrentes, monitorizando a
sua actuação no mercado, os recursos que utilizam e as competências que desenvolvem, tentando
imitar os seus comportamentos ou antecipar-se às suas acções. Por isso, desenvolvem um
conhecimento profundo sobre a sua actividade, que não é, por vezes, acessível a investigadores.
Inclusivamente, alguns autores (Vázquez, 1991; Hodgkinson et al, 1996), identificaram grupos
competitivos com base na opinião dos consumidores. De referir, que num estudo desenvolvido
por Bigné e López (2002), ao procurarem verificar a conformidade de opinião entre gestores e
consumidores relativamente à constituição dos grupos competitivos, concluíram que existiam
pontos de vista bastante diferentes.
Para a identificação de grupos competitivos de forma cognitiva Alcañiz e López (2001) referem
as seguintes metodologias utilizadas nos diferentes estudos:
26 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
− Avaliação dos competidores: os gestores são questionados sobre uma listagem de dimensões
competitivas, sendo posteriormente agrupadas as empresas que mais competem entre si,
através de técnicas estatísticas onde se destaca a análise de clusters;
− Definiam as suas empresas tendo em conta os atributos mais característicos dos competidores
de referência;
− Enquadravam a empresa numa dada categoria, passando os concorrentes nesse grupo a serem
reconhecidos como competidores directos;
Também Porac et al (1989), no estudo sobre a indústria têxtil escocesa, referem que os grupos
competitivos deveriam ser definidos cognitivamente, isto é, com base na opinião dos gestores e
no conhecimento destes sobre os restantes players, relativamente às similaridades e diferenças
Enquadramento Teórico 27
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
existentes. Nesse sentido, para estes investigadores a noção dos grupos competitivos passava pela
seguinte definição: grupos de empresas que competiam pelos mesmos mercados com uma oferta
semelhante (dominavam tecnologias de produção idênticas, tornando os seus produtos
substituíveis entre si).
Foram, entretanto, desenvolvidos vários estudos (descritos no Anexo A) que fazem referência a
grupos competitivos de empresas, todavia, com objectivos diversos.
Reger e Huff (1993) e Leask e Parker (2007) realizaram estudos onde compararam os resultados
obtidos, relativamente aos grupos estratégicos e aos grupos competitivos.
− Empresas incluídas nos mesmo grupos estratégicos e competitivos (maioria dos casos
observados): implementavam estratégias similares e actuavam em segmentos idênticos.
Embora competissem pelos mercados, haviam oportunidades de cooperação e menos
propensão para guerras de preços, que prejudicavam a rendibilidade global, tal como já
referido por Porter (1976 e 1979);
28 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
− Empresas incluídas nos mesmo grupos estratégicos mas que faziam parte de grupos
competitivos diferentes: implementavam estratégias similares mas actuavam em segmentos
diferentes. Como tal, havia também propensão para a existência de uma maior colaboração
através da partilha de recursos ou da optimização das vendas de produtos complementares;
Refere-se, ainda, o estudo desenvolvido por Lawless e Anderson (1996), que procuraram
verificar diferenças de desempenho intra e inter grupos competitivos, concluindo que as melhores
empresas dentro de cada nicho de competidores eram as que apresentavam maior diferenciação,
que a similaridade gerava maior competição dentro dos grupos e que a estabilidade de
competidores na estrutura dos grupos favorecia o desempenho financeiro.
Por outro lado, Peteraf e Shanley (1997) deduziram que um grupo estratégico com uma fraca
identidade, representava apenas uma agregação de empresas que actuavam individualmente, não
havendo qualquer colaboração. Neste caso, o número de diferentes grupos de competidores no
âmbito de cada grupo estratégico tenderia a ser maior, face à heterogeneidade de formas de actuar
e de segmentos de mercado potenciais, ficando também essas empresas, mais expostas à
concorrência de outros grupos estratégicos.
Enquadramento Teórico 29
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Para Grant (1991) os recursos podem ser definidos como activos que podem ser facilmente
identificáveis (recursos tangíveis) ou não claramente observáveis e quantificados (recursos
intangíveis) e que estejam, de alguma forma, vinculados à empresa. Barney (1991) define 3
categorias principais: recursos físicos, como instalações e equipamentos, recursos humanos, que
abrangem todos os colaboradores e chefias de topo da empresa e recursos organizacionais,
formados pelas normas e rotinas que coordenam os recursos físicos e humanos de modo
produtivo.
Já Freire (1998) identifica recursos como os activos materiais (máquinas, terrenos, etc),
financeiros (liquidez dos activos, rendibilidade da actividade, capacidade de solvabilidade
perante credores e capacidade de obtenção de novos fundos), recursos humanos (potencial actual
e futuro dos colabores) e organizacionais (reputação, notoriedade, capacidade de inovação,
parcerias comerciais, acesso a informações privilegiadas, etc), que a empresa pode combinar no
desenvolvimento da sua actividade.
No âmbito das ciências empresariais, à combinação de recursos para desenvolver uma actividade,
é geralmente atribuído o conceito de capacidades (Barney, 1991).
Prahalad e Hamel (1990) e Wernerfelt (1984) e Barney (1995), definem competências centrais
como os os recursos internos, que mais distinguem a empresa dos seus concorrentes.
30 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Wernerfelt (1984; 172), define recurso como “qualquer coisa que pode ser pensada como um
ponto forte ou uma fraqueza de uma dada empresa”. Segundo esta ideia, uma empresa consegue
obter vantagens competitivas se conseguir adquirir ou desenvolver recursos superiores ou uma
combinação de recursos melhor que os seus competidores directos (António, 2003). Já Teece et
al (1997), definem recursos como activos específicos de uma empresa que são difíceis senão
impossíveis de imitar, o que se aproxima à definição de competências centrais dada por Prahalad
e Hamel (1990) e referida por Wernerfelt (1984) e Barney (1995).
Barney (1995), considera que as competências centrais estão associadas aos activos intangíveis
(por exemplo, notoriedade, imagem de marca, recursos humanos qualificados ou processos de
trabalho mais eficientes) que se podem valorizar através da sua aplicação no âmbito do
desenvolvimento da actividade, gerando oportunidades de negócio em novos mercados e a
realização das melhores prácticas operacionais em todos os níveis hierárquicos e áreas funcionais.
Aliás, Kaplan e Norton (2004) observam que em média cerca de 75% do valor de mercado das
empresas cotadas nos mercados de capitais é representado por activos intangíveis. Ou seja, há
uma grande variedade de recursos importantes que não estão reflectidos nos dados
contabilísticos.
Barney (1991), propõe quatro testes para determinar os recursos que representam competências
centrais: valor (devem contribuir bastante para criar valor ao cliente face à oferta dos outros
competidores); raridade (devem ser vistos pelos actores da actividade, como únicos); dificuldade
de imitação (os outros competidores não conseguem imitá-los sem terem custos de investimento
elevados); acesso a novos mercados (devem proporcionar o acesso potencial a novos mercados).
Enquadramento Teórico 31
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
facilitado à sua aquisição, criando uma posição privilegiada face aos restantes competidores, que
não os conseguem adquirir ou que terão um custo superior na sua aquisição.
Embora a teoria baseada nos recursos tenha tido o seu desenvolvimento a partir de meados dos
anos 1980, podem encontrar-se autores que muito anteriormente chamaram a atenção para a
importância dos recursos internos para o sucesso da actividade.
Já em 1959 Penrose (cit in Kor e Mahoney, 2004) falava da importância para o sucesso que o
conhecimento empresarial dos gestores e o conhecimento desenvolvido e partilhado pelas equipas
de trabalho representavam, acentuando a necessidade do desenvolvimento contínuo dos
colaboradores, da cultura, das práticas de recursos humanos e dos sistemas de incentivos que,
privilegiassem as necessidades dos mercados e a inovação na capacidade de resposta. Deste
modo, surgiriam os mecanismos isoladores designados por Rumelt e Wensley (1981) e Rumelt
(1984) cujo conceito está associado às características próprias de uma empresa, como a
capacidade financeira, a reputação, a lealdade dos clientes e o acesso preferencial aos canais de
comercialização, que permitiriam a criação de vantagens competitivas face aos concorrentes,
sustentáveis ao longo do tempo. Daqui resultariam excedentes financeiros que permitiriam a
32 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
expansão e diversificação da actividade, com uma contínua adequação das capacidades das
empresas face aos novos desafios.
Também Richardson (1972), embora, considerasse a dimensão relevante, defendia que era o
conhecimento único em determinados recursos, que permitia uma maior capacidade de
penetração no mercado, o que vai ao encontro da teoria das rendas Schumpeterianas, baseada em
recursos que geram retornos acima dos custos de oportunidade, contribuindo, assim, para que tal
teoria seja destacada nos conceitos de estratégia (António, 2003).
A partir da década de 1980, a teoria baseada nos recursos foi-se afirmando por contraposição à
abordagem porteriana do posicionamento estratégico. Contrapondo-se ao determinismo do meio
envolvente, os trabalhos de Wernerfelt (1984) e Rumelt (1984) salientaram a importância das
capacidades distintivas baseadas nos recursos internos para a construção das vantagens
competitivas. A este propósito, Barney (1986) notou que a análise do contexto competitivo não
seria o factor primordial para garantir a obtenção de lucros supranormais, uma vez que essa
informação era de domínio público e, portanto, todos os competidores estariam em condições de
reagir identicamente aos desafios colocados pelo meio envolvente. Assim, seria a análise dos
recursos internos, identificando claramente as capacidades distintivas face aos concorrentes, que
permitiria às empresas alcançarem sucesso.
Neste mesmo sentido, as competências centrais definidas por Prahalad e Hamel (1990), que
representam os pontos fortes dos recursos internos que mais distinguem uma empresa da
concorrência na satisfação das necessidades dos clientes, são o meio de as empresas
desenvolverem os seus produtos ou serviços críticos competitivos, a partir dos quais se irá
desenvolver todo o negócio.
Por outro lado, Prahalad e Hamel (1990) e Bogner et al (1999), referem que esta integração entre
competências centrais, produtos críticos e vantagens competitivas depende, fundamentalmente,
de recursos com um grau de subjectividade elevada, como são os casos da qualidade e visão dos
gestores, da capacidade de criação, partilha e aplicação do conhecimento na organização,
Enquadramento Teórico 33
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Também neste sentido, Mahoney (2001) refere um certo relacionamento entre a teoria baseada
nos recursos e a teoria dos custos de transacção, visto que são os investimentos em activos
específicos que desenvolvem competências únicas e vantagens competitivas sustentáveis, pouco
acessíveis, evitando comportamentos oportunistas de imitação por parte dos restantes
competidores.
Kaplan e Norton nos seus diversos trabalhos (1992, 1993, 1996a, 1996b, 2001a, 2001b, 2004),
incorporam também a importância dos activos intangíveis para o desenvolvimento do Balanced
Scorecard. Para estes autores, a base do sucesso empresarial é a gestão que as empresas
conseguem fazer do seu capital humano (habilidades, experiência, etc, dos colaboradores), do seu
capital informação (sistemas, redes e infra-estruturas de informação) e do seu capital
organizacional (liderança, cultura, trabalho em equipa, etc). É a gestão dos denominados activos
intangíveis que permite criar competências distintivas nos processos internos de trabalho e
vantagens competitivas face à concorrência no grau de satisfação dos clientes, levando a um
melhor desempenho financeiro, seja ao nível do crescimento ou da rendibilidade dos
investimentos realizados na actividade, para o qual há a necessidade de assegurar uma adequada
monitorização e correspondentes acções de melhoria contínua.
Assim, Dierickx e Cool (1989) referem que a sustentabilidade de uma empresa, reside na
capacidade para a acumulação dos recursos mais importantes que permitem a criação das
competências centrais e que não conseguem ser substituídos ou imitados pelos competidores.
34 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Forte Fraca
Seguindo a mesma lógica, Helfat e Peteraf (2003) consideram que o ciclo de vida das
competências, depende da intensidade do seu uso e do volume de actividade gerado através delas.
O modelo definido é especialmente importante para salientar o foco nas renovações dos recursos
internos com vista à sustentação das competências centrais e das vantagens competitivas.
Enquadramento Teórico 35
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Replicação da
Nível de competência
Competências
utilizadas por
unidade de Limitação da
actividade competência
Nível de actividade
acumulado
Também no âmbito da teoria baseada nos recursos têm sido desenvolvidos diversos trabalhos
empíricos (Anexo B), podendo ser divididos nas seguintes correntes de investigação:
− Confrontação das características das indústrias com as especificidades das empresas, de modo
a perceber se o desempenho é mais influenciado pela estrutura da indústria ou pelos recursos
e competências de cada empresa (Rumelt, 1991; McGahan e Porter, 1997; McGahan e Porter,
2002; McNamara et al, 2005);
− Análise das relações entre grupos estratégicos e entre empresas dentro do mesmo grupo, de
forma a verificar se é a rivalidade inter ou intra grupos que permite explicar melhor a
variabilidade do desempenho, sendo neste último caso explicada pela capacidade de
desenvolvimento pelas empresas de competências distintivas baseadas nos seus recursos
(Cool e Schendel, 1988; Lawless et al, 1989; Cool e Dierickx, 1993; McNamara et al, 2002;
Short et al, 2002; Short et al, 2007);
36 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
A teoria baseada nos recursos tem, assim, o mérito de chamar a atenção para a importância da
análise estratégica se focar nas condições internas da empresa. Conner (1991), chama-lhe
inclusivamente a teoria da empresa.
Face ao anteriormente exposto, pode-se concluir que a teoria baseada nos recursos se preocupa
essencialmente em estudar duas questões muito importantes que influenciam o sucesso das
empresas (Makadok, 2001):
− Como garantir a sustentabilidade das vantagens competitivas criadas através dos recursos
internos.
Enquadramento Teórico 37
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Cada organização tem recursos específicos e competências únicas que condicionam a sua
actividade e a forma como se apresenta no mercado. Contudo, tal como referem Barney e Zajac
(1994), a análise estratégica deverá integrar as visões do posicionamento e dos recursos,
tornando-as complementares. Ambas são fundamentais para a obtenção do sucesso das
organizações, porque fornecem instrumentos que permitem optimizar a análise do contexto
competitivo e, em simultâneo, a análise das capacidades dos recursos internos da empresa.
Relativamente ao sector, conforme preconizado por Porter no seu modelo das 5 forças, existe um
contexto competitivo geral que influencia todas as empresas de um sector. Contudo, tendo em
conta que cada grupo estratégico é caracterizado por ambientes competitivos específicos,
existem, por isso, oportunidades e necessidades de investimentos diferentes entre os vários
grupos, com impacto directo nos resultados potenciais das empresas que os constituem
(McNamara et al, 2002). Porter (1979) e Dranove et al (1998) dão como exemplos de causas de
diferenças de desempenho, o facto de haver grupos com maior poder negocial junto de
fornecedores e de clientes e que estão menos sujeitos à pressão de produtos substitutos e às
ameaças de novas entradas. Essas circunstâncias geram desempenhos regularmente diferentes
entre grupos estratégicos e uma relativa homogeneidade de desempenho dentro dos grupos
(Caves, Porter, 1977). Para além disso, as barreiras de mobilidade que se criam entre os vários
grupos também contribuem para essas diferenças de desempenho inter-grupos (Porter, 1980).
Por outro lado, ainda no âmbito do posicionamento estratégico, outros investigadores Porac et al,
1989; Bogner, 1991) chamam a atenção para a constituição de grupos competitivos para explicar
o desempenho face à maior ou menor rivalidade resultante da actuação no mesmo mercado com
produtos semelhantes, complementando a visão obtida através dos grupos estratégicos.
38 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Isto porque, as duas metodologias permitem verificar as semelhanças entre empresas ao nível das
estratégias que implementam e dos segmentos de mercado onde concorrem. Assim, segundo os
autores, quanto maior for a similaridade dos segmentos alvo e a heterogeneidade estratégica dos
competidores, maior tenderá a ser a rivalidade, uma vez que as diferentes estruturas de custos e
de activos irão propiciar a probabilidade de guerras de preços e de campanhas publicitárias,
diminuindo a rendibilidade potencial das empresas. Tal, vai ao encontro das deduções de Peteraf
e Shanley (1997) sobre a identidade dos grupos estratégicos, em que defendem que quanto maior
for a heterogeneidade estratégica e, consequentemente menor a identidade do grupo, maior
também é a propensão para existirem vários tipos (grupos) de competidores, para haver mais
rivalidade e menos colaboração na construção de barreiras de mobilidade face a concorrentes de
outros grupos estratégicos. Deste modo, nos grupos com menor identidade, o desempenho tende a
ser pior, em virtude tanto da maior competição interna como da maior fragilidade relativamente a
competidores de outros grupos estratégicos
Neste contexto, o comportamento da empresa, resulta das acções de reacção ao meio envolvente,
quer no âmbito do sector quer no âmbito dos grupos a que pertence.
A teoria baseada nos recursos defende que o desempenho é determinado pelos recursos únicos e
capacidades que a empresa consegue desenvolver de modo a fazer propostas únicas de oferta que
o mercado valoriza. Assim, idealmente os gestores deverão optimizar os recursos que criam valor
e que em simultâneo são raros e insubstituíveis, de modo a gerar estratégias que muito
dificilmente poderão ser imitadas pelos actuais e futuros competidores. A acumulação desses
recursos é que vai gerar barreiras aos concorrentes e criar uma posição competitiva forte (Short et
al, 2002).
Assim, temos duas visões distintas na perspectiva das estratégias conducentes à obtenção de um
bom desempenho:
Enquadramento Teórico 39
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
A teoria baseada nos recursos adopta uma posição “pre-strategy”, analisando e inventariando os
recursos e as competências que uma empresa coordena e converte em estratégias efectivas. Em
contraste, os grupos estratégicos e competitivos adoptam uma posição “post-strategy”,
oferecendo uma visão das estratégias implementadas pelas empresas, classificando-as em grupos
de acordo com as suas orientações estratégicas. Deste modo, interligando as duas visões,
poderemos conhecer melhor o que as empresas são - teoria baseada nos recursos - e como
empregam os seus recursos - posicionamento estratégico (Leask, Parnell, 2005).
Leask e Parnell (2005) identificam 2 factores chave que ligam as duas correntes de investigação:
− A análise dos recursos existentes na empresa, orienta os gestores para a definição dos pontos
fortes e fracos da organização (Fahy, Smithee, 1999). Como tal, a percepção do mercado em
conjunto com a dinâmica de desenvolvimento dos recursos guiam os gestores na forma como
deverão competir, gerando, assim, determinadas orientações estratégicas que irão ser
fundamentais na definição dos grupos estratégicos;
40 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Equivalência de Competências
Fraca Forte
Nesse sentido, Porac et al (1989), Reger e Huff (1993) e Peteraf e Shanley (1997) descrevem que
as empresas dentro dos grupos estratégicos comparam-se principalmente com outras empresas
idênticas dentro do mesmo grupo e tentam observar os meios possíveis para se distinguir delas. A
este propósito, Fiegenbaum e Thomas (1995) verificaram que as empresas usam o seu grupo
estratégico como referência para realizarem benchmarking relativamente aos seus competidores.
Deste modo, estes argumentos sugerem que as empresas focam-se mais na sua posição
competitiva dentro do grupo e são mais reactivas às acções dos competidores do seu grupo do
que às acções de empresas de outros grupos. Como tal, os índices de rivalidade dentro do grupo
poderão ser superiores aos fora dele (McNamara et al, 2002). A confirmar esta afirmação temos,
por exemplo, o estudo realizado por Cool e Dierickx (1993), onde se verificou que na indústria
farmacêutica a rivalidade dentro dos grupos era mais intensa do que entre os grupos estratégicos,
pelo facto de que as empresas invadiam com frequência os segmentos de mercado umas das
outras.
Então, estamos perante a possibilidade do desempenho não se explicar apenas pelas diferenças
inter mas também intra-grupos estratégicos. Se os grupos competitivos poderão dar um forte
contributo na explicação das diferenças inter e intra-grupos estratégicos, pois o desempenho pode
ser condicionado pela maior ou menor rivalidade resultante da actuação no mesmo mercado com
produtos semelhantes, a teoria baseada nos recursos poderá contribuir para a explicação das
diferenças intra-grupos estratégicos, porque as empresas que forem capazes de desenvolver
competências distintivas baseadas nos seus recursos, criarão posições competitivas fortes dentro
do grupo, evitando a rivalidade e, em consequência, obterão melhores desempenhos (Rumelt,
1984).
Enquadramento Teórico 41
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Assim, a explicação do desempenho pode ser obtida através da análise, não somente das
empresas que apresentam estratégias semelhantes (grupos estratégicos) e das que competem entre
si (grupos competitivos), mas também das vantagens competitivas baseadas e desenvolvidas
através dos recursos (teoria baseada nos recursos).
Independentemente das bases de sustentação para a sua formulação, as acções estratégicas das
organizações passarão, necessariamente, pela decisão sobre negócios, produtos, mercados e na
forma como devem competir. Ou seja, após definição dos seus objectivos estratégicos, cada
organização terá que decidir, entre várias alternativas estratégicas, quais as que melhor se
adequam para o alcance dos objectivos definidos e que deverão responder claramente a duas
questões essenciais (Grant, 2005): onde e como deve a empresa competir.
Esta questão remete-nos para dois níveis de decisão estratégica: ao nível da empresa e ao nível do
negócio. Decisões como a diversidade e composição do portfolio de negócios são tomadas ao
nível da empresa. A estratégia de diversificação que pode ser relacionada ou não relacionada com
negócios já existentes (Freire, 1998; Grant, 2005;) resulta da procura por parte da empresa, em
explorar novas áreas de actuação através da entrada em outras indústrias e refere-se à escolha de
onde competir. A forma como decide competir situa-se ao nível de cada negócio em particular.
Neste âmbito, várias tipologias de estratégias têm sido apresentadas, suportando-se em dimensões
diferentes. Assentando nas escolhas de produtos e de mercados, Ansoff (1984), por exemplo,
apresenta as modalidades de crescimento:
− Penetração no mercado: que visa aumentar o volume de negócios com os mesmos produtos
para o mesmo mercado;
− Extensão do produto: onde se pretende servir o mesmo mercado com uma maior amplitude de
gama de produtos;
− Extensão do mercado: onde se pretende servir novos mercados com a mesma gama de
produtos.
Não distinguindo níveis de decisão, acrescenta ainda a estratégia de diversificação que tem como
objectivo alargar a amplitude da gama de produtos e abranger em simultâneo novos mercados.
42 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Não desprezando as dimensões produto e mercado, Miles e Snow (1978), criaram uma tipologia
de comportamento das empresas face à concorrência:
− Defensores: empresas que têm a sua acção, em termos de produtos – mercados, claramente
definida, focalizando a sua actividade nos segmentos alvo;
− Reactores: empresas que não têm capacidade para monitorizar convenientemente o contexto e
limitam-se a ocupar espaços nos mercados de proximidade com menor expressão.
Enquadramento Teórico 43
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
No entanto a tipologia de estratégias genéricas apresentada por Porter (1980), é uma referência
importante na literatura, pela sua larga divulgação1. As estratégias de liderança nos custos e
diferenciação indicam a proposta de valor que as empresas apresentam ao mercado. Numa
estratégia de diferenciação a empresa propõe-se apresentar produtos com atributos distintos da
concorrência, podendo, assim praticar um preço premium ao abrigo da concorrência. Numa
estratégia de liderança nos custos, pretende-se conseguir custos mais baixos do que os da
concorrência, podendo eventualmente apresentar preços mais competitivos. Tendo em conta que
a empresa pode ter interesse em se especializar (num produto específico ou num segmento de
mercado), pode optar por uma estratégia de especialização com diferenciação ou de
especialização com liderança nos custos.
Uma das questões que tem sido objecto de discussão foi a de saber se seria possível a combinação
de estratégias. Até que ponto a estratégia de diferenciação que exige investimentos para criação e
manutenção de especificidades únicas é compatível com a liderança nos custos. Embora Porter
(1980) tenha reconhecido a dificuldade da sua conjugação e chamado a atenção para os perigos
da sua implementação, é hoje reconhecido que em certas circunstâncias a estratégia combinada
pode ter sucesso, como é o caso de actividades com forte evolução tecnológica em que é possível
baixar custos de produção e melhorar o produto (Laudon e Laudon, 2002). Assim, por exemplo
com o desenvolvimento das prácticas operacionais (automação, just in time, gestão da qualidade,
tecnologias de informação, etc) tem-se assistido a um esforço por parte das empresas de sucesso
em obterem vantagens competitivas na diferenciação e em simultâneo na liderança de custos
(Murray, 1988).
Como tal, partindo do princípio, que as empresas para atingirem o sucesso empresarial, deverão
desenvolver em paralelo os níveis de diferenciação e de liderança de custos, Hill e Jones (1995)
defendem que as fontes de vantagens competitivas (de um tipo ou de outro) podem ser agrupadas
em quatro factores gerais, que reflectem a capacidade da empresa aplicar melhor os seus recursos
que a concorrência na criação de valor aos clientes: eficiência, qualidade, inovação e adequação.
1
A título de exemplo, Ormanidhi e Stringa (2008), verificaram que o modelo de Porter era o mais referenciado na
“Business Source Premier”, que é a maior base de dados mundial de textos académicos publicados, sendo citado 896
vezes desde 1980 até 2005.
44 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Superioridade na
Inovação
Nesse sentido, Porter (1985) defende que as actividades directamente relacionadas com as
competências centrais da empresa e que contribuem para um posicionamento estratégico forte,
deverão ser executadas internamente. Sendo assim, a empresa poderá optar por integrar na sua
actividade algumas funções a montante ou a jusante na cadeia operacional do negócio. Contudo,
só faz sentido aumentar o nível de integração vertical se (Martinet, 1989):
Enquadramento Teórico 45
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
A internacionalização pode, pelas razões expostas, ser uma forma de tornar viáveis negócios que
de outra forma não sobreviveriam espartilhados pelas fronteiras nacionais. Contudo, os processos
de internacionalização podem ser lentos e difíceis, envolvendo recursos mais ou menos
avultados. Apesar disso, não se pode dizer que existam formas únicas de os concretizar,
dependendo do tipo de actividade, das características da empresa (dimensão, idade, etc) e dos
recursos disponíveis.
Vários autores (Johanson e Wiedersheim-Paul, 1975; Johanson e Vahlne, 1977; Bilkey e Tesar,
1977; Cavusgli, 1980; Reid, 1981; Czinkota, 1982; Andersen, 1992), tendo como referência as
modalidades de internacionalização (transacções, investimento directo e projectos), descrevem o
processo de internacionalização das empresas por etapas, de acordo com o conhecimento que vão
obtendo dos mercados e da capacidade para alocarem recursos à penetração nesses mercados,
46 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Porém, nos últimos anos, muitas empresas internacionalizaram-se pouco tempo após a sua
criação, colocando em causa os modelos de internacionalização através de etapas desenvolvidos
por Johanson e Wiedersheim-Paul (1975) e Johanson e Vahlne (1977), dando origem ao conceito
de Born Global firms. Estas empresas apresentavam uma característica comum: vantagens
competitivas fortes na inovação (Filipescu, 2006). Assim, os estudos sobre a relação entre a
internacionalização e a inovação têm sido abordados em duas perspectivas
Enquadramento Teórico 47
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
maior da oferta às necessidades dos consumidores. Por isso, podemos afirmar que existe uma
relação de causa e efeito entre inovação e internacionalização, condicionando-se mutuamente ao
longo do tempo, conforme representado na figura seguinte.
Conhecimento
Internacionalização
48 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Em 1980, Hayes e Abernathy referiam que a medição do desempenho das empresas e dos
gestores apenas com medidas financeiras, levava a que a gestão se concentrasse nos resultados de
curto prazo, prejudicando a sustentabilidade das organizações.
Pelas razões apontadas, desempenho deverá ser um conceito abrangente que cobre várias
acepções. Por exemplo, Scherer (1980) defende que um bom desempenho é obtido quando os
recursos são eficientemente utilizados, quando os bens produzidos respondem à qualidade e à
quantidade procuradas pelo mercado, quando se aproveitam as oportunidades criadas através dos
avanços científicos e tecnológicos que permitem melhores níveis de produtividade e a criação de
produtos superiores e, quando as políticas de gestão da empresa são integradas com objectivos
macroeconómicos e existe uma distribuição justa do rendimento.
Sendo assim, e no contexto empresarial actual em constante mutação, foi crescendo a necessidade
de medir o desempenho em variáveis que ajudem a explicar os resultados financeiros e
possibilitem uma melhor previsão dos desempenhos futuros (Neely, 2005).
Enquadramento Teórico 49
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Como tal, torna-se um desafio avaliar o desempenho de uma organização, quer quanto ao
objectivo e escolha dos indicadores a utilizar, quer na selecção de um referencial para comparar
as realizações com um padrão aceite pelos analistas.
O desempenho de uma empresa é afectado por diversos factores externos e internos da sua
actividade. Nos factores externos, há a destacar o impacto dos diferentes contextos económico,
político e legal, social e tecnológico e da estrutura e atractividade da indústria. Nos factores
internos, há a destacar as orientações estratégicas da empresa, na forma como aborda os
diferentes negócios e mercados e consegue desenvolver e alinhar as suas competências distintivas
por meio dos recursos internos.
O primeiro instrumento desenvolvido com o objectivo de dar uma visão mais ampla aos gestores
das diversas variáveis importantes para o sucesso empresarial, foi o tableau de bord criado por
investigadores franceses e cujas origens remontam a 1932. Este instrumento surgiu como uma
resposta à crise da bolsa americana em 1929 que evidenciou que os dados contabilísticos eram
insuficientes para a tomada de decisão, sendo ainda hoje muito utilizado pelas empresas em
França (Bugalho, 2004). Mais tarde, com a crise económica dos anos setenta do século XX, este
tema volta a ganhar importância e Charnes et al (1978) e Banker et al (1984) desenvolveram
através da programação linear, um dos primeiros modelos que pretendeu estudar empiricamente a
relação entre os inputs da actividade e os outputs gerados.
50 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
sobre uma série de variáveis que contribuem fortemente para o sucesso empresarial e para os
resultados financeiros como por exemplo, a inovação, a qualidade, a satisfação dos clientes,
as competências dos recursos humanos, etc;
Como tal, durante a década de 90 surgiram vários modelos que pretenderam responder a estes
problemas (Neely et al, 2000; Neely e Adams, 2001):
Destes modelos, o denominado balanced scorecard, desenvolvido por Kaplan e Norton ao longo
dos anos (1992, 1993, 1996a, 1996b, 2001a, 2001b, 2004), que visa mostrar as relações de causa
e efeito entre activos intangíveis (pessoas, sistemas de informação e recursos organizacionais),
processos de trabalho, satisfação dos clientes e desempenho financeiro, tornou-se uma referência
tanto para os investigadores como para o meio empresarial.
Segundo Neely (2005), é o modelo de avaliação do desempenho organizacional mais citado nas
publicações científicas internacionais e o mais utilizado pelas empresas europeias e americanas.
Através dele, é construída uma grelha de objectivos, iniciativas e indicadores nas quatro
Enquadramento Teórico 51
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Outro modelo bastante popular, é o navigator proposto pelo grupo sueco Skandia que tem como
objectivo principal a avaliação financeira dos activos intangíveis. Este modelo, determina um
valor financeiro para os activos intangíveis, partindo do princípio que estes se subdividem em
cinco grandes grupos: o financeiro, o cliente, o processo, a inovação e desenvolvimento e o
humano (cit. in Amaral, Pedro, 2004).
Embora num dos trabalhos identificados, não se tenha verificado uma melhoria substancial nos
resultados financeiros através da implementação do balanced scorecard (Chenhall e Langfield-
Smith, 1998), a maioria dos estudos (Hoque e James, 2000; Liu e Tsai, 2007; Valderrama et al,
2008; Geuser et al, 2009) evidenciam que, de facto, a sua utilização contribui para um melhor
desempenho organizacional, através do alinhamento dos recursos e dos processos à estratégia a
implementar e consequentemente, para um melhor desempenho financeiro que representa o
objectivo principal das entidades com fins lucrativos.
52 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Conforme já referido, o sucesso continuado de uma empresa não passa somente pela sua
viabilidade económica e financeira. Todavia, este não deixa de ser um indicador importante que
deverá ser monitorizado e, inclusivamente, entendido como um resultado global da utilização
eficiente e eficaz dos recursos da organização.
Historicamente, a análise das empresas tem sido feita sobre dois quadros síntese da informação
contabilística, nomeadamente, o balanço e a demonstração de resultados (Teixeira, 1998b). Essas
demonstrações financeiras, embora ricas em informação, apresentam algumas limitações,
designadamente (Neves, 2000a):
- Não reflectem valores actuais em virtude dos activos serem contabilizados de acordo com o
princípio contabilístico do custo histórico;
- Incluem contas com estimativas de valores (casos das provisões, perdas por imparidade e
amortizações) que poderão deturpar o verdadeiro valor patrimonial das empresas;
- Os critérios de valorimetria dos activos, podem variar de empresa para empresa podendo
tornar incomparáveis as demonstrações de diferentes organizações;
- Vários activos, como as competências dos recursos humanos e a cultura organizacional, que
contribuem para a criação de valor não são contabilizados em virtude da sua dificuldade de
mensuração, perdendo-se a objectividade na avaliação do desempenho e valorização das
empresas.
A fim de diminuir a incerteza na informação constante nas demonstrações financeiras, têm sido
aplicadas e conjugadas diversas técnicas na análise das empresas (Teixeira, 1998b): diferenças
em valores absolutos que consistem na comparação dos valores absolutos verificados nos
documentos contabilísticos de períodos diferentes de modo, a observar-se a evolução dos valores
ao longo do tempo enriquecendo a análise isolada dos exercícios económicos; valores relativos,
pretendendo-se através de percentagens verificar o peso relativo das diversas rubricas e a sua
importância na estrutura económica e financeira da empresa; e indicadores e rácios calculados
sobre os valores constantes nas demonstrações financeiras, a fim de enriquecerem a informação a
analisar.
Enquadramento Teórico 53
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Como tal, a análise do desempenho financeiro das empresas deverá ser realizada de acordo com
os objectivos dos analistas e tendo sempre em consideração que a informação constante nas
demonstrações financeiras poderá apresentar algumas limitações. Para além disso, as empresas
em estudo deverão ser enquadradas com os dados do sector de actividade ou de competidores
directos, a fim de se verificarem eventuais incoerências nos valores económicos e financeiros
consultados.
- Scherer (1980), sugere várias medidas como por exemplo, a margem sobre os custos
variáveis, a comparação dos custos efectivos com os valores mínimos que poderiam ser
obtidos com os recursos existentes e a relação entre preços de venda e unidades produzidas
por hora de trabalho;
- Horne e Wachowicz (1998) referem a rotação dos activos, a rendibilidade dos capitais
próprios e o return on investment (ROI).
Nos diversos trabalhos de investigação analisados e que, constam nos Anexos A, B e C, nos quais
se enquadra a avaliação do desempenho financeiro, observa-se a utilização de diversas variáveis
conforme o quadro seguinte.
54 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Enquadramento Teórico 55
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Embora sendo várias vezes conjugado com outros indicadores, pode-se constatar que são os
resultados do Return on Investment (ROI), os mais utilizados para medir o desempenho
financeiro de empresas (a título de exemplo, vejam-se os casos de Cachadinha et al (1995),
McNamara et al (2002), Lima (2002), Short et al (2002), Killstrom (2005) e Leask e Parker
(2007)). Na análise elaborada, constatou-se a utilização do ROI como indicador do desempenho
financeiro em 47 estudos, enquanto os segundos indicadores mais referenciados (RCP e
rendibilidade líquida do volume de negócios) surgiam apenas em 14 trabalhos.
A forma de cálculo tradicional deste indicador compara os resultados operacionais com o activo
líquido, uma vez que estes valores podem ser obtidos directamente das demonstrações
financeiras. Quando calculado dessa forma, o ROI é comumente designado por ROA – Return on
Assets (Neves, 2012):
Contudo, segundo Neves (2000b) a forma mais correcta para se determinar a rendibilidade da
empresa, deveria ser:
- Em vez do activo líquido, utilizar o capital investido que inclui o total de activos corrigido
dos passivos não remunerados. Desta forma, estamos a incluir o valor de todos os bens e
direitos em que a empresa investiu capital, deduzido dos créditos obtidos no âmbito da
actividade, uma vez que estes representam recursos financeiros que compensam as
necessidades financeiras naturais do negócio.
56 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Apesar de tudo, verifica-se que geralmente os investigadores e analistas utilizam o conceito mais
simples, baseado na informação directamente disponível nas demonstrações financeiras sem
realizarem qualquer ajuste. Como tal, utilizam os resultados operacionais para aferir os lucros
provenientes da actividade, sendo o valor do investimento representado pelo activo líquido
(Neves, 2000a).
Contudo, Freire (1998) refere que o sucesso empresarial deverá ser medido pela capacidade da
empresa em crescer de forma sustentada ao longo do tempo. Por isso, o autor sugere que a
rendibilidade do investimento (ROI) deverá ser avaliada sempre em conjunto com outros dois
indicadores: o crescimento do volume de negócios e a quota de mercado. Assim, obtém-se uma
imagem mais completa do desempenho das empresas, associando a capacidade de remunerarem o
investimento, à capacidade dinâmica de crescimento e à dimensão obtida, relativamente ao
ambiente competitivo onde estão inseridas.
Embora não mencionado nos estudos consultados, outro indicador que é muito referenciado pela
diversa bibliografia actual sobre a avaliação do desempenho financeiro (Neves, 2011), é o CFROI
(Cash Flow Return On Investment). Desenvolvido pelas empresas americanas Holt Value
Associates e Boston Consulting Group, visa medir o desempenho financeiro, através da taxa
interna de rendibilidade (TIR) que a actividade poderá gerar, considerando os valores actuais do
negócio. Para tal parte dos seguintes pressupostos (Jordan et al, 2002):
- A rendibilidade baseia-se nos meios libertos brutos (resultados operacionais adicionados dos
custos não desembolsáveis) líquidos de impostos (MLBLI);
- O valor dos activos existentes na empresa deverá ser corrigido (AL ajustado), de modo a ser
apresentado a preços correntes. Assim, este valor irá ser considerado como o investimento
realizado na actividade;
- Os activos e passivos cíclicos monetários geram ganhos ou perdas em virtude de que quanto
mais tarde se recebe ou se paga menor é o valor a preços correntes. Por isso, os meios libertos
periódicos deverão reflectir estas correcções resultantes da inflação (MLBLI ajustados);
- Calcula-se a vida útil contabilística dos activos, servindo como referência para o número de
períodos a estudar a rendibilidade do negócio. Os activos deverão ser capazes durante o seu
funcionamento de gerar fluxos suficientes para garantirem o retorno do investimento. Assim,
considerando que não existem modificações na estrutura dos activos, parte-se do princípio
Enquadramento Teórico 57
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
que os meios libertos brutos do exercício irão ocorrer continuamente ao longo dos anos em
estudo;
- Por fim, no último ano da vida útil dos activos, considera-se como valor residual a
recuperação dos activos não amortizáveis existentes na empresa no período inicial (VR AL);
Jordan et al (2002), consideram difícil a aplicação prática deste indicador pelos seguintes
motivos:
- Os meios libertos operacionais não representam fluxos de caixa o que fragiliza a TIR
calculada, pois não representam realmente fundos financeiros para os investidores. Para além
disso, pressupor a continuidade do seu valor ao longo dos exercícios não é razoável face às
oscilações que existem na actividade das empresas;
- Não prevê investimentos de substituição, o que na prática é irreal porque ao longo dos anos
no decorrer da actividade normal existem sempre ajustamentos nos recursos das empresas;
- Finalmente, não contempla nos valores residuais, quaisquer montantes relativos a activos
totalmente amortizados, o que muitas vezes não corresponde à verdade, pois poderão ter valor
no mercado.
58 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
- Não incluem os fluxos de caixa libertos pela actividade, não se tendo uma real percepção dos
excedentes financeiros criados para os investidores;
Por isso, foram desenvolvidas nos últimos anos, principalmente durante a década de 90, duas
novas perspectivas de avaliação do desempenho financeiro: a avaliação do desempenho
financeiro baseada nos fluxos de caixa e a avaliação do desempenho financeiro baseada na
criação de valor.
Assim, não é de surpreender que seja durante esse período que se verifiquem as primeiras
preocupações de se substituírem as tradicionais medidas de avaliação do desempenho baseadas
na demonstração de resultados e no balanço, pela lógica dos cash-flows (fluxos de caixa), que
permitia uma visão concreta da evolução dos fluxos monetários da empresa, gerando maior
certeza relativamente ao desenrolar da actividade. Como tal, esta tem sido uma das matérias na
área científica da contabilidade e finanças, que maior desenvolvimento sofreu nos últimos anos
(Caiado e Gil, 2000).
Vários investigadores (Meyers, 1974; Rappaport, 1986 e 1998; Damodaran, 2005), referiram a
importância dos fluxos de caixa como medida de avaliação do desempenho financeiro. Contudo,
é o trabalho de Jensen (1986) sobre o conceito de free cash flows (fluxo de caixa disponível para
os accionistas), que definitivamente chama a atenção para a análise do sucesso financeiro com
base nos fluxos monetários libertos pela actividade que ficam disponíveis para os investidores.
O free cash flow representa o fluxo de caixa residual, após se cumprirem todas as obrigações
financeiras incluindo variações do investimento em fundo de maneio, do investimento em capital
Enquadramento Teórico 59
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
fixo e da dívida remunerada. Assim, representa os excedentes financeiros líquidos gerados pelas
actividades operacionais, de investimento e de financiamento externo, que ficam disponíveis para
os detentores do capital. O seu cálculo é dado pela seguinte expressão:
No entanto, para existir coerência entre a análise do ROI e dos fluxos de caixa libertos pela
actividade, deve-se considerar o método denominado de free cash flow to firm (FCFF - fluxos de
caixa libertos pela actividade, disponíveis para remunerar os investidores, tanto proprietários
como instituições financeiras).
De facto, o ROI mede a rendibilidade criada através da actividade da empresa, que poderá ser
utilizada para remunerar os proprietários e os credores financeiros. Assim, para que haja
conformidade na avaliação do desempenho financeiro, deveremos ter em atenção a capacidade da
actividade de exploração para gerar fluxos de caixa capazes de garantir as obrigações perante os
investidores, tanto próprios como alheios. Como tal, para se medir o desempenho financeiro da
actividade da empresa através dos fluxos de caixa, deve-se calcular o FCFF:
60 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Assim, esta óptica de avaliação do desempenho financeiro tem como principal vantagem o facto
de analisar os fluxos financeiros efectivamente libertos pela actividade e que poderão contribuir
para a criação de valor, sendo um dos métodos mais utilizados actualmente para a valorização de
negócios e empresas (Neto e Silva, 1997; Morais e Pinto, 2002).
Outros indicadores muito utilizados (Anthony e Govindarajan, 2001; Jordan et al, 2002; Neves,
2000b) para a avaliação do desempenho financeiro são o resultado residual, desenvolvido por
Miller e Modigliani (1961) e por Solomon (1965) e o economic value added (EVA),
desenvolvido por Stewart (1994), que correspondem a uma perspectiva de criação de valor, ou
seja, verificam a capacidade de gerar uma rendibilidade superior ao custo de financiamento da
actividade.
De referir, no entanto, que Lundholm e O’Keefe (2001), evidenciaram empiricamente que, caso
sejam usados correctamente os pressupostos financeiros (o que na maioria das vezes não
acontece), a avaliação do desempenho financeiro através dos fluxos de caixa coincide com os
valores a obter pelo cálculo dos indicadores resultado residual e economic value added (EVA).
Conforme mencionado anteriormente (Neves, 2000a), há que ter cuidado, mais uma vez, na
definição dos resultados e activos a considerar, em que nos primeiros devem ser utilizados os
resultados líquidos sem alavancagem financeira (RLSAF) e, nos segundos, o capital investido no
lugar do activo líquido.
Ao multiplicar-se o custo do capital das fontes de financiamento utilizadas pelo activo líquido ou
pelo capital investido, apura-se o custo do investimento realizado na empresa. Para tal, precisa-se
de determinar o custo de capital de acordo com a estrutura financeira da empresa.
Enquadramento Teórico 61
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
É neste contexto que surge o conceito do custo médio ponderado do capital (weighted average
cost of capital - WACC), que inclui o custo do capital alheio devidamente ajustado das
poupanças fiscais, bem como o custo do capital próprio que deve evidenciar a taxa de retorno que
os investidores esperam obter para serem compensados do risco de serem proprietários (Teixeira,
Alves, 2003). A sua forma de cálculo é a seguinte:
WACC = ( CP / A ) x Ke + ( P / A ) x Kd x ( 1 – t )
Legenda:
CP = Capitais Próprios; A = Activo Líquido; P = Passivo; Ke = Custo Capital Próprio; Kd =
Custo Capital Alheio; t = Taxa efectiva de impostos sobre o rendimento
Assim, se forem utilizados os ajustamentos referidos por Neves (2000a) no cálculo do resultado
residual, o WACC é apurado considerando que o activo líquido é representado pela rubrica total
de investimento e o passivo é constituído apenas pelas fontes de financiamento alheias
remuneradas.
Relativamente ao custo das fontes de financiamento alheias remuneradas, pode ser determinado
através das taxas negociadas com as entidades financeiras (Neves, 2002).
Quanto ao custo do capital próprio, poderá ser representado, no caso das empresas cotadas em
bolsa, pela rendibilidade esperada, calculada através do capital asset price model – CAPM; nas
restantes empresas poderá ser determinado tendo em consideração a rendibilidade média dos
capitais próprios do sector de actividade ou, simplesmente, através da adição de um prémio de
risco ao custo de financiamento bancário da empresa (Neves, 2002).
A propósito deste tema, investigadores como Damodaran (2005) ou, entidades especializadas,
como é o caso da COFACE, sugerem prémios de risco a atribuir às empresas, consoante o risco
dos diferentes países onde laboram.
Deste modo, deduzindo aos resultados operacionais o custo financeiro do activo, apura-se o
resultado residual que nos permite verificar se a empresa gera valor económico através do
negócio. Para além disso, as decisões são mais coerentes de acordo com o custo de capital da
empresa, uma vez que os gestores actuam de modo a cobrirem a totalidade dos custos da
actividade, incluindo o custo de oportunidade do capital próprio, criando valor para os
proprietários (Basso, Lima, 2002).
62 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Em alternativa ao resultado residual, existe o EVA – economic value added, que considera o
efeito do imposto nos resultados operacionais (1 – t), pois somente após se aplicar a taxa de
imposto sobre o rendimento nos resultados operacionais, é que se deduz o custo do activo líquido
(Jordan et al, 2002). No entanto, o seu objectivo é igualmente medir a capacidade para gerar
valor acrescentado aos detentores do capital, sem prejudicar a situação financeira da empresa
(Stewart, 1994).
Deste modo, tanto o resultado residual como o EVA, permitem que os gestores ao longo da sua
actividade, tentem garantir uma rendibilidade para os accionistas, superior ao custo de capital que
geram.
Esta é uma lógica diferente do ROI onde, para além da desvantagem de se obterem valores
relativos, não se tem em consideração o custo do capital investido (Brás e Armada, 1999). Assim,
os gestores funcionam como donos da empresa, tentando investir apenas em projectos que
obtenham uma rendibilidade superior ao custo do seu financiamento (Young, 1997).
A este propósito, Neves (2000b) demonstra que em virtude do ROI representar uma média
ponderada de todos os projectos realizados pela empresa, quando é proposta a realização de um
novo investimento, que embora com um ROI inferior ao da empresa, ultrapasse o seu custo de
financiamento, os gestores recusam a sua execução, visto que irá diminuir a rendibilidade global.
Enquadramento Teórico 63
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
idêntico ao EVA que apenas não corrige o resultado operacional do IRC) e o ROI calculados da
forma tradicional (Teixeira, 2008a).
AL x ROI = RO RO – AL x ROI = 0
Como é fácil de verificar, existe uma grande coincidência na forma de cálculo. Vejamos o que
sucede se o resultado residual for igual a zero:
RR = RO – AL x WACC RO – AL x WACC = 0
Se WACC = ROI
RO – AL x ROI = 0
- Se o ROI > WACC o resultado residual > 0, significa que a empresa está a gerar uma
rendibilidade superior ao custo do capital investido na actividade, ou seja, que está a criar
valor;
- Se o ROI < WACC o resultado residual < 0 , significa que a empresa está a gerar uma
rendibilidade inferior ao custo do capital investido na actividade, ou seja que está a perder
valor.
Concluímos, ainda, que o valor do resultado residual está directamente relacionado com a
rendibilidade gerada, sendo positivo ou negativo consoante a rendibilidade da actividade seja
superior ou inferior ao custo de financiamento exigido pelos detentores do capital.
64 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Fica então demonstrado que existe uma relação directa entre o ROI, o custo do capital (WACC) e
o resultado residual ou EVA, consoante se utilize um ou outro indicador.
Se o ROI for superior ao WACC, significa que o resultado residual irá ser positivo, porque a
empresa gerou maior rendibilidade (ou maior valor) face ao custo do investimento na actividade.
Por outro lado, se o ROI for inferior ao WACC, o resultado residual vai ser negativo, porque a
rendibilidade gerada (ou valor criado) não foi suficiente para cobrir a remuneração dos
investidores, tanto alheios como proprietários.
Sendo assim, conhecendo o custo do capital, podem-se tomar as mesmas decisões calculando o
ROI ou o resultado residual (Anthony e Govindarajan, 2001).
Esta comparação entre a rendibilidade criada (ROI) e o custo do financiamento (WACC) está
também associada ao conceito de rendibilidade supranormal referido por Neves (2000b e 2011),
que é a capacidade da empresa para gerar uma rendibilidade na sua actividade superior à
rendibilidade exigida (esperada) pelos investidores, de acordo com o nível de risco em que se
encontra.
Resumindo, ambos os indicadores pretendem levar os gestores a agir de acordo com os interesses
dos proprietários e poderão ser optimizados através das seguintes acções (Anthony e
Govindarajan, 2001): reengenharia de processos, garantindo ganhos de produtividade sem
aumentar o valor dos activos; desinvestimento nos projectos com rendibilidades inferiores ao
custo do seu financiamento; investimento em projectos com rendibilidades superiores ao custo do
seu financiamento; aumentar as vendas, por via de uma maior penetração nos mercados ou pelo
incremento da margem de lucro dos produtos.
Ainda no âmbito da perspectiva da criação de valor, a empresa Boston Consulting Group propõe
como alternativa ao EVA o Cash Value Added (CVA), que substitui os resultados operacionais
líquidos de impostos, pelos meios libertos brutos (MLB) igualmente corrigidos do imposto sobre
o rendimento a pagar (1 – t).
Enquadramento Teórico 65
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Segundo um estudo empírico apresentado por Clinton e Chen (1998), este indicador apresenta
uma maior qualidade do que o ROI ou o EVA, visto que detém uma correlação mais forte com
os preços de cotação das acções. No entanto e como já anteriormente foi evidenciado, o ROI
continua a ser o indicador mais utilizado para medir o desempenho financeiro da actividade de
empresas. Isto sucede, porque é um conceito mais divulgado e por existirem mais dados
disponíveis para comparar com os valores de concorrentes ou do próprio sector (Nilsson, Olve,
2001).
Assim, embora se demonstre matematicamente que tanto o resultado residual como o EVA
favorecem a avaliação da criação de valor, talvez o facto de não se encontrarem tão divulgados,
leva a que os investidores não os tenham tanto em consideração como aos dados extraídos da
contabilidade.
Contudo, diversos investigadores reforçam o papel do resultado residual e do EVA nos planos
de incentivos dos gestores, favorecendo o alinhamento da sua actividade e a criação de valor face
ao custo do capital investido.
De referir que face à estreita relação entre o ROI e os indicadores de criação de valor como o
EVA e à semelhança na leitura dos seus resultados para apoio à tomada de decisão, no presente
estudo iremos utilizar como indicador do desempenho financeiro o conceito de rendibilidade
supranormal anteriormente referido, que conjuga a rendibilidade de cada empresa com a
capacidade de criação de valor relativamente aos restantes competidores do seu sector de
actividade. Deste modo, pretendemos facilitar a operacionalização do estudo através da obtenção
de dados directamente disponíveis nas demonstrações financeiras e evitar a maior subjectividade
inerente à definição do custo de capital de cada empresa, sem perder qualidade na avaliação do
desempenho financeiro. Tal conceito, está detalhadamente explicado no ponto relativo às
variáveis e estatísticas utilizadas na metodologia de investigação.
66 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
A relação entre estratégias e desempenho tem sido, por isso, objecto de atenção na literatura, em
que o objectivo de averiguar as opções que tendem a produzir melhores resultados é amplamente
prosseguido.
Por exemplo, diversificar negócios poderá ter um impacto positivo no desempenho global da
empresa, ou pelo contrário, tende a criar situações de redução nos resultados finais?
Em 1952, Harry Markowitz publicou uma teoria inovadora que veio a ser denominada por teoria
do portfólio e que salientava o papel do risco e a importância da diversificação na tomada de
decisão. Criado para gestão do portfolio de activos financeiros, o modelo de Markowitz foi
adaptado à gestão da carteira de negócios, conjugando o risco de cada um com a rendibilidade
esperada. Deste modo, partindo do princípio que os investidores não têm como objectivo único a
maximização do seu rendimento, mas também levam em conta o risco que correm, eles tendem a
dispersar o seu investimento por diferentes negócios na convicção de que diversificando
conseguiriam reduzir o risco do seu investimento. Tal seria concretizado através de investimentos
em activos que detivessem entre si uma correlação menor ou mesmo negativa (eventuais perdas
em activos seriam compensadas com ganhos noutros activos uma vez que, apresentavam
evoluções opostas). Assim, a diversificação reduzia a variabilidade da rendibilidade esperada.
No entanto, alguns estudos concluem que a diversificação (principalmente a não relacionada) tem
uma correlação negativa com o desempenho (a título de exemplo: Rumelt, 1974 e 1977; Rhoades,
1974; Utton, 1977; Montgomery, 1985; Palepu, 1985; Montgomery e Wernerfelt, 1988;
Lichtenberg, 1992; Lang e Stulz, 1994; Comment e Jarrell, 1995; Shin e Stulz, 1995; Scharfstein,
1997; Rajan et al, 2000; Scharfstein e Stein, 2000; Graham et al, 2002; Lins e Servaes, 2002;
Shoar, 2002; Liebenberg e Sommer, 2008. Uma das explicações desta correlação negativa é
encontrada na teoria da agência, em que o conflito de interesses entre gestores e proprietários,
resultante do acesso a informação privilegiada por parte dos primeiros (Jensen e Meckling, 1976)
Enquadramento Teórico 67
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Em coerência com a teoria da agência, diversos trabalhos evidenciaram que empresas que
efectuavam aquisições com o objectivo de diversificarem a actividade tinham resultados
negativos antes da operação, o que mostrava uma possível tentativa de esconder prejuízos (Lang
et al, 1991; Kaplan e Weisbach, 1992; Lei et al, 1994; Hall, 1995; Matsusaka, 2001; Bowen e
Wiersema, 2005).
68 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Tendo em conta, o grau de integração vertical e o tipo de ligação existente, no que respeita às
técnicas e aos recursos utilizados entre os negócios onde as empresas actuavam, Rumelt (1977)
definiu as categorias de níveis de diversificação de negócios, conforme quadro 3 apresentado na
página seguinte.
No que diz respeito às diferenças de desempenho, Rumelt verificou que, em primeiro lugar as
empresas com melhor performance financeira eram as que actuavam em negócios que
partilhavam os mesmos recursos e competências (categoria 5); em segundo lugar, surgiam as
empresas que actuavam num negócio principal e em negócios que partilhavam os mesmos
recursos e competências (categoria 3) e as empresas que actuavam em negócios que não
partilhavam os mesmos recursos e competências (categoria 6). As empresas com pior
desempenho eram as que actuavam num negócio principal e na sua cadeia de valor (categoria 2) e
as com a actividade concentrada mas que actuavam em negócios não relacionados (categoria 7).
Deste modo, evidenciou que as sinergias de exploração eram bastante importantes, penalizando
em contrapartida, os efeitos decorrentes das estratégias de mono produto / integração vertical
(categoria 2) e de diversificação (categoria 7).
Enquadramento Teórico 69
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
70 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Assim, se a estratégia das empresas passasse pela liderança do mercado, pela diferenciação ou
pelos custos, o nível de integração vertical deveria ser maior, de modo a facilitar o controlo da
actividade e a criação de situações de monopólio. Porém, em indústrias com atractividade incerta,
os gestores deveriam evitar a integração vertical para garantirem maior flexibilidade na eventual
saída do negócio. Isto porque, era bastante superior o risco de não se rentabilizarem os
investimentos.
Para validar empiricamente o modelo desenvolvido, Harrigan (1986) realizou um estudo a 192
empresas de diversas indústrias, conseguindo obter um padrão de comportamento, no que dizia
respeito à estratégia de integração vertical, que diferenciava claramente as melhores e as piores
empresas, ao nível do desempenho:
Enquadramento Teórico 71
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
mercado fragmentado. Assim, conseguia reflectir as eficiências operacionais nos preços finais
a jusante (tal também foi confirmado por Chatterjee, 1991);
− O grau de integração vertical das melhores empresas estava correlacionado com as taxas de
crescimento elevadas da indústria e a menor rivalidade competitiva, que se reflectiam em
menor incerteza relativamente ao futuro;
− Quanto maior fosse o poder de negociação de clientes ou fornecedores, mais as empresas com
melhor desempenho optavam pela internalização da actividade, a fim de garantirem a
qualidade desejada do produto final (no caso dos clientes) e preços de matérias-primas mais
baixos (no caso dos fornecedores).
D’Aveni e Ravenscraft (1994) referiram que o sucesso da estratégia de integração vertical estava
bastante relacionado com a capacidade de diminuição dos custos de exploração, como forma de
as empresas criarem situações de clara vantagem competitiva através da liderança de custos.
Vial (2007), verificou também que o sucesso da estratégia de integração vertical assumida pelas
empresas estava correlacionado com a capacidade de produção utilizada, com o domínio do
know-how e similaridade de competências de cada etapa da cadeia de valor e com os níveis
inferiores de incerteza relativamente à procura por parte dos consumidores.
Em consonância, Markides e Williamson (1994 e 1996), Argyres (1996), Church e Gandal (2000)
e Leiblein e Miller (2003), evidenciaram a forte relação positiva entre a integração vertical e a
especificidade do know-how e dos activos que as empresas pretendiam controlar, a fim de
construírem posições de monopólio. Para além disso, quanto maior fosse a incerteza e o risco,
menos os gestores apostavam na estratégia de integração vertical.
72 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Nesse sentido, Harrigan (1980b e 1985b) mostrou empiricamente que, de facto, a integração
vertical, tanto a montante como a jusante, dificultava a saída dos negócios, afectando
negativamente o desempenho das empresas que pretendiam abandonar indústrias em declínio.
Esta situação, era mais visível quanto maior fosse o número de actividades internalizadas, a
especificidade dos activos, a inutilização da capacidade produtiva instalada e o montante de
capitais próprios investidos. Porém, Harrigan observou que as sinergias (partilha de recursos)
entre empresas do mesmo grupo, favoreciam as transferências de activos e de pessoas e
diminuíam as barreiras de saída.
Contudo, o contexto empresarial transformou-se ao longo dos últimos anos, fruto das inovações
tecnológicas, da competitividade à escala global, da maior complexidade dos produtos
oferecidos, da maior regulamentação e pressão social. Assim, as empresas são obrigadas a
adaptarem-se constantemente às condições do meio para garantirem a criação de valor ao longo
do tempo.
Por isso, não é de estranhar que diversos estudos evidenciem substanciais transformações na
forma de implementação da estratégia de integração vertical (Chandler, 1990; Stuckey e White,
1993; Klein e Murphy, 1997; Mpoyi, 1997 e 2000; Leiblein et al, 2002; Argyres e Bigelow,
2007).
Barreyre (1988) chama a atenção para a importância cada vez maior da quase – integração
através de contratos de cooperação que permitam a expansão do negócio e, em simultâneo, uma
maior partilha do risco e maior flexibilidade na eventual saída. Dá como exemplos, os contratos
franchisings e a constituição de joint-ventures para a conquista de novos mercados internacionais.
Nesse sentido, Klein et al (1978) salientaram que a quase – integração deveria ser protegida com
contratos que não permitissem comportamentos oportunistas e o incumprimento dos acordos
firmados.
Enquadramento Teórico 73
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Mpoyi e Bullington (2004) comprovaram que as empresas industriais americanas com maior
capacidade de ajustamento do seu grau de integração vertical, foram as que melhor desempenho
tiveram entre 1980 e 1997.
Outro tema bastante estudado pela diversa bibliografia, é o impacto no desempenho financeiro do
âmbito de actuação ao nível dos segmentos de produtos e mercados disponíveis na indústria.
Vários investigadores (por exemplo, Parnell e Wright, 1993; Ramaswami et al, 1993; Sriram e
Anikeeff, 2001; Gibbons e O’Connor, 2005), relacionaram as estratégias definidas por Miles e
Snow (1978) com o desempenho. Evidenciaram que as empresas denominadas de prospectores,
pelo foco na liderança tecnológica, são as que através de inovações sucessivas conseguem
diversificar mais a sua actividade tanto ao nível de produtos como de mercados. Por isso, são
também as que apresentam maiores taxas de crescimento. Já as empresas designadas por
analistas, tendem a seguir as estratégias dos prospectores, aumentando a gama de produtos com
base nos exemplos de maior sucesso e diversificando para mercados que se mostrem mais
74 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Outros estudos (Zott e Amit, 2008; Vorhies e Morgan, 2009), salientam a necessidade de
alinhamento ao longo do tempo entre a estratégia de produtos – mercados, os modelos de
negócios e os recursos das empresas, para se garantir o sucesso.
Esta teoria, parte do pressuposto, que as empresas quando competem simultaneamente em vários
mercados, evitam as acções de confronto num determinado segmento, com receio das reacções
dos concorrentes noutros segmentos onde actuam mutuamente. Deste modo, o nível de rivalidade
tende a diminuir, favorecendo a cooperação, a partilha de conhecimento e o desempenho dos
diversos competidores.
Enquadramento Teórico 75
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
No entanto, vários estudos realizados durante os últimos 30 anos (por exemplo, Dess e Davis,
1984; Karnani, 1984; Miller e Friesen, 1986 e 1986a; Wright, 1987; Wright et al, 1991; Miller,
1992; Miller e Dess, 1993; Wagner e Digman, 1997; Yasmin et al, 1999; Kim et al, 2004)
comprovaram que as melhores empresas, em diversos sectores de actividade, eram aquelas que
conseguiam dominar competências que lhes permitiam criar vantagens competitivas sustentáveis
em simultâneo, na diferenciação e na liderança de custos. Inclusivamente, Karnani (1984),
demonstra matematicamente, que uma empresa que aposte na estratégia de diferenciação e
progressivamente ganhe quota de mercado, consegue obter, através do efeito das economias de
escala, vantagens competitivas na liderança de custos, comprovando que as estratégias genéricas
poderão perfeitamente coexistir na mesma empresa.
Estratégia de
Diferenciação
Estratégia de
Liderança de Custos
76 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Todavia, as vantagens competitivas estabelecidas deverão ser sustentáveis. Neste sentido, Kaplan
e Norton (2004), referem que tal dependerá:
Contudo, grande parte dos estudos que evidenciaram uma relação positiva entre a
internacionalização e o desempenho verificaram, também, que o sucesso desta estratégia estava
claramente dependente do domínio de competências únicas em áreas como a inovação do produto
ou de tecnologias de produção, reputação da empresa, a experiência dos gestores na
internacionalização, a facilidade de disseminação do know-how acumulado para as subsidiárias, a
Enquadramento Teórico 77
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Contudo, diversos autores observaram que a internacionalização era benéfica para o desempenho
apenas até determinado nível, porque o grau de complexidade da gestão e os custos associados a
uma organização com uma amplitude de operações vasta diminuíam progressivamente a
rendibilidade das empresas (Rumelt, 1974; Daniels e Bracker, 1989; Geringer, et al, 1989;
Sullivan, 1994; Hitt et al, 1994; Ramaswamy, 1995; Al-Obaidan e Scully, 1995; Belkaoui, 1998;
Gomes e Ramaswamy, 1999; Hsu e Boggs, 2003; Martin e Papadopoulos, 2006; Kumar e Singh,
2008; Lavie e Miller, 2008; Cadogan et al, 2009).
Para além disso, há também um número considerável de trabalhos que chama a atenção para a
importância das características do país de origem da empresa para o sucesso financeiro da
estratégia de internacionalização. De facto, estes trabalhos evidenciam que os países com maior
tradição de internacionalização e com mais recursos disponíveis nas áreas do conhecimento
tecnológico e da inovação, favorecem a internacionalização com sucesso das suas empresas (Wan
e Hoskisson, 2001e 2003; Wan, 2005; Elango e Sethi, 2007).
Pode-se, assim, concluir que a estratégia de internacionalização poderá ter também um papel
bastante importante no sucesso empresarial, devendo, para tal, estar devidamente enquadrada
com a estratégia global, com as competências dominadas e as vantagens competitivas criadas.
Assim, torna-se importante que a decisão de internacionalização seja prudentemente suportada
numa análise pormenorizada da atractividade dos mercados e da capacidade concorrencial em
cada país.
78 Enquadramento Teórico
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
2.1 INTRODUÇÃO
Uma análise sectorial exige em primeiro lugar uma delimitação do âmbito em que se pretende
trabalhar. Considerando o facto de o sector das tecnologias de informação apresentar uma forte
diversidade de oferta, de tipos de concorrentes e uma cada vez maior integração entre as
tecnologias de comunicação e informação, a discussão sobre as fronteiras a utilizar é
particularmente relevante.
Assim, este capítulo começará pela definição do âmbito do sector e tipologia da oferta e, de
seguida, analisar-se-á a situação tanto a nível mundial como nacional, de forma a permitir
compreender o ambiente competitivo. Em particular, procura-se um maior desenvolvimento na
análise ao nível do sector nacional, tipificando a atractividade do sector mostrando como as
condições competitivas se podem fazer sentir no desempenho das empresas portuguesas.
Finalmente, com suporte nas sugestões integradas em diversos estudos e análises sectoriais,
apresentam-se as principais tendências, desafios e as variáveis de gestão que têm de ser bem
executadas para garantir um bom desempenho no sector.
De salientar, que para a elaboração deste capítulo, foi utilizada bibliografia, estudos e estatísticas
oficiais específicas do sector, bem como entrevistas a decisores de empresas nacionais.
Por último, refere-se que a caracterização do sector, a partir da qual se pretendia suportar todo o
trabalho posterior de investigação, foi elaborada com dados disponíveis em 2007 e 2008,
complementados com alguma informação mais actualizada quando possível.
O sector das tecnologias de informação, apresenta uma grande diversidade, quer na panóplia de
produtos que constituem a oferta, quer na tipologia de clientes que serve. Por isso, é frequente a
não estabilização e as imprecisões nos conceitos quando se comparam diferentes estudos
empíricos ou publicações estatísticas.
O Instituto para a Qualidade na Formação (IQF, 2005; 12) considera que o sector das tecnologias
de informação “Compreende as actividades de gestão, produção e processamento de bases de
dados, incluindo o desenvolvimento de aplicações informáticas associadas ao processamento
dessa informação, assim como as actividades de consultoria conexas à sua implementação e
utilização. Integra ainda o conjunto de actividades que procede à digitalização de informação,
qualquer que seja o seu suporte actual e a linguagem utilizada – som, texto, imagem ou vídeo”.
Para além das definições referidas, há também a destacar que os diversos estudos realizados pelo
International Data Corporation (IDC, 2006), empresa líder mundial na área de market
intelligence para os mercados de tecnologias de informação, incluem sempre a análise dos
negócios hardware, software e diferentes serviços associados.
Ao observar-se as definições acima descritas, verifica-se que a primeira tem como referência a
tipologia de produtos e serviços e as restantes o âmbito das actividades desenvolvidas.
Nos termos da revisão 2.1. da Classificação das Actividades Económicas (CAE), utilizada pelo
Instituto Nacional de Estatística (INE) o âmbito do sector está definido nas seguintes
classificações:
De referir que, em muitos casos, empresas que se dedicam às actividades no âmbito do sector das
tecnologias de informação se encontram classificadas em códigos diferentes, bem como empresas
com o código de tecnologias de informação não exercem tal actividade, devendo-se
possivelmente nalguns casos, à reconversão da actividade, mas sobretudo, à juventude deste
sector que só recentemente obteve códigos específicos de identificação. Por exemplo, a subclasse
51.840 - Comércio por grosso de computadores, periféricos e programas informáticos, apenas
surgiu na revisão 2.1. da classificação das actividades empresariais (decreto-lei nº197/2003 de 27
de Agosto).
A oferta do sector das tecnologias de informação, pode ser caracterizada tendo em conta as
seguintes perspectivas:
A caracterização da oferta com base nos tipos de negócio do sector é geralmente utilizada por
diversas entidades especializadas do sector, designadamente o IDC (a revista Semana
Informática, por exemplo, segue este mesmo princípio, conforme apresentado no Anexo D).
Nesta perspectiva, contempla:
Todavia, dada a complementaridade que existe entre os três negócios que constituem o sector
(hardware, software e serviços), parte das empresas apresenta uma oferta baseada em soluções
integradas, que incluem equipamentos, softwares, redes e serviços das mais diversas naturezas.
Assim, tendo em consideração o tipo de soluções integradas definido pelo IDC (2007), a oferta
do sector poderá também ser caracterizada de várias formas (conforme apresentado no Anexo D),
que incluem, entre outras designações, Business Performance Management & Business
Intelligence, Contact Centers, System and Network Management, Customer Relationship
Manangement, Enterprise Resources Planning, Wireless & Mobile, etc.
Considerando a terceira perspectiva, num estudo desenvolvido para a Associação Nacional das
Empresas das Tecnologias de Informação e Electrónica - ANETIE (Católica, 2001), a oferta do
sector das tecnologias de informação, foi segmentada considerando o seu impacto na cadeia de
valor das organizações, (Anexo D), e cuja representação é apresentada através da figura seguinte:
Pode-se, assim, concluir que os produtos e serviços oferecidos pelo sector das tecnologias de
informação, independentemente da sua caracterização em função do tipo de negócios, soluções
integradas ou impacto na cadeia de valor das organizações, abrangem uma oferta variada que tem
um âmbito vasto de aplicação, desde o auxílio na tomada de decisões de âmbito estratégico até à
simples utilização como ferramenta operacional, passando por soluções que pretendem obter uma
maior integração com os principais parceiros do negócio (Alajaasko, 2006a).
Tendo presente que o objecto do estudo é o desempenho financeiro do sector das tecnologias de
informação e não o impacto da sua oferta nas empresas utilizadoras, ir-se-á utilizar nos trabalhos
empíricos as tipificações da oferta em função do tipo de negócios e as soluções integradas de
produtos e serviços.
Contudo, segundo a mesma fonte EITO (2008), a importância dos denominados BRIC (Brasil,
Rússia, Índia e China), com taxas de crescimento económico acima dos 20%, afiguram-se
mercados bastante atractivos. Para além destes, também os novos membros da União Europeia
apresentavam fortes necessidades na área das tecnologias de informação para acompanhar o seu
desenvolvimento económico
Numa perspectiva mais global, em 2007, eram apontadas, para o sector das tecnologias de
informação, as seguintes taxas de crescimento para o triénio de 2006 a 2008 (EITO, 2007):
Apesar de não se verificar uma tendência de crescimento, mas antes uma certa estabilidade ou
ligeiro decréscimo, as taxas de crescimento então esperadas ainda se apresentavam significativas
face à realidade da maioria dos sectores de actividade.
Ainda segundo os dados do EITO (2007) relativos à procura mundial por sectores de actividade,
pode-se referir que os clientes das tecnologias de informação onde nesta altura se registou um
maior ritmo de crescimento se enquadravam em utilities (água, gás e electricidade), instituições
financeiras, transportes, comércio a retalho e telecomunicações. No entanto, os sectores de
actividade com maior peso na procura de tecnologias de informação eram as instituições
financeiras que representam cerca de 29% do total do mercado, a indústria (19%), as
telecomunicações (11%), a administração pública (9%) e os serviços (8%).
softwares e dos serviços, conforme representado na figura seguinte, relativamente aos anos de
2006 a 2008.
5%
4%
2,80%
3%
2% 1,40%
1%
0%
-1% 2006 2007 2008
-1%
-2%
Considerando o período de 1998 a 2004, a nível europeu, o sector das tecnologias de informação
registou taxas de crescimento bastante acima dos outros sectores de actividade.
A título de exemplo, o seu volume de negócios cresceu 61%, enquanto a taxa de crescimento da
indústria transformadora durante o mesmo período foi de 19% (Alajaasko, 2006b). No gráfico 4
apresentam-se os índices de crescimento ressaltando as elevadas taxas entre 1998 e 2001, em que
o sector cresceu quase 50%. Porém, de 2001 a 2002, fruto da crise económica que se sentiu em
todo o globo, a taxa de crescimento rondou os 0,4%. Nos anos seguintes, o sector recuperou e a
taxa de crescimento foi de 4,2%. Comparativamente à média de crescimento das economias
europeias de 1,5%, verifica-se que os valores de crescimento do sector foram bastante
significativos (Alajaasko, 2006b).
Gráfico 5: Vendas do sector europeu das tecnologias de informação por negócio em 2005
36%
44% Hardwares
Softwares
Serv iços
20%
Gráfico 6: Vendas do sector europeu das tecnologias de informação por tipo de cliente em 2005
EE – Estónia
EL – Grécia
ES – Espanha
LV – Letónia
PL – Polónia
SI – Eslovénia
SE – Suécia
UK – Reino Unido
RO – Roménia
De referir, também, as expectativas das empresas europeias face à contratação futura de serviços,
em que se verificava que a maioria das entidades que responderam ao inquérito do Eurostat
(Alajaasko, 2006a), previa um aumento elevado da procura de variados serviços externos,
destacando-se o sector das tecnologias de informação como sendo o que se perspectivava ter o
maior crescimento (gráfico 7).
Ainda segundo Alajaasko (2006a), a constante insegurança e o elevado risco associado aos
negócios, sobretudo nos momentos de grande incerteza económica onde as mudanças ocorrem de
forma muita rápida, proporcionam um ambiente favorável ao desenvolvimento do sector das
tecnologias de informação atendendo à maior disponibilidade dos clientes para investirem na
redução da incerteza e para explorarem oportunidades emergentes em novos mercados.
De acordo com o Eurostat (2006), e com base nos dados do final de exercício de 2005, as maiores
empresas mundiais do sector, ordenadas segundo o volume de negócios na área de tecnologias de
informação, eram as seguintes (quadro 4).
Constata-se, assim, que as sete primeiras empresas são americanas. Ainda segundo o EITO
(2007), as empresas com origem na Europa Ocidental e no Japão apenas são responsáveis por um
terço da oferta mundial.
Tal situação, segundo este observatório, deve-se em grande medida, ao facto de ser nos EUA que
se dão as maiores inovações nas doutrinas de gestão e nas tecnologias, sendo por isso um
mercado muito atractivo e agressivo. Assim, as empresas locais adquirem um know-how único
que lhes permite internacionalizarem-se com grande facilidade.
Todavia, segundo o EITO (2007), era previsto que a oferta se expandiria para os mercados
emergentes da América do Sul e da Ásia / Pacífico em virtude de que os grandes players do
sector poderiam por em prática o conhecimento adquirido em projectos anteriores nas
organizações desses países, beneficiando do crescimento económico e da liberalização de
sectores até agora excessivamente protegidos.
Na Europa, o sector das tecnologias de informação, já possuía em 2005 um VAB de 150 biliões
de euros e empregava 2,5 milhões de pessoas. Estes valores, significam 3,1% e 2,1%
Tendo como referência o peso do valor acrescentado bruto e o volume de emprego criado pelo
sector das tecnologias de informação, relativamente aos totais nacionais, verificava-se que o
Reino Unido, a Suécia, a Irlanda e a Finlândia apresentavam valores de VAB superiores a 3%,
enquanto os países Bálticos, Chipre, Polónia, Bulgária e Portugal apresentavam os índices mais
baixos de VAB e número de pessoas empregadas, provavelmente pela sua actividade ter um
maior peso na comercialização.
Gráfico 8: Peso do sector das tecnologias de informação nas economias europeias em 2005
No entanto, se se analisar os competidores pela sua quota no mercado europeu, verifica-se que
para além do Reino Unido e da Suécia, há outros países que se destacam pela dimensão dos seus
sectores nacionais das tecnologias de informação, designadamente, a Alemanha, França e Itália,
observando-se que os 7 principais países representavam 86% do volume total de negócios.
Segundo Alajaasko (2006b), relativamente à dimensão das empresas, verifica-se que as PME’s
(empresas com menos de 250 colaboradores) têm uma importância vital no sector europeu. A
título de exemplo, apresenta-se a oferta de tecnologias de informação considerando a dimensão
das empresas de 9 países europeus em 2005, constatando-se que em 6 desses países o seu peso
variava entre os 77% e os 100%. Já em economias de maior dimensão, como o Reino Unido e a
Espanha, o peso das PME’s não era tão acentuado.
EE – Estónia
EL – Grécia
ES – Espanha
LV – Letónia
PL – Polónia
SI – Eslovénia
SE – Suécia
UK – Reino Unido
RO – Roménia
De referir, ainda, o papel preponderante que as tecnologias irão ter nos processos de trabalho do
sector e na diferenciação junto do mercado e que conduzirão, certamente, a um ajustamento da
oferta, conforme a seguir descrito.
Cada vez mais, o cliente irá pretender soluções à medida das suas necessidades, o que
obviamente, altera o modo das empresas actuarem. A internet representa uma porta para
mercados antes inacessíveis, bem como um veículo para estreitar cada vez mais as relações
cliente - fornecedor. Através da denominada rede, o contacto é muito intenso facilitando a
comunicação e a velocidade nas trocas comerciais.
Por outro lado, o cliente torna-se participante em todo o processo operacional, desde a fase da
concepção à entrega do serviço final, podendo inserir novos inputs em qualquer momento
(Eiglier, Langeard, 1999). Assim, há uma verdadeira relação de parceria e uma maior partilha do
risco. Este, irá ser, sem dúvida, o caminho a seguir pelas empresas que aspirem ao sucesso no
futuro próximo. A este propósito, a Comissão Europeia no seu relatório de 2006 denominado
“Information Society Benchmarking Report” vem chamar a atenção para as inúmeras
oportunidades associadas ao desenvolvimento da internet no mercado europeu:
− E-business: a automatização dos processos de negócio (utilização de ERP, SCM e CRM) tem
sofrido também uma evolução positiva ao longo dos anos. A utlização destes sistemas de
informação está resumida no gráfico seguinte:
Os sectores de actividade com maiores investimentos nesta área das tecnologias de informação
são: a aeronáutica, a construção automóvel, os serviços de tecnologias de informação e a
industria farmacêutica. Em sentido contrário, os sectores de actividade com menores índices de
crescimento são, os têxteis, a construção civil e a indústria alimentar;
A par da internet, a verdadeira revolução que se está a dar nas tecnologias de mobilidade e de
comunicações de voz, dados e imagem, irá também criar inúmeras oportunidades ao sector. De
facto, estas novas tecnologias, permitem-nos comunicar em qualquer momento e de qualquer
lado, a custos cada vez mais baixos, eliminando as restrições de tempo e de distância. Por isso, a
convergência entre as tecnologias de informação e de comunicação está a gerar uma inovação
permanente, com um enorme impacto no meio empresarial, seja através de uma maior capacidade
de gestão dos recursos, de monitorização dos actores do negócio e consequentemente, de uma
maior capacidade de decisão, seja através do redimensionamento das empresas a uma escala
global (Comissão Europeia, 2006).
Com um volume de negócios de 9.617,050 milhões de euros, estas empresas eram responsáveis
por um VAB de 3.011,478 milhões de euros e pelo emprego de 50.527 pessoas, o que
representava cerca de 1% do PIB e 0,6% do emprego nacional.
Também de acordo com a base de dados do SABI (2006), as empresas do sector encontram-se
localizadas nos principais centros urbanos nacionais, destacando-se as regiões de Lisboa, Porto,
Setúbal e Braga que, no seu conjunto, representam cerca de 80% da amostra, podendo-se
considerar várias razões para o efeito:
- Ficam mais próximas dos grandes clientes, tornando-se mais fácil monitorizar potenciais
oportunidades e acompanhar os projectos em execução;
Contudo, esta estrutura empresarial comporta empresas com poder de mercado muito diverso. Se
considerarmos as 100 maiores empresas, que representam apenas 1,62% do total, verificamos que
elas eram responsáveis em 2006 por cerca de 44% do volume de negócios e cerca de 1/3 do
emprego do sector (quadro 8).
Quadro 8: Importância relativa das 100 maiores empresas no sector das tecnologias de
informação
Rubricas 2006
Volume de Negócios (mil euros) 44,06%
Nº pessoas 32,97%
VAB (mil euros) 66,84%
Segundo o IQF (2005) tem-se registado gradualmente uma concentração de parte do sector
devido fundamentalmente ao facto das filiais das multinacionais estrangeiras e das grandes
empresas portuguesas, apresentarem como uma das suas opções estratégicas principais, a
aquisição de outros players de menor dimensão com competências específicas, podendo-se já
referir a existência de grupos económicos nacionais, como são os casos da Novabase e da
Pararede que, através da aquisição de empresas, pretendem garantir o controlo da cadeia de valor
do negócio (aumento do nível de integração vertical) e, em simultâneo, aceder aos diversos
segmentos de mercado e interligar os vários domínios tecnológicos (integração horizontal).
Para ilustrar a situação acima descrita, Sousa (2006) apresenta distribuição das quotas de
mercados para as 100 maiores empresas nacionais, no exercício de 2005:
- As 10 maiores empresas (HP, IBM, CPCDI, Siemens IC, Novabase, Edinfor, DLI, Ericsson,
Alcatel e Microsoft) representavam cerca de 52% do volume de negócios;
- As 47 empresas de menor dimensão que constam na listagem das 100 maiores, representam
10% do volume de negócios.
100,00%
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
Quota de
mercado 50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Verifica-se, deste modo, que mesmo dentro das 100 maiores, a distribuição de quotas de mercado
não é equitativa, destacando-se as 10 maiores com mais de metade do peso do grupo considerado.
Tal aumento dos níveis de concentração, tem contribuído para uma melhor resposta à inovação
constante - com consequente redução do ciclo de vida - e à convergência tecnológica entre
diferentes produtos e serviços, o que proporciona a oportunidade para abrangerem mais mercados
e deterem uma oferta mais completa. Nesta sequência de ideias, conseguem uma maior
diversificação do risco do negócio e obtêm uma margem superior através da integração dos
serviços na oferta apresentada, garantindo igualmente, uma maior probabilidade de conquista e
retenção de clientes. Assim, pode-se considerar que ao nível dos grandes players do sector, a
rivalidade tenderá a ser mais intensa na luta pelos clientes de maior dimensão e com projectos de
maior complexidade, de forma a optimizarem a capacidade de utilização dos seus recursos.
Contudo, apesar de se ter constatado um aumento dos níveis de concentração, face ao número de
empresas existentes, o sector das tecnologias de informação não deixa de ser caracterizado como
uma indústria fragmentada, onde actuam uma grande diversidade de empresas com
multiplicidade de fontes de vantagens competitivas, não sendo por isso a concentração, um factor
gerador de rivalidade nos players de menor dimensão.
A intensidade da rivalidade no sector não provém apenas da quantidade e dimensão das empresas
presentes. Num sector com elevada diversidade interna, a forma como elas se enquadram nos
vários tipos de oferta também influencia o jogo concorrencial.
31%
Hardware
Software
55% Serviços
14%
Para além disso, os serviços apareciam em 2º lugar com 31% do total, muito à conta dos serviços
de consultoria, implementação e integração de sistemas e de gestão de operações. Obviamente
que o desenvolvimento dos sistemas integrados de gestão com base nas potencialidades das redes
(internet e intranet) potenciou as taxas de crescimento deste negócio e veio abrir boas
oportunidades no estabelecimento de relações de parceria duradouras entre fornecedores –
clientes.
O peso relativamente pequeno do software, era atribuível à estagnação da economia nacional que
fez com que as empresas adiassem os investimentos a realizar nesta área.
Particularmente importante para a intensidade concorrencial é também a forma como o sector tem
evoluído e como se prevê evoluir.
Nos últimos anos de 1990 e primeiros anos da década de 2000, o sector das tecnologias de
informação apresentava-se particularmente dinâmico com taxas anuais de crescimento
significativas, em média superior a 10% (IDC, 2005). Apenas entre 2002 e 2004, o crescimento
não foi positivo, como resultado da crise generalizada que se sentiu a nível mundial.
Tendo como referência a evolução do PIB nacional (INE, 2006) entre 2000 e 2005, com
excepção dos anos mais críticos 2002-2004, essa evolução positiva contrastou com a situação
pouco dinâmica da economia no seu conjunto em que a taxa de crescimento passou de 3,9% para
0,3%,
Este dinamismo, numa altura em que se reconhecia a importância das tecnologias de informação
para o desenvolvimento empresarial, era alimentado também pela iniciativa governamental do
plano tecnológico e do programa de simplificação e desburocratização dos procedimentos
administrativos – Simplex (Sargento, 2006), que auguravam fortes investimentos públicos e
privados, nomeadamente no que se referia às PME e sector financeiro (IDC, 2005).
Um estudo mais recente do IDC (2009) referia que o sector nacional das tecnologias de
Informação deveria criar em Portugal 7.500 novos empregos e 400 novas empresas até 2013,
continuando a crescer em média a 2,8% ao ano, apresentando uma evolução inversa à economia
portuguesa. Contudo, dado o clima de recessão previsível para os próximos anos, uma moderação
nestas expectativas futuras é não só admissível como provável.
Um outro factor que poderá contribuir para o grau de rivalidade no sector será o nível de custos
fixos de exploração, pois quanto maiores são os custos fixos, maior o risco operacional,
obrigando as empresas a garantirem um volume de trabalho superior para, no mínimo, atingirem
o ponto crítico da actividade.
O aumento verificado, tanto no VAB como nos custos com pessoal, deve-se provavelmente ao
desenvolvimento cada vez maior de marcas e produtos próprios por parte das empresas nacionais,
bem como à incorporação dos serviços de consultoria, de integração, de assistência e de
manutenção nas cadeias de valor dos negócios dos players mais competitivos. Segundo Meneses
(2003), a oferta nacional caracteriza-se cada vez mais por apresentar soluções desenvolvidas à
medida dos clientes servidos do que pela simples comercialização de hardware e de software, o
que exige, naturalmente, uma maior utilização de recursos humanos qualificados.
Pode-se, portanto, concluir que os custos fixos de exploração no sector são relativamente
elevados e tendem a crescer, o que contribui fortemente para o grau de rivalidade do sector.
A evolução deste sector está também relacionada com os índices de crescimento económico dos
países e, por isso, a sobrecapacidade poderá afectar a rivalidade. Assim, períodos de menor
crescimento ou de recessão, poderão ter um impacto elevado no desempenho das empresas de
tecnologias de informação, pois os investimentos nestas áreas não representam, normalmente,
despesas da actividade corrente dos outros sectores de actividade. Apesar de se esperar que os
próximos anos não sejam de grande prosperidade, no entanto, admite-se que exista algum
crescimento, tal como anteriormente referido, inclusivamente, por via da internacionalização.
Neste sentido, é de referir o aumento assinalável de exportações, tanto em quantidade como em
qualidade (as exportações de alta intensidade tecnológica triplicaram desde 1989, representando
em 2007, 12,5% do total de vendas de produtos transformados ao exterior) e a existência de casos
de sucesso muito interessantes de empresas nacionais, que actualmente são uma referência
mundial nos seus segmentos (Caçador, 2007). Por exemplo, a Altitude Software é líder no
segmento de call centers e a Critical Software teve a capacidade de entrar na NASA e na ENA
como fornecedor de sistemas críticos (Sousa, 2005).
Para além disso, há a salientar que os mercados preferenciais de internacionalização dos players
nacionais têm sido os PALOP’S (Brasil, Angola e Moçambique), colocando em prática o know-
how acumulado nos projectos executados em Portugal (Caçador, 2007).
Tendo em conta as perspectivas de algum crescimento, mesmo que pouco significativo e que, na
generalidade do sector, os investimentos são graduais (conforme se pode verificar no Anexo E - o
valor dos imobilizados mantém uma estrutura idêntica ao longo dos anos), pode-se concluir que o
efeito da sobrecapacidade terá pouco impacto na rivalidade entre as empresas.
Uma forma de aliviar a pressão concorrencial é através da diferenciação dos produtos. Neste
sector, as empresas podem ser caracterizadas, de uma forma geral, segundo a seguinte tipificação
(Meneses, 2003):
- Empresas que produzem software e soluções integradas2, onde se incluem as empresas com
maior capacidade de concepção de software e de soluções integradas à medida das
necessidades de cada cliente, que englobam equipamentos, softwares, redes e serviços das
mais diversas naturezas.
Em relação às primeiras a diferenciação somente poderá ser efectivada através dos serviços de
assistência técnica, tempos de resposta e capacidade de resolução de problemas (Meneses, 2003).
2
Em Portugal, não existem empresas produtoras de hardware para além de assemblers (integradores de componentes
electrónicos produzidos por outras empresas)
- E-business: integração dos processos de trabalho internos, bem como dos diversos
intervenientes da actividade a montante e a jusante, racionalizando os custos operacionais e,
em simultâneo, facilitando o conhecimento do mercado e a optimização da oferta através da
participação directa de clientes e fornecedores durante todo o processo de desenvolvimento e
entrega dos produtos;
Por outro lado, a deslocalização das indústrias de componentes electrónicos para hardware e de
desenvolvimento de software para a Ásia diminuiu drasticamente os preços destes produtos.
Assim, ao nível da simples comercialização de software e de hardware, os players portugueses
têm que ser capazes de incorporarem progressivamente outras áreas de negócio na sua actividade,
como forma de compensarem o esmagamento das suas margens comerciais (Meneses, 2003).
Assim, enquanto nas empresas com maior capacidade de produção a competição é atenuada pelas
múltiplas fontes de diferenciação, na comercialização de hardware e de software e na prestação
de serviços mais padronizados, a rivalidade tende a ser superior, porque a concorrência é feita
sobretudo através da eficiência e das guerras de preços.
Outros dois factores que podem afectar a atractividade de um sector de actividade são a eventual
exigência de investimentos avultados irreversíveis que obrigam a maiores retornos ao longo do
tempo e as barreiras à saída derivadas da especificidade dos activos, o que dificulta o abandono
do negócio, mesmo que a rendibilidade seja negativa, tendendo, assim, as empresas a manterem a
sua actividade e, consequentemente, a incrementarem a rivalidade.
Para além dos aspectos emocionais (lealdade aos colaboradores) e de eventuais indemnizações de
despedimentos, não serão os tipos de investimentos referidos que dificultam a saída do negócio.
Aliás, é frequente a integração de PME’s na estrutura de outras empresas maiores,
complementando a oferta destas (IQF, 2005), pelo que os factores correspondentes a
investimentos irreversíveis e a barreiras à saída pouco impacto têm na rivalidade.
No sector das tecnologias de informação, as necessidades de fundo maneio têm um peso razoável
face ao total dos activos, conforme se pode verificar no Anexo E. Nas empresas com maior foco
comercial, representam em média cerca de 30% dos investimentos realizados na actividade,
enquanto nas empresas com maior foco na prestação de serviços perfazem 15% respectivamente.
Se se integrar esta análise com os resultados anuais gerados, verifica-se que os excedentes criados
anualmente com o negócio não são suficientes para cobrir as necessidades de fundo de maneio.
Nas empresas comerciais, tendo por exemplo o ano de 2005 como referência, verifica-se que os
resultados operacionais representam cerca de 25% das necessidades de fundo de maneio,
enquanto que nas empresas prestadoras de serviços tal rácio é de cerca de 43%. Assim, considera-
se que esta situação é uma condicionante para o desenvolvimento dos negócios, sobretudo nas
empresas de maior cariz comercial e, simultaneamente, que dificulta a existência de guerras de
preços que aumentem a rivalidade na indústria.
Outra restrição forte do sector diz respeito aos fornecedores de meios financeiros, uma vez que
impõem condições ao nível dos montantes, custos e maturidade da dívida a contratar,
relativamente aos financiamentos necessários para sustentar o ritmo de crescimento das empresas
portuguesas, sobretudo nas de pequena dimensão, que representam mais de 90% do mercado
nacional das tecnologias de informação. A título de exemplo, Teixeira (2008b) mostrou que o
financiamento de curto prazo das empresas de tecnologias de informação representava mais de
60% da estrutura de capitais, o que evidencia os constrangimentos colocados pelas instituições
financeiras e que afectam a tesouraria e o desenvolvimento normal da actividade.
A este respeito, por exemplo, Árias et al (2000) verificaram num estudo empírico, que empresas
com maior nível de inovação e de investigação e desenvolvimento, apresentavam pay-backs mais
longos, aumentando o risco do negócio e diminuindo a capacidade de endividamento.
Já o IAPMEI (2006a) chama a atenção para algumas características específicas das PME’s que
lhes diminuem as possibilidades para acederem a financiamentos estratégicos de médio e longo
prazo: volatilidade superior de rendibilidade, divulgação de informações financeiras menos
fidedignas e menor notoriedade junto das instituições financeiras.
Pode-se, assim, concluir que, em termos globais, os principais fornecedores têm algum poder
negocial. No que respeita aos produtos de âmbito tecnológico, impõem condições de pagamento
muito restritivas. No caso específico dos recursos humanos, em virtude da escassez de pessoal
qualificado, exigem melhores condições remuneratórias. Relativamente aos fornecedores de
meios financeiros, impõem condições ao nível dos montantes, custos e maturidade da dívida a
contratar dos financiamentos necessários para o desenvolvimento da actividade.
Os tipos de clientes utilizadores das tecnologias de informação, são bastante heterogéneos no que
diz respeito ao sector de actividade a que pertencem. No quadro seguinte (Marçalo, 2007) é
apresentada a estrutura existente em 2006, constatando-se que os sectores que têm maior
importância a nível nacional são banca e seguradoras, grandes indústrias de manufactura,
telecomunicações, comércio e administração pública.
Total 100%
No que respeita à decisão de compra o factor mais valorizado pelos clientes, refere-se à
competitividade dos preços apresentada pelos diferentes fornecedores. No caso das empresas de
desenvolvimento de software e de soluções integradas (que incluem equipamentos, softwares,
redes e serviços das mais diversas naturezas) para além do preço, são também valorizadas a
qualidade do produto e a capacidade de concepção da empresa, desde a fase do diagnóstico até à
implementação e manutenção dos sistemas (Sousa, 2006).
Efectivamente, a capacidade para fazer a ponte entre a reflexão e a implementação, é cada vez
mais fundamental na escolha do fornecedor, uma vez que as empresas pretendem a optimização
dos investimentos em tecnologias, evitando que os objectivos definidos para os projectos não
sejam atingidos. Para além disso, em projectos de maior dimensão e complexidade, é vulgar
serem exigidas certificações específicas que comprovam a capacidade de desenvolvimento do
fornecedor (IQF, 2005).
Para os produtos e serviços mais standardizados, existe algum poder de negociação por parte dos
clientes, atendendo a que, dada a não existência de custos de mudança, poderão exercer políticas
dos preços de compras e dos prazos de pagamento mais agressivas (IQF, 2005).
Relativamente aos produtos ou serviços que exigem uma maior capacidade de concepção pelo
lado da oferta, em geral de maior complexidade que os produtos ou serviços standardizados, as
empresas têm mais facilidade para negociar maiores margens junto dos clientes, em função do
grau de qualidade e de adequação dos produtos (IQF, 2005).
Porém, de referir que os clientes de maior dimensão, por via do volume financeiro dos seus
projectos e da possibilidade de vendas cruzadas, apresentam um elevado poder de negociação.
No que se refere à oferta de produtos ou serviços standardizados, o efeito de escala poderá ter
algum peso, porque a competição se faz sobretudo através dos preços e da eficiência, isto é,
menores custos operacionais e prazos de entrega mais rápidos (Meneses, 2003).
competidores portugueses não tem dimensão relevante que lhes permita obter economias de
escala com facilidade.
Por isso, não é de estranhar que o mercado interno seja permeável à instalação de empresas
internacionais que tornam a concorrência particularmente aguerrida, como a Microsoft, a BMC
Software, a BEA Systems, a CISCO, a Oracle e a Informática Corporation, esta por intermédio da
sua filial espanhola a Powerdata.
O maior investimento no sector nacional, tal como já foi referido anteriormente, diz respeito à
contratação de recursos humanos com as qualificações necessárias, registando-se uma escassez
de tais activos qualificados (IQF, 2005).
Neste sentido, enquanto que para a comercialização de produtos ou serviços standardizados, tal
situação não tem muito significado, para os produtos ou serviços constituídos pelo
desenvolvimento de software e por soluções integradas, por exigirem maior capacidade de
investigação e desenvolvimento, este poderá ser um factor limitativo à entrada de novos
competidores.
De considerar, no entanto, que relativamente aos grupos internacionais esta também não tem sido
uma variável que os tenha impedido de entrar no mercado nacional, como é comprovado pela
proliferação de subsidiárias ou representantes de empresas estrangeiras (a título de exemplo na
listagem referida anteriormente das 100 maiores empresas do sector nacional relativas ao ano de
2006, 42% eram subsidiárias ou representantes de multinacionais).
Quando exista uma maior lealdade por parte dos clientes às empresas já instaladas, face à
unicidade dos produtos, à sua qualidade ou à notoriedade das marcas, poderá desencorajar a
entrada de novos competidores uma vez que seriam exigidos maiores investimentos ao nível da
comunicação.
No caso de produtos ou serviços standardizados, tal situação não representa impedimento para a
entrada de novos concorrentes, atendendo a que os custos de mudança não são significativos.
Aliás, em virtude da generalização das tecnologias a nível global, no caso das empresas
comerciais existe a possibilidade das grandes multinacionais passarem a distribuir directamente
os seus produtos ao mercado nacional, eliminando os intermediários da cadeia de valor. A
utilização da internet como canal de comercialização, veio salientar ainda mais esta ameaça
(Almeida, 2005).
Também outros custos extra-escala poderão contribuir para um aumento de barreiras à entrada de
novos competidores. Por exemplo, o domínio de uma tecnologia inovadora ou o know-how
resultante da experiência no negócio, poderão representar fortes condicionantes.
No caso das empresas com carácter mais comercial (oferta de produtos e serviços standardizados)
as economias de escala e o acesso aos canais de comercialização são condicionantes para a
entrada de novos competidores, registando-se no entanto o facto de que estas barreiras são
facilmente ultrapassadas pelas empresas multinacionais através da venda directa e do recurso à
internet como canal de comercialização.
Considera-se, assim, que o sector das tecnologias de informação, em geral, não apresenta grandes
dificuldades à entrada de novos concorrentes. Porém, no âmbito da actividade de
desenvolvimento de software e de soluções integradas, que apresentam maior grau de
diferenciação através do conhecimento único, as barreiras à entrada de novos competidores
afiguram-se maiores.
Como se sabe, no sector das tecnologias de informação somente existem como substitutos os
produtos e técnicas anteriores à era da informatização. Todavia, o sector é caracterizado pelo
permanente e gradual desenvolvimento de novos produtos e sistemas.
de novos concorrentes, têm impacto diferente consoante se tratem de empresas com carácter mais
comercial ou com maior capacidade de concepção e produção.
No caso das empresas com carácter mais comercial (oferta de produtos e serviços standardizados)
o grau de rivalidade, o poder de negociação dos clientes e a ameaça de entrada de novos
competidores são factores que afectam a atractividade.
Apesar da dependência do sector face ao contexto económico, que se perspectiva pouco favorável
durante os próximos anos e que poderá ter impacto na procura por parte de alguns segmentos
como é o caso das PME’s, com base na análise contextual do sector nacional das tecnologias de
informação pode-se considerar ainda a existência de um espaço significativo para o crescimento
da indústria ao longo dos próximos anos. Tal situação, no entanto, vai exigir o reforço das
equipas de trabalho, sendo fundamental o acesso aos recursos humanos qualificados e com know-
how, que conforme anteriormente referido não são particularmente abundantes a nível nacional
(eWeek, 2007).
Também a evolução incremental das tecnologias de processo (por exemplo, CRM’s, ERP’s e
Knowledge management) poderá criar sinergias funcionais e no desenvolvimento de projectos,
optimizando os recursos e os outputs gerados através dos custos fixos da actividade. A título de
exemplo, não são raras as vezes em que duas unidades de negócio de uma mesma empresa estão
a realizar projectos semelhantes e pela falta de partilha de conhecimento, duplicam tarefas e não
cumprem os prazos previstos (IQF, 2005).
Contudo, os clientes irão ser cada vez mais exigentes e a partilha de risco vai ser um factor
essencial na selecção do fornecedor. Por isso, o relacionamento e a utilização de tecnologias que
permitam uma maior integração nos processos de desenvolvimento da relação cliente –
fornecedor, onde haja uma efectiva interacção ao longo das várias etapas dos projectos, vão ser
fundamentais para o resultado final, para a fidelização e para a possibilidade de realização de
vendas cruzadas de produtos de diferentes áreas de negócio das empresas (Meneses, 2003).
Por outro lado, devido à generalização dos hardwares e à diminuição dos seus preços, a
capacidade de execução de serviços irá ser muito importante para o incremento da venda dos
equipamentos e para o aumento das margens das empresas com uma oferta mais standardizada.
Deste modo, julga-se que este será um dos factores de maior risco para estas empresas não sendo
de surpreender o esforço que estes players têm vindo a desenvolver no sentido de incorporarem
cada vez mais serviços na sua actividade e conquistarem quota de mercado nas grandes e médias
contas (Meneses, 2003).
tecnológico e pela necessidade de maior eficiência dos serviços aos cidadãos; PME’s em virtude,
do seu maior atraso tecnológico e de representarem mais de 90% do sector empresarial português
(Marçalo, 2007).
Mas, o sucesso estará também muito dependente de algumas variáveis de gestão que têm de ser
muito bem executadas para garantir um bom desempenho, os designados factores críticos de
sucesso que, segundo Freire (1998), têm origem na combinação das características dos clientes -
factores-chave de compra - com a natureza da concorrência - factores de competição.
Estes aspectos são também função dos tipos genéricos de empresas anteriormente considerados,
designadamente: empresas com maior foco na comercialização e na prestação de serviços
standardizados e empresas com maior foco no desenvolvimento de software e de soluções
integradas.
Com base nos estudos anteriormente referidos (IQF, 2005; Meneses, 2003; Almeida, 2002;
Católica, 2001; Freire, 1999) e considerando a caracterização dos clientes e o ambiente
competitivo do sector, apresentam-se no quadro seguinte os factores críticos de sucesso:
Dois dos factores críticos de sucesso das empresas com oferta mais standardizada,
designadamente, as economias de escala e a eficiência operacional, derivam fundamentalmente
da necessidade de diminuírem os custos unitários dos produtos e, assim, apresentarem preços de
venda atractivos. As economias de escala, estão sobretudo dependentes do acesso aos canais de
comercialização a fim de se garantir um número elevado de clientes que permitam optimizar o
binómio quantidade – preço. Para além disso, uma boa capacidade de logística, baseada na gestão
de stocks, no controlo dos custos de transportes e numa localização próxima dos parceiros,
permite diminuir os custos operacionais (Meneses, 2003).
Em simultâneo, para manter a fidelização dos parceiros comerciais, é importante para estas
empresas apresentarem uma adequada diversificação tecnológica, que garanta o acesso aos
diversos modelos e marcas de referência do sector, permitindo que o cliente final tenha uma
variedade de escolha e possa implementar a filosofia one stop shop, onde o acto da compra
consiste na aquisição de diversos produtos complementares de tecnologias. Para além disso, estas
empresas conseguem ainda diferenciar-se da concorrência, através de um bom nível de serviço de
assistência ao cliente, medido pelo tempo de resposta e pela capacidade de resolução de
3
Sistema que visa a criação do serviço com foco nas necessidades do cliente e no momento do contacto com ele,
combinando as competências do pessoal, as características das operações a realizar e das instalações físicas (Eiglier e
Langeard, 1999)
problemas. Nesse sentido, através da análise dos sites institucionais, é fácil verificar que quase
todas as empresas têm áreas reservadas aos parceiros comerciais onde estes podem efectuar
encomendas e pedidos de resolução de problemas. A este propósito, a revista VDI (publicação
especializada no comércio de TI’s) atribui todos os anos prémios de excelência, sendo uma das
categorias, relativa aos melhores níveis de serviços. Este factor, é igualmente importante para
garantir a notoriedade da empresa junto dos seus parceiros comerciais e inclusivamente, para
dinamizar o seu volume de negócios pela maior confiança depositada nas suas capacidades.
No que se refere ao domínio tecnológico, como suporte à qualidade da execução da empresa que
é um dos factores mais importantes na decisão de compra, a notoriedade das certificações
obtidas, das tecnologias utilizadas e a experiência em trabalhos anteriores são referências
importantes para os clientes. Desta forma, as parcerias estratégicas com as principais marcas
internacionais de tecnologias de informação, bem como o recrutamento de consultores
consagrados ou de bons alunos das principais universidades, tornaram-se factores fundamentais
para a satisfação dos clientes e para o sucesso da empresa no médio e longo prazo.
- Acordos entre empresas e escolas do ensino superior, que visam garantir o acesso a recursos
humanos qualificados e alinhados com as necessidades das empresas. Para tal, organizam
diversas acções conjuntas: colocação progressiva de alunos através de estágios profissionais
que finalizam com o recrutamento definitivo; elaboração de conteúdos programáticos de
- Assumir que a formação contínua é um pilar para o sucesso das empresas a médio e longo
prazo. Por isso, a capacidade de obtenção de certificações da empresa e colaboradores, como
são os casos do CMMi (capability maturity model integration) e do ITIL (Information
Technology Infrastructure Library), que representam as best practices no desenvolvimento de
software e de serviços, garantem aos clientes que a empresa detém as competências
necessárias para a realização dos projectos de maior complexidade, contribuindo para
aumentar os seus níveis globais de diferenciação e o acesso aos mercados de maior valor;
- Alteração da lógica da remuneração, tornando variável uma parte dos custos com pessoal, em
função da contribuição dos colaboradores para os objectivos estratégicos. Deste modo, as
remunerações estão articuladas com o desenvolvimento das carreiras, que supostamente
estarão em sintonia com o crescimento da organização. Por isso, para além da componente
fixa do salário, existem incentivos que são pagos de acordo com a realização de objectivos
nas mais diversas áreas estratégicas: cumprimento de objectivos comerciais ou de
rendibilidade, capacidade para trabalhar em equipa e contribuição para o valor dos projectos
globais da empresa, capacidade de inovação e de satisfação dos clientes, etc.
No que diz respeito à capacidade de inovação, tanto ao nível da oferta como dos processos de
trabalho, é muito importante porque pretende, por um lado, desenvolver serviços à medida das
necessidades de cada cliente tornando-o um verdadeiro parceiro do negócio e, por outro, obter
prazos de resposta mais rápidos e actividades com menores custos provenientes de não
conformidades. As empresas com maior capacidade de liderança tecnológica ao longo do tempo
irão constituir os competidores de sucesso do futuro próximo, uma vez que a sua oferta irá
possuir características únicas face à restante concorrência. As multinacionais possuem centros de
competências de excelência localizados em determinados países com recursos humanos
altamente qualificados em tecnologias de informação e de comunicação e, por isso, garantem a
produção de soluções de referência mundial e que são utilizadas pela grande maioria das restantes
empresas. Por isso, as empresas nacionais, cuja actividade se centra no desenvolvimento de
software em pacote ou à medida das necessidades dos clientes, apostam cada vez mais na
constituição de centros de investigação e desenvolvimento próprios e no acesso ao conhecimento
através da realização de projectos de inovação nacional ou mesmo de nível internacional, com
instituições do sistema científico e tecnológico nacional e com outras empresas de tecnologias de
informação possuidoras de competências complementares. Assim, a capacidade de inovação ao
longo do tempo, irá ser cada vez mais fundamental para a garantia de vantagens competitivas
sustentáveis (IQF, 2005). A este propósito, há a destacar, mais uma vez, a importância da política
governamental para fomentar um ambiente mais propício à inovação nacional. Para além dos
sistemas de incentivos que compõem o QREN, que privilegiam os investimentos em inovação e
em investigação, existem ainda benefícios fiscais, no âmbito do programa SIFIDE, para as
empresas que realizam investimentos nessas áreas.
Quanto à comunicação marketing, a promoção da imagem das empresas é muito importante para
a criação de uma elevada notoriedade junto do mercado e para diminuir o peso do factor preço na
decisão de compra por parte do cliente. Pode assumir diversas formas: bom desempenho em
clientes importantes, o que gera o word-of-mouth e ajuda a construir a reputação da entidade ao
longo do tempo; participação em eventos com partners reconhecidos no mercado, possibilitando
alguma visibilidade à empresa; parcerias com colaboradores de renome ou com escolas e
associações empresariais prestigiadas, reforçando a credibilidade da organização; realização de
trabalhos e campanhas publicitárias em meios de comunicação seleccionados, para adquirir novos
clientes e fidelizar os antigos através de uma maior confiança nas competências da empresa
(Freire, 1999).
Relativamente ao sistema servuction, é fundamental para as empresas com uma oferta baseada no
desenvolvimento de software e de soluções integradas, garantirem um relacionamento com os
seus clientes que promova a monitorização constante das suas necessidades e uma respectiva
adequação da oferta. Dada a complexidade da maioria dos projectos, a possibilidade do cliente
acompanhar e intervir nas diversas fases de produção deverá ser encarada como uma
oportunidade para a optimização da capacidade de resposta e da criação de valor. Nesse sentido, a
maior capacidade de transmissão de informação por meio do e-business tem sido aproveitada
pelas empresas para integrarem cada vez mais a relação fornecedor – cliente, dando origem a
verdadeiras parcerias que favorecem a venda cruzada de produtos e serviços e a rentabilização
das relações com cada cliente, através da repetição das operações comerciais ao longo do tempo.
Tal como anteriormente foi referido, a produção de hardware sofreu um grande impulso através
da generalização dos equipamentos, tornando os seus preços mais acessíveis ao mercado. Assim,
os players com oferta standardizada, baseiam o sucesso da sua actividade nas parcerias
tecnológicas com os principais fornecedores internacionais e numa eficiente capacidade logística
que lhes permite obterem o domínio dos canais de comercialização, gerando economias de escala
e preços muito atractivos, o que favorece a criação de barreiras à entrada de novos competidores.
Neste caso, trata-se claramente de um negócio de volume, cujo sucesso reside na capacidade para
criar vantagens competitivas através da eficiência operacional. Nos restantes negócios, o nível de
fragmentação é maior devido à diversidade das necessidades dos clientes, que têm sido bastante
incrementadas com a progressiva integração entre as tecnologias de comunicação e informação.
Assim, embora o ritmo de crescimento nestes negócios seja mais lento, por via das características
da procura do mercado português, há espaço de actuação para os mais diversos players. Deste
modo, as empresas que apostarem num posicionamento competitivo nos negócios de
desenvolvimento de software e de soluções integradas, terão que ser capazes de criar vantagens
competitivas através do nível de diferenciação / especialização, dependendo o seu sucesso, da
inovação tecnológica, do nível de qualidade dos serviços e da capacidade de adequação da oferta
às necessidades específicas dos clientes (Meneses, 2003).
Tendo presente que as empresas poderão competir em contextos competitivos distintos e com
utilização de estratégias diferentes, o trabalho de investigação irá ser desenvolvido tendo em
conta estes factores, bem como os diferentes níveis de análise da competitividade intra-indústria,
procurando identificar quais os efeitos com maior poder explicativo sobre as diferenças de
desempenho financeiro no sector.
Assim, este trabalho de investigação assenta nas seguintes duas questões de partida:
Constituir grupos estratégicos com base no grau de diversificação dos negócios e nível
de integração vertical, a fim de se observar o posicionamento das diferentes empresas
na cadeia de valor do sector;
Como já anteriormente descrito, o sector das tecnologias de informação pode ser tipificado
segundo os negócios que o constituem, designadamente, hardware, software e prestação de
serviços.
De acordo com o autor e considerando a orientação das empresas para a fabricação e/ou
comercialização de produtos e para a incorporação dos serviços na actividade, podemos
apresentar a seguinte cadeia de valor do sector nacional das tecnologias de informação.
Observando a figura anterior, há empresas que centram a sua actividade na revenda de produtos
provenientes de parceiros tecnológicos (muitas vezes de renome internacional), optando também
pela integração de diferentes componentes electrónicos para construírem marcas próprias de
equipamentos (assemblers), enquanto outras orientam mais a sua actividade para a produção de
softwares e para a prestação de serviços com maior grau de complexidade, resultando em
negócios de maior valor acrescentado. A título de exemplo, poderemos ter duas empresas que se
dedicam exclusivamente ao negócio de serviços, mas uma tem um foco mais comercial
(intermediação de acções de formação) e a outra um foco produtivo (desenvolvimento de
soluções à medida). Como tal, embora presentes no mesmo negócio, detêm posicionamentos
competitivos diferentes na cadeia de valor e, consequentemente, formas de actuação e recursos
internos diversos.
De referir, também, que segundo diversos investigadores, como por exemplo, Cool e Schendel
(1987), Hatten e Hatten (1987), Gonçalves e Gaudêncio (1995), Ribeiro (2003) e Leask e Parker
(2007), ao seleccionar-se como variáveis de agrupamento a tipologia de negócios do sector e as
actividades realizadas na cadeia de valor, também se identificam os conjuntos das empresas mais
semelhantes em termos de recursos e capacidades desenvolvidas, ou seja, fica-se em condições
para identificar as empresas mais similares em termos de possibilidades de actuação na indústria
(comportamento pre-strategy).
Como tal, a constituição de grupos estratégicos com a utilização das variáveis referidas, irá
possibilitar a avaliação do impacto dos diferentes contextos competitivos associados a cada
negócio do sector mas, também, das estratégias de actuação (comportamento post-strategy) mais
relevantes ao nível do desempenho financeiro em cada tipo de empresa, como por exemplo,
comerciais, produtores de softwares, integradores de sistemas, etc.
Conforme referido na caracterização do sector ao nível nacional, verifica-se que os três negócios
que constituem o sector (hardware, software e serviços) encontram-se em fases diferentes do seu
ciclo de vida, apresentando ritmos de crescimento variados e, simultaneamente, que existem
empresas que baseiam a sua actividade na comercialização e na prestação de serviços
standardizados e outras que assentam a sua oferta na capacidade de concepção e produção de
softwares e de soluções integradas, com características estruturais distintas ao nível das 5 forças
propostas por Porter para medir o grau de atractividade de uma indústria. Estas variáveis têm um
impacto muito importante na definição dos preços de venda, na estrutura de custos e de
investimentos necessários para a delineação de uma resposta adequada às necessidades do
mercado e aos ataques da concorrência directa.
Porter (1980) considera que as barreiras de mobilidade, idênticas às consideradas como barreiras
à entrada na indústria, são uma das principais justificações para os diferentes níveis de
desempenho financeiro ao longo do tempo, sendo que as empresas de grupos estratégicos com
barreiras de mobilidade mais altas, apresentam um maior potencial de lucro relativamente às
restantes.
Porém, como também anteriormente referido, no âmbito das empresas que produzem software e
soluções integradas, que apresentam maior grau de diferenciação através do conhecimento único,
poderão existir maiores barreiras à entrada de novos competidores.
Neste sentido, pode-se admitir que os grupos estratégicos com maior capacidade de inovação e de
qualidade, tenderão a obter um melhor desempenho financeiro pelo facto de possuírem barreiras
de entrada mais altas e, consequentemente, existirão barreiras à mobilidade de outros grupos.
Tal pode suceder porque tais vantagens competitivas assentam fundamentalmente no know-how e
qualificações dos recursos humanos disponíveis nessas empresas. Assim, a entrada de novos
players nesses grupos é pouco acessível, em virtude de ser muito difícil aceder ao conhecimento
único desenvolvido por esses competidores ao longo dos anos e o número de recursos humanos
qualificados ser escasso face às necessidades do mercado.
Esta situação deve-se fundamentalmente a três factores (eWeek, 2007): reduzida dimensão do
sector português face a outros mercados europeus, o que dificulta a transição de recursos
humanos entre empresas; número curto de licenciados produzidos anualmente pelas entidades do
ensino superior; e procura externa por parte das multinacionais de profissionais qualificados
portugueses, uma vez que o seu custo ainda é inferior à maioria dos mercados alternativos da
Europa Ocidental e da América do Norte.
De facto, os recursos humanos são sem dúvida o recurso mais valioso do sector das tecnologias
de informação. De acordo com Alajaasko (2006a), várias são as razões que tornam indispensáveis
os recursos humanos com experiência profissional e qualificações académicas:
- Incorporação progressiva dos serviços na actividade das várias empresas como forma de
desenvolver soluções à medida e favorecer o aumento das vendas de hardwares e softwares.
Vários estudos (Porac et al, 1989; Cool e Dierickx, 1993; Fiegenbaum e Thomas, 1995; Porac et
al, 1995; Lawless e Andersson, 1996; McNamara et al, 2002), sugerem que as empresas focam-
se mais na sua posição competitiva dentro do grupo e são mais reactivas às acções dos
competidores do seu grupo do que às acções de empresas de outros grupos. Como tal, os índices
de rivalidade dentro do grupo tenderão a ser muito superiores aos fora dele.
A confirmar esta afirmação, temos, por exemplo, o estudo realizado por Cool e Dierickx (1993),
onde se verificou que na indústria farmacêutica a rivalidade dentro dos grupos era mais intensa
do que entre os grupos estratégicos, pelo facto de que as empresas invadiam com frequência os
segmentos de mercado umas das outras com ofertas de produtos mais semelhantes.
Então, para além das barreiras de mobilidade, que dificultam a transição de empresas para os
grupos mais rentáveis, estamos perante a possibilidade de que o nível de rivalidade dentro dos
grupos também condicione bastante o desempenho financeiro. Assim, ao contrário do que Porter
defendia, as empresas de um mesmo grupo estratégico têm maior tendência para competir entre si
do que para colaborarem na construção de barreiras de mobilidade.
Vários autores têm vindo a tratar a problemática da maior ou menor similaridade entre membros
de um grupo estratégico e o seu impacto no desempenho financeiro inter e intra grupos.
Leask e Parker (2007), verificaram que algumas empresas incluídas no mesmo grupo
competitivo, mas provenientes de grupos estratégicos diferentes, estavam mais sujeitas à
competição de empresas com diferentes recursos, incrementando a rivalidade e as guerras de
preços a que estavam sujeitas e, consequentemente, afectando os seus resultados económicos. Ou
seja, a heterogeneidade de recursos entre competidores directos aumenta os índices de rivalidade
e diminui o desempenho das empresas.
Segundo os diversos autores (Freire, 1999; Meneses, 2003; IQF, 2005) que caracterizaram os
players do sector nacional das tecnologias de informação, muitas das empresas, em especial as de
menor dimensão, optavam por restringir a amplitude da sua matriz de produtos e mercados,
especializando a sua oferta para determinados produtos e / ou segmentos de clientes.
Tal, vai ao encontro do modelo original de Porter (1980) sobre estratégias genéricas, onde o autor
defendia que, em alternativa à diferenciação e à liderança de custos no âmbito de um mercado
amplo, as empresas de dimensão mais reduzida focavam a sua actividade em nichos específicos,
evitando a concorrência dos competidores maiores.
Por outro lado, Gimeno e Woo (1996), entre outros, verificaram ainda que, segundo a teoria dos
contactos em multimercados, as empresas com maior número de contactos com os concorrentes
directos, tendiam a ser menos agressivas relativamente aos restantes players, atendendo à
possibilidade de uma acção de ataque num segmento de mercado ser respondida com uma acção
de retaliação noutro segmento, colocando em risco a rendibilidade global de ambas as empresas.
Em simultâneo, criavam-se mais oportunidades de cooperação, fomentando a colaboração em
prejuízo da rivalidade e beneficiando das diferentes competências de cada empresa.
Porter (1980) criou o modelo, normalmente designado por estratégias genéricas, em que defendia
que as empresas deveriam desenvolver um posicionamento estratégico baseado em três opções
possíveis: diferenciação, liderança de custos e foco num determinado segmento de mercado,
tendo esta última estratégia sempre associada uma das duas vantagens competitivas,
diferenciação ou custo. Desde então, este modelo tornou-se uma referência nas ciências
empresariais, havendo diversos estudos que verificaram que as empresas com melhor
desempenho financeiro eram as que conseguiam desenvolver um posicionamento numa das
alternativas estratégicas apresentadas pelo autor. Porém, diversos autores (como por exemplo,
Hill e Jones, 1995; Freire, 1998; Kaplan e Norton, 2004) têm defendido que as fontes de
vantagens competitivas de diferenciação ou de liderança de custos podem ser agrupadas em
quatro factores gerais, que reflectem a capacidade de a empresa criar maior valor aos seus
clientes: eficiência, qualidade, adequação e inovação. Ou seja, pode-se entender que será,
sobretudo, a eficiência que permitirá a obtenção de uma vantagem competitiva pela liderança de
custos e que a qualidade, a adequação e a inovação serão factores geradores de uma vantagem
competitiva pela diferenciação.
Fruto da diminuição dos preços das tecnologias a nível mundial, as empresas com maior vertente
comercial de hardware e software, viram as suas margens reduzirem-se, competindo
essencialmente por via da eficiência operacional baseada nas seguintes premissas: parcerias
tecnológicas com os principais fornecedores internacionais, acedendo a uma grande diversidade
de marcas e modelos; domínio dos canais de comercialização, de forma a garantirem elevados
volumes de actividade; gestão de stocks e dos custos de transporte, diminuindo os custos
operacionais. Assim, obtêm elevadas economias de escala e de gama, por via da dimensão do
volume de negócios e da optimização dos recursos de logística através da comercialização de
diferentes produtos, diminuindo custos unitários e, consequentemente, oferecendo preços muito
atractivos (Meneses, 2003 e IQF, 2005).
- Especialização por tipo de cliente: há empresas que optaram por especializar a sua oferta em
função das necessidades de determinados sectores de actividade, procurando obter uma
vantagem competitiva através da adequação;
- Especialização por tipo de produto: há empresas que optaram por especializar a sua oferta no
desenvolvimento de produtos com características únicas a nível internacional para mercados
com elevada exigência, que vão progressivamente adaptando para a generalidade do mercado,
procurando, desta forma, obter uma vantagem competitiva através da inovação;
- Diversificação de produtos e serviços: há empresas que optaram por desenvolver uma oferta
global, intervindo nos clientes desde a definição da estratégia, o levantamento de
necessidades do sistema de informação, a integração de diferentes softwares e hardwares e a
realização dos mais variados serviços relacionados, criando vantagens competitivas através da
diversificação de competências – qualidade, inovação e adequação.
Em síntese, constatamos que a eficiência, embora seja um factor importante nas diferentes
empresas, poderá ser uma vantagem competitiva crítica sobretudo nos negócios com maior
vertente comercial onde, devido à similaridade da oferta, a competição é realizada através do
preço. Nos negócios que apresentam maior complexidade no desenvolvimento dos projectos e
exigem a elaboração de soluções à medida e a prestação de serviços desde a reflexão à
implementação e manutenção, a competição faz-se sobretudo através da criação de vantagens
competitivas fortes pela qualidade, adequação e inovação. Assim, a sexta hipótese de
investigação, pretende averiguar se a criação de vantagens competitivas nos factores acima
referidos, favorece o desempenho financeiro.
Contudo, ao longo dos tempos, diversos estudos (Dess e Davis, 1984; Karnani, 1984; Miller e
Friesen 1986; Wright et al, 1991; Kim et al, 2004) evidenciaram que no contexto competitivo
actual, as empresas de maior sucesso desenvolvem várias vantagens competitivas em simultâneo,
colocando em causa a visão original de Porter que previa apenas a opção por um de dois tipos de
vantagens competitivas: pela diferenciação (obtível pelo grau de qualidade, adequação, inovação,
entre outros) ou pelos custos que, neste caso, somente é possível com uma boa eficiência
operacional. Hoje, o sucesso empresarial está dependente da criação de valor para o cliente, do
reforço das relações com os diversos actores a montante e a jusante da actividade e da eliminação
das ineficiências operacionais e estratégicas que tanto contribuem para a menor competitividade
(Laudon e Laudon, 2002). Assim, há uma busca incessante pela conquista de vantagens
competitivas, quer pela diferenciação dos produtos e serviços oferecidos, quer pela liderança de
custos através de uma maior eficiência nos processos operacionais (Freire, 1998). Nesse sentido,
no âmbito da hipótese 6, pretende-se, ainda, averiguar a importância do desenvolvimento em
simultâneo das várias vantagens competitivas consideradas (eficiência, qualidade, adequação e
inovação) no desempenho financeiro.
Com efeito, para além do aumento em valor das exportações portuguesas nesta área de negócios,
o perfil dos produtos vendidos também se alterou substancialmente, baseando-se sobretudo em
soluções de alta e média / alta tecnologia (conforme dados INE, 2007). Por isso, não é de
surpreender que os mercados de destino sejam cada vez mais sofisticados. A título de exemplo,
os países com maior peso em 2007 nas exportações nacionais de tecnologias de informação eram,
conforme Caçador (2007) a Alemanha (29,2%), Espanha (28,4%), Angola (12%) e EUA
(11,6%).
Faz sentido, portanto, que a internacionalização seja apontada pelos especialistas do sector, como
uma das melhores formas dos players nacionais evitarem a competição directa com as grandes
empresas a actuar em Portugal e conseguirem incrementar a sua dimensão e capitalizarem o
investimento realizado nas suas actividades. Veja-se o caso da empresa SINFIC, SA, que através
da penetração no mercado angolano, tornou-se uma referência mundial na área da biometria,
tendo feito parte, inclusivamente, do consórcio responsável pela elaboração do registo eleitoral,
desenvolvendo um cartão de eleitor com dados biométricos dos cidadãos, alvo de estudo pelos
principais players internacionais do sector. Desta forma, a empresa conseguiu triplicar o seu
volume de negócios.
De facto, parece que as empresas com maior índices de inovação, apresentam uma maior
propensão para capitalizarem o seu know-how único em novos mercados. Em contrapartida, a
experiência nos mercados internacionais, vai permitindo um aperfeiçoamento contínuo nos
processos de trabalho e na oferta apresentada, adequando cada vez mais os produtos às
necessidades dos clientes (Johanson e Vahlne, 1990). Assim, podemos concluir que existe uma
relação de interdependência entre o grau de inovação e o de internacionalização.
No sector das tecnologias de informação português, existem casos de sucesso que representam
verdadeiros exemplos de inovação mundial. Aí se incluem, entre outros, a Altitude Software, a
Enabler e a Critical Software, que são modelos internacionais no desenvolvimento de contact
centers, de ERP’s e de sistemas críticos de segurança respectivamente, e cujo peso das
exportações anda na ordem dos 80% face ao total do volume de negócios.
Nesse sentido, pretende-se averiguar também, se existe uma forte correlação entre o grau de
inovação e a capacidade de internacionalização.
De acordo com a teoria dos mercados contestáveis de Baumol et al (1982), quando uma empresa
consegue obter posições de monopólio, as restantes tentam copiar a actuação do líder, de forma a
terem também acesso aos lucros supranormais. No mesmo sentido, a teoria institucional (Meyer e
Rowan, 1977; DiMaggio e Powell, 1983; Peteraf e Shanley, 1997) defende que ao longo dos
tempos os grupos estratégicos, através das suas empresas de referência, vão criando uma
identidade, que condiciona as acções das firmas, a troca de informações e a transferência de
recursos. Por isso, as empresas que sejam mais similares às características dos grupos
estratégicos têm maior confiança junto de fornecedores, clientes e financiadores, visto que
apresentarão uma actividade mais similar aos casos de sucesso reconhecidos pelos diversos
intervenientes do negócio.
Assim, na oitava hipótese, pretende-se evidenciar que quanto maior a similaridade face à
identidade do grupo, melhor o desempenho financeiro, porque desenvolvem os comportamentos
de sucesso e de referência
Com base no anteriormente descrito, é apresentado no quadro da página seguinte, um resumo das
teorias e proposições relativas a cada hipótese de investigação considerada.
Quadro 11: Resumo das teorias e proposições relativas a cada hipótese de investigação
Identificação dos
Grupos H3: Nos grupos estratégicos o
H1: Existem diferenças de desempenho financeiro é mais
Estratégicos desempenho financeiro entre Rivalidade
Competitiva condicionado pela rivalidade intra-
os grupos estratégicos grupos do que pela rivalidade inter-
grupos
H2: Os grupos estratégicos com Identidade e
Rivalidade H4: A heterogeneidade dentro dos
Barreiras de empresas mais inovadoras e
grupos estratégicos, incrementa a
Mobilidade qualificadas apresentam melhor
rivalidade e reduz o desempenho
desempenho financeiro
financeiro
A importância dos
Contextos Competitivos
Definição da amostra
Todavia, também se verifica que muitas empresas que se dedicam às actividades no âmbito do
sector das tecnologias de informação se encontram classificadas em códigos diferentes, bem
como o inverso.
Optou-se, assim, por adoptar a listagem das 100 maiores empresas nacionais do sector das
tecnologias de informação, relativa ao ano de 2005, divulgada pela edição número 806 da revista
Semana Informática. Para além disso, incluíram-se ainda 10 empresas identificadas na base de
dados SABI – Sistema de Análise de Balanços Ibéricos, que não constavam na listagem anterior,
mas que pela sua dimensão e relevância no sector se considerou que deveriam fazer parte do
estudo a realizar.
Constatou-se existirem na amostra estudada, empresas com códigos de actividade variados, como
por exemplo: 30.020 – Fabricação de máquinas de escritório; 32.100 – Fabricação de
componentes electrónicos; 32.200 – Fabricação de aparelhos emissores; 51.430 – Comércio de
electrodomésticos; 51.640 - Comércio por grosso de máquinas e material de escritório; 51.700 –
Comércio por grosso não especificado; 51.860 – Comércio por grosso de outros componentes e
equipamentos electrónicos; 51.870 – Comércio por grosso de outras máquinas e equipamentos
para a industria, comércio e navegação; 64.200 – Telecomunicações; 52.488 – Comércio a
retalho de produtos novos em estabelecimentos especializados; 74.872 – Serviços a empresas.
Tendo em conta que o objectivo geral deste estudo é evidenciar empiricamente os factores que
condicionam o desempenho financeiro das empresas que constituem o sector das tecnologias de
informação, bem como analisar a importância dos contextos competitivos e dos comportamentos
empresariais de cada competidor, considera-se que a amostra utilizada é suficiente para obter tal
desiderato. Também a caracterização económica da amostra a seguir apresentada, permite deduzir
algumas pistas para a realização da investigação.
Pelo quadro acima enunciado, observa-se que os valores médios do volume de negócios das 110
maiores empresas do sector, andam à volta dos 4,5 mil milhões de euros.
Para além disso, verifica-se também que o crescimento, embora acentuado, diminuiu
progressivamente ao longo do triénio analisado.
No que respeita à rendibilidade do activo, verifica-se uma tendência contrária, ou seja, o seu
valor passou de 2,82% para 4,52% em 2006.
A amostra é constituída na sua maioria (cerca de 72%) por empresas com volume de negócios
entre os 4 e os 33,9 milhões de euros. Apesar disso, existem 11 empresas que ultrapassam
claramente os 100 milhões de euros, tendo uma dimensão bastante superior relativamente às
restantes.
Quadro 13: Histograma do volume de negócios da amostra
Volume de negócios - 2006
Bin Frequency Cumulative %
4.070.285 1 0,91%
33.922.063 78 71,82%
63.773.841 14 84,55%
93.625.619 6 90,00%
123.477.397 2 91,82%
153.329.175 3 94,55%
183.180.953 1 95,45%
213.032.731 1 96,36%
242.884.509 0 96,36%
272.736.287 2 98,18%
More 2 100,00%
No que diz respeito à taxa de crescimento, observa-se que no exercício de 2006, 81 empresas
registaram um incremento do seu volume de negócios que variou entre os 7,52% e os 48,72%, o
que representam valores bastante positivos face à realidade nacional das diferentes actividades
económicas.
Quadro 14: Histograma da taxa de crescimento do volume de negócios da amostra
Taxa de Crescimento - 2006
Bin Frequency Cumulative %
-74,88% 1 0,91%
-54,28% 1 1,82%
-33,68% 2 3,64%
-13,08% 12 14,55%
7,52% 45 55,45%
28,12% 36 88,18%
48,72% 10 97,27%
69,32% 2 99,09%
89,92% 0 99,09%
110,52% 0 99,09%
More 1 100,00%
Quanto à rendibilidade, 99 empresas apresentam valores acima dos 5,18%, havendo no entanto 2
competidores que detêm valores bastante negativos face aos restantes players, o que, mais uma
vez, comprova que se trata de um sector de actividade com uma evolução económica bastante
favorável.
Quadro 15: Histograma do ROI da amostra
ROI - 2006
Bin Frequency Cumulative %
-75,36% 1 0,91%
-65,29% 0 0,91%
-55,23% 0 0,91%
-45,16% 0 0,91%
-35,09% 1 1,82%
-25,02% 0 1,82%
-14,96% 0 1,82%
-4,89% 9 10,00%
5,18% 51 56,36%
15,25% 33 86,36%
More 15 100,00%
Por último, verificaram-se as correlações existentes, através do coeficiente de Pearson (p), entre a
rendibilidade do activo, a taxa de crescimento do volume de negócios e a quota de mercado
relativa correspondente ao peso do volume de negócios de cada empresa face ao total da amostra,
conforme apresentado no quadro seguinte:
A dimensão, medida pela quota de mercado relativa, apresenta uma relação negativa com a taxa
de crescimento, o que evidencia que as empresas de menor dimensão apresentam um ritmo de
crescimento superior; por outro lado, a rendibilidade apresenta uma correlação positiva com a
quota de mercado relativa e com a taxa de crescimento. Assim, embora os valores do coeficiente
de Pearson não sejam muito fortes, pode-se considerar, como tendência na generalidade da
amostra, que a rendibilidade está associada a empresas com maiores taxas de crescimento e de
maior dimensão.
No que diz respeito aos negócios que constituem o sector das tecnologias de informação,
hardware, software e serviços, os seus pesos na amostra são os seguintes:
Serviços
Hardware
39%
45%
16%
Software
0% 0% 0%
0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%
0% 0% 0%
-20% 0% 20% 40% 60% 80% 100% -20% 0% 20% 40% 60% 80% 100% -20% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
Finalmente, observou-se a relação existente entre cada negócio e os três indicadores económicos
utilizados para caracterizar a sua evolução, constatando-se a seguinte realidade:
- O negócio hardware, apresenta correlação positiva apenas com a dimensão, o que significa
que inclui as empresas com maior quota de mercado (quadro 19 e gráfico 18);
- O negócio serviços, é aquele que apresenta maior correlação positiva com a rendibilidade.
Porém, tanto na dimensão como nas taxas de crescimento, os valores do coeficiente de
Pearson são negativos (quadro 21 e gráfico 20).
120% HW
120% HW 120%
HW
100% 100% 100%
0% 0% 0%
0% 2% 4% 6% 8% -100% -50% 0% 50% 100% 150% -100% -80% -60% -40% -20% 0% 20% 40%
120% SW
120% SW 120%
SW
100% 100% 100%
0% 0% 0%
0% 2% 4% 6% 8% -100% -50% 0% 50% 100% 150% -100% -80% -60% -40% -20% 0% 20% 40%
120% SERV
120% SERV 120%
SERV
100% 100% 100%
0% 0% 0%
0% 2% 4% 6% 8% -100% -50% 0% 50% 100% 150% -100% -80% -60% -40% -20% 0% 20% 40%
Ρ = -0,02 Ρ = 0,17
Ρ = -0,08
Pode-se, assim, concluir que existem evidências de que a evolução económica tem sido diferente
nos três negócios do sector das tecnologias de informação, o que poderá estar relacionado, em
parte, com a atractividade inerente a cada contexto competitivo.
Para além disso, ficou também visível que as empresas que se dedicam ao negócio hardware,
detêm tendencialmente um posicionamento mais a montante na cadeia de valor, centrando a
actividade fundamentalmente na comercialização de produtos de terceiros. Os restantes players
parecem evidenciar, cada vez mais, uma preocupação com a produção própria a fim de
aumentarem as suas margens comerciais.
No que diz respeito, às fontes de informação utilizadas para a obtenção dos dados necessários à
investigação, conforme apresentado no Anexo F, foram realizadas as seguintes etapas de
trabalho:
a) Para a definição das variáveis representativas das estratégias empresariais, foram efectuadas
as seguintes actividades auxiliares:
b) Recolha dos dados, que decorreu ao longo dos anos de 2007 e 2008, relativos à situação
económica e financeira e às variáveis estratégicas definidas na etapa anterior. Foram usadas
as seguintes referências:
informação publicado pelo IDC, relativos aos exercícios de 2006 e de 2007. De frisar, que
a informação constante na generalidade dos sites corporativos destas empresas é bastante
rica ao nível do tipo de oferta, mercados abrangidos, certificações, inovações e prémios
obtidos, parcerias tecnológicas realizadas, grau de internacionalização, etc. Há ainda a
salientar que o conjunto diferenciado de fontes de informação (sites corporativos,
entrevistas dos gestores aos meios de comunicação, artigos sobre as empresas e
directórios do IDC), permitiu a triangulação da informação, contribuindo para uma maior
fiabilidade dos dados recolhidos sobre cada uma das empresas;
c) Validação das informações recolhidas, ao nível das variáveis representativas das estratégias
empresariais. Tal, sucedeu em empresas que, após a triangulação das diferentes fontes de
informação relativas aos dados organizacionais, se geraram dúvidas quanto à sua exactidão.
Nesse sentido, realizaram-se contactos, via e-mail e por telefone, a responsáveis de várias
empresas constantes na amostra. Quando não houve resposta via e-mail, foram realizados os
contactos telefónicos com elementos da administração, gestores de unidades de negócio ou
responsáveis da área financeira. Por vezes, a resposta não foi imediata, sendo posteriormente
enviada por e-mail. Das 28 empresas contactadas para confirmação de dados, apenas 5 não
deram qualquer resposta. Nesses casos, foram utilizados os dados das duas principais fontes
de informação secundárias: directório de empresas do IDC e revista Semana Informática. Para
além disso, foram ainda consultados os relatórios e contas de 7 empresas para verificar os
valores relativos ao seu grau de internacionalização.
Seleccionou-se o VAB, uma vez que maiores margens face aos fornecimentos de terceiros (custo
das mercadorias vendidas e matérias consumidas e fornecimentos e serviços externos), implicam
normalmente maior dedicação à actividade de produção, em prejuízo da simples comercialização
e maior criação de valor em função da singularidade da oferta. Para se corrigir o efeito de
diferentes dimensões das empresas, ponderar-se-á o indicador pelo montante do volume de
negócios, dando-nos uma perspectiva de valor acrescentado em percentagem.
A opção pela dimensão da integração vertical, segue outros trabalhos como, por exemplo, Hunt
(1972), Newman (1973 e 1978), Galbraith e Schendel (1983), McGuee e Thomas (1986) e Curto
(1993).
Por outro lado, Harrigan (1984), chama a atenção de que a integração vertical deveria ser
avaliada considerando as operações da cadeia de valor realizadas internamente e o peso do seu
volume de negócios no total da actividade das empresas. Tal procedimento, foi seguido por
diversos autores ao longo dos anos. Contudo, o objectivo não é medir o grau de internalização
das actividades da cadeia de valor por parte de cada empresa, mas sim observar em que nível da
cadeia as empresas se posicionam tendencialmente, identificando a sua capacidade para
desenvolver as actividades mais relacionadas com a produção (e por isso com maior valor
acrescentado), em prol da simples comercialização e suporte ao cliente.
Por isso, as eventuais fragilidades apontadas por Harrigan (1986) a este indicador, nomeadamente
a possibilidade de as actividades com maior margem comercial poderem gerar valores superiores
de VAB, enviesando o grau de integração vertical, não se colocam no nosso estudo. Isto porque,
maiores margens significarão um maior grau de diferenciação associado a posicionamentos nas
actividades com maiores exigências de produção e consequentemente, de maior valor
acrescentado. Para além disso, esta medida foi também utilizada em diferentes estudos empíricos
sobre a relação entre a integração vertical e o desempenho financeiro, como são os casos dos
trabalhos realizados por Adelman (1955), Buzzel (1983), Maddigan e Zaima (1985), Curto
(1993) e Bamiro et al (2009).
Assim, se os produtos forem o resultado quase exclusivo da produção própria, o indicador VAB
irá ter um valor mais elevado; se a actividade se centrar apenas na comercialização de produtos
de terceiros terá, em contrapartida, um valor mais reduzido.
Convém referir, que a estratégia de diversificação de negócios tem sido também utilizada com
frequência em trabalhos sobre grupos estratégicos (por exemplo, Hunt, 1972; Rumelt, 1974 e
1977; Barata, 1996).
Para determinar o grau de diversificação das empresas, para além das categorias definidas por
Rumelt (1974) já referidas anteriormente e que é um dos métodos mais utilizados nesta área de
investigação (Montgomery, 1994), existem outras medidas compostas por índices, traduzidos
num único indicador, designadamente, o Herfindal Índex e o índice de entropia (Sambharya,
2000). Porém, o objectivo era identificar claramente a opção estratégica de cada empresa
relativamente aos negócios onde exerce preferencialmente a sua actividade (hardware, software e
serviços), ficando com a possibilidade de verificar eventuais diferenças de desempenho
financeiro decorrentes da atractividade dos seus diferentes contextos competitivos.
As fontes de informação utilizadas, foram o ranking anual publicado pela revista Semana
Informática, relativo ao exercício de 2006 e a base de dados SABI, observando-se igualmente os
valores de 2004 e 2005 de modo a confirmar eventuais valores anormais. A análise de diferentes
fontes e de vários períodos económicos, permitiu-nos validar a coerência dos dados económicos
recolhidos.
Finalmente, no que respeita à estatística a utilizar, optou-se pela análise de clusters e pela
realização de vários testes, por forma a compararem-se os diferentes resultados e verificar-se a
sua respectiva robustez, tal como aconselhado por Reis (2000).
Para a análise das diferenças de desempenho financeiro entre grupos estratégicos, foi essencial
definir a respectiva variável de avaliação. Como tal, optou-se pela adaptação do conceito de
rendibilidade supranormal referido por Neves (2000b), já anteriormente referido.
De acordo com a demonstração realizada no que se refere à lógica de criação de valor integrada
no ponto 1.7.2 sobre a avaliação do desempenho financeiro, foi possível verificar que os valores
dos indicadores EVA® e resultado residual, estavam interligados com a relação entre a
rendibilidade gerada pela actividade (ROI) e o custo do capital (WACC). Na figura seguinte,
pretende-se apresentar a relação entre o resultado residual (RR) e o ROI.
Valor criado na
actividade RR = ( ROI – WACC ) x Activo Líquido
Investimento na actividade
Rendibilidade gerada na actividade
Assim, conclui-se que o valor do resultado residual está directamente relacionado com a
rendibilidade gerada, sendo positivo ou negativo consoante a rendibilidade da actividade seja
superior ou inferior ao custo de financiamento dos investimentos necessários.
Se, no caso do custo do passivo remunerado, é relativamente fácil de calcular (uma das formas é
dividir os custos financeiros pelos valores dos passivos remunerados), já no que respeita ao custo
do capital próprio (rendibilidade esperada pelos proprietários) de empresas não cotadas, a
subjectividade é muito grande.
Existem várias formas de calcular: assumir um prémio de risco sobre o custo dos credores
financeiros, considerar a rendibilidade dos capitais próprios média do sector ou questionar os
diferentes proprietários sobre a remuneração a exigir dos capitais investidos (Neves, 2002).
Qualquer uma destas possibilidades, não apresenta garantias de identificar um valor correcto e
são vistas apenas como alternativas (Damodaran, 2005).
Outro problema associado ao EVA® e ao resultado residual, diz respeito ao facto de os seus
resultados serem em valores absolutos e, portanto, poderem ser condicionados pelo efeito da
dimensão das empresas. Assim, é possível existirem análises menos correctas aquando da
comparação da capacidade de criação de valor de diferentes empresas, conforme se evidencia nos
seguintes exemplos.
Empresa A Empresa B
Como tal, optou-se pela rendibilidade supranormal, neste caso, baseada na capacidade das
empresas para criarem valor face aos restantes competidores presentes na amostra. Assim, uma
empresa que apresente um ROI inferior ao resultado médio da amostra, significa que não está a
conseguir gerar uma rendibilidade, através da sua actividade, no mínimo idêntica ao valor médio
do conjunto estudado de empresas. Saliente-se, que o ROI foi determinado de acordo com a sua
fórmula tradicional que utiliza os valores dos resultados operacionais e do activo líquido, obtidos
directamente das demonstrações financeiras das empresas.
A formulação da presente hipótese teve por base, conforme referido anteriormente que a
capacidade de inovação e de qualidade, assenta fundamentalmente no acesso aos recursos
humanos qualificados, tornando tal facto, como uma importante barreira de mobilidade,
admitindo-se, assim, que os grupos estratégicos com empresas mais inovadoras e qualificadas,
onde os recursos humanos têm maior importância na actividade, apresentam melhor desempenho
financeiro.
- Grau de inovação: a escala elaborada teve por base os conceitos de inovação referidos por
Freire (2000) e a nomenclatura utilizada na grelha de pontuação das candidaturas aos
incentivos comunitários no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação constante no Quadro
de Referência Estratégico (QREN). Assim, o conceito de inovação adaptativa inclui a cópia
de produtos já existentes; a inovação incremental incorpora pequenas melhorias nas
funcionalidades dos produtos existentes; a inovação de ruptura implica a mudança do
conceito dos produtos disponíveis no mercado (QREN, 2009). É de frisar, que a escala final
foi aferida junto de 2 investigadores e dos 4 decisores entrevistados;
- Grau de qualidade: a escala elaborada teve igualmente por base, a opinião de 4 decisores
entrevistados, bem como a validação de 3 especialistas na área da qualidade (2 investigadores
académicos e 1 responsável pelo serviço de qualidade de uma empresa do sector das
tecnologias de informação). Assim, a escala definida, tem em primeiro lugar consideração
pelo nível de complexidade dos requisitos de cada tipo de certificação. Por exemplo, a
certificação da qualidade da oferta está dependente em grande medida das capacidades
individuais dos colaboradores que vão realizando testes nos principais parceiros tecnológicos,
de forma a aumentarem o nível de responsabilidade nos produtos que a empresa oferece
(venda – assistência – implementação – desenvolvimento).
Finalmente, o nível mais elevado de qualidade, destina-se às empresas que viram os seus
produtos, processos ou a sua actividade global, ser reconhecida por entidades externas,
subindo a escala à medida da importância do prémio (produtos versus empresa e prémios
nacionais versus internacionais de referência mundial).
Para evidenciar a importância dos recursos humanos pretende-se utilizar duas variáveis (IRH e
VURH) que visam, a primeira, medir o peso dos recursos humanos na actividade e, a segunda,
identificar o seu valor para a empresa, pois a um maior valor unitário médio corresponderá,
certamente, a uma maior qualificação.
A título de exemplo, os perfis mais procurados pelas empresas de tecnologias de informação nos
cargos de chefia são: account manager, business development manager, sales manager e channel
manager, exigindo-se conhecimentos profundos sobre determinados tipos de clientes, como por
exemplo, a banca e outras instituições financeiras, indústria e a administração pública; nas áreas
mais técnicas procuram-se sobretudo technical account managers e engenheiros de
desenvolvimento e integração de software, de business intelligence e de tecnologias de
comunicações como ADSL, optical e IP (eWeek, 2007).
Deste modo, pode-se constatar que todos os perfis estão muito interligados ao conhecimento,
tanto ao nível do saber científico, como do saber fazer, reflectido na experiência prática de uso de
diferentes tecnologias e de interacção com as equipas de trabalho e com o mercado, o que
evidencia uma vez mais a importância, nesta área de negócios, do acesso aos recursos humanos
com as competências necessárias.
- Listagens de prémios anuais, constantes nas revistas da especialidade, como são os casos da
Semana Informática e da VDI, e prémios anuais concedidos pelo IAPMEI e pela COTEC que
se encontram descritos nos respectivos sites;
- Inquéritos realizados por e-mail ou via telefónica às empresas, cuja informação não era
satisfatória. As questões colocadas incidiam sobre certificações obtidas, tipo de inovações
realizadas e prémios recebidos.
Para validar esta hipótese, ir-se-á utilizar o indicador de desempenho financeiro anteriormente
referido (rendibilidade supranormal).
Quanto às estatísticas, ir-se-á recorrer ao método Hierarquical Linear Model (Hofmann, 1997).
Esta técnica estatística, pretende evidenciar o grau de explicação de uma determinada variável
através dos efeitos entre grupos e dentro dos grupos (Bryk e Raudenbush, 1992), sendo muito
utilizada em estudos sobre educação, de modo a perceber-se se o desempenho escolar dos alunos
varia em função das escolas que frequentam - variação entre grupos - ou das turmas onde
assistem às aulas - variação dentro dos grupos (Burstein, 1980).
competidores dos grupos com melhor desempenho financeiro que, em princípio, são os que
apresentam vantagens competitivas fortes na qualidade e na inovação.
Para este efeito, serão consideradas todas as empresas presentes na amostra, tentando identificar
claramente quais os competidores directos. Porém, não existiu a preocupação de identificar a
intensidade com que cada empresa actua em cada segmento, isto porque, havendo maior
similaridade no domínio tecnológico e no conhecimento dos clientes, facilmente as empresas
ocupam o mesmo espaço competitivo, independentemente se trabalham mais no segmento A ou
B, gerando maiores níveis de confronto (Porac et al, 1989). Assim, as variáveis definidas têm em
vista os mercados servidos e a oferta disponibilizada pelas diversas empresas. Como tal, as
empresas que tenham uma grande coincidência de mercados abrangidos e de tipologia de oferta,
tendem a concorrer mais fortemente entre si (Leask e Parker, 2007).
Para se medir a importância dos comportamentos empresariais de cada competidor para o seu
desempenho financeiro, foi considerada a seguinte tipologia de actuação:
- Grau de internacionalização;
Como tal, começa-se por medir o impacto individual de cada tipo de actuação, de forma a
identificar-se a área onde reside a origem da criação de valor. Em virtude das diferentes
condições competitivas dos grupos estratégicos, a análise irá ser realizada a dois níveis:
Por fim, ir-se-á realizar uma análise integrada dos diferentes tipos de actuação, a fim de se
procurar explicar a influência das variáveis utilizadas para caracterização dos comportamentos
empresariais no nível de desempenho financeiro, em cada grupo e no sector nacional das
tecnologias de informação.
Para aferir o impacto integrado dos tipos de actuação no desempenho financeiro, foram ainda
utilizadas as seguintes três variáveis estruturais, consideradas importantes no sector:
A idade das empresas (ID), pretende ser um indicador do ciclo de vida das empresas, em virtude
de que os níveis de crescimento, de investimento e a própria postura estratégica, costumam estar
associados ao número de anos de existência de cada competidor (KPMG e EIM, 2000). De
referir, que este sector, derivado das constantes inovações tecnológicas e da concorrência à escala
global, caracteriza-se por apresentar um nível elevado de falências nos primeiros anos de vida
(Freire, 2000).
No que diz respeito à dimensão das empresas (DIM), o observatório europeu das PME, refere que
esta é a variável chave para o desenvolvimento das empresas de menor dimensão, visto que, na
maioria dos casos, estes competidores apresentam maior risco para as entidades financeiras e, por
isso, têm menos acesso ao capital necessário para financiar o seu crescimento (KPMG e EIM,
2000). Tendo em consideração a reduzida dimensão das empresas nacionais do sector das
tecnologias de informação, faz todo o sentido a colocação desta variável de controlo.
Quanto aos recursos financeiros (RF), estes são fundamentais para a obtenção dos restantes
recursos necessários ao regular funcionamento da actividade de exploração. Inclusivamente,
diversos estudos já comprovaram que o posicionamento estratégico é condicionado pelo
equilíbrio da estrutura financeira (por exemplo, Balakrishnan e Fox, 1993).
Os dados relativos a estas três variáveis, foram retirados da base de dados SABI.
De forma resumida, apresentam-se os seguintes esquemas que representam a lógica das relações
que pretendemos estabelecer para medir o impacto dos tipos de actuação no desempenho
financeiro das empresas do sector das tecnologias de informação, identificando a origem da
criação de valor.
Grau de Grau de
especialização Diferenciação e
Grupo 1 produtos e mercados Custos
Grau de
especialização Grupo n
produtos e mercados
Sector das
Tecnologias de Informação
Grupo 1
Grupo n
Grupo 1 Sector das
Grau de Tecnologias de
Grupo n
Diferenciação e
Custos Sector das
Tecnologias de informação
Grau de Singularidade
Internacionalização versus
Grupo 1 Similaridade
Grau de Grupo n
Internacionalização
Variáveis de
Sector das Controlo
Tecnologias de informação
Idade
Dimensão
Recursos
Financeiros
Grupo 1
Singularidade Grupo n
versus Similaridade
Sector das
Tecnologias de informação
No presente trabalho de investigação, foram adoptadas essas categorias para medir o foco da
actividade de cada empresa, tendo em conta os mercados servidos e os vários produtos
oferecidos. Optou-se por medir a amplitude dos segmentos alvo desta forma, em virtude de se ter
identificado que muitas empresas, embora presentes em diversos mercados e oferecendo várias
soluções, possuíam competências específicas em determinados tipos de clientes ou de produtos e
que, por esse motivo, detinham maior importância no volume de negócios. Assim, era importante
criar medidas de intensidade para além da simples identificação da presença nos diferentes
mercados e produtos. Nesse sentido, as categorias consideradas tiveram em referência o peso do
mercado mais servido e o peso do produto mais importante no volume de negócios de cada
empresa. Como tal e de acordo com a adaptação da metodologia elaborada por Rumelt (1974),
foram criadas as categorias a seguir apresentadas.
No que diz respeito aos mercados, teve-se em consideração as subsecções definidas na revisão
2.1 da classificação portuguesa das actividades económicas (por exemplo, subsecção CA –
industrias extractivas de produtos energéticos ou subsecção DB – industria textil). Relativamente
à tipologia de oferta, utilizou-se, mais uma vez, as definições do IDC de soluções integradas e,
para as empresas de carácter comercial, as de hardware e software.
- Informações constantes nos sites corporativos de cada empresa relativamente à oferta e aos
mercados servidos;
- Artigos sobre as empresas e entrevistas aos gestores constantes nas revistas da especialidade,
como são os casos da Semana Informática, Computer World, Channel Partner e Exame
Informática;
- Contactos realizados por e-mail ou via telefónica às empresas, cuja informação não era
satisfatória, questionando sobre o peso no volume de negócios, do mercado e produto com
maior importância.
Neste sentido, serão utilizadas as variáveis definidas na hipótese 2 relativas ao grau de inovação e
qualidade. Relativamente às variáveis que pretendem avaliar o grau de adequação e o grau de
eficiência há que referir:
soluções à medida, poderá aparentemente parecer que possui uma enorme preocupação com a
adequação. Porém, se servir 50 mercados diferentes, verifica-se que a sua actividade está na
realidade dispersa por diferentes tipos de clientes. Para identificar a informação necessária à
construção do indicador, consultou-se os sites corporativos e comparou-se com o directório
do IDC (2006 e 2007). Os sectores de actividade foram considerados segundo as secções da
CAE (revisão 2.1);
- Grau de eficiência: a variável que mede a eficiência congrega os valores normalizados de dois
indicadores usualmente referenciados na área financeira (por exemplo Neves, 2000a, 2002 e
Menezes, 2003) e em vários estudos empíricos (como é o caso de Lawless et al, 1989).
Porém, para além da rapidez na realização dos processos de trabalho é essencial medir o nível
de recursos despendidos para garantir os níveis de actividade pretendidos. Por isso, o segundo
indicador denominado de eficiência de custos, pretende evidenciar a capacidade que a
empresa tem para realizar o seu ciclo de exploração, minimizando os custos necessários
(inputs) face aos outputs gerados (volume de negócios) e dando uma medida de gastos por
cada unidade monetária vendida. A comparação entre outpus e inputs da actividade é,
inclusivamente, uma das medidas mais utilizadas para medir a eficiência das operações
(Chase e Aquilano, 1997). Deste modo, quanto menores forem os recursos despendidos para
se gerarem os resultados, mais eficiente é a actividade da empresa. Nesse sentido, a eficiência
pode ser melhorada de duas formas (Koopmans,1951): produção dos mesmos outputs
reduzindo os inputs utilizados; aumentar os outputs com o mesmo nível de inputs utilizados
na actividade.
Pretende-se salientar que, em alternativa à eficiência de custos, poderia ser utilizado o rácio
rotação do activo (volume de negócios sobre activo líquido). Contudo, a sua utilização é mais
adequada nos negócios de volume. Neste tipo de negócios, a margem comercial face aos custos
directos dos produtos vendidos tende a ser curta e com pouca flutuação. Por isso, o sucesso
financeiro depende da optimização dos recursos através da capacidade para se obterem
economias de escala, ou seja, conseguir-se vender mais com os mesmos recursos. Assim, a
rendibilidade é gerada, sobretudo, através da optimização da utilização dos recursos e não pela
optimização da qualidade dos processos de trabalho. Nestas empresas, a comparação entre o
volume de negócios e os custos operacionais não faz sentido, porque são os níveis de custos das
mercadorias vendidas e das matérias consumidas e dos fornecimentos e serviços externos que
determinam a eficiência operacional e não a forma como se realizam os processos de trabalho.
No sector das tecnologias de informação, com excepção das empresas puramente comerciais,
que não têm um peso relevante na amostra (16%), a optimização dos recursos internos é feita
através de economias de experiência, isto é, através da capacidade para fazer melhor, criando
uma oferta mais diferenciada e valorizada. Por isso, um indicador que compare os outputs
(volume de negócios) gerados no período com os inputs necessários (custos) relativos aos
recursos utilizados nos processos de trabalho, mede melhor a eficiência operacional destas
empresas. Mesmo nos competidores com maior vertente comercial, em que se observa uma
progressiva incorporação dos serviços na oferta, o foco do sucesso vai transitar rapidamente das
economias de escala para as de experiência.
Quanto à metodologia estatística, irá ser realizado novamente um modelo de regressão com 4
variáveis explicativas.
Ao nível das metodologias estatísticas, ir-se-á utilizar novamente a análise de clusters, dividindo
as empresas em grupos consoante o tipo de vantagens competitivas que desenvolvem.
Com este procedimento, está-se a seguir a mesma metodologia de diversos estudos sobre
estratégia empresarial. Vejam-se os casos de Dess e Davis (1984), Kim e Lim (1988), West
(1990), Fiegenbaum e Thomas (1995) e Shah (2007).
De salientar que, mais uma vez, a análise de clusters irá ser realizada através da utilização de
vários métodos para se observar a robustez dos resultados estatísticos.
Para tal, ir-se-á realizar um modelo de regressão univariada que vai relacionar a rendibilidade
supranormal com o grau de internacionalização das empresas do sector das tecnologias de
informação.
Para se medir a opção pela internacionalização da actividade, ir-se-á usar o peso das vendas para
os mercados externos, no total do volume de negócios das empresas. Tal indicador, é utilizado
pela grande generalidade dos estudos empíricos sobre esta área de investigação, bem como pelo
QREN, no âmbito da avaliação dos projectos no sistema de incentivos à inovação, relativamente
à capacidade de internacionalização das empresas.
A análise irá ser complementada com a identificação do tipo de modalidade de entrada nos
mercados internacionais (exportações, investimentos directos e projectos).
De referir que, para se apurar o grau de internacionalização de cada empresa, foram consultadas
as seguintes fontes de informação:
- Sites corporativos;
- Relatórios e contas.
Quadro 33: Variáveis e estatísticas para medir a relação entre internacionalização e inovação
Variáveis Estatísticas
VARIÁVEL DEPENDENTE: Grau de inovação
definido na hipótese 3
VARIÁVEL INDEPENDENTE: Regressão Univariada
Grau de internacionalização (GI): definido
na hipótese 7
- Construção de uma variável que mede a distância entre as estratégias de uma empresa face às
características do seu grupo estratégico. A distância média das estratégias de cada empresa
tem em consideração os valores constantes nas estratégias de actuação abordadas: amplitude
dos segmentos alvos (grau de especialização e contactos multimercado); grau de
diferenciação versus custos (grau de adequação, grau de eficiência, grau de qualidade e grau
de inovação); mercado geográfico de actuação (grau de internacionalização).
- Para se medir o nível de maior ou menor similaridade, divide-se este valor pelo da empresa
que obteve um coeficiente mais alto de diferenciação. Assim, no máximo este valor irá ser
igual a 1, correspondendo à empresa mais diferenciada. Por outro lado, quanto menor for este
valor, mais similar a empresa é relativamente aos restante membros do grupo;
- Como se pretende evidenciar o grau de similaridade, ou seja, que quanto maior é o indicador
maior é a similaridade, a fórmula final baseia-se na subtracção à unidade do resultado
anterior, fazendo chegar à seguinte conclusão: empresas com um indicador elevado são mais
similares enquanto as com valores mais próximos do zero apresentam um maior grau de
diferenciação face aos restantes membros do seu grupo estratégico.
Legenda:
RS = rendibilidade supranormal; IM = intensidade da presença nos mercados servidos; IP =
intensidade da presença nos produtos oferecidos; CMM = contacto multimercado; GA = grau de
adequação; GIN = grau de inovação; GQ = grau de qualidade; GE = grau de eficiência; GI =
grau de internacionalização; NS = nível de similaridade
Legenda:
RS = rendibilidade supranormal; ID = idade; DIM = dimensão; RF = recursos financeiros; IM =
intensidade da presença nos mercados servidos; IP = intensidade da presença nos produtos
oferecidos; CMM = contacto multimercado; GA = grau de adequação; GIN = grau de inovação;
GQ = grau de qualidade; GE = grau de eficiência; GI = grau de internacionalização; NS = nível
de similaridade
Para o efeito, procedeu-se à análise de clusters. De modo a garantir a fiabilidade das soluções
encontradas, foram realizados os diversos procedimentos referidos por Reis (2001):
De acordo com Reis (2000), embora existam várias medidas de proximidade, verifica-se que, na
prática, independentemente do tipo de variáveis estudadas, são apenas utilizadas as diferentes
versões da distância Euclideana (distância Euclideana ao quadrado e distância Euclideana). No
presente trabalho, utilizou-se a distância Euclideana ao quadrado, que é a que surge por defeito
no SPSS. Quanto aos métodos hierárquicos, foram utilizados os 5 mais referidos pela
bibliografia, que se podem definir do seguinte modo (Reis, 2001):
- Single linkage ou critério do vizinho mais próximo: define como semelhança entre dois
grupos a semelhança máxima entre quaisquer dois casos pertencentes a esses grupos;
- Complete linkage ou critério do vizinho mais afastado: a distância entre dois grupos é
definida como sendo a distância entre os seus elementos menos semelhantes;
- Média dos grupos (average linkage): define a distância entre dois grupos pela média das
distâncias entre todos os pares de indivíduos constituídos por elementos de ambos os grupos;
- Centróide: a distância entre dois grupos é determinada pela distância entre os seus centróides
(pontos médios de cada grupo definidos em função das variáveis que caracterizam os
elementos de cada grupo);
- Ward: tem por base a informação perdida no agrupamento dos elementos que é medida
através da soma dos quadrados dos desvios das observações individuais face às médias dos
grupos.
Analisando a coerência entre as soluções obtidas através dos diferentes métodos, verifica-se que
existem resultados coincidentes em 100%, com excepção para os agrupamentos encontrados pelo
Single linkage, que englobou praticamente todas as empresas (93) num único grupo. Tal, fica a
dever-se ao processo de cálculo deste método, que tem tendência para produzir agrupamentos em
cadeia. Por isso, no presente estudo, o Single linkage não se revelou o método mais apropriado
para evidenciar as diferenças entres as empresas analisadas.
de serviços que tem como objectivos principais pôr a funcionar, de forma integrada,
diferentes equipamentos e aplicações informáticas. Para além disso, algumas destas empresas
apresentam já alguma capacidade de desenvolvimento de produtos próprios e, por isso, a sua
oferta apresenta valores acrescentados bastante superiores face ao grupo anterior (quadro 36);
Quadro 36: Médias das variáveis utilizadas para a identificação dos grupos estratégicos
Produtores de Prestadores de
Dimensões Variáveis Comerciais Integradores
software Serviços
Integração Vertical VAB / VN 8,43% 27,25% 49,68% 57,46%
VN HW / VN 84,38% 31,95% 0,00% 2,73%
Diversificação de
VN SW / VN 9,20% 15,93% 88,59% 3,78%
negócios
VN SERV / VN 6,42% 52,12% 11,41% 93,50%
Na figura seguinte, que relaciona as variáveis peso nos serviços e nível de integração vertical,
procura-se posicionar as empresas da amostra trabalhada.
Foco 100,00%
95,00%
Produção 90,00%
Prest. Serviços
85,00%
80,00%
Prod. Software
75,00%
70,00%
65,00%
Grau de Integração Vertical
60,00%
55,00%
50,00%
45,00%
40,00%
35,00%
30,00%
25,00%
Foco 20,00%
Comércio
15,00%
Integradores
10,00%
5,00%
0,00%
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%
Pode-se observar que, a identificação de grupos estratégicos obtida através da análise de clusters
coincide com a tipificação genérica de competidores realizada aquando da análise da
atractividade do sector nacional das tecnologias de informação (empresas que comercializam
produtos e prestam serviços standardizados e empresas que produzem software e soluções
integradas).
Neste contexto verifica-se que dois dos grupos (Prestadores de Serviços e Produtores de
Software) têm um foco essencialmente na produção própria, distinguindo-se pelo nível de
serviços associado à actividade e que os restantes grupos adoptam um posicionamento claro na
comercialização, um dos quais (Integradores) numa posição intermédia (stuck in the middle).
Assim, constatou-se que existia uma coincidência de 95% na constituição dos grupos
estratégicos, apenas não existindo coincidência em 5 empresas (com um grau de significância
inferior a 0,05) o que, mais uma vez, evidencia a validade da solução encontrada.
Com vista a verificar eventuais diferenças de desempenho financeiro entre os grupos estratégicos,
foi utilizado o teste ANOVA Oneway (análise de variância de K médias). Os seus resultados
indicam que existem diferenças significativas de desempenho financeiro, tendo em consideração
o indicador rendibilidade supranormal, conforme os testes estatísticos a seguir referidos:
- Assim, foi calculado o teste Kruskal – Wallis, que mais uma vez confirmou existirem
diferenças relevantes no indicador rendibilidade supranormal de cada grupo: Chi-square =
29,192 com 3 graus de liberdade nível de significância 0,000 (Rejeição da hipótese de
igualdade de médias);
- Para se apurar sobre que grupos existiam diferenças no desempenho financeiro, recorreu-se
aos testes de comparações múltiplas que evidenciaram existir diferenças significativas entre
os Prestadores de Serviços e os Produtores de Software, face aos Comerciais e Integradores,
conforme quadro 37:
Deste modo, verifica-se que as empresas com maior foco da sua actividade na concepção e
produção, apresentam um melhor desempenho financeiro relativamente às empresas com uma
oferta baseada na simples comercialização de produtos ou serviços mais standardizados.
Tendo em consideração o comportamento das empresas face às estratégias de diversificação de
negócios e de integração vertical, é possível verificar algumas relações interessantes com base
nos cálculos apresentados no Anexo G:
Quadro 38: Herfindal índex e peso das subsidiárias de cada grupo estratégico
Grupo Estratégico Média do Herfindal Index Peso das subsidiárias
Barreiras de mobilidade
Para aferir sobre o grau de inovação e de qualidade das empresas foram utilizadas escalas com
diversos critérios (definidos no quadro 24 do capítulo anterior) e que se referem a seguir de forma
sintetizada:
- Grau de inovação (escala de 1 a 7): que inclui nível e tipos de inovação (adaptativa,
incremental e de ruptura) e prémios obtidos (nacionais e internacionais);
- Grau de qualidade (escala de 1 a 13): níveis de certificações (produtos e processos) e prémios
obtidos (nacionais e internacionais).
Recorrendo aos testes de comparações múltiplas e tendo em referência os resultados dos testes
Scheffet e Dunnett’s C, podemos chegar às seguintes conclusões:
- Grau de Qualidade: observa-se que o grupo dos Comerciais apresenta valores inferiores aos
grupos Produtores de Software e Prestadores de Serviços. O teste Dunnet’s C evidencia
também diferenças significativas entre os Produtores de Software e os Integradores;
- Grau de Inovação: observa-se, mais uma vez, que o grupo dos Comerciais apresenta valores
médios muito inferiores aos restantes grupos; porém, também se verificam diferenças
significativas entre os Integradores e os Prestadores de Serviços.
Sendo assim, pode-se afirmar que existem evidências que, de facto, a diferenciação da oferta pelo
desenvolvimento da qualidade e da inovação, estão associadas ao desempenho financeiro. Os
Produtores de Software tendem a distanciar-se dos grupos com menor rendimento através dos
indicadores de qualidade; já os Prestadores de Serviços tendem a construir barreiras com base na
inovação.
Considerando a importância dos recursos humanos nesta actividade, mediu-se o peso do pessoal
na estrutura de custos operacionais e o valor do custo por colaborador, conforme apresentado no
quadro seguinte.
Mais uma vez, os pressupostos da ANOVA não se verificaram e teve-se que recorrer à análise do
teste não paramétrico Kruskal – Wallis. Porém, os resultados são coincidentes e evidenciam
diferenças significativas em ambas as variáveis testadas:
- Custo por colaborador: ANOVA com F = 10,769 e significância de 0,000; Kruskal – Wallis
com Chi square de 20,114 e significância de 0,000.
No que diz respeito ao custo por colaborador, conseguiu-se apurar diferenças significativas entre
os Produtores de Software e os restantes grupos. Face à grande diferença de valores desse grupo
para com os outros, a fim de se averiguar diferenças significativas entre os restantes, teve-se que
proceder a uma nova análise incluindo apenas os Comerciais, os Integradores e os Prestadores de
Serviços. Desta forma, verificou-se que os Prestadores de serviços também apresentavam custos
por colaborador significativamente superiores aos Comerciais.
Concluindo, para além dos grupos estratégicos com maior capacidade de inovação e de qualidade
possuírem um melhor desempenho financeiro, há indícios que estes recorrem a recursos humanos
mais qualificados. Por isso, o acesso aos colaboradores com qualificações e com competências
únicas, tanto em quantidade como em qualidade, é um factor determinante na criação de uma
barreira de mobilidade entre os grupos estratégicos.
A observação da heterogeneidade dentro dos grupos teve por base a análise da média da distância
Euclideana ao quadrado das variáveis utilizadas para definir os grupos estratégicos (integração
vertical e diversificação de negócios), que mede a semelhança ou a dissemelhança de cada
empresa face aos restantes membros do seu grupo estratégico. Os valores médios encontrados por
grupo estratégico foram os seguintes:
A análise dos resultados da ANOVA e do teste Kruskal – Wallis, permitem observar diferenças
significativas entre os grupos (ambos apresentam níveis de significância de 0,000). Quanto aos
testes de comparações múltiplas, considerando novamente os resultados do Scheffet e do
Dunnett’s C (não se verificou a igualdade de variâncias), constatou-se que a diferença de valores
Deste modo, pode-se concluir que os grupos com melhor desempenho financeiro, os Prestadores
de Serviços e os Produtores de Software (conforme validado na hipótese número 1), apresentam
uma identidade mais forte, o que sugere que nesses grupos, a rivalidade tenda a ser menor.
Uma primeira análise dos dendogramas resultantes da aplicação dos diferentes métodos de
constituição de clusters, evidenciou-nos que as empresas facilmente competem entre si, sendo
difícil tomar a decisão de qual a distância correcta para separar as várias empresas em diferentes
grupos.
No entanto, utilizando os métodos Average Linkage e Complete Linkage, onde existiu uma
coerência de 92% na constituição de grupos competitivos (apenas 9 empresas não coincidiam),
obtivemos os seguintes resultados:
dos diferentes grupos estratégicos: 12 dos Integradores, 8 dos Comerciais, 6 dos Produtores de
Software e 21 dos Prestadores de Serviços.
Esta situação, pode explicar-se pela menor atractividade do contexto inerente às empresas com
maior vertente comercial, onde as margens têm vindo a diminuir ao longo dos últimos anos, fruto
da generalização dos hardwares e softwares a nível global que tem possibilitado um maior poder
negocial aos clientes e provocado uma maior rivalidade entre empresas, seja através dos
competidores existentes ou da ameaça de entrada por parte de concorrentes, principalmente
internacionais, o que confirma os diferentes impactos das 5 forças do modelo de Porter,
verificados na análise da atractividade realizada ao sector nacional.
Face a condições tão adversas, não é de surpreender que se verifique, conforme também referido
por vários autores (por exemplo, Meneses, 2003 e IQF, 2005), na generalidade dos competidores
com uma oferta mais standardizada (onde se incluem as empresas dos grupos Comerciais e
Integradores), um esforço no sentido de incorporarem cada vez mais os serviços na actividade e
de fortalecerem a sua capacidade de produção própria, tentando entrar nos posicionamentos mais
atractivos.
Para além da importância do posicionamento das empresas nos negócios e na cadeia de valor do
sector, pretendeu-se demonstrar o impacto da rivalidade competitiva no desempenho financeiro.
Como tal, através do desenvolvimento dos trabalhos correspondentes à hipótese 3 (Nos grupos
estratégicos o desempenho financeiro é mais condicionado pela rivalidade intra-grupo do que
pela rivalidade inter-grupos) ficou evidente que dentro dos grupos com estratégias semelhantes,
as empresas tinham maior tendência para competir do que para colaborar, não se verificando os
princípios de Caves e Porter (1977), que sustentavam que as empresas constituintes de um grupo
estratégico colaboravam na construção de barreiras de mobilidade.
Todos os modelos de regressão utilizados foram sujeitos aos seguintes testes propostos por Pinto
e Curto (1999), que validaram a sua utilização:
- Independência dos erros: o teste de Durbin – Watson, permite verificar a não existência de
qualquer dependência entre os erros de diferentes períodos. Contudo, não tivemos em
consideração este teste, porque analisámos apenas um exercício económico;
- Normalidade dos erros: verificámos a normalidade dos erros através da representação gráfica
e do teste Jarque – Bera. Observámos que, quando existiam problemas relativos à
normalidade, deviam-se à existência de 2 outliers na amostra. Por isso, nessas situações
optámos por verificar também os modelos sem outliers a fim, de percebermos se haviam
diferenças de resultados. Sempre que tal sucedeu, é referido no texto. No entanto, mesmo nos
modelos sem outliers, houve dois casos em que não se verificou a normalidade. Contudo,
nesses casos, face à dimensão da amostra, constituída por 110 empresas, podemos considerar
igualmente os resultados robustos (Moutinho e Hutcheson, 2008);
Todavia, o grupo dos Produtores de Software, inclui apenas 9 empresas o que impossibilita a
realização de modelos de regressão linear. Assim, neste caso foram somente observados os
coeficientes de correlação entre as variáveis estudadas.
Com o objectivo, de se apresentar uma primeira imagem do tipo de relações determinadas entre
os comportamentos empresariais e o desempenho financeiro, apresentam-se de seguida os
coeficientes de Pearson, que mostram o sinal e a intensidade dessas relações ao nível do sector,
entre as variáveis estratégicas estudadas e a rendibilidade supranormal.
- As variáveis qualidade e inovação estão muito correlacionadas e, por isso, quando analisadas
em conjunto, explicam o mesmo;
- Isto é particularmente relevante na inovação, porque para além da forte correlação com o
grau de qualidade, apresenta ainda uma grande associação às variáveis relativas ao grau de
adequação, de internacionalização e de capacidade de realização de contactos multimercado.
Para além destes coeficientes de correlação determinados ao nível do sector, foram ainda
observadas as relações existentes entre as variáveis estudadas dentro de cada grupo estratégico
definido, obtendo-se resultados semelhantes. Por isso e embora ao longo da análise, sempre que
se justifique, sejam feitas referências às relações mais fortes entre as variáveis, são apresentados
no Anexo G os quadros relativos aos coeficientes de Pearson de cada grupo estratégico.
Quanto ao grupo estratégico Produtores de Software, face ao número reduzido de empresas (9)
conforme anteriormente referido, determinaram-se os seguintes coeficientes de correlação:
Pela análise dos resultados obtidos, pode-se observar que o grau de especialização de produtos e
mercados tem impacto no desempenho financeiro, tanto do sector como dos diferentes grupos
estratégicos, havendo a referir:
- O poder explicativo dos modelos de regressão utilizados, avaliado através do p-value (quadro
45), é significativo para um nível de confiança de 95% no caso do sector e do grupo dos
Comerciais, enquanto nos Integradores e nos Prestadores de Serviços, apenas é
estatisticamente relevante para um intervalo de confiança de 90%;
- As variáveis intensidade da presença nos mercados e nos produtos, tanto no sector como nos
diversos grupos, apresentam um coeficiente negativo, o que significa que a especialização
em mercados ou em determinados produtos favorece o desempenho financeiro face às opções
de maior diversificação da estratégia de produtos e de mercados;
- Por último, verifica-se que a variável representativa dos contactos multimercado detém
valores significativos e positivos (sector e grupos), evidenciando que a presença em vários
segmentos e o maior contacto com outros competidores poderá levar a uma diminuição da
rivalidade e a um favorecimento da rendibilidade potencial de cada player.
No que diz respeito ao tipo de actuação ao nível dos produtos e dos mercados, verificou-se, ainda,
se existiam evidências estatísticas significativas de que os diferentes posicionamentos
(focalização em produtos e mercados, focalização no mercado e extensão de produtos,
focalização no produto e extensão dos mercados e diversificação de produtos e mercados),
poderiam ter impacto no desempenho financeiro das empresas. Para realizarmos tal análise,
cruzámos as categorias criadas nas variáveis intensidade da presença nos mercados e nos
produtos, com os posicionamentos identificados (quadro 47):
Analisando os níveis de desempenho financeiro médios por cada posicionamento (quadro 48)
verifica-se que a Focalização nos Produtos e Mercados e nos Produtos e Extensão dos Mercados
correspondem a posicionamentos com médias de rendibilidade supranormal positivas.
Assim, verifica-se que um maior grau de especialização (em especial numa determinada
tecnologia) favorece a rendibilidade supranormal. Para além disso, as competências fortes num
determinado tipo de produto, que permitam um alargamento progressivo dos mercados alvo,
também têm impacto positivo no desempenho financeiro das empresas do sector das tecnologias
de informação.
No entanto, é de destacar que o grau de inovação (GIN), embora sendo uma das variáveis
referidas pelos especialistas sectoriais como um dos principais factores de sucesso, não apresenta
um nível de significância relevante. Tal fica a dever-se à grande correlação que apresenta com o
grau de qualidade (coeficiente de Pearson de 0,62), ou seja, as empresas inovadoras são também
as que apresentam uma oferta com maior grau de complexidade e fiabilidade. Por isso,
analisando as duas variáveis em conjunto, acabam por explicar partes semelhantes do
desempenho financeiro, bastando o grau de qualidade para analisar o efeito sobre a rendibilidade
supranormal.
No que diz respeito aos grupos estratégicos, é de salientar a importância da eficiência nos grupos
onde a actividade comercial tem maior peso (Integradores e Comerciais). No caso dos
Integradores, após se efectuar o teste de White, em virtude de mais uma vez a homogeneidade de
variância não se verificar, observou-se que o grau de inovação passou também a ser relevante
para α < 0,1 (p-value = 0,0575).
Quanto aos Comerciais, realizando o modelo sem outliers, os graus de adequação e de qualidade
obtêm igualmente relevância para α < 0,1 (p-values de 0,0721 e de 0,0683 respectivamente).
No grupo dos Prestadores de Serviços, face à forte correlação do grau de inovação com o de
qualidade (coeficiente de Pearson de 0,85) e à menor importância do grau de adequação,
efectuou-se o modelo de regressão apenas com as variáveis com maior poder explicativo da
rendibilidade supranormal e chegou-se aos resultados apresentados no quadro seguinte:
Assim, relativamente aos Prestadores de Serviços e aos Produtores de Software, verifica-se que,
embora a eficiência continue a ser relevante, é a inovação que detém maior importância na
explicação do desempenho financeiro.
Para se testar a possibilidade de que as empresas com melhor desempenho financeiro serem
aquelas que desenvolvem em simultâneo diversos factores de competitividade, foi realizada outra
vez a análise de clusters, dividindo as empresas em grupos, de acordo com as suas características
em cada variável representativa do tipo de diferenciação e da eficiência de custos.
Deste modo, a solução encontrada determinou cinco grupos de empresas onde se observaram as
características a seguir apresentadas em termos de factores de competitividade e de desempenho
financeiro.
Assim, verificou-se que o grupo 3 é aquele que inclui as empresas com maiores capacidades ao
nível dos factores de competitividade e, em simultâneo, aquele que, de longe, apresenta o melhor
desempenho financeiro. O grupo 4, é o segundo com melhores resultados relativamente à
rendibilidade supranormal e aos factores de competitividade, com excepção do grau de
adequação, onde o grupo 2 apresenta melhor desempenho. Os grupos 2 e 3, são os que
apresentam piores desempenhos ao nível dos factores de competitividade e menor rendibilidade
supranormal e o grupo 5, representa uma empresa que detém o grau de eficiência bastante
negativo relativamente aos restantes competidores.
É de salientar, que tanto a ANOVA como o teste Kruskal – Wallis, mostram que as diferenças
são significativas nos diferentes factores de competitividade e no desempenho financeiro (nível
de significância < 0,01 em ambos os testes). De destacar os resultados dos testes de comparações
múltiplas ao nível da rendibilidade supranormal, que evidenciam a existência de resultados
significativamente diferentes, num intervalo de confiança de 95%:
- O teste Dunnet’s C, verifica diferenças relevantes entre os grupos 3 e 4 face aos grupos 1 e 2
com pior desempenho financeiro.
Deste modo, fica demonstrado que as empresas com melhor desempenho nos vários factores de
competitividade (grupo 3), são as que reflectem também um melhor desempenho financeiro,
mostrando que um maior grau de diferenciação, obtido através dos melhores níveis de adequação,
de qualidade e de inovação da oferta, não é impeditivo da existência de uma boa eficiência dos
processos internos da actividade, ou seja, do desenvolvimento das várias vantagens competitivas
em simultâneo.
Por outro lado, tal como já referido quando da anterior análise e discussão dos resultados
relativamente às barreiras de mobilidade (hipótese 2), a capacidade de inovação e de qualidade,
são factores de competitividade que assentam fundamentalmente no know-how e qualificações
dos recursos humanos disponíveis.
Tal, é comprovado pelo facto de os grupos com melhor desempenho nesses factores de
competitividade (grupos 3 e 4 referidos no quadro anterior) e na rendibilidade supranormal,
apresentarem também um valor significativamente superior no indicador IRH – importância dos
recursos humanos avaliado pelo peso dos custos com pessoal relativamente ao volume de
negócios - face aos restantes grupos (de acordo, com as estatísticas dos testes de comparações
múltiplas Scheffet e Dunnet’s C), conforme apresentado no quadro seguinte.
Tendo por base os valores apresentados no quadro 54, verifica-se que o grau de
internacionalização, embora relevante ao nível do sector (coeficiente = 0,133966 com p-value =
0,013231), não apresenta uma correlação forte com o desempenho financeiro das empresas dos
grupos estratégicos Comerciais e Prestadores de Serviços e apenas tem algum poder de
explicação nos Integradores para um nível de significância de 10%. Ou seja, de acordo com os
resultados obtidos a hipótese 7 não é confirmada relativamente aos grupos estratégicos
Comerciais e Prestadores de Serviços, contudo verifica-se que a internacionalização poderá
explicar uma pequena parte do desempenho financeiro dos Integradores e do sector em geral.
Esta informação revela uma preocupação com os mercados de proximidade (no caso o
espanhol) e a prioridade dada a mercados com dimensão e taxas de crescimento económico
atractivas que apresentam uma maior semelhança cultural, facilitando a optimização dos
recursos e a conversão das aplicações, uma vez que a própria afinidade linguística diminui os
custos de alterações nos equipamentos e nos softwares;
- A generalidade das empresas refere que tem vindo a realizar o seu processo de
internacionalização por etapas, aferindo primeiro a atractividade dos mercados por meio de
exportações e de realização de projectos em conjunto com parceiros locais e, posteriormente,
nos mercados que se revelam de maior importância, optam pela realização de investimentos
directos;
Quanto ao impacto do nível de singularidade versus similaridade estratégica (NS), isto é, o nível
de semelhança ou de diferenciação face aos comportamentos de cada empresa relativamente à
identidade do seu grupo estratégico, foram obtidos os resultados apresentados no quadro
seguinte.
Com base nos valores apresentados no quadro 55, pode-se verificar que o nível de similaridade
versus singularidade não é um factor muito relevante para explicar o desempenho financeiro no
sector nacional das tecnologias de informação (coeficiente = 0,000113 e p-value = 0,998167) e
nos grupos estratégicos Integradores (coeficiente = -0,03719 e p-vaue = 0,690536) e Prestadores
de serviços (coeficiente = -0,01799 e p-value = 0,853371). Porém, pode-se observar que
apresenta alguma importância no grupo dos Comerciais sendo, neste caso, a rendibilidade
supranormal favorecida, com um maior grau de similaridade à identidade do grupo (coeficiente =
0,253699 e p-value = 0,045817).
Por outro lado, é interessante verificar que embora não sendo significativa nos Prestadores de
Serviços e não se conseguindo medir a sua importância no grupo Produtores de Software, o
coeficiente de correlação é igualmente negativo em ambos, o que significa que nestes grupos,
tendencialmente, a singularidade poderá sobrepôr-se à similaridade estratégica.
Para se explicar a influência das variáveis utilizadas para caracterização dos comportamentos
empresariais no nível de desempenho financeiro, em cada grupo e no sector nacional das
tecnologias de informação, foram consideradas três variáveis de controlo: dimensão, representada
pelo volume de negócios e pelo activo líquido, idade das empresas e os recursos financeiros.
Pelos testes realizados, observou-se que apenas as duas últimas se revelaram correlacionadas com
o desempenho financeiro.
Recursos
0,646 0,346 0,102 0,136 0,019 -0,225 0,412 0,160 0,107 0,357 1 0,049
Financeiros
Idade -0,125 -0,039 -0,074 0,047 -0,007 -0,016 0,014 -0,001 -0,069 0,0466 0,049 1
Deste modo, está-se em condições de apresentar os modelos de regressão linear que integraram
os diferentes comportamentos empresariais, de forma a evidenciar-se o nível global de
desempenho financeiro explicado.
(cont.)
Nível de Análise Resultados
Comerciais - R2 ajustado = 0,863431 p-value = 0,000000 *
- IM coeficiente = -0,01799; p-value = 0,143828
- IP retirado do modelo
- CMM coeficiente = 0,007376; p-value = 0,019188 **
- GE coeficente = 0,061006; p-value = 0,000571 *
- GA coeficiente = 0,186742; p-value = 0,006283 *
- GQ retirado do modelo
- GIN retirado do modelo
- GI coeficiente = 0,380988; p-value = 0,002494 *
- NS coeficiente = 0,344785; p-value = 0,001276 *
- RF coeficiente = 0,023544; p-value = 0,000428 *
- ID coeficiente = -0,00079; p-value = 0,205347
Prestadores de serviços - R2 ajustado = 0,675858 p-value = 0,000004 *
- IM retirado do modelo
- IP coeficiente = -0,02163; p-value = 0,022921 **
- CMM coeficiente = 0,003662; p-value = 0,060701 ***
- GE coeficente = 0,031637; p-value = 0,000199 *
- GA retirado do modelo
- GQ coeficiente = 0,007582; p-value = 0,035678 **
- GIN retirado do modelo
- GI coeficiente = 0,04511; p-value = 0,297597
- NS coeficiente = -0,19168; p-value = 0,098001 ***
- RF coeficiente = 0,006961; p-value = 0,309883
- ID retirado do modelo
Significativo para α < 0,01; ** Significativo para α < 0,05; *** Significativo para α < 0,1
- As variáveis que apresentavam p-values muito pouco significativos (por exemplo de 0,5 ou
0,8) foram retiradas dos modelos finais. Isto porque, tratavam-se de variáveis muito
correlacionadas com outras incluídas nos modelos e, por isso, pouco acrescentavam à
explicação do desempenho financeiro (Moutinho e Hutcheson, 2008). Este foi o caso da
inovação que se encontrava muito correlacionada com o grau de qualidade, de adequação, de
internacionalização e com a capacidade de multicontacto;
- Foram incluídas nos modelos variáveis que apesar de quando da sua análise individual se
tinham revelado pouco correlacionadas com o desempenho financeiro (grau de
internacionalização e de similaridade estratégica), mostraram ser importantes na explicação
global da rendibilidade supranormal. Este fenómeno deve-se ao facto de que a sua pouca
correlação com as restantes variáveis permite que a análise dos seus resultados explique
factores do desempenho financeiro que não são explorados por mais nenhuma variável
presente nos modelos de regressão (Kennedy, 2008). Assim, estas variáveis quando
analisadas por si só não são significativas mas, quando integradas nos modelos globais,
passam a ter importância na explicação da rendibilidade supranormal.
De seguida, passa-se à análise dos resultados obtidos no sector e nos diferentes grupos
estratégicos estudados:
- No grupo Comerciais: neste grupo, foram retiradas, mais uma vez, as variáveis relativas ao
grau de qualidade e de inovação, bem como a intensidade da presença nos produtos. O grau
de qualidade apresenta uma elevada correlação com o grau de eficiência e, por isso acaba por
perder relevância no modelo final. Quanto ao grau de inovação e à intensidade da presença
nos produtos, para além de não apresentarem relações significativas com o desempenho
financeiro deste grupo, encontram-se correlacionadas com outras variáveis (por exemplo o
grau de adequação), não acrescentando nada à explicação da rendibilidade supranormal.
Assim, destacam-se as seguintes variáveis pela sua maior importância na explicação do
desempenho financeiro: grau de eficiência, grau de internacionalização, nível de similaridade
estratégica, grau de adequação e contacto multimercado.
De destacar, que neste modelo onde foram integradas todas as variáveis significativas e se
verificaram todos os pressupostos de regressão (linearidade, homogeneidade da variância,
normalidade e multicolinearidade), o grau de similaridade, para além de relevante, apresenta
coeficiente positivo, o que significa que a maior similaridade estratégica face aos restantes
membros do grupo favorece o desempenho financeiro em prejuízo da singularidade. Deste
modo, julga-se que as dúvidas colocadas aquando do estudo isolado da similaridade ficam
desfeitas. Por fim, verifica-se, mais uma vez, a importância dos recursos financeiros e,
mesmo não apresentando um p-value significativo, a tendência para que a juventude das
empresas e o foco em determinados mercados, favoreçam o desempenho financeiro;
singularidade estratégica (neste grupo, o coeficiente é negativo, o que significa que quanto
menos similar a empresa for face aos restantes membros, melhor é o seu desempenho
financeiro). Nos Prestadores de Serviços, verifica-se que as variáveis de controlo utilizadas
(idade e recursos financeiros) não são importantes para explicar a rendibilidade supranormal.
Assim, verifica-se que, para além da forte relação existente entre os graus de qualidade e de
inovação, a qualidade está muito interligada à internacionalização e ao grau de eficiência. No que
diz respeito à inovação observa-se que se encontra bastante relacionada com as capacidades de
foco em determinados produtos e contactos multimercado, bem como com o grau de adequação e
com o nível de internacionalização. Deste modo, julga-se que fica evidenciado que o grau de
qualidade e de inovação, são a base de melhores resultados nas outras formas de actuação.
Verificou-se, também, que a opção pela internacionalização poderia ter impacto positivo no
desempenho financeiro do sector na sua generalidade. Contudo, é de referir que, com excepção
de cerca de uma dezena de competidores, esta estratégia ainda se encontra numa fase bastante
inicial na maioria das empresas, sendo os resultados estatísticos pouco significativos.
Para além disso, constatou-se que a criação de vantagens competitivas ao nível da diferenciação
(qualidade e inovação), que assentam fundamentalmente no know-how e qualificações dos
recursos humanos disponíveis, conforme estatisticamente evidenciado no quadro 53, se
encontrava muito correlacionada com o desenvolvimento das outras variáveis estratégicas
representativas dos comportamentos empresariais e, em consequência, com o desempenho
financeiro.
Quanto à análise do grau de singularidade versus grau de similaridade estratégica (hipótese 8),
observou-se que ao nível do sector e do grupo estratégico Comerciais, quanto maior fosse a
similaridade relativamente às características do grupo a que a empresa pertencia, melhor o
desempenho financeiro. Contudo, nos grupos Produtores de Software e Prestadores de Serviços, a
tendência era contrária, sendo o grau de singularidade estratégica no seio do grupo mais
importante para a obtenção de uma melhor rendibilidade supranormal. Deste modo, não deixa de
ser relevante verificar que no grupo de empresas mais heterogéneo, os Comerciais, a semelhança
com as práticas estratégicas mais características, proporciona um melhor desempenho financeiro.
Tal, poderá estar relacionado com o facto dos gestores e diversos intervenientes do negócio
analisarem o meio envolvente e tentarem encontrar referências que lhes permitam definir os seus
competidores e perceber quais os comportamentos a copiar (Porac et al, 1995).
Por outro lado, nos grupos onde as empresas apresentam maior semelhança de actuação, aquelas
que, embora seguindo os comportamentos de referência, se tentem distinguir em determinadas
características da sua actividade, poderão desenvolver posições favoráveis, que não são
aproveitadas pelos restantes competidores, uma vez que estes, tendencialmente, desenvolvem
uma visão mais restrita do meio envolvente e uma maior inflexibilidade para sair dos
comportamentos conhecidos e entendidos (Peteraf e Shanley, 1997; Deephouse, 1999).
Em síntese, confirmou-se que a forma como cada empresa competia dentro de cada grupo, tinha
impacto no desempenho financeiro, o que remete para a importância da unicidade de cada
organização, sendo esta uma das premissas da teoria baseada nos recursos. Para além disso,
evidenciou-se que os comportamentos mais explicativos do desempenho financeiro (grau de
inovação e de qualidade) estavam bastante correlacionados com a importância dos recursos
humanos na actividade.
CONCLUSÕES
O objectivo geral do presente estudo foi analisar os factores que condicionam o desempenho
financeiro das empresas que constituem o sector das tecnologias de informação.
No entanto, tal como Ansoff (1987) e Mintzberg et al (2002) referem, cada abordagem representa
apenas uma imagem parcial do que é a estratégia empresarial. Neste sentido, pode-se considerar
que somente a sua integração poderá originar trabalhos de investigação capazes de explicar as
forças externas e internas que têm impacto na actividade das empresas e de criar um elo de
ligação entre o meio envolvente, as capacidades internas e a formulação estratégica.
Começando por descer a um nível mais fino da análise do meio envolvente sectorial, procurou-se
atribuir relevância à análise intra-indústria seguindo os conceitos de grupos estratégicos e de
grupos competitivos. Por um lado os grupos estratégicos identificam as empresas que se
posicionam no mercado com estratégias semelhantes, por outro lado, os grupos competitivos
identificam as empresas que competem mais directamente entre si nos produtos e mercados.
Relativamente à teoria baseada nos recursos, salientou-se o papel da unidade empresa para
explicar o desempenho financeiro, através do desenvolvimento de activos intangíveis, de
Conclusões 215
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Embora o desempenho empresarial, possa ser avaliado através de diversos indicadores e não ser
reduzido aos aspectos financeiros, o desempenho financeiro é ainda hoje um indicador valioso
para avaliar os resultados da actividade económica reflectindo as opções empresariais aos
diversos níveis. Apesar de os indicadores e metodologias para medir o desempenho financeiro
poderem genericamente ser enquadrados em três áreas: rendibilidade, fluxos de caixa e criação de
valor, a grande maioria dos estudos utiliza medidas relacionadas com a rendibilidade sendo o
ROI a principal referência, face à maior facilidade de obtenção de informação para o seu cálculo
e à sua capacidade para demonstrar a criação de valor, a par do EVA ou do resultado residual,
através da comparação do seu resultado com o custo do capital utilizado no financiamento da
actividade .
216 Conclusões
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
No que se refere à integração vertical, diversos estudos defendem ainda a quase integração em
detrimento da integração vertical, devido à maior flexibilidade por parte das empresas em
eventuais saídas de negócios. Ao nível da internacionalização, vários estudos verificaram também
que a partir de determinado nível de internacionalização, a complexidade a gerir diminuía o efeito
positivo dos mercados externos no desempenho financeiro das empresas.
A nível mundial, nos primeiros cinco anos deste milénio o ritmo de crescimento da procura foi
elevado face à maioria das actividades económicas perspectivando-se boas oportunidades em
mercados emergentes como o Brasil, China, Índia, Rússia e Angola. Em simultâneo, a inovação e
a progressiva integração entre as tecnologias de informação e de comunicação, criou uma
imensidão de oportunidades de aplicação das ferramentas informáticas ao serviço da criação de
valor nas diversas organizações.
Quanto à análise da oferta, verificou-se que a nível mundial as principais empresas são
americanas e que há uma deslocalização da actividade desses players para países asiáticos, como
a China e a Índia, com factores de produção mais baratos e com centros de excelência em
competências únicas. Esta situação, tem levado à diminuição progressiva dos preços dos
hardwares e dos softwares, tendo impacto directo nas empresas nacionais com maior vertente de
comercialização.
A nível nacional, verifica-se que as taxas de crescimento registadas também foram bastante
positivas. Porém, a estrutura do sector nacional é bastante diferente da média europeia, tendo o
hardware um peso muito relevante comparativamente aos negócios software e serviços.
No que diz respeito, aos competidores nacionais observou-se que tem existido uma transformação
do perfil das empresas do sector das tecnologias de informação. De facto, a diminuição do preço
dos equipamentos e das aplicações, a par da ameaça cada vez mais séria, da venda directa aos
clientes finais por parte dos fabricantes, seja por internet ou pela criação de subsidiárias, tem
levado a que os players nacionais integrem cada vez mais os serviços na sua oferta, de forma a
Conclusões 217
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
criarem competências com maior valor acrescentado e, assim, conseguirem margens comerciais
superiores.
O estudo empírico para a avaliação do desempenho financeiro no sector nacional das tecnologias
de informação assumiu duas questões de partida:
- E pelos comportamentos empresariais de cada competidor que, para além de terem um papel
fundamental na criação de vantagens competitivas sustentáveis podem ser, também, factores
explicativos do desempenho financeiro.
218 Conclusões
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
No que diz respeito à medida de avaliação do desempenho financeiro, foi utilizado o conceito de
rendibilidade supranormal, que afere a capacidade de cada empresa para gerar valor superior aos
restantes competidores. Por isso, considerou-se que uma empresa cria valor se for capaz de gerar
uma rendibilidade superior à rendibilidade média da amostra. Para se medir a rendibilidade
utilizou-se o ROI que, para além de ser o indicador mais utilizado nos estudos empíricos sobre o
desempenho financeiro, permite também medir a criação de valor em termos percentuais. Deste
modo, evitaram-se os problemas associados ao cálculo do custo do capital e ao impacto do efeito
dimensão nos indicadores EVA e resultado residual.
Conclusões 219
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
- Para além disso, ficou evidente que nesses grupos existiam algumas características que
confirmavam as relações entre estratégia e desempenho financeiro, determinadas em estudos
anteriores: os Integradores apresentavam um nível de diversificação de negócios bastante
superior, o que poderia significar maior complexidade para gerir e menor capacidade de
optimização dos recursos; os Comerciais, detinham uma menor integração vertical a
montante, ficando mais sujeitos às condições comerciais impostas pelos fornecedores
internacionais;
220 Conclusões
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Pode-se, assim, concluir que os contextos competitivos onde cada empresa actua têm impacto
sobre o desempenho financeiro.
- Evidenciou-se que ao nível do âmbito de actuação nos produtos e mercados, as empresas que
optavam por um posicionamento mais especializado apresentavam melhor desempenho
financeiro face às que apostavam numa maior diversificação dos segmentos alvo;
- Porém, era a capacidade para criar vantagens competitivas fortes na diferenciação ou nos
custos que condicionava bastante o desempenho financeiro nos grupos e no sector. Nos
grupos com maior vertente comercial, era a eficiência operacional que mais se relacionava
com o desempenho financeiro. Já nos grupos com maior capacidade de desenvolvimento,
eram os graus de inovação e de qualidade que distinguiam as empresas de maior sucesso
financeiro. Para além disso, constatou-se que o domínio da diferenciação através da inovação
Conclusões 221
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
- Demonstrou-se, também, que as melhores empresas nas variáveis que mediam o nível de
diferenciação e de custos, nomeadamente, o grau de qualidade, de inovação, de eficiência e
de adequação, eram aquelas onde os recursos humanos tinham um maior peso na actividade.
Assim, estes resultados sugerem que a capacidade de cada empresa para gerir os seus
recursos e os transformar em competências e vantagens competitivas fortes, é determinante
para o sucesso empresarial, indo ao encontro dos princípios da teoria baseada nos recursos.
Mas, para além das explicações sobre o desempenho financeiro do sector das tecnologias de
informação, considera-se que os resultados do presente trabalho de investigação poderão
contribuir para um conhecimento mais profundo da análise intra indústria, em particular os
seguintes aspectos:
- O desenvolvimento do tema grupos estratégicos permitiu ao longo dos últimos 40 anos gerar
um conjunto significativo de estudos e de áreas de investigação sobre a análise de
competitividade dentro de uma indústria. Todavia, a sua relação com as diferenças de
desempenho financeiro entre empresas de uma indústria, continua ainda pouco clara. Por
isso, nos últimos anos alguns trabalhos têm vindo a debruçar-se sobre o quanto a variação de
performance é explicada pelas relações entre grupos e dentro dos grupos, revelando
222 Conclusões
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Assim, a visão inicial de Caves e Porter (1977) sobre a possibilidade de colaboração entre
empresas para a criação de barreiras de mobilidade a competidores de outros grupos
estratégicos, parece que nem sempre se verifica na prática. No presente estudo, evidenciou-se
a existência de diferenças de desempenho financeiro entre os grupos determinados. No
entanto, tal ficará mais a dever-se às próprias restrições de atractividade dos negócios que
constituem o sector do que propriamente, à eventual colaboração entre as empresas dos
grupos estratégicos mais performantes;
- Os resultados foram ao encontro das conclusões de vários trabalhos que chamaram a atenção
para o facto de que as empresas tendiam a competir mais com as restantes do seu grupo
estratégico, porque detinham recursos e estruturas mais semelhantes e facilmente
apresentavam ofertas similares e lutavam pelos mesmos clientes (por exemplo, Cool e
Schendel, 1988; Lawless et al, 1989; McNamara et al, 2002; Leask e Parker, 2007);
- Por outro lado, a evidência de que os grupos menos rentáveis apresentavam uma maior
heterogeneidade estratégica, confirmou os trabalhos de Peteraf e Shanley (1997) e de
DiMaggio e Powell (1983) sobre a importância da identidade cultural dos grupos. A maior
dissemelhança de actuação entre os membros está interligada com recursos e estruturas
internas diferentes, que se repercutem em níveis de custos e de investimentos variados,
originando mais facilmente guerras de preços e perdas de rendibilidade no seio do grupo.
Para além disso, há menos referências de comportamentos de sucesso a seguir, ficando mais
expostos a empresas de outros grupos com ofertas de produtos substitutos, diminuindo ainda
mais as condições necessárias para a obtenção de um melhor desempenho financeiro;
Conclusões 223
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
- Esta conclusão, é ainda mais reforçada se se tiver em consideração o papel importante dos
recursos humanos não só como barreira de mobilidade entre grupos, mas como veículo para a
criação de vantagens competitivas fortes nas áreas da qualidade, inovação, adequação e
eficiência de processos internos, tal como foi comprovado pelo trabalho de investigação.
Também, através dos resultados deste trabalho, se pode conhecer, no sector nacional das
tecnologias de informação:
- Como actuam e qual o impacto das diferentes formas de actuação em cada posicionamento.
Limitações da investigação
Considera-se que a principal limitação do presente estudo, diz respeito à dimensão da amostra,
atendendo a que, face às 110 empresas que constituímos em grupos estratégicos, resultaram
subamostras mais reduzidas, o que condicionou a análise das relações entre estratégia e
desempenho financeiro no grupo Produtores de Software, visto que era constituído apenas por 9
empresas. Por isso, não se conseguiram aferir os resultados estatísticos relativos às formas de
actuação desses players com a fiabilidade desejada. Assim, num futuro estudo seria interessante
confirmar os resultados obtidos com amostras maiores.
224 Conclusões
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
estudo era evidenciar empiricamente os factores que condicionam o desempenho financeiro das
empresas que constituem o sector das tecnologias de informação, bem como analisar a
importância para o efeito dos contextos competitivos e dos comportamentos empresariais de cada
competidor, considera-se que a amostra utilizada foi suficiente para obter tal desiderato.
Face à dinâmica competitiva elevada do sector, associada ao ciclo de inovação reduzido das
tecnologias de informação e comunicação, seria também importante verificar as conclusões deste
estudo em futuros períodos de actividade deste sector.
Conclusões 225
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Para além disso e em sintonia com os pressupostos da teoria baseada nos recursos, verificou-se
que existia também uma relação positiva entre a importância dos recursos humanos na actividade
e a existência dessas vantagens competitivas. Assim, poder-se-á sugerir que é a capacidade para
gerir os recursos internos e transformá-los em competências únicas, que favorece a obtenção de
um melhor desempenho financeiro.
Por exemplo, Kaplan e Norton, nos seus trabalhos sobre o Balanced Scorecard, baseados nesta
ideia, foram ainda mais longe, interligando o sucesso financeiro ao desempenho junto dos
clientes, estando este dependente do alinhamento dos processos operacionais e dos recursos da
organização, com especial destaque para os activos intangíveis.
Assim, considera-se que algumas linhas de investigação futuras sobre a avaliação do desempenho
financeiro no sector nacional das tecnologias de informação, poderiam passar pela determinação
de quais os processos de trabalho e os recursos internos mais relevantes para a criação de
vantagens competitivas fortes e para a obtenção do sucesso empresarial. Tendo como base os
grupos estratégicos poderia situar-se a análise num contexto competitivo mais homogéneo.
226 Conclusões
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
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274 Bibliografia
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
ANEXOS
Anexos 275
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
276 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 277
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
278 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 279
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Variáveis Estratégicas Resultados
280 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Variáveis Estratégicas Resultados
Anexos 281
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Variáveis Estratégicas Resultados
282 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Variáveis Estratégicas Resultados
Anexos 283
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Variáveis Estratégicas Resultados
284 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Variáveis Estratégicas Resultados
Anexos 285
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Variáveis Estratégicas Resultados
286 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Variáveis Estratégicas Resultados
Anexos 287
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Variáveis Estratégicas Resultados
SÍNTESE:
Estudos que apenas constituíram grupos estratégicos:
− Hunt (1972), Harrigan (1980a), Oster (1982), Baird e Sudharsan (1983), Howell e Frazier
(1983), Hayes et al (1983), Harrigan (1985a), Fombrun e Zajac (1987), Kim e Lim (1988),
Matias (1994), Ramaswamy e Li (1997) e Feka e Xouris (1997).
Estudos que abordaram a dinâmica entre grupos estratégicos:
− Schendel (1987), Mascarenhas (1989), Mascarenhas e Aaker (1989b), Fiegenbaum et al
(1991), Fiegenbaum e Thomas (1993 e 1995), Tallman e Atchinson (1996) e Vicente e Puerta
(2001).
Estudos que confirmam a relação grupos estratégicos – desempenho:
− Newman (1973 e 1978), Porter (1973), Hatten, Schendel e Cooper (1978), Caves e Pugel
(1980), Lahti (1983), Hergert (1983), Hawes e Crittenden (1984), Dess e Davis (1984),
Hatten e Hatten (1985), Cool e Schendel (1988), Lawless et al (1989), Mascarenhas e Aaker
(1989b), Gaudêncio (1991), Osborne et al (2001), Leask e Parker (2007), Shah (2007) e Short
et al (2007).
288 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
− Kim e Lim (1988), estudaram a indústria electrónica e detectaram 2 tipos de ambientes dentro
do sector, cujas variáveis eram o dinamismo tecnológico e o poder de negociação;
− Porac et al (1989), estudaram a indústria téxtil escocesa de modo, a evidenciarem que dentro
dos grupos estratégicos os gestores identificavam os seus concorrentes, criando grupos
competitivos;
Anexos 289
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
− Reger e Huff (1993), constituiram grupos estratégicos na banca, utilizando dois métodos
(análise de clusters e opinião dos gestores) e criaram os conceitos de empresas principais,
secundárias e em transição no seio dos grupos;
290 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
− Leask e Parker (2007), realizaram um estudo onde pretenderam comparar grupos estratégicos
e grupos competitivos na indústria farmacêutica, percebendo a sua influência na rivalidade
versus cooperação e o impacto na rendibilidade;
Anexos 291
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Grispud e Gronhaug Retalho alimentar Identificaram grupos de empresas que competiam fortemente
(1985) (EUA) entre si, dentro de cada tipologia de estratégia adoptada
Porac, Thomas e Distribuição (Grã- Identificaram grupos de empresas que competiam fortemente
Emme (1987) Bretanha) entre si, através da opinião dos gestores
Easton (1988) Serviços (EUA) Identificou grupos de empresas que competiam fortemente
entre si, através da opinião dos gestores
Cunningham e Tecnologias de Identificaram grupos de empresas que competiam fortemente
Culligan (1988) informação (Grã- entre si, através da opinião dos gestores
Bretanha)
Porac, Thomas e Téxteis (Escócia) Identificaram, através da opinião dos gestores, grupos de
Baden – Fuller (1989) empresas que competiam fortemente entre si, dentro de cada
tipologia de estratégia adoptada
Pegels e Sekar (1989) Hospitais (EUA) Identificaram grupos de empresas que competiam fortemente
entre si, através da opinião de médicos e fisioterapeutas
Porac e Thomas Téxteis (Escócia) Desenvolveram um modelo cognitivo de identificação de
(1990) competidores directos
Vázquez (1991) Distribuição alimentar Identificou grupos de empresas que competiam fortemente
(Espanha) entre si, através da opinião dos consumidores
Choi e Hilton (1993) Serviços de segurança Identificaram grupos de empresas que competiam fortemente
(Grã-Bretanha) entre si, através da opinião dos gestores
Reger e Huff (1993) Banca (EUA) Identificaram que não existiam grandes discrepâncias entre
grupos estratégicos e competitivos. Criaram os conceitos de
empresas principais, secundárias e em transição
Chernatony, Daniels e Extracção off-shore Identificaram grupos de empresas que competiam fortemente
Johnson (1993) Petróleo (EUA) entre si, através da opinião dos gestores
Chernatony, Daniels e Extracção Petróleo Verificaram a não existência de conformidade de opinião entre
Johnson (1994) (EUA) os gestores e os consumidores relativamente à constituição dos
grupos competitivos
Galbraith, Merrill e Sistemas de informação Identificaram grupos competitivos tendo em consideração as
Morgan (1994) navais (EUA) relações existentes entre empresas adjacentes na cadeia de valor
292 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Resultados
Hodgkinson e Johnson Distribuição alimentar Verificaram que entre gestores de diferentes empresas não
(1994) (Grã-Bretanha) existia um consenso sobre a identificação de grupos
competitivos. Porém, dentro das empresas, havia uma forte
coerência nas opiniões dos diversos gestores sobre os
concorrentes. Tal revelava uma forte identidade institucional
Thomas e Carroll Distribuição alimentar Identificaram grupos de empresas que competiam fortemente
(1994) (Grã-Bretanha) entre si, através da opinião dos gestores
Porac, Thomas, Téxteis (Escócia) Desenvolveram um modelo cognitivo de identificação de
Wilson, Paton e competidores directos, baseado nas variáveis dimensão, estilo
Kanfer (1995) dos produtos, tecnologias utilizadas e localização geográfica
Lawless e Anderson Tecnologias de Identificaram nichos de empresas que competiam fortemente
(1996) informação (EUA) pelos mesmos segmentos e utilizavam tecnologias similares.
Verificaram ainda, que as melhores empresas dentro de cada
nicho eram aquelas que apresentavam maior diferenciação, que
a similaridade gerava maior competição dentro dos grupos e
que a estabilidade na estrutura dos grupos favorecia o
desempenho financeiro
Hodgkinson, Tomes e Distribuição alimentar Identificaram grupos competitivos através de entrevistas a
Padmore (1996) (Grã-Bretanha) consumidores
Nath e Gruca (1997) Hospitais (EUA) Verificaram que existia uma grande conformidade entre os
grupos estratégicos e competitivos, sendo os primeiros
formados através de dados secundários e os segundos, através
de entrevistas aos gestores
Ruíz e Iglesias (1997) Distribuição alimentar Identificaram grupos competitivos com base em variáveis da
(Espanha) estratégia de marketing
Mas (1998) Indústria de fabricação Utilizaram duas metodologias para identificar os grupos
de mobiliário (Espanha) competitivos: análise de clusters e modelos cognitivos. A
qualidade, o design e o preço eram considerados factores
importantes para se conseguir prever a dinâmica dos grupos
Porac, Wade e Pollock Várias indústrias (EUA) Verificaram que os gestores tinham como referência os
(1999) principais recursos utilizados pela concorrência para definirem
os competidores directos e as estratégias a implementar
Anexos 293
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Resultados
SÍNTESE:
Estudos que constituíram grupos competitivos com base na opinião dos gestores:
− Porac et al, (1987), Easton (1988), Porac et al, (1989), Pegels e Sekar (1989), Bogner e
Thomas, (1993), Thomas e Carroll (1994), Choi e Hilton (1993), Chernatony et al (1993) e
Hodgkinson e Johnson (1994).
Estudos que constituíram grupos competitivos com base em dados secundários:
Estudos que confrontaram a opinião dos gestores e dos consumidores para a constituição de
grupos competitivos:
294 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
− Porac e Thomas (1990), Porac et al (1995), Porac et al (1999) e Alcañiz e López (2001).
Estudos que verificaram o impacto dos grupos competitivos no desempenho dos grupos
estratégicos:
Anexos 295
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
296 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 297
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
298 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Quadro 62: Estudos empíricos realizados sobre a teoria baseada nos recursos
Autores Indústrias Resultados
Anexos 299
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Resultados
300 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Resultados
Anexos 301
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Resultados
302 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Resultados
Anexos 303
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Indústrias Resultados
SÍNTESE:
Estudos que analisam as relações entre grupos estratégicos e entre empresas dentro do
mesmo grupo, por forma a verificarem se é a rivalidade inter ou intra grupos que permite
explicar melhor a variabilidade do desempenho:
− Marlin et al (1994), Lawless e Anderson (1996), Gimeno e Woo (1996), Young et al (1997)
e Young et al (2000).
− White (1986), Agus e Sagir (2001), Clarke e Machado (2006), Strandskov (2006) e Chen et al
(2009).
304 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
− Hansen e Wernerfelt (1989), Davis e Thomas (1993), Markides e Williamson (1994), Helfat,
(1994), Henderson e Cockburn (1994), Robins e Wiersema (1995), Makadok (1999),
Ariyawardana (2003), Ray et al (2004), Chan et al (2004), Leask (2004) e Bogner e Bansal
(2007).
Anexos 305
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
306 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 307
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
308 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Rucci, Kim e Comércio (Grã- Verificaram que uma melhoria em 5 pontos do grau de
Quinn (1996) Bretanha) motivação dos colaboradores, incrementava em 1,3
pontos a satisfação dos clientes e em 0,5% os
resultados financeiros
Chenhall e Várias indústrias Verificaram que o BSC tanto era usado nas melhores
Langfield-Smith (Austrália) empresas como nas piores
(1998)
Ittner e Larcker Instituições Verificaram que o grau de satisfação dos clientes
(1998) Financeiras estava bastante relacionado com o desempenho
(EUA) financeiro futuro e que tal ainda era mais evidente
quando existiam investimentos sucessivos para manter
o nível elevado de qualidade de serviço
Barber, Hayday e Comércio (Grã- Verificaram que uma melhoria em 1% do grau de
Bevan (1999) Bretanha) envolvimento dos colaboradores, incrementava em
200.000£ as vendas mensais por loja
Banker, Potter e Hotelaria (Grã- Verificaram que o grau de satisfação dos clientes
Srinivasan (2000) Bretanha) estava bastante relacionado com o desempenho
financeiro futuro
Lipe e Salterio Industria textil Verificaram que os gestores tinham maior dificuldade
(2000) (Itália) em avaliar o desempenho através de medidas que
fossem específicas e que não fossem um padrão para
todas as áreas da empresa
Hoque e James Instituições Verificaram que existia correlação entre a utilização do
(2000) Financeiras BSC e o desempenho organizacional
(Japão)
Anexos 309
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Sectores Resultados
Malina e Selto Várias indústrias Verificaram através de questionário que o BSC estava
(2001) (EUA) a favorecer o alinhamento entre recursos, acções e
objectivos estratégicos. Porém, os gestores queixavam-
se de existirem algumas medidas que apresentavam um
elevado grau de subjectividade na sua avaliação
Ruhtz (2001) Várias indústrias 68% das empresas estudadas concordavam que o BSC
(Alemanha) tinha facilitado a implementação da estratégia,
contudo, apenas 12% tinham melhorado o processo de
orçamentação, 32% referiam que tinham melhorado o
alinhamento dos recursos à estratégia, 31% concordava
que permitia melhorar a aprendizagem organizacional
e, finalmente, só 10% confirmava que tinha melhorado
os resultados
Salas, Hernández, Várias indústrias Verificaram que as empresas da Catalunha com melhor
Fontrodona e (Espanha) desempenho financeiro apresentavam também
Fontana (2001) melhores resultados relativamente às políticas de
recursos humanos, aos índices de inovação e de
qualidade nos processos de trabalho e ao grau de
satisfação dos clientes
Campbell, Data, Comércio (EUA) Identificaram que variáveis eram mais correctas para
Kulp e Narayanan estabelecer relações entre a motivação dos
(2002) colaboradores, satisfação dos clientes e desempenho
financeiro
Silvestro (2002) Comércio (Grã- Verificou que existia uma correlação negativa entre a
Bretanha) motivação dos colaboradores e os indicadores
financeiros e de produtividade; justificou tais
resultados, com a dimensão das lojas, que tinha
impacto na qualidade do atendimento
310 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Sectores Resultados
Anexos 311
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Sectores Resultados
SÍNTESE:
Estudos que verificam relações de causa e efeito entre recursos, processos, sucesso
comercial e financeiro:
− Rucci et al (1996), Ittner e Larcker (1998), Barber et al (1999), Banker et al (2000), Salas et
al (2001), Silvestro (2002), Ittner et al (2003), Ittner e Larcker (2003), Kristensen e
Westlund, (2004), Chenhall (2004) e Neely e Al Najjar (2006).
312 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
− Hoque e James (2000), Maiga e Jacobs (2003), Davis e Albright (2004), Liu e Tsai (2007),
Valderrama et al (2008) e Geuser et al (2009).
Estudos que analisaram que tipo de variáveis eram mais correctas para serem
monitorizadas pelos gestores:
Anexos 313
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Quadro 64: Estudos empíricos sobre a qualidade das medidas de desempenho financeiro
Autores Mercados Resultados
314 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Mercados Resultados
Anexos 315
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Mercados Resultados
Nohel e Tarhan EUA Verificaram que a compra de acções próprias era seguida
(1998) por uma melhor gestão dos activos com impacto positivo
nos FCF, sendo essas operações valorizadas pelo mercado
Dechow, Hutton e EUA Observaram que as previsões dos resultados contabilísticos
Sloan (1999) estavam correlacionadas com o valor de mercado dos títulos
Biddle, Bowen e EUA Observaram que os resultados contabilísticos detinham
Wallace (1999) maior correlação com o valor de mercado dos títulos do que
o EVA; no entanto, verificaram a utilização do resultado
residual, contribuia para a criação de valor através da sua
introdução nos planos de incentivos dos gestores
Lundholm e -- Demonstraram que a actualização dos cash-flows futuros
O’Keefe (2001) apresentava resultados iguais à actualização dos EVA’s
previsionais, desde que se utilizassem correctamente os
pressupostos financeiros
McRae e Nilsson Suécia Verificaram que o resultado residual detinha uma correlação
(2001) positiva com o valor de mercado dos títulos
Shrieves e -- Demonstraram que a actualização dos cash-flows futuros
Wachowicz (2001) apresentava resultados iguais à actualização dos EVA’s
previsionais, desde que se utilizassem correctamente os
pressupostos financeiros
Naceur e Goaied Tunísia Observaram que as previsões dos resultados contabilísticos
(2002) estavam correlacionadas com o valor de mercado dos títulos
Brio, Miguel e Espanha Observaram que as empresas com maior FCF apresentavam
Pindado (2003) menor valor de mercado, porque os investidores
penalizavam o não aproveitamento de oportunidades de
investimento
Becchetti e Itália Observaram que os FCF estavam negativamente
Adriani (2004) correlacionados com o valor de mercado dos títulos
316 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Autores Mercados Resultados
Anexos 317
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
SÍNTESE:
Estudos que evidenciaram maior correlação entre os indicadores com base em dados
contabilísticos e a evolução do valor dos títulos:
− Clinton e Chen (1998), Biddle et al (1997), Biddle et al (1999), Tsuji (2006) e Kim (2006).
Estudos que evidenciaram maior correlação entre os indicadores relativos à lógica da
criação de valor e a evolução do valor dos títulos:
Estudos que evidenciaram existir correlação entre os indicadores com base em dados
contabilísticos e a evolução do valor dos títulos:
− Feltham e Ohlson (1995), Firth (1998), Dechow et al (1999), Naceur e Goaied (2002), Naceur
e Goaied (2004), Pandian et al (2006) e Keasey e McGuiness (2007).
− Kleiman (2005).
Estudos que verificaram existir relação entre os indicadores relativos aos fluxos de caixa e a
evolução do valor dos títulos:
− Lang et al (1989), Lang et al (1991), Doukas (1995), Nohel e Tarhan (1998), Brio et al
(2003), Becchetti e Adriani (2004) e Alonso et al (2005).
Estudos que verificaram existir relação entre os indicadores relativos à lógica da criação de
valor e a evolução do valor dos títulos:
318 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 319
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
320 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 321
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Softwares Caracterização
322 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 323
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
324 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Soluções Caracterização
Anexos 325
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
326 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 327
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
328 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 329
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
330 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Caracterização efectuada tendo por base os dados obtidos na Central de Balanços do Banco de
Portugal e tendo como referencial a seguinte Classificação das Actividades Económicas (CAE),
utilizadas pelo INE (Rev. 2.1):
Anexos 331
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
332 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 333
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Rubricas Divisão 72 Subclasse 51.840
Tesouraria 2003 2004 2005 2003 2004 2005
Fundo de Maneio -136.649 1.315.401 1.392.947 3.177.440 3.893.774 3.067.009
Necessidades de Fundo de
Maneio 1.426.272 1.670.392 1.388.423 3.791.438 4.337.918 4.618.817
Tesouraria Líquida -1.562.921 -354.991 4.524 -613.998 -444.144 -1.551.808
PMR (dias) 123 125 125 80 70 64
PMRotação existências (dias) 43 36 59 55 36 57
PMP (dias) 124 117 134 64 53 43
Ciclo de Exploração (dias) 42 44 51 71 53 77
- Dimensão das empresas: os competidores com um cariz mais comercial, apresentam uma
dimensão média, em termos de volume de negócios, bastante superior (são quase 4 vezes
maiores), o que está directamente relacionado com a maior importância da comercialização e
implementação de hardware em Portugal;
334 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 335
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
336 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 337
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
338 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Desempenho Financeiro
Rendibilidade ROI empresa – ROI médio da - Ranking anual (2006) das 100
Supranormal (RS) amostra maiores empresas da revista Semana
Com ROI = Resultados Informática
Operacionais (RO) / Activo Líquido - Base de dados SABI – ano 2006
(AL)
Importância dos Contextos Competitivos
Integração vertical Peso do VAB no VN: VAB / VN - Ranking anual (2006) das 100
maiores empresas da revista Semana
Informática
- Base de dados SABI – ano 2006
Diversificação de - Peso do hardware no VN: VN - Ranking anual (2006) das 100
negócios hardware / VN maiores empresas da revista Semana
- Peso do software no VN: VN Informática
software / VN - Base de dados SABI – ano 2006
- Peso dos serviços no VN: VN
serviços / VN
Importância dos Custos com pessoal / Volume de - Ranking anual (2006) das 100
recursos humanos negócios maiores empresas da revista Semana
(IRH) Informática
- Base de dados SABI – ano 2006
Valor unitário dos Custos com pessoal / nº - Ranking anual (2006) das 100
recursos humanos colaboradores maiores empresas da revista Semana
(VURH) Informática
- Base de dados SABI – ano 2006
Distância Distância de cada membro face aos - Resultados do SPSS
Euclidiana restantes membros do grupo nas
variáveis estratégicas utilizadas
Tipos de Produtos Tipos de oferta definidos pelo IDC: - Informações constantes nos sites
oferecidos business performance management corporativos de cada empresa
& business intelligence, storage, - Entrevistas de decisores em revistas
contact centers, network da especialidade como a Semana
management, customer relationship Informática, Exame Informática e
management, enterprise resource Channel Partner
planning, gestão documental, open
source, outsourcing, segurança,
sistemas de informação geográfica,
telecomunicações, telefonia IP, web
services, wireless & mobile e
comercialização
Anexos 339
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Variáveis Cálculo Fontes de Informação
340 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Variáveis Cálculo Fontes de Informação
Anexos 341
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
(cont.)
Variáveis Cálculo Fontes de Informação
342 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 343
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
344 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
C A S E 0 5 10 15 20 25
Label Num +---------+---------+---------+---------+---------+
EDS 31 ─┐
Enabler 108 ─┤
Altran 64 ─┤
Altitude 50 ─┤
Refer 56 ─┤
Contact act 68 ─┤
Accenture 106 ─┤
WeDOConsulting 36 ─┤
Microfil 99 ─┤
Noesis 82 ─┤
CapGemini 34 ─┼─┐
INSA 92 ─┤ │
CompuQuali 59 ─┤ │
Mainroad 61 ─┤ │
Critical Software 93 ─┤ │
Everis 86 ─┘ ├─┐
CBE 62 ─┐ │ │
Rumos 85 ─┤ │ │
PT-SI 13 ─┤ │ │
Deloitte 104 ─┤ │ │
Edinfor 8 ─┤ │ │
CESAE 87 ─┼─┘ ├─────────────┐
Edisoft 97 ─┤ │ │
Indra 33 ─┤ │ │
Reditus 48 ─┘ │ │
Gedas 67 ─┬─┐ │ │
SIBS 109 ─┘ │ │ │
PT Inovação 17 ─┐ ├─┘ │
Promosoft 38 ─┤ │ │
Link 72 ─┼─┘ │
I2S 77 ─┤ ├───────────────────────────┐
IBM 4 ─┤ │ │
Getronics 71 ─┘ │ │
Siemens 5 ─┬─┐ │ │
IBS portugal 107 ─┘ ├─────────┐ │ │
Oracle Portugal 95 ─┐ │ │ │ │
Powerdata 101 ─┼─┘ │ │ │
Timestamp 98 ─┘ │ │ │
Consiste 23 ─┐ │ │ │
Oce 69 ─┤ ├─────┘ │
Unisys 57 ─┤ │ │
Solsuni 60 ─┼───┐ │ │
Fujitsu - Telecomunicações 44 ─┘ │ │ │
Alcatel 11 ─┐ │ │ │
Compta 54 ─┤ │ │ │
Xerox 14 ─┼───┼───────┘ │
Minolta 47 ─┤ │ │
Multimac 94 ─┤ │ │
CILNet 45 ─┤ │ ├─┐
Avetel 70 ─┤ │ │ │
Ericsson 10 ─┘ │ │ │
Novabase 7 ─┬─┐ │ │ │
Anexos 345
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Datinfor 42 ─┘ │ │ │ │
Pararede 18 ─┐ │ │ │ │
Tecnidata 24 ─┤ ├─┘ │ │
Convex 35 ─┤ │ │ │
Bull 65 ─┼─┤ │ │
Sinfic 1 ─┤ │ │ │
CESCE 37 ─┤ │ │ │
Datacomp 105 ─┤ │ │ │
Nextiraone 29 ─┘ │ │ │
ZetesBurotica 66 ───┘ │ │
SAS 83 ─┬─┐ │ │
BEA 102 ─┘ ├─┐ │ │
SAP 19 ─┐ │ │ │ │
BMC 58 ─┼─┘ │ │ │
CA 75 ─┤ ├─────────────────────────────────────────┘ │
Leading Capital 90 ─┘ │ │
Microsoft 3 ─┬─┐ │ │
Primavera Software 84 ─┘ ├─┘ │
PHC 78 ───┘ │
DLI 9 ─┐ │
JP Sa Couto 15 ─┤ │
Equicad 81 ─┤ │
Databox 12 ─┤ │
Solbi 16 ─┤ │
Computer 2000 100 ─┤ │
OKI 53 ─┤ │
InforX 76 ─┼─┐ │
InClass 39 ─┤ │ │
Base2 96 ─┤ │ │
DX4 73 ─┤ │ │
Fujitsu Siemens 110 ─┤ │ │
Introduxi 21 ─┤ │ │
Investronica 103 ─┤ │ │
CPC-DI 6 ─┤ │ │
Epson 27 ─┤ │ │
Toshiba 25 ─┤ ├─────────┐ │
Eurocabos 51 ─┤ │ │ │
Chip7 30 ─┤ │ │ │
CPCNet 91 ─┤ │ │ │
Lexmark 43 ─┤ │ │ │
ATM 46 ─┤ │ │ │
Prologica 28 ─┤ │ │ │
PMELink 63 ─┘ │ │ │
AEG 49 ─┐ │ │ │
Acitel 4 55 ─┤ │ ├───────────────────────────────────┘
CIL 26 ─┼─┘ │
Anixter 89 ─┤ │
HP 2 ─┤ │
TotalStor 74 ─┤ │
Memória Total 32 ─┘ │
Distrilogie 79 ─┬─┐ │
Minitel 80 ─┘ │ │
Afina 20 ─┐ ├─┐ │
BizDirect 41 ─┤ │ │ │
EMC 52 ─┼─┘ ├───────┘
CPCIS 22 ─┤ │
MCC 88 ─┘ │
Normática 40 ─────┘
Agglomeration Schedule
Cluster Combined Stage Cluster First Appears
Stage Cluster 1 Cluster 2 Coefficients Cluster 1 Cluster 2 Next Stage
1 31 108 ,000 0 0 2
2 31 64 ,000 1 0 5
3 21 103 ,000 0 0 15
4 62 85 ,000 0 0 37
5 31 50 ,000 2 0 16
346 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
6 25 51 ,000 0 0 56
7 68 106 ,000 0 0 35
8 6 27 ,000 0 0 15
9 53 76 ,000 0 0 25
10 59 61 ,000 0 0 24
11 39 96 ,000 0 0 25
12 67 109 ,000 0 0 94
13 47 94 ,000 0 0 81
14 73 110 ,000 0 0 29
15 6 21 ,000 8 3 29
16 31 56 ,000 5 0 46
17 23 69 ,000 0 0 59
18 8 87 ,001 0 0 30
19 9 15 ,001 0 0 26
20 16 100 ,001 0 0 44
21 43 46 ,001 0 0 32
22 34 92 ,001 0 0 48
23 1 37 ,001 0 0 41
24 59 93 ,001 10 0 31
25 39 53 ,001 11 9 34
26 9 81 ,001 19 0 53
27 13 104 ,001 0 0 37
28 30 91 ,001 0 0 42
29 6 73 ,001 15 14 34
30 8 97 ,001 18 0 52
31 59 86 ,002 24 0 71
32 28 43 ,002 0 21 42
33 36 99 ,002 0 0 35
34 6 39 ,002 29 25 44
35 36 68 ,002 33 7 38
36 26 89 ,003 0 0 49
37 13 62 ,003 27 4 73
38 36 82 ,004 35 0 46
39 18 24 ,004 0 0 57
40 35 65 ,004 0 0 57
41 1 105 ,004 23 0 64
42 28 30 ,004 32 28 45
43 19 58 ,005 0 0 83
44 6 16 ,005 34 20 62
45 28 63 ,006 42 0 56
46 31 36 ,006 16 38 48
47 11 54 ,006 0 0 63
48 31 34 ,007 46 22 71
49 2 26 ,007 0 36 60
50 49 55 ,007 0 0 86
51 95 101 ,007 0 0 76
52 8 33 ,007 30 0 73
53 9 12 ,007 26 0 70
54 45 70 ,008 0 0 58
55 83 102 ,010 0 0 92
56 25 28 ,011 6 45 62
57 18 35 ,011 39 40 78
58 10 45 ,012 0 54 81
Anexos 347
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
59 23 57 ,014 17 0 67
60 2 74 ,014 49 0 82
61 75 90 ,015 0 0 83
62 6 25 ,015 44 56 70
63 11 14 ,016 47 0 87
64 1 29 ,017 41 0 78
65 72 77 ,018 0 0 75
66 20 41 ,018 0 0 68
67 23 60 ,019 59 0 79
68 20 52 ,019 66 0 89
69 22 88 ,019 0 0 89
70 6 9 ,020 62 53 96
71 31 59 ,020 48 31 97
72 5 107 ,020 0 0 91
73 8 13 ,020 52 37 88
74 17 38 ,021 0 0 90
75 4 72 ,021 0 65 85
76 95 98 ,022 51 0 91
77 7 42 ,023 0 0 98
78 1 18 ,023 64 57 95
79 23 44 ,024 67 0 103
80 79 80 ,024 0 0 93
81 10 47 ,025 58 13 87
82 2 32 ,028 60 0 86
83 19 75 ,029 43 61 92
84 3 84 ,029 0 0 99
85 4 71 ,036 75 0 90
86 2 49 ,037 82 50 96
87 10 11 ,047 81 63 100
88 8 48 ,049 73 0 97
89 20 22 ,050 68 69 93
90 4 17 ,052 85 74 94
91 5 95 ,052 72 76 106
92 19 83 ,054 83 55 102
93 20 79 ,058 89 80 104
94 4 67 ,062 90 12 101
95 1 66 ,063 78 0 98
96 2 6 ,068 86 70 105
97 8 31 ,074 88 71 101
98 1 7 ,076 95 77 100
99 3 78 ,083 84 0 102
100 1 10 ,108 98 87 103
101 4 8 ,113 94 97 107
102 3 19 ,132 99 92 108
103 1 23 ,139 100 79 106
104 20 40 ,143 93 0 105
105 2 20 ,312 96 104 109
106 1 5 ,317 103 91 107
107 1 4 ,473 106 101 108
108 1 3 1,234 107 102 109
109 1 2 1,296 108 105 0
348 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
C A S E 0 5 10 15 20 25
Label Num +---------+---------+---------+---------+---------+
EDS 31 ─┐
Enabler 108 ─┤
Altran 64 ─┤
Altitude 50 ─┤
Refer 56 ─┤
CapGemini 34 ─┤
INSA 92 ─┤
Contact act 68 ─┤
Accenture 106 ─┤
WeDOConsulting 36 ─┤
Microfil 99 ─┤
Noesis 82 ─┤
CompuQuali 59 ─┤
Mainroad 61 ─┤
Critical Software 93 ─┤
Everis 86 ─┼─────────┐
CBE 62 ─┤ │
Rumos 85 ─┤ │
PT-SI 13 ─┤ │
Deloitte 104 ─┤ │
Edinfor 8 ─┤ │
CESAE 87 ─┤ │
Edisoft 97 ─┤ │
Indra 33 ─┤ │
Gedas 67 ─┤ │
SIBS 109 ─┤ │
PT Inovação 17 ─┤ │
Promosoft 38 ─┤ ├─────┐
Link 72 ─┤ │ │
I2S 77 ─┤ │ │
IBM 4 ─┤ │ │
Getronics 71 ─┤ │ │
Reditus 48 ─┘ │ │
Siemens 5 ─┐ │ │
IBS portugal 107 ─┼─┐ │ │
Oracle Portugal 95 ─┤ │ │ │
Powerdata 101 ─┤ │ │ │
Timestamp 98 ─┘ │ │ │
Consiste 23 ─┐ │ │ │
Oce 69 ─┤ ├───────┘ │
Unisys 57 ─┤ │ │
Solsuni 60 ─┤ │ │
Fujitsu - Telecomunicações 44 ─┤ │ │
Novabase 7 ─┤ │ │
Datinfor 42 ─┤ │ │
Sinfic 1 ─┼─┘ ├───────────────────────────────┐
CESCE 37 ─┤ │ │
Datacomp 105 ─┤ │ │
Convex 35 ─┤ │ │
Bull 65 ─┤ │ │
Nextiraone 29 ─┤ │ │
ZetesBurotica 66 ─┤ │ │
Alcatel 11 ─┤ │ │
Compta 54 ─┤ │ │
Pararede 18 ─┤ │ │
Tecnidata 24 ─┤ │ │
Xerox 14 ─┤ │ │
Minolta 47 ─┤ │ │
Multimac 94 ─┤ │ │
CILNet 45 ─┤ │ │
Avetel 70 ─┤ │ │
Ericsson 10 ─┘ │ │
Microsoft 3 ─┐ │ │
Primavera Software 84 ─┤ │ │
Anexos 349
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
PHC 78 ─┼───────────────┘ │
SAS 83 ─┤ │
BEA 102 ─┤ │
SAP 19 ─┤ │
BMC 58 ─┤ │
CA 75 ─┤ │
Leading Capital 90 ─┘ │
Afina 20 ─┐ │
BizDirect 41 ─┤ │
EMC 52 ─┤ │
CPCIS 22 ─┤ │
MCC 88 ─┼─┐ │
Distrilogie 79 ─┤ │ │
Minitel 80 ─┤ │ │
Normática 40 ─┘ │ │
AEG 49 ─┐ │ │
Acitel 4 55 ─┤ │ │
CIL 26 ─┤ ├─────────────────────────────────────────────┘
Anixter 89 ─┤ │
HP 2 ─┤ │
TotalStor 74 ─┤ │
Memória Total 32 ─┤ │
OKI 53 ─┤ │
InforX 76 ─┤ │
InClass 39 ─┼─┘
Base2 96 ─┤
Solbi 16 ─┤
Computer 2000 100 ─┤
DX4 73 ─┤
Fujitsu Siemens 110 ─┤
Introduxi 21 ─┤
Investronica 103 ─┤
CPC-DI 6 ─┤
Epson 27 ─┤
DLI 9 ─┤
JP Sa Couto 15 ─┤
Equicad 81 ─┤
Databox 12 ─┤
Toshiba 25 ─┤
Eurocabos 51 ─┤
Chip7 30 ─┤
CPCNet 91 ─┤
Lexmark 43 ─┤
ATM 46 ─┤
Prologica 28 ─┤
PMELink 63 ─┘
Agglomeration Schedule
Cluster Combined Stage Cluster First Appears
Stage Cluster 1 Cluster 2 Coefficients Cluster 1 Cluster 2 Next Stage
1 31 108 ,000 0 0 2
2 31 64 ,000 1 0 5
3 21 103 ,000 0 0 16
4 62 85 ,000 0 0 42
5 31 50 ,000 2 0 22
6 25 51 ,000 0 0 73
7 68 106 ,000 0 0 36
8 6 27 ,000 0 0 16
9 53 76 ,000 0 0 28
10 59 61 ,000 0 0 24
11 39 96 ,000 0 0 28
12 67 109 ,001 0 0 95
350 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
13 47 94 ,001 0 0 81
14 73 110 ,001 0 0 33
15 23 69 ,001 0 0 59
16 6 21 ,001 8 3 33
17 8 87 ,002 0 0 29
18 9 15 ,002 0 0 27
19 16 100 ,002 0 0 46
20 43 46 ,002 0 0 31
21 34 92 ,003 0 0 54
22 31 56 ,003 5 0 71
23 1 37 ,004 0 0 40
24 59 93 ,004 10 0 32
25 13 104 ,005 0 0 42
26 30 91 ,005 0 0 49
27 9 81 ,006 18 0 52
28 39 53 ,007 11 9 56
29 8 97 ,008 17 0 51
30 36 99 ,009 0 0 36
31 28 43 ,010 0 20 41
32 59 86 ,011 24 0 91
33 6 73 ,013 16 14 46
34 26 89 ,014 0 0 47
35 18 24 ,016 0 0 55
36 36 68 ,018 30 7 38
37 35 65 ,020 0 0 64
38 36 82 ,022 36 0 54
39 19 58 ,025 0 0 80
40 1 105 ,027 23 0 88
41 28 63 ,030 31 0 49
42 13 62 ,033 25 4 82
43 11 54 ,037 0 0 77
44 49 55 ,040 0 0 85
45 95 101 ,044 0 0 72
46 6 16 ,047 33 19 56
47 2 26 ,051 0 34 61
48 45 70 ,055 0 0 53
49 28 30 ,060 41 26 73
50 83 102 ,065 0 0 93
51 8 33 ,070 29 0 82
52 9 12 ,076 27 0 84
53 10 45 ,082 0 48 81
54 34 36 ,089 21 38 71
55 14 18 ,097 0 35 77
56 6 39 ,104 46 28 94
57 75 90 ,112 0 0 80
58 72 77 ,121 0 0 67
59 23 57 ,130 15 0 69
60 20 41 ,139 0 0 63
61 2 74 ,148 47 0 76
62 22 88 ,158 0 0 86
63 20 52 ,168 60 0 92
64 29 35 ,177 0 37 78
65 5 107 ,188 0 0 87
Anexos 351
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
66 17 38 ,198 0 0 90
67 4 72 ,209 0 58 79
68 7 42 ,220 0 0 96
69 23 60 ,232 59 0 75
70 79 80 ,244 0 0 86
71 31 34 ,256 22 54 91
72 95 98 ,270 45 0 87
73 25 28 ,284 6 49 84
74 3 84 ,298 0 0 89
75 23 44 ,313 69 0 103
76 2 32 ,332 61 0 85
77 11 14 ,353 43 55 97
78 29 66 ,374 64 0 88
79 4 71 ,396 67 0 83
80 19 75 ,420 39 57 93
81 10 47 ,445 53 13 97
82 8 13 ,481 51 42 101
83 4 48 ,517 79 0 90
84 9 25 ,554 52 73 94
85 2 49 ,595 76 44 100
86 22 79 ,638 62 70 92
87 5 95 ,688 65 72 105
88 1 29 ,738 40 78 96
89 3 78 ,789 74 0 99
90 4 17 ,840 83 66 95
91 31 59 ,893 71 32 104
92 20 22 ,949 63 86 98
93 19 83 1,006 80 50 99
94 6 9 1,068 56 84 100
95 4 67 1,133 90 12 101
96 1 7 1,207 88 68 102
97 10 11 1,302 81 77 102
98 20 40 1,410 92 0 106
99 3 19 1,599 89 93 108
100 2 6 1,875 85 94 106
101 4 8 2,153 95 82 104
102 1 10 2,490 96 97 103
103 1 23 2,874 102 75 105
104 4 31 3,374 101 91 107
105 1 5 4,434 103 87 107
106 2 20 6,121 100 98 109
107 1 4 11,719 105 104 108
108 1 3 19,976 107 99 109
109 1 2 44,798 108 106 0
352 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
C A S E 0 5 10 15 20 25
Label Num +---------+---------+---------+---------+---------+
EDS 31 ─┐
Enabler 108 ─┤
Altran 64 ─┤
Altitude 50 ─┤
Refer 56 ─┤
CapGemini 34 ─┤
INSA 92 ─┤
Contact act 68 ─┤
Accenture 106 ─┼─────┐
WeDOConsulting 36 ─┤ │
Microfil 99 ─┤ │
CompuQuali 59 ─┤ │
Mainroad 61 ─┤ │
Critical Software 93 ─┤ │
Everis 86 ─┘ │
CBE 62 ─┐ ├─────────────┐
Rumos 85 ─┤ │ │
PT-SI 13 ─┤ │ │
Deloitte 104 ─┼─┐ │ │
Edinfor 8 ─┤ │ │ │
CESAE 87 ─┤ │ │ │
Edisoft 97 ─┤ │ │ │
Indra 33 ─┤ ├───┘ │
Noesis 82 ─┘ │ │
Reditus 48 ─┬─┤ │
Unisys 57 ─┘ │ │
Link 72 ─┐ │ │
I2S 77 ─┤ │ │
IBM 4 ─┼─┤ ├─────────────────────┐
Getronics 71 ─┘ │ │ │
Gedas 67 ─┐ │ │ │
SIBS 109 ─┼─┘ │ │
PT Inovação 17 ─┤ │ │
Promosoft 38 ─┘ │ │
Siemens 5 ─┬─┐ │ │
IBS portugal 107 ─┘ ├─────────┐ │ │
Oracle Portugal 95 ─┐ │ │ │ │
Powerdata 101 ─┼─┘ │ │ │
Timestamp 98 ─┘ │ │ │
Novabase 7 ─┐ │ │ │
Datinfor 42 ─┤ │ │ │
Sinfic 1 ─┼───┐ ├───────┘ │
CESCE 37 ─┤ │ │ │
Datacomp 105 ─┤ │ │ │
Convex 35 ─┤ │ │ │
Bull 65 ─┤ │ │ │
Nextiraone 29 ─┘ │ │ │
Minolta 47 ─┐ ├───────┘ ├─────┐
Multimac 94 ─┤ │ │ │
CILNet 45 ─┤ │ │ │
Avetel 70 ─┼───┤ │ │
Ericsson 10 ─┤ │ │ │
ZetesBurotica 66 ─┘ │ │ │
Consiste 23 ─┐ │ │ │
Oce 69 ─┤ │ │ │
Solsuni 60 ─┤ │ │ │
Fujitsu - Telecomunicações 44 ─┼───┘ │ │
Alcatel 11 ─┤ │ │
Compta 54 ─┤ │ │
Pararede 18 ─┤ │ │
Tecnidata 24 ─┤ │ │
Xerox 14 ─┘ │ │
SAS 83 ─┐ │ │
BEA 102 ─┼───┐ │ │
Anexos 353
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
SAP 19 ─┤ │ │ │
BMC 58 ─┤ │ │ │
CA 75 ─┤ ├─────────────────────────────────────┘ │
Leading Capital 90 ─┘ │ │
Microsoft 3 ─┬─┐ │ │
Primavera Software 84 ─┘ ├─┘ │
PHC 78 ───┘ │
AEG 49 ─┐ │
Acitel 4 55 ─┤ │
CIL 26 ─┼─┐ │
Anixter 89 ─┤ │ │
HP 2 ─┤ │ │
TotalStor 74 ─┘ │ │
Databox 12 ─┐ ├───────────┐ │
Memória Total 32 ─┤ │ │ │
Solbi 16 ─┤ │ │ │
Computer 2000 100 ─┤ │ │ │
OKI 53 ─┤ │ │ │
InforX 76 ─┼─┘ │ │
InClass 39 ─┤ │ │
Base2 96 ─┤ │ │
DX4 73 ─┤ │ │
Fujitsu Siemens 110 ─┤ │ │
Introduxi 21 ─┤ │ │
Investronica 103 ─┤ │ │
CPC-DI 6 ─┤ │ │
Epson 27 ─┤ │ │
Toshiba 25 ─┤ ├─────────────────────────────────┘
Eurocabos 51 ─┤ │
Lexmark 43 ─┤ │
ATM 46 ─┤ │
Prologica 28 ─┤ │
PMELink 63 ─┤ │
Chip7 30 ─┤ │
CPCNet 91 ─┤ │
DLI 9 ─┤ │
JP Sa Couto 15 ─┤ │
Equicad 81 ─┘ │
Distrilogie 79 ─┐ │
Minitel 80 ─┤ │
Afina 20 ─┼───┐ │
BizDirect 41 ─┤ │ │
EMC 52 ─┤ ├─────────┘
CPCIS 22 ─┤ │
MCC 88 ─┘ │
Normática 40 ─────┘
Agglomeration Schedule
Cluster Combined Stage Cluster First Appears
Stage Cluster 1 Cluster 2 Coefficients Cluster 1 Cluster 2 Next Stage
1 31 108 ,000 0 0 2
2 31 64 ,000 1 0 5
3 21 103 ,000 0 0 16
4 62 85 ,000 0 0 42
5 31 50 ,000 2 0 19
6 25 51 ,000 0 0 73
7 68 106 ,000 0 0 33
8 6 27 ,000 0 0 16
9 53 76 ,000 0 0 27
10 59 61 ,000 0 0 25
11 39 96 ,000 0 0 27
12 67 109 ,000 0 0 88
354 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
13 47 94 ,000 0 0 80
14 73 110 ,000 0 0 29
15 23 69 ,000 0 0 57
16 6 21 ,000 8 3 29
17 8 87 ,001 0 0 32
18 9 15 ,001 0 0 28
19 31 56 ,001 5 0 52
20 16 100 ,001 0 0 54
21 43 46 ,001 0 0 30
22 34 92 ,001 0 0 49
23 1 37 ,001 0 0 38
24 13 104 ,001 0 0 42
25 59 93 ,001 10 0 35
26 30 91 ,001 0 0 47
27 39 53 ,001 11 9 39
28 9 81 ,002 18 0 47
29 6 73 ,002 16 14 39
30 28 43 ,002 0 21 44
31 36 99 ,002 0 0 33
32 8 97 ,002 17 0 53
33 36 68 ,003 31 7 49
34 26 89 ,003 0 0 46
35 59 86 ,003 25 0 81
36 18 24 ,004 0 0 55
37 35 65 ,004 0 0 63
38 1 105 ,005 23 0 77
39 6 39 ,005 29 27 54
40 33 82 ,005 0 0 53
41 19 58 ,005 0 0 84
42 13 62 ,006 24 4 83
43 11 54 ,006 0 0 76
44 28 63 ,006 30 0 66
45 49 55 ,007 0 0 85
46 2 26 ,007 0 34 62
47 9 30 ,007 28 26 66
48 95 101 ,007 0 0 79
49 34 36 ,007 22 33 52
50 45 70 ,008 0 0 56
51 83 102 ,010 0 0 90
52 31 34 ,010 19 49 81
53 8 33 ,011 32 40 83
54 6 16 ,013 39 20 78
55 14 18 ,014 0 36 76
56 10 45 ,015 0 50 80
57 23 60 ,015 15 0 74
58 75 90 ,015 0 0 84
59 72 77 ,018 0 0 70
60 20 41 ,018 0 0 64
61 12 32 ,018 0 0 86
62 2 74 ,019 46 0 85
63 29 35 ,019 0 37 77
64 20 52 ,019 60 0 87
65 22 88 ,019 0 0 87
Anexos 355
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
66 9 28 ,020 47 44 73
67 5 107 ,020 0 0 95
68 17 38 ,021 0 0 88
69 7 42 ,023 0 0 91
70 4 72 ,024 0 59 82
71 79 80 ,024 0 0 93
72 48 57 ,024 0 0 97
73 9 25 ,025 66 6 78
74 23 44 ,027 57 0 92
75 3 84 ,029 0 0 96
76 11 14 ,030 43 55 92
77 1 29 ,031 38 63 91
78 6 9 ,034 54 73 86
79 95 98 ,034 48 0 95
80 10 47 ,038 56 13 89
81 31 59 ,043 52 35 104
82 4 71 ,048 70 0 94
83 8 13 ,051 53 42 99
84 19 75 ,055 41 58 90
85 2 49 ,058 62 45 98
86 6 12 ,070 78 61 98
87 20 22 ,077 64 65 93
88 17 67 ,080 68 12 94
89 10 66 ,082 80 0 101
90 19 83 ,092 84 51 102
91 1 7 ,095 77 69 103
92 11 23 ,095 76 74 101
93 20 79 ,103 87 71 100
94 4 17 ,118 82 88 97
95 5 95 ,120 67 79 105
96 3 78 ,126 75 0 102
97 4 48 ,161 94 72 99
98 2 6 ,189 85 86 106
99 4 8 ,202 97 83 104
100 20 40 ,234 93 0 106
101 10 11 ,248 89 92 103
102 3 19 ,288 96 90 108
103 1 10 ,302 91 101 105
104 4 31 ,386 99 81 107
105 1 5 ,672 103 95 107
106 2 20 ,789 98 100 109
107 1 4 1,074 105 104 108
108 1 3 2,241 107 102 109
109 1 2 2,666 108 106 0
356 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
C A S E 0 5 10 15 20 25
Label Num +---------+---------+---------+---------+---------+
EDS 31 ─┐
Enabler 108 ─┤
Altran 64 ─┤
Altitude 50 ─┤
Refer 56 ─┤
Contact act 68 ─┤
Accenture 106 ─┤
WeDOConsulting 36 ─┤
Microfil 99 ─┤
Noesis 82 ─┤
CapGemini 34 ─┼─┐
INSA 92 ─┤ │
CompuQuali 59 ─┤ │
Mainroad 61 ─┤ │
Critical Software 93 ─┤ │
Everis 86 ─┘ ├─┐
CBE 62 ─┐ │ │
Rumos 85 ─┤ │ │
PT-SI 13 ─┤ │ │
Deloitte 104 ─┼─┤ │
Edinfor 8 ─┤ │ │
CESAE 87 ─┤ │ │
Edisoft 97 ─┤ │ ├─────────────┐
Indra 33 ─┘ │ │ │
Reditus 48 ───┘ │ │
Gedas 67 ─┐ │ │
SIBS 109 ─┼─┐ │ │
Siemens 5 ─┘ │ │ │
Link 72 ─┐ │ │ │
I2S 77 ─┤ ├─┘ │
IBM 4 ─┤ │ │
Promosoft 38 ─┼─┤ │
Getronics 71 ─┘ │ │
PT Inovação 17 ───┘ │
Consiste 23 ─┐ │
Oce 69 ─┤ ├─────────────────────────────┐
Unisys 57 ─┤ │ │
Solsuni 60 ─┼───┐ │ │
Fujitsu - Telecomunicações 44 ─┘ │ │ │
Alcatel 11 ─┐ │ │ │
Compta 54 ─┤ │ │ │
Xerox 14 ─┼─┐ ├─────┐ │ │
Minolta 47 ─┤ │ │ │ │ │
Multimac 94 ─┤ │ │ │ │ │
CILNet 45 ─┤ │ │ │ │ │
Avetel 70 ─┤ │ │ │ │ │
Ericsson 10 ─┘ ├─┘ │ │ │
Pararede 18 ─┐ │ │ │ │
Tecnidata 24 ─┤ │ │ │ │
Convex 35 ─┤ │ ├───────┘ │
Bull 65 ─┼─┤ │ │
Sinfic 1 ─┤ │ │ │
CESCE 37 ─┤ │ │ │
Datacomp 105 ─┤ │ │ │
Nextiraone 29 ─┘ │ │ │
ZetesBurotica 66 ───┘ │ │
Novabase 7 ─┬─────┐ │ │
Datinfor 42 ─┘ │ │ │
Oracle Portugal 95 ─┐ ├───┘ │
Powerdata 101 ─┤ │ │
IBS portugal 107 ─┼─────┘ │
Timestamp 98 ─┘ │
DLI 9 ─┐ │
JP Sa Couto 15 ─┤ │
Anexos 357
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Equicad 81 ─┤ │
Databox 12 ─┤ │
Solbi 16 ─┤ │
Computer 2000 100 ─┤ │
OKI 53 ─┤ │
InforX 76 ─┼─┐ │
InClass 39 ─┤ │ │
Base2 96 ─┤ │ │
Introduxi 21 ─┤ │ │
Investronica 103 ─┤ │ │
CPC-DI 6 ─┤ │ │
Epson 27 ─┤ │ │
DX4 73 ─┤ │ │
Fujitsu Siemens 110 ─┤ │ │
Toshiba 25 ─┤ ├─────────┐ │
Eurocabos 51 ─┤ │ │ │
Chip7 30 ─┤ │ │ │
CPCNet 91 ─┤ │ │ │
Lexmark 43 ─┤ │ │ │
ATM 46 ─┤ │ │ │
Prologica 28 ─┤ │ │ │
PMELink 63 ─┘ │ │ │
AEG 49 ─┐ │ │ │
Acitel 4 55 ─┤ │ ├───────────────────────────────────┤
CIL 26 ─┼─┘ │ │
Anixter 89 ─┤ │ │
HP 2 ─┤ │ │
TotalStor 74 ─┤ │ │
Memória Total 32 ─┘ │ │
Distrilogie 79 ─┐ │ │
Minitel 80 ─┤ │ │
Afina 20 ─┼─────┐ │ │
BizDirect 41 ─┤ │ │ │
EMC 52 ─┤ ├─────┘ │
CPCIS 22 ─┤ │ │
MCC 88 ─┘ │ │
Normática 40 ───────┘ │
Microsoft 3 ─┬───┐ │
Primavera Software 84 ─┘ ├───────────────────────────────────────────┘
CA 75 ─┬─┐ │
PHC 78 ─┘ ├─┘
SAS 83 ─┬─┤
BEA 102 ─┘ │
SAP 19 ─┐ │
BMC 58 ─┼─┘
Leading Capital 90 ─┘
Agglomeration Schedule
Cluster Combined Stage Cluster First Appears
Stage Cluster 1 Cluster 2 Coefficients Cluster 1 Cluster 2 Next Stage
1 31 108 ,000 0 0 2
2 31 64 ,000 1 0 5
3 21 103 ,000 0 0 13
4 62 85 ,000 0 0 37
5 31 50 ,000 2 0 16
6 25 51 ,000 0 0 55
7 68 106 ,000 0 0 35
8 6 27 ,000 0 0 13
9 53 76 ,000 0 0 24
10 59 61 ,000 0 0 25
11 39 96 ,000 0 0 24
12 67 109 ,000 0 0 88
358 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
13 6 21 ,000 8 3 28
14 47 94 ,000 0 0 79
15 73 110 ,000 0 0 28
16 31 56 ,000 5 0 45
17 23 69 ,000 0 0 62
18 8 87 ,001 0 0 30
19 9 15 ,001 0 0 26
20 16 100 ,001 0 0 43
21 43 46 ,001 0 0 33
22 34 92 ,001 0 0 46
23 1 37 ,001 0 0 41
24 39 53 ,001 11 9 32
25 59 93 ,001 10 0 31
26 9 81 ,001 19 0 52
27 13 104 ,001 0 0 37
28 6 73 ,001 13 15 32
29 30 91 ,001 0 0 39
30 8 97 ,001 18 0 51
31 59 86 ,002 25 0 68
32 6 39 ,002 28 24 43
33 28 43 ,002 0 21 39
34 36 99 ,002 0 0 35
35 36 68 ,002 34 7 36
36 36 82 ,003 35 0 45
37 13 62 ,003 27 4 71
38 26 89 ,003 0 0 48
39 28 30 ,003 33 29 44
40 18 24 ,004 0 0 56
41 1 105 ,004 23 0 66
42 35 65 ,004 0 0 56
43 6 16 ,004 32 20 59
44 28 63 ,004 39 0 55
45 31 36 ,005 16 36 46
46 31 34 ,005 45 22 68
47 19 58 ,005 0 0 64
48 2 26 ,006 0 38 60
49 11 54 ,006 0 0 63
50 49 55 ,007 0 0 84
51 8 33 ,007 30 0 71
52 9 12 ,007 26 0 61
53 95 101 ,007 0 0 78
54 45 70 ,008 0 0 58
55 25 28 ,009 6 44 59
56 18 35 ,010 40 42 67
57 83 102 ,010 0 0 93
58 10 45 ,010 0 54 79
59 6 25 ,011 43 55 61
60 2 74 ,013 48 0 82
61 6 9 ,013 59 52 94
62 23 57 ,014 17 0 65
63 11 14 ,014 49 0 87
64 19 90 ,015 47 0 93
65 23 60 ,015 62 0 73
Anexos 359
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
66 1 29 ,016 41 0 67
67 1 18 ,016 66 56 96
68 31 59 ,018 46 31 98
69 72 77 ,018 0 0 70
70 4 72 ,017 0 69 77
71 8 13 ,018 51 37 91
72 75 78 ,018 0 0 95
73 23 44 ,018 65 0 101
74 20 41 ,018 0 0 75
75 20 52 ,015 74 0 89
76 22 88 ,019 0 0 89
77 4 38 ,019 70 0 86
78 95 107 ,020 53 0 83
79 10 47 ,021 58 14 87
80 7 42 ,023 0 0 103
81 79 80 ,024 0 0 90
82 2 32 ,024 60 0 84
83 95 98 ,026 78 0 103
84 2 49 ,029 82 50 94
85 3 84 ,029 0 0 102
86 4 71 ,035 77 0 92
87 10 11 ,036 79 63 97
88 5 67 ,037 0 12 99
89 20 22 ,039 75 76 90
90 20 79 ,037 89 81 104
91 8 48 ,043 71 0 98
92 4 17 ,045 86 0 99
93 19 83 ,047 64 57 95
94 2 6 ,051 84 61 106
95 19 75 ,054 93 72 102
96 1 66 ,055 67 0 97
97 1 10 ,053 96 87 101
98 8 31 ,059 91 68 100
99 4 5 ,066 92 88 100
100 4 8 ,085 99 98 107
101 1 23 ,094 97 73 105
102 3 19 ,114 85 95 109
103 7 95 ,122 80 83 105
104 20 40 ,123 90 0 106
105 1 7 ,215 101 103 107
106 2 20 ,265 94 104 108
107 1 4 ,361 105 100 108
108 1 2 1,042 107 106 109
109 1 3 ,983 108 102 0
360 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
C A S E 0 5 10 15 20 25
Label Num +---------+---------+---------+---------+---------+
EDS 31 ─┐
Enabler 108 ─┤
Altran 64 ─┤
Altitude 50 ─┤
Refer 56 ─┤
Contact act 68 ─┤
Accenture 106 ─┤
CapGemini 34 ─┤
INSA 92 ─┤
WeDOConsulting 36 ─┤
Microfil 99 ─┤
Noesis 82 ─┤
CompuQuali 59 ─┤
Mainroad 61 ─┤
Critical Software 93 ─┤
Everis 86 ─┤
Edinfor 8 ─┤
CESAE 87 ─┤
Edisoft 97 ─┼───────┐
CBE 62 ─┤ │
Rumos 85 ─┤ │
PT-SI 13 ─┤ │
Deloitte 104 ─┤ │
Indra 33 ─┘ │
Gedas 67 ─┬───────┼─┐
SIBS 109 ─┘ │ │
PT Inovação 17 ───────┬─┤ │
Promosoft 38 ───────┘ │ │
Link 72 ───────┐ │ │
I2S 77 ───────┼─┤ │
IBM 4 ───────┘ │ │
Getronics 71 ─────────┤ │
Consiste 23 ─┬───┐ │ │
Oce 69 ─┘ │ │ │
Unisys 57 ─────┼─┐ │ │
Solsuni 60 ─────┘ ├─┤ │
Fujitsu - Telecomunicações 44 ───────┘ │ │
Reditus 48 ─────────┘ │
Minolta 47 ─┬───┐ ├─┐
Multimac 94 ─┘ │ │ │
CILNet 45 ───┐ ├───┐ │ │
Avetel 70 ───┼─┤ │ │ │
Ericsson 10 ───┘ │ │ │ │
Alcatel 11 ───┬─┤ │ │ │
Compta 54 ───┘ │ │ │ │
Pararede 18 ─┬─┐ │ │ │ │
Tecnidata 24 ─┘ │ │ │ │ │
Convex 35 ─┬─┼─┤ │ │ │
Bull 65 ─┘ │ │ │ │ │
Xerox 14 ───┘ │ │ │ ├─┐
Sinfic 1 ─┐ │ │ │ │ │
CESCE 37 ─┼───┤ │ │ │ │
Datacomp 105 ─┘ │ │ │ │ │
Nextiraone 29 ─────┘ ├─┘ │ │
Datinfor 42 ─────────┤ │ │
Novabase 7 ─────────┤ │ │
ZetesBurotica 66 ─────────┘ │ │
Oracle Portugal 95 ───┐ │ │
Powerdata 101 ───┼───┐ │ │
Timestamp 98 ───┘ │ │ │
IBS portugal 107 ───────┼─────┘ │
Siemens 5 ───────┘ │
AEG 49 ───┐ │
Acitel 4 55 ───┤ │
Anexos 361
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Toshiba 25 ─┐ │ │
Eurocabos 51 ─┤ │ │
DLI 9 ─┤ │ │
JP Sa Couto 15 ─┤ │ │
Equicad 81 ─┤ │ │
DX4 73 ─┤ │ │
Fujitsu Siemens 110 ─┼─┤ │
OKI 53 ─┤ │ │
InforX 76 ─┤ │ │
Introduxi 21 ─┤ │ │
Investronica 103 ─┤ │ │
CPC-DI 6 ─┤ ├───────────┤
Epson 27 ─┤ │ │
InClass 39 ─┤ │ │
Base2 96 ─┤ │ │
Computer 2000 100 ─┤ │ ├─────────────────────────────────┐
Solbi 16 ─┤ │ │ │
Chip7 30 ─┤ │ │ │
CPCNet 91 ─┤ │ │ │
Lexmark 43 ─┤ │ │ │
ATM 46 ─┤ │ │ │
Prologica 28 ─┤ │ │ │
PMELink 63 ─┤ │ │ │
CIL 26 ─┤ │ │ │
Anixter 89 ─┘ │ │ │
Databox 12 ───┤ │ │
HP 2 ───┤ │ │
TotalStor 74 ───┤ │ │
Memória Total 32 ───┘ │ │
CPCIS 22 ───────┬───┐ │ │
MCC 88 ───────┘ │ │ │
Afina 20 ───────┐ ├───┤ │
BizDirect 41 ───────┼─┐ │ │ │
EMC 52 ───────┘ │ │ │ │
Minitel 80 ─────────┼─┘ │ │
Distrilogie 79 ─────────┘ │ │
Normática 40 ───────────────┘ │
SAS 83 ───┬───┐ │
BEA 102 ───┘ │ │
SAP 19 ─┬───┐ │ │
BMC 58 ─┘ │ │ │
Leading Capital 90 ─────┼─┼───────┐ │
CA 75 ─────┘ │ ├─────────────────────────────────┘
PHC 78 ───────┘ │
Microsoft 3 ───────────┬───┘
Primavera Software 84 ───────────┘
Agglomeration Schedule
Cluster Combined Stage Cluster First Appears
Stage Cluster 1 Cluster 2 Coefficients Cluster 1 Cluster 2 Next Stage
1 31 108 ,000 0 0 2
2 31 64 ,000 1 0 3
3 31 50 ,000 2 0 17
4 21 103 ,000 0 0 9
5 62 85 ,000 0 0 34
6 25 51 ,000 0 0 54
7 68 106 ,000 0 0 36
8 6 27 ,000 0 0 9
9 6 21 ,000 8 4 13
10 53 76 ,000 0 0 18
11 59 61 ,000 0 0 20
12 39 96 ,000 0 0 13
13 6 39 ,000 9 12 18
362 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
14 67 109 ,000 0 0 96
15 47 94 ,000 0 0 76
16 73 110 ,000 0 0 24
17 31 56 ,000 3 0 36
18 6 53 ,000 13 10 21
19 23 69 ,000 0 0 72
20 59 93 ,001 11 0 25
21 6 100 ,001 18 0 24
22 8 87 ,001 0 0 29
23 9 15 ,001 0 0 27
24 6 73 ,001 21 16 26
25 59 86 ,001 20 0 45
26 6 16 ,001 24 0 35
27 9 81 ,001 23 0 52
28 43 46 ,001 0 0 37
29 8 97 ,001 22 0 42
30 34 92 ,001 0 0 40
31 1 37 ,001 0 0 49
32 13 104 ,001 0 0 34
33 30 91 ,001 0 0 35
34 13 62 ,001 32 5 42
35 6 30 ,001 26 33 38
36 31 68 ,001 17 7 41
37 28 43 ,002 0 28 38
38 6 28 ,002 35 37 43
39 36 99 ,002 0 0 40
40 34 36 ,002 30 39 41
41 31 34 ,002 36 40 44
42 8 13 ,003 29 34 48
43 6 63 ,003 38 0 46
44 31 82 ,003 41 0 45
45 31 59 ,003 44 25 48
46 6 26 ,003 43 0 47
47 6 89 ,003 46 0 52
48 8 31 ,003 42 45 51
49 1 105 ,004 31 0 71
50 18 24 ,004 0 0 62
51 8 33 ,004 48 0 100
52 6 9 ,004 47 27 54
53 35 65 ,004 0 0 62
54 6 25 ,004 52 6 56
55 19 58 ,005 0 0 70
56 6 12 ,005 54 0 57
57 2 6 ,006 0 56 59
58 11 54 ,006 0 0 74
59 2 74 ,007 57 0 64
60 49 55 ,007 0 0 65
61 95 101 ,007 0 0 67
62 18 35 ,008 50 53 69
63 45 70 ,008 0 0 66
64 2 32 ,009 59 0 65
65 2 49 ,009 64 60 105
66 10 45 ,010 0 63 75
Anexos 363
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
67 95 98 ,010 61 0 81
68 83 102 ,010 0 0 79
69 14 18 ,010 0 62 73
70 19 90 ,011 55 0 78
71 1 29 ,012 49 0 73
72 23 57 ,012 19 0 77
73 1 14 ,012 71 69 74
74 1 11 ,012 73 58 75
75 1 10 ,012 74 66 76
76 1 47 ,014 75 15 92
77 23 60 ,015 72 0 80
78 19 75 ,015 70 0 79
79 19 83 ,017 78 68 83
80 23 44 ,017 77 0 98
81 95 107 ,018 67 0 88
82 72 77 ,018 0 0 84
83 19 78 ,018 79 0 108
84 4 72 ,018 0 82 90
85 20 41 ,018 0 0 86
86 20 52 ,019 85 0 93
87 22 88 ,019 0 0 103
88 5 95 ,020 0 81 104
89 17 38 ,021 0 0 91
90 4 71 ,021 84 0 91
91 4 17 ,022 90 89 96
92 1 42 ,022 76 0 94
93 20 80 ,023 86 0 97
94 1 7 ,023 92 0 95
95 1 66 ,023 94 0 101
96 4 67 ,024 91 14 99
97 20 79 ,024 93 0 103
98 23 48 ,024 80 0 99
99 4 23 ,025 96 98 100
100 4 8 ,025 99 51 101
101 1 4 ,027 95 100 104
102 3 84 ,029 0 0 108
103 20 22 ,029 97 87 106
104 1 5 ,036 101 88 105
105 1 2 ,037 104 65 107
106 20 40 ,038 103 0 107
107 1 20 ,041 105 106 109
108 3 19 ,041 102 83 109
109 1 3 ,132 107 108 0
364 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Total 29 39 9 33 110
Anexos 365
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Descriptives
95% Confidence Interval for Mean
N Mean Std. Deviation Std. Error Lower Bound Upper Bound Minimum Maximum
366 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 367
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Descriptives
MArgem2006
95% Confidence Interval for Mean
N Mean Std. Deviation Std. Error Lower Bound Upper Bound Minimum Maximum
ANOVA
MArgem2006
Tests of Normality
Average Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Linkage
(Between
Groups) Statistic df Sig. Statistic df Sig.
MArgem2006 1 ,278 29 ,000 ,737 29 ,000
2 ,314 39 ,000 ,477 39 ,000
3 ,169 9 ,200* ,927 9 ,457
*
4 ,083 33 ,200 ,966 33 ,371
a. Lilliefors Significance Correction
*. This is a lower bound of the true significance.
MArgem2006
368 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Average Linkage
(Between Groups) N Mean Rank
MArgem2006 1 29 41,17
2 39 44,36
3 9 85,00
4 33 73,21
Total 110
Test Statisticsa,b
MArgem2006
Chi-Square 28,480
df 3
Asymp. Sig. ,000
a. Kruskal Wallis Test
b. Grouping Variable: Average Linkage
(Between Groups)
Anexos 369
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
370 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Descriptives
herfindal_index
95% Confidence Interval for Mean
N Mean Std. Deviation Std. Error Lower Bound Upper Bound Minimum Maximum
ANOVA
herfindal_index
Sum of Squares df Mean Square F Sig.
Between Groups 2,908 3 ,969 40,206 ,000
Within Groups 2,555 106 ,024
Total 5,463 109
Multiple Comparisons
Dependent
Variable:herfindal_index
(I) (J) 95% Confidence Interval
Average Average
Linkage Linkage
(Between (Between
Groups) Groups) Mean Difference (I-J) Std. Error Sig. Lower Bound Upper Bound
*
Tukey HSD 1 2 -,307 ,038 ,000 -,41 -,21
3 -,344* ,059 ,000 -,50 -,19
*
4 -,415 ,040 ,000 -,52 -,31
2 1 ,307* ,038 ,000 ,21 ,41
3 -,037 ,057 ,915 -,19 ,11
4 -,108* ,037 ,020 -,20 -,01
3 1 ,344* ,059 ,000 ,19 ,50
2 ,037 ,057 ,915 -,11 ,19
4 -,071 ,058 ,616 -,22 ,08
*
4 1 ,415 ,040 ,000 ,31 ,52
2 ,108* ,037 ,020 ,01 ,20
3 ,071 ,058 ,616 -,08 ,22
Scheffe 1 2 -,307* ,038 ,000 -,42 -,20
3 -,344* ,059 ,000 -,51 -,18
4 -,415* ,040 ,000 -,53 -,30
*
2 1 ,307 ,038 ,000 ,20 ,42
Anexos 371
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
372 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Descriptives
grupo_tic
95% Confidence Interval for Mean
N Mean Std. Deviation Std. Error Lower Bound Upper Bound Minimum Maximum
ANOVA
grupo_tic
Sum of Squares df Mean Square F Sig.
Between Groups 1,914 3 ,638 2,645 ,053
Within Groups 25,576 106 ,241
Total 27,491 109
Test of Homogeneity of Variances
grupo_tic
Levene Statistic df1 df2 Sig.
4,486 3 106 ,005
Ranks
Average Linkage
(Between Groups) N Mean Rank
grupo_tic 1 29 58,84
2 39 46,83
3 9 71,28
4 33 58,50
Total 110
Anexos 373
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Test Statisticsa,b
grupo_tic
Chi-Square 7,591
df 3
Asymp. Sig. ,055
a. Kruskal Wallis Test
b. Grouping Variable: Average
Linkage (Between Groups)
Multiple Comparisons
Dependent
Variable:grupo_tic
(I) (J) 95% Confidence Interval
Average Average
Linkage Linkage
(Between (Between
Groups) Groups) Mean Difference (I-J) Std. Error Sig. Lower Bound Upper Bound
Tukey HSD 1 2 ,218 ,120 ,273 -,10 ,53
3 -,226 ,187 ,624 -,72 ,26
4 ,006 ,125 1,000 -,32 ,33
2 1 -,218 ,120 ,273 -,53 ,10
3 -,444 ,182 ,075 -,92 ,03
4 -,212 ,116 ,267 -,52 ,09
3 1 ,226 ,187 ,624 -,26 ,72
2 ,444 ,182 ,075 -,03 ,92
4 ,232 ,185 ,592 -,25 ,71
4 1 -,006 ,125 1,000 -,33 ,32
2 ,212 ,116 ,267 -,09 ,52
3 -,232 ,185 ,592 -,71 ,25
Scheffe 1 2 ,218 ,120 ,354 -,12 ,56
3 -,226 ,187 ,694 -,76 ,31
4 ,006 ,125 1,000 -,35 ,36
2 1 -,218 ,120 ,354 -,56 ,12
3 -,444 ,182 ,119 -,96 ,07
4 -,212 ,116 ,348 -,54 ,12
3 1 ,226 ,187 ,694 -,31 ,76
2 ,444 ,182 ,119 -,07 ,96
4 ,232 ,185 ,665 -,29 ,76
4 1 -,006 ,125 1,000 -,36 ,35
2 ,212 ,116 ,348 -,12 ,54
3 -,232 ,185 ,665 -,76 ,29
Bonferroni 1 2 ,218 ,120 ,436 -,11 ,54
3 -,226 ,187 1,000 -,73 ,28
4 ,006 ,125 1,000 -,33 ,34
2 1 -,218 ,120 ,436 -,54 ,11
3 -,444 ,182 ,096 -,93 ,04
4 -,212 ,116 ,424 -,52 ,10
3 1 ,226 ,187 1,000 -,28 ,73
374 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Descriptives
N Mean Std. Deviation Std. Error Lower Bound Upper Bound Minimum Maximum
Anexos 375
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
ANOVA:
ANOVA
Sum of Squares df Mean Square F Sig.
Grau_adequacao Between Groups 2,627 3 ,876 12,889 ,000
Within Groups 7,202 106 ,068
Total 9,830 109
Grau_qualidade Between Groups 127,854 3 42,618 4,984 ,003
Within Groups 906,364 106 8,551
Total 1034,218 109
Grau_inovacao Between Groups 172,428 3 57,476 26,438 ,000
Within Groups 230,445 106 2,174
Total 402,873 109
Grau_eficiencia Between Groups 20,160 3 6,720 3,847 ,012
Within Groups 185,159 106 1,747
Total 205,319 109
376 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Tests of Normality
Average Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Linkage
(Between
Groups) Statistic df Sig. Statistic df Sig.
Grau_adequacao 1 ,144 29 ,131 ,885 29 ,004
2 ,398 39 ,000 ,612 39 ,000
3 ,213 9 ,200* ,909 9 ,311
4 ,168 33 ,018 ,914 33 ,013
Grau_qualidade 1 ,164 29 ,044 ,928 29 ,050
2 ,195 39 ,001 ,927 39 ,014
3 ,293 9 ,025 ,764 9 ,008
4 ,224 33 ,000 ,849 33 ,000
Grau_inovacao 1 ,272 29 ,000 ,884 29 ,004
2 ,288 39 ,000 ,776 39 ,000
3 ,331 9 ,005 ,745 9 ,005
4 ,242 33 ,000 ,828 33 ,000
Grau_eficiencia 1 ,184 29 ,014 ,903 29 ,011
2 ,168 39 ,007 ,801 39 ,000
3 ,177 9 ,200* ,950 9 ,687
4 ,217 33 ,000 ,675 33 ,000
a. Lilliefors Significance Correction
*. This is a lower bound of the true significance.
KRUSKAL-WALLIS:
Ranks
Average
Linkage
(Between
Groups) N Mean Rank
Grau_adequacao 1 29 60,91
2 39 31,87
3 9 65,89
4 32 74,77
Total 109
Grau_qualidade 1 29 50,16
2 39 46,19
3 9 78,22
4 32 63,59
Total 109
Grau_inovacao 1 29 58,38
2 39 29,91
3 9 80,00
4 32 75,48
Total 109
Grau_eficiencia 1 29 42,28
2 39 44,31
3 9 82,11
4 32 71,94
Total 109
Anexos 377
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Test Statisticsa,b
Multiple Comparisons
95% Confidence Interval
(I) Average Linkage (Between (J) Average Linkage (Between Mean Difference (I- Std. Lower Upper
Dependent Variable Groups) Groups) J) Error Sig. Bound Bound
Grau_adequacao Tukey 1 2 ,21183* ,06392 ,007 ,0450 ,3787
HSD
3 -,02084 ,09946 ,997 -,2805 ,2388
4 -,16802 ,06635 ,061 -,3412 ,0052
*
2 1 -,21183 ,06392 ,007 -,3787 -,0450
3 -,23267 ,09639 ,081 -,4843 ,0189
4 -,37985* ,06165 ,000 -,5408 -,2189
3 1 ,02084 ,09946 ,997 -,2388 ,2805
2 ,23267 ,09639 ,081 -,0189 ,4843
4 -,14718 ,09802 ,440 -,4030 ,1087
4 1 ,16802 ,06635 ,061 -,0052 ,3412
2 ,37985* ,06165 ,000 ,2189 ,5408
3 ,14718 ,09802 ,440 -,1087 ,4030
Scheffe 1 2 ,21183* ,06392 ,015 ,0302 ,3934
3 -,02084 ,09946 ,998 -,3034 ,2617
4 -,16802 ,06635 ,100 -,3565 ,0205
*
2 1 -,21183 ,06392 ,015 -,3934 -,0302
3 -,23267 ,09639 ,127 -,5065 ,0412
4 -,37985* ,06165 ,000 -,5550 -,2047
3 1 ,02084 ,09946 ,998 -,2617 ,3034
2 ,23267 ,09639 ,127 -,0412 ,5065
4 -,14718 ,09802 ,524 -,4257 ,1313
4 1 ,16802 ,06635 ,100 -,0205 ,3565
2 ,37985* ,06165 ,000 ,2047 ,5550
3 ,14718 ,09802 ,524 -,1313 ,4257
Bonferroni 1 2 ,21183* ,06392 ,008 ,0400 ,3837
3 -,02084 ,09946 1,000 -,2883 ,2466
4 -,16802 ,06635 ,077 -,3464 ,0104
2 1 -,21183* ,06392 ,008 -,3837 -,0400
3 -,23267 ,09639 ,105 -,4918 ,0265
4 -,37985* ,06165 ,000 -,5456 -,2141
3 1 ,02084 ,09946 1,000 -,2466 ,2883
2 ,23267 ,09639 ,105 -,0265 ,4918
4 -,14718 ,09802 ,817 -,4107 ,1164
4 1 ,16802 ,06635 ,077 -,0104 ,3464
378 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 379
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
380 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 381
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS:
Descriptives
95% Confidence Interval for Mean
N Mean Std. Deviation Std. Error Lower Bound Upper Bound Minimum Maximum
ANOVA:
ANOVA
Sum of Squares df Mean Square F Sig.
Peso_pessoal_custos Between Groups 3,337 3 1,112 92,156 ,000
Within Groups 1,279 106 ,012
Total 4,616 109
Valor_unit_pessoal Between Groups 4,328E10 3 1,443E10 10,769 ,000
Within Groups 1,420E11 106 1,340E9
Total 1,853E11 109
Tests of Normality
Average Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Linkage
(Between
Groups) Statistic df Sig. Statistic df Sig.
Peso_pessoal_custos 1 ,115 29 ,200* ,956 29 ,260
2 ,180 39 ,003 ,862 39 ,000
3 ,114 9 ,200* ,986 9 ,987
4 ,114 33 ,200* ,953 33 ,160
Valor_unit_pessoal 1 ,104 29 ,200* ,966 29 ,460
2 ,134 39 ,077 ,892 39 ,001
3 ,365 9 ,001 ,609 9 ,000
4 ,107 33 ,200* ,908 33 ,009
382 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Tests of Normality
Average Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Linkage
(Between
Groups) Statistic df Sig. Statistic df Sig.
Peso_pessoal_custos 1 ,115 29 ,200* ,956 29 ,260
2 ,180 39 ,003 ,862 39 ,000
3 ,114 9 ,200* ,986 9 ,987
4 ,114 33 ,200* ,953 33 ,160
Valor_unit_pessoal 1 ,104 29 ,200* ,966 29 ,460
2 ,134 39 ,077 ,892 39 ,001
3 ,365 9 ,001 ,609 9 ,000
4 ,107 33 ,200* ,908 33 ,009
a. Lilliefors Significance Correction
*. This is a lower bound of the true significance.
KRUSKAL-WALLIS:
Ranks
Average
Linkage
(Between
Groups) N Mean Rank
Peso_pessoal_custos 1 29 56,97
2 39 20,90
3 9 87,56
4 33 86,36
Total 110
Valor_unit_pessoal 1 29 54,86
2 39 41,38
3 9 89,89
4 33 63,36
Total 110
a,b
Test Statistics
Peso_pessoal_c Valor_unit_pesso
ustos al
df 3 3
Anexos 383
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Multiple Comparisons
95% Confidence Interval
(I) Average Linkage (J) Average Linkage Mean Difference Lower Upper
Dependent Variable (Between Groups) (Between Groups) (I-J) Std. Error Sig. Bound Bound
Peso_pessoal_custos Tukey HSD 1 2 ,15683* ,02694 ,000 ,0865 ,2271
3 -,25799* ,04192 ,000 -,3674 -,1486
4 -,24241* ,02796 ,000 -,3154 -,1694
2 1 -,15683* ,02694 ,000 -,2271 -,0865
3 -,41482* ,04063 ,000 -,5209 -,3088
4 -,39924* ,02598 ,000 -,4671 -,3314
3 1 ,25799* ,04192 ,000 ,1486 ,3674
2 ,41482* ,04063 ,000 ,3088 ,5209
4 ,01558 ,04131 ,982 -,0923 ,1234
4 1 ,24241* ,02796 ,000 ,1694 ,3154
2 ,39924* ,02598 ,000 ,3314 ,4671
3 -,01558 ,04131 ,982 -,1234 ,0923
Scheffe 1 2 ,15683* ,02694 ,000 ,0803 ,2334
3 -,25799* ,04192 ,000 -,3771 -,1389
4 -,24241* ,02796 ,000 -,3218 -,1630
2 1 -,15683* ,02694 ,000 -,2334 -,0803
3 -,41482* ,04063 ,000 -,5302 -,2994
4 -,39924* ,02598 ,000 -,4731 -,3254
3 1 ,25799* ,04192 ,000 ,1389 ,3771
2 ,41482* ,04063 ,000 ,2994 ,5302
4 ,01558 ,04131 ,986 -,1018 ,1329
4 1 ,24241* ,02796 ,000 ,1630 ,3218
2 ,39924* ,02598 ,000 ,3254 ,4731
3 -,01558 ,04131 ,986 -,1329 ,1018
Bonferroni 1 2 ,15683* ,02694 ,000 ,0844 ,2293
3 -,25799* ,04192 ,000 -,3707 -,1453
4 -,24241* ,02796 ,000 -,3176 -,1672
2 1 -,15683* ,02694 ,000 -,2293 -,0844
3 -,41482* ,04063 ,000 -,5241 -,3056
4 -,39924* ,02598 ,000 -,4691 -,3294
3 1 ,25799* ,04192 ,000 ,1453 ,3707
2 ,41482* ,04063 ,000 ,3056 ,5241
4 ,01558 ,04131 1,000 -,0955 ,1267
4 1 ,24241* ,02796 ,000 ,1672 ,3176
2 ,39924* ,02598 ,000 ,3294 ,4691
3 -,01558 ,04131 1,000 -,1267 ,0955
Dunnett C 1 2 ,15683* ,01441 ,1177 ,1960
3 -,25799* ,06045 -,4504 -,0656
4 -,24241* ,03043 -,3250 -,1599
2 1 -,15683* ,01441 -,1960 -,1177
3 -,41482* ,05969 -,6055 -,2242
4 -,39924* ,02888 -,4774 -,3210
3 1 ,25799* ,06045 ,0656 ,4504
2 ,41482* ,05969 ,2242 ,6055
4 ,01558 ,06543 -,1881 ,2193
4 1 ,24241* ,03043 ,1599 ,3250
2 ,39924* ,02888 ,3210 ,4774
384 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 385
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Tests of Normality
Average Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Linkage
(Between
Groups) Statistic df Sig. Statistic df Sig.
Peso_pessoal_custos 1 ,115 29 ,200* ,956 29 ,260
2 ,180 39 ,003 ,862 39 ,000
4 ,114 33 ,200* ,953 33 ,160
Valor_unit_pessoal 1 ,104 29 ,200* ,966 29 ,460
2 ,134 39 ,077 ,892 39 ,001
4 ,107 33 ,200* ,908 33 ,009
a. Lilliefors Significance Correction
*. This is a lower bound of the true significance.
Ranks
Average Linkage
(Between Groups) N Mean Rank
Peso_pessoal_VN 1 29 56,69
2 39 20,92
4 33 81,55
Total 101
Peso_pessoal_custos 1 29 56,07
2 39 20,85
4 33 82,18
Total 101
386 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Valor_unit_pessoal 1 29 53,28
2 39 40,36
4 33 61,58
Total 101
Test Statisticsa,b
Peso_pessoal_custos Valor_unit_pessoal
Chi-Square 79,548 9,618
df 2 2
Asymp. Sig. ,000 ,008
a. Kruskal Wallis Test
b. Grouping Variable: Average Linkage (Between Groups)
Multiple Comparisons
95% Confidence Interval
(I) Average Linkage (Between (J) Average Linkage (Between Mean Difference Lower Upper
Dependent Variable Groups) Groups) (I-J) Std. Error Sig. Bound Bound
Peso_pessoal_custos Tukey 1 2 ,15683* ,02510 ,000 ,0971 ,2166
HSD
4 -,24241* ,02606 ,000 -,3044 -,1804
2 1 -,15683* ,02510 ,000 -,2166 -,0971
4 -,39924* ,02421 ,000 -,4569 -,3416
4 1 ,24241* ,02606 ,000 ,1804 ,3044
2 ,39924* ,02421 ,000 ,3416 ,4569
Scheffe 1 2 ,15683* ,02510 ,000 ,0944 ,2192
4 -,24241* ,02606 ,000 -,3072 -,1776
2 1 -,15683* ,02510 ,000 -,2192 -,0944
4 -,39924* ,02421 ,000 -,4594 -,3391
4 1 ,24241* ,02606 ,000 ,1776 ,3072
2 ,39924* ,02421 ,000 ,3391 ,4594
Bonferroni 1 2 ,15683* ,02510 ,000 ,0957 ,2180
4 -,24241* ,02606 ,000 -,3059 -,1789
2 1 -,15683* ,02510 ,000 -,2180 -,0957
4 -,39924* ,02421 ,000 -,4582 -,3403
4 1 ,24241* ,02606 ,000 ,1789 ,3059
2 ,39924* ,02421 ,000 ,3403 ,4582
Dunnett C 1 2 ,15683* ,01441 ,1213 ,1923
4 -,24241* ,03043 -,3173 -,1675
2 1 -,15683* ,01441 -,1923 -,1213
4 -,39924* ,02888 -,4702 -,3283
4 1 ,24241* ,03043 ,1675 ,3173
2 ,39924* ,02888 ,3283 ,4702
Valor_unit_pessoal Tukey 1 2 5699,93387 3810,34638 ,297 -3368,0950 14767,9627
HSD
4 -4044,62574 3955,31594 ,564 -13457,6595 5368,4080
2 1 -5699,93387 3810,34638 ,297 -14767,9627 3368,0950
4 -9744,55961* 3675,51567 ,025 -18491,7124 -997,4068
4 1 4044,62574 3955,31594 ,564 -5368,4080 13457,6595
2 9744,55961* 3675,51567 ,025 997,4068 18491,7124
Anexos 387
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Level-1 Model
Y = B0 + R
Level-2 Model
B0 = G00 + U0
388 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
The robust standard errors are appropriate for datasets having a moderate to
large number of level 2 units. These data do not meet this criterion.
Descriptives
euclideana
95% Confidence Interval for Mean
N Mean Std. Deviation Std. Error Lower Bound Upper Bound Minimum Maximum
Anexos 389
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
ANOVA
euclideana
Sum of Squares df Mean Square F Sig.
Between Groups ,139 3 ,046 9,282 ,000
Within Groups ,527 106 ,005
Total ,666 109
Ranks
Average
Linkage
(Betwee
n
Groups) N Mean Rank
euclideana 1 29 81,52
2 39 60,97
3 9 45,22
4 33 28,97
Total 110
Test Statisticsa,b
euclideana
Chi-Square 44,203
df 3
Asymp. Sig. ,000
a. Kruskal Wallis Test
b. Grouping Variable: Average Linkage (Between Groups)
390 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Multiple Comparisons
Dependent
Variable:euclideana
95% Confidence Interval
(I) Average Linkage (Between (J) Average Linkage (Between Mean Difference (I- Std. Lower Upper
Groups) Groups) J) Error Sig. Bound Bound
Tukey HSD 1 2 ,03116 ,01729 ,278 -,0140 ,0763
3 ,07154* ,02691 ,044 ,0013 ,1418
4 ,08977* ,01795 ,000 ,0429 ,1366
2 1 -,03116 ,01729 ,278 -,0763 ,0140
3 ,04038 ,02608 ,413 -,0277 ,1085
4 ,05862* ,01668 ,004 ,0151 ,1022
3 1 -,07154* ,02691 ,044 -,1418 -,0013
2 -,04038 ,02608 ,413 -,1085 ,0277
4 ,01824 ,02652 ,902 -,0510 ,0875
4 1 -,08977* ,01795 ,000 -,1366 -,0429
2 -,05862* ,01668 ,004 -,1022 -,0151
3 -,01824 ,02652 ,902 -,0875 ,0510
Scheffe 1 2 ,03116 ,01729 ,360 -,0180 ,0803
3 ,07154 ,02691 ,076 -,0049 ,1480
4 ,08977* ,01795 ,000 ,0388 ,1408
2 1 -,03116 ,01729 ,360 -,0803 ,0180
3 ,04038 ,02608 ,497 -,0337 ,1145
4 ,05862* ,01668 ,008 ,0112 ,1060
3 1 -,07154 ,02691 ,076 -,1480 ,0049
2 -,04038 ,02608 ,497 -,1145 ,0337
4 ,01824 ,02652 ,925 -,0571 ,0936
4 1 -,08977* ,01795 ,000 -,1408 -,0388
2 -,05862* ,01668 ,008 -,1060 -,0112
3 -,01824 ,02652 ,925 -,0936 ,0571
Bonferroni 1 2 ,03116 ,01729 ,447 -,0153 ,0777
3 ,07154 ,02691 ,054 -,0008 ,1439
4 ,08977* ,01795 ,000 ,0415 ,1380
2 1 -,03116 ,01729 ,447 -,0777 ,0153
3 ,04038 ,02608 ,747 -,0297 ,1105
4 ,05862* ,01668 ,004 ,0138 ,1035
3 1 -,07154 ,02691 ,054 -,1439 ,0008
2 -,04038 ,02608 ,747 -,1105 ,0297
4 ,01824 ,02652 1,000 -,0531 ,0896
4 1 -,08977* ,01795 ,000 -,1380 -,0415
2 -,05862* ,01668 ,004 -,1035 -,0138
3 -,01824 ,02652 1,000 -,0896 ,0531
Dunnett C 1 2 ,03116 ,02002 -,0230 ,0853
3 ,07154* ,01617 ,0243 ,1187
4 ,08977* ,01365 ,0526 ,1270
2 1 -,03116 ,02002 -,0853 ,0230
3 ,04038 ,01866 -,0126 ,0934
4 ,05862* ,01653 ,0142 ,1031
3 1 -,07154* ,01617 -,1187 -,0243
2 -,04038 ,01866 -,0934 ,0126
Anexos 391
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
C A S E 0 5 10 15 20 25
Label Num +---------+---------+---------+---------+---------+
Computer 2000 66 ─┐
Investronica 67 ─┤
CPC-DI 31 ─┤
InforX 58 ─┤
Base2 65 ─┤
Eurocabos 51 ─┤
DX4 56 ─┤
Introduxi 37 ─┤
InClass 45 ─┤
Databox 33 ─┼───────────────┐
Solbi 35 ─┤ ├─┐
DLI 32 ─┘ │ │
Minitel 60 ─┬───────────────┘ │
Equicad 61 ─┘ │
Distrilogie 59 ───────────────────┼─────────┐
Memória Total 44 ───────────────────┤ ├───────┐
JP Sa Couto 34 ───────────────────┘ │ │
Afina 36 ─────────────────┬───────────┘ ├───────────┐
Leading Capital 76 ─────────────────┘ │ │
Chip7 43 ─┬───────────────────────────────────┘ │
AEG 50 ─┘ │
PHC 73 ───────────────┬───────────┐ │
Primavera Software 75 ───────────────┘ ├───────┐ │
I2S 98 ───────────────────────────┘ ├───────┐ │
IBS Portugal 29 ───────────────────────┬───────┐ │ │ │
Enabler 109 ───────────────────────┘ ├───┘ │ │
Gedas 94 ───────────────────────────────┘ │ │
PT Inovação 81 ─────────────────────────────────────┬───┐ │ │
CBE 92 ─────────────────────────────────────┘ │ │ │
Datacomp 28 ─────────────────────────────┬───────────┤ ├─────┘
SIBS 110 ─────────────────────────────┘ │ │
Rumos 100 ───────────────────────┬───────┐ │ │
CESAE 102 ───────────────────────┘ │ │ │
Xerox 6 ─────┬─┐ │ │ │
Minolta 16 ─────┘ ├─────┐ │ │ │
Lexmark 48 ───────┘ ├───┐ ├─────┐ ├─┘
OKI 53 ─────────┬───┘ │ │ │ │
Fujitsu Siemens 68 ─────────┘ ├───────┐ │ │ │
Toshiba 39 ─────────┬───┐ │ │ │ │ │
Epson 41 ─────────┘ ├───┘ ├───┐ │ │ │
Oce 22 ─────────────┘ │ ├─┘ │ │
Multimac 24 ─────────────────────────┘ │ │ │
PMELink 55 ─────────────────────────────┘ │ │
Altitude 88 ─────────────┬───────────┐ │ │
Contact act 95 ─────────────┘ ├─────┐ │ │
INSA 103 ─────────────────────────┘ │ │ │
Powerdata 27 ───────────────────┬───┐ │ │ │
Noesis 99 ───────────────────┘ ├─┐ │ │ │
392 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Bull 20 ───────────────────────┘ │ │ │ │
EMC 52 ───────────────────┬─────┤ │ │ │
Microfil 106 ───────────────────┘ │ │ │ │
BizDirect 47 ─────────────────┬─────┐ │ │ │ │
Mainroad 91 ─────────────────┘ │ │ │ │ │
WeDOConsulting 85 ─────────────────┬─────┤ │ │ │ │
Reditus 87 ─────────────────┘ │ ├─┐ │ │ │
SAS 74 ─────────────┐ │ │ │ │ │ │
BEA 77 ─────────────┼───┐ │ │ │ │ │ │
BMC 71 ─────────────┘ │ │ │ │ │ │ │
Sinfic 1 ─────┬─┐ │ │ │ │ │ │ │
SAP 70 ─────┘ ├─────┐ │ │ │ │ │ ├───┘
Everis 101 ─────┬─┘ │ ├─┐ │ │ │ ├─────┤
Deloitte 107 ─────┘ │ │ │ │ │ │ │ │
Promosoft 86 ─────────────┼─┐ │ │ │ │ │ │ │
CPCNet 64 ─────────┬───┤ │ │ ├─┐ │ │ │ │ │
Link 97 ─────────┘ │ ├─┘ │ │ │ │ │ │ │
Microsoft 69 ─────────────┘ │ │ │ │ │ │ │ │
CIL 40 ───────────────┘ │ │ │ │ │ │ │
Consiste 8 ───────────────────┘ ├─┤ │ │ │ │
Compta 17 ───────────┬─────┐ │ │ │ │ │ │
EDS 82 ───────────┘ ├───┤ │ │ │ │ │
Edinfor 79 ─────────────────┘ │ │ │ │ │ │
Oracle Portugal 25 ───────────────┬───┐ │ │ │ │ │ │
Timestamp 26 ───────────────┘ │ │ │ │ │ │ │
Solsuni 19 ───────────────┬───┼─┘ ├─┘ │ │ │
Getronics 96 ───────────────┘ │ │ │ │ │
Normática 46 ─────────┬─┐ │ │ │ │ │
Edisoft 105 ─────────┘ ├─────┐ │ │ ├───┘ │
CompuQuali 90 ───────────┘ │ │ │ │ │
HP 30 ─────────────┬─┐ ├─┘ │ │ │
CA 72 ─────────────┘ │ │ │ │ │
Novabase 3 ─────────┬─────┤ │ │ │ │
Unisys 18 ─────────┘ ├─┘ │ │ │
Indra 83 ───────┬─┐ │ │ │ │
CapGemini 84 ───────┘ ├─┐ │ │ │ │
Pararede 7 ───┬───┐ │ │ │ │ │ │
CPCIS 38 ───┘ ├─┘ │ │ │ │ │
Critical Software 104 ───────┘ ├─┐ │ │ │ │
IBM 78 ───────┬─┐ │ │ │ │ │ │
PT-SI 80 ───────┘ ├─┤ ├─┘ │ │ │
Tecnidata 9 ─────────┘ │ │ │ │ │
Accenture 108 ───────────┘ │ │ │ │
Altran 93 ─────────────┘ │ │ │
MCC 62 ───────────────────────┘ │ │
CESCE 12 ─────────────┬───┐ │ │
TotalStor 57 ─────────────┘ ├─────┐ │ │
Datinfor 13 ─────────────────┘ ├───┤ │
Prologica 42 ───────────────────────┘ │ │
Alcatel 5 ─────────────┬───────────┐ │ │
Nextiraone 10 ─────────────┘ │ │ │
Siemens 2 ─────┬───┐ │ │ │
Avetel 23 ─────┘ │ │ │ │
CILNet 15 ─────────┼─┐ │ │ │
Ericsson 4 ─────────┘ ├───┐ ├─┘ │
ZetesBurotica 21 ───────────┘ ├─┐ │ │
Fujitsu - Telecomunicações 14 ───────────────┘ ├─┐ │ │
Anixter 63 ─────────────────┘ │ │ │
Acitel 4 54 ───────────────────┼───┐ │ │
Convex 11 ───────────────────┘ ├─┘ │
Refer 89 ───────────────────────┘ │
ATM 49 ─────────────────────────────────────┘
Anexos 393
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
C A S E 0 5 10 15 20 25
Label Num +---------+---------+---------+---------+---------+
Computer 2000 66 ─┐
Investronica 67 ─┤
CPC-DI 31 ─┤
InforX 58 ─┤
Base2 65 ─┤
Eurocabos 51 ─┤
DX4 56 ─┤
Introduxi 37 ─┤
InClass 45 ─┤
Databox 33 ─┼───────────────┐
Solbi 35 ─┤ ├───────┐
DLI 32 ─┘ │ │
Minitel 60 ─┬───────────────┘ │
Equicad 61 ─┘ │
Distrilogie 59 ─────────────────────────┼───────────┐
Memória Total 44 ─────────────────────────┤ ├───────────┐
JP Sa Couto 34 ─────────────────────────┘ │ │
Afina 36 ─────────────────┬───────────────────┘ │
Leading Capital 76 ─────────────────┘ │
PT Inovação 81 ─────────────────────────────────────┬─────────┐ │
CBE 92 ─────────────────────────────────────┘ │ │
SAS 74 ─────────────┬─┐ │ │
BEA 77 ─────────────┘ ├─────┐ │ │
BMC 71 ───────────────┘ │ │ │
CIL 40 ─────────────┬─────┐ ├───────┐ │ │
Promosoft 86 ─────────────┘ │ │ │ │ │
Sinfic 1 ─────┬───┐ ├─┘ │ │ │
SAP 70 ─────┘ ├─────┐ │ │ │ │
Everis 101 ─────┬───┘ ├───┘ │ │ │
Deloitte 107 ─────┘ │ ├─────┐ │ │
Microsoft 69 ─────────┬─────┘ │ │ │ │
Link 97 ─────────┘ │ │ │ │
Consiste 8 ─────────────────────┬───────┤ │ │ │
INSA 103 ─────────────────────┘ │ │ │ │
Normática 46 ───────┬───────────┐ │ │ │ │
Edisoft 105 ───────┘ ├───┐ │ │ │ │
Noesis 99 ───────────────────┘ ├─────┘ │ │ │
Powerdata 27 ───────────────────────┘ │ │ │
Indra 83 ───────┬───┐ ├───────┐ ├─┤
CapGemini 84 ───────┘ ├─┐ │ │ │ │
CompuQuali 90 ───────────┘ ├───────┐ │ │ │ │
Altran 93 ─────────────┘ ├─────┐ │ │ │ │
Unisys 18 ───────────────┬─────┘ │ │ │ │ │
Bull 20 ───────────────┘ ├─────┐ │ │ │ │
Oracle Portugal 25 ───────────────┬─────────┐ │ │ │ │ │ │
Timestamp 26 ───────────────┘ ├─┘ │ │ │ │ │
EMC 52 ───────────────────┬─────┘ │ │ │ │ │
Microfil 106 ───────────────────┘ │ │ │ │ │
WeDOConsulting 85 ─────────────────┬───┐ ├─┘ │ │ │
Reditus 87 ─────────────────┘ ├───────┐ │ │ │ │
Compta 17 ───────────┬─────┐ │ │ │ │ │ │
EDS 82 ───────────┘ ├───┘ │ │ │ │ │
Edinfor 79 ─────────────────┘ │ │ │ │ │
BizDirect 47 ───────────────┬───────────┐ ├───┘ │ │ │
Mainroad 91 ───────────────┘ │ │ │ │ │
HP 30 ─────────────┬─────┐ │ │ │ │ │
CA 72 ─────────────┘ │ │ │ │ │ │
IBM 78 ───────┐ │ ├─┘ ├───┘ │
PT-SI 80 ───────┼───┐ ├───┐ │ │ │
Tecnidata 9 ───────┘ ├─────┐ │ │ │ │ │
Pararede 7 ───┬─────┐ │ │ │ │ │ │ │
CPCIS 38 ───┘ ├─┘ ├─┘ │ │ │ │
CPCNet 64 ─────────┘ │ ├───┘ │ │
Novabase 3 ───────┬─────┐ │ │ │ │
394 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 395
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
9 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2
10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
11 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2
13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1
14 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3
15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1
17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
19 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Total 48 11 7 10 2 2 17 2 2 1 3 1 1 1 2 110
396 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Correlations
MArgem20 Grau_adequa Grau_qualid Grau_inova Grau_eficien Internacionaliza Similarida Intens_merc Intens_prod multiconta
06 cao ade cao cia cao de ado uto cto
MArgem2006 Pearson
Correlati 1,000 ,326** ,493** ,416** ,608** ,236* ,000 -,040 -,268** ,227*
on
Sig. (2-
,001 ,000 ,000 ,000 ,013 ,998 ,676 ,005 ,017
tailed)
N 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110
Grau_adequaca Pearson
o Correlati ,326** 1,000 ,435** ,633** ,170 ,275** -,173 ,148 -,144 ,138
on
Sig. (2-
,001 ,000 ,000 ,075 ,004 ,071 ,122 ,133 ,150
tailed)
N 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110
Grau_qualidade Pearson
Correlati ,493** ,435** 1,000 ,621** ,283** ,379** -,203* ,238* -,112 ,379**
on
Sig. (2-
,000 ,000 ,000 ,003 ,000 ,033 ,012 ,243 ,000
tailed)
N 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110
Grau_inovacao Pearson
Correlati ,416** ,633** ,621** 1,000 ,264** ,387** -,240* ,338** -,167 ,422**
on
Sig. (2-
,000 ,000 ,000 ,005 ,000 ,012 ,000 ,081 ,000
tailed)
N 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110
Grau_eficiencia Pearson
Correlati ,608** ,170 ,283** ,264** 1,000 -,063 ,093 -,085 -,118 ,125
on
Sig. (2-
,000 ,075 ,003 ,005 ,514 ,335 ,378 ,220 ,193
tailed)
N 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110
Internacionaliza Pearson
cao Correlati ,236* ,275** ,379** ,387** -,063 1,000 -,338** ,008 -,015 ,066
on
Sig. (2-
,013 ,004 ,000 ,000 ,514 ,000 ,934 ,878 ,495
tailed)
N 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110
Similaridade Pearson
Correlati ,000 -,173 -,203* -,240* ,093 -,338** 1,000 -,234* ,121 -,349**
on
Sig. (2-
,998 ,071 ,033 ,012 ,335 ,000 ,014 ,208 ,000
tailed)
N 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110
Intens_mercado Pearson
Correlati -,040 ,148 ,238* ,338** -,085 ,008 -,234* 1,000 ,067 ,771**
on
Sig. (2-
,676 ,122 ,012 ,000 ,378 ,934 ,014 ,490 ,000
tailed)
N 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110
Anexos 397
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Intens_produto Pearson
Correlati -,268** -,144 -,112 -,167 -,118 -,015 ,121 ,067 1,000 ,141
on
Sig. (2-
,005 ,133 ,243 ,081 ,220 ,878 ,208 ,490 ,142
tailed)
N 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110
multicontacto Pearson
Correlati ,227* ,138 ,379** ,422** ,125 ,066 -,349** ,771** ,141 1,000
on
Sig. (2-
,017 ,150 ,000 ,000 ,193 ,495 ,000 ,000 ,142
tailed)
N 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110
**. Correlation is significant at the 0.01
level (2-tailed).
*. Correlation is significant at the 0.05
level (2-tailed).
Correlations
MArgem20 Grau_adequa Grau_qualid Grau_inova Grau_eficien Internacionaliza Similarida Intens_merc Intens_prod multiconta
06 cao ade cao cia cao de ado uto cto
MArgem2006 Pearson
Correlati 1,000 ,061 ,231 ,013 ,898** ,318 -,077 -,204 -,220 ,164
on
Sig. (2-
,753 ,228 ,947 ,000 ,093 ,691 ,288 ,252 ,395
tailed)
N 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29
Grau_adequaca Pearson
o Correlati ,061 1,000 ,019 ,281 ,052 -,091 -,176 -,184 -,016 -,197
on
Sig. (2-
,753 ,924 ,139 ,789 ,638 ,362 ,341 ,932 ,305
tailed)
N 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29
Grau_qualidade Pearson
Correlati ,231 ,019 1,000 ,278 ,314 ,470* -,177 ,478** ,196 ,684**
on
Sig. (2-
,228 ,924 ,145 ,097 ,010 ,360 ,009 ,307 ,000
tailed)
N 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29
Grau_inovacao Pearson
Correlati ,013 ,281 ,278 1,000 ,139 ,289 -,153 -,019 -,004 ,085
on
Sig. (2-
,947 ,139 ,145 ,473 ,129 ,427 ,921 ,984 ,660
tailed)
N 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29
Grau_eficiencia Pearson
Correlati ,898** ,052 ,314 ,139 1,000 ,414* -,145 -,245 -,195 ,191
on
Sig. (2-
,000 ,789 ,097 ,473 ,026 ,453 ,201 ,310 ,321
tailed)
N 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29
Internacionaliza Pearson
cao Correlati ,318 -,091 ,470* ,289 ,414* 1,000 -,545** ,232 ,329 ,523**
on
Sig. (2-
,093 ,638 ,010 ,129 ,026 ,002 ,226 ,081 ,004
tailed)
N 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29
398 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Similaridade Pearson
Correlati -,077 -,176 -,177 -,153 -,145 -,545** 1,000 ,182 -,145 -,275
on
Sig. (2-
,691 ,362 ,360 ,427 ,453 ,002 ,344 ,452 ,148
tailed)
N 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29
Intens_mercado Pearson
Correlati -,204 -,184 ,478** -,019 -,245 ,232 ,182 1,000 ,301 ,610**
on
Sig. (2-
,288 ,341 ,009 ,921 ,201 ,226 ,344 ,113 ,000
tailed)
N 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29
Intens_produto Pearson
Correlati -,220 -,016 ,196 -,004 -,195 ,329 -,145 ,301 1,000 ,376*
on
Sig. (2-
,252 ,932 ,307 ,984 ,310 ,081 ,452 ,113 ,044
tailed)
N 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29
multicontacto Pearson
Correlati ,164 -,197 ,684** ,085 ,191 ,523** -,275 ,610** ,376* 1,000
on
Sig. (2-
,395 ,305 ,000 ,660 ,321 ,004 ,148 ,000 ,044
tailed)
N 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29
**. Correlation is significant at the 0.01
level (2-tailed).
*. Correlation is significant at the 0.05
level (2-tailed).
Correlations
MArgem20 Grau_adequa Grau_qualid Grau_inova Grau_eficien Internacionaliza Similarida Intens_merc Intens_prod multiconta
06 cao ade cao cia cao de ado uto cto
MArgem2006 Pearson
Correlati 1,000 ,213 ,456** ,238 ,807** ,108 ,322* -,154 -,266 ,116
on
Sig. (2-
,192 ,004 ,145 ,000 ,514 ,046 ,348 ,102 ,483
tailed)
N 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39
Grau_adequaca Pearson
o Correlati ,213 1,000 ,324* ,629** ,161 -,112 -,233 ,432** -,473** ,310
on
Sig. (2-
,192 ,044 ,000 ,326 ,497 ,154 ,006 ,002 ,054
tailed)
N 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39
Grau_qualidade Pearson
Correlati ,456** ,324* 1,000 ,408** ,501** ,114 ,008 -,049 -,346* -,007
on
Sig. (2-
,004 ,044 ,010 ,001 ,488 ,962 ,766 ,031 ,968
tailed)
N 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39
Grau_inovacao Pearson
Correlati ,238 ,629** ,408** 1,000 ,287 -,203 -,052 ,346* -,474** ,267
on
Sig. (2-
,145 ,000 ,010 ,077 ,214 ,755 ,031 ,002 ,101
tailed)
N 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39
Anexos 399
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Grau_eficiencia Pearson
Correlati ,807** ,161 ,501** ,287 1,000 ,092 ,201 -,140 -,210 ,080
on
Sig. (2-
,000 ,326 ,001 ,077 ,576 ,220 ,396 ,199 ,626
tailed)
N 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39
Internacionaliza Pearson
cao Correlati ,108 -,112 ,114 -,203 ,092 1,000 -,656** -,189 -,179 -,182
on
Sig. (2-
,514 ,497 ,488 ,214 ,576 ,000 ,249 ,276 ,269
tailed)
N 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39
Similaridade Pearson
Correlati ,322* -,233 ,008 -,052 ,201 -,656** 1,000 -,274 ,199 -,179
on
Sig. (2-
,046 ,154 ,962 ,755 ,220 ,000 ,092 ,224 ,276
tailed)
N 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39
Intens_mercado Pearson
Correlati -,154 ,432** -,049 ,346* -,140 -,189 -,274 1,000 -,162 ,794**
on
Sig. (2-
,348 ,006 ,766 ,031 ,396 ,249 ,092 ,324 ,000
tailed)
N 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39
Intens_produto Pearson
Correlati -,266 -,473** -,346* -,474** -,210 -,179 ,199 -,162 1,000 -,071
on
Sig. (2-
,102 ,002 ,031 ,002 ,199 ,276 ,224 ,324 ,667
tailed)
N 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39
multicontacto Pearson
Correlati ,116 ,310 -,007 ,267 ,080 -,182 -,179 ,794** -,071 1,000
on
Sig. (2-
,483 ,054 ,968 ,101 ,626 ,269 ,276 ,000 ,667
tailed)
N 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39
**. Correlation is significant at the 0.01
level (2-tailed).
*. Correlation is significant at the 0.05
level (2-tailed).
Correlations
MArgem20 Grau_adequa Grau_qualid Grau_inova Grau_eficien Internacionaliza Similarida Intens_merc Intens_prod multiconta
06 cao ade cao cia cao de ado uto cto
MArgem2006 Pearson
Correlati 1 ,439 ,553 ,714* ,605 ,045 -,427 .a ,247 ,627
on
Sig. (2-
,237 ,123 ,031 ,084 ,909 ,252 . ,522 ,070
tailed)
N 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
Grau_adequaca Pearson
o Correlati ,439 1 ,440 ,163 -,007 -,287 -,037 .a ,097 ,799**
on
Sig. (2-
,237 ,235 ,676 ,986 ,455 ,924 . ,804 ,010
tailed)
N 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
400 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Grau_qualidade Pearson
Correlati ,553 ,440 1 ,825** ,528 ,470 -,353 .a ,240 ,427
on
Sig. (2-
,123 ,235 ,006 ,144 ,202 ,351 . ,535 ,251
tailed)
N 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
Grau_inovacao Pearson
Correlati ,714* ,163 ,825** 1 ,645 ,604 -,633 .a ,393 ,257
on
Sig. (2-
,031 ,676 ,006 ,060 ,085 ,068 . ,295 ,504
tailed)
N 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
Grau_eficiencia Pearson
Correlati ,605 -,007 ,528 ,645 1 -,027 -,343 .a ,617 ,202
on
Sig. (2-
,084 ,986 ,144 ,060 ,945 ,366 . ,077 ,603
tailed)
N 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
Internacionaliza Pearson
cao Correlati ,045 -,287 ,470 ,604 -,027 1 -,454 .a -,103 -,307
on
Sig. (2-
,909 ,455 ,202 ,085 ,945 ,219 . ,791 ,422
tailed)
N 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
Similaridade Pearson
Correlati -,427 -,037 -,353 -,633 -,343 -,454 1 .a -,072 ,224
on
Sig. (2-
,252 ,924 ,351 ,068 ,366 ,219 . ,854 ,562
tailed)
N 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
Intens_mercado Pearson
Correlati .a .a .a .a .a .a .a .a .a .a
on
Sig. (2-
. . . . . . . . .
tailed)
N 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
Intens_produto Pearson
Correlati ,247 ,097 ,240 ,393 ,617 -,103 -,072 .a 1 ,337
on
Sig. (2-
,522 ,804 ,535 ,295 ,077 ,791 ,854 . ,376
tailed)
N 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
multicontacto Pearson
Correlati ,627 ,799** ,427 ,257 ,202 -,307 ,224 .a ,337 1
on
Sig. (2-
,070 ,010 ,251 ,504 ,603 ,422 ,562 . ,376
tailed)
N 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
*. Correlation is significant at the 0.05
level (2-tailed).
a. Cannot be computed because at least one of the variables is
constant.
**. Correlation is significant at the 0.01
level (2-tailed).
Anexos 401
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Correlations
MArgem20 Grau_adequa Grau_qualid Grau_inova Grau_eficien Internacionaliza Similarida Intens_merc Intens_prod multiconta
06 cao ade cao cia cao de ado uto cto
MArgem2006 Pearson
Correlati 1,000 ,432* ,558** ,579** ,498** ,244 -,033 -,115 -,316 ,045
on
Sig. (2-
,012 ,001 ,000 ,003 ,172 ,853 ,523 ,073 ,802
tailed)
N 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
Grau_adequaca Pearson
o Correlati ,432* 1,000 ,613** ,559** ,098 ,339 -,281 -,109 ,031 -,149
on
Sig. (2-
,012 ,000 ,001 ,587 ,054 ,113 ,545 ,864 ,406
tailed)
N 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
Grau_qualidade Pearson
Correlati ,558** ,613** 1,000 ,853** ,035 ,447** -,245 ,184 ,063 ,311
on
Sig. (2-
,001 ,000 ,000 ,848 ,009 ,170 ,305 ,726 ,078
tailed)
N 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
Grau_inovacao Pearson
Correlati ,579** ,559** ,853** 1,000 ,054 ,444** -,267 ,242 ,025 ,357*
on
Sig. (2-
,000 ,001 ,000 ,765 ,010 ,133 ,175 ,891 ,042
tailed)
N 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
Grau_eficiencia Pearson
Correlati ,498** ,098 ,035 ,054 1,000 -,308 ,698** -,245 -,112 -,111
on
Sig. (2-
,003 ,587 ,848 ,765 ,081 ,000 ,169 ,536 ,539
tailed)
N 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
Internacionaliza Pearson
cao Correlati ,244 ,339 ,447** ,444** -,308 1,000 -,584** -,071 -,026 -,051
on
Sig. (2-
,172 ,054 ,009 ,010 ,081 ,000 ,696 ,885 ,780
tailed)
N 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
Similaridade Pearson
Correlati -,033 -,281 -,245 -,267 ,698** -,584** 1,000 ,135 ,196 ,114
on
Sig. (2-
,853 ,113 ,170 ,133 ,000 ,000 ,452 ,275 ,529
tailed)
N 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
Intens_mercado Pearson
Correlati -,115 -,109 ,184 ,242 -,245 -,071 ,135 1,000 ,459** ,738**
on
Sig. (2-
,523 ,545 ,305 ,175 ,169 ,696 ,452 ,007 ,000
tailed)
N 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
Intens_produto Pearson
Correlati -,316 ,031 ,063 ,025 -,112 -,026 ,196 ,459** 1,000 ,579**
on
Sig. (2-
,073 ,864 ,726 ,891 ,536 ,885 ,275 ,007 ,000
tailed)
N 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
multicontacto Pearson
Correlati ,045 -,149 ,311 ,357* -,111 -,051 ,114 ,738** ,579** 1,000
on
402 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Sig. (2-
,802 ,406 ,078 ,042 ,539 ,780 ,529 ,000 ,000
tailed)
N 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
*. Correlation is significant at the 0.05
level (2-tailed).
**. Correlation is significant at the 0.01
level (2-tailed).
MODELO:
Anexos 403
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
LINEARIDADE:
.2
.1
.0
-.1
_M1
-.2
ESID
-.3
R
-.4
-.5
-.6
-.7
-.2 -.1 .0 .1 .2
PREV_M1
HOMOGENEIDADE:
404 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
NORMALIDADE:
20
Series: Residuals
Sample 1 110
16 Observations 110
Mean -9.78e-19
12 Median 0.008554
Maximum 0.162838
Minimum -0.603060
8 Std. Dev. 0.097979
Skewness -2.451947
Kurtosis 15.58033
4
Jarque-Bera 835.6012
Probability 0.000000
0
-0.625 -0.500 -0.375 -0.250 -0.125 0.000 0.125
De notar que, os resíduos verificam a normalidade quando se excluem duas observações outlier,
sendo que o modelo mantém os mesmos resultados ao nível da significância.
Modelo Corrigido:
Anexos 405
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MULTICOLINEARIDADE:
MULTI_GLOB
Correlation DES_FIN INT_MERC INT_PROD AL
DES_FIN 1.000000
INT_MERC -0.040357 1.000000
INT_PROD -0.268222 0.066501 1.000000
MULTI_GLOBAL 0.227421 0.771475 0.140994 1.000000
MODELO:
406 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
LINEARIDADE:
.1
.0
-.1
RESID_M3
-.2
-.3
-.4
-.12 -.08 -.04 .00 .04 .08
PREV_M3
HOMOGENEIDADE:
NORMALIDADE:
14
Series: Residuals
12 Sample 1 29
Observations 29
10
Mean -6.70e-18
Median 0.026463
8 Maximum 0.092766
Minimum -0.336179
6 Std. Dev. 0.085887
Skewness -2.191493
4 Kurtosis 9.138601
2 Jarque-Bera 68.74569
Probability 0.000000
0
-0.3 -0.2 -0.1 -0.0 0.1
Anexos 407
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
De notar que, os resíduos verificam a normalidade quando se exclui uma observação outlier,
mantendo-se os resultados do modelo original.
Modelo Corrigido:
MULTICOLINEARIDADE:
MULTI_GLO
Correlation DES_FIN INT_MERC INT_PROD BAL
DES_FIN 1.000000
INT_MERC -0.204401 1.000000
INT_PROD -0.219651 0.300646 1.000000
MULTI_GLOBAL 0.163948 0.610298 0.376101 1.000000
408 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
Dependent Variable: DES_FIN
Method: Least Squares
Date: 07/29/10 Time: 15:50
Sample: 1 39
Included observations: 39
LINEARIDADE:
.2
.1
.0
-.1
RESID_M05
-.2
-.3
-.4
-.5
-.6
-.3 -.2 -.1 .0 .1 .2
PREV_05
HOMOGENEIDADE:
Anexos 409
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Modelo Corrigido com Desvios-Padrões Robustos (só a intensidade de presença nos produtos
é significativa)
NORMALIDADE:
12
Series: Residuals
Sample 1 39
10
Observations 39
8 Mean 1.28e-17
Median 0.017418
Maximum 0.155052
6 Minimum -0.517411
Std. Dev. 0.114125
4 Skewness -2.401724
Kurtosis 11.87741
2 Jarque-Bera 165.5576
Probability 0.000000
0
-0.5 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 -0.0 0.1 0.2
410 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MULTICOLINEARIDADE:
MULTI_GLO
Correlation DES_FIN INT_MERC INT_PROD BAL
DES_FIN 1.000000
INT_MERC -0.154447 1.000000
INT_PROD -0.265661 -0.162198 1.000000
MULTI_GLOBAL 0.115646 0.793968 -0.071202 1.000000
Anexos 411
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
.12
.08
.04
RESID_M06
.00
-.04
-.08
-.12
-.04 -.02 .00 .02 .04
PREV_M06
9
Series: Residuals
8 Sample 1 39 IF DES_FIN>-0.43
Observations 38
7
6 Mean -6.57e-18
Median -0.001642
5 Maximum 0.096308
Minimum -0.113736
4
Std. Dev. 0.045602
3 Skewness -0.044453
Kurtosis 3.015592
2
Jarque-Bera 0.012900
1 Probability 0.993571
0
-0.10 -0.05 -0.00 0.05 0.10
412 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
LINEARIDADE:
.15
.10
.05
RESID_M07
.00
-.05
-.10
-.15
-.20
-.04 .00 .04 .08 .12 .16
PREV_M07
Anexos 413
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
HOMOGENEIDADE:
NORMALIDADE:
7
Series: Residuals
6 Sample 1 33
Observations 33
5
Mean -2.46e-17
Median 0.004286
4 Maximum 0.134121
Minimum -0.167677
3 Std. Dev. 0.071810
Skewness -0.260596
2 Kurtosis 3.001471
1 Jarque-Bera 0.373510
Probability 0.829647
0
-0.15 -0.10 -0.05 -0.00 0.05 0.10 0.15
MULTICOLINEARIDADE:
MULTI_GLO
Correlation DES_FIN INT_MERC INT_PROD BAL
DES_FIN 1.000000
INT_MERC -0.115187 1.000000
INT_PROD -0.315918 0.458859 1.000000
MULTI_GLOBAL 0.045395 0.738338 0.578711 1.000000
414 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Descriptives
MArgem2006
95% Confidence Interval for Mean
N Mean Std. Deviation Std. Error Lower Bound Upper Bound Minimum Maximum
ANOVA
MArgem2006
Sum of Squares Df Mean Square F Sig.
Between Groups ,121 3 ,040 3,251 ,025
Within Groups 1,319 106 ,012
Total 1,440 109
Anexos 415
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Multiple Comparisons
Dependent Variable:MArgem2006
(I) (J) 95% Confidence Interval
perfil_ans perfil_ans
off off Mean Difference (I-J) Std. Error Sig. Lower Bound Upper Bound
Tukey HSD 1 2 ,08001 ,03367 ,088 -,0079 ,1679
3 ,02089 ,03174 ,912 -,0620 ,1037
4 ,07561 ,03063 ,071 -,0043 ,1556
2 1 -,08001 ,03367 ,088 -,1679 ,0079
3 -,05912 ,03092 ,229 -,1398 ,0216
4 -,00440 ,02978 ,999 -,0821 ,0733
3 1 -,02089 ,03174 ,912 -,1037 ,0620
2 ,05912 ,03092 ,229 -,0216 ,1398
4 ,05473 ,02758 ,200 -,0173 ,1267
4 1 -,07561 ,03063 ,071 -,1556 ,0043
2 ,00440 ,02978 ,999 -,0733 ,0821
3 -,05473 ,02758 ,200 -,1267 ,0173
Scheffe 1 2 ,08001 ,03367 ,137 -,0156 ,1757
3 ,02089 ,03174 ,933 -,0693 ,1111
4 ,07561 ,03063 ,114 -,0114 ,1626
2 1 -,08001 ,03367 ,137 -,1757 ,0156
3 -,05912 ,03092 ,307 -,1470 ,0287
4 -,00440 ,02978 ,999 -,0890 ,0802
3 1 -,02089 ,03174 ,933 -,1111 ,0693
2 ,05912 ,03092 ,307 -,0287 ,1470
4 ,05473 ,02758 ,274 -,0236 ,1331
4 1 -,07561 ,03063 ,114 -,1626 ,0114
2 ,00440 ,02978 ,999 -,0802 ,0890
3 -,05473 ,02758 ,274 -,1331 ,0236
Bonferroni 1 2 ,08001 ,03367 ,116 -,0105 ,1705
3 ,02089 ,03174 1,000 -,0644 ,1062
4 ,07561 ,03063 ,091 -,0067 ,1580
2 1 -,08001 ,03367 ,116 -,1705 ,0105
3 -,05912 ,03092 ,351 -,1422 ,0240
4 -,00440 ,02978 1,000 -,0845 ,0757
3 1 -,02089 ,03174 1,000 -,1062 ,0644
416 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
Anexos 417
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
LINEARIDADE:
.4
.2
RESID_M01_VC
.0
-.2
-.4
-.6
-.4 -.3 -.2 -.1 .0 .1 .2 .3
PREV_M01_VC
HOMOGENEIDADE:
418 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
NORMALIDADE:
30
Series: Residuals
Sample 1 110
25
Observations 110
20 Mean 3.86e-18
Median 0.005836
Maximum 0.324489
15 Minimum -0.565382
Std. Dev. 0.081935
10 Skewness -2.922981
Kurtosis 25.56820
5 Jarque-Bera 2491.037
Probability 0.000000
0
-0.50 -0.25 0.00 0.25
MULTICOLINEARIDADE:
Anexos 419
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
.20
.15
.10
RESID_M02_VC
.05
.00
-.05
-.10
-.15
-.2 -.1 .0 .1 .2
PREV_M02_VC
420 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
12
Series: Residuals
Sample 1 110 IF DES_FIN>-0.43
10 Observations 108
8 Mean -1.23e-17
Median 0.002775
Maximum 0.178340
6 Minimum -0.125352
Std. Dev. 0.048217
4 Skewness 0.139891
Kurtosis 4.306491
2 Jarque-Bera 8.033386
Probability 0.018012
0
-0.10 -0.05 -0.00 0.05 0.10 0.15
Anexos 421
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
422 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
LINEARIDADE:
.12
.08
.04
RESID_M03_VC
.00
-.04
-.08
-.12
-.16
-.4 -.3 -.2 -.1 .0 .1 .2
PREV_M03_VC
HOMOGENEIDADE:
Anexos 423
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
NORMALIDADE:
14
Series: Residuals
12 Sample 1 29
Observations 29
10
Mean -1.79e-18
Median -0.002320
8 Maximum 0.080634
Minimum -0.120996
6 Std. Dev. 0.041807
Skewness -0.772636
4 Kurtosis 4.431295
2 Jarque-Bera 5.360733
Probability 0.068538
0
-0.10 -0.05 -0.00 0.05 0.10
MULTICOLINEARIDADE:
MODELO:
424 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
LINEARIDADE:
.2
.1
RESID_M04_VC
.0
-.1
-.2
-.3
-.6 -.4 -.2 .0 .2
PREV_M04_VC
HOMOGENEIDADE:
Anexos 425
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
NORMALIDADE:
9
Series: Residuals
8 Sample 1 39
Observations 39
7
6 Mean -8.50e-18
Median -0.001776
5 Maximum 0.157089
Minimum -0.290440
4
Std. Dev. 0.078480
3 Skewness -0.967903
Kurtosis 6.362122
2
Jarque-Bera 24.45821
1 Probability 0.000005
0
-0.3 -0.2 -0.1 -0.0 0.1
De notar que, os resíduos verificam a normalidade quando se exclui uma observação outlier,
passando o grau de adequação e de qualidade a ter relevância.
426 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MULTICOLINEARIDADE:
MODELO:
Anexos 427
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
LINEARIDADE:
.15
.10
.05
RESID_M06_VC
.00
-.05
-.10
-.15
-.10 -.05 .00 .05 .10 .15 .20
PREV_M06_VC
HOMOGENEIDADE:
428 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
NORMALIDADE:
10
Series: Residuals
Sample 1 33
8 Observations 33
Mean 2.27e-17
6 Median 0.000496
Maximum 0.114798
Minimum -0.123780
4 Std. Dev. 0.052934
Skewness -0.152547
Kurtosis 3.164315
2
Jarque-Bera 0.165112
Probability 0.920760
0
-0.10 -0.05 -0.00 0.05 0.10
MULTICOLINEARIDADE:
MODELO:
Anexos 429
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
LINEARIDADE:
.12
.08
.04
RESID_M07_VC
.00
-.04
-.08
-.12
-.16
-.10 -.05 .00 .05 .10 .15 .20
PREV_M07_VC
HOMOGENEIDADE:
NORMALIDADE:
12
Series: Residuals
Sample 1 33
10
Observations 33
8 Mean 1.68e-17
Median 0.004044
Maximum 0.115109
6 Minimum -0.143594
Std. Dev. 0.054206
4 Skewness -0.365987
Kurtosis 3.637872
2 Jarque-Bera 1.296165
Probability 0.523048
0
-0.15 -0.10 -0.05 -0.00 0.05 0.10
430 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
C A S E 0 5 10 15 20 25
Label Num +---------+---------+---------+---------+---------+
Eurocabos 51 ─┐
Equicad 81 ─┤
Distrilogie 79 ─┤
Minitel 80 ─┤
Base2 96 ─┤
DLI 9 ─┤
Introduxi 21 ─┤
InforX 76 ─┤
CPC-DI 6 ─┼─────┐
Avetel 70 ─┤ │
Sinfic 1 ─┤ │
CIL 26 ─┤ │
TotalStor 74 ─┤ │
Chip7 30 ─┤ │
InClass 39 ─┤ │
Databox 12 ─┤ ├───────────────────┐
CILNet 45 ─┘ │ │
Solbi 16 ─┐ │ │
Compta 54 ─┼─┐ │ │
PMELink 63 ─┘ │ │ │
ATM 46 ─┐ │ │ │
Mainroad 61 ─┤ │ │ │
Altran 64 ─┤ │ │ │
MCC 88 ─┤ ├───┘ │
BizDirect 41 ─┤ │ │
Datinfor 42 ─┤ │ │
Normática 40 ─┤ │ │
Consiste 23 ─┤ │ │
Fujitsu Siemens 110 ─┤ │ ├─────────────────────┐
Pararede 18 ─┼─┘ │ │
AEG 49 ─┤ │ │
Acitel 4 55 ─┤ │ │
Contact act 68 ─┤ │ │
DX4 73 ─┤ │ │
CPCNet 91 ─┤ │ │
Multimac 94 ─┤ │ │
Investronica 103 ─┤ │ │
Afina 20 ─┤ │ │
Prologica 28 ─┤ │ │
Computer 2000 100 ─┤ │ │
CPCIS 22 ─┤ │ │
Memória Total 32 ─┘ │ │
Altitude 50 ───────────────────────────┘ │
Microsoft 3 ─┬─┐ │
I2S 77 ─┘ │ │
PT Inovação 17 ─┐ │ │
Enabler 108 ─┤ ├─────────────────────┐ │
WeDOConsulting 36 ─┼─┤ │ │
SIBS 109 ─┘ │ │ │
Critical Software 93 ─┐ │ │ │
Accenture 106 ─┤ │ │ │
IBM 4 ─┤ │ │ │
Ericsson 10 ─┤ │ │ │
CapGemini 34 ─┤ │ │ │
SAP 19 ─┼─┘ │ │
Everis 86 ─┤ │ │
Primavera Software 84 ─┘ │ │
Anexos 431
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
PT-SI 13 ─┐ │ │
Solsuni 60 ─┼───┐ │ │
Siemens 5 ─┤ │ │ │
Deloitte 104 ─┤ │ │ │
PHC 78 ─┤ │ ├───────────────────────┘
Microfil 99 ─┤ │ │
Promosoft 38 ─┘ │ │
Epson 27 ─┐ │ │
CESCE 37 ─┤ ├───┐ │
BMC 58 ─┤ │ │ │
Leading Capital 90 ─┤ │ │ │
CompuQuali 59 ─┤ │ │ │
CA 75 ─┤ │ │ │
CESAE 87 ─┤ │ │ │
Datacomp 105 ─┤ │ │ │
Getronics 71 ─┤ │ │ │
Reditus 48 ─┼───┘ │ │
Rumos 85 ─┤ │ │
Edinfor 8 ─┤ │ │
Noesis 82 ─┤ │ │
CBE 62 ─┤ ├───────────────┘
Refer 56 ─┘ │
Oracle Portugal 95 ─┐ │
BEA 102 ─┤ │
Unisys 57 ─┤ │
Indra 33 ─┼─────┐ │
Convex 35 ─┤ │ │
Alcatel 11 ─┤ │ │
Xerox 14 ─┤ │ │
Minolta 47 ─┤ │ │
JP Sa Couto 15 ─┤ │ │
Nextiraone 29 ─┤ │ │
EMC 52 ─┤ ├─┘
Oce 69 ─┘ │
Powerdata 101 ─┐ │
IBS portugal 107 ─┼───┐ │
Gedas 67 ─┘ │ │
EDS 31 ─┐ │ │
INSA 92 ─┤ │ │
Lexmark 43 ─┤ ├─┘
OKI 53 ─┤ │
ZetesBurotica 66 ─┤ │
Anixter 89 ─┤ │
Bull 65 ─┤ │
Fujitsu - Telecomunicações 44 ─┼───┘
Timestamp 98 ─┤
Toshiba 25 ─┤
SAS 83 ─┤
HP 2 ─┤
Novabase 7 ─┤
Tecnidata 24 ─┤
Link 72 ─┤
Edisoft 97 ─┘
Agglomeration Schedule
Cluster Combined Stage Cluster First Appears
Stage Cluster 1 Cluster 2 Coefficients Cluster 1 Cluster 2 Next Stage
1 51 81 ,000 0 0 11
2 41 42 ,004 0 0 16
3 94 103 ,018 0 0 24
4 79 80 ,036 0 0 6
5 55 68 ,060 0 0 7
6 79 96 ,166 4 0 11
7 55 73 ,376 5 0 23
432 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
8 13 60 ,595 0 0 93
9 30 39 ,859 0 0 58
10 93 106 1,170 0 0 20
11 51 79 1,638 1 6 29
12 6 70 2,161 0 0 52
13 43 53 2,701 0 0 54
14 66 89 3,312 0 0 28
15 17 108 4,012 0 0 51
16 40 41 4,716 0 2 77
17 28 100 5,640 0 0 43
18 87 105 6,566 0 0 46
19 25 83 7,519 0 0 39
20 4 93 8,479 0 10 50
21 8 82 9,555 0 0 47
22 14 47 10,636 0 0 49
23 55 91 11,889 7 0 86
24 20 94 13,210 0 3 60
25 58 90 14,653 0 0 70
26 95 102 16,333 0 0 88
27 78 99 18,072 0 0 48
28 65 66 20,018 0 14 54
29 9 51 21,972 0 11 85
30 29 52 24,090 0 0 55
31 46 61 26,429 0 0 63
32 59 75 28,914 0 0 70
33 48 85 31,555 0 0 61
34 101 107 34,199 0 0 75
35 5 104 36,870 0 0 78
36 12 45 39,566 0 0 58
37 21 76 42,369 0 0 66
38 33 35 45,249 0 0 62
39 2 25 48,173 0 19 56
40 26 74 51,144 0 0 68
41 27 37 54,173 0 0 76
42 64 88 57,292 0 0 63
43 22 28 60,635 0 17 60
44 23 110 64,040 0 0 69
45 18 49 67,520 0 0 69
46 71 87 71,158 0 18 84
47 8 62 75,105 21 0 61
48 38 78 79,343 0 27 78
49 14 15 83,582 22 0 71
50 4 10 87,942 20 0 57
51 17 36 92,883 15 0 67
52 1 6 97,859 0 12 66
53 16 54 103,006 0 0 87
54 43 65 108,562 13 28 73
55 29 69 114,322 30 0 71
56 2 7 120,163 39 0 65
57 4 34 126,037 50 0 80
58 12 30 132,198 36 9 68
59 44 98 138,772 0 0 73
60 20 22 145,913 24 43 79
Anexos 433
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
61 8 48 153,654 47 33 84
62 11 33 161,525 0 38 89
63 46 64 169,950 31 42 81
64 31 92 178,410 0 0 90
65 2 24 187,343 56 0 94
66 1 21 197,538 52 37 85
67 17 109 209,039 51 0 99
68 12 26 220,916 58 40 91
69 18 23 233,646 45 44 77
70 58 59 246,804 25 32 76
71 14 29 261,197 49 55 89
72 19 86 275,883 0 0 80
73 43 44 291,025 54 59 90
74 72 97 307,472 0 0 94
75 67 101 324,508 0 34 102
76 27 58 343,750 41 70 92
77 18 40 363,061 69 16 81
78 5 38 383,109 35 48 93
79 20 32 403,468 60 0 86
80 4 19 423,867 57 72 82
81 18 46 444,918 77 63 96
82 4 84 468,415 80 0 99
83 3 77 498,593 0 0 100
84 8 71 529,103 61 46 92
85 1 9 563,735 66 29 91
86 20 55 601,119 79 23 96
87 16 63 639,856 53 0 101
88 57 95 679,961 0 26 97
89 11 14 720,540 62 71 97
90 31 43 768,854 64 73 98
91 1 12 817,390 85 68 105
92 8 27 878,367 84 76 95
93 5 13 944,036 78 8 103
94 2 72 1018,798 65 74 98
95 8 56 1095,976 92 0 103
96 18 20 1184,612 81 86 101
97 11 57 1278,047 89 88 104
98 2 31 1372,347 94 90 102
99 4 17 1472,595 82 67 100
100 3 4 1613,985 83 99 107
101 16 18 1806,482 87 96 105
102 2 67 2033,893 98 75 104
103 5 8 2295,762 93 95 106
104 2 11 2640,162 102 97 106
105 1 16 3005,242 91 101 108
106 2 5 3483,467 104 103 107
107 2 3 4739,195 106 100 109
108 1 50 6083,605 105 0 109
109 1 2 8555,023 108 107 0
434 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 435
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Descriptives
436 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
ANOVA
Anexos 437
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Ranks
Ward
Method N Mean Rank
ind_adequacao 1 42 24,55
2 31 80,31
3 14 95,14
4 22 51,93
Total 109
ind_qualidade 1 42 36,75
2 31 58,39
3 14 95,82
4 22 59,09
Total 109
ind_eficiencia 1 42 39,21
2 31 41,32
3 14 97,71
4 22 77,23
Total 109
ind_inovacao 1 42 24,07
2 31 66,52
3 14 99,64
4 22 69,41
Total 109
MArgem2006 1 42 38,45
2 31 46,90
3 14 98,21
4 22 70,50
Total 109
Test Statisticsa,b
ind_adequacao ind_qualidade ind_eficiencia ind_inovacao MArgem2006
Chi-Square 84,017 38,695 52,721 79,998 45,001
df 3 3 3 3 3
Asymp. Sig. ,000 ,000 ,000 ,000 ,000
a. Kruskal Wallis Test
b. Grouping Variable: Ward Method
438 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Multiple Comparisons
95% Confidence Interval
Dependent Variable (I) Ward Method (J) Ward Method Mean Difference (I-J) Std. Error Sig. Lower Bound Upper Bound
Anexos 439
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
440 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 441
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
442 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 443
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS:
Descriptives
Peso_pessoal_custos
ANOVA:
ANOVA
Peso_pessoal_custos
Multiple Comparisons
Dependent Variable:Peso_pessoal_custos
444 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
Anexos 445
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
LINEARIDADE:
.4
.2
.0
RESID_M01_INT
-.2
-.4
-.6
-.8
-.02 .00 .02 .04 .06 .08 .10
PREV_M01_INT
446 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
HOMOGENEIDADE:
NORMALIDADE:
50
Series: Residuals
Sample 1 110
40 Observations 110
Mean 1.14e-18
30 Median -0.002839
Maximum 0.220866
Minimum -0.785891
20 Std. Dev. 0.111721
Skewness -3.541650
Kurtosis 25.32979
10
Jarque-Bera 2515.299
Probability 0.000000
0
-0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0.0 0.2
De notar que, os resíduos verificam a normalidade quando se excluem duas observações outlier,
sendo que o modelo mantém os mesmos resultados ao nível da significância.
Modelo Corrigido:
Anexos 447
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
LINERARIDADE:
.2
.1
.0
RESID_M03_INT
-.1
-.2
-.3
-.4
-.06 -.04 -.02 .00 .02 .04 .06
PREV_M03_INT
448 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
HOMOGENEIDADE:
NORMALIDADE:
14
Series: Residuals
12 Sample 1 29
Observations 29
10
Mean -4.07e-18
Median 0.021187
8 Maximum 0.137947
Minimum -0.391246
6 Std. Dev. 0.093783
Skewness -2.494077
4 Kurtosis 11.59962
2 Jarque-Bera 119.4258
Probability 0.000000
0
-0.4 -0.3 -0.2 -0.1 -0.0 0.1
De notar que, os resíduos verificam a normalidade quando se exclui uma observação outlier,
sendo que o modelo mantém os mesmos resultados ao nível da significância.
Modelo Corrigido:
Anexos 449
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
MODELO:
450 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
LINEARIDADE:
1.0
0.8
0.6
RESID_INTER
0.4
0.2
0.0
-0.2
-0.4
-.05 .00 .05 .10 .15 .20 .25
PREV_INTERN
Anexos 451
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
HOMOGENEIDADE:
NORMALIDADE:
32
Series: Residuals
28 Sample 1 110
Observations 110
24
Mean 6.81e-18
20 Median -0.028768
Maximum 0.811977
16 Minimum -0.232491
Std. Dev. 0.186355
12
Skewness 2.081672
Kurtosis 7.726911
8
Jarque-Bera 181.8535
4
Probability 0.000000
0
-0.2 -0.0 0.2 0.4 0.6 0.8
452 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
MODELO:
Dependent Variable: DES_FIN
Method: Least Squares
Date: 07/30/10 Time: 11:22
Sample: 1 29
Included observations: 29
Anexos 453
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
Dependent Variable: DES_FIN
Method: Least Squares
Date: 07/30/10 Time: 11:24
Sample: 1 39
Included observations: 39
LINEARIDADE:
.4
.2
RESID_M03_SIMIL
.0
-.2
-.4
-.6
-.8
-.25 -.20 -.15 -.10 -.05 .00 .05
PREV_M03_SIMIL
454 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
HOMOGENEIDADE:
NORMALIDADE:
16
Series: Residuals
14 Sample 1 39
Observations 39
12
Mean 3.20e-18
10 Median -0.000931
Maximum 0.260054
8 Minimum -0.643871
Std. Dev. 0.128139
6 Skewness -3.052941
Kurtosis 17.89965
4
Jarque-Bera 421.3324
2
Probability 0.000000
0
-0.6 -0.4 -0.2 -0.0 0.2
Anexos 455
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
.15
.10
RESID_M04_SIMIL
.05
.00
-.05
-.10
-.15
-1.0 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0.0 0.2
PREV_M04_SIMIL
456 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
12
Series: Residuals
Sample 1 39 IF DES_FIN>-0.43
10
Observations 38
8 Mean -4.75e-18
Median -0.003099
Maximum 0.126268
6 Minimum -0.125750
Std. Dev. 0.047744
4 Skewness -0.054257
Kurtosis 4.021503
2 Jarque-Bera 1.670802
Probability 0.433701
0
-0.15 -0.10 -0.05 -0.00 0.05 0.10 0.15
MODELO:
Anexos 457
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
Dependent Variable: DES_FIN
Method: Least Squares
Date: 08/01/11 Time: 21:25
Sample: 1 110
Included observations: 110
LINEARIDADE:
.2
.1
RESID_MOD4
.0
-.1
-.2
-.3
-.6 -.5 -.4 -.3 -.2 -.1 .0 .1 .2 .3
PREV_M04_MOD
458 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
HOMOGENEIDADE:
Heteroskedasticity Test: White
Anexos 459
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
NORMALIDADE:
24
Series: Residuals
Sample 1 110
20 Observations 110
16 Mean -2.62e-18
Median 0.002960
Maximum 0.163900
12 Minimum -0.288465
Std. Dev. 0.062926
Skewness -1.119925
8
Kurtosis 7.389962
4 Jarque-Bera 111.3232
Probability 0.000000
0
-0.3 -0.2 -0.1 0.0 0.1
MULTICOLINEARIDADE:
Correlation DES_FIN EFICIEN INTERN REC_FIN IDADE SIMI_MULTI INTENS_DIVM INT_PROD QUAL MULTI_GLOBAL __ADEQ INOV
DES_FIN 1.000000
EFICIEN 0.607769 1.000000
INTERN 0.235575 -0.062884 1.000000
REC_FIN 0.646187 0.345711 0.101822 1.000000
-
IDADE -0.125356 -0.039309 0.073936 0.049978 1.000000
-
SIMI_MULTI 0.000222 0.092743 0.338136 0.135627 0.046721 1.000000
-
INTENS_DIVM -0.040357 -0.084861 0.007931 0.018960 0.006866 -0.234298 1.000000
- -
INT_PROD -0.268222 -0.117814 0.014829 -0.225301 0.015880 0.121013 0.066501 1.000000
QUAL 0.492569 0.283321 0.379281 0.412374 0.014143 -0.203174 0.237712 -0.112350 1.000000
-
MULTI_GLOBAL 0.227421 0.124951 0.065744 0.160035 0.000641 -0.349278 0.771475 0.140994 0.378772 1.000000
-
__ADEQ 0.325605 0.170406 0.274683 0.297084 0.069865 -0.172563 0.148246 -0.144162 0.434522 0.138035 1.000000
INOV 0.415686 0.263985 0.387498 0.357212 0.046580 -0.239737 0.338010 -0.166889 0.620557 0.421510 0.632912 1.000000
460 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
LINEARIDADE:
.06
.04
.02
RESID_M02_G1
.00
-.02
-.04
-.06
-.08
-.4 -.3 -.2 -.1 .0 .1 .2
PREV_M02_G1
Anexos 461
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
HOMOGENEIDADE:
NORMALIDADE:
7
Series: Residuals
6 Sample 1 29
Observations 29
5
Mean -5.62e-18
Median 0.003165
4
Maximum 0.052122
Minimum -0.083244
3 Std. Dev. 0.032060
Skewness -0.604715
2 Kurtosis 3.437611
1 Jarque-Bera 1.998855
Probability 0.368090
0
-0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0.00 0.02 0.04 0.06
MULTICOLINEARIDADE:
Correlation DES_FIN INT_PROD EFICIEN REC_FIN IDADE INOV QUAL __ADEQ INT_MERC MULTI_GLOBAL INTERN SIMI_MULTI
DES_FIN 1.000000
INT_PROD -0.219651 1.000000
EFICIEN 0.897701 -0.195262 1.000000
REC_FIN 0.114928 -0.151113 0.267695 1.000000
IDADE -0.580610 -0.021583 -0.396510 -0.068533 1.000000
INOV 0.012823 -0.003907 0.138725 0.221242 -0.053554 1.000000
QUAL 0.230784 0.196471 0.314223 0.449354 -0.234928 0.277588 1.000000
__ADEQ 0.060949 -0.016463 0.051886 0.073990 -0.166891 0.281302 0.018635 1.000000
INT_MERC -0.204401 0.300646 -0.244751 0.192471 -0.097324 -0.019348 0.477768 -0.183504 1.000000
MULTI_GLOBAL 0.163948 0.376101 0.190811 0.250764 -0.206330 0.085278 0.684484 -0.197299 0.610298 1.000000
INTERN 0.318185 0.329198 0.413811 0.096695 -0.180986 0.288773 0.470087 -0.091218 0.231998 0.522624 1.000000
SIMI_MULTI -0.077217 -0.145360 -0.144967 0.193917 -0.063227 -0.153463 -0.176515 -0.175857 0.182365 -0.275316 -0.545033 1.000000
462 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
LINEARIDADE:
.100
.075
.050
RESID_M02_G2
.025
.000
-.025
-.050
-.075
-.100
-.8 -.6 -.4 -.2 .0 .2
PREV_M02_G2
Anexos 463
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
HOMOGENEIDADE:
NORMALIDADE:
8
Series: Residuals
7 Sample 1 39
Observations 39
6
Mean -5.52e-18
5 Median 0.010893
Maximum 0.083148
4 Minimum -0.096436
Std. Dev. 0.044437
3
Skewness -0.487495
Kurtosis 2.441371
2
Jarque-Bera 2.051842
1
Probability 0.358466
0
-0.10 -0.05 -0.00 0.05
MULTICOLINEARIDADE:
Correlation DES_FIN INT_MERC MULTI_GLOBAL INTERN SIMI_MULTI EFICIEN __ADEQ REC_FIN IDADE INT_PROD QUAL INOV
DES_FIN 1.000000
INT_MERC -0.154447 1.000000
MULTI_GLOBAL 0.115646 0.793968 1.000000
INTERN 0.107745 -0.189177 -0.181607 1.000000
SIMI_MULTI 0.321697 -0.273749 -0.178977 -0.655721 1.000000
EFICIEN 0.806799 -0.139775 0.080494 0.092364 0.201073 1.000000
__ADEQ 0.213322 0.432085 0.310403 -0.111994 -0.232849 0.161442 1.000000
REC_FIN 0.846339 -0.160043 0.061941 0.065984 0.320384 0.680706 0.139182 1.000000
IDADE 0.084566 -0.041437 -0.027099 -0.059790 0.120904 0.073743 -0.045712 0.310050 1.000000
INT_PROD -0.265661 -0.162198 -0.071202 -0.178813 0.199368 -0.210427 -0.472542 -0.361844 -0.194725 1.000000
QUAL 0.455862 -0.049326 -0.006743 0.114488 0.007906 0.501171 0.323670 0.440133 0.119838 -0.346042 1.000000
INOV 0.237748 0.345529 0.266756 -0.203299 -0.051531 0.286854 0.628740 0.307039 0.207244 -0.474445 0.408335 1.000000
464 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
MODELO:
LINEARIDADE:
.12
.08
.04
RESID_M02_G4
.00
-.04
-.08
-.12
-.1 .0 .1 .2
PREV_M02_G4
Anexos 465
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
HOMOGENEIDADE:
NORMALIDADE:
14
Series: Residuals
12 Sample 1 33
Observations 33
10
Mean 2.52e-18
Median 0.012068
8
Maximum 0.099708
Minimum -0.091190
6 Std. Dev. 0.040833
Skewness -0.047721
4 Kurtosis 3.099182
2 Jarque-Bera 0.026051
Probability 0.987059
0
-0.10 -0.05 -0.00 0.05 0.10
MULTICOLINEARIDADE:
Correlation DES_FIN INTERN SIMI_MULTI EFICIEN QUAL INT_PROD MULTI_GLOBAL REC_FIN __ADEQ IDADE INT_MERC INOV
DES_FIN 1.000000
INTERN 0.243775 1.000000
SIMI_MULTI -0.033454 -0.584382 1.000000
EFICIEN 0.498346 -0.308447 0.698174 1.000000
QUAL 0.558072 0.447139 -0.244719 0.034662 1.000000
INT_PROD -0.315918 -0.026123 0.195650 -0.111712 0.063340 1.000000
MULTI_GLOBAL 0.045395 -0.050644 0.113747 -0.110962 0.310773 0.578711 1.000000
REC_FIN 0.322431 -0.070142 -0.159004 0.108720 0.137142 -0.118206 -0.006763 1.000000
__ADEQ 0.432128 0.338864 -0.281226 0.098232 0.612902 0.031101 -0.149484 0.324126 1.000000
IDADE 0.109218 -0.072869 0.155894 0.131277 0.192448 0.214168 0.306657 -0.196091 -0.024019 1.000000
INT_MERC -0.115187 -0.070537 0.135450 -0.245398 0.184213 0.458859 0.738338 0.044588 -0.109233 0.137085 1.000000
INOV 0.578789 0.443759 -0.266882 0.054151 0.853012 0.024735 0.356737 0.188195 0.559029 0.079336 0.241973 1.000000
466 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
- QUALIDADE:
MODELO:
LINEARIDADE:
2
RESID_M01_QUAL
-2
-4
-6
-8
4 6 8 10 12 14
PREV_M01_QUAL
Anexos 467
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
HOMOGENEIDADE:
NORMALIDADE:
12
Series: Residuals
Sample 1 110
10
Observations 110
8 Mean -9.20e-16
Median 0.067618
Maximum 5.473502
6 Minimum -6.251336
Std. Dev. 2.256906
4 Skewness -0.201005
Kurtosis 2.707382
2 Jarque-Bera 1.133166
Probability 0.567461
0
-6 -4 -2 0 2 4
MULTICOLINEARIDADE:
468 Anexos
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
- INOVAÇÃO:
MODELO:
LINEARIDADE:
2
RESID_M01_INOV
-1
-2
-3
-4
0 1 2 3 4 5 6 7 8
PREV_M01_INOV
Anexos 469
A Avaliação do Desempenho Financeiro no Sector das Tecnologias de Informação
HOMOGENEIDADE:
NORMALIDADE:
16
Series: Residuals
14 Sample 1 110
Observations 110
12
Mean -5.69e-16
10 Median -0.035638
Maximum 3.685601
8 Minimum -3.189340
Std. Dev. 1.166065
6 Skewness 0.192422
Kurtosis 3.780667
4
Jarque-Bera 3.472088
2
Probability 0.176216
0
-3 -2 -1 0 1 2 3
MULTICOLINEARIDADE:
470 Anexos