Caso 5 - Modulo 3
Caso 5 - Modulo 3
Caso 5 - Modulo 3
As formas farmacêuticas sólidas se destinam, principalmente, à administração oral. São fáceis de serem administradas pelos
pacientes, salvo crianças e idosos. As formas sólidas são mais estáveis do que as demais formas farmacêuticas, sendo,
portanto, preferidas no caso da utilização de fármacos pouco estáveis. As formas farmacêuticas sólidas podem ser do tipo:
pós, grânulos, cápsulas, comprimidos, pastilhas, pellets e pílulas.
Para uma boa absorção do fármaco na forma sólida, depende de fatores diversos como: a desintegração da forma sólida,
liberação de partículas contendo o fármaco e excipiente; a dissolução do fármaco nos fluidos gastrointestinais. Além das
características como tamanho das partículas sólida, solubilidade do fármaco, velocidade da dissolução do fármaco.
• A absorção da cápsula no estômago, ocorre a desintegração da capsula, logo, ocorrendo a dissolução do fármaco;
• O fármaco pra ser absorvido precisa está na forma não ionizada.
Fatores que interferem na biodisponibilidade dos fármacos na forma farmacêutica sólida para uso oral:
Biodisponibilidade se refere a velocidade e extensão no qual o fármaco é absorvido a partir da forma farmacêutica, ficando
disponível o sitio de ação.
As propriedades das substâncias ativas devem ser consideradas para desenvolvimento da forma farmacêutica solida, como
por exemplo:
Em relação a cinética da dissolução, o fármaco pouco solúvel em água terá dificuldade de dissolução em meio
aquoso(características no trato gastrointestinal), baixa velocidade de dissolução, o que pode gerar baixa biodisponibilidade.
Mas com a adição de um agente molhante, como o lauril, aumentaria a solubilidade e a biodisponibilidade.
Pós são misturas íntimas e secas de fármacos e ou outras substancias finamente divididos. Podem ser de uso interno ou
externo. Os pós são constituídos por finais partículas que variam(pequenas). É classificado como pós simples, que resultam da
divisão de uma única substância e pós compostos, obtidos por mistura de dois ou mais pós simples.
Suas partículas reduzidas facilitam a preparação do pó mais homogêneo e aumentam a capacidade adsortiva, sendo uma
característica na formulação de antiácidos, antidiarreicos e pós tópicos.
Vantagens
Desvantagens
Procedimento de preparo
Por trituração: ocorre a redução do tamanho das partículas por meio de gral e pistilo. Como também, a levigação é usado
como processo de redução de partículas sólidas pela trituração(normalmente para preparações semissólidas e liquidas).
Enquanto, a pulverização é nos casos em que as substancias não permitem a trituração direta(estruturas cristalinas duras),
no processo se umedece o sólido primeiro(álcool ou acetona, por ser solvente volátil), e então mistura o sólido cristalino e o
solvente(solvente precisa evaporar).
Por tamisação: separa frações de uma mistura pulverulenta ou granulada em função do tamanho das partículas presentes. Se
tem como objetivo, obter pós com partículas que tenham um tamanho médio, e o instrumento usado é o tamis. Esse processo
também é utilizado na desagregação de pós como forma de otimizar o processo de mistura.
1. Medir o volume do pó a ser tomado com utensilio de medida apropriado que será utilizado na administração do pó;
2. Pesar o volume do pó;
3. Calcular o peso dos ingredientes ativos no volume a ser administrado a partir da concentração ou do percentual dos
ingredientes ativos do peso total da mistura de pó em função do peso do volume da medida;
4. Misturar os pós;
5. Envasar e rotular.
É uma técnica empregada para mistura de dois ou mais componentes em pós presentes em quantidades diferentes entre si em
uma formulação. Ou seja, é uma técnica que tem como finalidade garantir a homogeneidade da mistura de dois ou mais pós
3 Farmacotécnica
que consiste na adição gradual dos pós no instrumento utilizado para a trituração até que todo o volume tenha sido
adicionado.
É uma técnica utilizada para mistura de fármacos potentes utilizados geralmente em baixas dosagens, como forma de
proporcionar uma maior precisão e segurança na pesagem e mistura. Garantindo a distribuição uniforme do fármaco.
Os problemas de estabilidade e incompatibilidade dos pós ocorrem por conta das características físico-químicas dos
constituintes da formulação, visto que existem pós higroscópicos(absorvem a umidade do ar), deliquescentes(absorvem a
umidade do ar e se liquefazem total ou parcialmente), eflorescentes(substâncias hidratadas ou cristalinas que liberam água
após pulverização) e misturas eutéticas, que são misturas de pós que se liquefazem em temperatura ambiente.
Controle de qualidade
Embalagem
São formas farmacêuticas solidas com involucro duro ou mole, de forma e capacidade variáveis, contendo uma dose unitária
de um ou mais ingredientes ativos. O invólucro é constituído normalmente de gelatina ou hidroximetilcelulose.
As cápsulas duras são as mais utilizadas. Elas são produzidas em duas partes, o corpo e a tampa (menor). As duas partes se
sobrepõem, sendo que a tampa se ajusta à extremidade do corpo. As cápsulas moles são formadas de uma película de
gelatina, contendo glicerina ou um álcool polihídrico, como o sorbitol, o que torna a gelatina elástica.
Elas podem ser de vários formatos: oblongas, elípticas ou esféricas. Além disso, podem conter líquidos, suspensões, produto
pastosos ou pós. Nesse tipo de formulação, geralmente, é feita a produção da cápsula ao mesmo tempo em que ela é
preenchida com o fármaco e, finalmente, lacrada.
4 Farmacotécnica
Composição
Enquanto a cápsula pode ser composta de um sólido/liquido; ativos; diluentes; lubrificantes; agentes molhantes(auxilia na
dispersão dos componentes); agente deslizante(para melhorar o fluxo da mistura de pós); agentes desintegrantes.
➢ O conteúdo não deve causar deterioração do invólucro da cápsula. Mas, o invólucro pode ser atacado pelos fluidos
digestivos e liberar o conteúdo encapsulado.
Vantagens
Desvantagens
As cápsulas moles são destinadas a acondicionar líquidos, são cápsulas que possuem apenas uma parte. Existem várias formas
e tamanhos de cápsulas moles, variando de 0,2 até 5g.
As cápsulas duras são arredondadas nos extremos e possuem formas cilíndricas, sendo compostas por uma porção larga, que
contém o princípio ativo, e uma porção curta, de funciona como tampa, e seus tamanhos variam de 000 a 5.
Existem diversos tamanhos de cápsulas diferenciados por números inversamente proporcionais à sua capacidade, ou seja,
quanto maior o número da cápsula, menor a sua capacidade. Quando manipulamos pós, a capacidade das cápsulas varia,
também, em relação à densidade das substâncias. Quanto maior o algarismo designativo, menor a capacidade volumétrica da
cápsula.
• Calcular a massa total do pó que será adicionado à cápsula, incluindo ativo(s) e diluente(s). O uso de diluentes será
necessário em três situações: quando a quantidade a ser pesada for menor que a quantidade mínima pesada pela
5 Farmacotécnica
balança; quando a massa total se ajustar às cápsulas 4 e 5, de difícil manuseio, para possibilitar o uso de cápsulas
maiores; ou quando a dose não preencher o volume total da cápsula.
• Selecionar o menor tamanho compatível com a massa total dos pós. Lembre-se de que é preciso levar em
consideração a densidade dos pós. Você pode consultar uma tabela com a capacidade das cápsulas para diferentes
pós e escolher o que mais se assemelha à mistura ou ao pó em questão. Caso a quantidade exija uma cápsula de
difícil deglutição, dividir o conteúdo em duas cápsulas menores e mencionar no rótulo.
E como determinamos a quantidade de diluente a ser adicionado a preparação das cápsulas (quando temos a necessidade)?
O tamanho da cápsula escolhida deve ser suficiente para acondicionar a mistura de pó composta pelos ingredientes ativos e
uma quantidade adicional de excipiente, onde o corpo da cápsula deve ser preenchido. Se a dose do ativo for pequena e
insuficiente para preencher o corpo, uma quantidade de diluente é adicionada.
Cápsula não deve ser aberta, deve está longe de locais com grande incidência de umidade e outros.