Regulamento Disciplinar APACs11.89

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APAC - ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA AOS CONDENADOS

Regulamento Disciplinar dos Centros de Reintegração Social Dr. Franz de Castro Holzwarth

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APAC - ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA AOS CONDENADOS
Regulamento Disciplinar dos Centros de Reintegração Social Dr. Franz de Castro Holzwarth

INDICE SISTEMÁTICO
PÁG.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................ 04

CAPÍTULO I

DA ASSISTÊNCIA AO RECUPERANDO........................................................... 05

CAPÍTULO II

DOS DIREITOS, OBRIGAÇÕES E DEVERES DOS RECUPERANDOS......... 07

CAPÍTULO III

DAS FALTAS E DAS SANÇÕES DISCIPLINARES.......................................... 11

CAPÍTULO IV

DO ELOGIO E DO RECUPERANDO MODELO............................................... 22

CAPÍTULO V

DO C.S.S. – CONSELHO DE SINCERIDADE E SOLIDARIEDADE................ 23

CAPÍTULO VI

DA ASSISTÊNCIA AOS ALCOÓLATRAS E TOXICÔMANOS......................... 23

CAPÍTULO VII

DAS CANTINAS, PRESTAÇÕES DE CONTA E CONTRIBUIÇÕES................ 24

CAPÍTULO VIII

DOS JOGOS, APOSTAS E NEGÓCIOS............................................................ 26

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CAPÍTULO IX

DO USO DA TELEVISÃO.................................................................................... 26

CAPÍTULO X

DO USO DO TELEFONE.................................................................................... 27

CAPÍTULO XI

DOS DOENTES E DA ASSISTÊNCIA MÉDICA................................................. 29

CAPÍTULO XII

DOS PORTEIROS E AUXILIARES DE PLANTÃO............................................. 29

CAPÍTULO XIII

DA HIGIENE PESSOAL E FAXINA.................................................................... 32

CAPÍTULO XIV

DA SECAGEM DE ROUPAS E DAS PLANTAS................................................. 33

CAPÍTULO XV

DAS CELAS E DORMITÓRIOS.......................................................................... 34

CAPÍTULO XVI

DAS SOLICITAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE RECUPERANDOS............ 36

CAPÍTULO XVII

DO TRABALHO DO RECUPERANDO.............................................................. 37

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CAPÍTULO XVIII

REGIME FECHADO........................................................................................... 38

CAPÍTULO XIX

REGIME SEMIABERTO...................................................................................... 49

CAPÍTULO XX

REGIME ABERTO E SEMIABERTO AUTORIZADOS AO TRABALHO EXTERNO....... 55

CAPÍTULO XXI

DAS VISITAS DOS FAMILIARES DOS RECUPERANDOS............................... 60

CAPÍTULO XXII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS............................................................................. 66

ANEXOS

REGULAMENTO DO CSS - REGIME FECHADO......................................... 68

REGIMENTO INTERNO DA COOPERATIVA DO REGIME FECHADO........... 80

REGIMENTO INTERNO DA COOPERATIVA DO REGIME SEMIABERTO..... 87

REGULAMETO DO QUADRO DE AVALIAÇÃO DISCIPLINAR..................... 94

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1. O Regulamento disciplinar das APACs é o resultado de mais de 40 anos de


experiência administrando Centros de Reintegração Social sem polícia e
encontra-se de conformidade com o disposto na Lei de Execução Penal – Lei
7.210/84, na Constituição Federal, Regras Mínimas da ONU para tratamento do
preso e demais Leis e Regulamentos afins e específicos.

2. O presente Regulamento aplicado em Centros de Reintegração Social - APAC,


onde se mantém os regimes fechado, semiaberto, semiaberto autorizado ao
trabalho externo e aberto, deverá ser ajustado à realidade de cada APAC
levando-se em consideração, para estes possíveis ajustes, tão somente, a
estrutura física de cada instituição;

3. As normas comuns a todas as APACs não poderão ser alteradas, a não ser que
haja expressa autorização da FBAC - Fraternidade Brasileira de Assistência aos
Condenados;

4. As regalias contidas no presente regulamento (ex.: uso de TV, DVD, telefone,


etc.) deverão ser comedidas e concedidas aos recuperandos de forma
gradativa, considerando-se sempre o mérito pessoal e coletivo dos
recuperandos, jamais olvidando que os recuperandos das APACs são
condenados da justiça e que os Centros de Reintegração Social são unidades
prisionais;

5. Encontra-se em anexo à este Regulamento Disciplinar, o Regulamento do


C.S.S., o Regimento Interno da Cooperativa do Regime Fechado, o Regimento
Interno da Cooperativa do Regime Semiaberto e o Regulamento do Quadro de
Avaliação Disciplinar.

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REGULAMENTA E DISCIPLINA AS OBRIGAÇÕES E DEVERES AOS


RECUPERANDOS DOS REGIMES FECHADO, SEMIABERTO, SEMIABERTO
AUTORIZADO AO TRABALHO EXTERNO E ABERTO

O Presidente da Associação de Proteção e Assistência aos


Condenados - APAC, considerando a consequente necessidade de aprimorar a
disciplina, obrigações e deveres dos recuperandos e da correta aplicação do Método
APAC RESOLVE baixar o seguinte Regulamento Disciplinar:

CAPÍTULO I
DA ASSISTÊNCIA AO RECUPERANDO

Art. 1º A assistência dispensada ao recuperando pela APAC, tem por objetivo


prepará-lo para retornar ao convívio social.

Parágrafo único. A assistência será:


1. material 3. jurídica 5. social
2. à saúde 4. educacional 6. espiritual

Art. 2º A assistência material consistirá no fornecimento de alimentação suficiente e


balanceada, vestuário e outros.

Parágrafo único. A Entidade disporá de instalações e serviços que visem atender às


necessidades pessoais dos recuperandos.

Art. 3º A assistência à saúde será de caráter preventivo e curativo, compreendendo


o atendimento médico, farmacêutico, odontológico e psicológico, dentro do
Estabelecimento ou Instituição da comunidade, quando o caso indicar sua
necessidade.

Art. 4º A assistência jurídica na fase da execução penal será prestada por


voluntários, estagiários e advogados constituídos, se assim desejar o recuperando,
visando garantir a defesa do direito em relação ao processo de execução das penas.

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Art. 5º A assistência educacional gratuita compreenderá obrigatoriamente a instrução


escolar até o Ensino Médio e, se possível, outros níveis de ensino, para formação
profissional e cultural do recuperando.

Parágrafo Único. Não se exclui a extensão do ensino para outros cursos, às


expensas do interessado.

Art. 6º O ensino de que trata o artigo anterior, atrelado ao sistema escolar da


Unidade Federativa, dar-se-á em horário adequado ao regime laborativo da APAC.

Parágrafo Único. Somente serão dispensados do ensino fundamental e médio, os


recuperandos que preencham os seguintes requisitos:
1. Apresentação do Certificado de conclusão de escolaridade; ou
2. Incapacitação devidamente comprovada e atestada por responsável.

Art. 7º As atividades educacionais podem ser objetos de convênio com entidades


públicas ou particulares que instalem escolas no Estabelecimento Prisional e ofereçam
cursos especializados.

Art. 8º O ensino profissional poderá ser ministrado em nível de iniciação ou de


aperfeiçoamento técnico.

Art. 9º Dotar-se-á o Estabelecimento de uma biblioteca para uso geral dos


recuperandos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos, conforme disposto
no Art. 21 da Lei 7.210, de 11 de julho de 1984.

Art. 10. A assistência social tem por finalidade o amparo ao recuperando, visando
prepará-lo para o retorno à sociedade.

Parágrafo Único. A assistência de que trata este artigo, estender-se-á às famílias dos
recuperandos e das vítimas.

Art. 11. Será prestada ao recuperando assistência espiritual, com liberdade de culto,
permitindo-se a posse de livros de instrução religiosa, na forma regulamentar da APAC.

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CAPÍTULO II
DOS DIREITOS, OBRIGAÇÕES E DEVERES DOS RECUPERANDOS.
Seção I
DOS DIREITOS DOS RECUPERANDOS

Art. 12. São direitos comuns aos recuperandos, além dos já previstos pelo Código
Penal Brasileiro, Lei de Execução Penal; e demais Leis e Regulamentos afins e
específicos, e de acordo com as normas institucionais vigentes, a saber:

I. Atendimento pelo Diretor do Estabelecimento e ou demais Diretorias de


serviços;

II. Assistência espiritual, de acordo com seu credo, nos dias e horários
determinados pela APAC.

III. Tratamento médico-hospitalar, psiquiátrico, psicológico e odontológico gratuito,


com os recursos humanos e materiais do Estabelecimento, Estado e Município
obedecendo-se os seguintes princípios:
a) Poderão obter assistência médica da rede Municipal, Estadual e Federal,
quando esgotados ou inexistentes os recursos institucionais, de acordo com
a disponibilidade dessas redes, devidamente recomendadas pelo serviço de
saúde da APAC;
b) Assistência médica de outras Instituições, além das mencionadas, quando
firmados convênios ou contratos com as mesmas, através da APAC;
c) Quando da assistência odontológica, psicológica, oftalmológica ou outras,
em que haja necessidade de prótese, confecção de óculos ou similares, as
mesmas poderão ser executadas através de recursos próprios do
interessado, esgotados ou inexistentes os recursos institucionais; e,
d) Aos recuperandos é facultado contratar, através de familiares ou
dependentes, médicos, dentistas, psicólogos de confiança pessoal, ou
serviços, a fim de acompanhar o tratamento, segundo seus recursos,
observadas as normas institucionais vigentes;

IV. Freqüência às atividades desportivas, de lazer e culturais condicionadas à


programação da APAC, dentro das condições de segurança e disciplina,
obedecendo-se as seguintes normas:

a) A prática de esportes e lazer deverá ter programação específica, sem prejuízo


das atividades laborativas da Entidade;

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b) Leitura de todos os órgãos da imprensa, tais como jornais, revistas e demais


periódicos, editados no país, em língua portuguesa, desde que não
contenham incitamento à violência, à subversão da ordem ou preconceito de
religião, raça ou classe social e não comprometam a moral e os bons
costumes;

V. Solicitar, por escrito, ao Encarregado de Segurança da APAC, a mudança de


cela, que poderá ser ou não autorizada após avaliação dos motivos;

VI. Comunicação através de correspondência escrita com seus familiares e outras


pessoas, pelas via regulamentares;

VII. Receber visitas de parentes nos dias e horários regulamentados;

VIII. Chamamento nominal;

IX. Assistência jurídica gratuita em matéria de Execução Penal, podendo também


ser assistido por advogado particular, observadas as normas vigentes no
Estado;

X. Reabilitação de boa conduta prisional das faltas disciplinares;

XI. Proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;

XII. Direito de defesa nos procedimentos administrativos de apuração de falta


disciplinar.

Seção II
DAS OBRIGAÇÕES E DEVERES

Art. 13. Além dos expressamente consignados no Código Penal Brasileiro e na Lei de
Execuções Penais, são obrigações e deveres comuns do recuperando:

I. Somente dirigir-se ao atendimento com a Diretoria da Entidade e com o


pessoal técnico após ser autorizado ou requisitado, devendo as solicitações
serem feitas por escrito, em impresso próprio;

II. Submeter-se à revista pessoal e permitir a de seus pertences, no momento em


que for solicitado;
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III. Zelar e responder, em caso de danos, pelo patrimônio da Entidade (móveis,


instalações elétricas, hidráulicas e utensílios);

IV. Dar ciência e orientar seus familiares e visitantes sobre o Regulamento


Disciplinar;

V. Dirigir-se aos locais que lhe forem determinados, seja de lazer, atos
socializadores, visitas, trabalho, etc., retirando-se somente quando autorizado e
permanecer em silêncio quando solicitado;

VI. É proibido: desviar, para uso próprio ou de terceiros, materiais dos diversos
setores da Entidade; e:
a) Transacionar objetos de uso pessoal, de terceiros ou do patrimônio da
APAC;
b) Confecção e posse indevida de instrumento capaz de ofender a
integridade física de outrem;
c) Apostas de jogos de qualquer natureza;
d) Entrar e permanecer em local destinado a outrem, sem a devida
autorização da Administração;
e) Impedir ou burlar a vigilância, sob qualquer pretexto, onde quer que se
encontre;
f) Participar de manifestações e/ou tumulto coletivo que ameace a
segurança e a disciplina;
g) Responder, em nome do outro, a chamada do Inspetor de Segurança
quando da contagem para conferência da população prisional;
h) Assobios, cantos, sons ou ruídos que poderão causar transtornos aos
demais companheiros, bem como prejudicar a vigilância e a disciplina;
i) Enviar e receber correspondência, utilizando-se para isto de meios
inadequados;
j) Concorrer para uso ou fabricação de bebida alcoólica ou de substância
que determine dependência física ou psíquica;
k) Fazer varais para pendurar roupas na cela, uso de "come-quieto", etc.
l) Deixar de obedecer às normas contidas na forma de compromisso
assinados quando da transferência ou progressão aos Regime
Fechado, Semiaberto, Semiaberto Autorizado ao Trabalho Externo e
Aberto, bem como as Portarias, ordens internas, regimentos, estatutos
sociais e no presente regulamento disciplinar da Entidade.
m) Não executar as tarefas que lhe forem atribuídas, com zelo e senso de
responsabilidade;

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VII. Desempenhar a contento, as funções inerentes ao Conselho de Sinceridade e


Solidariedade (C.S.S.) representação, vice-representação e secretaria da cela,
de auxiliar do Inspetor de Segurança, faxina, serviços burocráticos e de
cantina, encarregado de galeria, segurança e desempenho de serviços
artísticos e outras funções confiadas, acatando e acompanhando com
humildade e interesse, tudo o que é proporcionado pela entidade, relacionada à
recuperação do condenado;

VIII. Manter a cama limpa e arrumada;

IX. Não colocar cartazes de qualquer espécie na cela, ou fazer inscrição nas
paredes;

X. Concorrer para a entrada e/ou a posse de publicações pornográficas;

XI. Não receber encomendas de espécie alguma antes de serem vistoriadas pelo
Inspetor de Segurança e/ou auxiliar de plantão;

XII. Usar crachá de identificação pessoal;

XIII. Manter com rigor os preceitos de higiene pessoal, inclusive, barba e cabelos
cortados;

XIV. Manter bom relacionamento e respeito com os visitantes, quer sejam parentes
ou não, sendo cortês e educado, bem como os diretores em geral, membros do
C.S.S., representantes, vice-representantes, secretários de cela, voluntários e
autoridades;

XV. Não receber e/ou fazer uso de drogas, celulares ou qualquer outro material que
possa colocar em risco a segurança física dos recuperandos e dos voluntários;

XVI. Cumprir rigorosamente os horários previamente determinados, com relação às


refeições, alvorada e atos socializadores;

XVII. Cooperar na orientação dos recuperandos recém-chegados acerca das normas


da Entidade, a fim de ajudá-los a superar as dificuldades iniciais, incentivando-
os a cumprir com interesse e aproveitamento, todas as atribuições inerentes ao
regime de cumprimento de pena, às normas constantes deste regimento;

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XVIII. Chegar nos horários designados para todos os atos programados pela
entidade, não sendo permitido o abandono do local, exceto por motivo de força
maior;

XIX. Evitar “Palavrões”, discussões e agressões quer física ou com palavras;

XX. Só será permitido o afastamento das atividades programadas, através de


exames e atestado médico ou por comunicação escrita em impresso próprio,
pelo interessado. O repouso, nesse caso, prolongar-se-á até alta médica
ficando, nesse período, na cela;

XXI. Participar com interesse e respeito de todos os atos socializadores promovidos


pela Entidade;

XXII. Frequentar, obrigatoriamente, as aulas de ensino fundamental e médio, quando


necessário.

CAPÍTULO III
DAS FALTAS E DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
Seção I
DAS FALTAS DISCIPLINARES

Art. 14. As faltas disciplinares, segundo sua natureza, classificam-se em:

a) Leves; b) Médias; c) Graves

§ 1º Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à da falta consumada, quando


houver dolo.

§ 2º O recuperando que concorrer para o cometimento da falta disciplinar incidirá nas


mesmas sanções cominadas ao infrator.

Art. 15. Os atos de indisciplina serão passíveis das seguintes penalidades:

I. Advertência;

II. Repreensão;

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III. Suspensão ou restrição de regalias;

IV. Suspensão ou restrição de direitos;

V. Isolamento na própria cela ou em local adequado;

VI. Transferência para o sistema comum (Penitenciária).

Art. 16. Às faltas graves caberão as sanções previstas nos incisos V e VI do artigo
anterior.

§ 1º A suspensão ou restrição de direitos e isolamento celular não poderão exceder a


30 (trinta) dias.

§ 2º O isolamento celular superior a 10 (dez) dias será sempre comunicado ao Juiz


das Execuções.

Art. 17. Às faltas leves caberão as sanções previstas nos incisos I, II e III do artigo 15
deste Regulamento.

Parágrafo único: As faltas leves serão controladas através de um quadro de avaliação


disciplinar diário (em anexo).

Art. 18. Às faltas médias caberão as sanções previstas nos incisos III, IV e V do artigo
15 deste Regulamento.

Parágrafo Único. A suspensão ou restrição de regalias poderá ser aplicada isolada


ou cumulativamente, na prática de faltas de quaisquer natureza.

Art. 19. A advertência será verbal e anotada em ficha própria para efeito de
apreciação em caso de reincidência.

Art. 20. A repreensão será escrita relatando o fato que a deu causa, e consignada na
pasta Prontuário do recuperando, com o histórico das restrições que vierem a ser
impostas.

Art. 21. As sanções dos incisos I, II, lll e IV do artigo 15, serão aplicados pelo
Encarregado de Segurança da APAC; e as do inciso V e VI pelo Conselho Disciplinar.

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Parágrafo único. O isolamento de cela somente será apreciado pelo Conselho


Disciplinar quando superior a 10 (dez) dias.

Art. 22. O Conselho Disciplinar será constituído por:


I. Encarregado de Segurança;

II. Encarregado(a) Administrativo(a);

III. Inspetor de Segurança (02);

IV. Encarregado(a) de Execução Penal.

§ 1º Em situações excepcionais, o Conselho Disciplinar poderá ter outra composição, à


critério do Presidente da entidade.

Seção II
DAS FALTAS DISCIPLINARES EM ESPÉCIE

Art. 23. Consideram-se faltas disciplinares de natureza LEVE:

I. Descumprir os horários do Estabelecimento;

II. Retardar o cumprimento de ordem;

III. Utilizar-se de objeto pertencente a outro recuperando sem o seu


consentimento;

IV. Simular doença ou estado de precariedade física para eximir-se de trabalho


e/ou estudo, ou para outro fim, perturbando a administração;

V. Estender, lavar ou secar roupas em local não permitido;

VI. Tomar refeição fora do local e dos horários estabelecidos, salvo autorização
escrita de quem de direito;

VII. Abordar autoridades ou pessoas estranhas no estabelecimento, especialmente


visitantes, sem a devida autorização;

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VIII. Atuar de maneira inconveniente, por ação ou omissão frente às autoridades e


voluntários;

IX. Desatenção nos exercícios, nas atividades escolares ou em outra atividade


interna;

X. Transitar pelo estabelecimento, ou por suas dependências, em desobediência


às normas estabelecidas;

XI. Comunicação não autorizada com visitantes e com os recuperandos que


estiverem em regime de isolamento celular;

XII. Entrega não autorizada de quaisquer objetos aos visitantes e/ou recuperandos,
quando não configurar-se falta média ou grave;

XIII. Utilizar material, equipamento de trabalho, ferramentas ou utensílios do


estabelecimento, sem autorização ou sem conhecimento do encarregado, a
pretexto de reparos ou limpeza;

XIV. Entrar em cela alheia ou permitir a entrada de recuperandos na sua cela,


podendo esse procedimento configurar-se falta média ou grave;

XV. Improvisar varais e cortinas na cela, comprometendo a vigilância;

XVI. Posse de papéis, documentos, objetos ou valores não cedidos ou autorizados


pela Direção do estabelecimento, podendo classificar-se como falta média ou
grave;

XVII. Não estar devidamente trajado, ou seja, usando bermudas, bonés, camisetas
regata e etc. nas reuniões, nos atos socializadores e na presença de visitantes
e voluntários;

XVIII. Uso de Material de serviço para finalidade diversa da que foi prevista, podendo
configurar-se em falta média ou grave;

XIX. Remessa de correspondência sem o registro regular pelo setor competente;

XX. Desobedecer sinal convencional de recolhimento;

XXI. Não usar crachás;


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XXII. Fumar em local proibido, quando houver regulamentação própria;

Art. 24. Consideram-se faltas disciplinares de natureza MÉDIA:

I. Desobedecer às prescrições médicas, recusando o tratamento necessário ou


utilizando medicamentos não prescritos ou autorizados pelo médico
competente.

II. Abster-se de tratar com urbanidade e respeito os demais recuperandos;

III. Praticar ou contribuir para a prática de jogos proibidos, agravando-se a falta


quando o ato envolver exploração de outros recuperandos;

IV. Faltar à verdade com o fim de obter vantagens ou eximir-se de


responsabilidade;

V. Explorar recuperandos sob qualquer pretexto ou forma;

VI. Realizar faxinas e/ou lavar roupas de outros recuperandos, sem autorização do
Encarregado de Segurança, configurando assim atos de comércio entre
ambos;

VII. Recusar-se a assistir as aulas ou de fazer os deveres escolares sem razão


justificada;

VIII. Portar objetos cuja posse é proibida;

IX. Desviar ou ocultar objetos cuja guarda lhe tenha sido confiada por Voluntários,
membros do setor Administrativo ou Diretores;

X. Imputar a alguém, falsamente, fato definido como falta disciplinar;

XI. Induzir ou instigar alguém a praticar falta disciplinar, mesmo que não venha a
ser cometida;

XII. Divulgar notícia que possa perturbar a ordem ou disciplina;

XIII. Comunicar com recuperandos de qualquer um dos regimes de cumprimento de


pena;

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XIV. Impedir a vigilância de qualquer dependência do estabelecimento, através de


atos constrangedores ou de ameaças;

XV. Fazer greve de fome ou praticar autolesão, com o propósito de obter


vantagens;

XVI. Concorrer de qualquer modo para o ingresso de visitantes no estabelecimento,


com o fim de subverter a ordem e a disciplina;

XVII. Provocar assuada, insultos ou perturbações do ambiente com ruídos, vozerios


ou vaias;

XVIII. Conturbar a jornada de trabalho ou a realização de tarefas;

XIX. Perturbar o repouso noturno, a recreação ou todos os demais atos do Método


APAC;

XX. Abster-se de apresentar comportamento disciplinado e de cumprir fielmente a


sentença condenatória que lhe foi imposta;

XXI. Realizar atos de comércio de qualquer natureza com companheiros ou


voluntários;

XXII. Comportar-se de forma inamistosa durante prática desportiva;

XXIII. Negar-se a cumprir sanção disciplinar imposta;

XXIV. Abster-se da higiene pessoal, asseio da cela e demais dependências da APAC;

XXV. Deixar de preservar ou conservar os objetos de uso pessoal;

XXVI. Possuir ou utilizar "máquinas" de tatuagem;

XXVII. Agredir com palavras recuperandos, voluntários, funcionários ou visitantes;

XXVIII. Ocorrendo agravante ou atenuante na consumação da falta média, a mesma


poderá ser reclassificada como grave ou leve.

Art. 25. Consideram-se faltas disciplinares de natureza GRAVE:


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I. Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem e disciplina;

II. Evadir, fugir ou abandonar o cumprimento do regime;

III. Agredir fisicamente, recuperandos, funcionários, voluntários, familiares ou


visitantes;

IV. No caso do item anterior, a tentativa será punida com o mesmo rigor;

V. Usar indevidamente as ligações telefônicas, quando autorizadas pela


Administração da APAC e/ou fornecer dados falsos quando do cadastro;

VI. Caluniar, injuriar ou difamar funcionários, recuperandos, voluntários ou


visitantes;

VII. Fabricar, guardar, portar ou fornecer material destinado a fuga; e/ou para
atentar contra a integridade física de outrem;

VIII. Possuir indevidamente qualquer instrumento capaz de ofender a integridade


física de outrem;

IX. Fazer uso das celas de convivência dos presos, ou outros espaços coletivos,
para visita íntima familiar;

X. Provocar, intencionalmente, acidentes de trabalho;

XI. Desobedecer ordens de serviços e/ou desrespeitar a qualquer pessoa com


quem deva relacionar-se;

XII. Ser omisso aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à


ordem ou à disciplina;

XIII. Possuir documento público ou particular, falso ou falsificado;

XIV. Possuir substância corrosiva, inflamável ou venenosa;

XV. Praticar fato previsto como crime doloso,

XVI. Praticar fato previsto como crime culposo ou como Contravenção Penal;

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XVII. Praticar, induzir ou instigar alguém à prática de ato libidinoso ou conjunção


carnal com pessoas do mesmo ou de outro sexo;

XVIII. Introduzir e/ou manter, em qualquer dos Regimes de cumprimento de pena na


APAC, a posse de celulares, notebook, modem, pen drive, MP4, MP5 e
similares bem como, quaisquer adaptadores e/ou cabos que possibilitem o
acesso à esses equipamentos dentro do Centro de Reintegração Social da
APAC;

XIX. Introduzir e/ou fazer uso de drogas de qualquer espécie, inclusive bebidas
alcoólicas em qualquer regime de cumprimento de pena;

XX. Descumprir as normas presentes no Termo de Audiência Admonitória para


Trabalho Externo, permissão de saída esporádica e/ou para conseguir trabalho,
as normas presentes nos Termos de Saída Temporária em Família, cursos
profissionalizantes, cursos de ensino médio e superior e outras atividades que
concorram para o retorno ao convívio social;

Parágrafo único. As faltas graves acima catalogadas serão passíveis de


transferência para o sistema comum.

Seção III
DAS ATENUANTES E AGRAVANTES

Art. 26. Poderão ser consideradas como atenuantes, nas aplicações das penalidades:

I. A primariedade do infrator;

II. As circunstâncias em que ocorreram os fatos;

III. Tempo de adaptação ao Método APAC

IV. Confissão espontânea.

Art. 27. Serão levados em consideração, como agravantes, na aplicação das


sanções:

I. A reincidência em falta disciplinar;

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II. Natureza e circunstância da falta, tais como:


a) Praticar ato que exponha a risco a si ou a outrem, bem como a
segurança do Estabelecimento;
b) Concurso de outros;
c) Antecedente de Conduta Prisional.

III. Resistir, com uso de violência, quando da determinação do isolamento


preventivo;

IV. Resistir, com uso de violência, quando impedido de tentativa de fuga;

V. Ter participado de Cursos do Método APAC, Jornada de Libertação com Cristo


e outros;

VI. Ter cometido a infração através do abuso da confiança;

VII. Ter agido em conluio com servidores;

VIII. Praticar a falta durante o prazo de reabilitação de conduta por falta anterior.

§ 1º Sempre que a falta cometida constitua crime ou contravenção, será comunicada


à Autoridade Policial.

§ 2º Observando-se atenuante nas faltas catalogadas como GRAVES, poderá


ocorrer a desclassificação para médias ou leves;

§ 3º A evasão será comunicada às autoridades da Justiça e Segurança Pública, com


relatório circunstanciado e, declarações, se necessário, para instrução da competente
ação penal;

§ 4º A prisão em flagrante será instruída com relatório circunstanciado e, a pessoa


infratora entregue à autoridade policial para as providências cabíveis.

Art. 28. O recuperando que cometer infração disciplinar, que possa ser atribuída a
distúrbios psíquicos, ainda que momentâneos, comprovados mediante parecer médico,
não sofrerá sanção disciplinar, sendo-lhe oferecida assistência adequada.

Art. 29. Caso infrinja, mediante uso de violência, as normas vigentes nos Fóruns,
Hospitais ou qualquer outro local externo ao Centro de Reintegração Social da APAC,
o recuperando estará sujeito aos dispositivos contidos neste Regulamento.

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Seção IV
DA REABILITAÇÃO DA CONDUTA

Art. 30. Os prazos para reabilitação de conduta serão contados da data da falta e da
seguinte forma:

I. Em 01 (um) mês para faltas LEVES;

II. Em 03 (três) meses para faltas MÉDIAS;

III. Em 06 (seis) meses para faltas GRAVES;

Seção V
DAS PROVIDÊNCIAS NA APLICAÇÃO DA SANÇÃO DISCIPLINAR

Art. 31. Antes de se consumar qualquer advertência, correção ou punição, o


recuperando terá direito de ampla defesa.

Parágrafo único. O infrator terá direito a palavra e poderá indicar até 03 (três)
testemunhas.

Art. 32. Os recuperandos terão pasta própria no C.S.S., onde a segunda via dos
documentos que compõem o seu histórico disciplinar serão arquivados. A primeira via
original será incontinenti remetida à Secretaria Administrativa no caso das faltas
médias e graves.

Art. 33. Os relatórios serão digitados, testemunhados e, anexados aos comunicados


prontuários e, depois, arquivados na pasta prontuário, na Secretária Administrativa,
após tomadas as providências de praxe ;

Art. 34. Caberá ao C.S.S. (Conselho de Sinceridade e Solidariedade), tão somente, a


apuração das faltas disciplinares leves e, suas consequentes sanções disciplinares
cabíveis.

Art. 35. Quanto às falta catalogadas como médias e graves, estas serão
INCONTINENTI comunicadas ao Encarregado de Segurança, para a tomada de
medidas que preservem a ordem e a disciplina, independentemente de outras
providências.

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Art. 36. O C.S.S., ou o Inspetor de Segurança que presenciar ou tomar conhecimento


de qualquer infração disciplinar, lavrará o competente comunicado prontuário,
encaminhando-o ao Encarregado de Segurança da APAC, lembrando que:
a) É da competência do C.S.S., a proposta de penalidade consistente em
Advertência Verbal, Repreensão e aplicação de pontos amarelos.
b) O recuperando será comunicado da sanção imposta no prazo máximo de dez
(10 ) dias, contados da falta disciplinar.
c) O comunicado Prontuário da sanção será anexado à pasta prontuário, para ser
apreciado no caso de reincidência.
d) A advertência verbal poderá ser feita individualmente ou em grupo,
primeiramente pelo Inspetor de Segurança, ou se for o caso, pelo Encarregado
de Segurança da APAC.

Seção VI
DAS FALTAS GRAVES

Art. 37. O C.S.S., ou o Inspetor de Segurança que presenciar ou tomar conhecimento


da infração cometida lavrará o competente comunicado prontuário, e encaminha-lo-á
ao Encarregado de Segurança da APAC para o processamento, devendo ser tomadas
as seguintes providências:

I. Isolamento do infrator em local adequado, pelo prazo máximo de dez (10) dias,
para a apuração de responsabilidade, operando-se a detração do tempo de
castigo, quando comprovada culpa, que será decretada pelo Conselho
Disciplinar da APAC;

II. O Encarregado de Segurança ou quem a Diretoria Administrativa indicar,


providenciará a oitiva do recuperando, suas razões de defesa e colherá outras
provas que se fizerem necessárias, encaminhando-as para inclusão e
julgamento na pauta do Conselho Disciplinar;

III. Depois de o Conselho Disciplinar definir e aplicar as penalidades, os autos


serão encaminhados à Diretoria Administrativa do estabelecimento para as
providências cabíveis;

IV. As faltas graves devidamente apuradas, e a sanção disciplinar a ser aplicada,


serão comunicadas ao Juiz das Execuções Criminais, para conhecimento e
referendo;

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V. Nos casos de ocorrência de incêndio ou depredação do Patrimônio ou de


terceiros, o recuperando ficará sujeito ao ressarcimento dos danos, além das
sanções previstas neste Regulamento e na Legislação pertinente.

Seção VII
DOS RECURSOS E DA CLASSIFICAÇÃO DE CONDUTA

Art. 38. Ao recuperando é assegurado o direito de recorrer ao Presidente da APAC da


sanção disciplinar que lhe foi aplicada.

Parágrafo único. O recurso será examinado pela Diretoria Executiva em última


instância.

Art. 39. A conduta disciplinar classificar-se-á em:


a) ÓTIMA: quando o recuperando não tenha cometido falta disciplinar, de
qualquer natureza, durante o cumprimento da pena;
b) BOA: quando o recuperando, embora tenha cometido falta disciplinar, de
qualquer natureza, teve sua conduta reabilitada;
c) REGULAR: Quando o recuperando tenha cometido falta disciplinar de qualquer
natureza, sem completar o período de reabilitação;

Parágrafo único. Todos os recuperandos com prazo de permanência na APAC


inferior a 60 (sessenta) dias, para efeito de classificação de conduta, serão
considerados, "Sem Tempo Hábil", sendo fornecida classificação do Estabelecimento
prisional de procedência, se houver.

CAPÍTULO IV
DO ELOGIO E DO RECUPERANDO MODELO

Seção I
DO ELOGIO

Art. 40. Na avaliação mensal da conduta do recuperando, será levado em conta o


desempenho das atividades que lhe foram atribuídas, a pontuação disciplinar mensal
(vide Regulamento do Quadro de Avaliação Disciplinar em anexo) e seu interesse em

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ajudar e orientar o companheiro de prisão, com base no princípio de que “não basta
deixar de fazer o mal, é preciso fazer o bem”.

Seção II
DO RECUPERANDO MODELO

Art. 41. Mensalmente, o Conselho Disciplinar escolherá o recuperando modelo do


mês, ao qual será entregue a medalha alusiva, certificado e comunicado prontuário que
será enviado ao Juiz de Direito da Execução Penal.

Parágrafo Único. A entrega da medalha e certificado dar-se-á em solenidade da qual


deverão participar os recuperandos e voluntários.

CAPÍTULO V
DO C.S.S. – CONSELHO DE SINCERIDADE E SOLIDARIEDADE.

Art. 42. Haverá nos 03 (três) regimes (Fechado, Semiaberto e Aberto) um Conselho
de Sinceridade e Solidariedade – C.S.S., formado exclusivamente por recuperandos,
cuja composição e atribuição serão regidas por Portaria própria expedida pela
Presidência da APAC (Regulamento do C.S.S. em anexo).

Parágrafo Único. Cada conselho será composto de recuperandos do regime a que


pertencem.

CAPÍTULO VI
DA ASSISTÊNCIA AOS ALCOÓLATRAS E TOXICÔMANOS

Art. 43. Todos os recuperandos recém-chegados que se encontram no período de


adaptação (mínimo de 03 meses) e os dependentes do álcool e drogas deverão
freqüentar as reuniões patrocinadas pelos voluntários dos Alcoólicos Anônimos (A.A.) e
Narcóticos Anônimos (N.A.) e outras terapias que objetivem o tratamento da
dependência química.

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Parágrafo único. Estas reuniões serão realizadas no mínimo uma vez por semana.
O não comparecimento será registrado como desinteresse pela emenda, podendo
acarretar a transferência para o sistema comum.

CAPÍTULO VII
DAS CANTINAS, PRESTAÇÕES DE CONTA E CONTRIBUIÇÕES

Seção I
DAS CANTINAS

Art. 44. A arrecadação das cantinas, uma no regime fechado e outra no regime
semiaberto, cuja administração será realizada por dois recuperandos, sendo um
encarregado e outro auxiliar, ambos do respectivo regime, indicado pelo C.S.S. e
referendado pela Administração da APAC, deduzidas todas as despesas, será
revertida, em benefício dos recuperandos, na melhoria dos diversos serviços
prestados.

Parágrafo único. Caberá ao C.S.S. dando conhecimento também à Direção da


APAC, supervisionar e fiscalizar os serviços dos auxiliares encarregados do
funcionamento da cantina, bem como:
I. Fazer cumprir o horário de funcionamento da cantina, que será estipulado pela
direção da APAC, não permitindo que a mesma funcione fora do horário definido;
II. Fiscalizar os preços dos produtos vendidos na cantina, evitando que os mesmos
não sejam comercializados por um valor superior aos da praça;
III. Fiscalizar, rigorosamente, todos os produtos vendidos, evitando assim a venda de
qualquer produto contendo álcool ou qualquer outro tipo de substância que cause
dependência física ou psíquica e prejuízo à disciplina e ordem da casa;
IV. Observar a manutenção de rigoroso controle de estoque;
V. Averiguar se os produtos estão sendo vendidos somente à vista;
VI. Acompanhar a entrega, ao tesoureiro da APAC, de toda a arrecadação da
cantina, mediante recibo que ficará arquivado no setor de controle da cantina;
VII. Fiscalizar para que, semanalmente, no primeiro dia da semana seguinte, seja
apresentada completa relação do estoque, das vendas e do lucro apurado;

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VIII. Fiscalizar para que não seja permitida a permanência de qualquer outro
recuperando no interior da cantina;
IX. Elaborar junto com o recuperando, encarregado da cantina, lista de compras de
produtos que deverá ser encaminhada à tesouraria da APAC, setor encarregado
de assim efetuar todas as compras para as cantinas dos Regimes Fechado e
Semiaberto;
X. Recolher a chave da cantina e assim entregá-la ao Inspetor de Segurança todos
os dias, à noite;
XI. Fiscalizar para que a chave do caixa fique, exclusivamente, em poder do
encarregado da cantina, que por ela responderá;
XII. Acompanhar, rigorosamente, os princípios de higiene no local, bem como dos
objetos de uso;
XIII. Atender à Direção da APAC, sempre que esta julgar necessário, no tocante a
realização de fiscalização extra no setor;
XIV. Responsabilizar-se para que os recuperandos que trabalham na cantina,
interrompam suas atividades sempre que forem convocados para participar dos
atos socializadores promovidos pela entidade;
XV. Fiscalizar o uso de apenas uma pequena faca para cortar carnes e legumes,
dentro da cantina, devendo no final do expediente a mesma ser entregue ao
Inspetor de Segurança para ser guardada em local apropriado.

Art. 45. Os Conselhos de Sinceridade e Solidariedade de cada regime, juntamente


com os recuperandos responsáveis pelas respectivas cantinas, prestarão,
mensalmente, contas da movimentação financeira do setor (Receitas e Despesas),
submetendo-as à apreciação e aprovação de seus membros e, em seguida, submeterá
a referendo da Diretoria Financeira da APAC para apreciação e aprovação.

Seção II
DAS COOPERATIVAS

Art. 46. Haverá no regime Fechado e Semiaberto uma cooperativa disciplinada por
portaria própria e que tem por finalidade, a promoção da fraternidade, solidariedade e
a ajuda mútua entre os recuperandos que cumprem pena, não priorizando fins
lucrativos e, devendo ainda os lucros obtidos serem revertidos em benefício dos
próprios recuperandos cooperados.

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Parágrafo único. Todas as normas regulamentadoras de funcionamento das


Cooperativas encontram-se dispostas nos Regimentos Internos das Cooperativas dos
Regimes Fechado e Semiaberto. (em anexo)

CAPÍTULO VIII
DOS JOGOS, APOSTAS E NEGÓCIOS

Art. 47. É permitido nas celas, jogos de dominó, dama e xadrez, isto nos horários de
folga e aos sábados após às 12h, domingos e feriados o dia todo, exceto nos
momentos em que houver programação no C.R.S.

Art. 48. Os jogos permitidos não autorizam qualquer tipo de aposta.

Art. 49. Entre recuperandos, não serão admitidos negócios de qualquer espécie,
mesmo a título de permuta sem que haja expressa autorização da Direção.

CAPÍTULO IX
DO USO DA TELEVISÃO

Art. 50. Haverá apenas um aparelho de TV em cada regime, que poderão ser
utilizados segundo os critérios abaixo:

I. O aparelho de TV poderá ser ligado, diariamente, das 12h às 13h e às 20h para
ser assistido o noticiário;

II. Os filmes, novelas e demais programações após as 18h, somente serão


permitidos com autorização por escrito do Encarregado de Segurança da APAC;

III. A escolha da programação ficará a cargo do C.S.S., sempre que possível com o
consenso dos demais recuperandos.

IV. Aos sábados, domingos e feriados, após as 13h o único aparelho de TV,
destinado para fins de lazer, poderá ser ligado, bem como o uso de DVD para a

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exibição de no máximo 02 (dois) filmes, previamente selecionados por uma


comissão de censura constituída por funcionários, voluntários e recuperandos.

CAPÍTULO X
DO USO DO TELEFONE

Art. 51. O uso do telefone para os recuperandos poderá dar-se da seguinte forma:

I. O recuperando, ao dar entrada no C.R.S. firmará o seguinte Termo de


Compromisso de Uso de Telefone:

TERMO DE COMPROMISSO DE USO DO TELEFONE

Eu, ___________________________________________, consciente de que a Lei


12.012, de 06 de agosto de 2009, proíbe a comunicação telefônica dos sentenciados com o
meio externo e de que não obstante a vigência desta Lei, na APAC posso ser beneficiado com
a permissão de realizar ligações telefônicas conforme Art. 51 do Regulamento Disciplinar,
aceito a condição de que somente poderei efetuar ou receber ligações para os telefones
cadastrados em meu nome, constantes em minha pasta prontuário, autorizando ainda, o
registro e a escuta telefônica através de aparelho controlado pela secretaria da APAC.

Estou ciente também de que terei que contribuir com uma taxa a ser estipulada e
repassada para a Administração da APAC para cada ligação realizada e de que não poderei,
em hipótese nenhuma, transferir o direito de minha ligação para outro recuperando podendo,
caso isto ocorra, incorrer em Falta Grave, conforme Art. 25 do Regulamento Disciplinar da
APAC, além de incidir na suspensão telefônica de todos os recuperandos.

Itaúna-MG, ________ de ________________________ de _________.

_________________________________________

Assinatura do Recuperando

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II. O recuperando, recém-chegado, fornecerá no máximo 03 (três) números de


telefones de familiares para a administração da APAC, que realizará sindicância
para comprovar a veracidade dos dados fornecidos;

III. As ligações autorizadas serão realizadas no horário de 09:00 hs às 16:00 hs, às


segundas, quartas e sextas–feiras para o regime fechado e às terças e quintas-
feiras para o regime semiaberto, sempre segundo a disponibilidade do telefone,
uma vez que serão sempre priorizadas as ligações do setor administrativo.
Quando os dias da semana, acima mencionados, coincidirem com os feriados,
não serão autorizados ligações telefônicas.

IV. Os pedidos serão feitos por escrito, com preenchimento completo da ficha própria
e entregues ao Inspetor de Segurança do dia até às 09h, sob pena de perder a
ligação do dia;

V. O pedido, por escrito, será autorizado mediante o pagamento da taxa estipulada


pelo setor financeiro da APAC. Em hipótese alguma, poderão ser feitas ligações
para pagamentos posteriores;

VI. As ligações somente serão feitas a cobrar. Casos especiais serão estudados pela
Diretoria Administrativa da APAC;

VII. Será permitida somente 01(uma) ligação por dia, para cada recuperando;

VIII. O tempo de cada ligação será limitado em, no máximo, 07 (sete) minutos;

IX. Aqueles que excederem este tempo, poderão ter suas ligações cortadas e
suspensas as futuras por tempo indeterminado;

X. Caberá à Diretoria Administrativa da APAC, designar responsável, previamente


preparado para proceder à fiscalização das ligações e monitorar as gravações
telefônicas;

XI. A autorização não beneficiará quem estiver sofrendo restrições por indisciplina;

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CAPÍTULO XI
DOS DOENTES E ASSISTÊNCIA MÉDICA

Art. 52. Todos os dias de manhã, um membro do C.S.S. fará vistoria das celas, e
quando se deparar com algum recuperando enfermo, ou que alegar estar doente,
preencherá ficha própria, que será entregue ao encarregado do setor de saúde para as
providências de praxe.

§ 1º Imediatamente será providenciado atendimento ambulatorial e o doente observará


repouso durante 24 horas, ou até que obtenha alta médica.

§ 2º Em caso de atendimento urgente de saúde, o Inspetor de Segurança deverá


comunicar o fato ao Encarregado de Segurança da APAC, e solicitar a escolta quando
a situação o exigir.

CAPÍTULO XII
DOS PORTEIROS E AUXILIARES DE PLANTÃO

Seção I
DOS PORTEIROS

Art. 53. Serão indicados tantos porteiros, quantas forem as portarias, cabendo-lhes as
seguintes atribuições:
a) Receber e vistoriar, na presença do Inspetor de Segurança, todos os pertences
que entrarem e saírem dos respectivos regimes;
b) Não deixar entrar ou sair qualquer correspondência sem as cautelas de costume;
c) Trajar-se decentemente e ser cortês com os visitantes;
d) Acompanhar as revistas de recuperandos que entram e saem dos respectivos
regimes, para atendimento médico, audiência, etc.

§ 1º Quando no Centro de Reintegração Social houver espaço destinado ao


cumprimento de pena no Regime Fechado, a portaria de acesso deste regime ao
regime semiaberto, por tratar-se de setor de relevante importância no Método APAC,
em hipótese alguma deve ser usada para outros fins, que não seja de sua alçada, ou
seja:
I. Nesta portaria, diariamente, trabalharão três recuperandos do regime fechado de
ótimo comportamento e poderão ser indicados pelo C. S. S., referendado pelo
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Encarregado de Segurança da APAC, os quais trabalharão na função de auxiliares


de plantão;

II. No período diurno, o horário dos auxiliares de plantão será das 07h às 13h e das
13h às 19h, e no período noturno, das 19h às 07h, não podendo em hipótese
alguma, abandonar o local sem expressa ordem do Inspetor de Segurança;

III. Os auxiliares de plantão estão subordinados diretamente ao Inspetor de Segurança


do dia, nada fazendo com ou sem sua permissão, dando-lhes ciência de todas as
ocorrências do setor, sendo ainda de sua responsabilidade:
a) não abrir mais de uma grade ao mesmo tempo, devendo uma permanecer
fechada, enquanto a outra estiver aberta;
b) manter sempre as chaves em seu poder;
c) não permitir a entrada de pessoas estranhas no recinto sem autorização do
Inspetor de Segurança;
d) não permitir a saída de nenhum recuperando do regime fechado para o recinto
do regime semiaberto sem expressa ordem do Encarregado de Segurança da
APAC;
e) impedir a entrada, no recinto da portaria, de recuperandos do regime
semiaberto, exceto se autorizados pelo Encarregado de Segurança da APAC;
f) não permitir qualquer contato de recuperandos do regime fechado com
recuperandos do regime semiaberto e vice-versa, por ser expressamente
proibido;
g) receber encomendas somente acompanhadas do recibo próprio, com o visto do
porteiro da portaria principal do C.R.S. da APAC e da pessoa que entregou;
h) passar revista completa, na presença do Inspetor de Segurança e Presidente do
C. S. S., a todos os recuperandos do Regime Fechado que, autorizados,
deixarem o C.R.S., bem como o retorno, retirando documentos, dinheiro, não
permitindo a entrada de “drogas” de qualquer espécie, bem como revistar os
recuperandos que chegarem de outros presídios e recolhimentos disciplinares.
Em todos os casos, os documentos pessoais devem ser retidos na portaria e
entregues na secretaria administrativa para serem guardados no setor
competente;
i) fiscalizar a limpeza do local, cuja manutenção diária deverá ser efetuada no
período matutino pelo próprio Porteiro, e manter a organização do setor em
perfeita ordem;
j) durante a semana, quando da visita de delegações e de autoridades, chamar
sempre o Presidente do C.S.S. ou o recuperando que for determinado pelo
Encarregado de Segurança da APAC, para explicar o quadro estatístico;
k) providenciar para que os vasilhames usados nas refeições sejam transportados
pelo Inspetor de Segurança ao Regime Semiaberto;
l) colocar no corredor de acesso ao Regime Semiaberto, todos os dias às 08h e
17h as lixeiras com o lixo do Regime Fechado, para serem transportadas pelo
Inspetor de Segurança, atentando sempre para seu controle;

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m) não permitir a entrada de nenhum recuperando na portaria de acesso do Regime


Fechado ao Regime Semiaberto, exceto o Presidente do C. S. S.;
n) entregar as chaves das demais dependências do Regime Fechado e da portaria,
ao Inspetor de Segurança, às 22h.

§ 2º Caberá aos porteiros que trabalham na portaria principal da APAC (Portão de


acesso ao C.R.S. as seguintes atribuições:
I. entregar de pronto toda correspondência que esteja saindo ou chegando do C.R.S.
da APAC ao Inspetor de Segurança, para as providências de praxe. Não entregar
bilhetes aos recuperandos ou familiares sem o visto do Inspetor de Segurança;

II. receber, com recibo próprio, e revistar todas as encomendas entregues pelos
familiares, durante um dos dias da semana, destinadas aos recuperandos do
regime fechado, revistando-as na presença do Inspetor de Segurança;

III. receber as encomendas até as 19h;

IV. não permitir a entrada de refeições trazidas por familiares, exceto em dias e
horários autorizados;

V. não dar aos recuperandos dos Regime Fechado e/ou Semiaberto recados, nem
informações sobre a presença de familiares que estiverem na portaria principal,
sem expressa ordem do Inspetor de Segurança;

VI. fiscalizar a limpeza do local, cuja manutenção diária deverá ser efetuada no período
matutino pelo próprio Porteiro, e manter a organização do setor em perfeita ordem;

VII. providenciar a entrega de crachá aos visitantes durante os dias da semana;

VIII. quando da entrega de encomendas na portaria, registrar em livro próprio, todos os


dados do entregador (nome, placa e cor do veículo, horário da entrega, etc.);

IX. entregar as chaves das demais dependências do Regime Fechado e da portaria, ao


Inspetor de Segurança, às 18h.

Seção II
DOS AUXILIARES DE PLANTÃO

Art. 54. Serão três os auxiliares de plantão, designados pelo Encarregado de


Segurança da APAC, sendo 01 (um) do regime fechado e 02 (dois) do regime
semiaberto, trabalhando estes em dias alternados.

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Art. 55. Os auxiliares de plantão, irão colaborar com o Inspetor de Segurança em


todas as atividades que se fizerem necessárias.

Art. 56. Os auxiliares de plantão, serão os responsáveis pela segurança, cuja função
será exercida das 18h às 06h da manhã do dia seguinte. O silêncio, com encerramento
de todas as atividades, será observado a partir das 22h.

CAPÍTULO XIII
DA HIGIENE PESSOAL E FAXINA

Seção I
DA HIGIENE PESSOAL

Art. 57. O horário destinado à higiene pessoal incluído banho, será o seguinte:

I. Diariamente, de segunda à sexta-feira, das 06h às 07h, das 12h às 13h e das 17h
às 21h.

II. Aos sábados, domingos e feriados, será livre o horário de banho, exceto se
houver programação na casa.

III. O banho diário é obrigatório, devendo ainda, o recuperando, apresentar-se


sempre barbeado e com os cabelos cortados, ficando expressamente proibido o
corte de cabelo com máquina zero.

Seção II
DA FAXINA EM GERAL

Art. 58. A faxina da casa será efetuada por recuperandos escalados pelo C.S.S

Parágrafo Único. O horário de faxina iniciar-se-á às 08h, prolongando-se até às 17h.

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Seção III
DA FAXINA DA CELA E DORMITÓRIO

Art. 59. A faxina das celas e dormitórios será diária e compreenderá:

I. As celas do regime fechado e dormitório do semiaberto e aberto, serão mantidos


em impecáveis condições de higiene, com as camas arrumadas, observando com
rigor o asseio pessoal dos recuperandos.

II. A faxina das celas e dormitórios dos regimes Fechado e Semiaberto encerrar-se-á
às 09h, impreterivelmente. A seguir, o responsável pela faxina do dia irá para o
seu setor de trabalho.

III. Cada recuperando deverá colaborar na faxina da cela e dormitórios, somente,


ausentando-se desta tarefa quando manifestar-se comprovadamente doente;

IV. Aos sábados, deverão ser lavadas e trocadas as toalhas de banho e roupas de
cama (lençóis, fronhas, etc.);

V. Os materiais de limpeza (desinfetante, vassoura, sabão, etc.), quando não


puderem ser fornecidos pela Administração da APAC, poderão ser adquiridos pela
Cooperativa do Regime ou pelos recuperandos.

Parágrafo Único. No regime aberto e semiaberto autorizado ao trabalho externo, a


faxina será realizada à noite e novamente pela manhã, terminando às 06h,
antecedendo a saída para o trabalho.

CAPÍTULO XIV
DA SECAGEM DAS ROUPAS E DAS PLANTAS

Art. 60. No pátio de cada regime haverá tantos varais quantos forem necessários para
atender às celas e dormitórios, compreendendo:

I. As roupas serão estendidas, no varal de cada cela, das 08h às 17h e;

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II. No mesmo período destinado à secagem e recolha das roupas, o recuperando


encarregado do setor, uma vez por semana, colocará e recolherá do pátio, os
vasos de flores contendo as plantas.

CAPÍTULO XV
DAS CELAS E DORMITÓRIOS

Art. 61. Os alojamentos do regime Fechado serão denominados celas, do regime


Semiaberto e Aberto, dormitórios.

Parágrafo Único. Caberá ao C.S.S. de cada regime, a designação das celas e


dormitórios a serem ocupadas pelos recuperandos mantendo obediência às seguintes
normas:

I. Não é permitido mudar de cama, cela ou dormitório sem ordem expressa do


Encarregado de Segurança da Entidade.

II. O representante da cela ou dormitório será indicado pelo Conselho de


Sinceridade e Solidariedade (CSS) e referendado pelo Encarregado de
Segurança da APAC.

III. As celas e dormitórios manter-se-ão trancados, podendo permanecer em seu


interior, somente os recuperandos que estiverem comprovadamente doentes
ou de castigo;

Art. 62. Cabe ao representante:

I. Manter a disciplina geral da cela ou dormitório;

II. Reunir os recuperandos sob a sua responsabilidade, ao menos uma vez por
semana, consultando anseios e reivindicações, apresentando relatórios ao
Conselho de Sinceridade e Solidariedade para opinar e, este, após, se
necessário, remeterá ao Encarregado de Segurança da APAC.

III. Manter o horário de silêncio (22:00) e da alvorada (06:00);

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IV. Explicar aos recuperandos novos, sempre que houver necessidade, o


regulamento da APAC;

V. Escalar o faxina do dia;

VI. Fiscalizar a limpeza e organização;

VII. Manter rigor quanto à higiene pessoal, especialmente, banho, barba feita,
cabelos cortados, roupas limpas, etc.;

VIII. Fiscalizar o uso do armário e mantê-lo em absoluta ordem, não permitir varais,
"come quietos" ou secagem de roupa nos alojamentos;

IX. Não acender incensos ou similares;

X. Não permitir jogos com apostas e negócios entre recuperandos;

XI. Manter as instalações elétricas e hidráulicas em ordem,

XII. Não permitir ferramentas de trabalho nos alojamentos;

XIII. Não permitir medicamentos de qualquer espécie; e/ou desodorantes e


perfumes;

XIV. Inadmissível, constituindo-se falta grave, a prática de ato libidinoso ou


conjunção carnal com pessoas do mesmo ou de outro sexo;

XV. Inadmissível, constituindo-se falta grave, o uso de bebidas alcoólicas ou drogas


de qualquer espécie;

XVI. Inadmissível, constituindo-se falta grave, a posse e/ou uso de celulares,


notebook, modem, pen drive, MP4, MP5 e similares bem como, quaisquer
adaptadores e/ou cabos que possibilitem o acesso à esses equipamentos;

XVII. Não permitir a entrada de revistas e publicações pornográficas, conversas


imorais, sobre crimes e violência;

XVIII.Não permitir a permanência de objetos sobre as camas;

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XIX. Visar os pedidos de compras, censurando o que julgar inconveniente e


prejudicial à APAC;

XX. Ser exemplar em sua conduta, participando de todos os atos programados pela
APAC e concitar os demais companheiros a agir do mesmo modo.

Seção I
DA PREMIAÇÃO DA CELA MAIS ORGANIZADA

Art. 63. Mensalmente, todos os membros do C.S.S. de cada regime, escolherão a


melhor cela ou dormitório, entre aquelas que reunir melhores condições, a saber:

I. Quanto à higiene;

II. Quanto à arrumação das camas;

III. Quanto à ordem nos armários;

IV. Quanto à higiene das instalações sanitárias e;

V. Quanto à disciplina.

Parágrafo Único. Os integrantes da cela premiada serão homenageados na mesma


oportunidade em que serão entregues as medalhas e um kit limpeza.

CAPÍTULO XVI
DAS SOLICITAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE RECUPERANDOS

Art. 64. Quando o recuperando requerer a sua transferência para outra unidade
Prisional, o Presidente da APAC deverá instruir expediente motivado ao Juiz das
Execuções Criminais, constando desse:

I. Petição assinada pelo requerente ou termo de declaração contendo os motivos


da pretensão; e,

II. Relatório do Conselho Disciplinar sobre a conveniência da transferência.


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Parágrafo Único. Uma vez realizada a transferência para outra unidade prisional, o
recuperando não mais poderá requerer a sua transferência para a APAC.

CAPÍTULO XVII
DO TRABALHO DO RECUPERANDO

Art. 65. O Estabelecimento Penal manterá o trabalho do recuperando como fator


social e condição de dignidade humana com finalidade educativa, profissionalizante,
produtiva, socializadora e, mais:
I. O trabalho no regime fechado tem a finalidade primordial de recuperação com
ênfase no setor de laborterapia (artesanal) e, no semi-aberto, a finalidade será
a profissionalização (oficinas profissionalizantes) e, no aberto, a inserção social
(trabalho externo), sempre que possível, com registro e carteira profissional.

II. Aplicam-se à organizarão e aos métodos de trabalho as prescrições relativas à


segurança e a higiene.

Art. 66. O trabalho por sua finalidade psicossocial, será obrigatório a todos os
integrantes da população prisional, procurando-se atender às aptidões e a capacidade
do recuperando.

Parágrafo Único. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em consideração a


habilitação, a condição pessoal e as necessidades futuras do recuperando, e:

I. Os maiores de 60 (sessenta) anos terão atribuições adequadas à sua idade e;

II. Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades compatíveis.

Art. 67. A jornada de trabalho não será inferior a 06 (seis) horas, nem superior a 08
(oito) horas, com descanso nos domingos e feriados.

Parágrafo Único. Será atribuído horário especial de trabalho aos recuperandos


designados para os serviços de administração e oficinas, como parte do Método
Socializador.

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Art. 68. A designação ou transferência de trabalho será procedida pelo C.S.S.,


ouvindo o Encarregado de Segurança da APAC

Art. 69. Conforme o disposto no Artigo 126 da Lei de Execução Penal, o recuperando
poderá remir parte do tempo de condenação, à razão de um dia de pena por três de
trabalho.

Parágrafo Único. O controle de remição de pena, será realizado por recuperandos


especialmente designados para este fim, sob a fiscalização do Departamento Jurídico
da APAC.

CAPÍTULO XVIII
REGIME FECHADO

Seção I
DO TERMO DE COMPROMISSO E ADESÃO

Art. 70. Os recuperandos do regime fechado, tão logo derem entrada no presente
regime, deverão tomar conhecimento e assinar o presente termo de compromisso e
termo de adesão – Pacto contra drogas e escolta em solenidade própria, e:

I - Termo de Compromisso do teor seguinte:

I. Frequentar as aulas de alfabetização, ensino fundamental e ensino médio,


caso haja necessidade;

II. Somente assistir televisão na sala especialmente destinada para esse fim,
no horário determinado e quando a Diretoria da APAC permitir. Não será
permitido, em hipótese alguma, aparelho de TV na cela;

III. Respeitar a escolta;

IV. Aceitar, prestar obediência e respeitar o Inspetor de Segurança e seus


auxiliares;

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V. Manter com rigor, os preceitos de higiene pessoal, inclusive, barba e cabelos


cortados;

VI. Trajar-se decentemente;

VII. Usar obrigatoriamente crachá;

VIII. Cooperar com a limpeza geral do recinto, principalmente das celas;

IX. Não colocar cartazes de qualquer espécie na cela e nem permitir a entrada
no recinto, de revistas ou publicações pornográficas;

X. Respeitar o horário de silêncio e alvorada;

XI. Não usar, sob nenhum pretexto, drogas que causem dependência física ou
psíquica;

XII. Economizar ao máximo o consumo de água, energia elétrica e evitar o


desperdício de alimentos;

XIII. Devotar respeito incondicional aos educadores sociais que prestam serviços
à APAC;

XIV. Participar de todos os cursos e atos socializadores propostos pela Entidade


com interesse e aproveitamento;

XV. Desempenhar com zelo as tarefas que lhe forem atribuídas;

XVI. Respeitar os familiares, nada lhes exigindo, que represente sacrifícios fora
de suas reais condições financeiras;

XVII. Não realizar nenhum tipo de negócios com recuperandos, funcionários ou


voluntários;

XVIII. Não utilizar as celas de convivência ou outros espaços para realização de


visita íntima familiar;

XIX. Ser obediente e humilde;

XX. Participar dos atos religiosos com respeito.


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XXI. Ler, nos momentos de folga, bons livros;

XXII. Trabalhar na sala de laborterapia, quando não estiver estudando;

XXIII. Ser sincero e honesto;

XXIV. Respeitar e acatar as determinações dos membros do C.S.S. e


representantes de cela;

XXV. Prestar fiel observância a todas as normas disciplinares que regem a


convivência no Regime Fechado;

XXVI. Não manter a posse e/ou uso de celulares, notebook, modem, pen drive,
MP4, MP5 e similares bem como, quaisquer adaptadores e/ou cabos que
possibilitem o acesso à esses equipamentos;

II - Termo de Adesão

Eu, _______________________________, consciente de que não estou autorizado


a usar quaisquer drogas que causem dependência física ou psíquica no centro de
Reintegração Social da APAC e, após tomar conhecimento da existência de um PACTO entre
os recuperandos dos regimes Fechado, Semiaberto e Aberto, que diz que falar a verdade não
será considerado como “caguetagem” na APAC, e que a falta será punida com rigor pela
Direção, firmo o presente TERMO DE ADESÃO comprometendo-me, assim, a não usar drogas
e a lutar por todos os meios possíveis para que outros recuperandos não usem, além de vigiar
diariamente para que não entre drogas na APAC.
Autorizo ainda, a realização periódica do uso do bafômetro e de exames toxicológicos, em caso
de suspeita, em qualquer momento, durante o cumprimento de minha pena na APAC.

_______________________ ,________de__________________ de_______

________________________________
Assinatura do recuperando

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III - Dos Procedimentos para o uso do Bafômetro e Exames Toxicológicos

I. O uso do bafômetro e exames toxicológicos serão realizados,


semanalmente, por amostragem, em todos os regimes de cumprimento da
pena e, eventualmente quando houver suspeitas;

II. Os exames toxicológicos e uso do bafômetro deverão ser realizados com


máximo rigor, sempre na presença de no mínimo 02 (duas) pessoas, de
modo a evitar contaminação da amostragem, troca de exames, de modo a
não gerar quaisquer dúvidas quanto ao resultado. Sendo necessário os
recuperandos submetidos aos exames deverão aguardar o resultado final
"recolhidos em suas celas", afim de evitar fugas e/ou abandonos.

III. Após a coleta dos exames, as amostras deverão ficar guardadas em local
próprio, com segurança, até o momento de serem encaminhadas para o
laboratório, afim de evitar possíveis trocas de exames e adulteração das
identificações, etc.

IV. É aconselhável que os exames sejam realizados após 30 dias contados a


partir da data da entrada do recuperando na APAC.

Observação: No caso dos recuperandos do Regime Aberto e/ou Semiaberto


autorizados ao trabalho externo, a equipe deverá avaliar se o recuperando submetido
ao exame aguardará ou não, recolhido em sua cela, visto que se houver demora do
resultado os mesmos poderão perder o trabalho.

Seção II
DA LABORTERAPIA

Art. 71. Todo recuperando, quando do início do cumprimento da pena no regime


fechado, deverá obrigatoriamente iniciar trabalhando no setor de laborterapia, e ali
permanecer por um período mínimo de 90 (Noventa) dias..

Art. 72. A laborterapia funcionará diariamente, exceto domingos e feriados, seguindo


os seguintes critérios:

I. Os encarregados da laborterapia designados pelo Presidente do C.S.S. -


Conselho de Sinceridade e Solidariedade responderão pela disciplina,
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ordem da sala e pela recolha de todo material que possa implicar na


segurança da casa, evitando a sua saída do local do trabalho.

II. As peças artesanais serão expostas em local próprio com etiqueta contendo
preço e nome do autor.

III. Será designado pelo C.S.S., um recuperando responsável pela venda das
peças;

IV. Às 07h30m, o encarregado de laborterapia, receberá do Inspetor de


Segurança a chave do setor, ficando de posse da mesma, durante todo o
período em que a laborterapia estiver funcionando;

V. Após o término das atividades, que não poderá ultrapassar às 17h, a chave
do setor será entregue ao Inspetor de Segurança;

VI. Aos sábados, para fins de remição de pena, o horário de funcionamento do


setor será de 08h às 11h30m e de 13h às 15h30m;

VII. Durante os horários de almoço, jantar e atividades socializadoras, o setor de


laborterapia deverá permanecer fechado, e as chaves de posse do
encarregado;

VIII. Diariamente, após as atividades, o setor deverá ser limpo, e aos sábados à
tarde, será realizada uma faxina geral, inclusive lavando o local;

IX. Quanto à distribuição dos armários, de acordo com o tamanho dos mesmos,
será realizado como se segue:

X. 01 armário será destinado para as ferramentas da APAC, utilizadas para a


confecção dos trabalhos laborterápicos;

XI. 01 armário para as ferramentas do setor de manutenção e materiais


destinados à limpeza da casa;

XII. Os demais armários serão destinados para os recuperandos que trabalham


no setor e serão numerados a começar de 01 em diante.

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XIII. Cada armário terá um cadeado, sendo que a chave ficará de posse do
Inspetor de Segurança, e a cópia em um quadro de chaves presente no
setor de laborterapia;

XIV. Os recuperandos responsáveis pelos armários deverão manter nas portas


dos mesmos, a relação de ferramentas presentes em seu poder;

XV. As chaves dos armários deverão ser entregues ao encarregado da


laborterapia, a fim de que as mesmas sejam colocadas no quadro de
chaves;

XVI. Fica terminantemente proibido manter ferramentas dentro das celas,


inclusive tesouras, agulhas, estiletes ou em qualquer outro setor que não
seja a laborterapia;

XVII. Para que o recuperando receba uma ferramenta nova, é necessário que
devolva a usada;

XVIII. É terminantemente proibida a realização de qualquer trabalho artesanal


dentro das celas;
XIX. Todas as ferramentas inclusive as de uso pessoal, deverão ter o nome de
seus proprietários;

XX. Todas as ferramentas inclusive as de uso pessoal, após a jornada de


trabalho, deverão ser entregues para o encarregado de laborterapia, que irá
conferir uma por uma, a partir de uma relação previamente preparada e
afixada na porta interna do armário;

XXI. A desobediência a quaisquer normas acima mencionadas, constituirá em


falta grave, passível de transferência do recuperando para o regime fechado
pleno.

Seção III
DO REFEITÓRIO

Art. 73. Haverá um refeitório em cada regime de cumprimento de pena, para servir as
refeições, inclusive, desjejum e café da tarde.

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Art. 74. Às 07h30m, o encarregado do refeitório, receberá do Inspetor de Segurança a


chave do setor, ficando de posse da mesma durante todo o período em que o refeitório
estiver funcionando;

§ 1º Somente os recuperandos que estiverem comprovadamente doentes, poderão


fazer as refeições nas celas.

§ 2º No Regime Fechado, o refeitório poderá ser utilizado como laborterapia e/ou sala
de TV, fora dos horários de refeições.

Seção IV
DO AMBULATÓRIO, ATENDIMENTO MÉDICO, ODONTOLÓGICO E PSICOLÓGICO.

Art. 75. O setor de Ambulatório Médico e Gabinete odontológico, funcionará em uma


sala específica, no interior do C.R.S., e seu responsável será indicado pelo C. S. S.,
cujo nome o Encarregado de Segurança da APAC referendará.

§ 1º O recuperando nomeado para coordenar esse órgão de saúde, responderá pela


guarda dos medicamentos, instrumental odontológico e demais atribuições do setor:
I. Cada recuperando terá ficha própria, com fotografia, devendo constar todo
atendimento médico e odontológico;

II. Os armários de medicamentos e instrumentos odontológicos devem ser


mantidos em perfeita ordem. O encarregado do setor trancará os armários e
ficará de posse das chaves, cabendo-lhe ainda fiscalizar e distribuir os
psicotrópicos receitados pelo médico;

III. Todos os dias pela manhã, ou nos horários necessários, o encarregado


deve distribuir os medicamentos aos pacientes, atentando para que todo
medicamento seja ingerido em sua presença;

IV. Deve registrar em ficha própria todo atendimento médico-odontológico,


interno ou externo;

V. Antecipadamente, deve providenciar o preenchimento dos pedidos de


consulta médica e odontológica em impresso próprio, colhendo assinatura
do interessado. Tão logo seja atendido, após as anotações de praxe,
encaminhará os impressos vistados pelo médico à secretaria administrativa
da APAC, para providências;

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VI. Os encaminhamentos para consultas com especialistas fora do presídio,


solicitados pelo médico, enfermeiros ou dentistas da APAC, devem ser
entregues de pronto à administração, para as providências necessárias;

VII. Não é permitida a entrega aos recuperandos de quaisquer medicamentos


sem prescrição médica;

VIII. O encarregado do setor não deve permitir a nenhum recuperando guardar


ou manter em seu poder qualquer medicamento dentro da cela;

IX. Toda vez que algum familiar trouxer algum tipo de medicamento para
recuperandos do regime fechado, o encarregado do setor deve retirar o
medicamento junto ao enfermeiro ou encarregado do setor de saúde da
APAC;

X. O encarregado deve, de pronto comunicar ao presidente do C. S. S. o uso


de qualquer tipo de psicotrópico, para que sejam tomadas as providências
de costume;
XI. Fica vetada a permanência de recuperandos no setor de saúde, exceto para
os fins necessários de atendimento médico, odontológico, psicológico e
outros que se façam necessários;

XII. O horário de funcionamento do ambulatório médico e gabinete odontológico


ficará a critério da Diretoria da entidade, salvo quando o médico ou dentista
estiver atendendo o recuperando;

XIII. Quanto ao atendimento médico ou odontológico no período noturno, o


presidente do C.S.S. nomeará um de seus membros para permanecer de
plantão, durante o período que perdurar o atendimento;

XIV. No final do expediente, o encarregado do setor, após trancar todas as portas


e grades de acesso ao setor, deverá entregar as chaves ao Inspetor de
Segurança, permanecendo em seu poder tão somente a chave dos armários
de medicamentos e instrumental odontológico;

XV. O encarregado do setor deve manter atualizado o fichário do órgão, bem


como a higiene do local;

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XVI. Sempre que houver atividade socializadora, o responsável do setor


participará do ato.

Seção V
DA ESCOLARIDADE

Art. 76. Todos os recuperandos que, comprovadamente, não concluíram o ensino


fundamental e o Ensino Médio, serão obrigados a frequentar os cursos ministrados no
C.R.S., a saber:

I. Inicialmente, o responsável pelo setor de ensino, fará um teste de avaliação


do grau de escolaridade do recuperando e,

II. Diariamente, no horário das aulas, todos os recuperandos frequentadores


dos cursos, deverão apresentar-se com 5 (cinco) minutos de antecedência.
O não comparecimento será considerado falta disciplinar, ficando o mesmo
sujeito à sanções;

III. Frequentar as aulas será considerado mérito para efeito de benefícios


penitenciários.

Seção VI
DO PÁTIO DE SOL

Art. 77. O Pátio para fins de banho de sol e lazer, funcionará da seguinte maneira:

I. O pátio de sol estará aberto de Segunda à Sexta feira, das 08h às 09h e das
12h às 13h para banho de sol, e das 17h às 19h, para fins de lazer e
esporte:

II. Aos sábados o pátio estará aberto das 12h às 13h e das 15h30m às 19h,
para fins de lazer, e aos domingos estará aberto das 08h às 11h e das 12h
às 18h, para fins de lazer e visitas de familiares;

III. Eventualmente, quando um ou outro recuperando, necessitar utilizar o pátio


de sol para serviços específicos (lavagem de roupas e tênis, cadeiras,
mesas, etc.), ou envernizar peças artesanais poderão fazê-lo fora dos
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horários acima estabelecidos, desde que o C.S.S. estabeleça criterioso


controle na utilização do pátio, não permitindo que o mesmo seja utilizado
por mais de dois recuperandos a uma só vez;

IV. Durante o período em que estiver funcionando o pátio de sol, caberá ao


C.S.S. fazer cumprir a disciplina e não permitir que haja irregularidades; e,

V. Durante o período em que o pátio de sol não estiver funcionando, a chave


do mesmo ficará sob a responsabilidade do Inspetor de Segurança.

Seção VII
DO ESPORTE E LAZER

Art. 78. No pátio, nos horários destinados ao lazer, poderá ser praticado futebol de
salão, peteca, vôlei, etc., devendo os seus participantes terem conduta compatível,
evitando confusões, tumultos, discussões, etc.

Art. 79. O uso de aparelhos para a prática de exercícios físicos, desde que não sejam
improvisados, somente serão permitidos se houver profissional responsável para o
acompanhamento. Após a prática dos exercícios, os aparelhos deverão ser conferidos
e guardados em local de segurança.

Art. 80. A inobservância do disposto nos artigos 80 e 81 poderá acarretar na


suspensão temporária ou definitiva destas práticas, para o infrator ou para os
integrantes do grupo.

Seção VIII
DAS ESCOLTAS

Art. 81. As escoltas do regime fechado serão realizadas de conformidade com a


Portaria específica do Juiz das Execuções:

TERMO DE ESCOLTA DO REGIME FECHADO

Eu,_________________________________ consciente de que na APAC não existem


escoltas realizadas por policiais civis ou militares, aceito a condição de ser escoltado por
funcionários ou voluntários auxiliados por recuperandos do regime Semiaberto, aceitando ainda
a condição de ser algemado por exigência da portaria 01/04 do Poder Judiciário. Assumo a
responsabilidade de respeitar o regulamento da escolta, voluntários, funcionários e
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recuperandos do regime semiaberto responsáveis pela escolta, comprometendo-me ainda a


não empreender em nenhuma hipótese planos de fuga que possam vir a suspender as escoltas
de todos os recuperandos da APAC.

______________________de __________________________ de____________

_______________________________
Assinatura do recuperando

Seção IX
DA COMPOSIÇÃO DO MÊS

Art. 82. Mensalmente, será anunciado aos recuperandos do regime fechado durante
as aulas de valorização humana, um tema para composição, que será realizado no
prazo máximo de 02 (duas) horas, devendo o texto ter no mínimo dez linhas completas
e:

I. As composições serão remetidas à comissão de julgamento, formada pelos


voluntários que atuam no setor de valorização humana, que escolherá a
melhor do mês;

II. O vencedor da composição receberá uma medalha alusiva ao feito na


mesma solenidade de premiação do recuperando modelo e amigo do mês e
terá o feito consignado em sua pasta prontuário.

Seção X
DA HOMENAGEM ESPECIAL

Art. 83. O C.S.S., do regime Fechado, mensalmente, elegerá o amigo do mês entre as
pessoas que colaboram com a APAC, e a voluntária e o voluntário que mais se
destacaram no trabalho de assistência aos recuperandos.

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CAPÍTULO XIX
REGIME SEMIABERTO

Seção I
DO TERMO DE COMPROMISSO

Art. 84. Os recuperandos do regime semiaberto, tão logo derem entrada no presente
regime, deverão tomar conhecimento e assinar o presente termo de compromisso em
solenidade própria do seguinte teor:

I. Cumprir fiel e rigorosamente as normas disciplinares impostas pela


autoridade judicial e pela Entidade;

II. Ser humilde, obediente e paciente com todos ;

III. Usar sempre sinceridade e respeito com as autoridades, diretores,


funcionários, equipe de apoio, padrinhos e demais recuperandos;

IV. Assumir a condição de recuperando-aluno, aceitando a condenação, cujo


término se dará com a expedição do alvará de soltura;

V. Respeitar a entidade e seus diretores, evitando fazer críticas levianas e


destrutivas, repelindo também sugestões absurdas, maldosas e medíocres
que comprometam a APAC;

VI. Evitar todo tipo de negócio com os demais recuperandos, funcionários e


voluntários;

VII. Ser compreensivo e amável com a família, demonstrando com seus atos e
comportamento que realmente iniciou uma nova vida no caminho do bem;

VIII. Respeitar e valorizar os benefícios da entidade (principalmente visitas à


família), fazendo de tudo para preservá-los;

IX. Evitar, quando das saídas autorizadas, a companhia de mulheres de vida


fácil ou de conduta suspeita;

X. Não ingerir bebida alcoólica e/ou não usar substâncias entorpecentes;

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XI. Não frequentar, quando das saídas autorizadas, bares, lanchonetes,


prostíbulos ou locais suspeitos e de má reputação, nem casas de jogos;

XII. Não se ausentar da Comarca, quando das saídas autorizadas, sem ordem
expressa da Justiça;

XIII. Quando autorizado a sair para visitas às famílias, cumprir fielmente os


horários estabelecidos pelo Juiz da Vara das Execuções;

XIV. Quando das saídas, ser respeitoso, cortês e educado caso seja abordado
por policiais e, após a “revista” solicitar a elaboração do boletim de
ocorrência;

XV. Para a proteção de todos e da APAC, levar ao conhecimento da Diretoria do


C.S.S. as irregularidades e infrações cometidas por recuperandos, tanto fora
quanto dentro da entidade;

XVI. Respeitar o horário de silêncio após as 22h;

XVII. Aproveitar as oportunidades que receber, procurando crescer no conceito da


entidade e adquirir méritos;

XVIII. Saber reconhecer e dar valor aos verdadeiros amigos, que querem
realmente seu bem e sua felicidade;

XIX. Não confundir amizade com liberdade;

XX. Executar com capricho e amor as tarefas que lhe forem confiadas;

XXI. Ajudar a manter as dependências da APAC permanentemente limpas;

XXII. Quando terminar seu serviço e não tiver o que fazer, ajudar o companheiro
que estiver atarefado;

XXIII. Cuidar da higiene e do asseio pessoal, tais como: banho diário, cabelos
cortados e penteados, barba feita, cama arrumada, roupas limpas e
passadas;

XXIV. Em hipótese alguma usar “come-quieto “ e varais de roupas nas celas, bem
como não queimar incensos ou similares;
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XXV. Não colocar objetos de uso pessoal (copos, escovas de dentes etc.) sobre
as camas;

XXVI. Ser amigo dos companheiros que cumprem pena, usando de honestidade e
franqueza, dando sempre bons conselhos, evitando que eles cometam erros
e se prejudiquem;

XXVII. Não ser “leva-e-traz” nem trazer “recadinhos”;

XXVIII. Ser homem com H maiúsculo, assumindo os erros cometidos e aceitando


com humildade o castigo ou punição que receber;

XXIX. Trajar-se decentemente nas dependências do CRS da APAC;

XXX. Usar crachá de identificação;

XXXI. Quando desempenhar a função de auxiliar de plantão, porteiro ou escolta,


fazê-lo com responsabilidade, zelo e sinceridade;

XXXII. Ser respeitoso com todos, evitando o uso de gírias e conversas sobre crime
e vida passada no erro;

XXXIII. Quando participar de escoltas, ser fidelíssimo ao regulamento próprio de


escolta;

XXXIV. Não usar, sob nenhum pretexto, drogas que causem dependência física ou
psíquica;

XXXV. Não entrar nas dependências do regime fechado ou aberto, sem que esteja
devidamente autorizado;

XXXVI. Acatar as ordens emanadas da diretoria, dos funcionários e de seus


auxiliares, incumbidos de fazer com que ela seja executada;

XXXVII. Não transferir problemas pessoais e particulares para os demais


companheiros, principalmente quando estiver mal-humorado;

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XXXVIII. Quando estiver precisando de ajuda, procurar o voluntário, padrinho,


Inspetor de Segurança ou membros do C.S.S. para conversar e tentar
encontrar uma solução viável para o problema;

XXXIX. Participar ativamente, com interesse e amor, das orações, reuniões, cultos,
palestras, reflexões e encontros promovidos pela entidade;

XL. Não manter em sua posse e/ou fazer uso de celulares, notebook, modem,
pen drive, MP4, MP5 e similares bem como, quaisquer adaptadores e/ou
cabos que possibilitem o acesso à esses equipamentos;

XLI. Economizar ao máximo o consumo de água, energia elétrica e evitar o


desperdício de alimentos;

XLII. Assumir a condição de condenado da Justiça, com o propósito de mudar de


vida, cumprindo com responsabilidade as normas da APAC, bem como
defender a reputação e o nome da Entidade;

XLIII. Não mentir em hipótese alguma, e não distorcer os fatos que presenciar ou
deles tomar conhecimento.

Seção II
DAS OFICINAS PROFISSIONALIZANTES

Art. 85. As oficinas profissionalizantes terão funcionamento de conformidade com os


seguintes critérios:

I. Os recuperandos designados para trabalhar nas oficinas profissionalizantes,


serão escolhidos de acordo com a capacitação e mediante os acordos
estabelecidos entre as parcerias:

II. A escolha dos recuperandos nas oficinas, bem como o controle de disciplina
e segurança serão atributos da administração da APAC, após ouvir o C.S.S..

III. Havendo mais recuperandos que vagas disponíveis nas oficinas, dar-se-á
prioridade aos recuperandos casados, e que tenham mais tempo de pena a
cumprir no C.R.S. e que não recebem outros benefícios (auxílio reclusão,
aposentadorias, etc.);

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IV. Antes de serem designados para as oficinas, os recuperandos iniciarão


trabalhando nos setores de faxina, jardim, portarias, manutenção,
construção, etc., de modo a aferir o grau de interesse e responsabilidade;

V. Os recuperandos encarregados destes setores não ficam desobrigados de


participar dos atos socializadores promovidos pela Entidade.

VI. O horário de funcionamento das oficinas de 2ª a 6ª feira, será das 08h às


17h, e aos sábados das 08h às 11h, podendo ser alterado mediante
solicitação de produção, desde que autorizado pela Diretoria;

VII. O fato de trabalharem nas oficinas, não obsta que os recuperandos, em


situação de necessidade, colaborem em outros setores de trabalho;

VIII. As oficinas profissionalizantes destinam-se prioritariamente à formação


profissional dos recuperandos em vista da socialização;

IX. Em cada um dos setores haverá um recuperando encarregado e um auxiliar;

X. Os recuperandos não poderão transferir-se de uma oficina para outra, sem a


prévia autorização do Encarregado de Segurança;

XI. Cada setor profissionalizante poderá ter um uniforme próprio, a ser usado
pelos recuperandos durante as atividades laborais.

Seção III
COZINHA

Art. 86. Haverá uma única cozinha, de preferência localizada no regime Semiaberto
para atender os demais regimes e a administração, cujo funcionamento será de acordo
com os seguintes critérios:

I. Serão quatro os recuperandos designados para trabalharem no setor de


cozinha, sendo 02 (dois) na condição de cozinheiros e 02 (dois) auxiliares:

II. Os recuperandos, exercerão suas atividades em sistema de revezamento,


no horário das 06h às 19h;

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III. Nos dias em que não estiverem trabalhando na cozinha, sendo necessário,
os recuperandos, poderão ser solicitados para prestar ajuda a outros setores
da administração.

IV. Para a escolha dos cozinheiros e auxiliares de cozinha, levar-se-á em conta


a aptidão e capacidade, bem como o fato de terem demonstrado em outros
setores grau de interesse e responsabilidade;

Seção IV
PADARIA

Art. 87. Haverá uma padaria para atender os três regimes e a administração e,
eventualmente, poderá produzir para vendas externas.

I. Haverá um monitor designado pela administração para controle de


produção, ensino, e supervisão deste setor;

II. Serão dois recuperandos designados para trabalhar na padaria na condição


de auxiliares;

III. Os recuperandos, exercerão suas atividades em sistema de cooperação, no


horário das 05h às 16h;

IV. Nos dias em que não estiverem trabalhando na padaria, sendo necessário,
os recuperandos, poderão ser solicitados para prestar ajuda a outros setores
da administração;

V. Para a escolha dos padeiros e auxiliares da padaria, levar-se-á em conta a


aptidão e capacidade, bem como o fato de terem demonstrado em outros
setores grau de interesse e responsabilidade;

Seção V
DAS ESCOLTAS

Art. 88. As escoltas do regime Semiaberto serão realizadas de conformidade com a


Portaria específica do Juiz das Execuções.

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CAPÍTULO XX
REGIME SEMIABERTO AUTORIZADO A TRABALHO EXTERNO E ABERTO

Seção I
DO TERMO DE COMPROMISSO

Art. 89. Os recuperandos do regime Aberto e Semiaberto autorizados a trabalho


externo, tão logo derem entrada no presente regime, deverão tomar conhecimento e
assinar o presente termo de compromisso em solenidade própria do seguinte teor:

I. Cumprir fiel e rigorosamente as normas disciplinares impostas pela


autoridade judicial e pela entidade na condição de condenado da justiça;

II. Ao sair para o trabalho externo, cumprir fielmente os termos estabelecidos


no Termo de Audiência Admonitória, quais sejam:
a) Comprovar até o dia 05 de cada mês, ter tido frequência integral no
trabalho;
b) Ser liberado e retornar pontualmente nos horários e dias da semana
definidos no termo de audiência admonitória, ficando recolhido a noite,
aos domingos, feriados e dias santificados;
c) Não delinquir, não frequentar lugares criminógenos, bares,
lanchonetes, prostíbulos, casas de jogos, etc., não fazer uso de bebidas
alcoólicas, não portar armas, não portar e nem fazer uso de substâncias
entorpecentes, e não se ausentar, em hipótese alguma, do local de
trabalho e da comarca;
d) Não mudar de trabalho antes que a nova proposta de emprego tenha
sido aprovada através de sindicância realizada pela APAC e expedido o
novo Termo de Audiência Admonitória;
e) Perdendo o emprego, permanecer na APAC, até a obtenção de nova
proposta de trabalho externo;
f) Em caso de acidente de trabalho ou doença, mesmo que tenha
atestado médico, permanecer na APAC, exceto com autorização
expedida pelo poder judiciário para permanecer em sua residência;
g) Não faltar ao trabalho quando estiver de saída autorizada em família,
a não ser que devidamente autorizado pela Empresa;
h) Se eventualmente for liberado mais cedo do trabalho, dirigir-se à
APAC.

III. Registrar-se quando das entradas e saídas do C.R.S., através de ponto


eletrônico, ou outros;
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IV. Não adentrar portando celulares, notebook, modem, pen drive, MP4, MP5 e
similares bem como, quaisquer adaptadores e/ou cabos que possibilitem o
acesso à esses equipamentos;

V. Não adentrar no C.R.S. portando objetos considerados suspeitos ou que não


tenham Nota Fiscal (bicicleta, rádio, etc.);

VI. Participar ativamente, com interesse e amor, das orações, reuniões, cultos,
palestras, alcoólicos anônimos, reflexões e encontros promovidos pela
entidade;

VII. Não entrar nas dependências do regime semiaberto, nem comunicar-se com
recuperandos deste regime, sem que esteja devidamente autorizado;

VIII. Ajudar a manter as dependências permanentemente limpas, cumprindo


fielmente a escala de faxina, e, contribuir com o caixa mensal próprio do
regime para a compra dos materiais de limpeza, nos valores estabelecidos
pelo C.S.S.;

IX. Cuidar da higiene e do asseio pessoal, tais como: banho diário, cabelos
cortados e penteados, barba feita, cama arrumada, roupas limpas e
passadas;

X. Em hipótese alguma usar “come-quieto“ e varais de roupas nos dormitórios ,


bem como não queimar incensos ou similares;

XI. Não colocar objetos de uso pessoal (copos, escovas dente, toalhas, etc.)
sobre as camas;

XII. Evitar todo tipo de negócio com os demais recuperandos, funcionários e


voluntários;

XIII. Lavar e trocar, semanalmente, as toalhas de banho e roupas de cama;

XIV. Respeitar o horário de silêncio após as 22h;

XV. Concitar os familiares a participarem dos cursos de formação e valorização


humana, para os mesmos, realizados bimestralmente na APAC;

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XVI. Ser humilde, obediente e paciente com todos;

XVII. Usar sempre sinceridade e respeito com as autoridades, diretores,


Funcionários, equipe de apoio, padrinhos e demais recuperandos;

XVIII. Assumir a condição de recuperando-aluno, aceitando a condenação, cujo


término se dará com a expedição do alvará de soltura;

XIX. Respeitar a entidade e seus diretores, evitando fazer críticas levianas e


destrutivas, repelindo também sugestões absurdas, maldosas e medíocres
que comprometam a APAC;

XX. Quando das saídas para trabalho externo, não manter reuniões ou
conversas desnecessárias com policiais ou seguranças, exceto quando
autorizado;

XXI. Procurar sempre fazer amizade com pessoas de bem, evitando a companhia
de pessoas de má reputação e comprometidas com a lei ;

XXII. Ser compreensivo e amável com a família, demonstrando com atitudes que
realmente iniciou uma nova vida no caminho do bem;

XXIII. Respeitar os educadores sociais e visitar os padrinhos quando possível;

XXIV. Respeitar e valorizar os benefícios da entidade (visitas à família, autorização


para trabalho externo, etc.), fazendo de tudo para preservá-los;

XXV. Aproveitar as oportunidades que receber, procurando crescer no conceito da


entidade e adquirir méritos;

XXVI. Saber reconhecer e dar valor aos verdadeiros amigos, que querem
realmente seu bem e sua felicidade;

XXVII. Não confundir amizade com liberdade;

XXVIII. Executar com capricho e amor as tarefas que lhe forem confiadas ;

XXIX. Ser amigo dos companheiros que cumprem pena, usando de honestidade e
franqueza, dando sempre bons conselhos, evitando que eles cometam erros
e se prejudiquem;
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XXX. Não ser “leva-e-traz” nem trazer “recadinhos “;

XXXI. Ser homem com H maiúsculo, assumindo os erros cometidos e aceitando


com humildade o castigo ou punição que receber;

XXXII. Trajar-se decentemente nas dependências do CRS da APAC, e, ao sair e


retornar para o mesmo;

XXXIII. Para proteção de todos e da APAC, levar ao conhecimento do Encarregado


de Segurança as irregularidades e infrações cometidas por recuperandos,
tanto fora quando dentro da entidade;

XXXIV. Portar sempre cópia do Termo de Audiência Admonitória do Trabalho


Externo;

XXXV. Ser respeitoso com todos, evitando o uso de gírias e conversas sobre crime
e vida passada no erro;

XXXVI. Acatar as ordens emanadas da diretoria, dos Funcionários e de seus


auxiliares, incumbidos de fazer com que ela seja executada;

XXXVII. Não transferir seus problemas pessoais e particulares para os demais


companheiros, principalmente quando estiver mal-humorado;

XXXVIII. Quando estiver precisando de ajuda, procurar o voluntário, padrinho,


Inspetor de Segurança ou membros do C.S.S. para conversar e tentar
encontrar uma solução viável para o problema;

XXXIX. Economizar ao máximo o consumo de água, energia elétrica e evitar o


desperdício de alimentação;

XL. Não mentir, em hipótese alguma, e não distorcer os fatos que presenciar ou
deles tomar conhecimento;

XLI. Quando das saídas para o trabalho externo, ser respeitoso, cortês e
educado caso seja abordado por policiais e, após a “revista” solicitar a
elaboração do boletim de ocorrência;

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XLII. Os recuperandos que utilizam veículos (motos e carros) para se deslocarem


para o trabalho deverão entregar cópias da documentação do veículo e
carteira de habilitação para a secretaria administrativa da APAC, para fins de
controle;

XLIII. Os recuperandos dos regimes acima mencionados, que são portadores de


celulares, deverão comunicar à Direção da APAC, o modelo do aparelho
celular utilizado, bem como a marca, o número e o serial, para controle da
Instituição. A não comunicação destes dados será considerada falta grave.

Seção II
DO REGISTRO DE PONTO

Art. 90. Haverá um registro de ponto (eletrônico ou outro) para os recuperandos do


regime aberto, e para os recuperandos do regime semiaberto autorizados ao trabalho
externo:

I. Em hipótese alguma, o registro de ponto poderá ser adulterado pelo recuperando;

II. Caberá ao Inspetor de Segurança do dia, a fiscalização e registro dos


horários de saída e chegada;

III. O recuperando que se apresentar ao C.R.S. após o horário previsto, deverá


registrar-se, devendo o Inspetor de Segurança anotar a justificativa do
atraso em livro próprio e;

IV. É terminantemente proibido, um recuperando registrar o ponto para outro


recuperando, constituindo esse ato, falta grave.

Parágrafo Único. Sempre que possível a APAC deverá instalar o Ponto Eletrônico.

Seção III
DAS ESCOLTAS

Art. 91. Os recuperandos do regime Aberto e Semiaberto autorizados a trabalho


externo, durante a sua permanência na APAC (das 19:00 às 06:00 e finais de semana)
estão autorizados a saírem sob escolta de funcionários ou voluntários da APAC sem o
uso de algemas, desde que comprovadamente necessário, devendo ser mantido o

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controle de todas elas e, imediatamente, comunicado o Juiz das Execuções sobre


qualquer anormalidade.

Seção IV
DAS SAÍDAS EXTERNAS PARA CELEBRAÇÃO DOMINICAL E REUNIÕES DO A. A.

Art. 92. Os recuperandos do regime aberto e semiaberto autorizados a trabalho


externo, poderão participar da Celebração dominical, segundo o credo de cada um, na
comunidade, aos domingos; e aos sábados nas reuniões dos Alcoólicos Anônimos,
desde que autorizados pelo Poder Judiciário e acompanhados por voluntários da
APAC.

Parágrafo Único. Haverá um livro próprio para controle dos horários de saídas e
retornos.

CAPÍTULO XXI
DAS VISITAS DOS FAMILIARES DOS RECUPERANDOS

Art. 93. São requisitos necessários para ingresso dos visitantes:

I. Credenciamento nos termos desta portaria, dos parentes dos recuperandos,


para as visitas aos domingos, no horário das 09h às 11h (Regime
Semiaberto) e das 13h às 17h (Regime Fechado).

II. Fora destes horários não serão permitidas visitas, exceto em casos
excepcionais, sempre com autorização do Encarregado de Segurança.

Art. 94. Das pessoas autorizadas a ingressar no C.R.S. da APAC, observarão:

I. Quando do ingresso no Regime Fechado da APAC, os recuperandos,


apresentarão a lista de pessoas que ele gostaria que o visitassem.

§ 1º Às visitas, somente serão admitidos os seguintes familiares:

I. Genitores/Progenitores;

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II. Esposa;

III. Companheira;

IV. Filhos;

V. Irmãos

§ 2º Para autorização das Visitas, previstas no parágrafo anterior, quando do


credenciamento, deverá ser comprovado o grau de parentesco. Em sendo necessário,
deverá ser realizada pesquisa social, inclusive, junto à família do recuperando, para
comprovar a veracidade das informações.

§ 3º Os casos não previstos no parágrafo primeiro, somente poderão ser autorizados,


pela entidade, após realização de pesquisa social, entrevista com a direção da APAC e
apresentação de documentação comprobatória.

§ 4º Os parentes menores de idade, somente terão acesso ao local de visitas, quando


acompanhados de maiores de idade, devidamente credenciados.

§ 5º Para os parentes menores do sexo feminino (irmãs, filhas ou enteadas) será


firmado um termo de compromisso pelos pais, que diz que em caso da menor iniciar
relacionamento afetivo com algum recuperando, a mesma terá as visitas suspensas.

Art. 95. Do critério para credenciamento dos visitantes, tais como:

I. Companheiras, noivas e namoradas, deve ser examinado, caso por caso,


levando-se em conta:

a) Tempo de relacionamento;

b) Filhos advindos da união;

c) Interesse pelos trabalhos socializadores da APAC;

d) Condições e interesse de normalizar a vida conjugal;

e) Conduta social;

f) Antecedentes, especialmente quanto ao uso de drogas


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§ 1º As companheiras, noivas e namoradas de recuperandos, se menores, somente


terão acesso ao local de visitas, quando autorizadas judicialmente e acompanhadas de
parentes maiores de idade e,

§ 2º Cada recuperando terá uma pasta própria, onde constarão documentos e demais
informações das pessoas credenciadas a visitá-lo:

§ 3º Nenhum visitante familiar poderá adentrar às dependências do C.R.S. sem o


devido credenciamento.

Art. 96. A APAC exigirá para o credenciamento:

I. Preenchimento de uma ficha própria;

II. Duas (02) fotografias 3x4;

III. O uso do Crachá durante a visita;

IV. Certidão de casamento, de nascimento ou identidade, ou outro documento


necessário, conforme o caso exigir;

V. Nome e endereço completo de três pessoas conhecidas, que não sejam


parentes e;

VI. Taxa do material (Xerox) e confecção da credencial.

§ 1º O interessado no credenciamento sujeitar-se-á à realização de pesquisas para


confrontar as informações prestadas; e,

§ 2º Todo visitante será obrigado a fixar no peito, de modo visível, a credencial,


quando estiver no interior do C.R.S.

§ 3º A APAC não se responsabiliza por pertences pessoais, inclusive celulares,


deixados na portaria durante as visitas de parentes nos domingos.

Art. 97. As encomendas destinadas aos recuperandos, ficarão no setor de


encomendas para revistas, e serão encaminhadas aos interessados, após as revistas.
As bolsas contendo objetos pessoais ficarão no guarda volumes, na portaria principal,
devendo ser retiradas após a visita.

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Art. 98. Todos os visitantes de recuperandos, bem como seus pertences deverão se
submeter à revista pessoal, inclusive com o uso de detector de metais.

Art. 99. A Visita Íntima Familiar obedecerá ao seguinte critério:

I. A APAC credenciará nos termos desta Portaria os parentes (esposas e


companheiras) dos recuperandos, para as visitas íntimas familiares.

II. As visitas íntimas familiares poderão realizar-se quinzenalmente, das 18h às


07h do dia seguinte.

III. Aos domingos, o casal escalado para a visita íntima, poderá dirigir-se para
as suítes, imediatamente após o término da visita dos familiares;

IV. Caberá aos Conselhos de Sinceridade e Solidariedade dos Regimes


fechado e semiaberto, a elaboração de uma escala de rodízio dos dias da
semana, a ser apreciado e aprovado pela Administração.

V. As visitas (esposas e companheiras), após as “revistas” de praxe, antes do


ingresso aos regimes fechado e semiaberto, dirigir-se-ão diretamente para o
setor onde se realizarão as visitas íntimas, oportunidade em que aguardarão
o recuperando (esposo ou amásio), na sala de espera do referido setor.

VI. As encomendas destinadas aos recuperandos deverão ser vistoriadas e


posteriormente encaminhadas aos interessados.

VII. As bolsas, com pertences pessoais, depois de vistoriadas poderão ser


levadas pelas visitas.

VIII. Às visitas íntimas familiares, somente serão admitidas as seguintes pessoas:

a. Esposas: comprovadas através de certidão de casamento e;

b. Companheiras: com o tempo mínimo de 06 (seis meses), comprovado


através de formulário próprio, pesquisa social e reconhecimento da união
estável em cartório.

§ 1º Em se tratando de menores de idade, somente serão autorizadas às visitas


íntimas, se casados; ou sendo companheiros de união estável com a apresentação de
autorização judicial e dos pais:
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§ 2º Em caso de separação, o recuperando somente terá direito às visitas íntimas com


outra companheira após o período de seis meses, contados a partir da primeira visita
da nova companheira.

§ 3º O recuperando que iniciar um relacionamento afetivo durante o cumprimento de


sua pena na APAC, somente terá direito às visitas íntimas após o período mencionado
no Art. 99, inciso VIII, alínea b.

Art. 100. São pressupostos para a realização das visitas íntimas:

I. A apresentação dos documentos mencionados no Art. 96;

II. Entrevista com a comissão designada pela Direção da APAC, especialmente


designados para este fim;

III. Uso de crachá especial;

IV. Visitas permanentes das esposas e companheiras, aos domingos (horário


normal das visitas);

V. Participação efetiva das esposas e companheiras nos atos socializadores


propostos pela Entidade (Jornadas, cursos, etc.);

VI. Mérito apresentado pelo recuperando;

VII. Atestado de Saúde;

VIII. Período mínimo de 02 (dois) meses de estágio (tempo de adaptação) para


os recuperandos casados e 03 (três) meses para os recuperandos com
união estável, contado a partir da data de entrada no regime fechado. No
caso de união estável, se o recuperando apresentar mérito, o tempo
estabelecido poderá ser reduzido para 02 (dois) meses;

IX. Os recuperandos dos regimes semiaberto e aberto que cometerem falta


considerada grave durante o cumprimento de sua pena, uma vez recolhidos
no regime fechado, ainda que aguardando a resolução do incidente de
execução, terão sua visita íntima suspensa durante 03 (três) meses. Se o
recuperando apresentar mérito, o prazo poderá ser reduzido para 02 (dois)
meses;

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X. O tempo relacionado no art. 100, inciso VIII, também é válido para os


recuperandos que derem reentrada na APAC (provenientes do sistema
comum), ainda que fizessem uso da suíte quando de sua permanência na
Entidade.

§ 1º As roupas de cama e toalhas deverão ser trazidas pelas visitantes (esposas e


companheiras) e levadas consigo após o término da visita íntima.

§ 2º Não será permitido o uso de aparelho de TV e DVD nas suítes.

§ 3º A limpeza do setor designado para as visitantes (esposas e companheiras) será


realizada logo após o término da visita íntima.

§ 4º Após a saída da esposa ou da companheira, o recuperando deverá ser revistado


pelo Inspetor de Segurança, na presença de membros do C.S.S., antes de deixar o
setor de suíte e, a suíte deverá ser vistoriada logo em seguida.

Art. 101. A revista pessoal.

I. As voluntárias deverão efetuar “revistas” nos pertences a serem entregues


aos recuperandos, em todos os visitantes, inclusive crianças, devendo
especialmente atentar para celulares, fundo falso de eventuais pacotes ou
vasilhames plásticos. Não obstante as “revistas”, nenhum pertence deverá
ser danificado.

II. Procedida a “revista”, o visitante deverá ser acompanhado até o respectivo


regime pelo responsável pelas “revistas” ou pelo seu auxiliar.

III. Após a “revista”, o visitante deverá entrar imediatamente no C.R.S., não


sendo permitido, em hipótese alguma, entrar em sanitários ou sair para a rua
e retornar, ficando sujeito a nova “revista”, se tal vir a ocorrer.

Art. 102. Se entre os pertences do visitante, for encontrado drogas, que produzam
dependência física ou psíquica será, incontinenti, lavrado o flagrante e o infrator
encaminhado à autoridade competente, para fins de direito.

Art. 103. O horário de visitas e utilização de sanitários, estará sujeito:


I. Durante o horário de visitas aos domingos, serão escalados recuperandos
previamente preparados para este fim, de modo a colaborar para o bom
desenvolvimento dos trabalhos;
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II. Previamente, serão designados os banheiros a serem utilizados pelos


Homens e Mulheres;

III. Após as visitas, os sanitários serão revistados rigorosamente.

IV. Durante o horário de visitas, todas as celas, copa, sala de aula, auditório,
capela, secretaria, etc.; deverão permanecer trancadas e, após a
conferência dos cadeados, as chaves recolhidas e entregues ao Inspetor de
Segurança.

Art. 104. A dispensa da revista pessoal e regalias:

I. A dispensa das revistas poderá se dar como prêmio, havendo, porém a


necessidade da conquista dessa regalia, pelo mérito do recuperando e da
pessoa visitante, a saber:
a) Presença aos atos socializadores da APAC e;
b) Evidente interesse pela Entidade.

Parágrafo Único. A revista será indispensável, por um período não inferior a 90


(noventa) dias exceto os casos especiais decididos pela Presidência.

CAPÍTULO XXII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 105. Os casos omissos serão resolvidos pelo Presidente da APAC, ouvidas as
áreas responsáveis, se necessário.

Art. 106. Visando orientar o comportamento e disciplina, o recuperando receberá as


informações contidas neste Regulamento, no que se refere aos seus direitos, deveres,
recompensas, normas disciplinares e sanções.

___________________, 05 de Março de 2014.

Presidente da APAC
OBS: O presente Regulamento Disciplinar foi revisto em 05/03/2014.
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ANEXOS

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ANEXO A
Regulamento do CSS - Conselho
de Sinceridade e Solidariedade -
Regime Fechado

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Regulamento do CSS - Conselho de Sinceridade e


Solidariedade - Regime Fechado

Dispõe sobre a organização e as atribuições


do CSS - Conselho de Sinceridade e
Solidariedade do Regime Fechado.

O presidente da APAC, tendo em vista a necessidade de constante


aperfeiçoamento do Método APAC, para o melhor funcionamento da administração do
C.R.S. - Centro de Reintegração Social, resolve baixar a seguinte portaria:

CAPÍTULO I
DA FINALIDADE DO C.S.S.

Art. 1º O CSS - Conselho de Sinceridade e Solidariedade tem a finalidade de auxiliar


a administração da APAC, atuando, tão somente, no Regime Fechado.

Parágrafo único. O presente regulamento deverá ser utilizado nos Regimes


Semiaberto e Aberto, quando houver funcionamento regular dos respectivos regimes,
no Centro de Reintegração Social, observando sua perfeita adequação para a
realidade de cada regime.

CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES COLETIVAS DO C. S. S.

Art. 2º Compete ao CSS, coletivamente:

I. Orientar os recuperandos sobre a organização, distribuição das tarefas,


disciplina e segurança de um modo geral, dando-lhes conhecimento do teor do
regimento interno, do provimento, das portarias e demais ordens;
II. Fiscalizar o funcionamento da Secretaria Administrativa Interna, sugerindo os
recuperandos que nela devem trabalhar, dando-lhes atribuições;
III. Sugerir à Direção da APAC punições, advertências, elogios, etc.;
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IV. Estimular a participação dos recuperandos em todos os atos promovidos pela


APAC;
V. Fiscalizar o atendimento médico-odontológico, psicológico e outros, que visem
ao bem-estar dos recuperandos;
VI. Fiscalizar o funcionamento da farmácia, concernente à distribuição de
medicamentos com prescrição médica, atentando para que o fichário do setor
esteja sempre atualizado;
VII. Fazer cumprir todos os regulamentos, instruções, portarias e ordens internas
emanadas pela Justiça e pela Direção da APAC;
VIII. Apresentar, diariamente, ao Inspetor de Segurança, em impresso próprio, o
pedido das refeições para os recuperandos doentes e aqueles recolhidos nas
celas por motivo de castigo, organização, distribuição das tarefas, disciplina e
segurança;
IX. Nomear e reunir-se, ao menos semanalmente, com os representantes de cada
cela, em separado, e com toda a população prisional para anunciar programas,
discutir e procurar soluções adequadas para os problemas dos recuperandos, do
C.R.S. e de interesse comum;
X. Supervisionar a conduta nas celas;
XI. Indicar nomes de recuperandos de ótima conduta, para atuarem como
responsáveis pela galeria e fiscalizar os serviços dos mesmos, atentando para
que cumpram suas responsabilidades a contento, não permitindo que os
recuperandos transitem pelos corredores sem camisa, trajando short e bermuda,
antes das 17h;
XII. Nos casos de advertências, correção com pontos amarelos, suspensão de lazer
e de outras regalias, proceder como dispõe o Regulamento Disciplinar;
XIII. Uma vez por mês, preparar reunião festiva, para premiar os vencedores da
redação mensal, o(a) amigo(a) do mês, voluntário(a) do mês, o recuperando-
modelo do mês, a cela vencedora por melhor disciplina e organização, e demais
homenagens que forem decididas;
XIV. Fiscalizar o funcionamento da cantina e da copa, sugerindo os recuperandos
que nela deverão trabalhar, dando-lhes atribuições;
XV. Fiscalizar o funcionamento das portarias, sugerindo nomes de recuperandos de
ótima conduta ao Encarregado de Segurança, para serem designados para a
função de auxiliares de plantão;
XVI. Fiscalizar a manutenção material, elétrica e hidráulica do recinto do Regime
Fechado, bem como sua limpeza e organização;
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XVII. Fazer observar os horários de trabalho, escola, aulas de valorização humana,


evangelização, esporte, etc.;

CAPÍTULO III
DA FORMA DE COMPOR O C.S.S.

Art. 3º O Presidente do C. S. S. é de livre escolha do Encarregado de Segurança da


APAC; seu mandato é por tempo indeterminado, podendo ser substituído a qualquer
momento, desde que o interesse da entidade assim o exija.

Parágrafo único. Destituído o Presidente, os demais membros do Conselho


permanecerão em seus cargos até a nomeação e posse do novo Conselho.

Art. 4º O Presidente do C. S. S. escolherá seus companheiros e, a equipe poderá ser


dissolvida no todo ou parcialmente, desde que prevaleça sempre o interesse superior
da APAC.

CAPÍTULO IV
DOS MEMBROS DO C.S.S.

Art. 5º O C.S.S. será dirigido por:

1) Presidente;
2) Vice-presidente;
3) Secretário Geral;
4) Tesoureiro;
5) Diretor Artístico;
6) Encarregado de Saúde;
7) Encarregado da Laborterapia;
8) Encarregado de Remição;
9) Encarregado de Manutenção.

Parágrafo único. As nomeações dos membros do Conselho serão todas referendadas


pelo Encarregado de Segurança da APAC.

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CAPÍTULO V
DAS ATRIBUIÇÕES INDIVIDUAIS DOS MEMBROS DO C.S.S.

Art. 6º A cada membro do C. S. S. cabem as seguintes atribuições:

1º - Presidente:

I. Ser o elo de ligação entre os recuperandos e a Direção da APAC e vice-versa;


II. Supervisionar o fiel cumprimento de portarias, ordens internas, etc.;
III. Supervisionar a execução dos trabalhos designados para os recuperandos de
modo geral, principalmente seguranças, responsáveis pelas portarias,
secretaria, etc.;
IV. Supervisionar a participação dos recuperandos em todos os atos promovidos
pela APAC;
V. Presidir as reuniões dos membros do C. S. S. e da representação de cela;
VI. Manter a direção da APAC informada sobre qualquer ocorrência que venha
desabonar a disciplina do estabelecimento;
VII. Presidir, uma vez por semana, a assembleia geral com os recuperandos, sem a
presença de membros da direção da APAC, permitindo que todos tenham direito
de reivindicar, reclamar ou elogiar o que julgarem necessário, bem como com os
membros do C. S. S. que, por sua vez, apresentarão as falhas da semana, que
deverão ser elaboradas com o objetivo de melhorar, em todos os sentidos, o
desenvolvimento da disciplina do regime fechado;
VIII. Recepcionar visitantes no recinto do regime fechado, tais como: grupos da
comunidade e outros, devendo acompanhá-los, ou indicando outro recuperando
que o possa fazer, dando-lhes ciência do funcionamento de todos os setores e
das funções dos recuperandos e especialmente da disciplina;
IX. Acompanhar a Direção da APAC, sempre que houver necessidade, durante
"revistas" de praxe nas dependências do C.R.S.;
X. Entrevistar-se com todos os recuperandos recém-chegados ao regime fechado,
dando-lhes ciência das normas da APAC;
XI. Atender aos recuperandos que o procurarem para expor seus problemas e
tentar ajudá-los na medida do possível;
XII. Supervisionar os serviços dos seguranças da noite, atentando para que o
horário de silêncio seja rigorosamente cumprido e para que todos os

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recuperandos, exceto os seguranças, não fiquem transitando nos corredores


após as 18h;
XIII. Não permitir que os recuperandos transitem nos corredores sem camisa e
trajando short e bermudas antes das 17h e, após esse horário, caso haja a
presença de mulheres no interior do regime fechado;
XIV. Atentar para os programas de TV, bem como para o horário das programações;
XV. Redigir pedido de autorização para programas extras de TV, com um dia de
antecedência. Nos finais de semana, a autorização deve ser providenciada na
sexta-feira;
XVI. Não permitir que os recuperandos coloquem os pés nos bancos nem façam
algazarra durante os programas de TV.
XVII. Supervisionar e controlar, juntamente com o Tesoureiro as atividades da
Cooperativa do Regime;

2º - Vice-presidente:

I. Substituir o Presidente quando necessário;


II. Auxiliar o Presidente na supervisão de todos os serviços realizados pelos
recuperandos, tais como: segurança, manutenção, limpeza, disciplina,
almoxarifado, controle de frequência escolar, revistar os recuperandos que saem
e retornam ao C.R.S.;
III. Fiscalizar semanalmente, em conjunto com o responsável pela copa, os pratos,
copos e talheres, comunicando de imediato qualquer ocorrência ou incidente;
IV. Fiscalizar semanalmente, junto com o Encarregado de Manutenção, as
ferramentas utilizadas no setor de laborterapia.

3º - Secretário Geral:

I. Organizar o trabalho do C. S. S. no que concerne à elaboração de atas de todas


as reuniões, relatórios, etc.;
II. Manter atualizados diariamente os quadros demonstrativos e estatístico e a
escala geral de serviços;
III. Manter atualizada a relação de padrinhos e afilhados, com cópias afixadas no
mural da Galeria;

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IV. Manter relação atualizada de todos os aniversariantes, com cópias afixadas no


mural da Galeria; manter sempre em dia todo o arquivo de escrita do Conselho;
V. Manter em dia os impressos de uso diário fornecendo-os, na medida das
necessidades, para os setores;
VI. Fiscalizar o desempenho dos secretários de celas, verificando se eles estão
efetuando todas as anotações sobre a disciplina;
VII. Encaminhar pedidos de TV, escoltas, telefones, requerimentos de recuperandos
e outros aos setores competentes e nos horários pré-estabelecidos pela direção
da APAC;
VIII. O Secretário Geral será auxiliado por um recuperando (1º secretário), assim
designado por ele.

4º - Tesoureiro:

I. Administrar a venda de todos os trabalhos artesanais, designando um


recuperando para auxiliá-lo na venda dos produtos;
II. Administrar as finanças do C. S. S. e providenciar para que as contribuições
sejam feitas por parte dos recuperandos (vide Regimento Interno da Cooperativa
do Regime Fechado);
III. Atentar para o funcionamento e controle rigoroso da Cooperativa com fiel
observância do Regimento Interno que rege o funcionamento da Cooperativa;
IV. Arquivar as notas fiscais de compra de material, em pasta própria do C.S.S.,
com o visto do Presidente do C.S.S.;
V. Manter o caixa sempre atualizado e sem rasuras, para prestação de contas e
vistoria por parte da direção da APAC;
VI. Fornecer recibos de todas as contribuições recebidas;
VII. Sempre que o C. S. S. receber algum tipo de doação em dinheiro, notificar e
especificar o valor da doação, bem como o nome do doador;
VIII. Todo dia 1º do mês deve elaborar balancete das receitas e despesas do mês
findo, em três vias, com o visto do tesoureiro da APAC;
IX. Fixar uma cópia do balancete no mural da Galeria para conhecimento dos
recuperandos, colocando outra cópia nos arquivos da tesouraria do C.S.S.

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5º - Diretor artístico:

I. Escrever na lousa, diariamente, as intenções, os aniversariantes e a reflexão do


dia;
II. Homenagear os aniversariantes do dia no Primeiro Ato Socializador do dia;
III. Manter atualizada a relação dos aniversariantes, participantes do (A. A.),
Psicólogos, alunos dos cursos profissionalizantes, catecismo, coral, etc.;
IV. Convocar os recuperandos para os respectivos atos, sempre dez minutos antes
de cada evento;
V. Promover o ensaio do coral, lembrando-lhes sempre que os cânticos da APAC
têm prioridades;
VI. Organizar em conjunto com os demais membros do CSS todas as festividades
promovidas no regime fechado tais como Gincanas Esportivas, Educativas, etc.;
VII. Ornamentar, em conjunto com os demais membros do CSS, a casa para
festividades da época;
VIII. Cuidar da manutenção e conservação dos instrumentos musicais;
IX. Cuidar da conservação dos livros de cânticos e material para o primeiro ato
socializador do dia;
X. Realizar conferência nominal dos recuperandos presentes ao primeiro ato
socializador do dia.

6º - Encarregado de Saúde:

I. Responder pela guarda dos medicamentos, instrumental odontológico e demais


atribuições do setor
II. Manter ficha individual dos recuperandos, com fotografia, devendo constar todo
atendimento médico e odontológico;
III. Manter os armários de medicamentos e instrumentos odontológicos fechados, e
em perfeita ordem, bem como a classificação destes, ficando de posse das
chaves dos armários, cabendo-lhe ainda fiscalizar e distribuir os psicotrópicos
receitados pelo médico;
IV. distribuir os medicamentos aos pacientes, nos horários prescritos, atentando
para que todo medicamento seja ingerido em sua presença;

75
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V. Providenciar previamente, o preenchimento dos pedidos de consulta médica e


odontológica em impresso próprio, colhendo assinatura do interessado e
encaminhar, após as anotações de praxe, os impressos vistados pelo médico à
Secretaria Administrativa da APAC, para providências de costume;
VI. Entregar de pronto à Secretaria Administrativa da APAC, para as providências
necessárias, os encaminhamentos para consultas com especialistas fora do
presídio, solicitados pelo médico, enfermeiros ou dentistas da APAC;
VII. Não entregar aos recuperandos quaisquer medicamentos sem prescrição
médica;
VIII. Não permitir a nenhum recuperando, guardar ou manter quaisquer
medicamentos, em seu poder, dentro da cela;
IX. Coletar junto ao encarregado de saúde da APAC, os medicamentos que
porventura sejam entregues pelos familiares dos recuperandos;
X. Comunicar ao presidente do C. S. S. o uso de qualquer tipo de psicotrópico, por
parte dos recuperandos, para que sejam tomadas as providências de costume;
XI. Proibir a permanência de recuperandos no setor de saúde, exceto para os fins
necessários de atendimento médico, odontológico, psicológico e outros que se
façam necessários;
XII. Estabelecer, de comum acordo com a diretoria da APAC e, sempre de
conformidade com as prescrições médicas, o horário de funcionamento do
ambulatório médico e gabinete odontológico;
XIII. Entregar ao Inspetor de Segurança, as chaves de acesso ao setor de saúde,
ficando de posse tão somente das chaves da caixa de primeiros socorros e
analgésicos.

7º - Encarregado de Laborterapia:

I. Designar um auxiliar para colaborar com todas as tarefas do setor;


II. Supervisionar todos os trabalhos laborterápicos realizados pelos recuperandos;
III. Atentar para que os recuperandos permaneçam em suas respectivas mesas e
setores designados;
IV. Fazer cumprir as normas que regem a disciplina da sala de laborterapia, não
permitindo que os recuperandos subam nas mesas sem necessidade, nem que
saiam do recinto sem autorização; evitar que tenham discussões desnecessárias
e conversas de “cadeia velha”, ouçam rádio em volume alto, fiquem ociosos,

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leiam revistas, livros e jornais em horário de trabalho, ponham os pés nos


bancos, risquem as mesas, etc.;
V. Verificar diariamente os mapas de comparecimento dos recuperandos
escalados;
VI. Fazer relatórios de todas as ocorrências, encaminhando-as de pronto ao
Presidente do C. S. S., para as devidas providências;
VII. No final do período, após os recuperandos deixarem o recinto, verificar se todos
deixaram o local;
VIII. Atentar para que todos os objetos confeccionados pelos recuperandos sejam
expostos no setor de exposição;
IX. Verificar se cada objeto à venda está com etiqueta, constando valor e nome do
recuperando proprietário;
X. Não permitir que sejam guardados nas celas, objetos confeccionados na
laborterapia; devendo estes, permanecerem no setor próprio para exposição;
XI. Em dias de visitas dos familiares, permitir que os objetos artesanais à venda
sejam expostos em uma mesa no pátio, para serem comercializados pelo
Tesoureiro e/ou seu auxiliar.
XII. Proibir a exposição e venda de qualquer objeto fora dos locais designados para
esse fim, ou que o faça qualquer recuperando que não esteja autorizado;
XIII. Atentar para que os objetos expostos à venda sejam de boa qualidade e tenham
preços adequados;
XIV. Cuidar para que, uma vez por semana, seja efetuada a limpeza geral do recinto,
lavando-se toda a área;
XV. Distribuir e conferir todas as ferramentas usadas pelos recuperandos no horário
do trabalho laborterápico;
XVI. Manter atualizada a relação das ferramentas e de seus respectivos proprietários;
XVII. Entregar as ferramentas na medida da necessidade;
XVIII. Nos horários de palestra e refeições, cuidar para que as ferramentas
permaneçam nos respectivos armários de cada recuperando, na sala de
laborterapia;
XIX. Não permitir que sejam introduzidas nas celas quaisquer ferramentas;
XX. No final do expediente, conferir as ferramentas e guardá-las em local apropriado.

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8º - Encarregado de Remição:

I. Cabe ao encarregado do setor responder pela ordem, fidelidade e guarda de


documentos, podendo indicar seus auxiliares;
II. Manter controle diário do trabalho, designando um recuperando, para coletas de
assinaturas dos demais recuperandos prestadores de serviços e do encarregado
desse setor, quatro vezes durante o dia;
III. Manter pasta própria para cada recuperando, numerada, cujo número será do
conhecimento do interessado e constará no crachá;
IV. Manter o controle da remição, que será digitado em impresso oficial, contendo
as assinaturas dos recuperandos, do responsável pelo setor e encarregado de
Execução Penal;
V. Após a transcrição do controle arquivar na pasta de remição;
VI. Manter o horário de funcionamento do setor de remição, das 08h às 17h,
podendo prolongar-se quando devidamente autorizado pela direção da APAC;
VII. Elaborar Quadro mensal de remição e encaminhar ao encarregado de Execução
de Pena.

9º - Encarregado de manutenção:

I. Efetuar consertos nas cadeiras, cinzeiros, armários, mesas, pintura das celas,
corredores, auditório, sala de aula e demais setores, quando necessário;
II. Verificar toda a limpeza do C.R.S.;
III. Realizar limpezas das caixas de esgoto;
IV. Manter em ordem torneiras, chuveiros, lavatórios, tanques, encanamentos e
demais serviços hidráulicos;
V. Fazer reparos nas instalações elétricas, bem como nos aparelhos
eletrodomésticos e trocar as lâmpadas;
VI. Fazer manutenção na rede de esgotos interna e de águas pluviais;
VII. Fazer reparo da área interna (Regime Fechado) do C.R.S.;
VIII. Fiscalizar para que todos os setores sejam, rigorosamente, limpos uma vez por
semana;

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Art. 7º Encontram-se no Regulamento Disciplinar da APAC o Regulamento do


Quadro de Avaliação Disciplinar, o Regimento Interno das Cooperativas do Regime
Fechado e Semiaberto, Regulamento de Cela, Termos de Compromisso e etc.

Art. 8º Os casos omissos serão resolvidos pela Direção da APAC.

Esta portaria entrará em vigor nesta data.

Dê-se ciência aos recuperandos do Regime Fechado, ao Encarregado de


Segurança, aos Inspetor de Seguranças e à toda Diretoria da APAC.

___________________, 05 de Março de 2014.

PRESIDENTE DA APAC

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ANEXO B

REGIMENTO INTERNO DA
COOPERATIVA DO REGIME FECHADO
DAS APACs

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REGIMENTO INTERNO DA COOPERATIVA DO


REGIME FECHADO DAS APACs
CAPÍTULO I

DA FINALIDADE

Art. 1º Este Regimento Interno estabelece processos e procedimentos necessários


ao funcionamento e administração da COOPERATIVA DO REGIME FECHADO,
dispostas no Art. 48 do Regulamento Disciplinar da APAC e regula-se pelas
disposições legais e decisões tomadas pela diretoria da APAC e/ou pelo Conselho de
Sinceridade e Solidariedade do Regime Fechado.

Art. 2º Entende-se por Cooperativa do Regime Fechado, a associação dos


recuperandos do referido regime, tendo por finalidade, a promoção da fraternidade,
solidariedade e a ajuda mútua entre os recuperandos que cumprem pena.

Parágrafo Único. A cooperativa não terá fins lucrativos, devendo os lucros serem
revertidos em benefício dos próprios recuperandos cooperados.

Art. 3º A Administração da Cooperativa supracitada no Artigo 1º será exercida pelo


CSS - Conselho de Sinceridade e Solidariedade do Regime Fechado.

Art. 4º O CSS administrador da Cooperativa deverá controlar a situação de cada


recuperando sócio-cooperado, bem como dar ciência aos mesmos de toda a situação
financeira/funcional da Cooperativa através de Comunicados Internos.

§ 1º. Os Comunicados descritos no caput deste artigo são de uso exclusivo da


COOPERATIVA, sendo vedada sua divulgação externa, exceto se autorizado pelo
Direção da APAC, de comum acordo com o CSS;

§ 2º. Qualquer sócio-cooperado pode ter acesso a este Regimento Interno, bem
como a qualquer Resolução, Norma e Instrução e seu correspondente registro de
análise ou discussão.

Art. 5º Tendo por premissa que os objetivos da Laborterapia no Regime Fechado


são, em primeiro lugar a Cura interior e a descoberta de valores; em segundo lugar a
Ocupação do tempo ocioso e remição e, por último a obtenção de lucros para colaborar
com despesas pessoais e da família, o recuperando deverá contribuir com 10% (dez

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por cento) do valor de todos as peças artesanais vendidas dentro da APAC, ainda que
para sua confecção tenham sido utilizados tão somente insumos próprios.

§ 1º. Quanto às peças artesanais vendidas pela família, fora da APAC, e que para
a realização das mesmas não tenha sido utilizado insumos fornecidos pela APAC e/ou
pela Cooperativa, caberá ao recuperando detentor da peça decidir se irá colaborar com
os 10% ou não.

§ 2º. Todo recuperando sócio-cooperado investirá 10% (dez por cento) de todo o
dinheiro arrecadado por ele através de seus trabalhos artesanais remunerados
realizados dentro do Regime Fechado, no Centro de Reintegração Social da APAC,
devendo permanecer de posse dos 90% (noventa por cento) restantes.

§ 3º. Em caso de necessidade, a Direção da APAC, após ouvir a População


Prisional do regime, poderá reter parte do dinheiro arrecadado com a venda dos
artesanatos e outros possíveis rendimentos para fins de custeio de despesas não
cobertas pelo convênio firmado entre a APAC e a Secretaria de Defesa Social - MG,
levando em consideração que os limites percentuais estabelecidos não deverão ser
fatores de desestímulo da prática laboral entre os recuperandos.

Art. 6º Os valores arrecadados pela Cooperativa serão utilizados para:

a) Compra de ferramentas e/ou manutenção das mesmas a serem utilizadas nos


setores de trabalho da entidade;
b) Empréstimo aos recuperandos cooperados, para fins de aquisição de materiais
de trabalho, além de serviços odontológico, oftalmológico e medicamentos que
não possam ser prestados pela entidade;
c) Compra de gás de cozinha (para utilização na copa do regime fechado),
materiais de limpeza, manutenção e outros bens que possam vir a beneficiar os
sócio-cooperados;
d) Promoção de festas (Dia das Crianças, das Mães, dos Pais, Natal, etc.) e
celebrações de batizados, crismas, casamentos, etc.).

§ 1º. O empréstimo citado na alínea b deste artigo será realizado através do


pagamento da aquisição e/ou serviços com a apresentação do competente
comprovante de despesa.

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CAPÍTULO II

DO CSS ADMINISTRADOR DA COOPERATIVA E DOS SÓCIO-COOPERADOS

Art. 7º Todos os recuperandos do Regime Fechado, automaticamente, quando do


início do cumprimento de suas penas no Centro de Reintegração Social da APAC
serão considerados sócio-cooperados, estando imediatamente em vigor seus direitos e
deveres como sócio-cooperados.

Art. 8º Caberá ao CSS do Regime Fechado, administrador de sua Cooperativa, após


dar conhecimento a respeito da Cooperativa à cada recuperando sócio-cooperado o
seguinte:

a) Administrar a exposição e a venda dos artesanatos confeccionados pelos


recuperandos sócio-cooperados;
b) Pagar, dar quitação em recibos de vendas e/ou empréstimos realizados junto
aos recuperandos sócio-cooperados;
c) Apresentar relatórios, balancetes e balanços financeiros da movimentação da
cooperativa aos sócio-cooperados.

Art. 9º Todos os membros integrantes da cooperativa cultivarão, entre si e com os


demais recuperandos, funcionários e voluntários, os seguintes valores:

I. criatividade no desenvolvimento da inteligência individual e coletiva;


II. responsabilidade;
III. honestidade;
IV. cumprimento dos compromissos com pontualidade e qualidade;
V. transparência nos procedimentos;
VI. zelo pelo bem-estar de todos os que operam com a cooperativa.
VII. zelo com todas as ferramentas de trabalho, garantindo total segurança do
regime.

Art. 10. É vedado ao sócio-cooperado de qualquer regime:

I. utilizar-se do nome da COOPERATIVA e/ou da APAC para mercantilizar em


benefício próprio ou de terceiros;
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APAC - ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA AOS CONDENADOS
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II. levar qualquer cliente a se desinteressar pelos serviços do colega sócio-


cooperado;
III. falar em nome da COOPERATIVA, ou ainda, interferir junto aos clientes, com a
finalidade de obter indicações em negócios vigentes ou futuros;
IV. denegrir a imagem da COOPERATIVA ou de quaisquer de seus membros;
V. Mudar de Regime, em caso de Progressão, sem que tenha quitado possíveis
pendências financeiras junto à Cooperativa, ficando passivo à bloqueio de
créditos internos no CRS e/ou a descontos efetuados em remunerações futuras
pagas por atividades desenvolvidas dentro do CRS - Centro de Reintegração
Social.

CAPÍTULO III

DAS COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DO CSS JUNTO À


COOPERATIVA

Art. 11. Compete ao Presidente do CSS do Regime Fechado junto à sua Cooperativa:

I. representar a COOPERATIVA do seu respectivo regime, ativa ou passivamente,


perante a Administração da APAC, dos seus poderes legais instituídos;
II. Assinar junto com o Tesoureiro do CSS, documentos a serem apresentados à
Direção da APAC e à todos os recuperandos, relatórios da Gestão, Balancetes,
Balanços Gerais, Demonstrativo das Sobras apuradas ou das Perdas verificadas
no exercício e o Parecer do Conselho;
III. convocar e presidir as Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias e as
reuniões de apuração de contas da Cooperativa;
IV. supervisionar as atividades da COOPERATIVA;
V. verificar constantemente o saldo do caixa;
VI. elaborar juntamente com os demais membros do CSS, o plano anual de
atividades da cooperativa;

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VII. zelar pelo fiel cumprimento do disposto neste Regimento Interno c/c o
Regulamento Disciplinar da APAC.

Art. 12. Compete ao Vice-Presidente do CSS do Regime Fechado junto à sua


Cooperativa:

I. inteirar-se permanentemente pelo trabalho do Presidente, substituindo quando


necessário;
II. auxiliar o Presidente no desempenho de suas funções;
III. desempenhar as atribuições específicas que lhe forem determinadas pelo
Presidente junto à Cooperativa;
IV. comparecer às reuniões do CSS, discutindo e votando as matérias da
Cooperativa a serem apreciadas;
V. zelar pelo fiel cumprimento do disposto neste Regimento Interno c/c o
Regulamento Disciplinar da APAC.

Art. 13. Compete ao Secretário do CSS do Regime Fechado junto à sua Cooperativa:

I. secretariar e lavrar as atas das reuniões do CSS, responsabilizando-se pelos


livros, documentos e arquivos referentes à COOPERATIVA;
II. auxiliar o Presidente no desempenho de suas funções;
III. desempenhar as atribuições específicas que lhe forem determinadas pelo
Presidente do CSS junto à Cooperativa;
IV. comparecer às reuniões do CSS, discutindo e votando as matérias da
Cooperativa a serem apreciadas;
V. zelar pelo fiel cumprimento do disposto neste Regimento Interno c/c o
Regulamento Disciplinar da APAC.

Art. 14. Compete ao Tesoureiro do CSS do Regime Fechado junto à sua Cooperativa:

I. Assinar junto com o Presidente do CSS, documentos a serem apresentados à


Direção da APAC e à todos os recuperandos, relatórios da Gestão, Balancetes,
Balanços Gerais, Demonstrativo das Sobras apuradas ou das Perdas verificadas
no exercício e o Parecer do Conselho;
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II. suprir a COOPERATIVA de material e equipamento;


III. Realizar cotações e apresentá-las ao CSS, quando da necessidade da compra
e/ou contratação de algum serviço;
IV. gerenciar os Fundos, responsabilizando-se por sua correta aplicação;
V. preenchimento, guarda e conservação dos Livros Financeiros da
COOPERATIVA;
VI. contabilizar e controlar as operações econômico - financeiras;
VII. desempenhar as atribuições específicas que lhe forem determinadas pelo
Presidente do CSS junto à Cooperativa;
VIII. comparecer às reuniões do CSS, discutindo e votando as matérias da
Cooperativa a serem apreciadas;
IX. zelar pelo fiel cumprimento do disposto neste Regimento Interno c/c o
Regulamento Disciplinar da APAC.

Art. 15. É de inteira responsabilidade dos membros do CSS responsáveis pela


Cooperativa, a administração financeira da mesma, devendo mensalmente apresentar
à toda população prisional bem como, à Administração da APAC, "Prestação de
Contas" do referido período.

CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 16. Nos casos em que a Direção da APAC, reter parte do dinheiro arrecadado
conforme parágrafo único do Art. 5º deste Regimento, deverá prestar contas
mensalmente à todos os recuperandos, através de Demonstrativos de
Receita/Despesa afixados em quadros de avisos.

Art. 17. A Direção da APAC, juntamente com o CSS, poderá definir, "ad referendum"
de qualquer Assembleia, qualquer norma não prevista neste Regimento Interno, desde
que não conflite com a Lei 7.210/84, o Regulamento Disciplinar da APAC e Portarias
afins.
___________________, 05 de Março de 2014.

PRESIDENTE DA APAC

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ANEXO C

REGIMENTO INTERNO DA
COOPERATIVA DO REGIME
SEMIABERTO DAS APACs

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REGIMENTO INTERNO DA COOPERATIVA DO


REGIME SEMIABERTO DAS APACs

CAPÍTULO I

DA FINALIDADE

Art. 1º Este Regimento Interno estabelece processos e procedimentos necessários


ao funcionamento e administração da COOPERATIVA DO REGIME SEMIABERTO,
dispostas no Art. 48 do Regulamento Disciplinar da APAC e regula-se pelas
disposições legais e decisões tomadas pela diretoria da APAC e/ou pelo Conselho de
Sinceridade e Solidariedade do Regime Semiaberto.

Art. 2º Entende-se por Cooperativa do Regime Semiaberto, a associação dos


recuperandos do referido regime, tendo por finalidade, a promoção da fraternidade,
solidariedade e a ajuda mútua entre os recuperandos que cumprem pena.

Parágrafo Único. A cooperativa não terá fins lucrativos, devendo os lucros serem
revertidos em benefício dos próprios recuperandos cooperados.

Art. 3º A Administração da Cooperativa supracitada no Artigo 1º será exercida pelo


CSS - Conselho de Sinceridade e Solidariedade do Regime Semiaberto.

Art. 4º O CSS administrador da Cooperativa deverá controlar a situação de cada


recuperando sócio-cooperado, bem como dar ciência aos mesmos de toda a situação
financeira/funcional da Cooperativa através de Comunicados Internos.

§ 1º Os Comunicados descritos no caput deste artigo são de uso exclusivo da


COOPERATIVA, sendo vedada sua divulgação externa, exceto se autorizado pelo
Direção da APAC, de comum acordo com o CSS;
§ 2º Qualquer sócio-cooperado pode ter acesso a este Regimento Interno, bem
como a qualquer Resolução, Norma e Instrução e seu correspondente registro de
análise ou discussão.

Art. 5º Todo recuperando sócio-cooperado investirá 5% (cinco por cento) de todo o


dinheiro arrecadado por ele através de seus trabalhos remunerados realizados em
Oficinas localizadas dentro do Regime Semiaberto, no Centro de Reintegração Social
da APAC.

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APAC - ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA AOS CONDENADOS
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Parágrafo único. Caberá á Direção da APAC, de comum acordo com a população


prisional, definir os valores e a forma de remuneração aos recuperandos que trabalham
nas diversas oficinas profissionalizantes (padaria, serralheria, marcenaria, fábrica de
blocos, linhas de produção, pocilga, etc.).

Art. 6º Os valores arrecadados pela Cooperativa serão utilizados para:

a) Pagamento de ajuda de custos aos recuperandos que não atuam nas oficinas
profissionalizantes (ex.: Portarias, escolta, etc.), por no mínimo 30 (trinta) dias;
b) Empréstimo aos recuperandos sócio-cooperados, para fins de pagamento de
serviços odontológico, oftalmológico e medicamentos que não possam ser
prestados pela entidade;
c) Compra de materiais diversos, autorizados pela Direção da APAC, de uso
coletivo do Regime Semiaberto;
d) Promoção de festas (Dia das Crianças, das Mães, dos Pais, Natal, etc.) e
celebrações de batizados, crismas, casamentos, etc.

Parágrafo único. As funções que poderão ser remuneradas com os recursos da


cooperativa (5%) deverão ser definidas pela Direção da APAC.

CAPÍTULO II

DO CSS ADMINISTRADOR DA COOPERATIVA E DOS SÓCIO-COOPERADOS

Art. 7º Todos os recuperandos do Regime Semiaberto, automaticamente, quando do


início do cumprimento de suas penas no Centro de Reintegração Social da APAC
serão considerados sócio-cooperados, estando imediatamente em vigor seus direitos e
deveres como sócio-cooperados.

Art. 8º Caberá ao CSS do Regime Semiaberto, administrador de sua Cooperativa,


após dar conhecimento a respeito da Cooperativa à cada recuperando sócio-
cooperado o seguinte:

a) Arrecadar junto ao Setor Financeiro da APAC, bem como administrar todo o


valor descontado dos recuperandos sócio-cooperados (5% dos rendimentos),
em virtude de suas atividades desenvolvidas nas Oficinas Profissionalizantes;

89
APAC - ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA AOS CONDENADOS
Regulamento Disciplinar dos Centros de Reintegração Social Dr. Franz de Castro Holzwarth

b) Repassar até 02 (dois) dias após a arrecadação constante na alínea "a", Ajuda
de Custos aos recuperandos que atuam nos setores não remunerados, por no
mínimo 30 (trinta) dias;
c) Pagar, dar quitação em recibos de empréstimos realizados junto aos
recuperandos sócio-cooperados;
d) Apresentar relatórios, balancetes e balanços financeiros da movimentação da
cooperativa aos sócio-cooperados.

Art. 9º Todas as despesas oriundas da compra e/ou serviços executados no Regime


Semiaberto, deverão, antes de serem efetivadas, levadas ao conhecimento dos
recuperandos sócio-cooperados para apreciação dos mesmos.

Art. 10. Todos os membros integrantes da cooperativa cultivarão, entre si e com os


demais recuperandos, funcionários e voluntários, os seguintes valores:

I. criatividade no desenvolvimento da inteligência individual e coletiva,;


II. responsabilidade;
III. honestidade;
IV. cumprimento dos compromissos com pontualidade e qualidade;
V. transparência nos procedimentos;
VI. zelo pelo bem-estar de todos os que operam com a cooperativa.

Art. 11. É vedado ao sócio-cooperado:

I. utilizar-se do nome da COOPERATIVA e/ou da APAC para mercantilizar em


benefício próprio ou de terceiros;
II. levar qualquer cliente a se desinteressar pelos serviços do colega sócio-
cooperado;
III. falar em nome da COOPERATIVA, ou ainda, interferir junto aos clientes, com a
finalidade de obter indicações em negócios vigentes ou futuros;
IV. denegrir a imagem da COOPERATIVA ou de quaisquer de seus membros;
V. Mudar de Regime, em caso de Progressão, sem que tenha quitado possíveis
pendências financeiras junto à Cooperativa, ficando passivo à bloqueio de
créditos internos no CRS e/ou a descontos efetuados em remunerações futuras
pagas por atividades desenvolvidas dentro do CRS - Centro de Reintegração
Social.

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CAPÍTULO III

DAS COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DO CSS JUNTO À


COOPERATIVA

Art. 12. Compete ao Presidente do CSS do Regime Semiaberto junto à sua


Cooperativa:

I. representar a COOPERATIVA do seu respectivo regime, ativa ou passivamente,


perante a Administração da APAC, dos seus poderes legais instituídos;
II. Assinar junto com o Tesoureiro do CSS, documentos a serem apresentados à
Direção da APAC e à todos os recuperandos, relatórios da Gestão, Balancetes,
Balanços Gerais, Demonstrativo das Sobras apuradas ou das Perdas verificadas
no exercício e o Parecer do Conselho;
III. Convocar e presidir as Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias e as
reuniões de apuração de contas da Cooperativa;
IV. Supervisionar as atividades da COOPERATIVA;
V. Verificar constantemente o saldo do caixa;
VI. Elaborar juntamente com os demais membros do CSS, o plano anual de
atividades da cooperativa;
VII. Zelar pelo fiel cumprimento do disposto neste Regimento Interno c/c o
Regulamento Disciplinar da APAC.

Art. 13. Compete ao Vice-Presidente dos CSS do Regime Semiaberto junto à sua
Cooperativa:

I. inteirar-se permanentemente pelo trabalho do Presidente, substituindo quando


necessário;
II. auxiliar o Presidente no desempenho de suas funções;
III. desempenhar as atribuições específicas que lhe forem determinadas pelo
Presidente junto à Cooperativa;
IV. comparecer às reuniões do CSS, discutindo e votando as matérias da
Cooperativa a serem apreciadas;
V. zelar pelo fiel cumprimento do disposto neste Regimento Interno c/c o
Regulamento Disciplinar da APAC.

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Art. 14. Compete ao Secretário do CSS do Regime Semiaberto junto à sua


Cooperativa:

I. secretariar e lavrar as atas das reuniões do CSS, responsabilizando-se pelos


livros, documentos e arquivos referentes à COOPERATIVA;
II. auxiliar o Presidente no desempenho de suas funções;
III. desempenhar as atribuições específicas que lhe forem determinadas pelo
Presidente do CSS junto à Cooperativa;
IV. comparecer às reuniões do CSS, discutindo e votando as matérias da
Cooperativa a serem apreciadas;
V. zelar pelo fiel cumprimento do disposto neste Regimento Interno c/c o
Regulamento Disciplinar da APAC.

Art. 15. Compete ao Tesoureiro do CSS do Regimes Semiaberto junto à sua


Cooperativa:

I. Assinar junto com o Presidente do CSS, documentos a serem apresentados à


Direção da APAC e à todos os recuperandos, relatórios da Gestão, Balancetes,
Balanços Gerais, Demonstrativo das Sobras apuradas ou das Perdas verificadas
no exercício e o Parecer do Conselho;
II. suprir a COOPERATIVA de material e equipamento;
III. Realizar cotações e apresentá-las ao CSS, quando da necessidade da compra
e/ou contratação de algum serviço;
IV. gerenciar os Fundos, responsabilizando-se por sua correta aplicação;
V. preenchimento, guarda e conservação dos Livros Financeiros da
COOPERATIVA;
VI. contabilizar e controlar as operações econômico - financeiras;
VII. desempenhar as atribuições específicas que lhe forem determinadas pelo
Presidente do CSS junto à Cooperativa;
VIII. comparecer às reuniões do CSS, discutindo e votando as matérias da
Cooperativa a serem apreciadas;
IX. zelar pelo fiel cumprimento do disposto neste Regimento Interno c/c o
Regulamento Disciplinar da APAC.

Art. 16. É de inteira responsabilidade dos membros do CSS responsáveis pela


Cooperativa, a administração financeira da mesma, devendo mensalmente apresentar
à toda população prisional bem como, à Administração da APAC, "Prestação de
Contas" do referido período.

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CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 17. A Direção da APAC, juntamente com o CSS, poderá definir, "ad referendum"
de qualquer Assembleia, qualquer norma não prevista neste Regimento Interno, desde
que não conflite com a Lei 7.210/84, o Regulamento Disciplinar da APAC e Portarias
afins.

___________________, 05 de Março de 2014.

PRESIDENTE DA APAC

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ANEXO D
REGULAMENTO DO QUADRO DE

AVALIAÇÃO DISCIPLINAR

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REGULAMENTO DO QUADRO DE AVALIAÇÃO DISCIPLINAR


O Diretor Executivo da Fraternidade Brasileira de Assistência aos
Condenados - FBAC, tendo em vista a expansão das APACs no estado de Minas
Gerais e em todo o Brasil e ainda, a consequente necessidade da correta aplicação do
Método APAC, RESOLVE estipular Normas de Trabalho a serem seguidas pelas
APACs no tocante ao perfeito funcionamento do "Quadro de Avaliação Disciplinar":

I - DO MODELO DO QUADRO DE AVALIAÇÃO DISCIPLINAR E SEUS OBJETIVOS

Art. 1º O Quadro de Avaliação Disciplinar terá o formato, conforme modelo abaixo, visando
registrar e tornar público o acompanhamento diário da disciplina nos Regimes Fechado e
Semiaberto:
Nomes dos
Nº das camas recuperandos
nas celas QUADRO DE AVALIAÇÃO DISCIPLINAR
CELA 01 CELA 02 CELA 03 CELA 04 CELA 05 CELA 06
1 1 1 1 1 1

Área de afixação 2 2 2 2 2 2
dos pontos
3 3 3 3 3 3
negativos
4 4 4 4 4 4

CELA 07 CELA 08 CELA 09 CELA 10 CELA 11 CELA 12


1 1 1 1 1 1

2 2 2 2 2 2

3 3 3 3 3 3

4 4 4 4 4 4

CELA 13 CELA 14 CELA 15 CELA 16 TOTAL PONTUAÇÃO


1 1 1 1 01 PONTO NEGATIVO
2 2 2 2 05 PONTOS NEGATIVOS
64
3 3 3 3 10 PONTOS NEGATIVOS
4 4 4 4

PREMIAÇÃO E VALORIZAÇÃO HUMANA


RECUPERANDO MODELO DO MÊS DE ____/____, ______________________________ - _38_ PONTOS
CELA MAIS ORGANIZADA Nº _____ CELA MENOS ORGANIZADA Nº _____
AMIGO DO MÊS: ______________________ VOLUNTÁRIO DO MÊS: __________________
COMPOSIÇÃO DO MÊS: ________________
DISCIPLINA DO ÚLTIMO PERÍODO: _____ DIAS HOJE COMPLETA-SE ____ DIAS C/ TOTAL DISCIPLINA
DATA: ____/____/______

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Parágrafo único. O número de celas constante no Quadro de Avaliação Disciplinar será


condizente com a realidade dos Regimes Fechado e Semiaberto, de cada APAC.

Art. 2º O objetivo do Quadro de Avaliação Disciplinar é registrar as faltas, de natureza leve,


cometidas pelos recuperandos, através de pontos coloridos, dando-lhes oportunidade de
reverem seus conceitos de comportamento e, principalmente, servir de incentivo para uma
correta mudança de vida, podendo ainda, nesse processo de recuperação, ter o
acompanhamento da direção da APAC, voluntários e, principalmente, da própria família dos
recuperandos.

Art. 3º No processo de Avaliação Disciplinar será observado não só a avaliação individual,


mas, também uma avaliação coletiva, através de celas organizadas, limpas e harmoniosas,
cuja coordenação deste trabalho interno nas celas será realizada por um recuperando
(Representante de Cela), escolhido pelo CSS e referendado pelo Encarregado de Segurança,
conforme Art. 63, parágrafo único, inciso II do Regulamento Disciplinar da APAC.

Parágrafo único. Designar-se-á "celas" aos alojamentos do regime Fechado e "dormitórios"


aos alojamentos do regime Semiaberto.

Art. 4º No final de cada mês, o CSS irá fazer um diagnóstico, através dos pontos individuais
de cada recuperando e dos relatórios de conferência de cela, objetivando identificar o
"Recuperando modelo do mês, a cela mais organizada, a cela menos organizada, bem como
apurar o número de dias com total disciplina", possibilitando uma melhor avaliação do mérito
coletivo do respectivo regime.

II - DA PONTUAÇÃO DISCIPLINAR E SUA FORMA DE APURAÇÃO

Art. 5º A apuração dos pontos negativos coletivos referente às celas será realizada,
diariamente, com as conferências das mesmas feitas por um membro do CSS, acompanhado,
sempre que possível, pelo Inspetor de Segurança.

Art. 6º A conferência das celas será realizada duas vezes ao dia, sendo a primeira
conferência no Regime Fechado às 09:00h e a segunda às 13:30h e, no Regime Semiaberto, a
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primeira às 08:00h e a segunda às 13:00h, onde serão avaliadas as seguintes condições


abaixo, pré-estabelecidas no Art. 65, do Regulamento Disciplinar da APAC:
a) Quanto à higiene;
b) Quanto à arrumação das camas;
c) Quanto à ordem nos armários;
d) Quanto à higiene das instalações sanitárias e,
e) Quanto à disciplina.

Art. 7º No final de cada mês será apurado o número de ocorrências em cada cela e, a cela
com menor número de ocorrências será considerada a "Cela Mais Organizada", já a cela com
maior número de ocorrências será considerada a "Cela Menos Organizada".

Art. 8º Os integrantes da "Cela Mais Organizada" serão homenageados, conforme o Art. 65,
parágrafo único do Regulamento Disciplinar da APAC e, ainda receberão um troféu que ficará
sob a responsabilidade dos mesmos, no interior da cela, durante todo o mês subsequente, até
que se faça nova apuração mensal, de acordo com o Art. 6º deste Regulamento.

Parágrafo único. Os integrantes da cela poderão ainda receber da Administração da APAC


um kit de limpeza ou outros brindes a título de incentivo.

Art. 9º Os integrantes da "Cela Menos Organizada" também serão lembrados e, ainda


receberão um troféu simbólico, em formato de "porquinho" que ficará sob a responsabilidade
dos mesmos, no interior da cela, durante todo o mês subsequente, até que se faça nova
apuração mensal, de acordo com o supracitado Art. 6º.

Parágrafo único. O referido troféu tem como objetivo lembrar aos integrantes da "Cela
Menos Organizada" que os mesmos deverão evidenciar esforços no sentido de não serem os
guardiões do troféu no mês subsequente, bem como incentivar um esforço coletivo de todas as
celas, no sentido de lutar pelo verdadeiro troféu, constante no Art. 8º deste Regulamento.

Art. 10. Na apuração dos pontos mensais individuais de cada recuperando, deverá ser levado
em conta o "trabalho social" desempenhado pelo recuperando em prol da entidade, através de
atividades como portaria, galeria, limpeza, CSS, etc., o que garantirá ao mesmo Pontos de
Elogios extras, conforme "Demonstrativo de pontuação individual para mérito de recuperando
modelo" - tabela em anexo.
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§ 1º. Somente os recuperandos que desempenharem atividades sociais para a entidade,


poderão alcançar a pontuação máxima exigida no mês para efeito de escolha do Recuperando
modelo.

§ 2º. Todo recuperando deverá também demonstrar bom aproveitamento de desempenho


diário quanto à arrumação de camas e pertences, pontualidade, participação nas atividades
socializadoras e de evangelização, respeito às autoridades, relacionamento com os colegas,
zelo pela instituição, uso do crachá, higiene pessoal e utilização dos ensinamentos da APAC,
garantindo assim, ao mesmo, a não incidência de qualquer pontuação negativa, possibilitando
ainda, estar integrando o rol de recuperandos que almejam o titulo de Recuperando Modelo do
mês em questão.

§ 3º. Os meses que contêm 31 dias, terão sua pontuação máxima em 38 (trinta e oito)
pontos e os meses que contêm 30 dias, terão sua pontuação máxima em 37 (trinta e sete)
pontos (tabela em anexo).

Art. 11. A apuração dos pontos negativos individuais de cada recuperando será realizada com
base nas faltas por eles cometidas, principalmente as de natureza leve, todas elencadas no
Regulamento Disciplinar da APAC e apontadas no Quadro de Avaliação Disciplinar, através do
Conselho de Sinceridade e Solidariedade.

Art. 12. A pontuação negativa terá como base as seguintes cores, com seus respectivos
valores:
 Ponto Amarelo  01 ponto negativo;
 Ponto Vermelho  05 pontos negativos;
 Ponto Azul  10 pontos negativos.

Art. 13. Em cada pontuação negativa, de cor amarela, recebida pelo recuperando, será
aplicada, automaticamente, sobre o mesmo, as seguintes sanções disciplinares:
 01 Ponto Amarelo  Permanecer na cela durante o horário de lazer (esportes, TV e
etc.), devendo participar de todas as atividades de laborterapia e valorização humana,
desenvolvidas no decorrer de todo o dia;

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 02 Pontos Amarelos  Permanecer na cela durante o horário de lazer (esportes, TV e


etc.), por um período de uma semana, devendo participar de todas as atividades de
laborterapia e valorização humana, desenvolvidas no decorrer de todo o dia;
 03 Pontos Amarelos  Permanecer na cela durante o horário de lazer (esportes, TV e
etc.), por um período de uma semana e ainda, perder o direito à ligação familiar
durante uma semana, devendo participar de todas as atividades de laborterapia e
valorização humana, desenvolvidas no decorrer de todo o dia;

§ 1º. O recuperando que for pontuado negativamente, em até 03 (três) vezes, com ponto
amarelo, terá sua Sanção Disciplinar pré-estabelecida no caput deste artigo e aplicada,
automaticamente, pelo Conselho de Sinceridade e Solidariedade.

§ 2º. Caso a APAC não disponha de ligação familiar para os recuperandos, o mesmo
permanecerá na cela, durante o horário de lazer (esportes, TV e etc.) por um período de 02
(duas) semanas.

§ 3º. O recuperando que acumular 04 pontos negativos de cor amarela terá os referidos
pontos amarelos convertidos em 01 ponto de cor vermelha, equivalente a 05 (cinco) pontos
negativos, devendo sofrer as sanções disciplinares pré-estabelecidas no caput deste artigo,
podendo ainda ser considerado, pela direção da APAC, como "Falta Média" e também,
passível de outras sanções disciplinares constantes no Art. 15 c/c Art. 16, do Regulamento
Disciplinar da APAC.

Art. 14. Caso o recuperando, que já esteja com 01 ponto vermelho, venha a cometer outra
falta disciplinar, este ponto será convertido em 01 ponto de cor azul, equivalente a 10 (dez)
pontos negativos, podendo o recuperando infrator sofrer sanção disciplinar de "Transferência
para o Regime Fechado Pleno (Penitenciária)", visto que o mesmo não apresenta vontade de
mudança de vida, estando no momento com grave inadaptação ao método APAC.

Art. 15. Aos recuperandos passíveis de pontuação negativa deverá ser considerado, em
primeiro momento, se o CSS assim o entender, as penalidades primárias de "Advertência
Verbal e Advertência Escrita", constantes no Art. 15, inciso I do Regulamento Disciplinar da
APAC.

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Art. 16. Considerar-se-á, também, para todos os recuperandos, antes da aplicação de


qualquer sanção disciplinar, seu direito de defesa, levando em consideração as atenuantes
dispostas no Art. 27 do Regulamento Disciplinar da APAC e as agravantes, dispostas no Art.
28 do mesmo Regulamento Disciplinar.

III - DA ATUALIZAÇÃO DOS DADOS E DA PREMIAÇÃO E VALORIZAÇÃO HUMANA

Art. 17. Os dados do Quadro de Avaliação Disciplinar deverão ser atualizados, diariamente e,
quantas vezes for necessário, mantendo sempre correto:
a) o nome dos recuperandos integrantes de cada cela ou dormitório;
b) os possíveis pontos negativos a eles atribuídos;
c) o total de recuperandos existentes no respectivo Regime;
d) o nome do recuperando modelo do mês de referência que alcançou a pontuação
máxima;
e) a identificação da cela mais organizada;
f) a identificação da cela menos organizada;
g) o nome do amigo do mês;
h) o nome do voluntário do mês;
i) o nome do recuperando que foi contemplado com a melhor composição do mês de
referência;
j) o número de dias com total disciplina do último período;
k) o número de dias com total disciplina referente ao dia atual;
l) a data diária do período.

Art. 18. Caso haja mais de um recuperando com a pontuação máxima, a direção da APAC
estabelecerá um processo seletivo, ouvindo a opinião do Conselho Disciplinar.

Art. 19. A escolha do amigo do mês será feita pelos recuperandos do respectivo Regime,
através do CSS, podendo ser uma pessoa que, mesmo não sendo voluntária da APAC, tenha
realizado um trabalho relevante em prol da entidade.

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Art. 20. A escolha do Voluntário do mês será feita pelos recuperandos do respectivo Regime,
através do CSS, podendo ser aquele voluntário que tenha se destacado através de seu
trabalho gratuito, em prol de todos os recuperandos.

Art. 21. A escolha da composição do mês será feita por uma comissão previamente composta
pela Administração da APAC que, através de Aulas de Valorização Humana, busque despertar
nos recuperandos, o gosto pela leitura e redação, fazendo com que os mesmos redijam sobre
um determinado tema, anteriormente abordado durante Aula de Valorização Humana.

Art. 22. As premiações referentes ao recuperando modelo, amigo do mês, voluntário do mês,
composição do mês, cela ou dormitório mais organizado, entre outros serão realizadas em Ato
Socializador Mensal, composto de celebração eucarística ou ecumênica, com a participação de
todos os funcionários, voluntários e autoridades envolvidas, seguida de cerimônia de
premiação, dirigida pelo próprio Conselho de Sinceridade e Solidariedade do respectivo
Regime.

Art. 23. A pontuação negativa apresentada no Quadro de Avaliação Disciplinar, para os


recuperandos que cometerem faltas disciplinares, deverá ficar visível somente no mês corrente
em questão, devendo portanto, ser retirada quando do início do mês subsequente, não sendo
cumulativo os pontos negativos do mês anterior com os pontos do mês atual.

Art. 24. O referido Quadro de Avaliação Disciplinar deverá ser colocado em local visível à
todas as pessoas que circulem pelo respectivo Regime, contendo um vidro transparente com
tranca, possibilitando visualizar seus dados, sem correr o risco de qualquer alteração indevida
nas informações do mesmo.

Art. 25. A responsabilidade da perfeita atualização dos dados no Quadro de Avaliação


Disciplinar sempre será do CSS - Conselho de Sinceridade e Solidariedade, na pessoa do
recuperando que ocupa o cargo de "Diretor Artístico" e, na sua ausência, pelo Presidente do
CSS evitando que assim, um grande número de recuperandos tenham acesso aos dados, o
que aumentaria a probabilidade de erros.

Art. 26. Os casos omissos serão resolvidos pela Direção da APAC, ouvidas todas as áreas
ligadas à disciplina da entidade, tais como o Encarregado de Segurança, os Inspetor de
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Seguranças, o Conselho Disciplinar e o próprio Conselho de Sinceridade e Solidariedade -


CSS.

Itaúna - MG, 05 de Março de 2014.

VALDECI ANTÔNIO FERREIRA


Diretor Executivo da FBAC

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MODELO DE DEMONSTRATIVO DE PONTUAÇÃO INDIVIDUAL

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