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Língua Portuguesa

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Interessa a todos saber que procedimento se deve adotar para se tirar  o maior rendimento
possível da leitura de um texto. Mas não se pode responder a essa pergunta sem antes   destacar 
que não  existe para ela uma solução  mágica, o que não quer dizer que não exista solução
alguma. Genericamente, pode-se afirmar que uma leitura proveitosa pressupõe, além do
conhecimento lingüístico propriamente dito, um repertório de informações exteriores ao texto, o que
se costuma chamar de conhecimento de mundo. A título e ilustração, observe a questão seguinte,
extraída de um vestibular da UNICAMP:
Às vezes, quando um texto é ambígüo, é o conhecimento de mundo que o leitor tem dos
fatos que lhe permite fazer uma interpretação adequada do que se lê. Um bom exemplo é o texto
que segue:
“As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A
decisão atende a uma portaria de dezembro de 1991, do Juizado de Menores, que proíbe que as
casas de vídeo aluguem, exponham e vendam fitas pronográficas a menores de 18 anos. A
portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou
autorização dos pais.” (Folha Sudeste, 6/6/92)
É o conhecimento lingüístico que nos permite reconhecer a ambigüidade do texto em
questão (pela posição em que se situa, a expressão sem a companhia ou autorização dos pais
permite a interpretação de que com a companhia ou autorização dos pais os menores podem ir a
rodeios ou motéis). Mas o nosso conhecimento de mundo nos adverte de que essa interpretação é
estranha e só pode ter sido produzida por engano do redator. É muito provável que ele tenha tido a
intenção de dizer que os menores estão proibídos de ir a rodeios sem a companhia ou autorização
dos pais e de freqüentarem motéis.
Como se vê, a compreensão do texto depende também do conhecimento de mundo, o que
nos leva à conclusão de que o aprendizado da leitura depende muito das aulas de Português, mas
também de todas as outras disciplinas sem exceção.
 
Três questões básicas

Uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a
três questões básicas:
I - Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar responder a essa pergunta, o
leitor será obrigado a distinguir as questões secundárias da principal, isto é, aquela em torno da
qual gira o texto inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do que o texto está tratando, ou sabe
apenas de maneira genérica e confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com mais atenção ou de
que o leitor não tem repertório suficiente para compreender o que está diante de seus olhos.
II - Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão? Disseminados pelo
texto, aparecem vários indicadores da opinião de quem escreve. Por isso, uma leitura competente
não terá dificuldade em identificá-la. Não saber dar resposta a essa questão é um sintoma de
leitura desatenta e dispersiva.
III - Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião dada?
Deve-se entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor para convencer o leitor de
que ele está falando a verdade. Saber reconhecer os argumentos do autor é também um sintoma
de leitura bem feita, um sinal claro de que o leitor acompanhou o desenvolvimento das idéias. Na
verdade, entender um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso argumentatório.
Vamos, ainda, definir a relação entre as idéias de um texto:

Idéia principal de um texto: Idéia refere-se a conteúdo. Uma seqüência de idéias está
relacionada com a estrutura. É o conhecimento do assunto que indicará o que é essencial ou
principal em um texto ou em uma obra. A seqüência de idéias começa a ser definida quando
optamos pela estrutura do ensaio e se completa na organização dos parágrafos. 
O planejamento de um texto é a maior garantia para se obter uma boa estrutura de idéias.
Mesmo em um texto pequeno, as idéias principais podem ser reunidas em um resumo,
numa síntese ou em uma seqüência de itens. Se a síntese do conteúdo for feita com a previsão
dos trechos do texto, provavelmente estarão sendo definidas as idéias centrais dos parágrafos.

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Ao definir as idéias principais do texto, começa a ficar clara a relação entre conteúdo e
estrutura do texto. 
Quando considerados elementos que relacionam conteúdo e estrutura de idéias, os
parágrafos não são aleatórios. 
Portanto, os parágrafos não são resultado apenas de regras preestabelecidas sobre
sua construção. Eles são decorrência natural da necessidade de distribuir bem o conteúdo
no texto e também uma forma de valorizar as idéias principais desse conteúdo. 

Idéias Secundárias de um texto: Um texto contém muito mais idéias secundárias do que
idéias principais. Os conteúdos das idéias secundárias não são os mais importantes, mas sem eles
o texto não flui – torna-se pesado. Na verdade, não é possível escrever um texto sem as idéias
secundárias. 
As idéias secundárias funcionam como atores coadjuvantes. Cumprem um papel
secundário, mas imprescindível. Redigir bem depende muito do domínio que o autor tem dessas
idéias.
Colocadas em excesso, as idéias secundárias dificultam a compreensão do
essencial. Mas quando há idéias de menos, o texto fica sintético demais, telegráfico. As
idéias secundárias são dispensáveis somente quando queremos fazer uma síntese ou um
resumo do conteúdo. 

DEPREENDIMENTO DE UMA AFIRMAÇÃO EXPLÍCITA E OUTRA IFORMAÇÃO IMPLÍCITA

Idéias Explícitas de um texto: São as idéias que o autor pretende realmente “passar” ao
leitor. São as mensagens claramente percebidas no título do texto, no seu primeiro parágrafo, ou
até mesmo no decorrer do texto inteiro. São mensagens que não deixam dúvidas sobre a sua
informação. Poderíamos chamar de idéias literais, idéias traduzidas “ao pé da letra”, idéias reais,
sem chance de serem tomadas por outro sentido. Nas idéias explícitas não encontraremos
comentários do tipo “não foi assim que eu entendi...”.

Idéias Implícitas de um texto: há dois tipos de implícitos: os pressupostos e os


subentendidos.
Os pressupostos são idéias que não aparecem explicitamente em um enunciado, mas
decorrem do sentido de certas palavras ou expressões pertencentes a este.
Exemplo:
João continua doente.
Esta frase nos traz o pressuposto de que João já estava doente antes. O sentido do verbo
“continuar” nos permite dizer isso.
O médico atendeu ao seu primeiro cliente.
O adjetivo “primeiro” revela o pressuposto de que o médico não havia atendido a ninguém
ainda.

Há algumas palavras que geralmente servem de marcadores de pressupostos:


a) adjetivos (ou palavras e expressões com valor adjetivo)
Ex: Aquela é a moça mais feia da festa
Pressuposto: há outras moças na festa que não são tão feias como esta.

b) certos verbos
Ex: Juliana parou de fumar.
Pressuposto: Juliana fumava antes.

c) certos advérbios
Ex: O governo está pensando somente da reeleição.
Pressuposto: o governo não está pensando em mais nada.
Enquanto os pressupostos decorrem de alguma palavra contida na frase, não podendo por
isso serem negados, o subentendido é uma insinuação que dependerá do ouvinte para ser
consumado.

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Exemplo:
“Nossa! São três horas da manhã!” – diz a dona de casa a um convidado chato que veio
para jantar e esqueceu-se de ir embora.
Se esse convidado for realmente chato, ele poderá dizer para a dona da casa: “São só três
horas da manhã e você já quer que eu vá embora?”
Como o subentendido tem a vantagem de poder ser negado, a dona da casa poderá
responder: “Imagine! Eu só queria dizer que ao seu lado o tempo passa voando!”

DICAS PARA INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

 Leia o texto mais de uma vez, minuciosamente, para encontrar a resposta correta.
 Na terceira ou quarta leitura do texto, pode-se destacar as palavras e expressões-chave.
 É necessário limitar-se às informações contidas no texto.
 Tente compreender o texto, fragmentando-o em parágrafos ou mesmo, em períodos; fica
mais fácil interpretar.
 Sempre restam duas alternativas consideradas possíveis. Nesse caso, é necessária uma
nova leitura.
As mensagens que uma comunicação pretende transmitir nem sempre estão contidas
somente na linguagem verbal (texto) ou na linguagem não verbal (fotografias, gráficos, tabelas,
desenhos, esquemas).
O conjunto dessas linguagens é que estabelece, em sintonia, a comunicação entre quem a
emite e seu destinatário. É o lingüístico e o imagético presentificando um só fato.
A linguagem verbal é o instrumento mais eficaz na comunicação que estabelecemos um
com o outro e com nós mesmos. Ela organiza nosso pensamento, faz com que possamos
explicitá-los e nos acompanha em inúmeras atividades que desenvolvemos ao longo de nossas
vidas.
A humanidade tem veiculado, por intermédio da palavra, de geração a geração, um volume
enorme de conhecimentos, comportamentos e valores que constituem a cultura das várias
comunidades existentes.
A linguagem verbal apresenta uma estrutura bastante complexa: além de representar
todos os objetos, permite a sua análise, caracterização e interligação com outros conceitos, num
sistema amplo de relações.
Linguagem não verbal – na comunicação diária, utilizamo-nos de meios que dispensam o
uso da palavra. Nossos gestos e olhares são prova disso.
A maneira como nos vestimos e até como os portamos nos vários ambientes que
freqüentamos também comunica, a quem nos observa, preferências e modos de vida.
A mímica, a pintura, a música e a dança são artes que, em sua expressão, prescindem da
palavra.
Hoje convivemos com freqüência cada vez maior e mais intensamente com a linguagem
visual.
O cinema, a televisão, os computadores, a fotografia, os veículos publicitários (outdoors,
revistas) têm encontrado, nesse tipo de linguagem, um instrumento de comunicação extremamente
eficaz, devido sobretudo à velocidade com que transmite as mensagens.
Apesar disso, a palavra continua sendo um meio poderoso, capaz de traduzir, analisar e
criticar qualquer outro tipo de linguagem.

ORTOGRAFIA OFICIAL

Palavra constituída das partes orto (correta) + grafia (escrita).


A ortografia é a parte da gramática que trata da correta escrita das palavras.
A escrita atual da língua portuguesa está baseada no acordo ortográfico aprovado pela
Academia Brasileira de Letras em 12 de agosto de 1943, acrescido de pequenas alterações
efetuadas em 18 de dezembro de 1971.
Apesar das alterações promovidas, o sistema ortográfico atual não conseguiu atingir um
nível de simplificação, dado que muitas grafias justificam-se ainda pela etimologia, isto é, pela
origem da palavra.

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Isso explica várias dificuldades:


· Presença de letras que não representam nenhum fonema:
Hoje homem hora
· Um mesmo fonema representado por mais de uma letra:
Girafa jibóia Seda cedo
· Duas letras (dígrafo) representando um único fonema:
Adolescente exceção pássaro

EMPREGO DAS LETRAS

Como a justificativa pela etimologia requer o conhecimento das línguas de origem


(sobretudo do latim e do grego), forneceremos apenas algumas orientações práticas
acompanhadas de uma pequena relação de palavras que oferecem normalmente maiores
dificuldades.

Grafia do H
Escrevem-se com h inicial as palavras que, na origem, possuem h.

Hábil Haurir Hiato Horrível


Habitar Haver Hispânico Horto
Hálito Helênico Hispanizar Hóspede
Halo Hélice Hoje Hóstia
Hangar Herbáceo Hora Humildade
Harém Herbívoro Horário Húmus
Harpa Hesitar

Obs: Não deve ser empregado o h quando a origem da palavra não o explique:
Alucinação espanhol ombrear pedra-ume
Alucinar espanholizar ombro umedecer
Erva iate ontem úmido

No interior das palavras, o h pode:


· Desaparecer, se o prefixo não se separa por hífen:
Desumano (des + humano) Desarmonia (des + harmonia)
Desonesto (des + honesto) Inabitável (in + habitável)
Inábil (in + hábil)

· Permanecer, se a palavra composta é separada por hífen:


Anti-higiênico luso-hispânico pré-histórico
Anti-histórico pré-história super-homem

Grafia do E/I
Escrevem-se com i os verbos terminados em -uir, -oer, -air, na 2ª e 3ª pessoas do singular
do presente do indicativo:

possuir Corroer Atrair


Tu Possuir Corróis Atrais
Ele Possui Corrói Atrai
Escrevem-se com e os verbos terminados em -uar na 1ª, 2ª e 3ª pessoas do presente do
subjuntivo:

Efetuar Eu efetue Tu efetues Ele efetue

Palavras com I Palavras com E


Cabriúva Impigem Arrepiar Disenteria
Crânio Inigualável Campeão Efetue

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Criação Meritíssimo Candeeiro Empecilho


Criador Pátio Côdea Encarnar
Criar Pinicar Cumeeira Entronizar
Discrição Privilégio Destilação Penico
Hilaridade Destilar Quase
Ifigênia Destilaria Sequer

Grafia DO O/U

Palavras com O Palavras com U


Capoeira Nódoa Ao léu Jabuti
Êmbolo Óbolo Bueiro Jabuticaba
Focinho Poleiro Buliçoso Jabuticabal
Fosquinha Polia Bulir Manuel
Goela Polenta Chuvisco Míngua
Mágoa Polir Embutir Tábua
Molambo Tossir Íngua Tabuada

Grafia do X/CH

Depois de ditongo, usa-se x e não ch:


Caixa feixe peixe
Depois de en usa-se x:
Enxada enxame enxergar enxofre
Exceções: encharcar, enchova, enchumaçar, encher e seus derivados.

Palavras com X Palavras com CH


Bexiga Quixotesco Broche Ficha
Bruxa Rixa Charque Flecha
Caxumba Xarope Chimarrão Inchar
Laxativo Xereta Chiste Pechincha
Maxixe Xerife Chuchu Penacho
Mexer Xícara Churrasco Piche
Muxoxo Xingar Cochichar Rinchar
Paxá Xucro Estrebuchar Salsicha

Grafia do G/J
Palavras com G Palavras com J
Gengibre monge Berinjela Majestade
Gengiva Ogiva Canjica Majestoso
Geringonça Sargento Jenipapo Pajé
Ginete Tigela Jibóia Sarjeta
Gir Vagem Jiló Ultraje
Gíria Viagem (s.) Jirau Viajem (v.)

Representação do fonema /S/

O fonema /s/ pode ser representado pelas seguintes letras

C ou Ç S SS SC ou SÇ X XC
Açafrão Ânsia Acessível Acréscimo Aproximar Exceção
Acetinado Ansiar Acesso Adolescente Auxiliar Excedente
Almaço Ansiedade Acessório Ascensão Auxílio Exceder
Anoitecer Ansioso Assar Consciência Máximo Excelso
Censura Cansado Asseio Consciente Proximidade Excêntrico

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Cimento Cansar Carrossel Crescer Trouxe Excepcional


Dança Descansar Cassino Cresço Excessivo
Dançar Descanso Concessão Descer Excesso
Endereço Diversão Discussão Desço
Grafia do S/Z

· Escrevem-se com s os adjetivos formados com o sufixo -oso, que significa "cheio de":

Substantivos Adjetivos
Gosto Gostoso
Graça Gracioso
Chuva Chuvoso
Poder Poderoso
Prazer Prazeroso
Valor Valoroso

· Escrevem-se com s as palavras formadas com os sufixos -ês ou -esa, indicativos de


nacionalidade, estado social ou títulos de honra:

-ÊS -ESA
Camponês Camponesa
Francês Francesa
Holandês Holandesa
Inglês Inglesa
Japonês Japonesa
Marquês Marquesa
· Escrevem-se com z as palavras formadas com os sufixos -ez ou -eza, indicativos de "qualidade
ou estado" e formadores de substantivos abstratos:

Adjetivos SubstantivosAbstratos Adjetivos


SubstantivosAbstratos
Agudo agudez Belo Beleza
Escasso Escassez Certo Certeza
Estúpido Estupidez Duro Dureza
Gago Gaguez Esperto Esperteza
Honrado Honradez Justo Justeza
Límpido Limpidez Pobre Pobreza
Líquido Liquidez Rico Riqueza

· Escrevem-se com z as palavras formadas com os sufixos -zal, -zinho, - zinha, -zito, -zita:
Avezinha cafezal Cafezinho Cãozito

· Escrevem-se com z os verbos formados a partir de substantivos ou adjetivos acrescidos do sufixo


-izar.

· Escrevem-se com s os verbos cuja palavra primitiva escrita com s é acrescida do sufixo -ar.

-IZAR -AR
Anarquia + izar = anarquizar Análise + ar = analisar
Canal + izar = canalizar Atraso + ar = atrasar
Civil + izar = civilizar Aviso + ar = avisar
Colono + izar = colonizar Catálise + ar = catalisar
Deslize + izar = deslizar Friso + ar = frisar
Nacional + izar = nacionalizar Improviso + ar = improvisar
Profeta + izar = profetizar Liso + ar = alisar
Regular + izar = regularizar Paralisia + ar = paralisar

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Vulgar + izar = vulgarizar Pesquisa + ar = pesquisar

Formas variantes
Algumas palavras admitem, com o mesmo significado, grafias diferentes. Podem ser
escritas com c ou com qu:

Catorze ou quatorze
Cociente ou quociente
Cota ou quociente
Cotidiano ou quotidiano

Observação: A palavra cinqüenta admite apenas esta grafia.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Para você saber se uma palavra deve ou não ser acentuada, siga os seguintes passos:
· Identifique a sílaba tônica da palavra.
· Verifique se a palavra é oxítona, paroxítona ou proparoxítona
· Aplique as regras.

Regra I
Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas:
Pássaro sólido árvore
Líquido cômodo quilômetro

Regra 2
Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em:
a) -a, -as:
fubá, jacá, aliás, está, atrás, lilás
b) -e, -es:
café, pajé, através, bebê, francês, freguês
c) -o, -os:
cipó, dominó, repôs, xangô, após, camelôs
d) -em, -ens:
alguém, armazém, vintém, além, parabéns, armazéns

Regra 3
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
a) -l: possível, amável, aceitável
b) -i, is: júri, táxi, biquíni, grátis, tênis, lápis
c) -n: hífen, pólen, elétron
d) -us, -um, -uns: vírus, álbum, médium, Vênus, álbuns, médiuns
e) -r: dólar, mártir, revólver
f) -x: tórax, fênix, látex
g) -ã, -ãs, -ão, -ãos: ímã, órfãs, bênção, órgão, órfão, bênçãos
h) -ei, eis: jóquei, úteis, vendêsseis

Regra 4
Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em -as, -e(s), -o(s):
Já, vê, só, lá, é, dó, más, dê, pó, ás, pés, sós

Regra 5
Acentuam-se todas as palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente.
História, vício, série, água, contínuo, área

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Regra 6
Acentuam-se os ditongos tônicos abertos -éu(s), -éi(s), ói(s):
Chapéu, véu, céus, fiéis, anéis, pastéis, herói, apóio, faróis

Regra 7
Recebe acento circunflexo o penúltimo -o- fechado do hiato ôo nas palavras paroxítonas.
Abençôo, vôo, perdôo

Observação: não se devem acentuar as palavras terminadas em oa e oe: pessoa, boa,


coroa, leitoa, voe, abneçoe etc.

Regra 8
Acentuam-se o -i ou o -u tônicos que formam sílabas sozinhos e se apresentam em hiato
com uma vogal anterior.
Saúde, saída, baú, Avaí
Observação: não devem ser acentuados o -i ou o -u tônicos:
a) quando nasais:
Caim, ainda, rainha
b) quando formam sílabas com l, r, z, i, u:
sair, juiz, paul, saiu, contribuiu, pauis

Regra 9
Emprega-se o trema sobre o -u dos grupos -gue, -gui, -que, -qui, quando este -u é
pronunciado e átono:
a) güe - agüentar, lingüeta
b) güi - lingüiça, lingüística
c) qüe - freqüente, freqüência
d) qüi - tranqüilo, tranqüilidade

Observação: Se o -u- dos grupos -gue, -gui, -que, -qui, além de pronunciado, é tônico,
deve receber o acento agudo. Argúi, averigúe

Regra 10
Pelo decreto presidencial de 18/12/1971, as demais regras, ou seja, as que estabeleciam
como obrigatório o acento grave nas sílabas tônicas (sòmente, cafèzinho) e a do acento diferencial
(govêrno, aquêle) foram abolidas.
Observação: O acento diferencial ainda continua nas seguintes palavras: pôde (pret. Perf.
Ind.), pára (verbo), péla (verbo), pélo (verbo), pólo (subst.), pôr (verbo), pêra (subst.), pêlo (subst.).

Acentuação das formas verbais

1. As formas verbais seguidas de pronomes são consideradas, para efeito de acentuação, como
palavras independentes e seguem as regras normais de acentuação gráfica:
Encontrá-lo vendê-lo compô-lo encontrá-lo-íamos

2. Verbos terminados por -em:


Ele Tem Vem Detém Intervém
Eles Têm Vêm Detêm Intervêm

Ele Crê Dê Lê Vê
Eles Crêem Dêem Lêem Vêem

SEPARAÇÃO DE SÍLABAS

Sílaba - conjunto de sons que pode ser emitido numa só expiração. Pode ser aberta ou
fechada se terminada por vogal ou consoante, respectivamente.

Apostilas Decisão 8 Apostilas Decisão


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Na estrutura da sílaba existe, necessariamente, uma vogal, à qual se juntam, ou não,


semivogais e/ou consoantes. Assim, não há sílaba sem vogal e esse é o único fonema que,
sozinho, forma sílaba.
A maneira mais fácil para separar as sílabas é pronunciar a palavra lentamente, de forma
melódica.
Toda consoante precedida de vogal forma sílaba com a vogal seguinte. Merece a
lembrança de que m e n podem ser índices de nasalização da vogal anterior, acompanhando-a na
sílaba. (ja-ne-la, su-bu-ma-no, é-ti-co, tran-sa-ma-zô-ni-ca; mas bom-ba, sen-ti-do)
Consoante inicial não seguida de vogal fica na sílaba seguinte (pneu-má-ti-co, mne-mô-
ni-co). Se a consoante não seguida de vogal estiver dentro do vocábulo, ela fica na sílaba
precedente (ap-to, rit-mo).
Os ditongos e tritongos não se separam, porém no hiato cada vogal está numa sílaba
diferente.
Os dígrafos do h e do u também são inseparáveis, os demais devem ser separados.
(cha-ve, ne-nhum, a-qui-lo, se-gue)
Em geral, os grupos consonantais onde a segunda letra é l ou r não se separam. (bra-ço,
a-tle-ta)
Em sufixos terminados por consoante + palavra iniciada por vogal, há união dessa
consoante final com a vogal, não se considerando a integridade do elemento mórfico (bi-sa-vô ≠
bis-ne-to, tran-sa-cio-nal ≠ trans-pa-ren-te).
As letras duplas e os encontros consonantais pronunciados disjuntamente devem ser
separados. (oc-cip-tal, ca-a-tin-ga, ad-vo-ga-do, dig-no, sub-li-nhar, ab-ro-gar, ab-rup-to)
Na translineação, devem-se evitar separações que resultem no fim de uma linha ou no
início da outra vogais isoladas ou termos grosseiros. (i//déi//a, cus//toso, puta//tivo, fede//ral)
Dependendo da quantidade de sílabas, as palavras podem ser classificadas em:
monossílaba (mono = um), dissílaba (di = dois), trissílaba (tri = três) e polissílaba (poli = vários / +
de quatro)

RECONHECIMENTO DE CLASSE DE PALAVRAS


NOME – PRONOME – VERBO - PREPOSIÇÕES E CONJUNÇÕES

SUBSTANTIVO

ASPECTOS MORFOLÓGICOS: Substantivo é todo nome com que designamos os seres.


"É a palavra com que designamos ou nomeamos os seres em geral ". (Celso Cunha)
São, portanto, substantivos:

1 - Os nomes de pessoas, animais, legumes, verduras, frutas, lugares, coisas.


Pedro, Mário, boi, cavalo, chuchu, beterraba, repolho, couve, laranja, manga, Vitória, Argentina,
Brasil, caderno, mesa, livro, lápis etc.
NOTA: Qualquer palavra precedida de artigo é um substantivo, ou seja, pode ser uma palavra
substantivada.
O sim, o não, o porquê, o ser, o amar, o querer, o triste, o alegre, etc., são palavras
substantivadas.
Ex.: O não é uma palavra amarga.
2 - Os nomes tomados como seres, indicando ação, estado ou qualidade:
Tristeza, bondade, patriotismo, velhice, colheita, limpeza, firmeza, inteligência, etc.

CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO

O substantivo pode ser:


- COMUM: quando se refere a todos os seres de uma mesma espécie.
Revista (esse nome se refere a toda a espécie de revista)
Cidade (identifica toda a espécie de cidade)

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- PRÓPRIO: quando se refere a um só ser de uma mesma espécie.


A GAZETA ( refere-se a um só ser da espécie jornal),
Recife; (identifica um ser da espécie cidade)

- SIMPLES: quando o substantivo é formado por um só radical.


Árvore, flor, repolho, menino, pé, mão...

- COMPOSTO: quando o substantivo for formado por mais de um radical


Salário-família Azul-marinho Pé- de- moleque

- PRIMITIVO: dá origem a outro substantivo.


Carro, terra...

- DERIVADO: quando se origina de outro substantivo, primitivo.


Carroça, carroceiro, carretel, carruagem, terreiro, terreno, terremoto...

- CONCRETO: quando indica um ser de existência independente, real ou não.


Menino, Deus, alma, terreiro, couve-flor...

- ABSTRATO: quando indica um ser de existência dependente, isto é, ser que não existe no
mundo exterior, mas apenas em nossa consciência.
Amor, saudade, inveja, entrada, dor...

FORMAÇÃO DO SUBSTANTIVO

O substantivo pode ser primitivo ou derivado.

- PRIMITIVOS: são os que não derivam de outra palavra


pedra, ferro, dente, trovão...

- DERIVADOS: são os que derivam de outra palavra


pedrada, pedraria, pedregal, pedregoso, pedregulho, ferroada, ferrolho, ferroso, ferrovia,
ferraria, ferreiro, dentada, trovoada

SUBSTANTIVOS COLETIVOS

São os substantivos comuns que, no singular, designam um conjunto de seres ou coisas


da mesma espécie.
É assim chamado o substantivo comum que, embora na forma singular, exprime, quanto à
idéia, diversos seres ou coisas da mesma espécie.

Alguns esclarecimentos:
a) Não estão relacionados nesta lista coletivos formados do próprio radical da palavra acrescidos
de sufixos designativos de coleção.
Árvore arvoredo
Casa casario
Corda cordame
Sapo sapataria
Taquara taquaral

b) A lista de coletivos não é completa, mas não existem coletivos para todo e qualquer substantivo.

c) Se você estiver procurando coletivos que indiquem o número certo dos elementos da coleção,
isto é, o conjunto de dois, de três, de quatro, ..., estes devem ser procurados na lista ou dicionário.

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d) Às vezes, ao usar um coletivo - miríade, por exemplo - não basta escrever miríade, é necessário
acrescentar o especificativo, "de estrelas", um "cardume de peixes", "um enxame de abelhas" e
não basta simplesmente - "um cardume", "um enxame", a menos que o contexto já esclareça o
coletivo.

Eis alguns coletivos:


Abelhas - colméia, cortiço, enxame
Amigo - quando em assembléia - tertúlia
Anedota - anedotário, repertório
Bêbedo - corja, súcia, farândula
Borboleta - panapaná
Botão - abotoadura
Burro - manada, tropa, récua
Cabelo - cacho, trança, madeixa
Cobra - fato
Cálice - baixela
Dez - dezena
Dez anos - década
Disco - discoteca
Dois animais - casal, par
Égua - piara
Erro - barba
Escravo - na mesma morada - senzala
Feiticeiro - conciliábulo
Garoto - cambada, bando, chusma
Gato - cambada
Gravura - quando colecionadas - iconoteca
Habitante - povo, população
Herói - falange
Ilha - arquipélago
Índio - quando formam bando - maloca
Jornal, revista - hemeroteca
Ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa
Livro - biblioteca
Lobo - alcatéia, caterva
Macaco - capela
Mapa - Atlas - quando ordenados em volume
- Mapoteca - quando em coleção
Máquina - maquinaria
Nove dias - novena
Oito dias - oitava
Ovelha - rebanho, grei, chafordel, malhada, oviário
Padre - clero, clerezia
Palavra - vocabulário
Pantera - alcatéia
Quadro - de pintura - pinacoteca, galeria
Quarenta dias - quarentena
Quatro anos - quadriênio
Quatro vozes - quarteto
Três dias - tríduo
Três meses - trimestre
Três versos - terceto
Três vozes - terceto
Vaca - armento, armentio
Vinte - vintena
Vinte e cinco anos - quartel de século

Apostilas Decisão 11 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

PRONOME

Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o à pessoa


do discurso.
As pessoas do discurso são três:
§ Primeira pessoa -a pessoa que fala
§ Segunda pessoa -a pessoa com quem se fala
§ Terceira pessoa -a pessoa de quem se fala

CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES

Há seis tipos de pronomes:


§ pessoais,
§ possessivos,
§ demonstrativos,
§ indefinidos,
§ interrogativos e
§ relativos.

Pronomes pessoais
Os pronomes pessoais substituem os substantivos, indicando as pessoas do discurso. São
eles:
§ retos
§ oblíquos e
§ de tratamento

Pronomes pessoais retos e oblíquos:

Pessoas do discurso Pronomes Retos Pronomes oblíquos


primeira pessoa do singular Eu me, mim, comigo
segunda pessoa do singular tu te, ti, contigo
terceira pessoa do singular ele/ela se, si, o, a, lhe, consigo
primeira pessoa do plural Nós nos, conosco
segunda pessoa do plural vós vos, convosco
terceira pessoa do plural eles/elas se, si, os, os, lhes, consigo

Formas Pronominais
Os pronomes o, a, os, as, adquirem as seguintes formas:
§ -lo, la, los, las, quando associados a verbos terminados em r, s ou z.
Ex.: encontrá-lo, fê-las...

§ no, na, nos, nas, quando associados a verbos terminados em som nazal.
Ex.: encontraram-no, põe-nas.

Pronomes Pessoais de Tratamento


Os pronomes pessoais de tratamento representam a forma de se tratar as pessoas: trato
cortês ou informal.

Pronomes possessivos
Pronomes Possessivos são palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor),
acrescentam a ela a idéia de posse de algo (coisa possuída).

São eles:

Apostilas Decisão 12 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

primeira pessoa do singular meu, minha, meus, minhas


segunda pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
terceira pessoa do singular seu, sua, seus, suas
primeira pessoa do plural nosso, nossa, nossos, nossas
segunda pessoa do plural vosso, vossa, vossos, vossas
terceira pessoa do plural seu, sua, seus, suas

O pronome possessivo concorda em pessoa com o possuidor e em gênero e número com


a coisa possuída.

Pronomes Demonstrativos
Pronomes Demonstrativos são palavras que indicam, no espaço ou no tempo, a posição de
um ser em relação às pessoas do discurso.

São eles:
Variáveis - este, esta, estes, estas, esse, essa, esses, essas, aquele, aquela, aqueles, aquelas
Invariáveis - isto, isso, aquilo

Pronomes Indefinidos
Pronomes Indefinidos são palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-
lhe sentido vago ou expressando quantidade indeterminada.

São eles:
Variáveis - algum, nenhum, todo, muito, pouco, certo, outro, quantotanto, vários, diversos, um,
qual, bastante Invariáveis - Algo, alguém, nada, ninguém, tudo, cada, outrem, quem mais,
menos, demais

Pronomes Interrogativos
Pronomes Interrogativos são aqueles usados na formulação de perguntas diretas ou
indiretas. Assim como os indefinidos, referem-se a Terceira Pessoa do Discurso.
São eles: que, quem, qual, quanto...
Pronomes Relativos
São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e
com os quais se relacionam.
Ex.: Eu estou lendo um livro.
O livro que estou lendo é muito bom.

Podemos, então, utilizarmo-nos de um pronome relativo, para nos referirmos à palavra livro
que se repete. Assim:
O livro que estou lendo é muito bom.

Os Pronomes Relativos são:


Variáveis - o qual, cujo, quanto
Invariáveis - Que, quem, onde

O uso do pronome relativo "onde"


Essa palavra deve ser utilizada, quando o antecedente for um termo que indique lugar.

EXEMPLO:
Os regimes democráticos onde todos têm direitos iguais deve vigorar em todas as nações.
(ERRADO)
As nações onde os regimes democráticos vigoram têm mais condições de desenvolverem-
se. (CERTO)

O uso de sua e vossa

Apostilas Decisão 13 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Os pronomes de tratamento são de 3º pessoa. Por esse motivo, a concordância deve ser
feita em 3º pessoa:
Ex: Vossa Senhoria deve comparecer com seus convidados à festa.
Sua Majestade partirá com sua comitiva amanhã de manhã.

Usa-se vossa quando estamos falando diretamente com a pessoa e sua quando falamos
da pessoa.
Ex.: Lembrem-se dos pedidos que Sua Excelência fez entes de partir.
Vossa Excelência, conte-nos as novidades.

VERBO

Verbo é a palavra que expressa processos, ação, estado, mudança de estado, fenômeno
da natureza, conveniência, desejo e existência. Desse modo, enquanto os nomes (substantivo,
adjetivo) indicam propriedades estáticas dos seres, o verbo denota os seus movimentos, por isso
sua característica de dinamicidade.
Exemplos:
1. Um homem já escorregou neste chão molhado.
...[escorregar: verbo = ação que expressa a dinamicidade de "homem"]
2. Por enquanto as matas continuam indefesas.
...[continuar: verbo = estado que expressa a dinamicidade de "matas"]
3. Anoitecia rapidamente!
...[anoitecer: verbo = fenômeno dinâmico da natureza]
4. Convém aguardar mais alguns minutos.
...[convir: verbo = conveniência que expressa a dinamicidade de "aguardar..."]
5. Nossos estudantes anseiam um bom emprego.
...[ansiar: verbo = desejo que expressa a dinamicidade de "nossos estudantes"]
6. Houve tumulto no momento da votação.
...[haver: verbo = existência que expressa a dinamicidade de "tumulto..."]

Sabendo que:
.o modo indicativo exprime atitude de certeza do falante perante o processo que enuncia;
.o modo subjuntivo exprime atitude de incerteza ou condicionamento do falante perante o
processo que enuncia, isto é, o falante apresenta o fato como possível, desejável, hipotético ou
duvidoso e
.o modo imperativo exprime atitude de ordem, solicitação, súplica, passaremos ao estudo dos
tempos verbais.

Presente: em princípio, exprime um processo simultâneo ao ato da fala. Ex.: Ele está em casa
agora.
O Presente pode ocorrer com valor de perfeito (presente narrativo ou histórico). Ex.: Em 1500,
Cabral desembarca no Brasil.
O Presente pode ocorrer com valor de futuro. Ex.: Amanhã eu falo com você.
O Presente pode indicar um processo costumeiro, contínuo, universal. Ex.:O homem nasce,
cresce e morre.

Imperfeito: exprime um processo passado com duração no tempo: - com matiz de habitualidade.
Ex.: O povo esperava o trem durante horas, sem reclamar. - com idéia de comcomitância. Ex.:
Quando cheguei à estação, já o trem partia.
O Imperfeito pode ocorrer com valor de futuro do pretérito. Ex.: Se eu tivesse mais coragem, eu
reclamava.
O Imperfeito ocorre também para exprimir irrealidade. Ex.: "agora eu era herói e o meu cavalo só
falava inglês..."

Perfeito: exprime um processo passado, totalmente concluído, sem duração no tempo. Ex.: O
trem parou e ele desceu.

Apostilas Decisão 14 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Mais-que-perfeito: exprime um processo anterior a um processo passado. Ex.: No dia dez, você
me visitou: no dia nove, eu lhe telefonara.( =tinha telefonado)

O Mais-que-perfeito pode ocorrer com valor de futuro do pretérito ou com valor de imperfeito do
subjuntivo. Ex.: Mais fizera (=faria) se não fora (=fosse) tão pouco o tempo de que dispunha.
O Mais-que-perfeito pode ocorrer em orações optativas. Ex.: Quem me dera encontrá-lo de novo.

Futuro do presente: exprime um processo posterior ao momento em que se fala. Ex.: O resultado
sairá amanhã.
O Futuro do presente pode ocorrer com valor de presente, exprimindo dúvida, probabilidade. Ex.:
O exército inimigo deverá ter hoje uns vinte mil soldados, não mais.
O Futuro do presente pode ocorrer, ainda, com valor de imperativo. Ex.: Não levantarás falso
testemunho.

Futuro do Pretérito: exprime um processo posterior a um processo passado. Ex.: Você viajou dia
dez. Dois dias depois, eu chegaria de viagem.
O Futuro do pretérito exprime, ainda, uma hipótese, probabilidade, incerteza. Ex.: Segundo
alguns astrônomos, outros planetas seriam habitados.
O Futuro do pretérito podeocorrer com valor de presente, exprimindo modéstia ou cerimônia. Ex.:
Você, por favor, me serviria um cafezinho? (serviria = serve, pode servir)

Correlação dos tempos verbais: nos períodos compostos por subordinação existem certas
regras de concordância entre os tempos verbais da oração principal e da(s) sua(s) subordinada(s).
. Orações condicionais: - Se o verbo da subordinada estiver no imperfeito do subjuntivo, o verbo
da principal deverá vir no futuro do pretérito do indicativo.
- Se o verbo da subordinada estiver no futuro do subjuntivo, o verbo da principal virá no futuro
do presente do indicativo.

. Orações substantivas: - Estando o verbo da principal no presente do indicativo e exigindo o uso


do subjuntivo na subordinada, o verbo desta deverá vir no presente do subjuntivo.
- Estando o verbo da principal no passado e exigindo o uso do subjuntivo na subordinada, o verbo
desta virá no imperfeito do subjuntivo.
. Discurso indireto: Ao transformarmos o discurso direto em indireto, devemos atentar ao seguinte:
. Com o verbo "dicendi" no passado, o verbo da frase relatada sofrerá alterações (acompanhadas
de outras relativas às formas pronominais e adverbiais): - o presente passa a pretérito
imperfeito: Ele declara que vai. - Ele declarou que ia.
- o pretérito perfeito passa a pretérito mais-que-perfeito: Ele declara que foi. - Ele declarou que
fora.
- o futuro do presente passa a futuro do pretérito: Ele declara que irá. - Ele declarou que iria.  

Formas nominais: são aquelas que, além de possuírem valor verbal, podem exercer a função de
nomes: substantivos (o infinitivo), adjetivo (o particípio) e advérbio (o gerúndio).  

Infinitivo pessoal e impessoal:


Emprego do Infinitivo pessoal:
.Usa-se o infinitivo pessoal quando o infinitivo tem sujeito diferente do sujeito da oração principal.
Ex.:Eu te censuro por te queixares sem razão.
. Usa-se o infinitivo pessoal quando o infinitivo se flexiona na terceira pessoa do plural como
recurso para indetreminar o sujeito. Ex.: Ouvi dizerem asneiras por aí.
. Usa-se o infinitivo pessoal, toda vez que, através da marca da pessoa gramatical se quer
enfatizar ou esclarecer a pessoa do sujeito. Ex.: Saíres daqui agora? Nem penses.

Emprego do infinitivo impessoal:


. Usa-se o infinitivo impessoal nas locuções verbais. Ex.: Vocês não podem reagir assim.

Apostilas Decisão 15 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

. Usa-se o infinitivo impessoal, quando o sujeito do infinitivo for um pronome oblíquo átono. Ex.:
Deixe-os falar.
. Usa-se o infinitivo impessoal, quando o infinitivo não se refere a sujeito algum. Ex.: Viver é
preciso.
. Usa-se o infinitivo impessoal, quando o infinitivo funciona como complemento de adjetivos.Ex.:
São casos possíveis de contornar.
.Usa-se o infinitivo impessoal, quando se imprime um valor imperativo. Ex.: Veio a ordem decisiva:
avançar!

Emprego do duplo particípio:


O duplo particípio ocorre com os verbos abundantes, aqueles que têm duas ou mais formas
equivalentes. Ex.: elegido e eleito: particípio regular e irregular do verbo eleger.
Dos particípios o que termina em - do é sempre regular; o outro é irregular. O particípio regular
usa-se com os verbos ter e haver: tinha elegido, havia elegido. O particípio irregular usa-se com
os verbos ser e estar: foi eleito, serei eleito.

PREPOSIÇÃO

Preposição é a palavra ou expressão (locução prepositiva) que serve para ligar duas
palavras, estabelecendo relação entre elas.
As principais preposições são:
§ A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

CONJUNÇÃO

Dá-se o nome de conjunção à palavra ou locução invariável que liga orações ou termos
semelhantes da mesma oração.
Ex: O inverno passou e eles não voltaram.
Encontrei meu pai e minha irmã no cinema.

As conjunções se dividem em: corrdenativas (que ligam orações de sentido completo e


independente) e subordinativas (que ligam orações quando uma delas depende da outra).

PRONOMES – COLOCAÇÃO E USO

O uso dos pronomes oblíquos átonos ME, TE, SE, O(S), A(S), LHE(S) e NOS em relação
ao verbo é bastante livre no Brasil: depende muito do ritmo, da harmonia, da ênfase e
principalmente da eufonia. Como a pronúncia brasileira é diferente da portuguesa, a colocação
pronominal neste lado do Atlântico também difere da de Portugal. O português brasileiro é
essencialmente proclítico, isto é, preferimos usar o pronome na frente do verbo na maior parte do
tempo. o Manual Geral de Redação da Folha de S. Paulo resume sua orientação alertando para
esse ponto: "Atualmente o pronome é colocado antes do verbo haja ou não uma palavra que o
atraia (pronome relativo, negações etc.). Mas em pelo menos um caso usa-se o pronome depois
do verbo: início de oração". Tudo poderia se resumir à próclise, então. Mas não é assim tão
simples. Há algumas orientações e regras a serem seguidas.

Próclise ou ênclise

O pronome pode ficar antes ou depois do verbo quando houver:


1. Sujeito explícito antes do verbo:
 Ele se manteve / manteve-se irredutível em relação ao divórcio.
 William Golding se consagrou/consagrou-se como um mestre em
esmiuçar questões complexas da natureza humana.
 Desde os dois anos de idade Laís se veste /veste-se sozinha.

Apostilas Decisão 16 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

 Humilhar o vizinho se tornou/tornou-se uma obsessão para Joel.


 Por muito tempo aquelas pessoas se debateram/debateram-se com o
alcoolismo.
2. Conjunção coordenativa:
 Gostei da festa, porém me despedi/despedi-me cedo.
 Tem rompantes, mas se arrepende/arrepende-se depois.
 O governador foi taxativo e se estendeu/estendeu-se longamente sobre o
assunto.
3. Preposição antes de verbo no infinitivo:
 Nas lojas esportivas encontramos o equipamento ideal para proporcionar-
nos/para nos proporcionar uma vida sadia.
 Temos satisfação em lhe participar / em participar-lhe a inauguração da
fábrica.
 Tenho o prazer de lhes falar/falar-lhes sobre a filosofia que norteia nossa
instituição.
Obs. Quando o pronome é a/as, o/os, torna-se preferível a ênclise: Conseguido o
divórcio, sentiu-se tentada a enganá-lo (em vez de a o enganar) na divisão dos bens. / Tenho o
prazer de convidá-los a comparecer ao batismo. / Folgo por sabê-los bem.

Recomendações
Para muitos, trata-se de regras rígidas, mais do que recomendações. Digamos que quem
quer redigir com correção e estilo deve cuidar para adotar a próclise nas seguintes situações:
1) Os pronomes indefinidos e relativos e as conjunções subordinativas atraem o
pronome átono; para facilitar seu reconhecimento, convém notar que grande parte começa com
que:
 Eis o livro do qual se falou a noite inteira.
 Procuramos quem se interesse por criação de bicho-da-seda.
 Quer me arrependa, quer não, irei lá.
 O resultado das urnas serviu para mostrar a falácia daqueles que se
jactavam de uma força política que lhes permitia tudo.
 Sua carreira política começou em 1955, quando se elegeu vereador pelo
antigo PTB.
 Em sociedade tudo se sabe. / Onde se meteram eles?
2) Também as palavras de valor negativo atraem o pronome átono:
 Nada nos afeta tanto quanto o aumento do leite. / Nunca se viu coisa igual.
 Não me diga isso para não me aborrecer. / Ninguém os tolera.
 Jamais se soube a verdadeira versão dos fatos.
É interessante observar que se a palavra negativa precede um infinitivo não flexionado, o
pronome pode vir depois do verbo: Calei para não a magoar. Calei para não magoá-la. / Saí para
não os incomodar/para não incomodá-los.
3) Advérbios de um modo geral atraem o pronome átono:
 Aqui se faz, aqui se paga. / Agora te reconheço. / Sempre se disse isso.
 Lá se foi nosso dinheiro... / Talvez nos encontremos. / Devagar se vai ao
longe.
 Ele certamente a viu. / Muito nos contaram sobre isso. / Logo se saberá o
resultado.

Proibições
Há apenas duas situações inviáveis:
1. A ênclise com os tempos futuros; em outros termos: colocar o pronome
átono depois dos verbos no futuro do presente e do pretérito do indicativo e no futuro do
subjuntivo:
 fazerei-me / faria-nos / diriam-se / se disser-te / quando puse-las / se
trouxe-las etc.

Apostilas Decisão 17 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

2. O pronome átono depois do particípio: L *Eu já teria aposentado-me se


ganhasse bem.
Se aplicar a orientação de sempre usar o pronome na frente do verbo, você já não corre
o risco de cometer esse erro de ênclise. Como corrigir essas situações, então? Usar a próclise
colocando um sujeito explícito antes do verbo, para não deixar o pronome no início da frase:
 Eu me benzerei; ele nos faria um favor; se te disser; quando (eu) as puser
no lugar; eles se diriam magoados. Ficarei feliz se (você) as trouxer junto.
 Eu já teria me aposentado se ganhasse bem.

Começo de frase
Ainda não aceita na linguagem culta formal, a colocação do pronome átono em início de
frase é permitida na linguagem informal e nos diálogos - pode ser "proibida", mas não é inviável,
portanto. Celso Cunha e Lindley Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo (1985:
307), observam que essa possibilidade - especialmente com a forma me  - é característica do
português do Brasil e também do português falado nas repúblicas africanas. E citam exemplos de
Erico Veríssimo e Luandino Vieira, respectivamente: Me desculpe se falei demais. / Me arrepio
todo...
E já escrevia Mário de Andrade, em "Turista Aprendiz": Se sente que o dia vai sair por
detrás do mato. Em todo caso, deve-se evitar o uso do pronome "se" no começo da frase porque
ele pode induzir o leitor a pensar que se trata da conjunção condicional se.

Locução verbal
Relembrando: locução verbal é a reunião de dois ou mais verbos para exprimir uma só
ação. O primeiro verbo é chamado auxiliar; o último é o principal e está sempre no infinitivo, no
gerúndio ou no particípio. Para melhor visualização e fixação, vejamos as possibilidades de
colocação dos pronomes átonos por meio de exemplos apenas.
1. Auxiliar + Infinitivo
 Quero fazer-lhe uma surpresa.
 Quero-lhe fazer uma surpresa.
 Quero lhe fazer uma surpresa. [sem hífen é mais brasileiro]
 Eu lhe quero fazer uma surpresa.
2. Auxiliar + Infinitivo com preposição
 Começamos a nos preparar para o vestibular.
 Começamos a preparar-nos para o vestibular.
3. Auxiliar + Gerúndio
 Eles foram afastando-se.
 Eles foram-se afastando.
 Eles foram se afastando. [colocação brasileira].
 Eles se foram afastando.
4. Auxiliar + Particípio
 O povo havia-se retirado quando chegamos.
 O povo havia se retirado quando chegamos.
 O povo se havia retirado quando chegamos.
Veja que aqui só há três opções, porque não se permite a ênclise com o particípio.

FORMAS PRONOMINAIS DE TRATAMENTO

Os pronomes pessoais de tratamento representam a forma de se tratar as pessoas: trato


cortês ou informal. Os mais usados são:

AUTORIDADES DE ESTADO

Civis

Apostilas Decisão 18 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Pronome de tratamento Abreviatura Usado para


Presidente da República, Senadores da República,
Ministro de Estado, Governadores, Deputados Federais e
Vossa Excelência V. Ex.a Estaduais, Prefeitos, Embaixadores, Vereadores,
Cônsules, Chefes das Casas Civis e Casas Militares

Vossa Magnificência V. M. Reitores, vice-reitores e pró-reitores de Universidade


a
Vossa Senhoria V. S. Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais

Judiciárias

Pronome de tratamento Abreviatura Usado para


Pronome de
Abreviatura Usado para
tratamento
Vossa Excelência V. Ex.a Desembargador da Justiça, curador, promotor
Meritíssimo Juiz M. Juiz Juízes de Direito
a
Vossa Senhoria V. S. Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais

Militares

Pronome de tratamento Abreviatura Usado para


a
Vossa Excelência V. Ex. Oficiais generais (até coronéis)
a
Vossa Senhoria V. S. Outras patentes militares
a
Vossa Senhoria V. S. Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais

AUTORIDADES ECLESIÁSTICAS

Pronome de tratamento Abreviatura Usado para


Vossa Santidade V. S. Papa
a
Vossa Eminência V. Em.
Cardeais, arcebispos e bispos
Reverendíssima Revm.a
Abades, superiores de conventos, outras autoridades
Vossa Reverendíssima V. Revma
eclesiásticas e sacerdotes em geral

AUTORIDADES MONÁRQUICAS

Pronome de tratamento Abreviatura Usado para


Vossa Majestade V. M. Reis e Imperadores
Vossa Alteza V. A. Príncipe, Arquiduques e Duques
Abades, superiores de conventos, outras autoridades
Vossa Reverendíssima V. Revma
eclesiásticas e sacerdotes em geral

OUTRAS AUTORIDADES

Apostilas Decisão 19 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Pronome de tratamento Abreviatura Usado para


a
Vossa Senhoria V. S. Dom
Doutor
Doutor Dr.

Comendador Com. Comendador


Professor Prof. Professor

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL

Concordância

É o mecanismo pelo qual as palavras alteram sua terminação para se adequarem


harmonicamente na frase.
A concordância pode ser feita de três formas:

1 - Lógica ou gramatical – é a mais comum no português e consiste em adequar o


determinante(acompanhante) à forma gramatical do determinado(acompanhado) a que se refere.
Ex.: A maioria dos professores faltou.
O verbo (faltou) concordou com o núcleo do sujeito (maioria)
Ex.: Escolheram a hora adequada.
O adjetivo (adequada) e o artigo (a) concordaram com o substantivo (hora).

2 - Atrativa – é a adequação do determinante :


a) a apenas um dos vários elementos determinados, escolhendo-se aquele que está mais
próximo:
Escolheram a hora e o local adequado.
O adjetivo (adequado) está concordando com o substantivo mais próximo (local)
b) a uma parte do termo determinado que não constitui gramaticalmente seu núcleo:
A maioria dos professores faltaram.
O verbo (faltaram) concordou com o substantivo (professores) que não é o núcleo do sujeito.
c) a outro termo da oração que não é o determinado:
Tudo são flores.
O verbo (são) concorda com o predicativo do sujeito (flores).

3 - Ideológica ou silepse- consiste em adequar o vocábulo determinante ao sentido do vocábulo


determinado e não à forma como se apresenta:
O povo, extasiado com sua fala, aplaudiram.
O verbo (aplaudiram) concorda com a idéia da palavra povo (plural) e não com sua forma
(singular).

Existem dois tipos de concordância:


Verbal
Nominal

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Regra geral: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o


substantivo a que se referem em gênero e número.

Ex.: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer mulher irresistivelmente
alta.

Apostilas Decisão 20 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Concordâncias especiais:
Ocorrem quando algumas palavras variam sua classe gramatical, ora se comportando
como um adjetivo (variável) ora como um advérbio (invariável).

Mais de um vocábulo determinado:

1- Pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa.


Ex.: Comprei um sapato e um vestido pretos. (gramatical, o adjetivo concorda com os dois
substantivos)
Comprei um sapato e um vestido preto. (atrativa, apesar do adjetivo se referir aos dois substantivos
ele concordará apenas com o núcleo mais próximo) Um só vocábulo determinado
1- Um substantivo acompanhado (determinado) por mais de um adjetivo: os adjetivos concordam
com o substantivo
Ex.: Seus lábios eram doces e macios.

2- Bastante- bastantes
Quando adjetivo, será variável e quando advérbio, será invariável
Ex.: Há bastantes motivos para sua ausência. (bastantes será adjetivo de motivos)
Os alunos falam bastante. ( bastante será advérbio de intensidade referindo-se ao verbo)

3- Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio


São adjetivos que devem concordar com o substantivo a que se referem.
Ex.: A fotografia vai anexa ao curriculum.
Os documentos irão anexos ao relatório.

Quando precedido da preposição “em”, fica invariável.

Ex.: A fotografia vai em anexo.


Envio-lhes, inclusas, as certidões./ Incluso segue o documento.
A professora disse: muito obrigada./ O professor disse: muito obrigado.
Ele mesmo fará o trabalho./ Ela mesma fará o trabalho.

Mesmo pode ser advérbio quando significa realmente, de fato. Será portanto invariável.
Ex.: Maria viajará mesmo para os EUA.
Ele próprio fará o pedido ao diretor./ Ela própria fará o pedido ao diretor.

4- Muito, pouco, caro, barato, longe, meio, sério, alto


São palavras que variam seu comportamento funcionando ora como advérbios (sendo assim
invariáveis) ora como adjetivos (variáveis).
Ex.: Os homens eram altos./ Os homens falavam alto.
Poucas pessoas acreditavam nele./ Eu ganho pouco pelo meu trabalho.
Os sapatos custam caro./ Os sapatos estão caros.
A água é barata./ A água custa barato.
Viajaram por longes terras./ Eles vivem longe.
Eles são homens sérios./ Eles falavam sério.
Muitos homens morreram na guerra./ João fala muito.
Ele não usa meias palavras./ Estou meio gorda.

5-É bom, é necessário, é proibido


Só variam se o sujeito vier precedido de artigo ou outro determinante.
Ex.: É proibido entrada de estranhos./ É proibida a entrada de estranhos.
É necessário chegar cedo./ É necessária sua chegada.

6- Menos, alerta, pseudo


São sempre invariáveis.

Apostilas Decisão 21 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Ex.: Havia menos professores na reunião./Havia menos professoras na reunião.


O aluno ficou alerta./ Os alunos ficaram alerta.
Era um pseudomédico./ Era uma pseudomédica.

7- Só, sós
Quando adjetivos, serão variáveis, quando advérbios serão invariáveis.
Ex.: A criança ficou só./ As crianças ficaram sós. (adjetivo)
Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio)
A locução adverbial a sós é invariável.
Ex.: Preciso falar a sós com ele.

8- Concordância dos particípios


Os particípios concordarão com o substantivo a que se referem.
Ex.: Os livros foram comprados a prazo./ As mercadorias foram compradas a prazo.

Se o particípio pertencer a um tempo composto será invariável.


Ex.: O juiz tinha iniciado o jogo de vôlei./ A juíza tinha iniciado o jogo de vôlei.

CONCORDÂNCIA VERBAL

Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito.


Ex.: Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de
ser.

Casos de concordância verbal:

1) Sujeito simples
Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).

Casos especiais:

a) O sujeito é um coletivo- o verbo fica no singular.


Ex.:A multidão gritou pelo rádio.

Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.


Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.

b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para
o plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.

c) O sujeito é um pronome de tratamento- o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do


plural).
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.

d) O sujeito é o pronome relativo que – o verbo concorda com o antecedente do pronome.


Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.

e) O sujeito é o pronome relativo quem- o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar
com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café.

Apostilas Decisão 22 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de ..., quantos
de ..., etc.- o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o
pronome pessoal (nós ou vós).
Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me punireis?

Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular o verbo concorda com eles em


pessoa e número.

Ex.: Qual de vós me punirá.

g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural- se o sujeito não vier precedido de
artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o
artigo.
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial.

h) O sujeito é formado pelas expressões mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo
concorda com o numeral.
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram à aula.

i) O sujeito é constituído pelas expressões a maioria, a maior parte, grande parte, etc.- o verbo
poderá ser usado no singular ( concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa).
Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos candidatos desistiram.

j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo)- o verbo poderá ser usado no
singular ou plural se este vier afastado do substantivo.
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade,
temendo a violência da rua, permanecem em casa.

2) Sujeito composto
Regra geral: o verbo vai para o plural.
Ex.: João e Maria foram passear no bosque.

Casos especiais:
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes- o verbo ficará no
plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos ( 1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis ( 2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos.(3ª pessoa do plural)
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo
mais próximo do verbo.
Ex.: Irei eu e minhas amigas.
b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por e - o verbo
concordará com os dois núcleos.
Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé.

Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais próximo
do verbo.
Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.

c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá ficar no
plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade não o
ajudava a se concentrar.

Apostilas Decisão 23 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

d) Quando há gradação entre os núcleos- o verbo pode concordar com todos os núcleos
(lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo.
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.

e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concorda com o
aposto resumidor.
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.

f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões um e outro, nem um nem outro...- o verbo
poderá ficar no singular ou no plural.
Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.

g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou- o verbo irá para o singular quando a
idéia for de exclusão e plural quando for de inclusão.
Ex.: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)
A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)

h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto...como/ assim...como/ não
só...mas também, etc.) - o mais comum é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável
se os núcleos estiverem no singular.
Ex.: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo./ Tanto Erundina
quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.

Outros casos:

1) Partícula SE:
a- Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito passivo.
Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.

b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará obrigatoriamente no


singular.
Ex.: Precisa-se de secretárias.

c- Confia-se em pessoas honestas.

2) Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Havia sérios problemas na cidade.
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
Deve haver sérios problemas na cidade.
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.

Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais.

O verbo existir não é impessoal. Veja:


Existem sérios problemas na cidade.
Devem existir sérios problemas na cidade

3) Verbos dar, bater e soar


Quando usados na indicação de horas, têm sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...) e com ele
devem concordar.
Ex.: O relógio deu duas horas.
Deram duas horas no relógio da estação.
Deu uma hora no relógio da estação.
O sino da igreja bateu cinco badaladas.

Apostilas Decisão 24 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Bateram cinco badaladas no sino da igreja.


Soaram dez badaladas no relógio da escola.

1) Sujeito oracional
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do
singular.
Ex.: Ainda falta/ dar os últimos retoques na pintura.

2) Concordância com o infinitivo


a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração:
- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo átono.
Ex.: Esperei-as chegar.
- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome
átono e se o verbo da oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar,
deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e sinônimos).
Ex.: Mandei sair os alunos./Mandei saírem os alunos.
- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de pronome átono e
determinante de verbo não causativo nem sensitivo.
Ex.: Esperei saírem todos.

b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto


- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de gerúndio.
Ex.: Passamos horas a comentar o filme.(comentando)
- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração
principal.
Ex.: Antes de (tu)responder, (tu) lerás o texto./Antes de (tu )responderes, (tu) lerás o
texto.
- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração
principal e está indicado por algum termo do contexto.
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos.
- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração
principal e não está indicado por nenhum termo no contexto.
Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.

c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal


- não se flexiona o infinitivo sendo este o verbo principal da locução verbal quando
devida à ordem dos termos da oração sua ligação com o verbo auxiliar for nítida.
Ex.: Acabamos de fazer os exercícios.
- é facultativa a flexão do infinitivo sendo este o verbo principal da locução verbal,
quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto.
Ex.: Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e reclamar dela./
Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e reclamarmos
dela.

3) Concordância com o verbo ser:


a- Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes TUDO,
NADA, ISTO, ISSO, AQUILO: o verbo ser ou parecer concordarão com o predicativo.
Ex.: Tudo são flores./Aquilo parecem ilusões.

Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.


Ex.: Aquilo é sonhos vãos.

b- O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos QUE
ou QUEM.
Ex.: Que são gametas?/ Quem foram os escolhidos?

Apostilas Decisão 25 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

c- Em indicações de horas, datas, tempo, distância: a concordância será com a expressão


numérica
Ex.: São nove horas./ É uma hora.
Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias pois subentende-se a palavra dia.Ex.:
Hoje são 24 de outubro./ Hoje é (dia) 24 de outubro.

d- Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o
pronome.
Ex.: Aqui o presidente sou eu.

Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que
aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.

Ex.: Eu não sou tu

e- Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo.


Ex.: O menino era as esperanças da família.

f- Nas locuções é pouco, é muito, é mais de, é menos de junto a especificações de preço, peso,
quantidade, distância e etc, o verbo fica sempre no singular.
Ex.: Cento e cinqüenta é pouco./ Cem metros é muito.

g- Nas expressões do tipo ser preciso, ser necessário, ser bom o verbo e o adjetivo podem ficar
invariáveis, (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o
sujeito posposto.
Ex.: É necessário aqueles materiais./ São necessários aqueles materiais.

h- Na expressão é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer entre o verbo
ser e o que, ficará invariável.Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.
Ex.: Eles é que sempre chegam atrasados./ São eles que sempre chegam atrasados.

EMPREGO DE TEMPOS E MODOS, VOZES DO VERBO

Modo verbal:

O falante, ao enunciar o processo verbal, pode tomar várias atitudes em relação ao que
enuncia: de certeza, de dúvida, de ordem, etc.
O modo verbal revela a atitude do falante ao enunciar o processo.
Pode ser:
a) indicativo: revela o fato de modo certo, preciso, seja ele passado, presente ou futuro.
Ele deitou na rede
b) subjetivo: revela o fato de modo incerto, duvidoso.
Se todos estudassem, a aprovação seria maior.
c) imperativo: exprime uma atitude de mando, ordem ou solicitação.
Fique quieto.

Emprego dos tempos verbais.

Há em Português, basicamente, três tempos verbais:


a) presente: revela um fato que ocorre no momento em que se fala.
Neste instante ele olha para mim.
b) passado: revela um fato que ocorreu anteriormente ao momento em que se fala.
Ele saiu com os amigos.
c) futuro: revela um fato que deverá ocorrer posteriormente ao momento em que se fala.
Amanhã terei aula de Português.

Apostilas Decisão 26 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Essa divisão dos tempos verbais em passado, presente e futuro não esgota todas as
variações que o verbo pode assumir em relação à categoria tempo, já que esses tempos verbais se
subdividem e, muitas vezes, assumem outros matizes, alterando de maneira bastante sensível a
significação inicial.
Sem pretender esgotar o assunto, vejamos alguns empregos significativos dos tempos
verbais.

1. presente do indicativo: exprime um fato que ocorre no momento em que se fala. Vejo um
pássaro na janela
O presente do indicativo também é usado para:
a) exprimir uma verdade científica, um axioma:
A Terra é redonda.
Por um ponto passam infinitas retas.
b) para exprimir uma ação habitual:
Aos domingos não saio de casa.
c) para dar atualidade a fatos ocorridos no passado:
Cabral chega ao Brasil em 1500.
d) para indicar fato futuro bastante próximo, quando se tem certeza de que ele ocorrerá:
Amanhã faço os exercícios.

2. pretérito perfeito do indicativo: exprime um fato já concluído anteriormente ao momento em


que se fala.
Ontem eu reguei as plantas do jardim.

3. pretérito imperfeito do indicativo: exprime um fato anterior ao momento em que se fala, mas
não o toma como concluído, acabado. Revela, pois, o fato em seu curso, em sua duração.
Ele falava muito durante as aulas.

4. pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato passado que já foi concluído, em


relação a outro fato também passado.
Quando você resolveu o problema, eu já o resolvera.
Obs.: Na linguagem atual tem-se usado com mais freqüência o pretérito mais-que-
perfeito composto.
Quando você resolveu o problema, eu já o tinha resolvido.
O mais-que-perfeito é, em alguns casos, usado no lugar do futuro do pretérito ou do
imperfeito do subjuntivo.
"…mais servira, se não fora Para tão longo amor tão curta a vida!"(Camões) servira = serviria; fora
= fosse)

5. futuro do presente: exprime um fato, posterior ao momento em que se fala, tido com certo.
Amanhã chegarão os meus pais. As aulas começarão segunda-feira.
O futuro do presente pode ser empregado para exprimir idéia de incerteza, de dúvida. Serei eu o
único culpado?

6. futuro do pretérito: exprime um gato futuro tomado em relação a um fato passado.


Ontem você me disse que viria à escola.
O futuro do pretérito também pode ser usado para indicar incerteza, dúvida.
Seriam mais ou menos dez horas quando ele chegou.
Usa-se ainda o futuro do pretérito, em vez do presente do indicativo ou do imperativo, como forma
de cortesia, de boa educação.
Você me faria um favor?
Emprego do infinitivo:
Não é fácil sistematizar o emprego do infinitivo em Português, já que, além do infinitivo impessoal,
nossa língua apresenta também o infinitivo pessoal (ou flexionado). Emprega-se o infinitivo
impessoal:
1. quando ele não estiver se referindo a nenhum sujeito:

Apostilas Decisão 27 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

É preciso sair.
2. na função de complemento nominal (virá regido de preposição):
Esses exercícios eram fáceis de resolver.
3. quando ele faz parte de uma locução verbal:
Eles deviam ir ao cinema.
4. quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, ele tiver por sujeito um
pronome oblíquo:
Mandei-os sair. Deixei-os falar.
5. com valor de imperativo:
Fazer silêncio, por favor.

Emprega-se o infinitivo pessoal: * quando ele tiver sujeito próprio (expresso ou implícito)
diferente do sujeito da oração principal:
O remédio era ficarmos em casa.
O costume é os jovens falarem e os velhos ouvirem.
Além dos casos mencionados, em que é obrigatório o uso de uma ou de outra forma,
quando o infinitivo for regido de preposição (com exceção de a), admite-se indiferentemente o uso
das duas formas.
Viemos aqui para cumprimentar (ou cumprimentarmos) os vencedores.

Tempos derivados do presente do indicativo


O presente do indicativo é um tempo primitivo. Da primeira pessoa do singular do presente
do indicativo obtêm-se: o presente do subjuntivo; o imperativo negativo.
Obs.: Evidentemente, se o verbo não possui a primeira pessoa do singular do presente
do indicativo, não possuirá também o presente do subjuntivo e o imperativo negativo. O imperativo
afirmativo provém em parte do presente do indicativo (as segundas pessoas) e em parte do
presente do subjuntivo (as demais pessoas).

Vozes do verbo

As vozes verbais são três:


1. voz ativa: quando o sujeito é o agente, isto é, aquele que executa a ação expressa pelo verbo.
O macaco comeu a banana.
O aluno leu o livro.
2. voz passiva: quando o sujeito é o paciente, isto é, o receptor da ação expressa pelo verbo.
Há dois tipos de voz passiva:
a) voz passiva analítica: formada por verbo auxiliar mais particípio. A banana foi comida pelo
macaco.
O livro foi lido pelo aluno.
b) voz passiva sintética (ou pronominal): quando é formada pelo verbo na terceira pessoa mais a
partícula apassivadora se.
Comeu-se a banana.
Leu-se o livro.
3. voz reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, executor e receptor
da ação expressa pelo verbo.
O macaco cortou-se.
O aluno feriu-se

REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL

Regência é a relação que se verifica entre as palavras. Por exemplo: quem gosta, gosta
de alguma coisa. Assim, o verbo “gostar” rege a preposição “de”. Existe, entre o verbo e a
preposição, um mecanismo, uma relação.
A regência se ocupa de estudar essa relação entre as palavras. Na língua falada, no
entanto, regência é algo que se aprende intuitivamente. Ninguém precisou ensinar para nós que

Apostilas Decisão 28 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

quem gosta, gosta de alguém. Ou que quem concorda, concorda com alguma coisa. Ou que quem
confia, confia em algo. E assim por diante.
A língua culta, por seu lado, tem suas regras de regência, que levam em conta o
significado do verbo. Um verbo com mais de um sentido, por exemplo, pode ter duas regências
diferentes. Vamos ver o que acontece na canção “O Nome Dela”, gravada pelo goleiro Ronaldo &
Os Impedidos:
“Eu não lembro
nem do lugar
ela me diz
que eu paguei o jantar
ela me diz
que eu prometi o mundo
eu não me lembro de nenhum segundo...”
As gramáticas dizem que quem lembra, lembra alguma coisa. E que quem se lembra,
lembra-se de alguma coisa.
Quem lembra, lembra algo. Quem se lembra, lembra-se de algo.
Será que essa regra na língua efetiva vale sempre? Vamos ver o que acontece na
canção “Lembra de Mim”, cantada por Ivan Lins. A letra é de Vítor Martins:
“Lembra de mim
dos beijos que escrevi
nos muros a giz
Os mais bonitos continuam opor lá
documentando que alguém foi feliz
Lembra de mim
nós dois nas ruas
provocando os casais...”
De acordo com a gramática normativa, o título da canção e a letra estariam errados.
Deveria ser “Lembra-se de mim...”
Acontece que no dia-a-dia as pessoas não falam assim, com todo esse rigor, com essa
consciência do sistema de regência.
Dessa forma, nós podemos dizer “lembra de mim”, sem problema. A língua falada
permite essas licenças, e a poesia musical também, já que não deixa de ser um tipo de língua oral.
Mas na hora de escrever, de adotar outro padrão, é conveniente obedecermos àquilo que está nos
livros de regência. No texto formal, lembra-se de mim é o exigível, é o correto.

REGÊNCIA NOMINAL

Regência Nominal é a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os


termos regidos por esse nome. A Regência Nominal determina qual é a preposição que devemos usar.
Observe que não há regras específicas, pois a regência de uma palavra é um caso particular. Cada palavra
pede seu complemento e rege sua preposição.
Exemplos:
Ela fez referência (substantivo) a este evento (complemento nominal).
(Quem faz referência faz referência a alguma coisa)
Eles tem necessidade (substantivo) de dinheiro (complemento nominal).
(Quem tem necessidade tem necessidade de alguma coisa)
A seguir, você terá vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que
regem. Procure associar esses nomes entre si ou aos verbos de que derivam.

SUBSTANTIVOS:

admiração a, por; horror a;


aversão a, para, por; impaciência com;
atentado a, contra; medo a, de;
bacharel em; obediência a;
capacidade de, para; ojeriza a, por;
devoção a, para com, proeminência sobre;

Apostilas Decisão 29 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

por; respeito a, com, para


doutor em; com, por.
dúvida acerca de, em,
sobre;

Observação: O substantivo medo rege também a preposição "a", mas surge mais
freqüentemente acompanhado da preposição "de".

ADJETIVOS:

acessível a; benéfico a;
contíguo a; essencial a, para;
generoso com; natural de;
acostumado a, com; capaz de, para;
contrário a; fácil de;
grato a, por; necessário a;
afável com, para com; compatível com;
curioso de, por; fanático por;
hábil em; nocivo a;
agradável a; contemporâneo a, de;
descontente com; favorável a;
habituado a; paralelo a;
alheio a, de; parco em, de;
desejoso de; propício a;
idêntico a; semelhante a;
análogo a; passível de;
diferente de; próximo a, de;
impróprio para; sensível a;
ansioso de, para, por; preferível a;
entendido em; relacionado com;
indeciso em; prejudicial a;
apto a, para; relativo a;
equivalente a; suspeito de;
insensível a; prestes a;
ávido de; vazio de;
escasso de; satisfeito com, de, em,
liberal com; por.

ADVÉRBIOS:
longe de; perto de.
Os advérbios terminados em "-mente" tendem a seguir o regime dos adjetivos de que
são formados:
paralela a, paralelamente a;
relativa a, relativamente a.
Quando o complemento de um nome ou verbo tiver a forma de oração reduzida de
infinitivo, não se deve fazer a contração da preposição com o eventual sujeito desse infinitivo. A
preposição, afinal, introduz toda a oração, e não apenas o sujeito dela. É bom lembrar que o sujeito
jamais é introduzido por preposição.
Exemplos:
Existe a possibilidade de eles participarem (e não "deles participarem") do festival de
música.
É hora de as noções de civilização contaminarem as mentes e gestos dos brasileiros. (e
não "das noções")

Apostilas Decisão 30 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

A questão consiste em os brasileiros adotarem medidas mais rigorosas contra as


infrações de trânsito. (e não "consiste nos ")

REGÊNCIA VERBAL

Regência, em gramática, é o conjunto de relações que existem entre as palavras. Por


exemplo: quem gosta, gosta de alguém.
O verbo “gostar” rege a preposição “de”. Nós aprendemos a regência naturalmente, no
dia-a-dia. Só que a gramática, muitas vezes, estabelece formas diferentes das que utilizamos na
linguagem cotidiana. Costumamos, por exemplo, dizer que chegamos em algum lugar, quando a
norma culta indica que chegamos a algum lugar.
INCORRETO: “A caravana chegou hoje em Brasília.”
CORRETO: “A caravana chegou hoje a Brasília.”
Da mesma forma, o correto é dizer “chegou a Manaus”, “chegou ao Brasil”.
Outro exemplo é o verbo “esquecer”. Vamos ver o trecho da canção “As Canções que
você Fez pra mim”, de Roberto e Erasmo Carlos:
“... Esqueceu de tanta coisa
que um dia me falou,
tanta coisa que somente
entre nós dois ficou...”
É muito comum que se fale “esqueceu de tanta coisa”, mas quem esquece, esquece
algo. Quem se esquece, esquece-se de algo. Portanto, as formas corretas são:
“Esqueceu tanta coisa.”
“Esqueceu-se de tanta coisa.”
A mesma coisa vale para o verbo “lembrar”. Vamos ver um trecho da canção “Tempo
Perdido”, gravada por Paulo Ricardo:
“...Temos todo o tempo do mundo.
Todos os dias, antes de dormir,
lembro e esqueço como foi o dia,
sempre em frente, não temos tempo a perder...”
O uso está correto. Poderia ser também “Lembro-me e esqueço-me de como foi...”
Quem lembra, lembra algo.
Quem se lembra, lembra-se de algo.

OCORRÊNCIA DE CRASE

Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a crase pelo


acento grave.
Fomos à piscina
à artigo e preposição
Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro termo
que aceite o artigo a.
 Para termos certeza de que o "a" aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifícios:
I. Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou
aos diante de palavras masculinas, é porque ocorre a crase.
Exemplos:
Temos amor à arte.
(Temos amor ao estudo)
Respondi às perguntas.
(Respondi aos questionário)

II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase:
Exemplos:
Contarei uma estória a você.
(Contarei uma estória para você.)

Apostilas Decisão 31 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Fui à Holanda
(Fui para a Holanda)

III. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão voltar
da, é porque ocorre a crase.
Exemplos:
Iremos a Curitiba.
(Voltaremos de Curitiba)
Iremos à Bahia
(Voltaremos da Bahia)

Não ocorre a Crase


a) antes de verbo
Voltamos a contemplar a lua.
b) antes de palavras masculinas
Gosto muito de andar a pé.
Passeamos a cavalo.
c) antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona:
Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza
Dirigiu-se à Sra. com aspereza.
d) antes de pronomes em geral:
Não vou a qualquer parte.
Fiz alusão a esta aluna.
e) em expressões formadas por palavras repetidas:
Estamos frente a frente
Estamos cara a cara.
f) quando o "a" vem antes de uma palavra no plural:
Não falo a pessoas estranhas.
Restrição ao crédito causa o temor a empresários.

Crase facultativa
1. Antes de nome próprio feminino:
Refiro-me à (a) Julinana.
2. Antes de pronome possessivo feminino:
Dirija-se à (a) sua fazenda.
3. Depois da preposição até:
Dirija-se até à (a) porta.

Casos particulares
1. Casa
Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem determinada por
nenhum adjunto adnominal, não ocorre a crase.
Exemplos:
Regressaram a casa para almoçar
Regressaram à casa de seus pais
2. Terra
Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre crase.
Exemplos:
Regressaram a terra depois de muitos dias.
Regressaram à terra natal.
3. Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aqueles, aquilo.
Se o tempo que antecede um desse pronomes demonstrativos reger a preposição a, vai
ocorrer a crase.
Exemplos:
Está é a nação que me refiro.
(Este é o país a que me refiro.)

Apostilas Decisão 32 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Esta é a nação à qual me refiro.


(Este é o país ao qual me refiro.)
Estas são as finalidades às quais se destina o projeto.
(Estes são os objetivos aos quais se destino o projeto.)
Houve uma sugestão anterior à que você deu.
(Houve um palpite anterior ao que você me deu.)

Ocorre também a crase


a) Na indicação do número de horas:
Chegamos às nove horas.
b) Na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta:
Usam sapatos à (moda de) Luís XV.
c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento:
Chegou à tarde (tempo).
Falou à vontade (modo).
d) Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à medida que, à força de...

OBSERVAÇÕES: Lembre-se que:


Há - indica tempo passado.
Moramos aqui há seis anos
A - indica tempo futuro e distância.
Daqui a dois meses, irei à fazenda.
Moro a três quarteirões da escola.

ESTRUTURA DO VOCÁBULO - RADICAIS E AFIXOS- FORMAÇÃO DE


PALAVRAS - COMPOSIÇÃO E DERIVAÇÃO

As palavras são constituídas de morfemas.


São eles: Radical, Afixos, Infixos, Vogal Temática, Tema, Desinências

Radical
É o elemento comum de palavras cognatas também chamadas de palavras da mesma
família. É responsável pelo significado básico da palavra.
Ex.: terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre...
Atenção:
· Às vezes, ele sofre pequenas alterações. Ex.: dormir, durmo; querer, quis
· As palavras que possuem mais de um radical são chamadas de compostas.
Ex.: passatempo

Afixos
São partículas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem dois tipos
de afixos:
Prefixos: colocados antes do radical. Ex.: desleal, ilegal
Sufixos: colocados depois do radical. Ex.: folhagem, legalmente

Infixos
São vogais ou consoantes de ligação que entram na formação das palavras para facilitar a
pronúncia. Existem em algumas palavras por necessidade fonética.Os infixos não são
significativos, não sendo considerados morfemas.
Ex.: café-cafeteira, capim-capinzal, gás-gasômetro

Vogal Temática
Vogal Temática (VT) se junta ao radical para receber outros elementos. Fica entre dois
morfemas. Existe vogal temática em verbos e nomes. Ex.: beber, rosa, sala
Nos verbos, a VT indica a conjugação a que pertencem ( 1ª , 2ª ou 3ª ).

Apostilas Decisão 33 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Ex.: partir- verbo de 3ª conjugação


· Há formas verbais e nomes sem VT. Ex.: rapaz, mato(verbo)
Observação:
A VT não marca nenhuma flexão, portanto é diferente de desinência

Tema
Tema = radical + vogal temática
Ex.: cantar = cant + a, mala = mal + a, rosa = ros + a

Desinências
São morfemas colocados no final das palavras para indicar flexões verbais ou nominais.
Podem ser:
· Nominais: indicam gênero e número de nomes ( substantivos, adjetivos, pronomes, numerais ).
Ex.: casa - casas, gato - gata
· Verbais: indicam número, pessoa, tempo e modo dos verbos. Existem dois tipos de desinências
verbais: desinências modo-temporal (DMT) e desinências número-pessoal (DNP).
Ex.: Nós corremos, se eles corressem (DNP); se nós corrêssemos, tu correras (DMT)
Atenção:
A divisão verbal em morfemas será melhor explicada em: classes de palavras/ verbos.
Algumas formas verbais não têm desinências como: trouxe, bebe...
· Verbo-nominais: indicam as formas nominais dos verbos (infinitivo, gerúndio e particípio).
Ex.:beber, correndo, partido

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Maneira como os morfemas se organizam para formar as palavras.

Neologismo
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, a verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.

(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970)

Os principais processos de formação são:

- Derivação - Composição - Onomatopéia


- Sigla - Abreviação

DERIVAÇÃO

a) prefixal ou prefixação: Adição de um prefixo ao radical.


Exemplo: desleal.
b) sufixal ou sufixação: Adição de um sufixo ao radical.
Exemplo: lealdade.
c) prefixal e sufixal: Adição de um prefixo e de um sufixo ao radical.
Exemplo: deslealdade.
Nota: Nos casos de derivação prefixal e sufixal sempre se formará uma palavra com qualquer dos
afixos. Verifique: desleal/lealdade.
d) derivação parassintética: Na parassíntese ocorrem dois afixos simultaneamente. Assim, não se
pode usá-los separadamente.
Exemplo: envelhecer.

Apostilas Decisão 34 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Note que não é possível formar envelh nem velhecer.


e) derivação regressiva ou deverbal: Geralmente forma substantivos abstratos indicadores de
ação. Consiste no aproveitamento do radical de um verbo ao qual se acrescenta uma vogal
temática de nomes: a, e ou o .
Exemplos: a luta (de lutar + a); o combate (de combater + e); o choro (de chorar + o).
f) derivação imprópria: Caso em que se faz a mudança de classe da palavra: verbos passam a
substantivos, adjetivos passam a substantivos, nomes comuns passam a próprios e assim por
diante.
Exemplos: "O fumar prejudica a saúde."
"Não conhecíamos o falecido." (particípio do verbo falecer passou a substantivo).
"Procure o Sr. Leitão." (substantivo comum passou a substantivo próprio).

COMPOSIÇÃO

a) justaposição: Forma palavras por meio da junção de radicais, sem que haja neles alteração
morfológica. Alguns desses nomes têm seus núcleos separados por hífen, outros não.
Exemplos: couve-flor; passatempo, girassol.

b) aglutinação: Forma palavras por meio da junção de radicais que sofrem alteração morfológica.
Exemplos: fidalgo (filho+de+algo); vinagre (vinho+acre); petróleo (pedra+óleo).
Nota: Chama-se hibridismo o processo que reúne elementos mórficos de origens diferentes.
Exemplo: televisão (tele = grego + visão + latim)

· Outros processos:

a) onomatopéia: Formação de palavras que sugerem ruídos, barulhos, sons de animais.


Exemplos: reco-reco; teco-teco; chibum!, tilintar, farfalhar, urrar, arrulhar, berrar.
b) Sigla ou siglonimização: Muito freqüentes em nossa língua, principalmente na esfera
governamental.
Exemplos: INSS, IPVA, IPTU.
c) Redução ou abreviação: Consiste em utilizar apenas parte da palavra.
Exemplos: tevê (por televisão); fone (por telefone); ônibus (por auto-ônibus).

TERMOS DA ORAÇÃO

Oração é a idéia que se organiza em torno de um verbo.


Ex.: "Tudo começa com o pagamento da dívida."
O verbo pode estar elíptico (não aparece, mas existe).
Ex.: "O Jeca-Tatu de Monteiro Lobato fez tanto sucesso quanto (fizeram) os Fradinhos que Henfil
lançou nas páginas do Pasquim."

Os termos da oração da língua portuguesa são classificados em três grandes níveis:

Termos essenciais da oração:


SUJEITO PREDICADO

Termos integrantes da oração:


Complemento nominal: agente da passiva
Complementos verbais: · objeto direto · objeto indireto · predicativo do objeto

Termos acessórios da oração:


adjunto adnominal adjunto adverbial
aposto vocativo

Apostilas Decisão 35 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

Sujeito é um dos temos essenciais da oração. Tem por características básicas:


§ estabelecer concordância com o núcleo do sintagma verbal
§ apresentar-se como elemento determinante em relação ao predicado
§ constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo ou, ainda, qualquer palavra
substantivada
O sujeito só é considerado no âmbito da análise sintática, isto é, somente na organização
da sentença é que uma palavra (ou um conjunto de palavras) pode constituir aquilo que chamamos
sujeito. Nesse sentido, é equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica uma ação ou é aquele
(ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto
semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto estilístico (o tópico da sentença). Já
que o sujeito é depreendido de uma análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu
papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância com o núcleo do predicado.
Quando se trata de predicado verbal, o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o
núcleo é sempre um nome.

Exemplos:
1. A padaria está fechada hoje.
...[está fechada hoje: predicado nominal]
...[fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado]
...[fechada: nome feminino singular]
...[a padaria: sujeito]
...[núcleo do sujeito: nome feminino singular]

2. Nós mentimos sobre nossa idade para você.


...[mentimos sobre nossa idade para você: predicado verbal]
...[mentimos: verbo = núcleo do predicado]
...[mentimos: primeira pessoa do plural]
...[nós: sujeito]
...[sujeito: primeira pessoa do plural]

A relação de concordância é, por excelência, uma relação de dependência, na qual dois


(ou mais) elementos se harmonizam. Um desses elementos é chamado determinado (ou principal)
e o outro, determinante (subordinado). No interior de uma sentença, o sujeito é o termo
determinante, ao passo que o predicado é o termo determinado.
Essa posição de determinante do sujeito em relação ao predicado adquire sentido com o
fato de ser possível, na língua portuguesa, uma sentença sem sujeito, mas nunca uma sentença
sem predicado.

Exemplos:
1. As formigas invadiram minha casa.
...[as formigas: sujeito = termo determinante]
...[invadiram minha casa: predicado = termo determinado]

2. Há formigas na minha casa.


...[há formigas na minha casa: predicado = termo determinado]
...[sujeito: inexistente]

O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma nominal , isto é, seu núcleo é


sempre um nome. Quando esse nome se refere a objetos das primeira e segunda pessoas, o
sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eu, tu, ele, etc.). Se o sujeito se
refere a um objeto da terceira pessoa, sua representação pode ser feita através de um substantivo,
de um pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras, cujo núcleo funcione, na
sentença, como um substantivo.

Apostilas Decisão 36 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Exemplos:
1. Eu acompanho você até o guichê.
...[eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa]

2. Vocês disseram alguma coisa?


...[vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa]

3. Marcos tem um fã-clube no seu bairro.


...[Marcos: sujeito = substantivo próprio]

4. Ninguém entra na sala agora.


...[ninguém: sujeito = pronome substantivo]

5. O andar deve ser uma atividade diária.


...[o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração]

Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir de uma oração inteira. Nesse
caso, a oração recebe o nome de oração substantiva subjetiva:

É difícil optar por esse ou aquele doce...


...[É difícil: oração principal]
...[optar por esse ou aquele doce: oração subjetiva = sujeito oracional]

É importante conhecer outras particularidades do sujeito:


sujeito posposto

Sujeito posposto
Embora a Língua Portuguesa se apresente predominantemente pela ordem direta (sujeito
+ verbo+ predicado), é comum encontrarmos alguns termos em posições variadas na oração. É o
que se entende por ordem inversa, na qual alguns termos são encontrados em combinação
contrária ao esperado (ex.: verbo + sujeito = sujeito posposto.
Exemplos:
1. Vivendo sozinho o ancião, sua saúde se tornara precária.
2. Sobre esse assunto falo eu!
O fato de se inverter a posição dos termos na oração é movido por fatores gramaticais (ex.:
colocação pronominal) ou por fatores estilísticos. A construção de sentenças em que o sujeito é
colocado após o verbo (sujeito posposto) surge em decorrência da ênfase que se pretende dar à
idéia expressa pelo termo que ocupa a primeira posição na sentença. Trata-se da valorização de
algum termo em detrimento de outro e, portanto, de uma alteração estilística.
O sujeito posposto pode ser encontrado:
· nas orações interrogativas;
· em orações com verbos na forma passiva pronominal;
· em orações com verbos na forma imperativa;
· em orações reduzidas;
· em orações que expressem o discurso direto;
· em orações absolutas com verbos no subjuntivo;
· em orações subordinadas adverbiais condicionais sem conjunção;
· em orações com verbos unipessoais;
· em orações iniciadas pelos complementos verbais.

É muito importante que se localize o sujeito e o verbo na oração. Mesmo em posição que
não é a sua habitual, o verbo deve sempre concordar com o sujeito.

Predicado é um dos termos essenciais da oração. Tem por características básicas:


§ apresentar-se como elemento determinado em relação ao sujeito
§ apontar um atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito

Apostilas Decisão 37 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Assim como o sujeito, o predicado é um segmento extraído da estrutura interna das


orações ou das frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Isso implica dizer que a
noção de predicado só é importante para a caracterização das palavras em termos sintáticos.
Nesse sentido, o predicado é sintaticamente o segmento lingüístico que estabelece concordância
com outro termo essencial da oração - o sujeito -, sendo este o termo determinante (ou
subordinado) e o predicado o termo determinado (ou principal). Não se trata, portanto, de definir o
predicado como "aquilo que se diz do sujeito" como fazem certas gramáticas da língua portuguesa,
mas sim estabelecer a importância do fenômeno da concordância entre esses dois termos
essenciais da oração.
Exemplos:
1. Carolina conhece os índios da Amazônia.
...[sujeito: Carolina = termo determinante]
...[predicado: conhece os índios da Amazônia = termo determinado]
...[Carolina: 3ª pessoa do singular = conhece: 3ª pessoa do singular]

2. Todos nós fazemos parte da quadrilha de São João.


...[sujeito: todos nós = termo determinante]
...[predicado: fazemos parte da quadrilha de São João = termo determinado]
...[Todos nós: 1ª pessoa do plural = fazemos parte: 1ª pessoa do plural]

Nesses exemplos podemos observar que a concordância é estabelecida entre algumas


poucas palavras dos dois termos essenciais. Na frase (1), entre "Carolina" e "conhece"; na frase
(2), entre "nós" e "fazemos". Isso se dá porque a concordância é centrada nas palavras que são
núcleos, isto é, que são responsáveis pela principal informação naquele segmento. No predicado o
núcleo pode ser de dois tipos: um nome, quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da
oração, ou um verbo (ou locução verbal). No primeiro caso, temos um predicado nominal e no
segundo um predicado verbal. Quando, num mesmo segmento o nome e o verbo são de igual
importância, ambos constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de predicado verbo-
nominal.
Exemplos:
1. Minha empregada é desastrada.
...[predicado: é desastrada]
...[núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito]
...[tipo de predicado: nominal]
2. A empreiteira demoliu nosso antigo prédio.
...[predicado: demoliu nosso antigo prédio]
...[núcleo do predicado: demoliu = nova informação sobre o sujeito]
...[tipo de predicado: verbal]

3. Os manifestantes desciam a rua desesperados.


...[predicado: desciam a rua desesperados]
...[núcleos do predicado: 1. desciam = nova informação sobre o sujeito; 2. desesperados =
atributo do sujeito]
...[tipo de predicado: verbo-nominal]

Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é responsável também por definir os


tipos de elementos que aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho basta para
compor o predicado (verbo intransitivo). Em outros casos é necessário um complemento que,
juntamente com o verbo, constituem a nova informação sobre o sujeito. De qualquer forma, esses
complementos do verbo não interferem na tipologia do predicado. São elementos que constituem
os chamados termos integrantes da oração.

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

Complemento Nominal

Apostilas Decisão 38 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Dá-se o nome de complemento nominal ao termo que complementa o sentido de um nome


ou um advérbio, conferindo-lhe uma significação completa ou, ao menos, mais específica.
Como o complemento nominal vem integrar-se ao nome em busca de uma significação
extensa para nome ao qual se liga, ele compõe os chamados termos integrantes da oração.
São duas as principais características do complemento nominal:
- sempre seguem um nome, em geral abstrato;
- ligam-se ao nome por meio de preposição, sempre obrigatória.
Os complementos nominais podem ser formados por substantivo, pronome, numeral ou
oração subordinada completiva nominal.

Exemplos:
1. Meus filhos têm loucura por futebol.
...[substantivo]

2. O sonho dele era saltar de pára-quedas.


...[pronome]

3. A vitória de um é a conquista de todos.


...[numeral]

4. O medo de que lhe furtassem as jóias a mantinha afastada daqui.


...[oração subordinada completiva nominal]

Em geral os nomes que exigem complementos nominais possuem formas correspondentes


a verbos transitivos, pois ambos completam o sentido de outro termo. São exemplos dessa
correlação:

- obedecer aos pais?obediência aos pais


- chegar em casa?chegada em casa
- entregar a revista à amiga?entrega da revista à amiga
- protestar contra a opressão?protesto contra a opressão

Objeto Direto
Do ponto de vista da sintaxe, objeto direto é o termo que completa o sentido de um verbo
transitivo direto, por isso, é complemento verbal, na grande maioria dos casos, não preposicionado.
Do ponto de vista da semântica, o objeto direto é:
- o resultado da ação verbal, ou
- o ser ao qual se dirige a ação verbal, ou
- o conteúdo da ação verbal.
O objeto direto pode ser formado por um substantivo, pronome substantivo, ou mesmo
qualquer palavra substantivada. Além disso, o objeto direto pode ser constituído por uma oração
inteira que complemente o verbo transitivo direto da oração dita principal. Nesse caso, a oração
recebe o nome de oração subordinada substantiva objetiva direta.

Exemplos:
1. O amor de Mariana transformava a minha vida.
...[transformava: verbo transitivo direto]
...[a minha vida: objeto direto]
...[núcleo: vida = substantivo]

2. Conserve isto na tua memória: vou partir em breve.


...[conserve: verbo transitivo direto]
...[isso: objeto direto = pronome substantivo]

3. Não prometa mais do que possa cumprir depois.


...[prometa: verbo transitivo direto]

Apostilas Decisão 39 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

...[mais do que possa cumprir depois: oração subordinada substantiva objetiva direta]

Os objetos diretos são constituídos por nomes como núcleos do segmento. A noção de
núcleo torna-se importante porque, num processo de substituição de um nome por um pronome
deve-se procurar por um pronome de igual função gramatical do núcleo. No exemplo (1) acima
verificamos um conjunto de palavras formando o objeto direto (a minha vida), dentre as quais
apenas uma é núcleo (vida = substantivo). Podemos transformar esse núcleo substantivo em
objeto direto formado por pronome oblíquo, que é um tipo de pronome substantivo. Além disso,
nesse processo de substituição, devemos ter claro que o pronome ocupará o lugar de todo o objeto
direto e não só do núcleo do objeto. Vejamos um exemplo dessa representação:
O amor de Mariana transformava a minha vida.
O amor de Mariana a transformava.
Os pronomes oblíquos átonos (me, te, o, a, se, etc.) funcionam sintaticamente como
objetos diretos. Isso implica dizer que somente podem figurar nessa função de objeto e não na
função de sujeito, por exemplo. Porém algumas vezes os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele,
etc.) ou pronome oblíquo tônico (mim, ti, ele, etc.) são chamados a constituir o núcleo dos objetos
diretos. Nesse caso, o uso da preposição se torna obrigatório e, por conseqüência, tem-se um
objeto direto especial: objeto direto preposicionado.

Exemplos:
1. Ame ele que é teu irmão. [Inadequado]
Ame-o que é teu irmão. [Adequado]

2. Você chamou eu ao teu encontro? [Inadequado]


Você me chamou ao teu encontro? [Adequado]
...[me: pronome oblíquo átono = sem preposição]
Você chamou a mim ao teu encontro? [Adequado]
...[a mim: pronome oblíquo tônico = com preposição]

Objeto Indireto
Do ponto de vista da sintaxe, objeto indireto é o termo que completa o sentido de um verbo
transitivo indireto e vem sempre acompanhado de preposição. Do ponto de vista da semântica, o
objeto indireto é o ser ao qual se destina a ação verbal.
O objeto indireto pode ser formado por substantivo, ou pronome substantivo, ou numeral,
ou ainda, uma oração substantiva objetiva indireta. Em qualquer um desses casos, o traço mais
importante e característico do objeto indireto é a presença da preposição.
Exemplo:
A cigana pedia dinheiro a moça. [Inadequado]
A cigana pedia dinheiro à moça. [Adequado]
...[pedia = verbo transitivo direto e indireto]
...[dinheiro = objeto direto]
...[à moça = destinatário da ação verbal = objeto indireto]

O objeto indireto pode ser representado por um pronome. Como o núcleo do objeto é
sempre um nome, é possível substituí-lo por um pronome. Nesse caso, um pronome oblíquo, já
que se trata de uma posição de complemento verbal e não de sujeito da oração. O único pronome
que representa o objeto indireto é o pronome oblíquo átono lhe(s) - pronome de terceira pessoa.
Os pronomes indicativos das demais pessoas verbais são sempre acompanhados de preposição.
Exemplos:
1. Ela contava a seu pai como fora o seu dia na escola.
2. Ela lhe contava como fora o seu dia na escola.
3. Todos dariam ao padre a palavra final.
4. Todos dar-lhe-iam a palavra final.
5. Responderam a Fátima com delicadeza.
6. Responderam a mim com delicadeza.

Apostilas Decisão 40 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Não é difícil confundir objeto indireto e adjunto adverbial, pois ambos os termos são
construídos com preposição. Uma regra prática para se determinar o objeto indireto e até mesmo o
identificar na oração é indagar ao verbo se ele necessita de algum complemento preposicionado.
Esse complemento será:
1) Adjunto adverbial, se estiver expressando um significado adicional, como lugar, tempo,
companhia, modo e etc.
2) Objeto indireto, se estiver apenas completando o sentido do verbo, sem acrescentar outra idéia
à oração.

Exemplos:
1. Ele sabia a lição de cor. [Adjunto adverbial "de modo"]
2. Ele se encarregou do formulário. [Objeto indireto]

Predicativo do Objeto
É o termo ou expressão que complementa o objeto direto ou o objeto indireto, conferindo-
lhe um atributo.
O predicativo do objeto apresenta duas características básicas:
· acompanha o verbo de ligação implícito;
· pertence ao predicado verbo-nominal.
A formação do predicativo do objeto é feita através de um substantivo ou um adjetivo.

Exemplos:
1. O vilarejo finalmente elegeu Otaviano prefeito.
...[objeto: Otaviano]
...[predicativo: substantivo]
2. Os policiais pediam calma absoluta.
...[objeto: calma]
...[predicativo: adjetivo]

3. Todos julgavam-no culpado.


...[objeto: no]
...[predicativo: adjetivo]

Alguns gramáticos admitem o predicativo do objeto em orações com verbos transitivos


indiretos tais como crer, estimar, julgar, nomear, eleger. Em geral, porém, a ocorrência do
predicativo do objeto em objetos indiretos se dá somente com o verbo chamar, com sentido de
"atribuir um nome a".
Exemplo:
Chamavam-lhe falsário, sem notar-lhe suas verdades.

Agente da Passiva
É o termo da oração que complementa o sentido de um verbo na voz passiva, indicando-
lhe o ser que praticou a ação verbal.
A característica fundamental do agente da passiva é, pois, o fato de somente existir se a
oração estiver na voz passiva. Há três vozes verbais na nossa língua: a voz ativa, na qual a ênfase
recai na ação verbal praticada pelo sujeito; a voz passiva, cuja ênfase é a ação verbal sofrida pelo
sujeito; e a voz reflexiva, em que a ação verbal é praticada e sofrida pelo sujeito. Nota-se, com
isso, que o papel do sujeito em relação à ação verbal está em evidência.
Na voz ativa o sujeito exerce a função de agente da ação e o agente da passiva não existe.
Para completar o sentido do verbo na voz ativa, este verbo conta com outro elemento - o objeto
(direto). Na voz passiva, o sujeito exerce a função de receptor de uma ação praticada pelo agente
da passiva. Por conseqüência, é este mesmo agente da passiva que complementa o sentido do
verbo neste tipo de oração, substituindo o objeto (direto).
Exemplo:
O barulho acordou toda a vizinhança. [oração na voz ativa]
...[o barulho: sujeito]

Apostilas Decisão 41 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

...[acordou: verbo transitivo direto = pede um complemento verbal]


...[toda a vizinhança: ser para o qual se dirigiu a ação verbal = objeto direto]

Toda a vizinhança foi acordada pelo barulho. [oração na voz passiva]


...[toda a vizinhança: sujeito]
...[foi: verbo auxiliar / acordada: verbo principal no particípio]
...[pelo barulho: ser que praticou a ação = agente da passiva]

O agente da passiva é um complemento exigido somente por verbos transitivos diretos


(aqueles que pedem um complemento sem preposição). Esse tipo de verbo, em geral, indica uma
ação (em oposição aos verbos que exprimem estado ou processo) que, do ponto de vista do
significado, é complementada pelo auxílio de outro termo que é o seu objeto (em oposição aos
verbos que não pedem complemento: os verbos intransitivos). Como vimos, na voz passiva o
complemento do verbo transitivo direto é o agente da passiva; já na voz ativa esse complemento é
o objeto direto. Nas orações com verbos intransitivos, então, não existe agente da passiva, porque
não há como construir sentenças na voz passiva com verbos intransitivos.
Observe:
1. Karina socorreu os feridos.
...[verbo transitivo direto na voz ativa]

2. Os feridos foram socorridos por Karina


...[verbo transitivo direto na voz passiva]
3. Karina gritou.
...[verbo intransitivo na voz ativa]

4. Karina foi gritada. (sentença inaceitável na língua)


...[verbo intransitivo na voz passiva]
*Os feridos: objeto direto em (1) e sujeito em (2)
Karina: sujeito em (1) e agente da passiva em (2)

A oração na voz passiva pode ser formada através do recurso de um verbo auxiliar (ser,
estar). Nas construções com verbo auxiliar, costuma-se explicitar o agente da passiva, apesar de
ser este um termo de presença facultativa na oração. Em orações cujo verbo está na terceira
pessoa do plural, é muito comum ocultar-se o agente da passiva. Isso se justifica pelo fato de que,
nessas situações, o sujeito pode ser indeterminado na voz ativa. Porém mesmo nesses casos, a
ausência do agente é fruto da liberdade do falante.

Exemplos:
1. Os visitantes do zoológico foram atacados pelos bichos.
...[foram: verbo auxiliar / passado do verbo "ser"]
...[pelos bichos: agente da passiva]

2. Nossas reivindicações são simplesmente ignoradas.


...[são: verbo auxiliar / presente do verbo "ser"]
...[agente da passiva: ausente]

3. Cercaram a cidade. [voz ativa com sujeito indeterminado]


A cidade está cercada.
...[está: verbo auxiliar / presente do verbo "estar"]
...[agente da passiva: ausente]
A cidade está cercada pelos inimigos.
...[pelos inimigos: agente da passiva]

O agente da passiva é mais comumente introduzido pela preposição por (e suas variantes:
pelo, pela, pelos, pelas). É possível, no entanto, encontrar construções em que o agente da
passiva é introduzido pelas preposições de ou a.

Apostilas Decisão 42 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Exemplos:
1. O hino será executado pela orquestra sinfônica.
...[pela orquestra sinfônica: agente da passiva]

2. O jantar foi regado a champanhe.


...[a champanhe: agente da passiva]

3. A sala está cheia de gente.


...[de gente: agente da passiva]

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

Adjunto Adnominal
É a palavra ou expressão que acompanha um ou mais nomes conferindo-lhe um atributo.
Trata-se, portanto, de um termo de valor adjetivo que modificará o nome a que se refere.
Os adjuntos adnominais não determinam ou especificam o nome, tal qual os
determinantes. Ao invés disso, eles conferem uma nova informação ao nome e por isso são
chamados de modificadores.
Além disso, os adjuntos adnominais não interferem na compreensão do enunciado. Por
esse motivo, eles pertencem aos chamados termos acessórios da oração.
Os adjuntos adnominais podem ser formados por artigo, adjetivo, locução adjetiva,
pronome adjetivo, numeral e oração adjetiva.

Exemplos:
1. Nosso velho mestre sempre nos voltava à mente.
...[nosso: pronome adjetivo]
...[velho: adjetivo]
2. Todos querem saber a música que cantarei na apresentação.
...[a: artigo]
...[que cantarei na apresentação: oração adjetiva]

Adjunto Adverbial
É a palavra ou expressão que acompanha um verbo, um adjetivo ou um advérbio
modificando a natureza das informações que esses elementos transmitem. Por esse seu caráter, o
adjunto adverbial é tido como um modificador. Pelo fato de não ser um elemento essencial ao
enunciado, insere-se no rol dos termos acessórios da oração.
A modificação que os adjuntos adverbiais conferem aos elementos aos quais se liga na
sentença é de duas naturezas: a primeira, de modificação circunstancial, e a segunda, de
intensidade.

Exemplos:
1. Os candidatos foram selecionados aleatoriamente.
...[aleatoriamente: modifica o segmento verbal "foram selecionados"]
...[natureza do adjunto adverbial: modificador]

2. Os preços dos remédios aumentaram demais.


...[demais: intensifica o segmento verbal "aumentaram"]
...[natureza do adjunto adverbial: intensificador]

Os adjuntos adverbiais podem ser representados por meio de um advérbio, uma locução
adverbial ou uma oração inteira denominada oração subordinada adverbial.
Exemplos:
1. Os ingressos para o espetáculo de dança esgotaram-se hoje.
...[hoje: advérbio = adjunto adverbial]

2. Acompanharemos de perto todos os teus passos!

Apostilas Decisão 43 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

...[de perto: locução adverbial = adjunto adverbial]

3. Eles sabiam que me magoavam com aquela maneira de falar.


...[com aquela maneira de falar: oração subordinada adverbial]

Freqüentemente observa-se certa confusão estabelecida entre o adjunto adverbial


expressado por uma locução adverbial e o objeto indireto. Isso se dá porque ambas as construções
são introduzidas por uma preposição. Deve-se ter claro, no entanto, que o objeto indireto é
essencial para complementar o sentido de um verbo transitivo indireto, ao passo que o adjunto
adverbial é elemento dispensável para a compreensão do sentido tanto de um verbo como de
qualquer outro elemento ao qual se liga. Além disso, o objeto indireto é complemento verbal; já o
adjunto adverbial pode ou não estar associado a verbos.
Exemplos:
1. Essa minha nota equivale a um emprego.
...[a um emprego: complementa o sentido do verbo transitivo indireto"equivaler"]
...[a um emprego: objeto indireto]
2. Estávamos todos reunidos à mesa.
...[à mesa: modifica a informação verbal "estávamos reunidos"]
...[à mesa: adjunto adverbial (de lugar)]

Aposto
É o termo da oração que se associa a outro termo para especificá-lo ou explicá-lo. O
aposto tem caráter nominal, ou seja, é representado por nomes e não por verbos ou advérbios.
Seu emprego é tido como acessório na oração porque o enunciado sobrevive sem a informação
veiculada através do aposto.
Exemplos:
1. Meu nome estava definitivamente fora da lista dos aprovados.
...[oração sem aposto]
Meu nome, Espedito, estava definitivamente fora da lista dos aprovados.
...[Espedito: aposto / substantivo próprio = nome]
...[idéia expressada pelo aposto: especificação (do sujeito)]

2. Nas festas de Santo Antônio as pessoas faziam promessas.


...[oração sem aposto]
Nas festas de Santo Antônio, santo casamenteiro, as pessoas faziam promessas.
...[santo casamenteiro: aposto / núcleo: substantivo = nome]
...[idéia expressada pelo aposto: explicação (do adjunto adnominal)]

Na língua portuguesa o aposto costuma vir acompanhado de uma pausa expressada


através da vírgula ou do sinal de dois pontos. No entanto, o uso da pontuação para marcar a
posição do aposto na sentença não é obrigatório. Trata-se de uma elegância textual, para a qual a
utilização, especialmente das vírgulas, torna o aposto mais destacado.
Exemplos:
1. Aquela rodovia de São Paulo a Campinas foi ampliada recentemente.
...[aposto não separado por vírgulas]

2. Tua cunhada, solteira e de muitas posses, ainda quer se casar?


...[aposto separado por vírgulas]

3. Ninguém sabia informar sobre a prova: data, horário e local.


...[aposto introduzido pelos dois pontos]

É comum notarmos certa confusão entre aposto e adjunto adnominal, já que o aposto pode
ser introduzido por meio da preposição de. Deve-se ter claro, no entanto, que o aposto tem sempre
o substantivo como seu núcleo, ao passo que o adjunto adnominal pode ser representado por um

Apostilas Decisão 44 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

adjetivo. Uma maneira prática de identificar um ou outro termo da oração é transformar o segmento
num adjetivo. Se a operação tiver sucesso, tratar-se-á de um adjunto adnominal.
Exemplos:
1. As paredes de fora estão sendo pintadas agora.
...[de fora > externo = adjunto adnominal]
As paredes externas estão sendo pintadas agora.

2. A praça da República foi invadida pelos turistas.


...[da República: aposto]

Uma oração inteira também pode exercer a função de aposto. Nesse caso ela recebe o
nome de oração subordinada substantiva apositiva:
Normalmente optamos pelo futebol, o que é típico de brasileiro.
...[aposto associado ao núcleo do objeto indireto "futebol"]

Vocativo
É a palavra ou conjunto de palavras, de caráter nominal, que empregamos para expressar
uma invocação ou chamado.
O vocativo é um elemento que, embora colocado pelos gramáticos dentre os termos da
oração, isola-se dela. Isto é, o vocativo não se integra sintaticamente aos termos essenciais da
oração (sujeito e predicado) e pode, sozinho, constituir-se uma frase. Essa propriedade advém do
fato de que o vocativo insere, na oração, o interlocutor discursivo, ou seja, aquele a quem o falante
se dirige na situação comunicativa.
Exemplos:
1. Por Deus, Amélia, vamos encerrar essa discussão!

2. Posso me retirar agora, senhor?

3. Meninos!
...[vocativo constituindo uma frase]

A entonação melódica da língua falada costuma acentuar os vocativos. Essa forma de


expressão é reproduzida, na língua escrita, por meio de sinais de pontuação. Assim, o vocativo é
obrigatoriamente acompanhado de uma pausa: curta, através do recurso da vírgula; longa, através
do recurso da exclamação ou das reticências. Não há posição definida para o vocativo na
sentença, porém, quando se apresenta no interior da oração, deve ser colocado entre vírgulas.
Além disso, é bastante comum encontrarmos o vocativo associado a alguma forma de
ênfase. Se não através da pontuação, o recurso mais popular é vê-lo associado a uma interjeição.
Exemplos:
1. Ah, mãe! Deixe-me ir ao jogo hoje!

2. Ó, céus, para quê tanto espetáculo em dias tão desastrosos?

Há de atentarmos para uma distinção entre o vocativo e frases constituídas por um único
substantivo. Nestas não se verifica qualquer invocação ao interlocutor do discurso, mas, antes, se
dirigem a alguém expressando um aviso, um pedido ou um conselho. No vocativo, porém, o
interlocutor é chamado a integrar o discurso do falante.
Exemplos:
1. Perigo!
...[frase constituída por um substantivo]

2. Rebeca!
...[vocativo]

Período é a unidade lingüística composta por uma ou mais orações. Tem como
características básicas:

Apostilas Decisão 45 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

1. a apresentação de um sentido ou significado completo


2. encerrar-se por meio de certos símbolos de pontuação.
Uma das propriedades da língua é expressar enunciados articulados. Essa articulação é
evidenciada internamente pela verificação de uma qualidade comunicativa das informações
contidas no período. Isto é, um período é bem articulado quando revela informações de sentido
completo, uma idéia acabada. Esse atributo pode ser exibido em termos de um período constituído
por uma única oração - período simples - ou constituído por mais de uma oração - período
composto.
Exemplos:
1. Sabrina tinha medo do brinquedo.
...[período simples]

2. Sabrina tinha medo do brinquedo, apesar de levá-lo consigo todo o tempo.


...[período composto]
Não há uma forma definida para a constituição de períodos, pois se trata de uma liberdade
do falante de elaborar seu discurso da maneira como quiser ou como julgar ser compreendido na
situação discursiva. Porém a língua falada, mais freqüentemente, organiza-se em períodos
simples, ao passo que a língua escrita costuma apresentar maior elaboração sintática, o que faz
notarmos a presença maior de períodos compostos. Um dos aspectos mais notáveis dessa
complexidade sintática nos períodos compostos é o uso dos vários recursos de coesão. Isso pode
ser visualizado no exercício de transformação de alguns períodos simples em período composto
fazendo uso dos chamados conectivos (elementos lingüísticos que marcam a coesão textual).
Exemplo:
1. Eu tenho um gatinho muito preguiçoso. Todo dia ele procura a minha cama para dormir. Minha
mãe não gosta do meu gatinho. Então, eu o escondo para a minha mãe não ver que ele está
dormindo comigo.

2. Eu tenho um gatinho muito preguiçoso, que todo dia procura a minha cama para dormir. Como a
minha mãe não gosta dele, eu o escondo e, assim, ela não vê que o gatinho está dormindo
comigo.

Notem que no exemplo (1) temos um parágrafo formado por quatro períodos. Já no
exemplo (2) o parágrafo está organizado em apenas dois períodos. Isso é possível articulando as
informações por meio de alguns conectivos (que, como, assim) e eliminando os elementos
redundantes (o gatinho, minha mãe = ele, ela).
Finalmente, os períodos são definidos materialmente no registro escrito por meio de uma
marca da pontuação, das quais se excluem a vírgula e o ponto-e-vírgula. O recurso da pontuação é
uma forma de reproduzir na escrita uma longa pausa percebida na língua falada.
Todas as orações de um período composto podem ligar-se por conetivos coordenativos (formando
os períodos compostos por coordenação) ou subornativos (formando os períodos compostos por
subordinação), estando esses conectivos claros ou ocultos.

TIPO DE PREDICAÇÃO

Há três tipos de predicado: predicado nominal, predicado verbal e predicado verbo-


nominal.
 
PREDICADO NOMINAL
 
Expressa o estado do sujeito. O verbo é de ligação.

Exemplo: O dia continua quente.


                           PREDICADO
Todos permaneciam apreensivos.
                  PREDICADO
 

Apostilas Decisão 46 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Observação: o núcleo do predicado nominal é chamado predicativo do sujeito, pois


atribui qualidade ou condição.
 
PREDICADO VERBAL
 
Expressa a ação praticada ou recebida pelo sujeito.
 
Exemplo: Os professores receberam o prêmio.
                                             PREDICADO
 
Observação: o núcleo do predicado verbal é o verbo, pois sua mensagem principal é a
ação praticada ou recebida pelo sujeito.
 
Exemplo: Os trabalhadores exigem melhores condições de trabalho.
                                                            PREDICADO
 
PREDICADO VERBO-NOMINAL
 
Informa a ação e o estado do sujeito.
 
Exemplo: Nós chegamos cansados.
                         AÇÃO    ESTADO
 
Cândida retornou feliz da viagem.
                AÇÃO      ESTADO
 
Observação: o predicado verbo-nominal é constituído de dois núcleos – um verbo e um
nome – porque fornece duas informações: ação e estado.
 
Exemplo: O comprador saiu da loja estressado.
 
A criança dormia tranqüila.

ESTRUTURA DO PERÍODO: COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO

PERÍODO

É o conjunto de orações. Ele pode ser constituído por uma ou mais orações.
O período pode ser:
simples- constituído por apenas uma oração
Ex.: "Macunaíma é o herói com muita preguiça e sem nenhum caráter".

composto- constituído por mais de uma oração.


Ex.: "Nós não podemos fingir /que as crianças não têm inconsciente".

ORAÇÕES SUBORDINADAS

São orações dependentes sintaticamente de outra. Exercem uma função sintática


correspondente ao substantivo, adjetivo ou advérbio.
Exemplo:
Os credores internacionais esperavam / que o Brasil suspendesse o pagamento dos juros.
Nesse exemplo, a segunda oração está subordinada à primeira, pois exerce função sintática
de objeto direto do verbo esperar.

· Orações subordinadas substantivas

Apostilas Decisão 47 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

São aquelas que exercem função sintática própria de um substantivo, a saber: sujeito,
objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito, aposto ou agente da
passiva. Assim temos:
a) Subjetiva
Função de sujeito em relação ao verbo da principal.
Exemplos:
É importante / que tenhamos o equilíbrio da balança comercial.
Ainda se espera / que o governo mude as normas do imposto de renda.
Ainda era esperado / que a equipe palmeirense se reabilitasse.
Consta / que haverá mudanças no ministério, caso o presidente seja reeleito.

b) Objetiva direta
Função de objeto direto em relação ao verbo da principal.
Exemplo:
Os contribuintes esperam / que o governo altere as normas do imposto de renda.
c) Objetiva indireta
Função de objeto indireto em relação ao verbo da principal.
Exemplo:
O país necessita / de que se faça uma melhor distribuição de renda.

d) Completiva nominal
Função sintática de complemento nominal em relação a um substantivo, adjetivo ou
advérbio da principal.
Exemplos:
O país tem necessidade / de que se faça uma reforma social.
O governador era contrário / a que mudassem as regras do jogo.
Percebia-se que agia favoravelmente / a que mudassem as regras do jogo.

e) Predicativa
Função de predicativo do sujeito em relação à principal.
Exemplo:
O medo dos empresários era / que sobreviesse uma violenta recessão.

f) Apositiva
Função de aposto em relação a um termo da principal.
Exemplo:
O receio dos jogadores era esse: / que o técnico não os ouvisse.

g) Agente da passiva
Função de agente da passiva em relação à principal.
Exemplo:
O assunto era explicado / por quem o entendia profundamente.

· Orações subordinadas adjetivas


São aquelas que exercem função sintática própria de um adjetivo:

a) Restritivas
Restringem, limitam o sentido de um termo da oração principal. Não são isoladas por
vírgulas.
Exemplo:
A doença que surgiu nestes últimos anos pode matar muita gente.

b) Explicativas
Explicam, generalizam o sentido de um termo da oração principal. São isoladas por
vírgulas.
Exemplo:

Apostilas Decisão 48 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

As doenças, que são um flagelo da humanidade, já mataram muita gente.

Observação:
As orações subordinadas adjetivas são introduzidas por pronomes relativos: que, quem, o
qual, a qual, cujo, onde, como, quando etc.
Os pronomes relativos exercem funções sintáticas, a saber:
a) Sujeito
Exemplo: Os trabalhadores que fizeram greve exigiam aumento salarial.
(= Os trabalhadores fizeram greve.)

b)Objeto direto
Exemplo: As reivindicações que os trabalhadores faziam preocupavam os empresários.
(= Os trabalhadores faziam as reivindicações.)
c) Objeto indireto
Exemplo: O aumento de que todos necessitavam proveria o sustento da casa.
(= Todos necessitavam do aumento.)

d) Complemento nominal
Exemplo: O aumento de que todos tinham necessidade proveria o sustento da casa.
(= Todos tinham necessidade do aumento.)

e) Predicativo do sujeito
Exemplo: O grande mestre que ele sempre foi agradava a todos.
(= Ele sempre foi o grande mestre.)

f) Adjunto adnominal
Exemplo: Os peregrinos de cujas contribuições a paróquia dependia retornaram à sua cidade.
(= A paróquia dependia de suas contribuições.)

g) Adjunto adverbial
Exemplo: Observem o jeitinho como ela se requebra.
(= Ela se requebra com jeitinho.)

· Orações subordinadas adverbiais


São aquelas que exercem função sintática própria de advérbio, ou seja, adjunto adverbial
em relação à principal.

a) Causal
Exemplo:
Todos se opuseram a ele, porque não concordavam com suas idéias.

b) Condicional
Exemplo:
Se houvesse opiniões contrárias, o acordo seria desfeito.

c) Temporal
Exemplo:
Assim que chegou a casa, resolveu os problemas.

d) Proporcional
Exemplo:
Quanto mais obstáculos surgiam, mais ele se superava.

e) Final
Exemplo:

Apostilas Decisão 49 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

O pai sempre trabalhou para que os filhos estudassem.

f) Conformativa
Exemplo:
Os jogadores procederam segundo o técnico lhes ordenara.

g) Consecutiva
Exemplo:
Suas dívidas eram tantas que vivia nervoso.
h) Concessiva
Exemplo:
Embora enfrentasse dificuldades, procurava manter a calma.

i) Comparativa
Exemplo:
Ele sempre se comportou tal qual um cavalheiro.

ORAÇÕES COORDENADAS

As orações coordenadas são independentes sintaticamente. Não exercem nenhuma função


sintática em relação a outra dentro do período.
Quando não são introduzidas por conjunções (conectivos), são classificadas como
assindéticas.
Exemplo:
"No alto da figueira estava, / no alto da figueira fiquei." (J. C. de Carvalho)

Se introduzidas por conjunções (conectivo), classificam-se como sindéticas, recebendo o


nome da conjunção que as introduzem, assim:

a) aditivas (e, nem, mas também...)


Exemplo:
O ministro não pediu demissão e manteve sua posição anterior.

b) adversativa (mas, porém, todavia, contudo, entretanto)


Exemplo:
O ministro pediu demissão, mas o presidente não a aceitou.

c) explicativas (que, porque, e a palavra pois antes do verbo)


Exemplo:
Peçam a demissão dos seus assessores, pois eles pouco fazem para o bem do povo.

d) conclusivas (logo, portanto, por conseguinte, por isso, de modo que e a


palavra pois após o verbo)
Exemplo:
Os assessores pouco fazem pelo povo; devem, pois, deixar seus cargos.

e) alternativas (ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja, já ... já,
talvez ... talvez)
Exemplo:
O Congresso deve ser soberano, ou perderá a legitimidade.

NEXOS ORACIONAIS

As conjunções coordenativas e subordinativas recebem também o nome de nexos


conectivos, articuladores, conectores e outros apelidos.
Um nexo muito usado e que traz dificuldades ao aluno é o nexo que.

Apostilas Decisão 50 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Guarde a seguinte receita e execute saudavelmente as questões onde ele aparece.


a) que = porque, sempre nos dará uma oração coordenada explicativa.
b) que = o qual e suas variações, apresenta uma oração subordinada adjetiva.
c) que = precedido de tão, tal, tamanho e tanto, é oração subordinada adverbial
consecutiva.
d) que = conjunção integrante, é insubstituível por qualquer outro nexo e aparece em
orações subordinadas substantivas.

VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES

"(...) E assim, quando mais tarde me procure / Quem sabe a morte, Eu possa me dizer
do amor (que tive): / Que não seja imortal, posto que é chama / Mas que seja infinito enquanto
dure." (Vinícius de Moraes)
Esse é um dos mais conhecidos e apreciados poemas de Vinícius, que possui uma
emotividade sem igual na literatura brasileira. A inadequação gramatical desses versos está na
utilização da expressão "posto que" com o valor semântico de causa. O poeta espera que o amor
não seja imortal, já que é chama, percebeu?
O problema é que "POSTO QUE" tem valor concessivo, ou seja, indica oposição, fatores
contrários, tem o mesmo valor de "apesar de que, embora, mesmo que, ainda que, mesmo que", e
não de "porque, já que, visto que". Então o verso deveria ter sido construído assim:"Que não seja
imortal, já que é chama", ou "porque é chama" ou ainda "visto que é chama".
Muitas são as expressões e as palavras que causam dúvidas ou apresentam problemas
semânticos ao estudante. Vejamos algumas delas:
A conjunção "COMO" pode ter três valores semânticos:causa, comparação e
conformidade. Veja os exemplos:
 Na frase"Como estivesse chovendo, não saí de casa", ela indica causa, pois poderia
ser substituída por"já que";
 Em"Faço o trabalho como o regulamento prescreve", indica conformidade, pois
poderia ser substituída por"conforme";
 Em"Ele age como o pai", indica comparação, pois poderia ser substituída por"igual a".

A conjunção "SE", além de ser condicional, pode ser causal ou iniciar oração subordinada
substantiva com função de sujeito ou de objeto direto, sendo denominada, nesse último caso de
conjunção integrante. Exemplos:
 Na frase"Se você estudar, conseguirá seu intento", ela indica condição, pois poderia
ser substituída por"caso";
 Em"Se você sabia que era proibido entrar lá, por que não me avisou?", indica causa,
pois poderia ser substituída por"já que";
 Em"Não sei se ficarei lá muito tempo", há uma conjunção integrante, pois"se ficarei
lá muito tempo" funciona como objeto direto do verbo "saber".

O VERBO NO INFINITIVO antecedido de preposição inicia orações com os seguintes


valores semânticos: causa, tempo, finalidade e condição.
 Com a preposição"por", a indicação será decausa ("Por estar acamado, não irei à
reunião");
 Com"para", definalidade ("Elas vieram para conversar");
 Com"ao", detempo ("Ao chegar ao colégio, encontrei meu amigo");
 Com"a", decondição ("A continuar assim, você não conseguirá seu intento").

SEMÂNTICA - SINONÍMIA E ANTONÍMIA

SINÔNIMOS (ou Sinonímia)

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados
iguais ou semelhantes - SINÔNIMOS.

Apostilas Decisão 51 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

Ex.: Cômico - engraçado


Débil - fraco, frágil
Distante - afastado, remoto

ANTÔNIMOS (ou Antonímia)

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados
diferentes, contrários - ANTÔNIMOS.
Ex.: Economizar - gastar
Bem - mal
Bom - ruim

TESTES

1. No período "nunca pensei que ela acabasse", a oração sublinhada classifica-se como:
a) subordinada adjetiva restritiva;
b) subordinada adjetiva explicativa;
c) subordinada adverbial final;
d) subordinada substantiva objetiva direta;
e) subordinada substantiva objetiva indireta.

2. O observador que olha do morro só é capaz de ver alguém que esteja muito próximo da
estátua. As palavras sublinhadas, respectivamente:
a) substantivo - pronome - advérbio
b) adjetivo - pronome - adjetivo
c) substantivo - substantivo - advérbio
d) adjetivo - pronome - pronome
e) adjetivo - substantivo - adjetivo

3. Na questão que segue, típica de um vestibular inovador, vem ilustrada uma das formas de
explorar conhecimentos relativos aos processos de formação de palavras:
Em nossa última conversa, dizia-me o grande amigo que não esperava viver por muito tempo, por
ser um "cardisplicente".
- O quê?
- Cardisplicente. Aquele que desdenha do próprio coração.
Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionário.
- "Cardisplicente" não existe, você inventou - triunfei.
- Mas se eu inventei, como é que não existe?

Conforme sugere o texto, "cardisplicente" é:


a) um jogo fonético curioso, mas arbitrário.
b) palavra técnica constante de dicionários especializados.
c) um neologismo desprovido de indícios de significação.
d) uma criação de palavra pelo processo de composição.
e) termo erudito empregado para criar um efeito cômico.

4. Suponha um aluno se dirigindo a um colega de classe nestes termos: "Venho


respeitosamente solicitar-lhe se digne emprestar-me o livro." A atitude desse aluno se
assemelha à atitude do indivíduo que:
a) comparece ao baile de gala trajando "smoking".
b) vai à audiência com uma autoridade de "short" e camiseta.
c) vai à praia de terno e gravata.
d) põe terno e gravata para ir falar na Câmara dos Deputados.
e) vai ao Maracanã de chinelo e bermuda.

5. Quem .......... seu amigo, jamais ..........., mas sim lhe dá bons ...........

Apostilas Decisão 52 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

a) preza, o dilata, conselhos


b) preza, o delata, conselhos
c) presa, delata-o, conselhos
d) preza, dilata-o, conselhos
e) presa, o dilata, concelhos

6.Eles ................. ajudar e ............... as ................... no arquivo.


a) quiseram, puzeram, fixas.
b) quizeram, puseram, fixas.
c) quiseram, puzeram, fichas.
d) quiseram, puseram, fichas.
e) quizeram, puseram, fichas.

7. Assinale a alternativa em que todas as palavras são escritas com "g":


a) _ibóia, _eca, pa_em;
b) ferru_em, estran_eiro, verti_inoso;
c) ma_estade, _ló, vare_ista;
d) _irau, pa_é, ri_eza;
e) _enipapo, _erico, tra_etória.

8. Assinale a alternativa onde não ocorre erro de grafia:


a) pobreza, através, fertilisar, maisena;
b) taxa, indigesto, paisano, enchoval;
c) defesa, obesidade, profetizar, anestesia;
d) expatriar, babaçu, camursa;
e) n.d.a.

9. "Uma _____deliciosa tomou conta dos________ que se apertavam de encontro às cordas,


em toda a _____do percurso".
a) espectativa, espectadores, extensão;
b) espectativa, expectadores, extenção;
c) expectativa, expectadores, extenção;
d) expectativa, espectadores, extensão;
e) expectativa, expectadores, extensão.

10. Assinale a alternativa em que há uma palavra escrita incorretamente:


a) quisermos, marquesa, surgir;
b) sujeito, mochila, chícara;
c) flecha, granjeiro, exceção;
d) ojeriza, perquisar, girassol;
e) n.d.a.

11. Escreve-se com CH a palavra:


a) _inqar;
b) pu_ar;
c) en_oval;
d) me_er;
e) en_ente.

12. Marque a alternativa em que estão grafados corretamente os substantivos derivados de:
limpo, defender, barão, surdo.
a) limpeza, defeza, baroneza, surdeza
b) limpeza, defesa, baronesa, surdez
c) limpesa, defeza, baronesa, surdesa
d) limpeza, defeza, baronesa, surdez
e) limpeza, defesa, baroneza, surdez

Apostilas Decisão 53 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

13. Indique a alternativa em que todas as palavras seriam completadas com a mesma letra:
a) bu_ina, bu_linar, ca_ar;
b) fu_ilar, a_ilar, ga_olina;
c) introdu_ir, reali_ar, desli_ar;
d) ca_ebre, anali_ar, gentile_a;
e) n.d.a.

14. Em que alternativa usaríamos somente "X"?


a) _ícara, pi_e, be_iga;
b) en_endo, en_erto, _epa;
c) ta_ativo, sinta_e, bro_e;
d) bre_a, ni_o, en_ova;
e) n.d.a.

15. Assinale a alternativa correta, com relação à pontuação:


a) Antes da conjunção "e" não se usa vírgula
b) Antes da conjunção "e" usa-se vírgula se houver intenção enfática.
c) Antes da conjunção "e" usa-se vírgula se houver intenção adversativa.
d) Todas estão corretas.

16. Assinale a correta:


a) Terminando a aula vá para casa.
b) O homem que trabalha, vence na vida.
c) O homem, que trabalha, vence na vida.
d) Terminando a aula vá, para casa.

17. Assinale a errada:


a) O funcionário, reclamando muito, saiu.
b) Ele faltou com a verdade isto é, mentiu.
c) Ele faltou com a verdade, isto é, mentiu
d) Todas estão erradas

18. Assinale a alternativa onde ocorre erro de pontuação:


a) Os meninos, inquietos, esperavam o resultado do pedido.
b) Inquietos, os meninos esperam o resultado do pedido.
c) Os meninos esperavam, inquietos, o resultado do pedido.
d) Os meninos inquietos esperavam o resultado do pedido.

19. Assinale a frase incorreta:


a) São Paulo 21 de abril de 2002
b) José venha cá.
c) Os professores, os alunos, o diretor e os funcionários saíram.
d) Paulo, o mais moço da família, é o mais esperto.

20. Em que alternativa nenhuma das palavras teria o acento agudo?


a) ateísmo, caía, jesuíta, juízes
b) baú, viúvo, ataúde, saúde, balaústre
c) juíz, raíz, raínha, atrír, paúl
d) água, tímido, espádua, náufrago

21. Em que par só uma das palavras deveria receber o trema?


a) cinquenta - aguentar

Apostilas Decisão 54 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

b) quinquênio - eloquente
c) tranquilo - linguística
d) linguiça - guerra

22 Assinale a alternativa que contém as palavras corretas quanto à grafia:


a) harém , hangar, harpa, haste, hombro
b) hontem, hebreu, hediondo, hematoma, hemograma
c) hemorragia, hepatite, herdar, herege, herói
d) hiena, higiene, hérnia, herva, hidráulica

23. Dadas as palavras: apóiam, baínha, abençoo, constatamos que está (estão)
corretamente grafadas:
a) apenas a primeira palavra
b) apenas a segunda palavra
c) apenas a terceira palavra
d) todas as palavras

24. Estas revista que eles ......, ....... artigos curtos e manchetes que todos .............
a) leem, tem, veem
b) lêm, têem, vêm
c) lêem, têm, vêem
d) lêem, têm, vêm

25. Eles ............... em tudo quanto ...............


a) crêem, leem
b) crem, lem
c) crêm, lêm
d) crêem, lêem

26. Se ela crê, eles não .................; se ela vê, eles não ...............; opostos em
tudo, .................apenas a mesma opinião como liame.
a) creem, vêm, tem
b) crêm, vêm, têm
c) crêem, vêem, têm
d) crêem, veem, têm

27. Pôs, com ............... os ......................................


a) displicenda - papéis sobre a mesa
b) displicencia - papéis sôbre a mesa
c) displicência - papéis sôbre a mesa
d) displicência - papéis sobre a mesa

28. Só uma série das palavras apresentadas abaixo apresenta todas acentuadas
corretamente. Assinale-a:
a) rápido, sêde, corte
b) Satanás, ínterim, espécime
c) Corôa, vatapá, automóvel
d) Cometí, pêssegozinho, viúvo

29. Assinale a única série em que pelo menos um vocábulo apresenta erro no que diz
respeito à acentuação gráfica:
a) urubú, bainha, raiz
b) Grajaú, automóvel, retêm (3ª. Pessoa do plural)
c) Pôde, vôos, revêem
d) Colibri, raízes, balaústre

Apostilas Decisão 55 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

30. Assinale a alternativa que contém vocábulo corretamente acentuado:


a) ítem
b) hífem
c) ítens
d) hífens

31. Em que caso todas as palavras estão corretamente acentuadas?


a) aziago, refém, xenômano, pudico
b) antonimia, alopata, aerólito, morfonomano
c) nitrido, interim, monólito, polissíndeto
d) antonomasia, gratuito, textil, rubiácia

32. Assinale a única série em que pelo menos um vocábulo apresenta erro no que diz
respeito à acentuação gráfica:
a) pegada - sinonímia
b) êxodo - aperfeiçoe
c) álbuns - atraí-lo
d) redimí-la - grátis

33. A única série de palavras corretamente acentuadas é:


a) Rubi, Luis, querê-la, chuchu
b) Baú, jóvem, partí-la, César
c) Tabú, fácil, a través, Nélson
d) Possui, pô-la, Eugênio, bíceps

34. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretas quanto à acentuação
gráfica:
a) Grajaú, balaústre, urubús
b) Árduo, língua, raíz
c) Raízes, fúteis, água
d) Heróico, assembléia, corôa

35. Indique a alternativa correta:


a) O ladrão foi apanhado em flagrante.
b) Ponto é a intercepção de duas linhas.
c) As despesas da mudança são vultuosas
d) Assistimos a uma violenta coalizão de caminhões.

36. Que palavra não tem o "h" inicial?


a) hélice
b) hérnia
c) hesitar
d) húmido

37. A única palavra que não se escreve com "j" é:


a) estranjeiro
b) jeito
c) gorjeta
d) sarjeta

38.Assinale a alternativa que contém os sinais de pontuação adequados à seguinte frase:


"Carlos todo domingo segue a mesma rotina praia futebol jantar em restaurante"
a) vírgula, vírgula, ponto-e-vírgula, vírgula, vírgula, ponto
b) vírgula, vírgula, dois-pontos, vírgula, vírgula, ponto

Apostilas Decisão 56 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

c) vírgula, ponto-e-vírgula, vírgula, vírgula, ponto


d) vírgula, dois-pontos, vírgula, vírgula, ponto
e) vírgula, vírgula, vírgula, vírgula, vírgula, ponto

39.Dadas as palavras:
1) atravez 2) cortez 3) atrás
Verificamos que está (estão) corretamente grafada(s):
a) apenas a palavra nº 1
b) apenas a palavra nº 2
c) apenas a palavra nº 3
d) apenas as palavras nº 1 e 2

40. Assinale a alternativa correta:


a) Será proibido a entrada aos retardatários.
b) Dado as circunstâncias, retirou-se.
c) O governo destinou bastantes recursos para o BNH.
d) Seguem anexo três certidões.

41. Depressa esqueci o Quincas Borba. A palavra destacada é:


a) objeto direto
b) sujeito
c) agente da passiva
d) adjunto adverbial

42.Nunca, respondeu ela abanando a cabeça.


a) objeto direto
b) sujeito
c) agente da passiva
d) adjunto adverbial

43.O Brasil foi descoberto pelos portugueses. O termo grifado é:


a) objeto direto
b) sujeito
c) agente da passiva
d) adjunto adverbial

44. Assinale a frase em que há agente da passiva:


a) Andei por longes terras.
b) Avisei por telegrama a minha ida.
c) A carta lida por você não é verdadeira.
d) De quem você se queixa?

45.Assinale a frase em que há objeto indireto:


I. Ele deu um bom livro de presente.
II. Ele recebeu de presente um bom livro.
III. Ele recebeu de seu pai duas cartas, o mês passado.
IV. Ele me indicou como presidente.

46.Assinale a frase que encerra erro de concordância nominal:


a)Estavam abandonadas a casa, o tempo e a vida.
b)Ele chegou com o rosto e as mãos feridas.
c)Decorrido um ano e alguns meses, lá voltamos.
d)Decorridos um ano e alguns meses, lá voltamos.

47.Ela .............. não sabia se as declarações deviam ir ou não ........... ao processo.


a) mesma, ir anexas

Apostilas Decisão 57 Apostilas Decisão


Língua Portuguesa

b) mesmo, ir anexo
c) mesma, irem anexas
d) mesmo, ir anecas

48.Ainda .............. furiosa, mas com ........... violência, proferia injúrias .............. para
escandalizar os mais arrojados.
a) meia, menos, bastantes
b) meia, menos, bastante
c) meio, menos, bastantes
d) meio, menos, bastante

49. Assinale a alternativa em que a concordância nominal está errada:


a)Os braços e as mãos trêmulas erguiam-se para o céu.
b)Todos os moviam cautelosamente, alertas ao perigo.
c)Tinha belos olhos e boca.
d)Chegada a sua hora e a sua vez, intimidou-se.

50.Assinale a alternativa em que a concordância está errada:


a)A gramática francesa e a língua inglesa é ensinada nesta escola.
b)Os Alpes é a maior cordilheira da Europa.
c)Eu mesmo irei buscar o livro, disse a moça.
d)Admiramos as magníficas selvas e rios brasileiros.

GABARITO

1. D 2. A 3. D 4. C 5. B
6. D 7. B 8. C 9. D 10. B
11. E 12. B 13. C 14. B 15. D
16. B 17. B 18. C 19. A 20. C
21. D 22. C 23. A 24. C 25. D
26. C 27. D 28. B 29. A 30. B
31. A 32. D 33. D 34. C 35. A
36. D 37. A 38. B 39. C 40. C
41. D 42. B 43. C 44. C 45. C
46. A 47. A 48. C 49. B 50. D

Apostilas Decisão 58 Apostilas Decisão

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