Interpretação de Texto

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PROFESSORA: DENISE DE ALMEIDA
LÍNGUA PORTUGUESA (TEXTOS)

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TEXTOS

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 04.

A arte mostra-se presente na história da humanidade desde os tempos mais


remotos. Sem dúvida, ela pode ser considerada como sendo uma necessidade
de expressão do ser humano, surgindo como fruto da relação homem/mundo.
Por meio da arte a humanidade expressa suas necessidades, crenças, desejos,
sonhos. Todos têm uma história, que pode ser individual ou coletiva. As
representações artísticas nos oferecem elementos que facilitam a compreensão
da história dos povos em cada período. (Rosane K. Biesdorf e Marli F.
Wandscheer. Arte, uma necessidade humana: função social e educativa.
Itinerarius reflectionis.)
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1. De acordo com o texto, a arte caracteriza-se como:

(A)a maneira de o homem fugir à realidade refugiando-se em um passado


glorioso.
(B) um documento de produção coletiva com o fim de registrar objetivamente a
história.
(C) um meio de expressão que revela como o homem vive ao longo da história.
(D)uma linguagem universal, que anula as diferenças entre os povos de cada
período.
(E) o principal modo de uma geração acessar registros históricos da geração que
a antecede.
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2. A expressão Sem dúvida, em destaque no texto, pode ser
substituída, sem prejuízo do sentido, por:

(A) Seguramente.
(B) Eventualmente.
(C) Porventura.
(D) Sobretudo.
(E) Usualmente.
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3. Está empregado com sentido figurado o vocábulo destacado no
trecho:

(A) ... desde os tempos mais remotos.


(B) ... surgindo como fruto da relação homem/mundo.
(C) Todos têm uma história...
(D) ... elementos que facilitam a compreensão...
(E) ... compreensão da história dos povos...
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4. Assinale a alternativa em que o período do texto está repontuado em
conformidade com a norma-padrão da língua.

(A)A arte mostra-se, presente na história da humanidade, desde os tempos mais


remotos.
(B) Sem dúvida ela pode ser considerada, como sendo uma necessidade, de
expressão do ser humano, surgindo como fruto da relação homem/mundo.
(C)Por meio da arte, a humanidade expressa suas necessidades, crenças,
desejos, sonhos.
(D) Todos têm uma história que, pode ser individual, ou coletiva.
(E)As representações artísticas, nos oferecem elementos que facilitam, a
compreensão da história dos povos, em cada período.
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Leia o texto e responda às questões de números 05 a 08.

ROMA

O filme Roma está constantemente entre dois caminhos. É pessoal e grandioso, popular e intelectual,
tecnológico – rodado em 65 mm digital – e clássico – feito em preto e branco com a mesma ousadia
dos movimentos cinematográficos das décadas de 1950 e 1960. O título, uma referência a Colonia
Roma, bairro da Cidade do México, também remete a Roma, Cidade Aberta, filme-símbolo do
neorrealismo italiano assinado por Roberto Rossellini.

Ao revisitar a própria memória, o cineasta Alfonso Cuarón escolhe olhar para Cleo, a empregada, de
origem indígena, de uma família branca de classe média. Resgata, assim, não apenas os seus anos de
formação, mas todas as particularidades do passado do país. O México no início dos anos 1970
fervilhava entre revoluções sociais e a influência da cultura estrangeira. Cleo, porém, se mantinha
ingênua, centrada nas suas obrigações: lavar o pátio, buscar as crianças na escola, lavar a roupa,
colocar os pequenos para dormir.
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Até que tudo se transforma. A família perfeita desmorona, com o pai que sai de casa, a mãe que não
se conforma com o fim do casamento e os filhos jogados de um lado para o outro na confusão dos
adultos. Enquanto isso, Cleo se apaixona, engravida, é enganada e deixada à própria sorte. Duas
mulheres de diferentes origens compartilham a dor do abandono. Juntas, reencontram a resiliência
que segura o mundo frente às paixões autocentradas.

O cineasta, que além da direção e do roteiro assina a fotografia e a montagem (ao lado de Adam
Gough), retrata sua história, entrelaçada com a de seu país, como se na vida adulta reencontrasse o
olhar da infância, cujo fascínio por cada descoberta aumenta o tamanho e a importância de tudo. O
que Cuarón faz em Roma é raro. São camadas e camadas sobrepostas para reproduzir a complexidade
do seu imaginário afetivo e das relaçõ es sociais de um país. Entre muitas inspirações, referência s e
técnicas, sua assinatura está na sinceridade com que olha para si mesmo e para os seus personagens,
encontran do beleza e verdade no que muitos menosprezam. Esse é um filme simples e complicado,
como a própria vida.
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05. De acordo com a autora, a singularidade da linguagem que Alfonso Cuarón
adota em Roma está:

(A)na comicidade da caracteriza ção de personagens pouco realistas e até


caricaturais.
(B) na indignação com que o cineasta denuncia a desigualdade entre as classes
sociais.
(C)no orgulho nacionalista com que se apresentam momentos cruciais da
história do México.
(D) na sinceridade do relato, valorizando o que para muitos costuma passar
despercebido.
(E) no modo irrealista com que os dramas das personagens femininas são
resolvidos.
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06. Uma característica do filme Roma destacada no texto diz respeito à:

(A) utilização da narrativa de cunho jornalístico.


(B) fusão da história pessoal com a coletiva.
(C) impessoalidade com que é realizado o relato.
(D) caracterização da mulher indígena como insubordinada.
(E) denúncia do relacionamento abusivo entre patroa e empregada.
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07. O vocábulo resiliência, destacado no terceiro parágrafo, abarca o sentido de:

(A) amor incondicional que as mães têm por seus filhos.


(B) cumplicidade partilhada por pessoas de uma mesma origem.
(C) ressentimento que permanece após uma desilusão amorosa.
(D) falta de amor-próprio que inibe o desenvolvimento das mulheres.
(E) capacidade de se recompor após uma situação difícil.
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08. Em “Cleo, porém, se mantinha ingênua...” (2o parágrafo), o vocábulo porém
pode ser substituído, com o sentido do texto preservado, por:

(A) dessa forma.


(B) devido a isso.
(C) por conseguinte.
(D) assim sendo.
(E) em contrapartida.
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Leia o texto e responda às questões de números 09 a 12.

FELICIDADE

Felicidade é pássaro irrequieto concebido para a liberdade. Mal pousa em nosso espírito, já bate as
asas. Contra todas as evidências, no entanto, vivemos na ilusão de um dia aprisioná-lo.

Na infância, a felicidade faz visitas mais demoradas. É a única fase em que conseguimos acordar,
passar o dia inteiro e ir para a cama felizes, por dias consecutivos. A primeira da qual tenho
lembrança aconteceu aos 7 anos. Nasci num bairro cinzento em que o apito das fábricas marcava a
rotina das famílias. Para avistar uma árvore, era preciso andar até o largo na frente da Igreja de Santo
Antônio, a vários quarteirões de distância. Naquelas férias de janeiro, meus tios me levaram com meu
irmão para uma fazenda a muitas horas de São Paulo, na companhia de seis primos com idades
próximas às nossas. Pela primeira vez montei num cavalo, nadei em riacho, senti nos ombros o
impacto de uma cachoeira, chupei manga trepado na árvore e joguei bola num gramado.
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Como as memórias carregadas de emoção ficam impregnadas nas profundezas da
consciência, tendemos a esquecer experiências que trouxeram prazer, para dar prioridade
às que nos fizeram sofrer. Lembro de detalhes do dia da morte de minha mãe, com mais
nitidez do que da viagem a trabalho que fiz ao Acre, três semanas atrás.

Na vida adulta, a felicidade costuma nos visitar em situações que veem ao encontro de
expectativas íntimas. A duração da visita dependerá da intensidade do desejo, do esforço
para atingir aquele objetivo, do valor dado a ele e da ansiedade com que aguardávamos o
desfecho. Nos adultos, a felicidade chega em ondas de cristas à meia altura, contidas pelo
entulho das contradições mesquinhas do cotidiano.
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Explosões que levam às fronteiras com a loucura, só conhecem os que vivem uma paixão
amorosa ou situações excepcionais como a do nascimento de um filho, de uma neta ou a
do jogador que faz o gol da vitória na final do campeonato.

A maturidade, no entanto, não me fez desistir de correr atrás da felicidade suprema,


embora saiba que ela será episódica e fugaz, fatalmente turvada por pensamentos
invasores e pela maldita insatisfação humana, até acabar confinada ao quarto de despejo
do subconsciente.

(Drauzio Varella. https://drauziovarella.uol.com.br. Adaptado)


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09. Um dos assuntos explorados no texto diz respeito:

(A) ao fato de que a felicidade consiste em esquecer eventos tristes.


(B) à maneira como apenas as crianças são felizes.
(C) ao modo como felicidade e liberdade são incompatíveis.
(D) à imaturidade própria das pessoas que se consideram felizes.
(E) à relação entre experiências afetivas e memória.
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10. Duas expressões que se referem a ideias análogas no texto são:

(A) ilusão (1o parágrafo); infância (2o parágrafo).


(B)bairro cinzento (2o parágrafo); quarto de despejo do subconsciente (5o
parágrafo).
(C) pássaro irrequieto (1o parágrafo); felicidade suprema (5o parágrafo).
(D)contradições mesquinhas do cotidiano (4o parágrafo); final do campeonato
(4o parágrafo). (E) fronteiras com a loucura (4o parágrafo); insatisfação humana
(5o parágrafo).
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11. Ao afirmar que “a felicidade chega em ondas de cristas à meia altura” (4o parágrafo),
o autor defende que:

(A) a felicidade suprema é prerrogativa da maturidade.


(B) os adultos devem esperar por momentos felizes.
(C) ser feliz é o principal objetivo dos adultos mais sábios.
(D) é raro vivenciar a felicidade plena na vida adulta.
(E) atingir a felicidade torna-se mais viável entre os adultos.
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12. Na frase “Mal pousa em nosso espírito, já bate as asas.” (1o parágrafo), o
vocábulo destacado estabelece relação de:

(A) tempo.
(B) finalidade.
(C) proporção.
(D) condição.
(E) comparação.
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GABARITO

1-C 2-A 3-B 4-C 5-D 6-B 7-E 8-E 9-E 10-C 11-D 12-A

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