Atividade de Aula Prática
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LICENCIATURA
O ensino da Educação Física escolar numa perspectiva inclusiva: desafios à prática docente.
Há muito tempo as pessoas com deficiência sempre estiveram separadas das várias
instituições de ensino em diferentes épocas, principalmente por causa do preconceito,
ocasionando muitas lutas pela busca de seus direitos e da cidadania, pois até então, não
tinham seus direitos respeitados. A medicina ajudou muito, pois foi com ela que surgiu
algumas ideias sobre educação das pessoas com deficiência. E foi no século XIX e início do
século XX que começaram a surgir no Brasil algumas legislações que tratavam do direito a
educação. Legislações estas que tiveram marcos importantes como a criação de instituições de
ensino, por exemplo, a APAE , e a criação da educação especial como modalidade de ensino.
No caso da educação física em especial, existiu a educação física adaptada, onde os soldados
que vinham das batalhas com algum tipo de deficiência, passavam por um atendimento de
reabilitação, tendo um recuperação mais rápida, surgindo assim também o esporte adaptado.
A educação física em âmbito escolar trabalhava obrigatoriamente o desempenho, a habilidade,
o esporte e o rendimento, onde escolas passaram a serem centros de treinamentos e nelas as
pessoas com deficiência eram excluídas. Mas com o passar dos tempos, foram surgindo novas
legislações, onde essas pessoas passaram a participar destas atividades nas escolas,
respeitando suas limitações. Em relação à formação do professor, até o final da década de 80,
esta formação tinha um foco muito voltado para a prática e desempenho, também assim
excluindo aqueles alunos com algum tipo de deficiência. A partir da década de 90 os cursos já
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tinham em sua grade curricular a educação especial e também a educação adaptada, assim
sendo, os recém-formados já saiam com um bom conhecimento sobre este assunto.
Os paradigmas de atendimento
Exclusão é o paradigma onde as pessoas com deficiência em especial, ficavam de fora de todo
e qualquer tipo de atendimento seja ele escolar, hospitalar etc., pois somente as pessoas
normais recebiam tais atendimentos, e as com deficiência eram marginalizadas. Já a
segregação é o atendimento onde foram criados núcleos específicos para pessoas com
deficiência, e sendo assim, não tinha possibilidade de pessoas normais terem esse
atendimento. Então apareceu o paradigma interação, que é uma visão difundida da
segregação, pois na integração, passou a se olhar além da deficiência, também a pessoa, mas
ainda tinha uma certa separação no atendimento, com pessoas com deficiência de um lado e
pessoas normais de outro, mas ambos no mesmo ambiente para um atendimento específico e
integrado igual para todos. Posteriormente, o paradigma inclusão foi desenvolvido, e foi
muito confundido com a integração, mas a diferença é que na inclusão a atenção esta
totalmente voltada para a pessoa e nas suas capacidades, e não nas suas limitações, onde o
atendimento será o necessário para cada um. O capacitacismo entende-se por descrever a
discriminação, opressão e abusos que aparecem quando temos a ideia de que pessoas com
deficiência são inferiores as pessoas normais. Podemos assim, identificar o capacitacismo
como opressão ativa e passiva. Na opressão ativa, é normal vermos pessoas insultando
pessoas com deficiência ou também com pensamentos e ações negativas. Também é opressão
ativa, as construções onde pessoas com deficiência não tem acesso devido a arquiteturas
inadequadas, assim também como, serviços e atendimentos inacessíveis para essas pessoas
com deficiência. Já na opressão passiva, é possível ver pessoas com tratamento de pena ou
caridade, querendo de alguma forma dar assistência sem necessidade, julgando a pessoa pela
sua deficiência. Costuma-se também vangloriar a pessoa com deficiência por ela conseguir
realizar ações que aos olhos de pessoas normais, seriam impraticáveis, o que também se
caracteriza opressão passiva.
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Descrição da atividade:
Supondo que em uma turma existam alunos com deficiência e todos são cadeirantes, mas com
movimentos da cintura para cima. No Caso a escola tem uma boa estrutura, então, minha
proposta de atividade seria um jogo de tênis em quadra.
No primeiro paradigma de exclusão, aconteceria se eu como professor, separasse esses alunos
com deficiência e desse para eles outra atividade, deixando-os de fora do jogo.
No segundo paradigma de segregação, aconteceria se eu elabora-se uma aula inteira de tênis
somente com esses alunos com deficiência, onde não teria possibilidade dos outros alunos
sem deficiência participarem.
No terceiro paradigma de interação, aconteceria o seguinte: eu dividiria a quadra em duas
partes, cada parte com uma rede de separação formando duas quadras, então, uma quadra
seria para alunos sem deficiência e a outra seria para os alunos com deficiência.
No quarto paradigma de inclusão, funcionaria assim: seria a quadra inteira normalmente, mas
o jogo seria em duplas. Cada dupla seria formada por uma pessoa com deficiência e uma
pessoa sem deficiência, portanto o jogo seria em igualdade e seria o melhor para todos.