Folder O Papel Dos Protocolos Na Classificação de Risco
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Os Protocolos de Classificação de Risco são instrumentos Esses protocolos internacionais classificam o atendimento em:
que sistematizam a avaliação inicial do usuário − bem desenvolvida emergente (vermelho), muito urgente (laranja), urgente (amarelo),
para o atendimento às situações de catástrofes, e adaptada para os pouco urgente (verde) e não urgente (azul). Para cada categoria
serviços de urgência¹. existe um tempo alvo de atendimento, respectivamente: 0, 10, 60, 120
São instrumentos que avaliam gravidade, potencial de e 240 minutos²
agravamento e sofrimento do usuário, permitindo o
estabelecimento de uma prioridade clínica. Não ofertam Em Minas Gerais, a Secretaria Estadual de Saúde (SES – MG) optou
diagnósticos, muito menos excluem pessoas (todos devem passar por uniformizar, importar e implantar o Protocolo de Manchester nas
por avaliação clínica)1,2, porém impactam na história natural de portas de entrada dos seus serviços de saúde4, tendo os médicos e os
doenças agudas graves e potencialmente fatais, que, se não enfermeiros passado por processo de certificação como classificadores,
atendidas com brevidade, levam à morte, a uma crise anafilática, ofertado pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco4.
por exemplo³.
Mundialmente, os protocolos mais utilizados são: Esses protocolos podem ser uma referência, mas precisam ser
ressignificados e ajustados para a APS.
Australiano (Australian Triage Scale - ATS);
Algumas características da APS (vinculação, longitudinalidade,
responsabilização, clínica ampliada e gestão do cuidado) pressupõem
Canadense (Canadian Emergency Department Triage and que estes protocolos combinem avaliação de riscos e vulnerabilidades, e
Acuity Scale - CTAS); oportunizem certa flexibilidade para intervenções³.
Na ESF, um único caso pode exigir mais de um tipo de intervenção
(oferta de cuidado) no mesmo dia, ou mesmo a programação de
Norte-americano (Emergency Severity Index - ESI); intervenções subsequentes. Por exemplo, uma criança com febre,
dispneia leve e dificuldade de acompanhar as aulas na escola: pode
receber os primeiros cuidados pelo enfermeiro antes de ser avaliada pelo
médico e ter a questão de aproveitamento escolar mais bem investigada
Andorrano (Modelo de Andorrá del triatge - MAT);
em momento posterior³. Há, ainda, situações imprevistas. Em um dia de
menor fluxo de usuários, por exemplo, os profissionais podem preferir já
atender demandas que seriam agendadas para atendimento posterior.
Britânico (Manchester Triage System - MTS). Assim, otimizam a agenda e respondem rapidamente às demandas do
usuário³.