Aula 5
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Asset Allocation
1 de Maio de 2019
email: [email protected]
Duas possibilidades:
Atribuı́ a composição da carteira, reconstruo sua história passada e
utilizo um dos métodos acima: quantil empı́rico ou presumo que a
distribuição da carteira é normal (porfólio normal);
Atribuı́ a distribuição dos componentes da carteira, reconstruir a
distribuição dos rendimento da carteira e estimar as medidas de risco
resumidas (VaR e ES).
No primeiro caso, é necessário, portanto, ter a composição atual da carteira e
reconstruir o histórico do retorno da carteira. A partir desta série histórica é
possı́vel proceder à estimativa do VaR utilizando o método não paramétrico
ou método.
No segundo caso, é necessário um compromisso entre a tratabilidade analı́tica
e o realismo das suposições.
Método Bottom Up
O que modelar?
Neste segundo método, é usada uma abordagem bottom-up .
Atribuı́mos a distribuição dos componentes da carteira
voltamos para a distribuição da carteira
Em primeiro lugar, é necessário esclarecer as quantidades a modelar:
Preços, retornos simples ou logarı́tmicos?
Certamente não os preços porque a hipótese de i.i.d.
Método Bottom Up
Ativos Normal
Estamos fazendo suposições no nı́vel de componente da carteira, e não
diretamente no nı́vel da carteira.
A suposição que fazemos é a seguinte:
os rendimentos logarı́tmicos dos componentes têm uma distribuição
conjunta normal.
E(X) = µ, Var(X) = V
A matriz de covariância
σ12
··· σ1,N
σ22
VN ×N =
.. .. ..
. . .
2
σN −1
2
σN,1 ··· σN
1.0
0.5
0.0
y
−0.5
−1.0
1.0
0.5
0.0
y
−0.5
−1.0
1.0
0.5
0.0
y
−0.5
−1.0
Normal bivariada
Na figura, temos o gráfico de uma bivariada normal X = [X1 , X2 ], quando
0.04 0.024
µ0 = [0.1, 0.2], V =
0.024 0.09
Distribuição Normal bidimensional
0.015
z
0.010
0.005
−10
−5
0
x1
10
5 5
0
−5 x2
10
−10
X = µ + AZ
Onde Z = (Z1 , . . . , ZN ) é um vetor de variável aleatória i.i.d normalizado
normal e A é uma matriz N × N .
Desta propriedade segue que
E(X) = µ
e
Var(X) = Var(AZ) = A Var(AZ)A0 = AIA0 = AA0
e, portanto, temos a decomposição de Cholesky de V .
V = AA0
e, portanto, V é semidefinida positiva. É definida positiva quando
rank(A) = N .
A. Ugolini 1 de Maio de 2019 16 / 38
VaR para portfólio de ações
Simulação
A propriedade permite que você tenha um algoritmo para simular uma
multivariada normal, caso você saiba simular normalidades padronizadas.
Etapa 1: realizar a decomposição de Cholesky da matriz de covariância de
variância V.
Etapa 2: gerar um vetor N × 1 de variável aleatória padrão normal
Em R, a geração de normais multivariados é feita diretamente com o
comando
R = rmvnorm (N, Media, Sigma) retorna uma matriz de números
aleatórios escolhidos da distribuição normal multivariada com vetor
médio, µ e matriz de covariância, σ. N è o numero de linha do vetor R.
Portanto, não é necessário decompor o Cholesky, o que, no entanto, requer a
função chol(Sigma).
Propriedade
Combinação linear:
Seja X ∼ N (µ, V), e seja B uma matriz k × N e b um vetor de
componente k. Então
BX + b ∼ N (Bµ, BVB0 )
No caso particular de B vetor k × 1, temos
BX + b ∼ N (Bµ, B ∨ B 0 )
deste resultado segue-se que as distribuições marginais univariadas devem ter
distribuição normal
Xi ∼ N (µi , Vii )
Propriedade
Formas quadráticas:
Seja X ∼ N (µ, V), e seja V definita positiva. Então
X + Y ∼ N (µX + µY , VX + VY )
e então
N
X N
X
Rp (t, t + ∆) = wi Ri (t, t + ∆) = wi ri (t, t + ∆)
i=1 i=1
Validade da aproximação
Então
√
ri (t, t + ∆n) ∼ N 0, |0.2 {zn∆}
σn∆
Validade da aproximação
Exemplo (∆ = 1/250)
1 2 n
n e 2 ×0.2 × 250 −1
1 2 20
20 e 2 ×0.2 × 250 − 1 = 0.16%
1 2 100
100 e 2 ×0.2 × 250 − 1 = 0.8%
1 2 250
250 e 2 ×0.2 × 250 − 1 = 2.02%
1 2 500
500 e 2 ×0.2 × 250 − 1 = 4.08%
Validade da aproximação
0.20
0.15
y
0.10
0.05
0.00
Implicações práticas
Implicazioni pratiche
Fonte: A. Meucci,
Figure: Fonte: A. A common
Meucci, pitfallpitfall
A common in mean-variance
in mean-varianceasset
asset allocation, wilmott.
allocation, wilmott.
c
G. Fusai ! (SEMEQ) VaR per Portafogli Asset Allocation 36 / 77
A. Ugolini 1 de Maio de 2019 26 / 38
VaR para portfólio de ações
aproximação
Aproximação 1: retorno logarı́tmico do portfólio de retornos logarı́tmicos dos
componentes
!
XN N
X
ri (t)
rp (t, t + ∆) = ln wi e| {z } ' ln 1 + wi ri (t)
i=1 '1+ri (t) i=1
e então
N
X
rp (t, t + ∆) ' wi ri (t, t + ∆) = w0 r(t, t + ∆)
i=1
aproximação
o ES exige uma maior aproximação
φ (z1−α ) √ 0 √
0
ESαP &L (t, t + n∆) ∼ −P (t) −w µn∆ + w Vw n∆
1−α
ou o cálculo numérico de
Z −VaRret
P (t) x−µ 2
(ex − 1) e− 2 ( ) dx
α 1
ESαP &L =− √ σ
(1 − α) 2πσ 2 −∞
Método exato
O simples retorno do portfólio é obtido a partir dos retornos simples dos
componentes
N
X
Rp (t, t + ∆) = wi Ri (t, t + ∆) = w0 R(t, t + ∆)
| {z }
i=1
log normal shifted
R(t, t + ∆) = er(t,t+∆) − 1
onde o exponencial deve ser entendido como componente aplicado por
componente.
Método exato
Então
Método exato
Vantagem
fácil de implementar, se sabemos simular a partir de uma multivariada
normal e, portanto, se podemos fazer a decomposição de Cholesky de V.
fácil estender a múltiplos horizontes, como a regra de transformação de
tempo do parâmetro pode ser aplicada.
Desvantagem
pode ser computacionalmente dispendioso, exigindo numerosas
simulações para chegar a estimativas precisas.
1T ×1 = 1 1 ... 1
h i
1
A. Ugolini 1 de Maio de 2019 33 / 38
Estimação da matriz de variância covariância
Método de Amostra
110
1 0
v̂ = R I− R
T T
R0 110 R
1 0
= RR−
T T
1
= (R0 R − T µ̂µ̂0 )
T
Muitas vezes µ = 0
Modelo Fatorial
110
1
σb2 = b0 I − b
T T
1 1
= b0 b − b110 b0
T T
1 0
b b − T µ2b
=
T
Modelo Fatorial
Seja σ 2 o vetor da coluna n × 1 das covariâncias dos n tı́tulos em relação ao
benchmark:
110
2 1 0
σ = R I− b
T T
1 0 1 0 0
= R b − R 11 b
T T
1
= (R0 b − T µb µ)
T
O vetor coluna β n × 1 dos betas dos n tı́tulos em relação ao benchmark:
σ2
β=
σb2
A matriz de variância de covariância estimada com o CAPM é calculada com
a fórmula:
CAP M
V̂N ×N = ββ 0 σm
2
Risk Metrics
VbtRM = λV̂t−1
RM
+ (1 − λ)r0t−1 rt−1
onde rt é a linha t-ésima da matriz R.
Na redução de l, mais peso é atribuı́do às observações mais recentes.