Lista 1 V2
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Graduação em Economia
Exercı́cios
1. (Perda Esperada e Seguros) Se a perda esperada for atuarialmente justa, um
banco neutro a risco é indiferente entre cobrar ou não a perda esperada de um
empréstimo? Descreva as situações com q ą π e q ă π com o banco (banqueiro1 )
tendo funções utilidades concâvas e convexas. Para trabalhar a questão considere:
π: Probabilidade de Default;
D: Valor do empréstimo;
1
Escola de Economia de São Paulo - FGV 2 Graduação em Economia
"
ey , se expansão do ciclo econômico
U pyq “
ln y, se contração do ciclo econômico
Banco
Renegocia Write-off
Mutuário Renegocia 2,2 0,-2
Default 1,2 -1,3
Banco
Renegocia Write-off Normalidade
Renegocia 6,6 1,10 0,0
Mutuário Default 10,0 -1,10 0,0
Pagamento 4,6 0,0 5,15
Caso existam, encontre os EED, ENEP, ENPS. Interprete todos os Equilı́brios en-
contrados em cada jogo.
6. (Modelo de Sinalização e Cs de Crédito) Considere um modelo de sinalização
do tipo de Spence no qual os tomadores de crédito escolhem um nı́vel de compro-
metimento no pagamento de empréstimos. Há uma grande quantidade de bancos e
de tomadores. Os bons pagadores têm função utilidade: Ub “ W ´ 38 C 2 e os maus
pagadores Um “ W ´ 12 C 2 , onde W representa o nı́vel de empréstimos e C o nı́vel
de comprometimento no pagamento dos empréstimos. Um bom pagador com Cb
gera lucro de 1, 5Cb para o banco, enquanto um mau pagador gera Cm . Em todos
os itens, explique e interprete detalhadamente sua solução. i) Encontre a solução
eficiente com informação completa; ii) O Equilı́brio Agregador é eficiente? iii) O
Equilı́brio Separador é eficiente? iv) Em algum Equilı́brio Ub pode ser menor que
1
2
? Encontre as restrições de compatibilidade de incentivos (RCI).
7. (Empréstimo como externalidade negativa) Uma economia constituida por
um tomador e um banco cujas utilidades são:
4?
Ui pE, M q “ E ` Mi
3
Ub pE, M q “ ln p1 ´ Eq ` Mb
(a) Xij “ Pn pi, jq “ P pXn`1 “ j|Xn “ iq, com Pn pi, jq P r0, 1s;
(b) ni“1 Pn pi, jq “ 1.
ř
0 1 2 ...
0 0.7 0.2 0.1 ...
1 0.3 0.5 0.2 ...
b) P =
2 0 0 0 ...
.. .. .. .. ..
. . . . .
0 1 2
0 2/3 1/3 1/3
c) P = 1 1/4 1/2 1/4
2 1/5 1/5 3/5
Epganhoq “ p1 ´ qq ˆ s
Epperdaq “ q ˆ p1 ´ R ´ sq
(a) Assumindo que o CDS do paı́s ABC está sendo cotado a 50 bp, com uma
recovery R “ 40%, quais são as probabilidades de default e de sobrevivência?
(b) Assumindo que o paı́s ABC está com uma probabilidade de default estimada
em 2%, qual seria o spread justo?
13. (Regulação Bancária - Basiléia III) O Acordo Basiléia definiu Capital Econômico
Regulatório para diferentes tipos de riscos, sendo traduzido para cada paı́s conforme
seu regulador local, a Figura 1, apresentamos um resumo para o caso brasileiro:
Cada parcela de risco pode ser calculada/estimada com uma abordagem padrão ou
avançada. A PEP R que se refere a parcela de crédito, a abordagem padrão significa
simplesmente a aplicações de ponderações aos devidos valores contábeis conforme a
Figura 2:
As abordagens avançadas por sua vez consideram os modelos internos de PD, LGD
e EAD. Uma vez o banco tenha estimado tais valores a parcela de crédito (Risk
Weighted Assets - RWA) será calculada para cada tomador de crédito com as funções
de ponderação de Basiléia:
« « d ff ff
Φ´1 pP Dq R p1 ` pM ´ 2, 5qbq
K “ LGD.Φ a ` .Φ´1 p0, 999q ´ P D.LGD .
p1 ´ Rq p1 ´ Rq p1 ` 1, 5bq
ˆ ˙
p1 ´ e´50.P D q p1 ´ e´50.P D q
R “ 0, 12. ` 0, 24. 1 ´
p1 ´ e´50 q p1 ´ e´50 q
ˆ ˙
p1 ´ e´35.P D q p1 ´ e´35.P D q
R “ 0, 03. ` 0, 16. 1 ´
p1 ´ e´35 q p1 ´ e´35 q
PR
Considerando o IBII “ P RE , e as definições de capital econômico regulatório, pede-
0,11
se: TIER I e II, ROE, ROA, PR, PRE e IBII nas abordagens padrão e avançada.
Explique a diferença entre os números obtidos das duas abordagens. Para fins
de cálculo considere uma PD média de 0,1 e uma LGD média de 0,6 e utilize a
abordagem avançada para exposições de varejo.
14. (Covenants) DÍVIDA LÍQUIDA / EBITDA é um dos covenants que mais causa
estresse entre investidores e tomadores de recursos, e já tem sido a causa do disparo
do “botão de pânico” para muitas Recuperações Judiciais ou, por mais paradoxal
que possa parecer, e na melhor das hipóteses, no aumento das taxas de juros da
operação.
A aplicação dessa métrica, sem conhecimento de gestão e bases técnicas, pode re-
sultar no comprometimento do desempenho da operação da empresa, prejudicando
a própria geração de caixa, e mais ainda o Ebitda.
Vejamos: Uma empresa que fature R$ 500 milhões ao ano com um Ebitda de 15%,
e tenha um covenant limitador de 3 vezes para a relação Dı́vida Liquida/ Ebitda,
poderia se endividar até R$ 225 milhões (R$ 75 milhões x 3). Suponha que essa
empresa necessite de investir 3% do Ebitda anualmente para se manter no mercado.
Imagine que já no primeiro ano a empresa precise contratar um empréstimo com
juros de 15% ao ano, e 5 anos para amortização da dı́vida. Qual o resultado dessa
covenant em relação a sua necessidade de investimento anual? Elenque os resultados
práticos dessa covenant.
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Relatório disponı́vel em: https://ri.bb.com.br/informacoes-financeiras/central-de-resultados/