LB 4º TR 2021 Lição 04
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LB 4º TR 2021 Lição 04
Texto Áureo:
Russel Norman Champlin observa que; Paulo deixa esclarecido, desde o começo, que o seu
apostolado não era obra sua, como também não era idealização humana, e, sim, uma chamada
divina. Essa declaração tem um sentido parcialmente apologético, porquanto, na “igreja local” de
Corinto tinham surgido dúvidas quanto a esse apostolado de Paulo. Os falsos mestres, que tinham
causado divisões, ali, haviam igualmente atacado o seu apostolado, dizendo, entre outras coisas, que
Paulo não recolhia salário daquela “igreja” porque não o merecia, embora fosse tradição prática da
“igreja cristã”, tomada por empréstimo do judaísmo, que aqueles que vivem inteiramente dedicados
à vida religiosa (como ministros do evangelho), devem viver do evangelho, ou seja, devem receber
sustento financeiro da comunidade religiosa à qual servem.
Champlin observa ainda que; É notório que Paulo defende ainda mais vigorosamente o seu
apostolado na segunda epístola aos Coríntios, conforme vemos nos capítulos dez a doze da
mesma, onde ele apresenta uma defesa espalhada em várias frentes: seus labores espirituais
abundantes e obviamente produtivos (2 Coríntios 10.14-18); seu interesse apostólico especial por
aqueles crentes (2 Coríntios 11.1 e ss); seu ataque direto contra a falsidade das reivindicações
apostólicas de seus oponentes (2 Coríntios 11.13 e ss.); uma completa descrição de seu ministério,
que ultrapassava a tudo quanto outros estivessem fazendo então (2 Coríntios 11.16 e ss.); e suas
muitas e grandiosas experiências espirituais (2 Coríntios 1 e ss.). Ora, essa vigorosa defesa de seu
apostolado se tornara necessária devido aos golpes aplicados por seus adversários, em Corinto, os
quais tinham provocado o aparecimento do “espírito de partidarismo” (por assim dizer), levando
muitos a duvidarem da autenticidade do apostolado de Paulo. E foi essa nota de discórdia e
dissensão que provocou o motivo da escrita da primeira e da segunda epístolas aos Coríntios, por
serem livros que têm por intuito abordar os muitos «problemas» surgidos naquela “igreja” cristã,
entre os quais se destacava a dúvida em torno do apostolado de Paulo. (Com isso se pode comparar
a sua defesa ante os crentes da Galácia—Gálatas 1.11 – 2.14). Talvez nos surpreenda que tenha sido
necessária essa defesa, tão firmemente estabelecida é a autoridade apostólica de Paulo na “Igreja
universal” de nossos dias. É óbvio, entretanto, que essa autoridade não era tão universalmente aceita
nos seus próprios dias, nem mesmo entre os crentes gentios (Ou seja, é fácil para nós hoje em dia
reconhecermos e aceitarmos a autoridade apostólica de Paulo, mas essa autoridade apostólica não
era tão bem aceita nos dias do apóstolo).
15. Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome
diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel.
16. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.
Atos 9.15,16
Estes versículos acima nos mostram que Paulo foi escolhido para apóstolo por
presciência divina.
Presciência: Conhecimento do futuro, veja (Atos 2.23;Romanos 8.29; 1 Pedro
1.2,20).
A presciência de Deus lhe permite Eleger e Predestinar seu povo.
ELEIÇÃO: É a escolha (feita por Deus) daqueles que creem em Cristo ( Romanos 8.29-33; 9.6-26;
11.5,7,28: Colossenses 3.12: 1 Tessalonicenses 1.4: 2 Tessalonicenses 2.13: Tito 1.1), a
“ELEIÇÃO” (gr. Eklegoe), refere-se a escolha feita por Deus, através de Cristo, de um povo para si
mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dele (2 Tessalonicenses 2.13), essa
ELEIÇÃO é uma expressão do amor de Deus, que recebe como Seu todos que recebem seu Filho
Jesus Cristo (João 1.12).
PREDESTINAÇÃO: Do grego “PROORIZO”, significa, “Decidir de antemão” (decidir de
maneira antecipada, determinar antes) e se aplica aos propósitos de Deus inclusos na eleição.
Portanto, eleição é a escolha feita por Deus em Cristo, de um povo para si mesmo (a igreja
verdadeira).
E a predestinação abrange o que acontece e acontecerá com o povo de Deus (todos os crentes
genuínos em Cristo).
Isto mostra também que, para fazer a “obra de Deus” é necessário ser “batizado no
Espírito Santo”, pois é impossível fazer a “obra de Deus” da maneira correta sem a
plenitude do Espírito.
A imposição de mãos desde muito tempo, faz parte das cerimônias religiosas, visando ou a
consagração do indivíduo que a recebe, ou a transferência de poderes curadores ou miraculosos.
É quase certo que, nos primitivos tempos cristãos, o rito da imposição de mãos realmente conferia
poder espiritual e energia, não se tratando de mera cerimônia simbólica, essa cerimônia degenerou
em quase todos os setores da moderna “Igreja” cristã (eu particularmente vi a “imposição de mãos
em apenas um ministério da “Igreja contemporânea” a cerca de 3 anos). E, é claro que a imposição
de mãos, caso seja feita, deve ser feita por crentes fieis, cheios do Espírito Santo e não por qualquer
um.
E logo, nas sinagogas, (Paulo) pregava a Jesus, que este era o Filho de Deus.
Atos 9.20
Ou seja, não houve troca de nomes, o que vemos é que o texto afirma que ele (Paulo)
tinha 2 nomes, fato considerado comum para muitos judeus, especialmente aqueles
que tinham cidadania romana, como era o caso de Paulo (Atos 16.37,38; 22.25-29).
5. E ele disse: Quem és, Senhor? (Essa foi uma forma respeitosa de se dirigir a
alguém que o assustou e o surpreendeu, pois até aqui Paulo ainda não sabia quem
estava falando com ele) E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues
(Quando Paulo perseguia a “Igreja”, ele estava perseguindo o próprio Jesus, o chefe
da “Igreja”, este é um aviso solene não apenas aos de fora que podem atacar a
“Igreja”, mas também aos menbros da “Igreja”, se deliberadamente agirem contra
algum companheiro, pois ao fazerem isso estão agindo contra Cristo.). Duro é para ti
recalcitrar contra os aguilhões.
6. E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça? E disse-lhe o
Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer (Paulo
entrou em Damasco de uma maneira completamente diferente daquela que ele tinha
imaginado, ao invés de arrastar homens e mulheres e conduzí-los a prisão, ele mesmo
é conduzido, humilhado, afligido e cego, como um prisioneiro de Jesus Cristo).
Atos 9.3-6
Paulo foi escolhido por Deus para ser Apóstolo, ou seja, Deus escolheu Paulo para
propagar e defender a doutrina de Cristo.
A palavra “Apóstolo” tem um significado tanto “singular”, “estrito” (único), quanto “abrangente”,
“geral” (amplo),
Os Apóstolos não eram perfeitos, mas, quando DEUS chama, Ele capacita, da mesma
forma os que possuem Dons e realizam funções na “Igreja” contemporânea (atual)
também não são perfeitos, mas quando DEUS chama, Ele capacita (2 Coríntios 3.4-
6).
Paulo foi escolhido por “questões particulares de Deus” (por assim dizer).
E ele disse: O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele
Justo, e ouças a voz da sua boca.
Atos 22.14
Sobre estes versículos, Russel Norman Champlin faz um comentário bem imparcial
(sem defender nem o “Arminianismo” e nem o “Calvinismo”).
Champlin diz que; “É praticamente impossível interpretar esses versículos de conformidade
com o ponto de vista da teologia arminiana. À verdade é que Deus tomou resoluções que
agora concretiza entre os homens. De alguma maneira, a vontade humana dos remidos
coopera com a vontade divina, sem que esta destrua o livre-arbítrio (o Calvinismo rejeita a opinião
popular sobre “livre arbítrio”) do homem; todavia, não sabemos dizer como é que isso pode
suceder”.
Atenção Professor:
(Eu, professor José Junior concordo com o argumento de Champlin, porque, embora o “Arminianismo” em minha
opinião esteja muito mais de acordo com a Bíblia do que o “Calvinismo”, a verdade é que Deus não cabe na
“caixinha do Calvinismo” e nem na “caixinha do Arminianismo”, precisamos entender que há pontos nas
Sagradas Escrituras que nem o “Arminianismo e nem o Calvinismo” conseguem explicar de maneira plausível, há
pontos nas Sagradas Escrituras que a sabedoria humana não consegue explicar, e isso só mostra o amor, a
sabedoria, e a soberania de Deus e glória a Deus por isso, e é claro eu, professor José Junior não tenho nenhuma
dúvida da existência do livre arbítrio).
Atenção professor:
(“Apóstolo” é a tradução da palavra grega ἀπόστολος, que significa “enviado”. Esse é seu sentido
básico. A palavra já era conhecida antes de ser usada pelos autores do Novo Testamento, embora
seu uso fosse raro. No mundo antigo, a palavra “apóstolo” tinha a ver com expedições marítimas,
especialmente as de natureza militar, conforme registradas nos escritos de vários autores gregos da
antiguidade. Significava simplesmente os navios que eram enviados em missões militares; uma
expedição naval. Depois, veio a ser aplicado ao grupo de expedicionários que povoavam uma
localidade e, posteriormente, ao comandante daquele grupo. Embora a ideia de enviar ou enviado
esteja presente, nenhum destes usos corresponde à maneira como a palavra é usada no Novo
Testamento, pois lhes falta o componente de enviados com autoridade e com poderes de
representação. O sentido geral era simplesmente o de alguém que era um emissário. Em papiros
datados da mesma época do Novo Testamento, a palavra aparece com outro sentido, o de uma
remessa via marítima ou de um passaporte. Ou seja, não será na literatura grega de antes e durante o
período apostólico que encontraremos paralelos que nos ajudem a entender o surgimento do
emprego do termo “apóstolos” por Jesus e seus seguidores. Tem sido apontado que entre os
filósofos estóicos e cínicos, havia a consciência de que eram enviados dos deuses, especialmente de
Zeus, a divindade suprema, para investigar os erros e fraquezas humanas e consertá-las mediante o
discurso e o arrazoado. Assim, o cínico se considerava um κατάσκοπος, um espião de Zeus entre a
humanidade. Todavia, além de faltar neste conceito outros elementos peculiares ao termo
“apóstolo”, como usado no Novo Testamento, não temos como provar a presença e a influência do
estoicismo na Palestina, onde provavelmente se originou este uso, como veremos em seguida. É
mais provável que encontraremos o contexto do conceito de “apóstolo” no mundo judaico.
Conforme o Evangelho de Lucas, foi Jesus quem primeiro usou a palavra no período do Novo
Testamento, para com ela designar os doze discípulos que havia escolhido: “E, quando amanheceu,
[ Jesus] chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome
de apóstolos” (Lc 6.13). Desde que Jesus e todos os judeus de sua época na Palestina falavam o
aramaico, é provável que ele usou o termo aramaico shaliah, do verbo j"l'v;, “enviar”, que foi
traduzido por Lucas e demais autores como ἀπόστολος.
Se algumas das cartas de Paulo foram escritas antes dos Evangelhos, como geralmente se acredita,
ele foi o primeiro a empregar o termo (apóstolo) por escrito na literatura canônica. Mas, fica claro
que Paulo não criou o termo, pois ele reconhece a existência de pessoas que eram chamadas de
apóstolos antes dele: "Nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim” (Gl 1.17;
cf. 1Co 15.7). A não ser que duvidemos da historicidade do Evangelho de Lucas e atribuamos esta
designação dos doze como “apóstolos” a uma inserção dele nas fontes recebidas, Lucas 6.13 deixa
claro que foi Jesus quem primeiro designou os seus doze discípulos como “apóstolos”. A partir
deste momento, Lucas se refere aos doze diversas vezes como “os apóstolos” mesmo em situações
em que os mesmos demonstravam suas fraquezas,cf. Lc 17.5;22.14; 24.10).
Fonte: Apóstolos : A Verdade Bíblica Sobre o Apostolado – Augustus Nicodemus Lopes
Paulo foi “chamado por Deus”, mas passou anos exercendo “pouca influência”
dentro do cristianismo (por assim dizer). Paulo passou alguns anos “no deserto”,
digamos assim.
Paulo é certamente o apóstolo que mais influenciou a “Igreja” cristã. Suas cartas
representam quase a metade dos livros canônicos do Novo Testamento. O testemunho
que o livro de Atos nos dá de sua conversão, sua chamada, seus labores e sofrimentos
pelo Evangelho de Cristo o estabelece como o maior missionário cristão da “Igreja”
nascente.
Mas, Paulo começou quase que “no anonimato”, por assim dizer. Assim como os 12
primeiros, que, quando foram chamados por Cristo, certamente não eram notórios.
Podemos perceber que, aqueles homens e mulheres de Deus que se tornam
“conhecidos” passam anos no anonimato, antes de se tornarem “conhecidos”.
Passam anos orando, jejuando e buscando conhecimento bíblico, antes de se
tornarem digamos “conhecidos”.
E, hoje em dia muitos, querem pregar para multidões, buscam fama e até fortuna
usando o nome de Deus. Certamente nem Paulo e nem os demais apóstolos buscavam
ser reconhecidos, nem fama e nem fortuna. Eles adquiriram certa “fama” por
questões particulares de Deus e pela misericórdia de Deus.
Você como homem, mulher de Deus deve ter em mente que “seu nome” (por assim
dizer), vai chegar até onde Deus quiser e permitir, você não precisa se preocupar com
Alguns supõem que Paulo permaneceu na Arábia por cerca de de três anos, e depois
regressou a Damasco (é possível que ele tenha passado menos ou até mais de 3 anos, é impossível
datar isso com precisão) O propósito da visita que Paulo fez à Arábia não é declarado
diretamente, mas sua associação imediata à questão de não haver ele consultado com
“carne e sangue” (Gálatas 1.16) subentende que sua finalidade era meditação e
“conferência” com o Espírito do Senhor, para que recebesse maior “luz” acerca do
que Cristo significa para os homens. Paulo tinha muita coisa para desaprender e para
aprender, porque muitos conceitos da tradição farisaíca, sobretudo no tocante à
natureza do Messias, não estavam de acordo com a verdade da questão, conforme lhe
havia sido ensinado. A revisão das crenças do apóstolo Paulo, tinha de ser algo
revolucionário. A solidão da Arábia era um bom lugar para buscar a iluminação
necessária.
O arqueólogo Rodrigo Silva diz que; “Uma das palavras para “deserto” em
hebraico é “Midbar”, essa palavra tem o sentido de “lugar da Palavra”, ou
Conclusão:
Deus não mudou seu método para vocacionar e chamar a quem Ele quer. Aquele que
é chamado por Deus não tem mérito nenhum, o mérito é todo de Deus. O chamado de
Deus nunca deve ser visto como um peso, mas sim como um privilégio.
Fontes: Bíblia de Estudos Arquelógica, Bíblia de Estudo Pentecostal, Bíblia de Estudo Holman, Bíblia Para
Pregadores e Líderes – Geziel Gomes, Bíblia de Estudo Explicada, Bíblia Dake, Bíblia do Expositor, A
Bíblia Interpretada Versículo Por Versículo – Russel Norman Champlin, Pequena Enciclopédia Bíblica –
Orlando Boyer, Apóstolos, A Verdade Bíblica Sobre o Apostolado – Augustus Nicodemus Lopes, Comentário
Bíblico Beacon, Comentário Expositivo Hagnos – Hernandes Dias Lopes, Bíblia Bereana, Bíblia de Estudo
Kadosh, Bíblia de Estudo e Referências Thompson, Bíblia Judaica, Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal,
Bíblia de Estudo MacArthur, Comentário Bíblico Broadman, Comentário Bíblico F. B. Meyer, Comentário
Bíblico Mundo Espano, Comentário Bíblico F. F. Bruce, Comentário Bíblico William Barclay, Comentário
Devocional da Bíblia – Lawrence O. Richards, Revista Cristão Alerta 4º Trimestre de 2021, Apontamentos
teológicos professor José Junior.
Nota do Autor:
José Junior é evangelista da Assembléia de Deus Ipiranga em Andradina SP, e
elabora estudos de cada uma das lições da Revista Lições Bíblicas Adultos da
CPAD. Você pode solicitar os estudos gratuitos em pdf através do Whatsapp
(18) 9 9691- 1591 ou pode baixar através da página SUBSÍDIOS EBD
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