Aula 01 Português
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AULA 01
Venham comigo!
PRONOMES
Exemplos:
Aquela porta, João tentou abri- la , mas não conseguiu. ("Aquela” é pronome adjetivo,
pois acompanha o substantivo "porta”; "la” é pronome substantivo, pois substitui o
substantivo "porta”: João tentou abrir a porta , mas não conseguiu.)
CLASSIFICAÇÃO
PRONOMES PESSOAIS
Dica estratégica!
Átonos - não possuem acento tônico e não são antecedidos por preposição:
me , te , se , o(s), a(s), lhe(s), nos , vos .
Exemplos: O dono da festa convidou- me . ("convidar” = verbo transitivo direto; " me”
= objeto direto)
O professor deu- me uma explicação. ("dar” = verbo transitivo direto e indireto; "uma
explicação = objeto direto; " me” = objeto indireto)
- as formas me , te , lhe , nos , vos podem ser usadas em lugar dos pronomes
possessivos (ideia de posse), desempenhando a função de adjunto adnominal.
Exemplos:
Emprestei o livro ao aluno . (= Emprestei-lhe o livro. "lhe” ^ objeto indireto)
Emprestei o livro para o aluno . (= Emprestei-lhe o livro. "lhe” ^ objeto indireto)
Manuela foi fiel a ele durante o namoro. (= Foi-lhe fiel durante o namoro ^
complemento nominal)
F IQ U E
atento!
Pronomes oblíquos
(sempre complementos)
> Eu e Tu X Mim e Ti
Dica estratégica!
O fato de o patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não abole o
paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno cultural tanto
quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças
destituídas de familiaridade.
O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não abole o
paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno cultural tanto
quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças
destituídas de familiaridade. (tendência da ESAF)
Gabarito: Errado.
(Maria de Fátima Ribeiro & Natália Paludetto Gesteiro, A busca da cidadania fiscal no
desenvolvimento econômico: função social do tributo. http://www.diritto.it/archivio - acesso em
3/6/2010, com adaptações)
Gabarito: Correto.
a) Se o verbo for finalizado em som nasal (- M , -ÃO ou - ÕE), os pronomes o(s), a(s)
serão transformados em no(s), na(s), respectivamente.
Exemplos:
Quando encontrarem o material, tragam- no até mim. (tragam + o = tragam-no)
Sempre que meus pais têm roupas velhas, dão- nas as pobres. (dão + as = dão-nas)
Aquele rapaz põe-nos em situações embaraçosas. (põe + os = põe-nos)
Exemplos:
Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim. (trazer + as = trazê-las)
As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade. (seduz + as = sedu-las)
Os estudantes temiam o novo diretor e resolveram desafiá-lo. (desafiar + o = desafiá-lo)
Exemplos:
Encontramo-nos ontem à noite. (encontra mos + nos = encontramo-nos)
Recolhemo-nos cedo todos os dias. (recolhe mos + nos = recolhemo-nos)
Exemplos:
"concedem às crônicas” - concedem-lhes
"faltar às crônicas” - faltar-lhes
PRONOMES DE TRATAMENTO
Exemplos:
Dica estratégica!
Exemplos:
Vossa Excelência discursou bem. (com quem se fala )
Vossa Excelência, Senhor deputado, pode ajudar-me? (com quem se fala )
Sua Excelência, a presidente Dilma, discursou bem. (de quem se fala )
Sua Excelência, o deputado, viajou. (de quem se fala )
UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO
Dica estratégica!
Ninguém melhor do que Voltaire definiu a real essência da democracia quando escreveu:
"Posso não concordar com uma só palavra do que dizes, mas defenderei até à morte o teu
direito de dizê-las”. Ter ideias e comportamentos políticos ou sociais diversos de outros
indivíduos não significa, necessariamente, transformá-los em inimigos ferrenhos. Afinal, o
que se combate são as ideias do outro e não sua pessoa.
Gabarito: Certo.
PRONOMES POSSESSIVOS
Nos exemplos acima, temos duas frases ambíguas, isto é, em "José, Pedro
levou o seu chapéu.” , não é possível identificar a quem pertence o "chapéu", ao
passo que em "João ficou com Maria em sua casa” ., a posse da "casa” pode ser
atribuída tanto a "João” quanto a "Maria”.
João ficou com Maria em sua casa dela. (A casa pertence a Maria)
2â) trocar o pronome possessivo seu(s), sua(s) pelos elementos dele(s), dela(s).
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Exemplos:
Esta caneta é do curso. (A caneta está próxima ao falante - quem fala)
Essa caneta é sua. (A caneta está próxima ao ouvinte - com quem se fala)
Aquela caneta é da Samara. (A caneta está distante do falante e do ouvinte - de
quem se fala)
- Esse, essa, isso (referência anafórica) - para situar o que já foi expresso.
- Este, esta, isto (referência catafórica) - para situar o que ainda será expresso.
tome nota!
Os pronomes oblíquos o , a , os , as equivalerão a aquele(s), aquela(s),
aquilo quando estiverem apostos ao pronome relativo que e à preposição de .
Exemplos: Não concordo com o que ele falou. (= Não concordo com aquilo que ele
falou.)
Sua camisa é igual à da vitrine. (= Sua camisa é igual àquela da vitrine.)
No último exemplo acima, houve a fusão entre a preposição "a” e o "a” inicial
do pronome demonstrativo “ aquela”. Graficamente, esse fenômeno, conhecido
como crase , é representado por meio do emprego do acento grave . Veremos isso
mais detidamente na aula oportuna.
- Exofórica (ou dêitica) - ocorre quando o referente está fora da superfície textual,
ou seja, faz parte da situação comunicativa (extratextual).
O termo “ele”, sem uma referência específica, não possibilita que o leitor
faça a inferência sobre a pessoa de quem se fala. Por isso, o pronome ele , no
contexto em que se encontra, é dêitico.
Lá é muito quente.
O advérbio “ Lá” , sem demonstrar o lugar no texto, não situa o leitor acerca do
espaço a que se refere. Sendo assim, o advérbio lá , no contexto em que está
inserido, exerce função dêitica (ou díctica).
Exemplos:
João disse que estava a caminho. Por que será que ele não chegou ainda?
(ele refere-se a João)
É importante notar que a taxa de juros anual média de 141,12% é escandalosa para o
Brasil, cuja inflação anual é estimada em torno de 6,5%. A redução dos juros que se
verificou em dezembro certamente não reflete as mudanças que beneficiaram os bancos
(redução do compulsório e ligeira melhora na captação de recursos), mas apenas a menor
procura por crédito. A discreta queda dos juros não deve aumentar a procura por crédito
pelas pessoas físicas que estão conscientes de que não é o momento de se endividar, nem
favorecerá uma redução da inadimplência. No máximo, interessará às pessoas jurídicas que
buscam crédito de curtíssimo prazo ou financiamentos para exportação, embora as
facilidades oferecidas pelo Banco Central tenham um custo muito elevado. Sabe-se que
uma redução da taxa Selic nunca repercute plenamente nas taxas de juros dos bancos,
que, sob o pretexto da elevação da inadimplência, aumentaram os seus spreads (diferença
entre a taxa de captação e de aplicação). O governo está tentando obter uma redução
desse spread, até agora sem grande sucesso. Para uma redução sensível das taxas de
juros, duas medidas seriam necessárias: reduzi-las nos bancos públicos (Caixa Econômica
e Banco do Brasil) e, especialmente, em função de uma taxa Selic menor, reduzir o
interesse dos bancos em aplicar seus excedentes de caixa em títulos da dívida mobiliária
federal, que oferecem juros elevados e total garantia.
Comentário: Esse tipo de questão é muito recorrente nas provas da ESAF. Então, é
preciso ter bastante atenção.
Os pronomes oblíquos desempenham um importante papel na coesão textual. Isso
ocorre com forma pronominal “las”. Ela evita a repetição da expressão "taxas de juros”,
retomando-a por meio do processo anafórico:
“Para uma redução sensível das taxas de juros, duas medidas seriam necessárias: reduzir
as taxas de juros nos bancos públicos...”
“Para uma redução sensível das taxas de juros, duas medidas seriam necessárias: reduzi
das nos bancos públicos...”
E por que o pronome oblíquo “a” se transformou em “las”? Devido à terminação “R”
do verbo “reproduzir”: reproduzir + as = reproduzi-las.
Gabarito: Errado.
Tão logo a catástrofe do terremoto no Haiti requisitou uma ação coletiva mundial, com
inúmeros atores envolvidos na ajuda humanitária - países, organizações não
governamentais, empresas e os milhares de anônimos e famosos -, a situação caótica do
país devastado impôs um desafio: a quem caberá a organização das próximas etapas de
reconstrução do país mais pobre do Ocidente? Como coordenar a ajuda que vem de todos
os cantos do planeta? Como estabelecer um plano viável de recuperação da infraestrutura e
das instituições haitianas? O Haiti, que já vivia uma situação fragilíssima, de extrema
miséria - 80% da sua população está abaixo da linha da pobreza e sobrevive com menos
de US$ 2 diários (por volta de R$ 108 ao mês) - entrou em colapso. Como era de se
esperar, com porto, aeroporto e estradas arruinados ou semidestruídos, com a escassez de
água, alimentos e remédios, iniciaram-se ondas de saques, e o próprio governo local
transferiu a administração da crise para outros países e instituições.
Comentário: A cadeia de coesão textual nada mais é do que um recurso utilizado no texto
para que elementos remetam semanticamente a outros componentes textuais. Analisando o
contexto, percebemos que a expressão "país mais pobre do Ocidente” faz referência
anafórica (ao que já foi citado) aos antecedentes "país devastado” e "Haiti”. Dessa forma,
fazemos referência a esses elementos, evitamos a repetição desnecessária de palavras na
superfície textual.
Gabarito: Certo.
Hoje não há mais dúvida a respeito do aquecimento global e de outros problemas gerados
pelo consumo de energia e pela industrialização. Não se pode deter o desenvolvimento e
não se pode mantê-lo sem aumento do consumo global de energia. A principal fonte de
energia hoje são os combustíveis fósseis e o maior vilão dessa história é a emissão de CO2
na atmosfera (embora não seja o único). Parece irreversível a tendência à sua redução pela
adoção de novas e mais eficientes tecnologias e fontes de energia. Acabar drasticamente e
de imediato com as emissões de CO2 e com a utilização de combustíveis fósseis não é
possível. Por outro lado, adotar novas tecnologias que aumentem ou estimulem ainda mais
o seu consumo, nem pensar. O século XX viu a consolidação da Era do Petróleo, motor do
desenvolvimento mundial desde o final do século XIX até hoje, no começo do século XXI.
Esse ciclo de predominância do petróleo deve ser aos poucos substituído por um
predomínio do gás natural, junto com, ou antecedendo, um período de aumento de
variedade das fontes de energias e ganho das energias naturais e renováveis (sempre
como complementares), do hidrogênio e figalmente da energia atômica.
a) Em "mantê-lo” (linha 3), o pronome "-lo” retoma o antecedente "consumo” (linha 2).
b) A expressão "dessa história” (linha 4) retoma o antecedente "consumo global de energia”
(linha 3).
c) Em "seu consumo” (linha 9) "seu” refere-se a "combustíveis fósseis” (linha 7).
d) Em "sua redução” (linha 5) "sua” refere-se a "industrialização ” (linha 2).
e) A expressão "Esse ciclo” (linha 11) retoma o antecedente "começo do século XXI”
(linha 10).
Gabarito: C.
7. (ESAF-2012/CG U-Adaptada)
O Brasil vive uma situação intrigante: enquanto a economia alterna altos e baixos, a taxa de
desemprego cai de forma consistente. Uma das possíveis causas é a redução do
crescimento demográfico, que desacelera a expansão da população apta a trabalhar. Com
menos pessoas buscando uma ocupação, a taxa de desemprego pode cair mesmo com o
baixo crescimento. Isso é bom? Depende. Por um lado, a escassez de mão de obra reduz o
número de desempregados e aumenta a renda. Por outro, eleva os custos e reduz a
competitividade das empresas, o que pode levá-las a demitir para reequilibrar as contas. É
uma bomba-relógio que só pode ser desarmada com o aumento da produtividade - para
manter o emprego, os trabalhadores precisarão ser treinados para produzir mais.
Gabarito: Certo.
PRONOMES RELATIVOS
Pronome Exemplos
QUE - empregado com o intuito de substituir Roubaram a peça que era rara no
um substantivo (pessoa ou coisa), evitando Brasil. (= a peça)
sua repetição na frase.
Observação: pode sempre ser substituído Roubaram a peça a qual era rara no
por o qual (e flexões). Brasil.
ONDE - este pronome tem o mesmo valor Eu conheço a cidade em que sua
de em que ou no qual (e flexões). Se a sobrinha mora.
preposição “em” for substituída pela Eu conheço a cidade na qual sua
preposição “a” ou pela preposição “de”, sobrinha mora.
substituiremos, respectivamente, por aonde Eu conheço a cidade onde sua
e de onde (ou donde). sobrinha mora.
Eu conheço a cidade aonde sua
O pronome onde só deve ser usado quando sobrinha foi.
houver referência a lugar. Eu conheço a cidade de onde (ou
donde) sua sobrinha veio.
Pronome Exemplos
Importante!
Exemplos:
As condições básicas de saúde, de que a população se mostra carente, deveriam
ser oferecidas pelo governo.
Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora.
Eu conheço a cidade aonde sua sobrinha foi.
O artista de cuja obra eu falara morreu ontem.
As pessoas em cujas palavras a cre d ite i estão presas.
Só mais tarde alcancei compreender que a inteligência pode trabalhar até ao fim
inteiramente alheia aos graves problemas religiosos que confundem o pensador que os
quer resolver segundo a razão, se nenhum choque exterior veio perturbar para ela solução
recebida na infância. A dúvida não é sinal de que o espírito adquiriu maior perspicuidade, é
às vezes um simples mal-estar da vida.
(Joaquim Nabuco, Minha formação)
Portanto, temos um pronome relativo. Conforme estudamos nas lições, toda oração iniciada
por um relativo é classificada como oração subordinada adjetiva (o assunto classificação
das orações será estudado em aula futura).
Na primeira ocorrência, porém, não há referência ao elemento anterior. O excerto
"que a inteligência pode trabalhar ...” é complemento do verbo “compreender”, sendo
classificado como uma oração subordinada substantiva objetiva direta, iniciada pela
conjunção integrante “que”. Para facilitar a visualização, o trecho iniciado por esse conectivo
pode ser substituído pelo pronome demonstrativo “isso”: “Só mais tarde alcancei
compreender que a inteligência pode trabalhar...” :: “Só mais tarde alcancei compreender
isso...”
Gabarito: Errado.
(Henrique Cunha Jr. “Novos caminhos para os movimentos negros" in Política Democrática
- Revista de Política e Cultura, Brasília: Fundação Astrogildo Pereira, Ano V, n. 12, agosto
de 2005.)
Gabarito: B.
Com o advento do Estado Social e Democrático de Direito, ganhou força a tese que
defende a necessidade de interpretar a relação jurídica tributária de forma contextualizada
com o valor constitucional da solidariedade social. Isso não significa, porém, que a busca da
solidariedade social prevalecerá sempre sobre todas as demais normas constitucionais,
pois sempre existirão situações em que restará configurada a supremacia de outros valores,
também positivados no texto constitucional.
A solidariedade de que trata a Constituição, no entanto, é a solidariedade genérica,
referente à sociedade como um todo, em oposição à solidariedade de grupos sociais
b) O correto seria substituir "em que” pela expressão "nas quais”, retomando o substantivo
"soluções”.
c) No contexto, a preposição "de”, constante da expressão "de que”, é exigida pelo verbo
"tratar”, acarretando erro gramatical suprimir esse elemento.
d) A expressão "a qual” desempenha a função de sujeito sintático do verbo "referir-se”, não
admitindo, portanto, o acréscimo da preposição "a” antes de "que”.
e) Por fim, a substituição proposta pela banca não é correta, pois não há elemento
contextual que exige a preposição "em” antes do relativo "que”.
Gabarito: A.
O Brasil vive hoje seu primeiro momento plenamente democrático. Todas as experiências
anteriores ou foram autoritárias ou tinhas algumas características da democracia, mas não
a realizavam por completo. Boa parte desse resultado político se deve à Constituição em
1988, num sentido mais amplo que as regras por ela determinadas. Além do arcabouço
institucional original, o espírito que norteou a confecção do texto constitucional e o
aprendizado pôster têm produzido efeitos democratizantes na vida política brasileira. Ainda
há, no plano da cidadania, distância entre o Brasil legal e o Brasil real. As formas de
participação extra-eleitoral ainda são subaproveitadas. Grande parte da população não as
usa.
Comentário:
Gabarito: Temos, aqui, uma questão sempre recorrente nas provas da ESAF. O
examinador exigiu que o candidato tivesse conhecimento da função referencial anafórica
dos pronomes, isto é, a retomada de algum vocábulo/expressão citado anteriormente por
meio de uma forma pronominal. A partir das ideias do texto, notamos que a assertiva
incorreta é a letra (C). Ao afirmar que o sintagma “desse resultado político” se refere ao
predicado “foram autoritárias”, houve equívoco. De acordo com a superfície textual, a
expressão “desse resultado político” se refere à era democrática, por meio do segmento
“primeiro momento plenamente democrático”, tendo como novo estágio a “Constituição de
1988”.
Gabarito: C.
COLOCAÇAO PRONOMINAL
Próclise Exemplos
Observação!
Ênclise Exemplos
• Pronome após o verbo. A ênclise é a regra Deu-me boas dicas. (início de oração)
geral de colocação pronominal. Sendo assim, o
pronome deverá ficar posposto ao verbo quando Traga-me o café. (verbo no imperativo
não ocorrer qualquer dos casos de próclise ou afirmativo)
mesóclise.
Cuidado!
Exemplos:
Fornecido-me o material, comecei a estudar. (errado)
Fornecido a mim o material, comecei a estudar. (correto)
2â) Não devemos usar a colocação pronominal enclítica (após o verbo) quando
houver forma verbal no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Nestes
casos, a colocação deve ser mesoclítica (no meio do verbo).
Exemplos:
Professor, estamos a admirá- lo .
Se soubermos que haverá muito mais faxina, não continuaremos a fazê- la .
Dica estratégica!
Exemplos:
Continuou a lhe fazer carinho. (correto)
Continuou a fazer-lhe carinho. (correto)
4â) Quando houver duas palavras que exigem a próclise, é permitido intercalar o
pronome oblíquo átono entre elas. A esse caso dá-se o nome de apossínclise .
• Auxiliar + Infinitivo
• Auxiliar + Gerúndio
• Auxiliar + Particípio
Dica estratégica!
Exemplos:
Tinha ensinado-lhe a matéria. (errado)
Não tinha ensinado-lhe a matéria. (errado)
O governo não se preparou para fazer frente ao corte de receitas de R$ 40 bilhões. Em vez
de buscar alternativas para compensar a morte anunciada, o Executivo contou com os
recursos como se fossem permanentes.________________a proposta orçamentária de
2008, em que consta a previsão de arrecadação do tributo que, segundo a lei, estaria
extinto.
(“Enterrar cadáveres", Correio Braziliense, 15/1/2008, p. 16)
Comentário: Conforme estudamos nas lições, o período não deve ser iniciado por pronome
oblíquo átono. Sendo assim, a banca nos induz a aplicar a regra geral de colocação
pronominal: a ênclise. A colocação enclítica (após o verbo) sempre ocorrerá quando não
houver exigência de próclise ou mesóclise (vide tabela das páginas 70 e 71).
Gabarito: Certo.
a) (1)
b) (2)
c) (3)
d) (4)
e) (5)
A) Esta é a resposta da questão. A forma pronominal "as” retoma a expressão "a ordem a
e a cultura do capital” cujos núcleo são os vocábulos "ordem” e "cultura”. Portanto, a flexão
no plural está correta.
B) Incorreta. No trecho, o pronome relativo "que” é sujeito sintático do verbo "dominar”.
Analisando o contexto, percebemos que essa forma pronominal representa semanticamente
a expressão "a lógica perversa”, cujo núcleo é "lógica”. Portanto, o correto é "que as domina
internamente”.
C) Incorreta. A locução "podiam ser escamoteadas” tem como sujeito a expressão "a lógica
perversa”, devendo, portanto, permanecer no singular: "A lógica perversa (...) podia ser
escamoteada”.
D) Incorreta. O verbo "criar” deve permanecer no singular para concordar com o núcleo do
sujeito "A utilização crescente da informatização e da robotização”.
E) Incorreta. O verbo "somar” deve permanecer na terceira pessoa do plural para
concordar com o sujeito "os desempregados culturais”, cujo núcleo é "desempregados”.
Gabarito: A.
pode referir-se tanto ao vocábulo "conjunto” quanto à palavra "condições”. Portanto, nessa
última possibilidade, a forma verbal "permite” pode, sim, ser substituída por "permitem”.
B) No segmento "considerado como o conjunto de condições que permite aos indivíduos
atingirem seu bem particular”, o verbo "atingir” tem como sujeito o vocábulo "indivíduos”, o
que valida a flexão no plural: "atingirem”. Entretanto, também é lícita a concordância do
verbo "atingir” no singular, pois "indivíduos” não está explícito na oração "atingirem seu
bem-estar”. Portanto, é facultativa a flexão do verbo "atingir” .
C) A substituição proposta neste item denota que a vírgula, empregada após o vocábulo
"sociais”, denota a supressão da forma verbal "são”. Percebemos que o verbo "ser” da
segunda oração - "e os direitos sociais, os meios” - está oculto. Portanto, não há erro
gramatical ao fazer essa explicitação.
D) Para analisar este item, devemos ter por base o trecho "o indivíduo tem as condições
mínimas para atingir a felicidade, a que todos os homens tendem”. No aludido trecho, o
termo regente "tender” exige o emprego da preposição "a” (Todos os homens tendem A
alguma coisa). Por sua vez, na expressão "a que”, o pronome relativo "que” faz referência
ao substantivo "felicidade”. Ao fazermos a substituição por "a qual”, percebemos a ausência
da preposição "a”. O correto seria substituir "a que” por "à qual”, a fim de não acarretar erro
no emprego do acento grave indicativo de crase: "(...) felicidade, à qual todos os homens
tendem”.
E) Neste item, a substituição é facultativa. Segundo as lições de Evanildo Bechara e de
Rocha Lima, na presença da preposição "para” está correta a colocação proclítica "os meios
para o promover”. Vale frisar que também está em conformidade com o padrão culto escrito
a colocação enclítica "os meios para promovê-lo”.
Gabarito: D.
Com o advento do Estado Social e Democrático de Direito, ganhou força a tese que
defende a necessidade de interpretar a relação jurídica tributária de forma
contextualizada com o valor constitucional da solidariedade social. Isso não significa,
porém, que a busca da solidariedade social prevalecerá sempre sobre todas as
demais normas constitucionais, pois sempre existirão situações em que restará
configurada a supremacia de outros valores, também positivados no texto
constitucional. A solidariedade de que trata a Constituição, no entanto, é a
solidariedade genérica, referente à sociedade como um todo, em oposição à
solidariedade de grupos sociais homogêneos, a qual se refere a direitos e deveres de
um grupo social específico. Por força ^ solidariedade genérica, é lógico concluir que
cabe a cada cidadão brasileiro dar a sua contribuição para o financiamento do
“Estado Social e Tributário de Direito”. Infelizmente, é um fato cultural e histórico o
contribuinte ver na arrecadação dos tributos uma “subtração”, em vez de uma
contribuição a um Erário comum. Diante disso, o tema da solidariedade é
fundamental, porque leva a uma reflexão sobre as razões pelas quais se pagam
tributos, ou porque deva existir uma lealdade tributária.
b) O substantivo "situações” resume e retoma as relações entre "o advento do Estado Social
e Democrático de Direito” e "o valor constitucional da solidariedade social”.
c) Por meio do pronome "a qual”, retoma-se "sociedade”.
d) A expressão "outros valores” refere-se a valores que constam do texto constitucional.
e) É classificado como "cultural e histórico” o fato de cada cidadão brasileiro dar sua
contribuição para o financiamento do Estado.
Gabarito: D.
Gabarito: A.
Quem acompanha o dia a dia dos mercados financeiros sabe que o pensamento
ultraliberal em relação à regulação dos mercados financeiros foi dominante desde a
década de 1980, mas especialmente a partir do governo Clinton. Bush deu
continuidade a essa visão. Os perigos associados a essa postura ficaram ainda
maiores em função do aparecimento de uma série de inovações financeiras que
criaram segmentos do mercado sem nenhum acompanhamento pelos órgãos
reguladores.
A) O excerto "essa era uma grande cooperativa de funcionários” não apresenta referência
no trecho anterior. Este, inclusive, não faz menção a "cooperativas”, mas sim a "mercados
financeiros”.
B) A ausência de referencial anterior para a expressão "esse tipo de instituição” tornou a
opção incorreta. Além disso, o trecho inicial não fez alusão a "instituições”.
Gabarito: C.
Duas ameaças simétricas rondam a determinação dos termos de troca entre presente
e futuro. A miopia temporal envolve a atribuição de um valor demasiado ao que está
próximo de nós no tempo, em detrimento do que se encontra mais afastado. A
hipermetropia é a atribuição de um valor excessivo ao amanhã, em prejuízo das
demandas e interesses correntes.
(Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio sobre a natureza dos juros. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005)
Gabarito: D.
Comentário: Há erro gramatical na opção (D). A expressão relativa "no qual” remete ao
sintagma "Produto Interno Bruto”, o qual exerce a função de sujeito da oração adjetiva
"pode camuflar o nível (...) população”. Dessa forma, não pode ser preposicionado,
sobretudo porque não há, no contexto, elemento que exija a preposição "em”, o que torna
incorreto o emprego da expressão "no qual”. Assim, a reescrita correta é "Produto Interno
Bruto, o qual pode camuflar o real nível (...)”.
Gabarito: D.
A segunda metade dos anos 1990 foi caracterizada por crises nos países emergentes:
México, Rússia, Brasil e Argentina. Em todos os casos, os países recorreram ao
Fundo Monetário Internacional (FMI) para resolver seus problemas de endividamento
externo e tiveram que se submeter a rigorosos programas de ajuste fiscal (redução
de gastos públicos e aumento de impostos) e das contas externas exigidos pela
organização. Após o período de retração do nível de atividade e aumento do
desemprego, durante o qual a relação dívida/PIB e os déficits fiscais se acomodaram
em níveis compatíveis com a capacidade de financiamento, todos os países, à
exceção da Argentina, entraram em trljetória de crescimento, com estabilidade de
preços. Como os fundamentos fiscais e monetários destes países estavam fortes,
com equilíbrio fiscal, relação dívida/PIB e inflação sob controle, seus governos e
bancos centrais puderam adotar políticas fiscais, monetárias, de crédito mais
frouxas, que reverteram a trajetória de queda já no segundo trimestre de 2009.
20. (ESAF-2010/SUSEP) Assinale a opção em que os três termos remetem, por coesão
textual, ao mesmo referente.
a) "países emergentes” - "os países” - "se”
b) "todos os casos” - "problemas de endividamento externo”- "seus”
c) "Fundo Monetário internacional” - "seus” - "organização”
d) "desemprego”- "o qual” - "se”
e) "equilíbrio fiscal” - "políticas ... de crédito” - "que”
Gabarito: A.
I. O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não abule o
paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno cultural tanto
quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças
destituídas de familiaridade.
Durante muito tempo, a tributação foi vista apenas como um instrumento de receita
do Estado. Apesar desta missão ser, por si só, relevante, na medida em que garante os
recursos financeiros para que o Poder Público bem exerça seu mister, a verdade é que,
pouco a pouco, descobriu-se outra faceta não menos importante na tributação. Atualmente,
com a predominância do modelo do Estado Social, a despeito dos fortes movimentos no
sentido do ressurgimento do liberalismo, não se pode abrir mão do uso dos tributos como
eficazes instrumentos de política e de atuação estatal, nas mais diversas áreas, sobretudo
na social e na econômica. Deve ser ressaltado que a política tributária, embora consista em
instrumento de arrecadação tributária, necessariamente não precisa resultar em imposição.
O governo pode fazer política tributária utilizando-se de mecanismos fiscais através de
incentivos fiscais, de isenções, entre outros mecanismos que devem ser considerados com
o objetivo de conter o aumento da arrecadação de tributos.
(Maria de Fátima Ribeiro & Natália Paludetto Gesteiro, A busca da cidadania fiscal no
desenvolvimento econômico: função social do tributo. http://www.diritto.it/archivio - acesso em
3/6/2010, com adaptações)
Ninguém melhor do que Voltaire definiu a real essência da democracia quando escreveu:
"Posso não concordar com uma só palavra do que dizes, mas defenderei até à morte o teu
direito de dizê-las”. Ter ideias e comportamentos políticos ou sociais diversos de outros
indivíduos não significa, necessariamente, transformá-los em inimigos ferrenhos. Afinal, o
que se combate são as ideias do outro e não sua pessoa.
É importante notar que a taxa de juros anual média de 141,12% é escandalosa para o
Brasil, cuja inflação anual é estimada em torno de 6,5%. A redução dos juros que se
verificou em dezembro certamente não reflete as mudanças que beneficiaram os bancos
(redução do compulsório e ligeira melhora na captação de recursos), mas apenas a menor
procura por crédito. A discreta queda dos juros não deve aumentar a procura por crédito
pelas pessoas físicas que estão conscientes de que não é o momento de se endividar, nem
favorecerá uma redução da inadimplência. No máximo, interessará às pessoas jurídicas que
buscam crédito de curtíssimo prazo ou financiamentos para exportação, embora as
facilidades oferecidas pelo Banco Central tenham um custo muito elevado. Sabe-se que
uma redução da taxa Selic nunca repercute plenamente nas taxas de juros dos bancos,
que, sob o pretexto da elevação da inadimplência, aumentaram os seus spreads (diferença
entre a taxa de captação e de aplicação). O governo está tentando obter uma redução
desse spread, até agora sem grande sucesso. Para uma redução sensível das taxas de
juros, duas medidas seriam necessárias: reduzi-las nos bancos públicos (Caixa Econômica
e Banco do Brasil) e, especialmente, em função de uma taxa Selic menor, reduzir o
interesse dos bancos em aplicar seus excedentes de caixa em títulos da dívida mobiliária
federal, que oferecem juros elevados e total garantia.
Tão logo a catástrofe do terremoto no Haiti requisitou uma ação coletiva mundial, com
inúmeros atores envolvidos na ajuda humanitária - países, organizações não
governamentais, empresas e os milhares de anônimos e famosos -, a situação caótica do
país devastado impôs um desafio: a quem caberá a organização das próximas etapas de
reconstrução do país mais pobre do Ocidente? Como coordenar a ajuda que vem de todos
os cantos do planeta? Como estabelecer um plano viável de recuperação da infraestrutura e
das instituições haitianas? O Haiti, que já vivia uma situação fragilíssima, de extrema
miséria - 80% da sua população está abaixo da linha da pobreza e sobrevive com menos
de US$ 2 diários (por volta de R$ 108 ao mês) - entrou em colapso. Como era de se
esperar, com porto, aeroporto e estradas arruinados ou semidestruídos, com a escassez de
água, alimentos e remédios, iniciaram-se ondas de saques, e o próprio governo local
transferiu a administração da crise para outros países e instituições.
Hoje não há mais dúvida a respeito do aquecimento global e de outros problemas gerados
pelo consumo de energia e pela industrialização. Não se pode deter o desenvolvimento e
não se pode mantê-lo sem aumento do consumo global de energia. A principal fonte de
energia hoje são os combustíveis fósseis e o maior vilão dessa história é a emissão de CO2
na atmosfera (embora não seja o único). Parece irreversível a tendência à sua redução pela
adoção de novas e mais eficientes tecnologias e fontes de energia. Acabar drasticamente e
de imediato com as emissões de CO2 e com a utilização de combustíveis fósseis não é
possível. Por outro lado, adotar novas tecnologias que aumentem ou estimulem ainda mais
o seu consumo, nem pensar. O século XX viu a consolidação da Era do Petróleo, motor do
desenvolvimento mundial desde o final do século XIX até hoje, no começo do século XXI.
Esse ciclo de predominância do petróleo deve ser aos poucos substituído por um
predomínio do gás natural, junto com, ou antecedendo, um período de aumento de
variedade das fontes de energias e ganho das energias naturais e renováveis (sempre
como complementares), do hidrogênio e finalmente da energia atômica.
a) Em "mantê-lo” (linha 3), o pronome "-lo” retoma o antecedente "consumo” (linha 2).
b) A expressão "dessa história” (linha 4) retoma o antecedente "consumo global de energia”
(linha 3).
c) Em "seu consumo” (linha 9) "seu” refere-se a "combustíveis fósseis” (linha 7).
d) Em "sua redução” (linha 5) "sua” refere-se a "industrialização ” (linha 2).
e) A expressão "Esse ciclo” (linha 11) retoma o antecedente "começo do século XXI”
(linha 10).
7. (ESAF-2012/CG U-Adaptada)
O Brasil vive uma situação intrigante: enquanto a economia alterna altos e baixos, a taxa de
desemprego cai de forma consistente. Uma das possíveis causas é a redução do
crescimento demográfico, que desacelera a expansão da população apta a trabalhar. Com
menos pessoas buscando uma ocupação, a taxa de desemprego pode cair mesmo com o
baixo crescimento. Isso é bom? Depende. Por um lado, a escassez de mão de obra reduz o
número de desempregados e aumenta g renda. Por outro, eleva os custos e reduz a
competitividade das empresas, o que pode levá-las a demitir para reequilibrar as contas. É
uma bomba-relógio que só pode ser desarmada com o aumento da produtividade - para
manter o emprego, os trabalhadores precisarão ser treinados para produzir mais.
Só mais tarde alcancei compreender que a inteligência pode trabalhar até ao fim
inteiramente alheia aos graves problemas religiosos que confundem o pensador que os
quer resolver segundo a razão, se nenhum choque exterior veio perturbar para ela solução
recebida na infância. A dúvida não é sinal de que o espírito adquiriu maior perspicuidade, é
às vezes um simples mal-estar da vida.
(Joaquim Nabuco, Minha formação)
(Henrique Cunha Jr. “Novos caminhos para os movimentos negros" in Política Democrática
- Revista de Política e Cultura, Brasília: Fundação Astrogildo Pereira, Ano V, n. 12, agosto
de 2005.)
Com o advento do Estado Social e Democrático de Direito, ganhou força a tese que
defende a necessidade de interpretar a relação jurídica tributária de forma contextualizada
com o valor constitucional da solidariedade social. Isso não significa, porém, que a busca da
solidariedade social prevalecerá sempre sobre todas as demais normas constitucionais,
pois sempre existirão situações em que restará configurada a supremacia de outros valores,
também positivados no texto constitucional.
A solidariedade de que trata a Constituição, no entanto, é a solidariedade genérica,
referente à sociedade como um todo, em oposição à solidariedade de grupos sociais
homogêneos, a qual se refere a direitos e deveres de um grupo social específico. Por força
da solidariedade genérica, é lógico concluir que cabe a cada cidadão brasileiro dar a sua
contribuição para o financiamento do "Estado Social e Tributário de Direito”.
Infelizmente, é um fato cultural e histórico o contribuinte ver na arrecadação dos tributos
uma "subtração”, em vez de uma contribuição a um Erário comum. Diante disso, o tema da
solidariedade é fundamental, porque leva a uma reflexão sobre as razões pelas quais se
pagam tributos, ou porque deva existir uma lealdade tributária.
O Brasil vive hoje seu primeiro momento plenamente democrático. Todas as experiências
anteriores ou foram autoritárias ou tinhas algumas características da democracia, mas não
a realizavam por completo. Boa parte desse resultado político se deve à Constituição em
1988, num sentido mais amplo que as regras por ela determinadas. Além do arcabouço
institucional original, o espírito que norteou a confecção do texto constitucional e o
aprendizado pôster têm produzido efeitos democratizantes na vida política brasileira. Ainda
há, no plano da cidadania, distância entre o Brasil legal e o Brasil real. As formas de
participação extra-eleitoral ainda são subaproveitadas. Grande parte da população não as
usa.
(Fernando Abrucio, Revista Época, 17 de setembro de 2008)
O governo não se preparou para fazer frente ao corte de receitas de R$ 40 bilhões. Em vez
de buscar alternativas para compensar a morte anunciada, o Executivo contou com os
recursos como se fossem permanentes.________________a proposta orçamentária de
2008, em que consta a previsão de arrecadação do tributo que, segundo a lei, estaria
extinto.
(“Enterrar cadáveres", Correio Braziliense, 15/1/2008, p. 16)
(Adaptado de Leonardo Boff. Depois de500 anos: que Brasil queremos? Petrópolis, RJ: Vozes, 2000, p.41.)
a) (1)
b) (2)
c) (3)
d) (4)
e) (5)
Com o advento do Estado Social e Democrático de Direito, ganhou força a tese que
defende a necessidade de interpretar a relação jurídica tributária de forma
contextualizada com o valor constitucional da solidariedade social. Isso não significa,
porém, que a busca da solidariedade social prevalecerá sempre sobre todas as
demais normas constitucionais, pois sempre existirão situações em que restará
configurada a supremacia de outros valores, também positivados no texto
constitucional. A solidariedade de que trata a Constituição, no entanto, é a
solidariedade genérica, referente à sociedade como um todo, em oposição à
solidariedade de grupos sociais homogêneos, a qual se refere a direitos e deveres de
um grupo social específico. Por força da solidariedade genérica, é lógico concluir que
cabe a cada cidadão brasileiro dar a sua contribuição para o financiamento do
“Estado Social e Tributário de Direito”. Infelizmente, é um fato cultural e histórico o
contribuinte ver na arrecadação dos tributos uma “subtração”, em vez de uma
contribuição a um Erário comum. Diante disso, o tema da solidariedade é
fundamental, porque leva a uma reflexão sobre as razões pelas quais se pagam
tributos, ou porque deva existir uma lealdade tributária.
Quem acompanha o dia a dia dos mercados financeiros sabe que o pensamento
ultraliberal em relação à regulação dos mercados financeiros foi dominante desde a
década de 1980, mas especialmente a partir do governo Clinton. Bush deu
continuidade a essa visão. Os perigos associados a essa postura ficaram ainda
maiores em função do aparecimento de uma série de inovações financeiras que
criaram segmentos do mercado sem nenhum acompanhamento pelos órgãos
reguladores.
Duas ameaças simétricas rondam a determinação dos termos de troca entre presente
e futuro. A miopia temporal envolve a atribuição de um valor demasiado ao que está
próximo de nós no tempo, em detrimento do que se encontra mais afastado. A
hipermetropia é a atribuição de um valor excessivo ao amanhã, em prejuízo das
demandas e interesses correntes.
(Eduardo Giannetti. O valor do amanhã: ensaio sobre a natureza dos juros. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005)
maioria da população. Com o IDH, medir desenvolvimento humano passou a ser tão
ou mais importante que aferir(5) o mero, e às vezes enganador, desenvolvimento
econômico.
(Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009, adaptado.)
(ESAF-2010/SUSEP) A segunda metade dos anos 1990 foi caracterizada por crises
nos países emergentes: México, Rússia, Brasil e Argentina. Em todos os casos, os
países recorreram ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para resolver seus
problemas de endividamento externo e tiveram que se submeter a rigorosos
programas de ajuste fiscal (redução de gastos públicos e aumento de impostos) e
das contas externas exigidos pela organização. Após o período de retração do nível
de atividade e aumento do desemprego, durante o qual a relação dívida/PIB e os
déficits fiscais se acomodaram em níveis compatíveis com a capacidade de
financiamento, todos os países, à exceção da Argentina, entraram em trajetória de
crescimento, com estabilidade de preços. Como os fundamentos fiscais e monetários
destes países estavam fortes, com equilíbrio fiscal, relação dívida/PIB e inflação sob
controle, seus governos e bancos centrais puderam adotar políticas fiscais,
monetárias, de crédito mais frouxas, que reverteram a trajetória de queda já no
segundo trimestre de 2009.
20. Assinale a opção em que os três termos remetem, por coesão textual, ao mesmo
referente.
GABARITO