3º SIMULADÃO ENEM - Prova Comentada - DIA 2
3º SIMULADÃO ENEM - Prova Comentada - DIA 2
3º SIMULADÃO ENEM - Prova Comentada - DIA 2
continues to inflict pain and suffering on peoples lives all over the world. Almost no week goes by without an act of terrorism taking place somewhere in the world, indiscriminately affecting innocent people who just happened to be in the wrong place at the wrong time. Countering this scourge is in the interest of all nations and the issue has been on the agenda of the United Nations for decades. http://www.un.org/terrorism/ a) b) c) d) e) Somente pessoas inocentes so atingidas pelas aes terroristas. As Naes Unidas voltou seu interesse recentemente questo do terrorismo. Nenhuma semana se passa sem que se tenha notcia de atos terroristas. Terrorismo atinge pessoas em diferentes partes do mundo. A maior parte das aes terroristas tem origem no Oriente.
Resoluo: A questo busca dentre as opes aquela que represente uma informao correta do texto. O item a apresenta-se incorreta pela presena da palavra somente. A palavra decades (dcadas) inviabiliza a marcao do item b. Da mesma forma, a ausncia de palavra almost (quase) na transcrio da frase para o item c, o faz incorreto. No se encontra informaes no texto que fundamentem o item e. O item correto o item d. Resposta D Questo 92 As palavras TERRORISM, ACT e HAPPENED podem ser traduzidas, respectivamente, de maneira a fazerem sentido no texto acima, como: a) TERRORISMO, AGIR e SEQUESTRADO. b) TERRORISTA, AGIR e SEQUESTRAR. c) TERRORISMO, ATO e ACONTECEU. d) TERRORISMO AGE e RAPTOU e) TERRORISTA, AGIR e RAPTOU. Resoluo: A questo acima testa conhecimentos referentes a vocabulrio e classificao gramatical contextualizada. Temos em sequncia SUBSTANTIVO SUBSTANTIVO VERBO. A nica opo que retrata esta sequncia de maneira correta e completa o item c. Resposta C
Questo 93 O problema principal expresso pela tirinha acima : a) Ironia b) Relao MDICO-PACIENTE c) Obesidade d) Erro Mdico e) Reeducao Alimentar
Resoluo: A chave da questo est nas expresses problema e tirinha acima. O item a est incorreto porque IRONIA est na tirinha, mas no um problema. RELAO MDICO-PACIENTE est na tirinha, mas no um problema. ERRO MDICO um problema, mas no est na tirinha. REEDUCAO ALIMENTAR est na tirinha, mas no um problema. Resta-nos o item c. Resposta C
Questo 94 The 2014 World Cup is heading to Brazil. In less than 4 years, the greatest football spectacle of them all will be heading to the country that introduced the notion of the beautiful game. For the first time in 64 years, footballs biggest event will grace Brazils shores and a feast of football is sure to be served up in front of passionate crowds. True, there is the small matter of the World Cup in South Africa in 2010 to contend with first, but football fans across Brazil and indeed the world are rubbing their hands in anticipation of the 2014 Brazil World Cup. As expresses do texto que se referem a PAS, QUANTIDADE e ADJETIVO, respectivamente, so: a) SOUTH AFRICA SHORES BEAUTIFUL NOTION 64 YEARS SMALL BRAZIL CROWDS FEAST BRAZIL FIRST GRACE COUNTRY 4 YEARS PASSIONATE
b) c) d) e)
Resoluo: A questo busca reconhecer se o candidato consegue fazer a relao de uma palavra (PAS) com o seu campo semntico, de relao de QUANTIDADE de CLASSIFICAO GRAMATICAL CONTEXTUALIZADA. A nica opo que preenche todos os requisitos o item e. Resposta E
Questo 95 A frase The 2014 World Cup is heading to Brazil. significa: a) PARA O BRASIL, A COPA MUNDIAL SER EM 2014. b) EM 2014, OS BRASILEIROS ESTARO COM A CABEA NA COPA DO MUNDO. c) A COPA DO MUNDO DE 2014 EST INDO PARA O BRASIL. d) 2014 EST NA MENTE DOS BRASILEIROS PELA COPA DO MUNDO.
e) A COPA MUNDIAL DE 2014 EST CABECEANDO PARA O BRASIL. Resoluo: A chave da questo acima est na compreenso da expresso HEADING como IR EM DIREO A. Todos os itens, erroneamente, apresentam opes para o uso e traduo da expresso, exceto o item c. Resposta C
Questo 91 Banco Mundial baja otra vez su previsin de crecimiento para China Un punto menos que en la previsin anterior y muy por debajo del 9,2% que haba sealado en su primer informe sobre el crecimiento de la nacin asitica, el Banco Mundial anunci que espera que China slo crezca 6,5% este ao. Cuando la crisis mundial se intensifica, las exportaciones chinas se vieron seriamente afectadas, lo que tambin alter las inversiones y el empleo, sobre todo en el sector industrial, seal la institucin dirigida por Robert Zoellick en la presentacin de su informe sobre la economa china que se realiz en la maana de hoy en Hong Kong (madrugada de hoy en Chile). Aunque el crecimiento esperado para esa economa es superior al de la mayora de los pases del mundo, un crecimiento del PIB de 6,5% es mucho ms dbil que el potencial de la economa china, y est por debajo de las esperanzas de avance de las autoridades del pas, que han fijado su previsin de crecimiento en 8%. En todo caso, el propio Primer Ministro chino, Wen Jiabao, admiti el viernes que el objetivo oficial de un crecimiento de 8% ser difcil de alcanzar este ao. (Fonte: http://diario.elmercurio.cl/2009/03/18/economia_y_negocios/negocios/noticias) O objetivo geral do texto expor que: a) As autoridades chinesas tm baixas esperanas quanto ao crescimento econmico do seu pas, sendo que o prprio Primeiro Ministro admite ser difcil alcanar o objetivo de 8% estipulado pelo Banco Mundial. b) A crise econmica mundial prejudicou as exportaes chinesas, levando o Banco Mundial a enviar Robert Zoellick a Hong Kong para apresentar um relatrio retificando a previso de crescimento econmico da China anteriormente apresentada. c) O Banco Mundial anunciou que o crescimento da economia da China ser menor do que o previsto primeiramente, sendo que, ainda assim, este ser superior ao da maioria dos pases do mundo, mas, no obstante, baixo para o potencial econmico do pas asitico. d) a ltima previso de crescimento econmico feita pelo Banco Mundial para a China de 6,5%, um ponto percentual a menos do que a primeira previso, que era de 9,2%. e) as naes asiticas deveriam, conforme as previses do Banco Mundial, ter apresentado um crescimento econmico de 9,2% Resoluo: A alternativa C a que melhor resume as ideias disseminadas em todo o texto. Resposta C
Questo 92 Assinale a alternativa INCORRECTA a respeito do Texto II: a) A palavra mam leva acento porque conforme as regras do espanhol uma aguda terminada em vogal. b) Pablito considera o computador como se fosse sua mame. c) Os verbos educa, entretiene e pasa esto conjugados no Presente do Indicativo. d) O pronome le tem como referente Pablito. e) A forma verbal sos est conjugada na segunda pessoa do plural. Resoluo: A forma verbal Sos est conjugada de uma forma atpica que faz parte do espanhol falado, principalmente na Argentina e em algumas outras reas da Amrica Latina. Corresponde ao pronome pessoal T (2 pessoa singular). Neste caso, o verbo toma uma forma diferenciada da sua conjugao normal, por isso trata-se de algo comum a oralidade. Resposta E Questo 93 Para que las plantas crezcan verdes y bellas en todos los jardines, campos, praderas y bosques del planeta, necesitan que la tierra sea esponjosa y rica en alimentos. Con buen suelo, las plantas crecen y alimentan al resto de los seres vivos. El suelo tambin sirve de hogar a millones de organismos que viven en su interior. Al mirar de lejos no se nota, pero al examinar la tierra con cuidado, comienzan a aparecer grandes civilizaciones subterrneas. En el suelo se encuentran insectos relativamente grandes como chanchitos, ciempis, milpis, babosas, hormigas, lombrices y otros. Adems hay formas de vida muy abundantes, tan pequeas que no se ven, si no es con la ayuda de un microscopio. A pesar de la gran importancia que el suelo tiene para los seres vivos grandes y pequeos que viven sobre y dentro de l, es muy frgil. El suelo es algo que se crea y se destruye continuamente, en un gran ciclo que trae vida a los lugares donde se forma, y muerte donde se destruye. Disponvel em: <http://www.libroverde.cl/suelo/susobre.htm> (Texto adaptado) No texto, as palavras pero e adems expressam, respectivamente, as ideias de: a) contraste / adio. b) finalidade/ explicao. c) oposio / intensidade. d) oposio / concluso. e) alternncia / consequncia. Resoluo: As conjunes citadas na questo se classificam respectivamente em adversativa e aditiva. Resposta A
Questo 94
SEZ, C. Glu, glu, glu... Aaaah! Muy interesante, Madrid: Espaa Ediciones, n. 326, p. 52, jul. 2008. Com base no texto Consejos contra la sed, so verdadeiras as alternativas: H pessoas que so mais vulnerveis desidratao que outras. conveniente ingerir mais gua, quando se realiza alguma atividade fsica. Manter o equilbrio hdrico significa ingerir a mesma quantidade de lquido que se perde. Ingerir bebidas alcolicas aumenta a temperatura corporal e o risco de sofrer uma desidratao. melhor beber gua do que qualquer outro lquido, j que a sede s pode ser amenizada por bebidas sem sabor. VII. Interferem na hidratao corporal aspectos bastante variados, como o ndice relativo de umidade do ar ou a temperatura do ambiente. VIII. imprescindvel para a sade e, em alguns casos, pode ser vital manter o corpo bem hidratado no vero, j que, nas outras estaes, a necessidade de hidratao diminui. a) I, II e III b) II, III, VI e VII c) II, III, IV, V e VI d) I, II, III e VI e) Todas as alternativas esto corretas I. II. III. IV. V. VI.
Resoluo: Com uma leitura atenta se chega a concluso de que somente as afirmativas I, II, III e VI correspondem as informaes contidas no texto. Resposta D
Questo 95 Dado o texto a seguir: Martnez, en una entrevista a EFE, considera que es el momento de los usuarios y la industria empiecen a hablar de las necesidades de las personas y a resolverlas pero en su lenguaje aunque cueste. Assinale a sequncia correta, de acordo com as expresses em destaque. I. Significam, respectivamente, resolv-las e embora custe. II. Significam resolv-las e ainda custe, respectivamente. III. Resolverlas refere-se a personas, no texto. IV. No texto, resolverlas refere-se s necessidades das pessoas. a) I, II e III. b) I, II e IV. c) I e III, apenas. d) II e IV, apenas. e) I e IV, apenas. Resoluo: A forma las que aparece anexada ao verbo resolver corresponde a um pronome que tem como referente a palavra necessidades que aparece anteriormente no texto, lembramos que neste tipo de caso faz-se dispensvel o uso do hfen no espanhol. A melhor traduo para aunque embora, pois trata-se de uma conjuno concessiva. Resposta E
QUESTES 96 a 180 Questo 96 Assinale a alternativa que no retrata uma interpretao correta sobre os quadrinhos: A) Analisando o contedo da fala das duas personagens, pode-se afirmar que o crescimento dos cursos superiores implica consequncias prticas diferentes para cada uma delas. B) Os detalhes expostos nos cenrios em que as personagens se inserem reforam o que est afirmado nos respectivos tex- tos verbais. C) No quadrinho da direita, est pressuposto que a necessidade de trabalhar da personagem reflete uma situao de desagregao familiar. D) Embora seja evidente a diferena entre a classe social das duas personagens, a
variante lingustica utilizada por elas no refora essa oposio. E) Ao iniciar os dois textos da mesma forma, o autor dos quadrinhos deixa entrever certo envolvimento dos dois jovens com a famlia. Resoluo: No verdade que o fato de a personagem trabalhar reflete uma situao de desagregao familiar, j que o modo como ela se despede do pai sugere respeito e considerao. Resposta: C Questo 97 Apresentamos abaixo um trecho de uma famosa obra do cancioneiro popular, Saudosa Maloca, do compositor paulista Adoniran Barbosa. Observe que, por meio de uma linguagem marcada pela oralidade, o artista, nascido em Valinhos, retrata um processo de modificao do espao urbano que se verificou na capital paulista em meados do sculo XX: Si o senhor num t lembrado / D licena de cont Que aqui onde agora est / Esse edifcio arto Era uma casa via / Um palacete assobradado Foi aqui seu moo / Que eu Mato Grosso e o Joca Construmo nossa maloca Baseando-se nos termos grifados, escolha a alternativa que melhor explica a transformao da paisagem paulistana: A) O fenmeno da entrada de estrangeiros no pas ocasionou um forte desemprego da populao urbana da cidade de So Paulo, o que obrigou as pessoas a viverem nas ruas, parques e jardins, especialmente nas reas mais antigas da cidade. B) O fato de as habitaes coletivas se concentrarem nas reas mais perifricas da cidade resultado da intensa especulao imobiliria, que expulsa as pessoas de seus palacetes velhos para construrem edifcios comerciais de alto padro. C) A cidade de So Paulo, na poca urea da cafeicultura, passou por uma intensificao das construes de malocas, que, apesar de muito humildes, eram bastante satisfatrias em termos de qualidade de moradia, deixando saudades para quem nelas vivia. D) No se pode afirmar que o texto da cano retrate a cidade de So Paulo, porque os palacetes dos antigos bares do caf permanecem na paisagem urbana paulistana praticamente como eram h mais de um sculo, sendo proibida a sua destruio. A forte migrao interna, entre outros fatores, contribuiu para acentuar a degradao E) urbana na rea central da cidade, fazendo com que os antigos casares do perodo cafeeiro se transformassem em moradias precrias, algumas das quais, posteriormente, foram derrubadas para a construo de edifcios. Resoluo: O processo de modificao do espao urbano retratado no texto da cano verificou-se na capital paulista em meados do sculo XX, em grande parte em razo do forte fluxo de migrantes de outras regies do pas (o que explica o nome da personagem Mato Grosso) ou do exterior. Dentre suas consequncias, destaca-se a degradao urbana, com a transformao dos antigos casares do perodo cafeeiro (palacetes assobradados) em moradias precrias (os famosos cortios ou malocas). Posteriormente, o crescimento urbano-industrial levou verticalizao da cidade, com a construo de edifcios em reas que passaram a ser revalorizadas. Resposta E
Questo 98 Texto Simo Desde o primeiro momento compreendi que devia aceitar tudo, confessar tudo, declarar-me arrepen- dido de tudo. Vamos ns discutir com eles, lutar contra eles? Tolice. Tm a fora, a lei, Deus e a milcia tudo ao lado deles. Que podemos ns fazer? De que adianta alegar inocncia, protestar contra uma injustia? Eles provam o que quiserem contra ns e ns no conseguiremos provar nada em nossa defesa. Bravatas? Tambm no adiantam. () Branca H um mnimo de dignidade que o homem no pode negociar, nem mesmo em troca da liberdade. Nem mesmo em troca do sol. Em O santo inqurito, pea teatral de Dias Gomes, a ao se concentra na trajetria trgica de Branca, jovem acusada de heresia e condenada morte pela Inquisio. O excerto apresenta um dilogo entre ela e seu pai, Simo. Observe os itens seguintes e assinale a alternativa correta sobre eles. I. Depreende-se do dilogo transcrito que, embora ambientada em um tempo histrico distante, a tragdia de Branca serve de suporte para uma reflexo de carter universal sobre a luta do indivduo contra instituies que cerceiam a liberdade e querem suprimir a dignidade. II. A fala de Simo um desabafo do indivduo que se sente impotente perante a injustia dos poderosos, cujos interesses so mascarados por princpios legais, morais ou religiosos, de validade supostamente geral. III. O confronto entre Branca e seu pai, exposto no dilogo, pe em destaque a anttese entre o comporta- mento conformista do segundo e a postura inconformista da primeira. A) So corretos somente os itens I e III. B) Os itens I e II so incorretos. C) S so corretos os itens II e III. D) So corretos os itens I, II e III. E) Somente o item II est correto. Resoluo: O carter universal da reflexo contida no dilogo explicitado na fala de Branca, quando ela se refere dignidade e liberdade, entendidas como valores da humanidade em geral. No desabafo de Simo, observa-se claramente o desespero do indivduo impotente perante os interesses dos poderosos, que se armam com a lei, Deus e a milcia tudo ao lado deles, para fazer triunfar a injustia. Enquanto Simo no v alternativa seno sucumbir aos poderosos, Branca resiste, pois no abre mo de sua dignidade; o pai expressa atitude conformista, pois mostra disposio de atender s exigncias do poder, enquanto a filha no se conforma a isso, preferindo perder a liberdade (e at mesmo a vida) a perder sua dignidade. Resposta D Texto para as questes 99 e 100. A revista TPM n 40 (p. 58) convidou a atriz Alinne Moraes para servir de guia aos jornalistas paulistanos nas areias escaldantes das praias cariocas. Como diz o texto, Alinne, pra virar uma carioca autntica, s falta deixar de chamar padaria de padoca. Vejamos um dos passeios que a atriz recomenda a quem vai ao Rio de Janeiro: Mesmo sendo longe da minha casa, sempre que posso vou ao Cine Odeon, no Centro, para uma sesso de cinema. L, tudo especial: a pipoca parece mais caseira, o cinema tem cara de cinema, as poltronas so fofinhas, tudo com aquele glamour que s as coisas antigas tm.
Se voc estiver com fome antes ou depois da sesso, aproveite que l dentro tem uma filial do Ateli Culinrio, um dos meus restaurantes prediletos. Pea uma das quiches com salada. Se estiver frio, v de chocolate quente. Coisas simples que l so super bem feitas. Por que o Odeon meu cinema preferido? Sabe quando a gente sente saudades do que voc no viveu? meio isso: l eu tenho essa sensao. Gosto de coisas que me remetem ao passado. Sou um pouco assim com tudo. Questo 99 A linguagem uma espcie de carteira de identidade, dando informaes a respeito do falante. Levando isso em conta, assinale a alternativa correta. A) No trecho pra virar uma carioca autntica, s falta deixar de chamar padaria de padoca, a revista no deixa implcito que a linguagem um fator de identidade regional. B) O termo glamour aparece destacado no texto por ser uma palavra desconhecida da maioria das pessoas. C) A linguagem empregada no texto tem marcas de informalidade tpicas da oralidade, como se nota na passagem meio isso. D) O trecho Por que o Odeon meu cinema preferido? no permite dizer que o texto apresenta caractersticas do dilogo, isto , da conversa. E) Ao sugerir que um carioca autntico no diz padoca, a revista manifesta preconceito lingustico contra os paulistas. Resoluo: A passagem meio isso tpica de situaes informais de comunicao oral, em que no h maior rigor nem planejamento. Resposta: C Questo 100 Como ocorre com qualquer texto, esse foi escrito com determinados objetivos: toda comunicao tem uma deter- minada funo, a linguagem nunca usada toa. Tomando por base o que voc leu, marque a alternativa correta: A) Ocorre no texto apenas a funo referencial da linguagem: o enunciador d informaes sobre o Rio de Janeiro de forma objetiva, usando uma linguagem informal. B) H no texto apenas a funo apelativa, como se percebe nos trechos aproveite, pea: a atriz quer convencer o leitor a visitar o Rio, usando uma linguagem informal para criar um efeito de aproximao com o pblico, como nos trechos fofinha e super bem feitas. C) A nica funo da linguagem presente no texto a emotiva, como se nota por meio da relao emocional entre a atriz e o espao descrito: o efeito de subjetividade est presente no uso de uma linguagem despojada, mais prxima do leitor, e de termos como saudades, preferido, tenho essa sensao. D) No texto esto presentes as funes referencial, apelativa e emotiva. A linguagem utilizada predominantemente informal, de acordo com os trechos fofinha e super bem feitas. A construo que me remetem ao passado, contudo, apresenta maior formalidade. E) H no texto trs funes: a referencial, a emotiva e a apelativa. Como se trata de um texto jornalstico, apenas a funo referencial deveria ter sido explorada, para criar uma impresso de objetividade no relato. A linguagem, tambm, deveria ser mais formal. Resoluo: A funo referencial, a apelativa e a emotiva esto presentes no texto. A primeira pode ser percebida pelo seguinte dado: o texto d informaes a quem no do Rio sobre um lugar (o referente) que vale a pena conhecer, descrevendo-o para o leitor. A segunda, por sua vez, mostra-se claramente no segundo pargrafo: Alinne Moraes d conselhos usando a forma imperativa (aproveite, pea). Quanto terceira, revela-se por meio da relao emocional da atriz com o espao: nota-se a presena da primeira pessoa (meu) e de palavras e expresses
com maior teor subjetivo (preferido, saudades, tenho essa sensao). O texto apresenta o tom de uma conversa informal. O trecho que me remetem ao passado, contudo, mais formal do que o restante do texto, que marcado predominantemente por termos como meio isso, fofinhas, etc. Resposta: D Questo 101 A foto reproduzida a seguir foi extrada do Jornal da Tarde (21/07/1993, p. 12A). Foi usada para ilustrar uma matria em que o antroplogo Roberto DaMatta se props o exerccio de ler So Paulo, circulando pelas ruas em companhia da fotgrafa Luludi.
Examine os comentrios a seguir: I. A foto serve para ilustrar as marcas de singularidade que mostram o contraste entre o indivduo e a paisagem urbana. II. A ausncia de detalhes nas vestimentas, o ocultamento do rosto e de praticamente todas as partes do corpo humano servem para ilustrar a perda de identidade das pessoas nos grandes aglomerados urbanos como So Paulo. III. O cho de pedras, vazio, sem vida; a regularidade das faixas que se dispem em linhas retas e a rigidez do corpo do ideia de monotonia e automatismo. IV. O cartaz com um texto escrito, colocado na frente do rosto, sugere um tipo de trabalho que dispensa a fala e a capacidade de criao do trabalhador. (So) correto(s): A) apenas I e IV. D) apenas I, II e III. B) apenas II. E) I, II, III e IV. C) apenas II, III e IV. Resoluo: A leitura da foto deve levar em conta o fundo: um cho de pedras, sem variedade de cor e de formas, sem nenhuma planta ou qualquer outra forma de vida. Isso tudo sugere monotonia, falta de novidade. As linhas retas, apenas em branco e preto do ideia de algo feito por rgua, com total submisso a modelos rigidamente determinados. A figura do ser humano, sem rosto, rgida, sem movimento, com os ps juntos, s com os dedos de fora, e por fim a ausncia de detalhes anatmicos sugerem a imagem de um homem
submisso ao que lhe mandam, sem iniciativa e at mesmo sem voz, j que exibe um cartaz com o anncio pronto. Ele executa o mesmo papel que um autmato. Essas consideraes excluem o comentrio contido em I e justificam o que se diz em II, III e IV. Resposta: C
Questo 102
Elementos do texto e das imagens da histria em quadrinhos acima permitem-nos identificar: A) a Europa atual, com os massacres tnicos cometidos em inmeros conflitos localizados, aps a dissoluo da Iugoslvia. B) o Brasil do incio do sculo XX, quando os imigrantes europeus eram tratados de forma violenta por fazendeiros brasileiros. C) a Europa do sculo XIX, em plena expanso da Revoluo Industrial, com a crescente utilizao de mquinas gerando desemprego. D) a Europa de meados do sculo XX, quando houve perseguio em larga escala de minorias, por parte do governo da Alemanha nazista. E) o Brasil do final do sculo XIX, quando se multiplicavam as fugas de escravos, s vsperas da Abolio.
Resoluo: A figura permite identificar claramente a perseguio a judeus na Europa dominada pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45). Entre os elementos que nos permitem chegar a tal concluso, temos: referncias ao gueto (local de concentrao da populao judaica em uma determinada cidade), sugesto de que a histria se passa na Polnia (um dos principais locais de perseguio a minorias, na poca) e a sustica estilizada, no ltimo quadrinho. Resposta D Questo 103 A reproduo abaixo um recorte da primeira pgina da Folha de S. Paulo (21 de abril de 2001).
GRAA A bailarina Ana Botafogo (centro) e estudantes do projeto Danando Para No Danar, que ensina bal a jovens carentes do Rio e inaugurou sede permanente ontem Pg. C8
Sobre a foto e sua respectiva legenda, s correto um dos comentrios a seguir: A) A palavra graa, no incio da legenda, tem sentido irnico, pois revela uma contradio: os que danam hoje no palco vo danar amanh na vida. B) O nome do projeto, Danando Para No Danar, de mau gosto e sem nenhuma graa, j que usa um verbo da lngua culta com significado do linguajar de gria. C) J que usaram gria, deveriam usar pra em vez de para a fim de no criar uma incoerncia gritante de linguagem. D) O nome do projeto bem arquitetado, explorando o duplo sentido da palavra danar: um da lngua culta escrita, outro da gria. E) O nome do projeto bem arquitetado, pois est redigido rigorosamente dentro dos padres da lngua culta escrita.
Resoluo: A palavra graa no incio da legenda tem sentido literal. A beleza da foto, dos gestos, das vestes, as demais palavras da legenda, tudo converge para um sentido s: dar notcia um carter eufrico e auspicioso. O nome do projeto bem elaborado: explora o sentido de danar na lngua culta escrita (bailar) e na gria contempornea (se dar mal, sofrer danos). Com base nessas explicaes: a alternativa A no se sustenta, pois alega ironia onde no h; a B tambm equivocada, pois joga com o pressuposto de que misturar variantes da lngua de mau gosto em qualquer situao; a C at faz uma proposta a ser considerada: trocar para por pra. Mas a opo por para no constitui uma incoerncia gritante de linguagem: pra e para so quase equivalentes;
a E falsa no argumento usado para justificar a boa qualidade do nome do projeto. Um texto redigido de acordo com a norma culta escrita no necessariamente bom; alm disso, um dos sentidos do verbo danar, no caso, no est de acordo com ela. Resposta D
Questo 104
Resoluo:
Resposta E
Questo 105
Resoluo:
Resposta D
Questo 106
Resoluo:
Resoluo:
Resposta C
Questo 108
Resoluo:
Resposta C
Questo 109
Resoluo:
Resposta C
Questo 110
Resoluo:
Resposta C
Questo 111 Petio ao prefeito Governador desta cidade, Excelentssimo Prefeito General Mendes de Morais, Oua o que digo, e tenho que h de Mover-se-lhe o sensvel peito Dado s coisas municipais! H no interior do quarteiro Formado pelas avenidas Antnio Carlos, Beira-Mar, Wilson e Calgeras, to Bem traadas e construdas, Um pntano que de amargar! No suponha que eu exagero, Excelncia: a verdade pura, Sem nenhum vu de fantasia, J o pintei uma vez: no quero Fabricar mais literatura
Sobre tamanha porcaria! Reporters, a quem nada escapa, Escreveram sueltos diversos Sobre esse foco de infeco. Fotgrafos bateram chapa... Coisas melhores que os meus versos De velho poeta solteiro! Fiz, por sanear-se esta marema*, Uma carta desesperada Ao seu ilustre antecessor. Uma carta em forma de poema: O homem saiu sem fazer nada... Pelo martrio do Senhor, Ponha o ptio, insigne Prefeito, Limpo como o olhar da inocncia, Limpo como feita a ressalva Da muita ateno e respeito Devidos a Vossa Excelncia Sua excelentssima calva! (Manuel Bandeira, Mafu do Malungo. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996, p. 407-8) * Marema: designao comum aos pntanos do litoral da Itlia. Assinale o comentrio que encontra sustentao no texto de Bandeira: A) O ttulo sugere uma forma de linguagem que perfeitamente compatvel com textos poticos. B) Ao redigir uma petio numa forma de linguagem prpria de poema, o enunciador est ridicularizando a poesia. C) Por meio de vrios tipos de irreverncia na linguagem, o poeta denuncia o estado de degradao da cidade e o descaso dos governantes. D) Ao utilizar formas de tratamento tpicas do gnero das relaes oficiais, o poeta quer enfatizar a gravidade do assunto e o respeito para com a autoridade. E) Todas as prescries tpicas da linguagem protocolar foram cumpridas pelo poeta, desde o tratamento ceri- monioso (Excelentssimo) at combinaes sintticas refinadas (Mover-se-lhe o sensvel peito). Resoluo: H no texto inmeras irreverncias, tanto na escolha quanto na combinao das palavras: expresses populares contrastam chocantemente com palavras ou expresses cerimoniosas e eruditas. o caso de Oua o que digo; que de amargar; Sobre tamanha porcaria; O homem saiu sem fazer nada...; Sua excelentssima calva! Alm desse tipo de irreverncia, chamam a ateno ironias disseminadas pelo texto. Ao falar, por exemplo, do sensvel peito / Dado s coisas municipais!, o poeta s pode estar ironizando o sinal de exclamao confirma essa verso. A referncia Ao seu ilustre antecessor tambm deve ser entendida pelo avesso, pois vem confirmada pela reclamao de que ele nada fez. Os versos Da muita ateno e respeito / Devidos a Vossa Excelncia vm desmentidos pelo ltimo, Sua excelentssima calva. H tambm expresses de desespero do poeta, as quais, junto com os vrios sinais de exclamao, do mostras do estado de degradao em que se encontra a cidade: Um pntano que de amargar!; Sobre tamanha porcaria!; Sobre esse foco de infeco.; Uma carta desesperada; Pelo martrio do Senhor. Resposta: C
Questo 112 Textos para a questo 1 1 2 . Texto I Dito isto, expirei s duas horas da tarde de uma sexta-feira do ms de agosto de 1869, na minha bela chcara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prsperos, era solteiro, possua cerca de trezen- tos contos e fui acompanhado ao cemitrio por onze amigos. Onze amigos! Verdade que no houve cartas nem anncios. Acresce que chovia peneirava uma chuvinha mida, triste e constante (...). (Machado de Assis, Memrias pstumas de Brs Cubas)
Texto II Raras so as vezes que, nas conversas de amigos meus, ou de pessoas das minhas relaes, no surja esta pergunta. Teria morrido o pirotcnico Zacarias? A esse respeito as opinies so divergentes. Uns acham que estou vivo o morto tinha apenas alguma semelhana comigo. Outros, mais supersticiosos, acreditam que a minha morte pertence ao rol dos fatos consumados e o indivduo a quem chamam Zacarias no passa de uma alma penada, envolvida por um pobre invlucro humano. Ainda h os que afirmam de maneira categrica o meu falecimento e no aceitam o cidado existente como sendo Zacarias, o artista pirotcnico, mas algum muito parecido com o finado. (Murilo Rubio, O pirotcnico Zacarias) Em uma anlise comparativa, pode-se afirmar que: I a morte do narrador pode ser constatada nos dois trechos. II a explorao da verossimilhana confere aos dois trechos um carter realista. III existem nos dois trechos elementos fantsticos. IV a morte do narrador colocada em dvida nos dois trechos. Est correto o que se afirma em: A) II e III. B) I e IV. C) I e III. D) II e IV. E) Todas
Resoluo: O realismo dos textos pode ser percebido, por exemplo, pelo rigor temporal do primeiro (expirei s duas horas da tarde de uma sexta-feira do ms de agosto de 1869), e pela exposio racional e equilibrada do segundo. O fantstico do texto de Machado se evidencia pela condio do narrador, que est morto; e, no texto de Murilo Rubio, mostra-se na possibilidade de ser o narrador uma alma penada, envolvida por um invlucro humano. Quanto constatao categrica da morte do narrador, se ela explcita no primeiro caso, no o no segundo. Resposta: A
Textos para as questes 113 e 114. TEXTO I Florindo, tambm supersticioso, no teve nimo de resistir; mas quando chegaram aos cajueiros ele agarrou-a, tirou-a de novo a si e, em voz clida, que tremia, concordando com o seu escrpulo, pediulhe: Oia, oc tem razo... mas... e depois da reza? Depois da reza oc vem? No, Florindo. A gente tem de se cas... Pois no mi? TEXTO II Vcio na fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mi Para pior pi Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vo fazendo telhados
Questo 113 Considere as afirmaes feitas sobre os textos e assinale a alternativa correta. I No texto I, a expresso culta do narrador claramente diferenciada do registro lingustico popular com que as personagens se expressam no dilogo.
II Entre o narrador do texto I e o enunciador do texto II, ambos cultos, h uma idntica maneira de ver e de avaliar as camadas populares. III No texto II, a expresso culta do enunciador se aproxima do registro popular das personagens pressupostas, na medida em que ele tambm subverte as regras gramaticais ao suprimir a pontuao. A) Todas so corretas. B) Todas so incorretas. C) II incorreta. D) I incorreta. E) III incorreta. Resoluo: De fato, o narrador do Texto I e o enunciador do Texto II so ambos cultos, mas no h identidade entre eles quanto maneira de ver e de avaliar as camadas populares: enquanto o primeiro as caracteriza de modo depreciativo, o segundo as valoriza pela excelncia com que cumprem suas funes. Resposta: C
Questo 114 Considere as afirmaes e assinale a alternativa correta. I No Texto II, a agresso norma culta feita pelo enunciador proposital, mas no se pode dizer o mesmo das personagens implcitas. II No Texto I, o narrador culto desvaloriza as personagens, no s por mimetizar suas falas incultas, em contraste com o seu domnio lingustico sofisticado, mas, tambm, por caracteriz-las como supersticiosas. III No Texto II, o enunciador valoriza as personagens ao considerar que elas so capazes de construir telha- dos corretamente, a despeito da incorreo gramatical de seu modo de falar (teiado). IV Cotejando os dois textos, nota-se que os modos de proceder da literatura culta em relao s formas populares so diversas. No caso, a diversidade devida, em boa parte, s caractersticas inerentes a dois momentos histrico-literrios: o Pr-Modernismo que, geralmente, enfatizou a inferioridade cultural das camadas populares, e o Modernismo que, ao contrrio, valorizou as manifestaes da cultura popular. A) Todas as afirmaes so corretas. B) So corretas todas as afirmaes, exceto a II. C) Todas as afirmaes so incorretas. D) So corretas todas as afirmaes, exceto a IV. E) So incorretas as afirmaes I e III. Resoluo: O Texto I, do pr-modernista Coelho Neto, v as manifestaes da cultura popular com superioridade. A distncia marcada no confronto da linguagem do narrador com a das personagens. Estas so apresentadas como inferiores, porque so marcadas pela ignorncia, explicitada no uso da variante lingustica popular e na superstio que lhes atribuda. A superioridade cultural do narrador implcita ao seu domnio da norma lingustica culta e , tambm implcita, descrena em supersties. O Texto II, do modernista Oswald de Andrade, busca aproximar a alta cultura da cultura popular ao transgredir, propositalmente, a norma culta da lngua (ausncia de pontuao). Alm disso, o enunciador assinala que o desconhecimento da norma no impede a eficcia na vida as personagens falam teiado e constroem telhados. A viso de mundo dos enunciadores diversa no que diz respeito s relaes entre alta cultura e cultura popular. O modernista se ope ao prmodernista. Este estabelece uma ntida linha de separao entre os dois universos culturais; aquele adota uma atitude de incluso, que pressupe compreenso e respeito pela diferena. Resposta: A
Questo 115 O texto a seguir reproduz um e-mail e parte da respectiva resposta, publicados na coluna de aconselhamento psicolgico Fale com ela, da psicanalista Betty Milan. De acordo com as regras adotadas pela coluna, a mensagem eletrnica no traz identificao do remetente. A primeira moa que eu conheci tinha 18 anos. Eu era um ano mais velho, e ns namorvamos muito bem. Eu era respeitoso, pois tenho probidade e sisudez, mas descobri que ela saa com outros rapazes. Todas as outras que eu namorei tinham defeitos que eu no tenho, fumavam, bebiam e se drogavam. Hoje, a maio- ria das mulheres quer ficar se alcoolizando, se drogando e at se prostituindo. Quando eu, que sou circunspecto, bizarro, sisudo, vou encontrar uma mulher correta, sem tantos defeitos e com alto grau intelectual? O seu e-mail me obrigou a consultar mais de uma vez o dicionrio. Primeiro, para saber por que voc se gaba de ser sisudo, adjetivo que, na lngua falada, tem uma conotao por vezes negativa. Consta, no pai dos burros, que sisudo quem tem siso, ou seja, bom senso, juzo. (...) Depois da primeira consulta, eu voltei ao dicionrio para saber o que significa bizarro. No primeiro sentido, significa gentil, nobre, generoso, porm no quinto significa esquisito, e eu me disse que voc talvez veja tantos defeitos nas mulheres e to poucas qualidades por ser esquisito. Aponte a alternativa incorreta a respeito do e-mail e do fragmento da resposta: A) No e-mail predomina a funo emotiva, j que o remetente usa a linguagem com o objetivo principal de criar uma imagem positiva de si. B) A colunista d mostras de ser uma pessoa inculta, que no conhece o sentido correto das palavras, interpretando-as de acordo com seu uso incorreto, tpico da lngua falada. C) No fragmento da resposta predomina a funo metalingustica. A colunista comenta as palavras selecionadas pelo remetente para desmascar-lo: ele uma pessoa que exibe seu conhecimento de maneira esnobe, sem ajustar seu discurso situao. D) O remetente do e-mail intencionalmente emprega um registro excessivamente formal da linguagem para, por meio desse recurso, dar credibilidade imagem que pretende criar de si. E) Em sua resposta a colunista compara o sentido de certas palavras na linguagem falada e na linguagem for- mal, mostrando que as palavras podem gerar interpretaes distintas conforme o contexto em que so empregadas. Resoluo: Ao contrrio do que afirma a alternativa B, a colunista, em sua resposta, desmascara o remetente, revelando que, ao desconsiderar a linguagem falada e cotidiana, ele apenas assume uma postura esquisita, esnobe e elitista, embora se considere nobre e generoso. Em nenhum momento, portanto, a resposta d margem a que se considere a linguagem falada inferior formal; ao contrrio, os sentidos assumidos pelas palavras nos dois registros so considerados e confrontados, sem que se manifeste qualquer juzo de valor a esse respeito. Resposta: B
Questo 116 Pensem nas crianas Mudas telepticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas clidas Mas oh no se esqueam Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima A rosa hereditria A rosa radioativa Estpida e invlida A rosa com cirrose A anti-rosa atmica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada. (Vincius de Moraes, A rosa de Hiroxima) A partir da leitura do poema, pode-se inferir que, nele: A) a poesia parte de um dado concreto, imitando fielmente as circunstncias do mundo real. B) a poesia cria seu prprio universo, desligando-se por completo da realidade circundante. C) a poesia funda uma nova realidade, permitindo a fuga da violncia do mundo contemporneo. D) a poesia tem o poder de resgatar a beleza das coisas mais tristes e trgicas da realidade. E) a poesia instaura uma realidade transfigurada pelo lirismo, perceptvel em vises inusitadas e surpreendentes. Resoluo: As relaes entre a poesia e a realidade so sempre complexas, e qualquer teorizao sobre o assunto corre o risco da contraprova. Mas, das alternativas apresentadas, aquela que poderia servir de base para uma teoria da poesia que se inferisse do poema a E. De fato, a viso lrica e subjetiva do poeta transfigura a realidade relacionada bomba atmica com associaes surpreendentes, sem diminuir-lhe o horror e o absurdo. Resposta E
Questo 117 Os problemas sociais das grandes metrpoles esto atingindo dimenses inimaginveis. Analise as informaes contidas nos textos: Texto I O menor abandonado De acordo com dados colhidos pela CPI do Menor Abandonado, existiam no Brasil pelo menos 2 milhes de crianas e jovens abandonados, perambulando pelas ruas, no final da dcada de 1980. A Comisso concluiu que a nica forma de combater o problema seria a criao de um programa que garantisse a profissionalizao desses jovens e sua integrao ao mercado de trabalho. Desde ento, pouco foi feito nesse sentido e sabe-se que o problema cresceu em nmeros absolutos, contribuindo para que vejamos nas ruas quantidade crescente de menores infratores, jovens prostitutas, traficantes de drogas e muitos outros tipos de delinquentes juvenis. Texto II A mendicncia Rara a cidade brasileira na qual o cidado no encontra pedintes. H de tudo: pessoas em cadeiras de rodas, idosos, bbados, mulheres com bebs, crianas Em algumas cidades, surgem pedintes artistas, em geral malabaristas. Para muitos a questo simples: o ato de dar esmola que agrava o problema social. Algumas prefeituras acreditam que s existiro mendigos enquanto houver cidados dispostos a dar esmolas e, baseadas nessa premissa, fazem campanhas contra o ato. Em Joinville promove-se a campanha Programa Porto Seguro; em Jacare, a campanha Pare, Pense Esmola a Soluo?; e em Americana, a campanha Educadoras de Rua. Sobre os textos, correto afirmar-se que:
A) ambos tratam de problemas de naturezas completamente opostas, j que no h relao entre os menores abandonados e a proliferao da mendicncia nas cidades. B) somente o texto I apresenta uma soluo para o problema apresentado, pois indica que a escolarizao pode retirar o menor abandonado das ruas, o que vem reduzindo a dimenso dessa questo social. C) somente o texto II apresenta uma soluo para o problema apresentado, pois indica exemplos concretos de campanhas de conscientizao popular que acabaram com a mendicncia eliminando as esmolas. D) ambos tratam de problemas correlatos, j que muitos dos menores abandonados, excludos sociais, acabam recorrendo mendicncia como forma de sobrevivncia. E) ambos se relacionam, j que a soluo do problema descrito no texto I, o crescimento do nmero de menores abandonados, est indicada no texto II: a eliminao da esmola e o fim da mendicncia. Resoluo: Ao confrontar as interpretaes das duas situaes sociais que vemos no nosso cotidiano urbano, produto de nossa histria e realidade geogrfica, notamos pontos de vista diversos entre os textos que tratam de problemas inter-relacionados: no primeiro, o problema do menor abandonado quantificado, afirma-se que ele contribui para a ampliao do nmero de menores infratores e aponta-se uma soluo para o problema por meio da escolarizao; no segundo, o problema da mendicncia descrito e uma soluo discutvel, ainda que calcada em exemplos concretos, apontada. H uma relao direta entre os textos, j que parte da populao que pratica mendicncia formada por menores abandonados. Resposta D
Questo 118
(Coleo Roberto Marinho. Seis dcadas da arte moderna brasileira. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian, 1989. p. 53.)
Alberto da Veiga Guignard (1896-1962) considerado um dos maiores artistas plsticos brasileiros modernos. Sua identificao com a cidade retratada na gravura acima tal que, em 1987, foi ali inaugurado o museu Casa Guignard, onde esto algumas de suas obras mais importantes. A cidade retratada est tematizada nos versos:
Resoluo: A gravura de Guignard associa-se aos versos de Murilo Mendes na referncia paisagem de Ouro Preto, cidade que o pintor fluminense escolheu para morar. Os versos So Francisco de Assis! igreja ilustre, acolhe, / tua sombra irm, meus membros lassos (do poema Motivos de Ouro Preto, in Contemplao de Ouro Preto, 1954), de Murilo Mendes, parecem homenagear Guignard, que foi enterrado na Igreja de So Francisco de Assis, um dos principais monumentos do Barroco mineiro. Nesta singela frase Ouro Preto a sua cidade, amor, inspirao. , do prprio pintor, ele faz uma declarao de amor histrica cidade mineira. Para Rodrigo Naves, crtico e historiador de arte, Alberto da Veiga Guignard, na potica de suas paisagens, colocou (...) tudo em suspenso um mundo de nvoas, sem solo ou pontos de apoio firmes, o Brasil no ar. Em Contemplao de Ouro Preto, Murilo Mendes reporta-se s velhas cidades mineiras e sua atmosfera. No poema Motivos de Ouro Preto (de onde se extraram os versos transcritos na alternativa B), o eu lrico fala das ladeiras e dos crucifixos esqulidos, das finas portadas de pedras, dos anjos torcidos, alm da abissal observao que mostra os passantes conduzindo nos ombros o passado. Resposta: B
Questo 119 A partir da leitura atenta dos dois textos, assinale a alternativa incorreta: A) O Texto 2 retoma o Texto 1 para reiterar as suas ideias fundamentais. B) Pode-se perceber, no Texto 2, uma leitura crtica do Texto 1. C) O Texto 2 estabelece uma relao de intertextualidade com o Texto 1. D) No Texto 1, predomina uma viso otimista e idlica da natureza brasileira. E) No Texto 2, prevalece uma viso pessimista e desencantada da realidade nacional. Resoluo: A letra da msica de Chico Buarque e Tom Jobim no reitera as proposies bsicas do poema de Gonalves Dias. A relao intertextual que se estabelece aqui possui uma evidente dimenso crtica: imagem idlica e idealizada do Brasil que se pode perceber no poema, a letra da cano ope uma postura crtica, na qual os componentes buclicos da natureza brasileira (sombra, palmeira, flor, amor) so relativizados (Que j no h, Que j no d, Algum amor / Talvez possa espantar). Resposta: A
Questo 120 Sobre a relao entre cada texto e sua respectiva poca de composio, assinale a alternativa correta: A) Tanto o Texto 1 quanto o Texto 2 possuem uma evidente vinculao com o crescente interesse que a ecologia passou a ter para o pas, desde o sculo XIX. B) O Texto 1 traz a marca da arte brasileira do Segundo Reinado: exclusivamente lrica, afastase de qualquer conotao poltica; j o Texto 2 reflete a politizao decorrente da luta contra a ditadura militar, no com- portando nenhuma leitura de carter lrico. C) Tanto o Texto 1 quanto o Texto 2 funcionam como manifestaes de rejeio a projetos polticos oficiais; assim, buscam criar uma imagem nacional desvinculada dos poderes institudos, colocando em destaque valores populares. D) O esforo para se construir uma imagem positiva do Brasil, no Texto 1, pode ser entendido
como parte do esforo do poder republicano em superar a imagem do Imprio brasileiro; o mesmo esforo, no Texto 2, enquadra-se na luta pelas eleies diretas e livres para a Presidncia da Repblica, ocorridas durante os anos 1960. E) A idealizao da natureza, presente no Texto 1, pode ser vista como parte do projeto de construo de uma imagem ufanista do pas recm-independente; a imagem mais sombria que essa mesma natureza apresenta no Texto 2 uma reao ao momento tenso que o pas vivia durante a ditadura militar iniciada em 1964. Resoluo: O poema de Gonalves Dias um dos mais caractersticos da esttica romntica, por seu carter idealizador, o que servia bem ao projeto nacionalista que se pretendia instituir depois da Independncia de 1822. J a cano de Chico Buarque e Tom Jobim um desabafo melanclico contra a falta de perspectivas diante da qual se colocava a sociedade brasileira aps o golpe civil-militar de 1964. Resposta: E
Questo 121 A situao da violncia urbana vem se tornando cada vez mais preocupante para a sociedade brasileira. Entre as vrias questes que o tema suscita, est a da reduo na idade mnima para o julgamento de crimes, ou seja, a maioridade penal. Sobre o assunto, leia os textos a seguir. Texto I Sero menores todos os menores? Complicado, entre ns, que essas diferenas de idade, na legislao, resultam enormes. Maior, criminoso, vai s penitencirias. Menor, autor de ato infracional (art. 103 do ECA), cumpre 12 diferentes medidas socioeducativas (arts 101 e 112), inclusive internao em estabelecimento educacional (art. 112, VI) eufemismo que corresponde a privao de liberdade. O problema que, no mximo, quando fizerem 21 anos (art.121, par. 5), estaro todos livres, com folhas corridas limpas (arts. 143 e 144). So regras muito distintas para realidades no to distintas assim. Quem mata algum com 18 anos e 1 ms pode receber pena de 30 anos. Mas, se estuprar ou for executor de grupos de extermnio e tiver 17 anos e 11 meses, estar livre trs depois (art. 121, par. 3). Simplesmente no parece justo. Sem contar que esse cenrio vai se banalizando, resultando a cada dia mais numerosos os casos de menores envolvidos em crimes brbaros. Fonte: Jos Paulo Cavalcanti Filho. Folha de S.Paulo, 06 de abril de 2007. Texto II OAB afirma que pena de morte no desestimula o bandido A Ordem dos Advogados do Brasil se posicionou contra a pena de morte ontem, dia em que pesquisa Datafolha revelou que o apoio a essa punio atingiu nvel recorde no pas. No a dureza da pena que desestimula o bandido, a sensao de impunidade que o estimula, afirmou o presidente da entidade, Cezar Britto, por meio de nota. O Datafolha mostrou que 55% dos brasileiros so a favor da pena de morte, o maior nmero desde que esse tipo de pesquisa comeou a ser feita, em 1991. A nica vez em que a punio atingiu esse patamar de apoio foi em 1993, h 14 anos. Britto afirmou que a instituio da pena de morte no ajudaria no combate criminalidade. A sada para o problema da violncia no Brasil no est relacionada reduo da maioridade penal e nem diretamente ao endurecimento das penas, como a aplicao da pena de morte. O presidente da OAB nacional criticou eventuais mudanas na legislao como meio de diminuir a insegurana e afirmou que essa uma posio cmoda. Fonte: Sucursal de Braslia. Folha de S.Paulo, 09 de abril de 2007. Sobre os textos, correto afirmar-se que: A) ambos se posicionam claramente contra a adoo da maioridade penal.
B) somente o texto I se posiciona claramente contra a adoo da maioridade penal. C) somente o texto II se posiciona claramente contra a adoo da maioridade penal. D) ambos se posicionam claramente a favor a adoo da maioridade penal. E) somente o texto II se posiciona claramente a favor da adoo da maioridade penal. Resoluo: Confrontadas as interpretaes diversas sobre a questo da violncia urbana no Brasil, expressas nos textos I e II, possvel identificar o texto I como favorvel adoo da maioridade penal e o texto II como contrrio a ela. Resposta: C
Questo 122 As estrofes a seguir encerram o poema A fuga, de Jos Paulo Paes, acontecimentos ligados vinda da Famlia Real para o Brasil em 1808: (...) E mais: doutores, legistas E mestres de muito ofcio. E o ureo clarim da imprensa, Cujo som, de forte e grave No h mordaa que trave. A estrela da liberdade Ao cabo tendes na mo. Lembrai-vos, pois, deste rei Gordo, pvido, risonho, Que fugiu de Napoleo. (Histrias do Brasil na poesia de Jos Paulo Paes. So Paulo: Global, 2006. p. 29.)
que trata de
Assinale a alternativa que contenha uma interpretao adequada dos objetivos dessas estrofes: A) O enunciador pretende satirizar Napoleo e elogiar as pessoas que acompanharam a Corte de D. Pedro ao Brasil, como doutores, legistas / E mestres de muito ofcio, alm da imprensa que No h mordaa que trave. B) O enunciador acaba por reconhecer a importncia de D. Joo VI, embora o apresente, de modo muito bem-humorado, como um rei / Gordo, impvido, risonho, / Que fugiu de Napoleo. C) O enunciador celebra A estrela da liberdade. Trata-se de uma referncia independncia do Brasil, que s pde ocorrer devido habilidade poltica de D. Pedro I, que era filho de D. Joo VI. D) O ttulo do poema Fuga j remete tradio brasileira de fugir de seus problemas sociais, apesar de a imprensa, com seu som forte e grave, denunci-los por meio de ureo clarim. E) O enunciador compartilha a viso estereotipada que se tem do prncipe-regente D. Joo VI, Que fugiu de Napoleo e, dessa maneira, atrasou em muitos anos o processo de independncia do Brasil.
Resoluo: O poema termina por dizer que, ao final do Perodo Joanino, ns conseguimos nossa independncia, que est figurativizada na estrela da liberdade. Portanto o rei / Gordo, impvido, risonho, / Que fugiu de Napoleo referncia a D. Joo VI precisa ser lembrado, uma vez que ele, de alguma forma, acabou contribuindo para a independncia do pas. Resposta: B
Questo 123 No fragmento abaixo, esto reproduzidos o captulo 139 e parte do captulo 140 do romance Memrias pstumas de Brs Cubas, de Machado de Assis, publicado em 1881. Leia-os e assinale a alternativa incorreta sobre eles e a obra a que pertencem. Captulo 139 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . De como . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . no fui ministro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . dEstado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Captulo 140 Que explica o anterior H coisas que melhor se dizem calando; tal a matria do captulo anterior. Podem entend-lo os ambiciosos malogrados. Se a paixo do poder a mais forte de todas, como alguns inculcam, imaginem o desespero, a dor, o abatimento do dia em que perdi a cadeira da cmara dos deputados. Iam-se-me as esperanas todas; terminava a carreira poltica. (...) A) Percebe-se no fragmento uma das marcas registradas do estilo narrativo de Machado: a ironia, combinada ao humor corrosivo. B) O trecho uma demonstrao do tradicionalismo da obra de Machado de Assis, que apresentaria algum grau de inovao apenas a partir de Dom Casmurro, de 1899. C) Um dos traos mais recorrentes da fico machadiana, a metalinguagem, est presente no trecho transcrito. D) O texto aborda um dos temas mais explorados por Machado em sua obra: a stira da ambio humana. E) O captulo composto por linhas pontilhadas uma das novidades formais deste romance de Machado de Assis. Resoluo: O uso de linhas pontilhadas sugere uma crtica ao estilo caudaloso dos romnticos e, associado neste caso ironia, constitui um dos exemplos da ousadia estilstica que Machado de Assis imprimiu s Memrias pstumas de Brs Cubas. Resposta: B
Texto para as questes de 1 2 4 a 126 Com pequenas alteraes, o texto a seguir tem circulado pela Internet. Leia-o para responder ao que se pede: Assaltante Baiano , meu rei... (pausa) Isso um assalto... (longa pausa) Levanta os braos, mas no se avexe no... (outra pausa) Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansa- do... Vai passando a grana, bem devagarinho... (pausa para pausa) Num repara se o berro est sem bala, mas pra no ficar muito pesado. No esquenta, meu irmozinho. (pausa) Vou deixar teus documentos na encruzilhada. Assaltante Mineiro , s, presteno: Iss um assarto, uai.
Levantus brao e fica ketim qui mi proc. Esse trem na minha mo t cheim de bala... Mi pass logo os trocados que eu num t bo hoje. Vai andando, uai! T esperando o qu, s?! Assaltante Carioca A, perdeu, mermo. Seguiiiinnte, bicho: tu te fu. Isso um assalto. Passa a grana e levanta os braos, rap. No fica de ca que eu te passo o cerol.... Vai andando e, se olhar pra trs, vira presunto. Assaltante Paulista P, meu... Isso um assalto, meu. Alevanta os braos, meu. Passa a grana logo, meu. Mais rpido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso no Pacaembu, meu. P, se manda, meu. Assaltante Gacho , guri, fica atento. Bah, isso um assalto. Levanta os braos e te aquieta, tch! No tentes nada e cuidado que esse faco corta uma barbaridade, tch. Passa as pilas pr c! E te manda a la cria, seno o quarenta e quatro fala. Assaltante de Braslia Querido povo brasileiro, estou aqui no horrio nobre da TV para dizer que, no final do ms, aumentaremos as seguintes tarifas: Energia, gua, Gs, Passagem de nibus, Imposto de renda, Licenciamento de veculos, Seguro obrigatrio, Gasolina, lcool, IPTU, IPVA, IPI, ICMS, PIS, Cofins
Questo 124 A linguagem que cada um dos cinco primeiros assaltantes empregou revela: A) que as diferenas entre os registros lingusticos tpicos de cada regio do pas se resumem questo do sota- que. B) que a seleo lexical uma pista relevante para reconhecer as caractersticas de cada variante regional que h no Brasil. C) que somente o assaltante paulista no se vale de um vocativo para referir-se sua vtima. D) que, na Bahia, respeita-se mais o padro culto da lngua, uma vez que o assaltante baiano no comete erros de ortografia. E) que Minas Gerais o estado brasileiro em que h menos preocupao das pessoas em valorizar a norma culta do idioma. Resoluo: Nas falas dos cinco primeiros assaltantes, h uma bem-humorada imitao de variantes regionais do Portugus brasileiro, inclusive no que diz respeito ao sotaque, o que explica a grafia digamos estranha de certos termos. A seleo lexical (por exemplo: meu rei, na Bahia; s, em Minas; mermo, no Rio; meu, em So Paulo; guri, no Rio Grande do Sul) outra pista para reconhecer as diferenas de linguagem entre as regies do pas. Resposta: B
Questo 125 A fala do assaltante de Braslia: A) comprova que todo poltico s se preocupa, depois de eleito, com aumento de impostos. B) sugere, ao fazer referncia ao Licenciamento de veculos, que o preo dos automveis cresce cada vez mais. C) no procura imitar, como o restante do texto, a linguagem tpica daqueles que moram na capital federal. D) coloca o povo brasileiro na posio de vtima do assalto praticado pelas instituies financeiras privadas. E) quebra a progresso do texto, o que produz um efeito de estranhamento, pois no se sabe que tipo de crime esse assaltante est cometendo. Resoluo: O assaltante de Braslia no se vale dos regionalismos, do sotaque e das demais particularidades de linguagem que caracterizaram as falas dos outros assaltantes. Sua linguagem sbria e culta , sim, uma pardia do discurso das classes dirigentes, que no hesitam em aumentar impostos e tarifas pblicas. Resposta: C
Questo 126 Considerando o texto como um todo, analise as seguintes proposies: I. O texto produz um efeito de humor, na medida em que coloca os dirigentes do pas, representados pelo assaltante de Braslia, no mesmo nvel dos pequenos ladres do resto do Brasil. II. Os aumentos anunciados pelo assaltante de Braslia vo alm da questo dos impostos. III. Da mesma forma que nas cinco primeiras situaes existe uma vtima que est sendo roubada, o povo brasileiro, na ltima fala, tambm considerado vtima de um roubo, que nasce do desejo da classe poltica de arrecadar cada vez mais dinheiro. Est correto o que se afirma: A) apenas em I. B) apenas em II. C) apenas em I e II. D) apenas em I e III. E) em I, II e III. Resoluo: As cinco primeiras falas apresentam basicamente a mesma estrutura narrativa: um ladro, armado, aborda uma pessoa, anuncia um assalto e lhe faz ameaas. Assim, h dois papis bem demarcados: o do assaltante e o da vtima. Na ltima fala, por analogia, um poltico apresentado como assaltante, e o povo brasileiro, como vtima. isso que garante ao texto o efeito de humor. Portanto as proposies I e III esto corretas. A afirmao II tambm est correta, pois o desejo da classe poltica de arrecadar cada vez mais dinheiro no se restringe questo dos impostos. Tambm h, na fala do assaltante de Braslia, o anncio do aumento de tarifas pblicas, como Energia, gua, Esgoto, Gs, Passagem de nibus. Resposta: E
Questo 127 Texto I Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. (Carlos Drummond de Andrade, Poema de sete faces, 1930) Texto 2 Quando nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim J de sada minha estrada entortou Mas vou at o fim! (Chico Buarque, At o fim, 1978) Aps a leitura atenta dos fragmentos, indique a alternativa que apresente a denominao mais adequada para a relao que o Texto 2 estabelece com o Texto 1. A) Dilogo. B) Parfrase. C) Epgrafe. D) Plgio. E) Pardia. Resoluo: A letra da msica de Chico Buarque faz uma evidente pardia do conhecido poema de Carlos Drummond de Andrade. O anjo torto de Drummond se transforma em anjo safado e em querubim (diabrete que, como tal, vive na sombra) em Chico, retornando ainda na estrada que entortou. O gauche (expresso francesa que, no contexto, significa inbil, desastrado, desajeitado) que o sujeito lrico do poema acabaria por se tornar, reaparece na letra da msica na predestinao de ser errado. Resposta: E
Questo 128 por isso que, no Suplemento Suma Teolgica (80, 4), l-se esta afirmao, aparentemente revolucionria hoje: depois do Juzo Final, quando os corpos dos mortos ressurgirem para que a nossa carne tambm participe da glria celeste (quando, agora segundo Agostinho, reviverem na plenitude de uma beleza e complexidade adulta no s os nascidos mortos como tambm, em forma humana- mente perfeita, os enganos da natureza, os mutilados, os concebidos sem braos ou sem olhos), dessa ressurreio da carne no participaro os embries. Neles ainda no havia sido infundida a alma racional e, portanto, no so seres humanos. (ECO, Umberto. Mais Darwin, menos Santo Toms, in O Estado de S. Paulo, 3/4/2005.) O texto acima: A) apresenta-se desvinculado de qualquer debate contemporneo, por citar autores medievais e argumentos teolgicos. B) ironiza a teologia crist, ao apresentar e enfatizar suas contradies. C) utiliza argumentos cientficos para afirmar a inexistncia de vida em embries humanos. D) reproduz os argumentos utilizados pela Igreja para se opor a pesquisas cientficas com embries humanos. E) apresenta argumentos retirados da teologia crist para justificar a tese de que no h vida nos embries. Resoluo: O texto de Umberto Eco utiliza argumentos extrados da teologia crist (cita a Suma Teolgica de So Toms de Aquino e faz meno a Santo Agostinho) que sugerem a inexistncia de vida em embries humanos. Tais argumentos contrariam a oposio da Igreja catlica a pesquisas com clulas-tronco embrionrias humanas. Resposta E
Questo 129 O espetculo do universo no podia fazer gregos e romanos sentirem as mesmas emoes que ele provoca em nossa alma. Em lugar do sol poente, cujos longos raios ora iluminam uma floresta, ora tombam, numa tangente dourada, sobre o arco convexo dos mares; em lugar destes fenmenos luminosos, que nos relembram, a cada manh, o milagre da criao, os antigos s viam, por toda parte, um cenrio teatral montono. O fragmento acima foi extrado do texto O Gnio do Cristianismo, publicado em 1802 pelo francs Franois-Ren de Chateaubriand (1768-1848). Aps uma leitura atenta, assinale a alternativa que indique corretamente a sua filiao estilstica. A) O elogio da arte clssica, o desprezo pela natureza e a tendncia objetividade filiam o texto escola realista do sculo XIX. B) A religiosidade, a oposio aos clssicos e a referncia natureza permitem associar o texto ao Romantismo. C) O tom lrico e sentimental, a revolta contra os clssicos e, sobretudo, a temtica rural indicam tratar-se de texto da escola naturalista. D) O elogio ao clssico, o sentimentalismo exacerbado e a stira da natureza inserem o texto no Parnasianismo. E) A oposio aos clssicos, a religiosidade e as referncias ao cotidiano revelam a filiao modernista do fragmento. Resoluo: Chateaubriand foi, de fato, um dos tericos do Romantismo francs alm de autor de dois importantes romances do movimento, Atala (1801) e Ren (1802). No fragmento escolhido, revela-se a filiao romntica no relativo desprezo pelos clssicos (os antigos s viam, por toda parte, um cenrio teatral montono), no sensorialismo das imagens (longos raios, tangente dourada), na presena da natureza (sol poente, floresta) e na religiosidade (milagre da criao). Resposta: B
A) Pode-se dizer que a Figura 1 apresenta uma imagem deformada do modelo real, enquanto a Figura 2 mais fiel realidade. B) Nenhuma das duas figuras pode ser considerada bela, na medida em que ambas apresentam distores do real. C) Apenas a Figura 1 bela, j que a beleza artstica deve ser sempre associada delicadeza. D) Os dois retratos foram pintados de acordo com convenes artsticas especficas e correspondem a distintas noes do belo. E) Apenas a Figura 2 bela, j que a beleza artstica deve ser sempre associada originalidade. Resoluo: Os dois retratos correspondem a diferentes convenes artsticas, renascentistas no primeiro e cubistas no segundo. Desse modo, ambos instituem as suas prprias conceituaes do belo. Dizer que um dos quadros belo e o outro no, uma opinio vlida, mas que no leva em conta a diversidade de representaes inerente histria das manifestaes artsticas. Resposta: D
Questo 131 Texto e imagem para a questo: Leia a notcia publicada na Folha de S.Paulo em 15/11/1995 (p. 1-11)
(IQUE, 100 vezes Ique no Estado. So Paulo: O Estado de S. Paulo, 1997, p. 47.)
Considere as afirmaes a respeito do sentido da charge: I. O ministro Pel esforou-se para fazer uma jogada digna de um craque da poltica, marcando um gol de bicicleta ao driblar o Congresso. II. O ministro demonstrou pouca habilidade para relacionar-se com o Congresso, ferindo suscetibilidades. III. Ao defender a eleio de negros para o Congresso, o ministro estaria pretendendo estender a hegemonia que os negros exercem nos campos de futebol para o cenrio legislativo. IV. A declarao do ministro a respeito dos polticos trouxe-lhe tenso, pois foi interpretada como uma agresso, uma jogada perigosa. Tendo em vista o contexto, podem ser apontadas como coerentes apenas as afirmaes: A) I e II. D) II e IV. B) I e III. E) III e IV. C) II e III. Resoluo: Como a prpria manchete da reportagem a respeito do episdio destaca, a declarao de Pel foi considerada um ataque aos polticos. Sendo seu interesse principal encorajar a eleio de mais negros, e no atacar as instituies, pode-se dizer que houve inabilidade, uma espcie de pontap no Congresso. A fisionomia do ministro na charge procura justamente representar a tenso que essa jogada desastrada lhe causou. Resposta: D
Questo 132 Compare os textos a seguir: Texto 1 Como morreu quem nunca amar Se fez pela coisa que mais amou E quanto dela receou Sofreu, morrendo de pesar, Ai, minha senhora, assim morro eu. (Paio Soares de Taveirs, sc. XII) Texto 2 Amor fogo que arde sem se ver; ferida que di e no se sente; um contentamento descontente; dor que desatina sem doer. (Luis de Cames, sc. XVI) Texto 3 Moreninha, Moreninha, Tu s do campo a rainha, Tu s senhora de mim; Tu matas todos damores, Faceira, vendendo as flores Que colhes no teu jardim. (Casimiro de Abreu, sc. XIX)
Texto 4 O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certido de idade, minha genealogia, meu endereo. O amor comeu meus cartes de visita. O amor veio e comeu todos os papis onde eu escrevera meu nome. (Joo Cabral de Melo Neto, sc. XX) Assinale a alternativa incorreta sobre os textos acima. A) A temtica dos textos exclusiva do movimento romntico. B) A identificao da temtica de um texto nem sempre define sua filiao esttica. C) Algumas temticas esto presentes em diferentes pocas artsticas. D) O sofrimento afirmado no Texto 1 relativizado no Texto 2. E) A idealizao positiva que caracteriza o Texto 3 no est presente no Texto 4. Resoluo: A temtica amorosa atravessa toda a histria literria, embora cada poca tenha apresentado do tema sua prpria concepo, submetendo-o a tratamentos formais e conceituais especficos. Observao: o Texto 1 foi retirado de uma Cantiga damor de refran de Paio Soares de Taveirs, atualizada por Natlia Correia; o Texto 2 a primeira estrofe de conhecido soneto camoniano; o Texto 3 foi extrado de Moreninha, da obra Primaveras, de Casimiro de Abreu; o Texto 4 a primeira fala da personagem Joaquim de Os trs mal ama- dos, poema em prosa de Joo Cabral de Melo Neto. Resposta: A
Questo 133 Leia o texto a seguir, extrado do captulo inicial do romance Memrias de um sargento de milcias, de Manuel Antnio de Almeida, para responder questo: Mas voltemos esquina. Quem passasse por a em qualquer dia til dessa abenoada poca veria sentado em assentos baixos, ento usados, de couro, e que se denominavam cadeiras de campanha, um grupo mais ou menos numeroso dessa nobre gente conversando pacificamente em tudo sobre que era lcito conversar: na vida dos fidalgos, nas notcias do Reino e nas astcias policiais do Vidigal. Entre os termos que formavam essa equao meirinhal pregada na esquina havia uma quantidade constante, era o Leonardo-Pataca. Chamavam assim a uma rotunda e gordssima personagem de cabelos brancos e caro avermelhado, que era o decano da corporao, o mais antigo dos meirinhos que viviam nesse tempo. (So Paulo, Martin Claret, 2004, p. 12.) Percebe-se nessa passagem, que descreve a posio de Leonardo no canto dos meirinhos, uma pardia da linguagem tpica da Matemtica. Assinale a alternativa que contenha uma expresso que no possa ser considerada pardica: A) grupo mais ou menos numeroso D) uma quantidade constante B) termos E) decano C) equao meirinhal Resoluo: A palavra decano, embora seja derivada do numeral cardinal dez, est sendo utilizada apenas para designar o membro mais antigo de um grupo, o que no remete, necessariamente, linguagem matemtica. Resposta: E Para responder as questes 134 e 1 35, leia o texto a seguir, transcrito do jornal paulistano Notcias Populares. Os nomes das pessoas, por discrio, foram abreviados.
GR-FINA PEGA 24 ANOS DE CADEIA TRIBUNAL DE JRI NO PERDOA MULHER QUE MANDOU MATAR O MARIDO INDUSTRIAL NO CAMBUCI M. C. foi condenada a 24 anos de cadeia, pelo 1 Tribunal do Jri. Ela foi considerada culpa- da de mandar matar o marido, A. H. C., um conhecido industrial paulista, no dia 25 de agosto de 87(). Os advogados de defesa esto tentando reduzir a pena da mulher. Ela j cumpriu dois anos e meio de xadrez. () M. C. contratou A. A. P., o Alemo, seu amante, e A. G. Eles foram pra casa (), no Cambuci. Renderam M. e os filhos A. e W. E ficaram esperando o empresrio, que foi espancado e morto. Eles levaram uns objetos, para parecer roubo. Mas pisaram na bola. No final do roubo, eles se despediram da gr-fina na base do abrao. S que um dos filhos, W., estava de olho na cena. Quando a polcia chegou para investigar o crime, ele entregou a me.
Questo 134 Sobre esse texto, podemos afirmar que: I est redigido estritamente de acordo com as normas da lngua culta escrita, como prprio da linguagem jornalstica. II faz uso de certas palavras ou expresses tpicas do meio rural brasileiro. III o redator escolhe certas formas de expresso tpicas da linguagem oral usada pelas camadas populares do meio urbano brasileiro. (so) correta(s): A) apenas I. B) apenas II. C) apenas III. D) apenas I e II. E) apenas II e III Resoluo: H no trecho certas palavras ou expresses que no so usuais na lngua culta escrita do Brasil. H certas formas tpicas da linguagem oral do meio urbano, e no do rural, como o caso de: dois anos e meio de xadrez; eles foram pra casa; na base do abrao; ele entregou a me. Essas consideraes invalidam o que se afirma nos enunciados I e II e confirmam o que se diz no III. Resposta C
Questo 135 Ainda sobre o mesmo texto, considere os seguintes enunciados: I Alm da informao dada, o texto contm marcas evidentes de irreverncia por parte do redator diante do episdio relatado. II Est redigido em linguagem formal e com a imparcialidade tpica do texto de carter jornalstico.
III A escolha de certas palavras ou expresses como gr-fina, xadrez, pisaram na bola, na base do abrao um recurso de linguagem usado para atrair a simpatia do pblico leitor de um jornal popular. (so) correto(s): A) apenas I. B) apenas II. C) apenas III. D) apenas I e II. E) apenas I e III. Resoluo: As palavras e expresses transcritas no item III so indicadoras inequvocas da inteno de tratar a notcia de forma irreverente, como um recurso para desmoralizar os atores da tragdia e conquistar a simpatia do pblico leitor de um jornal destinado s camadas populares. Esse comentrio justifica o que se afirma nos enunciados I e III e nega completamente a suposta neutralidade postulada no enunciado II. Resposta E
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Resposta C
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Resposta B
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Resposta C
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O grfico a seguir retrata o consumo mdio anual de cigarros pelos adultos brasileiros nos anos de 1980 a 2005. Essa informao dada pelo quociente do nmero de cigarros consumidos num ano pelo nmero de adultos nesse ano. O termo consumo ilegal ou informal refere-se ao consumo de cigarros contrabandeados ou comercializados de forma ilegal. O termo consumo total refere-se soma do consumo legal com o consumo ilegal ou informal. Responda s questes 148 e 149 com base no grfico.
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Resposta A
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