2 - A Ascensão Do Capital (OK)
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A ascensão do capital
Manaus – AM
2016
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INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
O recorte do período que vai do século XIII até o século XV é feito para que se
possa analisar os principais acontecimentos para que o capital ascendesse, e também
que tipos de processos foram responsáveis por criar os primeiros aspectos do
capitalismo, entre esses processos temos o que o é chamado de expansão material e
logo após se dá a expansão financeira, da qual os responsáveis pela primeira expansão
também são os mesmo da segunda.
“Foi nesse contexto que o capitalismo nasceu como um sistema social histórico.
A intensificação da concorrência intercapitalista e a crescente interpenetração
dessa concorrência e da luta pelo poder, dentro das cidades-Estados e entre
elas, não enfraqueceram, mas, ao contrário, fortaleceram o controle desses
estados por parte de interesses capitalistas.” (ARRIGHI, 1996, p.94)
Mesmo com a guerra entre Gênova e Veneza, isto não enfraqueceu ambas, até
pelo fato de Gênova ser derrotada e mesmo assim ter se tornado a responsável pelo
primeiro ciclo de acumulação. A expansão material ou comercial da época era notória,
mais como o autor coloca, essa expansão faz com que apareça uma expansão
financeira também, e nesse quesito aparece as altas finanças processo de invenção de
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outra cidade-Estado: Florença. As ações tomadas por Florença foram tais como se
oferecer para serem banqueiros do papa e tomarem a frente no comercio de lã, no
entanto com a queda nos lucros nos comércios de lã, tomaram a decisão de financiar a
guerra anglo-francesa, que acabaram por resultar em um calote Inglês a eles, o que
gerou por consequências graves ao seu Estado, consequências estas que só foram
revertidas posteriormente pelos Médici. Após esses acontecimentos o autor faz uma
análise antes de começar a demonstrar de que forma Gênova liderou o primeiro ciclo
de acumulação.
Entre essas idas e vindas, Gênova conseguiu ainda no começo do século XV,
ampliar suas rede comerciais através desse intercâmbio, mais o desgaste foi evidente
na metade do século, os investimentos em comércios de longa distância agora
representavam um grande risco, e os interesses internos não estavam de acordo,
resultados destas ações, fizeram com que se criassem crises internas, que estavam
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“Os financistas genoveses que criaram, administraram e lucraram com esse elo
sistêmico entre o poder ibérico e o dinheiro italiano foram, por sua vez, afetados
por toda uma série de crises – em 1575, 1596, 1607, 1627 e 1647 –, todas as
quais tiveram origem na Espanha... É claro que o domínio genovês sobre as
altas finanças europeias acabou declinando e, por fim, cessou por completo. ”
(ARRIGHI, 1996, p.129)
“Mas, tal como no caso das comunidades mercantis italianas que precederam
os holandeses – ou, aliás, no das comunidades inglesas e norte-americanas
que se seguiram a eles –, não haveria coragem, espirito de iniciativa e ousadia
capazes de ajudar holandeses a se tornarem a nova “classe” capitalista
dominante da economia mundial europeia, com tanta rapidez e êxito, se não
lhes sucedesse estarem no lugar e no momento exatos para pegar “o vento que
estivesse soprando”.” (ARRIGHI, 1996, p.137)
holandês, mais este seria apenas o início de um novo ciclo, que replicaria algumas
coisas do ciclo anterior.
Logo após isso podemos até citar o materialismo histórico neste ciclo, o que ele
criou acabou por gerar o seu próprio fim.
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CONCLUSÃO
Longevidade, é um dos adjetivos a ser visto como comum aos dois primeiros
ciclos de acumulação de capital, podemos dizer que pelos sistemas rudimentares
encontrados na época que restringia a velocidade dos processos, ou vários outros
aspectos a serem levados em consideração também.
Temos em Gênova, vários aspectos que o fizeram sobrepujar Veneza apesar
de perder a guerra para eles, não se deram por vencidos em termos de investimentos,
procuraram encontrar os mercados da qual poderiam lhe render bons lucros, pois era
isso o objetivo na época, a busca por lucros, dessa forma chegaram ao intercâmbio
político com a Espanha, uma jogada de acerto.
A evolução principalmente veio com a expansão financeira, Gênova se
aproveitou muito bem das expansões comerciais que pode ser vista como financeira e
materiais, mais a Holanda se tornou líder do segundo ciclo de acumulação por apostar
nas altas finanças e replicar o que já havia sendo feito por seus contemporâneos,
apesar das preocupações com custos, a atitude da Holanda em não aceitar parceria
com a Inglaterra pode ter sido uma das falhas que tiveram, pois se o acordo entre as
duas tivesse sido feito, poderíamos ter uma aliança que seria extremamente forte em
toda o mundo, mais a preocupação da Holanda estava em outras situações, foco no
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financeiro que acabou por ser o responsável pela sua queda, assim como a retaliação
da Inglaterra frente ao seu apoio dado na América do Norte.
O autor busca de forma sistemática apresentar a ascensão do capital, ou seja,
ele apresenta primeiro as bases e o contexto na época, para logo depois introduzir os
ciclos de acumulação, entre as bases citadas como a gestão do Estado, da guerra e de
acumulação do capital, pode-se perceber como tais realmente acompanham aqueles
que lideram os ciclos econômicos, dessa forma as análises do autor, são corretas.
REFERÊNCIAS
ARRIGHI, Giovanni. A ascensão do capital. In: ARRIGHI, Giovanni. O Longo século XX:
Dinheiro, poder e as origens do nosso tempo. 2 ed. São Paulo: UNESP, 1996. Cap. 2.
p. 87-162.