O documento discute a necessidade do Dia da Consciência Negra e a importância de se assumir a identidade negra no Brasil. Afirma que a ideia de democracia racial é um mito que esconde o racismo estrutural e a exclusão do povo negro. Defende que a consciência deve ser negra para combater o racismo e as desigualdades raciais.
O documento discute a necessidade do Dia da Consciência Negra e a importância de se assumir a identidade negra no Brasil. Afirma que a ideia de democracia racial é um mito que esconde o racismo estrutural e a exclusão do povo negro. Defende que a consciência deve ser negra para combater o racismo e as desigualdades raciais.
O documento discute a necessidade do Dia da Consciência Negra e a importância de se assumir a identidade negra no Brasil. Afirma que a ideia de democracia racial é um mito que esconde o racismo estrutural e a exclusão do povo negro. Defende que a consciência deve ser negra para combater o racismo e as desigualdades raciais.
O documento discute a necessidade do Dia da Consciência Negra e a importância de se assumir a identidade negra no Brasil. Afirma que a ideia de democracia racial é um mito que esconde o racismo estrutural e a exclusão do povo negro. Defende que a consciência deve ser negra para combater o racismo e as desigualdades raciais.
Turma:_________ Professor: Gabriel Data:____/____/____
Atividade Crítico Reflexiva
CONSCIÊNCIA NEGRA É COISA DE PRETO? A história de resistência do povo negro encontrou no 20 de novembro sua data de celebração, mas o mito da democracia racial ainda faz crer que essa luta não tem sentido
Afinal, por que precisamos do Dia da Consciência Negra? E
consciência negra é só pra negros? Qual a dificuldade em entender o sentido da data? Perguntas oportunas, necessárias, especialmente quando se percebe que alguns setores sempre ameaçam se rebelar Quando negros e negras denunciam situações de racismo, muitas contra o feriado e ainda há cidades que o revogam sem o menor vezes são “confortados” com certas frases feitas, do tipo: “mas você é constrangimento. um moreno lindo”; “mas você tem que ser superior a isso”, “a cor da Gostaria muito que me dissessem por que Zumbi, que assim como pele não quer dizer nada”, ou ainda “isso é coisa da sua cabeça”, “você Tiradentes é um herói nacional, não merece um feriado. E gostaria tem complexo de inferioridade”. Não se pode esquecer que quem sofre mais ainda de ver um presidente da República fazer História e decretar o racismo é o corpo negro, porque é impossível despir-se da própria o Dia da Consciência Negra feriado no Brasil inteiro. Seria uma medida pele. Portanto, é o corpo negro que toma tiro, é o corpo negro que não emblemática que daria não só a dimensão do legado de Palmares, se vê representado, é o corpo negro que não tem oportunidade, é o mas colocaria no patamar adequado a história de luta e resistência do corpo negro que vira estatística. povo negro deste País. Nas palavras cantadas por Luís Carlos da Vila: "é preciso a atitude de assumir a negritude pra ser muito mais Brasil!" Disfarçar o racismo com esse negócio de “consciência humana” é o Mas se fosse simples já estaria feito. mesmo que revigorar o mito da democracia racial e condenar o povo negro a outros séculos de exclusão e desigualdade. A consciência tem Além dos quilombos remanescentes, há territórios negros que que ser negra, e antes que qualquer um venha falar do que é justo ou continuam evocando a herança de Palmares. São espaços de injusto, vistam minha pele. Se alma tem cor, apesar de sacerdote, eu preservação e disseminação cultural, como os terreiros de Candomblé, realmente não sei, até porque não é a alma que toma tiro da polícia, afoxés, maracatus e escolas de samba. Nesses territórios, a memória não é a alma que não recebe oportunidade de emprego, não é a alma coletiva segue viva e é essencial para a construção das identidades que leva pedrada e apanha quando ousa carregar as insígnias dos negras, que, na maioria das vezes, permanecem na triste condição da orixás, não é a alma que só se vê como subalterno nas novelas da invisibilidade ou, mais grave, são combatidas pela sociedade e pelo tevê.O corpo tem cor, os símbolos da religião negra têm cor. O corpo e poder público. a cultura do negro são discriminados, olhados com toda carga de preconceito. Antes de falarmos em consciência humana ou dizermos Assumir uma data para celebrar a negritude vai de encontro ao ideário que alma não tem cor, temos que ter a boa vontade de compreender e de embranquecimento, que busca expurgar o sangue negro e limpar a de vencer racismo velado, que sempre faz questão de dizer que a luta raça brasileira. É a mesma ideologia que cria e sustenta a ilusão de do povo negro não tem sentido. que não existe racismo no Brasil e que serve como base para muitos argumentos que questionam a necessidade e a importância do Dia da Há negros de todas as cores. Existem, porém, muitos negros que não Consciência Negra. No fundo, a estratégia de fragmentar sua sabem que são negros. Mais do que necessária, a consciência negra é identidade e dificultar que o povo negro atue enquanto grupo tem sido uma condição para impedir que nossa sociedade racista aponte do pior a consequência mais perversa do mito da democracia racial. jeito a cor da nossa pele, nossos traços ou nossa origem (por exemplo, jogando bananas para jogadores de futebol que nem se auto Quando dizem, por exemplo, que “alma não tem cor”, “precisamos de declaravam negros). Além disso, uma vez forjados de orgulho e consciência humana, não de consciência negra”, “a questão é social”, resistência, podemos reagir ao racismo sem permitir que determinem percebe-se claramente que não conhecem a dimensão do problema. nosso lugar no mundo.Neste país, todo negro é um sobrevivente. Mais da metade da população brasileira convive com a exclusão e a Sobrevivemos a toda sorte de adversidade, ao descaso, à violência, à vulnerabilidade. Não se trata apenas de denunciar uma situação social miséria, às doenças, às piores condições de trabalho, aos piores gravíssima, mas de reconhecer que é a exclusão e não a presença do salários, à falta de assistência, à discriminação. Sobrevivemos à negro o fator determinante no entrave e no baixo desenvolvimento do escravidão, ao massacre da nossa cultura, à perseguição da nossa país, ao contrário do que se propagou desde o fim da escravidão. religião, a humilhações históricas e cotidianas.
Nos últimos tempos, denunciar o racismo, o machismo, a intolerância Precisamos do Dia da Consciência Negra para que todos os brasileiros religiosa ou a homofobia virou “vitimismo”. Esse neologismo infame, possam pensar no país que querem construir. Precisamos deste dia além de mostrar a superficialidade dos discursos, dilui o sentido da para simplesmente celebrar o orgulho do povo negro: o orgulho de ter exclusão e da desigualdade que, de fato, determinam os lugares sobrevivido! sociais de negros e de outras minorias, comprovando que existe uma elite que pretende manter as coisas como estão, aliás, como sempre Fonte: https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/consciencia- foram. negra-e-coisa-de-preto
A partir de seus conhecimentos e interpretação, responda os seguintes desafios atrás da folha para entregar.
1.Em sua opinião, existe democracia racial no Brasil? Justifique sua resposta. 2.Exponha a relevância de celebrar a Consciência Negra. 3.Qual é a importância dos quilombos e territórios negros para uma luta de resistência? 4.Conforme o texto, explique a expressão “alma não tem cor”? 5.Explique o contexto: “Disfarçar o racismo com esse negócio de “consciência humana” é o mesmo que revigorar o mito da democracia racial e condenar o povo negro a outros séculos de exclusão e desigualdade.”
