Atividades Indígenas No Brasil Colonial
Atividades Indígenas No Brasil Colonial
Atividades Indígenas No Brasil Colonial
POLÍTICA INDIGENISTA
Chamamos de política indigenista as iniciativas formuladas pelas diferentes esferas do Estado brasileiro a
respeito das populações indígenas. A política indigenista é orientada pelo indigenismo, conjunto de princípios
estabelecidos a partir do contato dos povos indígenas com a sociedade nacional. Política indigenista e
indigenismo são categorias históricas, noções empregadas essencialmente no século 20. A categoria
indigenismo deve ser referida, preferencialmente, às diretrizes vitoriosas no 1º Congresso Indigenista
Interamericano, realizado, no México, em 1940. Aí foram formulados os princípios e metas transformados em
práticas - ou políticas indigenistas - pelos países do continente americano.
No Brasil, desde o século 16, existem instrumentos legais que definem e propõem uma política para os índios,
fundamentados na discussão da legitimidade do direito dos índios ao domínio e soberania de suas terras. Esse
direito - ou não - dos índios ao território que habitam está registrado em diferentes legislações portuguesas,
envolvendo Cartas Régias, Alvarás, Regimentos etc.
No período colonial, a política para os índios envolveu extremos - das guerras justas, descimentos e
escravização de índios e esbulho de terras às ações missionárias nos Sete Povos das Missões. Já a legislação
imperial não é benéfica aos índios, seja pelo Regulamento das Missões de 1845, a lei de terras de 1850 ou as
decisões contrárias aos índios de várias Assembleias Provinciais. No século 19, a política para os índios foi
marcada pela remoção e reunião de aldeias.
Com o advento da República e a criação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), foram estabelecidos ou
reforçados alguns princípios indigenistas, voltados para a prevenção de qualquer coerção ou violência aos
índios, o respeito às instituições e valores indígenas e a garantia à posse de suas terras. Esses princípios foram
transformados em políticas indigenistas através da proteção leiga aos índios pelo Estado.
As políticas indigenistas estavam, então, voltadas ao estímulo ao trabalho e ao desenvolvimento de atividades
produtivas, através da educação e treinamento dos índios e de seus filhos. Entretanto, a uma determinada política
indigenista nem sempre correspondia uma consequente ação indigenista, e o SPI acabou sendo extinto, nos anos
60, por problemas de corrupção, esbulhos de terras indígenas etc.
Em substituição ao SPI, pela Lei nº 5371, de 5 de dezembro de 1967, foi instituída a Fundação Nacional do
Índio (FUNAI).
A partir de então, a política indigenista se baseou nos seguintes princípios: ela Lei 6001, de 19/12/73, foi
sancionado o Estatuto do Índio, que regula a situação jurídica dos índios. Embora
existam, atualmente, outras propostas não regulamentadas do Estatuto em discussão.
Até 1988 a política indigenista brasileira estava centrada nas atividades voltadas à
incorporação dos índios à comunhão nacional, princípio indigenista presente nas
Constituições de 1934, 1946, 1967 e 1969. A Constituição de 1988 suprimiu essa
diretriz, reconhecendo aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e
tradições e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam.
Os índios também ampliaram sua cidadania, já são partes legítimas para ingressar em
juízo em defesa de seus direitos e interesses. Assim, o principal objetivo da política indigenista hoje é a
preservação das culturas indígenas, através da garantia de suas terras e o desenvolvimento de atividades
educacionais e sanitárias.
As barreiras à escravização dos índios datam do início da colonização, 1530, mas o cativeiro indígena foi
mais tenazmente combatido somente com a chegada dos jesuítas, em 1549, e a implantação do processo de
aldeamento. Neste combate os jesuítas contaram com o apoio da Coroa.
No quadro abaixo podem ser acompanhadas, a partir do século XVI, as principais medidas de proteção aos
índios e, no século XX, a evolução do processo de conquista de direitos.
ATIVIDADES
1. A partir da Constituição de 1824, os índios se tornam cidadãos brasileiros com os mesmos direitos e obrigações
de todos os outros. Mas apesar da maior inclusão jurídica no Brasil, a constitucionalização das relações entre
habitantes – agora cidadãos – traz consequência semelhante para os indígenas. Cite uma das consequências que
eles tiveram que enfrentar em decorrência da Constituição de 1824.
2. As barreiras à escravização dos índios datam do início da colonização, 1530, mas o cativeiro indígena foi mais
tenazmente combatido a partir de qual evento?
5. Política indigenista e indigenismo são categorias históricas, noções empregadas essencialmente no século.
Descreva para que serve política indigenista?
b) Indique alguma política de proteção aos índios que você tenha conhecimento.
3. Chamamos de política indigenista as iniciativas formuladas pelas diferentes esferas do Estado brasileiro a respeito
das populações indígenas.
8. Alternativa A. A terceira região com maior concentração de indígenas é a região Centro-Oeste.
4.