Exercícios Crime Fé Pulbica 2015

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

CAMPUS DE PINHALZINHO
CURSO DE DIREITO

Disciplina: Direito Penal IV


Professora: Alessandra Franke Steffens
Exercícios sobre os Crimes contra a Fé Pública
Valem 2,0 pontos na primeira Avaliação A1.
Nomes: GESSICA MOTERLE

01. Em que consiste a fé púbica? Explique os quatro requisitos que caracterizam os crimes
contra este bem jurídico?

Fé pública é a confiança e a segurança que devem presidir as relações jurídicas, por meio
da crença nos instrumentos que as consubstanciam e lhe servem de prova. É também
uma característica de certos documentos.

A alteração de verdade sobre fato juridicamente relevante

A imitação da verdade

A potencialidade de dano

O dolo

02. Tucídides, brasileiro, comerciário, é preso, em flagrante delito, portando a quantia de R$


15.000,00, em notas de R$ 100,00, R$ 50,00 e R$ 10,00, consideradas falsas pelos agentes
policiais. Após a devida instrução criminal, houve a constatação de que a falsificação restou
grosseira, fato, inclusive, que levou à denúncia por parte de comerciantes que receberam
algumas notas para pagamento de mercadorias. Analisando o caso, conclui-se que o crime
a) não existe, por ausência de elemento essencial.
b) é de moeda falsa.
c) é assimilado ao de moeda falsa.
d) se caracteriza pela circulação da moeda.
e) se caracteriza como estelionato.

03. Considere a situação hipotética em que Ricardo, brasileiro, primário, sem antecedentes, 22
anos de idade, e Bernardo, brasileiro, 17 anos de idade, de comum acordo e em unidade de
desígnios, tenham colocado em circulação, no comércio local de Taguatinga/DF, seis cédulas
falsas de R$ 50,00, com as quais compraram produtos alimentícios, de higiene pessoal e dois
pares de tênis, em estabelecimentos comerciais diversos. Considere, ainda, que, ao ser
acionada, a polícia, rapidamente, tenha localizado os agentes em um ponto de ônibus e, além
dos produtos, tenha encontrado, na posse de Ricardo, duas notas falsas de R$ 50,00 e, na de
Bernardo, uma nota falsa de mesmo valor, além de R$ 20,00 em cédulas verdadeiras. Na
delegacia, os produtos foram restituídos aos legítimos proprietários, e as cédulas, apreendidas.
Nos termos da situação hipotética descrita, Ricardo
a) praticou crime de moeda falsa em concurso de agentes.
b) praticou crime de circulação de moeda falsa em concurso de agentes.
c) considera-se a infração praticada em concurso de pessoas e, pelas circunstâncias descritas e
ante a ausência de prejuízo, deve-se aplicar o princípio da insignificância.
d) praticou, junto com Bernardo, crime de moeda falsa.
e) praticou, junto com Bernardo, crime de estelionato.

04. Paulo recebeu um cheque de R$ 300,00 em pagamento da venda de mercadoria.


Depositado, o cheque foi devolvido por insuficiência de fundos. Novamente depositado, tornou
a ser devolvido por insuficiência de fundos. Após seis meses, tendo ocorrido a prescrição, Paulo
endossou o cheque e o transferiu a José, que alterou o valor para R$ 3.000,00 e ingressou em
juízo com ação monitória contra o emitente. Com base nesta situação hipotética, responda:
a) Qual a conduta praticada por José?

Ele responderá por falsificação de documento particular

b) Se o cheque tivesse sido alterado por Paulo antes de depositá-lo, qual a conduta por ele
praticada?

A conduta praticada é falsificação de documento público.

05. Ângela recebeu, inadvertidamente, algumas notas falsas de R$ 50,00 (cinquenta reais) e não
se recorda mais de quem as obteve. As notas em questão foram recusadas em diversas
oportunidades em estabelecimentos comerciais que dispunham de equipamento apropriado à
verificação da autenticidade de papel-moeda. Mesmo assim, e sentindo-se injustiçada por ter
recebido as notas falsas em questão de boa-fé, como se verdadeiras fossem, continuou a
repassá-las em outros estabelecimentos. Acerca de sua conduta, pode-se afirmar que Ângela:
a) não praticou crime algum, pois recebeu as notas em questão de boa-fé.
b) praticou o crime de moeda falsa, a ser punido com a mesma pena prevista para a falsificação
da moeda falsa.
c) praticou forma privilegiada do crime de moeda falsa, pois repassou as notas sabendo serem
falsas.
d) praticou o crime de estelionato, uma vez que não realizou a falsificação das notas em questão,
tendo apenas as restituído à circulação.
e) não praticou crime algum, pois não tem obrigação legal de reconhecer a falsidade de papel-
moeda.

06. Amarildo, utilizando-se de cédulas de R$ 20,00, as lavou e alterou o valor para R$ 100,00.
Ato contínuo vendeu as cédulas por ele falsificadas a Juarez que as pôs em circulação
comprando produtos em um supermercado. Após a saída de Juarez, Alceu, dono do
estabelecimento, desconfiado das notas que receberá de boa-fé, descobriu a falsidade e
recolocou as notas em circulação para não ficar com o prejuízo, pagando fornecedores que
desconfiados da falsidade chamaram a polícia que o prenderam em flagrante. A perícia técnica
realizada nas cédulas apreendidas informou a boa qualidade da falsificação, capaz de enganar o
homem médio. Com base no caso acima, responda, não esquecendo de fundamentar sua
resposta.
a) Qual o delito praticado por Amarildo?
Conforme o artigo 289. caput CP. Amarildo responderá por moeda falsa.

b) Qual o delito praticado por Juarez?

Conforme o artigo 289. CP. Juarez responderá por moeda falsa, pois este introduziu a moeda falsa
em circulação. Paragrafo
c) Qual o crime praticado por Alceu?
Segundo o art. 289§2. O crime praticado por Alceu é falsificação privilegiada.

d) Se a perícia constatasse que a falsificação era grosseira, qual(is) o(s) crime(s) praticado(s) por
Amarildo e por Juarez? Indique o fundamento jurídico da sua resposta.
Se a falsificação for grosseira, perceptível ictu oculi, será crime de estelionato, de
acordo com a Súmula 73 do STJ e o entendimento do STF: “O crime de moeda
falsa exige, para sua configuração, que a falsificação não seja grosseira. A moeda
falsificada há de ser apta à circulação como se verdadeira fosse” (STF, HC
83.526/CE, Min. Joaquim Barbosa, 1ª T, 16.3.04).
TEM QUE SER PASSIVEL DE ENGANO, RESPONDE PELO CRIME DE MOEDA
FALSA.
Justiça estadual do local do fato.
e) No caso das letras a, b e c, aponte a justiça competente para processar e julgar o caso? Por
quê?
Como a moeda é um bem da União, a competência para julgar o crime de moeda
falsa, é julgada pela justiça federal
f) No caso da letra d aponte a justiça competente para processar e julgar o caso? Por quê?

Caso verificada a falsificação grosseira e consequente desclassificação para o


crime de estelionato é encaminhado para a justiça Estadual do local do fato.

07. Sebastião, condutor e proprietário de veículo automotor, recebe multa do órgão de trânsito
estadual (DETRAN) cometida por ele. No entanto, ao preencher o documento, indica que o
condutor era Manuel. Manuel acaba recebendo três pontos na carteira em razão do
preenchimento incorreto de documento oficial do DETRAN. Com base nessa informação e na
legislação penal, é correto afirmar que há crime de 
a) falsidade ideológica.
b) falsificação de sinal público.
c) falsificação de documento particular.
d) falsificação de documento público.
e) falso reconhecimento de firma.

08. José Maria recebeu de Mário de Souza, seu amigo, que precisava viajar, um cheque
assinado em branco, para que fosse preenchido com o valor da prestação de um financiamento
em atraso, acrescida dos juros de mora, cujo montante ele desconhecia. Traindo a confiança do
amigo, José Maria preencheu o cheque com valor muito superior ao do débito e foi ao Banco
para descontá-lo. O caixa do Banco, porém, desconfiado de alguma coisa, ligou para Mário, de
quem também era amigo, descobrindo, então, toda intenção de José Maria. Chamou a Polícia
na hora, que efetuou a prisão em flagrante deste. Qual o delito praticado por José Maria?
Fundamente.

Segundo o Código Penal, artigo 299 - Omitir, em documento público ou particular,


declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou
diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar
a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Conforme o artigo citado acima José Maria cometeu o crime de falsidade
ideológica.
09. Em 20/10/2014 empresário é surpreendido pela fiscalização frustrando direito assegurado
pela legislação do trabalho em razão da jornada exaustiva imposta aos empregados, tendo
ficado caracterizada a condição análoga à de escravo. No curso da ação penal, comprovou-se
que o empregador lançou falsas anotações nas carteiras de trabalho dos empregados e que, em
05/05/2013, fora condenado em outro processo, pela prática de apropriação indébita de
contribuições previdenciárias. Segundo o Código Penal, a conduta do empregador de lançar
anotação falsa na carteira de trabalho dos empregados pode ser tipificada como
a) estelionato.
b) fraude trabalhista.

c) falsificação de documento público.


d) falsificação de documento particular.
e) uso de documento falso.

10. Murilo, funcionário público, escrevente judiciário de um determinado Tribunal de Justiça


brasileiro, no exercício regular de suas atividades junto ao Cartório de uma vara criminal,
elabora um alvará de soltura falso em nome de Moisés, réu preso por ordem da Justiça por
crime de homicídio, inclusive com falsificação da assinatura do Magistrado competente,
encaminhando-o ao Centro de Detenção Provisória onde o réu Moisés encontra-se recolhido.
Moisés não é colocado em liberdade, pois havia outro mandado de prisão expedido em seu
desfavor em decorrência de outro delito por ele cometido. Neste caso, Murilo cometeu crime
de
a) falsificação de documento público tentado, uma vez que Moisés não foi colocado em liberdade,
não produzindo o resultado final pretendido pelo agente, sem qualquer majoração da pena
privativa de liberdade pelo fato de ser funcionário público.
b) falsidade ideológica consumada, com a pena aumentada da terça parte pelo fato de ser
funcionário público e ter cometido o crime prevalecendo-se do cargo.
c) falsidade ideológica tentada, sem qualquer majoração da pena privativa de liberdade por ser
funcionário público.
d) falsificação de documento público tentado, uma vez que Moisés não foi colocado em
liberdade, não produzindo o resultado final pretendido pelo agente, com a pena majorada da
sexta parte em razão de ser funcionário público e ter cometido o crime prevalecendo-se do cargo.
e) falsificação de documento público consumado e terá sua pena aumentada da sexta parte por
ser funcionário público e ter cometido o crime prevalecendo-se do cargo.

11. Maria inseriu, falsamente, em sua carteira de trabalho e previdência social, visando adquirir
alguns bens a crédito, um contrato de trabalho por meio do qual exercia função de secretária-
executiva, com salário de R$ 1.800,00 mensais, na empresa Transportadora J&G Ltda.
Posteriormente, Maria fez uso da carteira de trabalho em uma loja de eletrodomésticos, ao
adquirir, a crediário, um televisor e um videocassete. Nessa situação, qual(is) o(s) crime(s)
praticado(s) por Maria? Fundamente.
Maria praticou Falsidade de Documento Público Art. 297, § 3: Nas mesmas penas incorre
quem insere ou faz inserir: na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em
documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa
da que deveria ter sido escrita;

12. Conforme o Código Penal Brasileiro, a conduta de falsificar, através de fabricação ou de


alteração, talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo à arrecadação de
rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável é
denominada crime de:
a) Falsidade ideológica.
b) Falsificação de documentos públicos.
c) Falsidade material.
d) Falsificação de sinal público.
e) Falsificação de papéis públicos.

13. Anastácio fabricou no fundo do quintal da sua casa centenas de notas de cinquenta
cruzeiros. Nesta situação, Anastácio praticou o crime de moeda falsa? Justifique.
Não. Pois é moeda já retirada de circulação. Conduta atípica

13. A diferença entre falsidade material e ideológica de documento é que na falsidade material
a) frauda-se a forma do documento e na ideológica o conteúdo é falso.
b) frauda-se o conteúdo e na ideológica a forma do documento.
c) a conduta é omissiva, e no falso ideológico ela é comissiva.
d) exige-se o dolo e na ideológica se aceita a culpa.
e) há previsão de aumento especial de pena e na ideológica não.

14. Leia a ementa abaixo e responda

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA ENTRE AS JUSTIÇAS ESTADUAL E FEDERAL. MOEDA


FALSA. LAUDO PERICIAL. FALSIFICAÇÃO GROSSEIRA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 73/STJ.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. 1. Hipótese na qual o laudo pericial aponta a má
qualidade da moeda falsificada e as circunstâncias dos autos indicam que ela não possui a
capacidade de ludibriar terceiros. 2. "A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado
configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual" (Súmula n.
73/STJ). 3. Competência da Justiça Estadual, o suscitado.
(STJ - CC: 135301 PA 2014/0193622-9, Relator: Ministro ERICSON MARANHO
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), Data de Julgamento: 08/04/2015, S3 - TERCEIRA
SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 15/04/2015)

Com base nos requisitos do crime de moeda falsa explique se a decisão está correta.
Sim correta, pois para caracterizam de moeda falsa é necessário que não seja grosseira.
Prevalecendo a perícia sendo crime de estelionato.

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