Ebook Material Didatico Letras Portugues Ingles
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II
O TEATRO INGLÊS: WILLIAM
UNIDADE
SHAKESPEARE – VIDA E
OBRA
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender o contexto histórico da Inglaterra renascentista e seus
principais dramaturgos.
■■ Estudar a biografia de William Shakespeare.
■■ Analisar a poesia shakespeariana e os elementos principais do seu
teatro.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ A Inglaterra Renascentista e sua dramaturgia
■■ Os principais dramaturgos ingleses do século XV
■■ William Shakespeare: vida e obra
■■ O soneto shakespeariano
■■ O teatro shakespeariano
61
INTRODUÇÃO
Introdução
62 UNIDADE II
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Com a derrota de Ricardo III, e consequentemente, de toda sua tradição,
Henrique Tudor com mãos de ferro reinou sob o título de Henrique VII. Seu
filho, Henrique VIII (1509-1547), foi um personagem marcante na história mun-
dial. Foi o segundo rei da dinastia Tudor, e um homem símbolo da mentalidade
Renascentista.
Henrique VIII fez de sua corte um centro artístico e intelectual, afinal, era
músico, compositor e poeta, tendo como uma das obras a balada The Kynges
Ballade. Esportista nato, era conhecido pelo fervor religioso, dedicando-se dia-
riamente à fé católica, com a qual mais tarde iria romper laços.
Henrique foi conhecido pelos seus inúmeros casamentos – seis no total –
sendo o mais famoso e polêmico deles com a amante Ana Boleña.
Casado com Catarina de Aragão, Henrique desejava um herdeiro homem
ao trono inglês. Todavia, Catarina engravidara setes vezes, tendo apenas uma
filha viva, Mary. Descontente, Henrique tenta se divorciar da esposa e casar com
a amante, Ana Boleña, que lhe prometera um herdeiro homem.
Querendo cancelar o antigo matrimônio, Henrique VIII fez mudanças sig-
nificativas dentro da Igreja Católica na Inglaterra, mas nada adiantou. O Papa
Clemente VII se recusa a autorizar o novo casamento e a destituição do antigo,
mas mesmo assim, o monarca inglês casa-se em segredo com a amante. Em
retaliação, Clemente VII excomunga Henrique e Ana em 11 de julho de 1533,
fazendo com que o rei rompesse definitivamente os laços com a Igreja de Roma.
Aproveitando o Movimento Protestante, cria a Igreja da Inglaterra (England
Church), ou o Anglicanismo.
Henrique fecha todos os mosteiros católicos, destitui bispos e promulga o
Ato de Supremacia (Act of Supremacy), declarando que “o Rei era o único Chefe
Supremo na Terra da Igreja da Inglaterra”.
O Rei Henrique VIII se aproveita de um movimento em expansão pela
Europa a fim de criar sua nova religião. Esse movimento ficaria conhecido como
a Reforma Protestante.
A Reforma foi um movimento iniciado no início do século XVI por Martinho
Lutero, através da publicação de suas 95 teses (1517) na porta da Catedral de
Wittenberg. Tais teses criticavam diversos pontos da doutrina da Igreja Católica
Romana, propondo uma ‘reforma’.
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Lutero foi apoiado e seguido por vários outros pensadores protestantes que
também fundariam novas doutrinas, tais como João Calvino na Suíça, John Knox
na Escócia, e o próprio Henrique VIII na Inglaterra.
Anos depois, já no reinado de Elizabeth I, filha de Henrique VIII, a Inglaterra
começa a ter relações divergentes com a Espanha, de Felipe II. O primeiro pro-
blema é de cunho religioso, afinal, a Inglaterra anglicana se opunha ao catolicismo
espanhol.
O segundo entrave se deu nas navegações, já que a Espanha considerava a
participação inglesa no tráfico de escravos (1562) como contrabando e ‘saque’ em
suas colônias da América Central (Índias Ocidentais). A Armada espanhola ataca
e afunda vários navios ingleses na região, iniciando o conflito diplomático. Em
contrapartida, vários navios ingleses tornam-se corsários e iniciam as estratégias
de pirataria, desmontando o montante do tesouro espanhol. A guerra deflagra
oficialmente em 1585 entre a armada inglesa e a espanhola, conhecida como
‘invencível’, com seus 130 navios. Porém, o capitão e navegador inglês Francis
Drake comandou sua armada, que saqueou São Domingo, Cartagena das Índias,
e San Agustín, destruindo a até então ‘invencível’ armada espanhola. Os ingleses
saíram vitoriosos, expondo a Inglaterra como soberana dos mares ocidentais.
Portanto, os três momentos importantes citados: a Guerra das Rosas (1455-
1485), a Reforma Protestante (1517) e a Guerra Anglo-Espanhola (1585-1604),
contribuíram para criar uma mentalidade altamente patriótica e imperialista.
Tanto que tal mentalidade será tema recorrente nas peças de Shakespeare, desde
a sua primeira obra Titus Andronicus (1588?1593) até sua última, The Tempest
(1611).
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tro do enredo (BURGESS, 1996, p.71), cuja presença será constante nas peças
de Shakespeare, por exemplo. Essas peças são chamadas de interlúdio (do latim
interludere), que apesar da semelhança com as peças de morality medievais, não
se focam no tom religioso. Nesse gênero, destacam-se os dramatugos John Rastell
(The Nature of the Four Elements) e John Heywood (The Four P’s) (CRAIK, 1966).
Os interlúdios eram peças independentes, encenadas também por atores inde-
pendentes, assim, da organização desses atores nascerão os grupos teatrais e o
campo para o nascimento do teatro elisabetano do século XVI:
As casas nobres têm seus grupos de atores de interlúdios [...] em bre-
ve eles irão se transformar nas companhias elisabetanas, com nomes
como Lord’s Admiral Men (“Os homens do Lord Almirante”), The King’s
men (“Os homens do rei”) e assim por diante [...] representando nos
pátios das estalagens, logo irão transformar esses pátios em teatros per-
manentes (BURGESS, 1996, p.73).
Fonte: [https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ8M2vg39UucpAL71eGa5VvkyO7bU
o4tRAjIMLRY-9u0EyOyYuEhQ]
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cenou os grandes protagonistas de Shakespeare, como Romeu, Obe-
ron, Hamlet, Macbeth e Lear.
• Richard Tarlton: Foi o ator que encenou o bobo de King Lear. Era mú-
sico.
• John Fletcher: Dramaturgo, ator e pupilo de Shakespeare. Considerado
por muitos seu sucessor.
• Francis Beaumont: Dramaturgo e colaborador de John Fletcher.
THOMAS KYD
Traído pelo governo que serve, Hieronimo decide emprenhar uma grande vin-
gança contra toda a cúpula do poder. Muitos elementos dentro de The Spanish
Tragedy, como um fantasma clamar vingança e a estratégia de “peça dentro de
uma peça” (play-within-a-play) aparecem em Hamlet, de Shakespeare.
Fonte: o autor
Um fato interessante sobre Kyd é que é atribuída a ele uma peça chamada
“Ur-Hamlet”, precursora da peça shakespeariana Hamlet (JENKINS, 1982).
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<http://m.noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2013/08/16/a-tragedia-
-espanhola-de-shakespeare.htm>.
<http://veja.abril.com.br/blog/meus-livros/classicos-2/shakespeare-escre-
veu-parte-de-peca-de-thomas-kyd-diz-estudo/>.
O sucesso das peças de Kyd, principalmente The Spanish Tragedy, se espalhou pela
Europa em países como a Alemanha, por exemplo. Tão grande fora a influência
de seu trabalho dramático lá, que Kyd foi um dos dramaturgos mais pesquisa-
dos na Alemanha, durante o século XIX.
Entre os anos de 1587 a 1593, Kyd serviu nobres, sendo secretário de alguns.
No final do ano de 1593, uma lei inglesa previa a prisão de autores considerados
hereges. Kyd foi preso e torturado. Após ser liberto, Kyd nunca mais conseguiu tra-
balhar entre a nobreza, visto que seu nome estava sendo associado ao “ateísmo”. Seu
último trabalho foi Cornelia (1594), falecendo no mesmo ano, com 35 anos de idade.
CHRISTOPHER MARLOWE
Christopher Marlowe
Fonte: [http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/36/Portrait_of_Christopher_Marlowe.png]
Não se sabe ao certo qual tipo de serviço era realizado por Marlowe ao go-
verno da Inglaterra. Entretanto, uma carta do Privy Council enviada a Cam-
bridge possibilita uma teoria de que Marlowe tornara-se agente secreto a
serviço de Sir Francis Walsingham, chefe da Inteligência Secreta da Rainha.
Não há nenhuma evidência concreta que apoie tal teoria, mas a carta sugere
claramente que Marlowe estava servindo o governo de forma secreta.
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Seguindo registros de Cambridge, podemos perceber que Marlowe teve
várias ausências prolongadas da universidade, tempo esse muito maior ao
permitido pelos regulamentos da universidade. As folhas de pagamento
indicam que Marlowe gastou excessivamente, muito mais do que poderia,
através apenas de sua bolsa educacional. Será que Christopher Marlowe te-
ria uma renda extra como agente secreto do governo?
William Shakespeare
2 Grande trovador.
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Há pouco registro sobre a vida pessoal do Bardo, o que gerou várias espe-
culações sobre sua vida, como acusações de plágio, homossexualidade e dupla
militância religiosa. Shakespeare retorna a Stratford em 1613, morrendo três
anos depois.
SUA OBRA
3 A dedicatória foi escrita em caixa alta, por retomar as inscrições em pedras da Roma Antiga. Essa relação
é simbólica, pois possibilita relacionar os sonetos às inscrições em pedras, dando-lhes uma áurea de
imortalidade.
Sua Obra
74 UNIDADE II
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O SONETO SHAKESPEARIANO
SONNET I
From fairest creatures we desire increase A
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O Soneto Shakespeariano
76 UNIDADE II
TRADUÇÃO SONETO 11
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Tu, que hoje és o esplendor do mundo,
Que em galhardia anuncia a primavera,
Em teu botão enterraste a tua alegria,
E, caro bugre, assim te desperdiças rindo.
X / X /
OU
Win - -ter More Love
X / X / X / X / X /
/ X X / X / X / X /
Now Is The win- -ter Of our dis- -con- -tent
X / X / X / / X X / X
To Be Or Not To Be that is the Ques tion
O Soneto Shakespeariano
78 UNIDADE II
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alguns acreditam ser um amante de Shakespeare.
Neste soneto (18) observamos temas interessantes, como a imortalidade da
poesia e da juventude, vista na possibilidade das palavras (do poema) poderem
guardar sentimentos para sempre. Nele, revela que seu amor viverá para sempre
através do poema. Inclusive, a ideia da imortalidade através da palavra escrita é
tema dos sonetos 15, 16 e 17.
Soneto 18
SONNET XVIII
Shall I compare thee to a summer’s day?
Thou art more lovely and more temperate;
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer’s lease hath all too short a date;
SONETO 18
Como hei de comparar-te a um dia de verão?
És muito mais belo e mais ameno:
Os ventos sopram os doces botões de maio,
E o verão finda antes que possamos começá-lo:
No soneto 184, o ‘belo rapaz’ é comparado com um dia de verão, bem como com
o que essa estação tem de melhor: brotos de maio (buds of May), seu calor (too
hot), sua beleza (fair) etc.
O soneto inicia com um questionamento: “Shall I compare thee to a sum-
mer’s day?”, em seguida o responde: “more lovely and more temperate”, ou seja, o
eu lírico deixa claro que seu amado não pode ser comparado, pois é ‘mais’ que o
dia de verão, superior a ele. Tal assertiva é confirmada pelo uso do termo ‘more’.
Em seguida, há algumas referências aos atributos ‘negativos’ do verão, como
seu calor intenso como o próprio sol (eye of heaven) e seu curto período. Porém,
determina que a beleza de seu amado vá durar eternamente, pois está preservado no
poema: “So long as men can breathe, or eyes can see, So long lives this, and this gives
life to thee”. Ou seja, enquanto houver leitores das palavras que descrevem esse amor
e beleza, esse próprio amor e beleza serão lembrados e relembrados para sempre.
Apesar disso, em nenhum momento do poema há uma descrição direta ao
amado. Mas por que esse soneto é considerado um dos mais importantes de
Shakespeare? Pois é o primeiro soneto após os chamados “sonetos de procriação”
(sonetos I – XVII), nele o eu lírico abandona o seu ideal platônico e intangível
de com seu amado ter um filho.
SONNET XX
A woman’s face, with nature’s own hand painted,
Hast thou, the master-mistress of my passion;
A woman’s gentle heart, but not acquainted
With shifting change, as is false women’s fashion;
An eye more bright than theirs, less false in rolling,
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Gilding the object whereupon it gazeth;
A man in hue, all hues in his controlling,
Which steals men’s eyes and women’s souls amazeth.
And for a woman wert thou first created,
Till nature as she wrought thee fell a-doting,
And by addition me of thee defeated,
By adding one thing to my purpose nothing.
But since she pricked thee out for women’s pleasure,
Mine be thy love, and thy love’s use their treasure.
SONETO 20
Tens a face de mulher pintada pelas mãos da Natureza,
Senhor e dona de minha paixão;
O coração gentil de mulher, mas avesso
Às rápidas mudanças, como a falsa moda que passa;
SONNET CXXVI
O thou, my lovely boy, who in thy power
Dost hold Time’s fickle glass, his sickle, hour;
Who hast by waning grown, and therein show’st
Thy lovers withering as thy sweet self grow’st;
O Soneto Shakespeariano
82 UNIDADE II
SONETO 126
Tu, adorado menino, que deténs em teu poder
A ampulheta do Tempo, a foice das horas,
Que cresceste ao vê-lo minguar, e assim mostraste
O fim dos amantes, à medida que, doce, avançavas;
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Mas teme-a, tu, seu filho favorito,
Ela te deterá, mas não guardará o seu tesouro!
Mais cedo ou mais tarde, terás de responder-lhe,
E sua satisfação será apenas a de dominar-te.
[...]
[...]
SONNET CXXVII
In the old age black was not counted fair,
Or if it were, it bore not beauty’s name;
But now is black beauty’s successive heir,
And beauty slandered with a bastard shame:
O Soneto Shakespeariano
84 UNIDADE II
SONETO 127
Em tempos remotos, o negro não era belo,
Ou se fosse, assim não seria chamado;
Mas agora surge o herdeiro da negra beleza,
E o belo está imprecado de bastardia;
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Os olhos de minha senhora são escuros como o corvo,
Tão belos são seus olhos, e sua tristeza tão comovente,
Que, mesmo sem ser bonita, ainda é bela,
Difamando a criação com falsa estima.
O soneto 80, além de alguns outros, faz parte do grupo chamado “rival poet son-
nets”, em que o eu lírico direciona seu discurso a falar de outro poeta, que muitos
acreditam ser Christopher Marlowe.
SONNET LXXX
SONETO 80
Sabendo que um espírito melhor usa teu nome,
E do elogio emprega toda a força
Para fazer-me calar, ao falar de tua fama.
Mas como teu valor, vasto como o oceano,
O Teatro Shakesperiano
86 UNIDADE II
O TEATRO SHAKESPERIANO
Plays (Peças)
Seu trabalho no teatro sofreu influências de outros dramaturgos de sua
época, em especial, Kyd e Marlowe, além do teatro medieval e grego. Dois de
seus amigos de teatro (King’s men), John Heminges e Henry Condell, publica-
ram em 1623 uma compilação póstuma da obra teatral de William Shakespeare.
Tal compilação ficou conhecida como First Folio, contendo 36 peças, divididas
em comédias, tragédias e dramas históricos.
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[http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b1/FirstFolioTOC.jpg]
COMEDIES (COMÉDIAS)
All’s Well That Ends Well Tudo Bem quando Termina Bem
As You Like It Como Gostais
The Comedy of Errors A Comédia dos Erros
Love’s Labour’s Lost Trabalhos de Amores Perdidos
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TRAGICOMEDIES (TRAGICOMÉDIAS)
O Teatro Shakesperiano
88 UNIDADE II
HISTORIES (HISTÓRICAS)
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Henry VI, Part 1 Henrique VI, Parte 1
Henry VI, Part 2 Henrique VI, Parte 2
Henry VI, Part 3 Henrique VI, Parte 3
Richard III Ricardo III
Henry VIII Henrique VIII
TRAGEDIES (TRAGÉDIAS)
As peças Love’s Labour’s Won e The History of Cardenio são consideradas de sua
autoria, porém perdidas.
APOCRYPHA (APÓCRIFOS)
Fonte: papertoy.com
O Teatro Shakesperiano
90 UNIDADE II
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Aprendemos que o reinado de Elizabeth I foi o auge do teatro da época, e
que três momentos importantes da história inglesa moldaram esse período: A
Guerra das Rosas (1455-1485), a Reforma Protestante (1517) e A Guerra Anglo-
Espanhola (1585-1604).
Estudamos a origem do teatro inglês, chegando ao seu momento ápice, o
teatro do Renascimento. Neste momento histórico, vimos grandes dramaturgos
como Thomas Kyd, Christopher Marlowe, e o maior dramaturgo de todos os
tempos, William Shakespeare. Estudamos a vida e a obra do Bardo de Stratford,
e focamo-nos em sua poética, enfatizando seus sonetos.
Estudamos que a obra Sonnets, de Shakespeare é de 1605, composta de sua
produção poética com 154 sonetos. Vimos que tais sonetos, chamados tanto de
soneto inglês como soneto shakespeariano, são diferentes do soneto italiano ou
petrarquiano (composto de dois quartetos e dois tercetos), sendo compostos por
três quartetos e um dístico. Suas estruturas baseiam-se em 14 versos decassílabos
(dez sílabas poéticas), utilizando o pentâmetro iâmbico, sendo 12 versos dividi-
dos por dois espaços, dando-lhe a forma de três quartetos e dois versos, isto é,
o dístico final, também chamado de ‘couplet’. Os seis primeiros pares de rimas
são cruzados (ABABCDCDEFEF), seguidos de um par de rimas emparelhadas
(GG), representando o dístico (couplet).
Por fim, no final da Unidade, nós adentramos ao mundo das peças teatrais
shakespearianas, que será foco de nossa próxima Unidade.
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Neste audiobook, você poderá ouvir e ler todos os sonetos de William Shakespeare: <http://www.
youtube.com/watch?v=h2KeALDmztQ>.
Neste site, você encontra todos os sonetos de Shakespeare em versão original e em inglês
moderno: <http://nfs.sparknotes.com/sonnets/>.