Trabalho Sobre Ponte Rio Niteroi
Trabalho Sobre Ponte Rio Niteroi
Trabalho Sobre Ponte Rio Niteroi
GOIANIA
PONTE RIO-NITEROI
APS – ATIVIDADES PLATICAS SUPERVISIONADAS
1
Resumo
2
Índice
1 - Introdução----------------------------------------------------------------------------------------4
2 - Ponte Rio-Niterói: uma ideia antiga----------------------------------------------------------5
3 - Construção---------------------------------------------------------------------------------------5
4 - Estudos feitos sobre a ponte-------------------------------------------------------------------6
5 - História da construção da Ponte Rio-Niterói------------------------------------------------8
6 - Sobre sua Inauguração ------------------------------------------------------------------------13
7 - Cenário político -------------------------------------------------------------------------------14
8 - Obra que começou no caldeirão de 68 -----------------------------------------------------14
9 - Ministro no canteiro de obras ----------------------------------------------------------------19
10 – Ministro dos transportes na época --------------------------------------------------------20
11 - Posicionamento estratégico na Baía ------------------------------------------------------22
12 - A primeira travessia -------------------------------------------------------------------------23
13 - As maiores pontes sobre água do mundo -------------------------------------------------24
14 - Os operários e as sandálias -----------------------------------------------------------------25
15 - Os Números da ponte -----------------------------------------------------------------------26
16 - Desafios para a engenharia da época ------------------------------------------------------27
17 - A Operação -----------------------------------------------------------------------------------28
18 - Quando a Ponte fecha -----------------------------------------------------------------------29
19 - 40 Anos de Operação ------------------------------------------------------------------------32
20 - O Futuro --------------------------------------------------------------------------------------34
21 – Melhoria dos acessos -----------------------------------------------------------------------35
22 - Reforma após 45 anos de existência ------------------------------------------------------37
23 - Viaduto de extensão -------------------------------------------------------------------------38
24 - Construção e inauguração ------------------------------------------------------------------41
25 - Concessionaria Ecoponte conclusão da ligação da Ponte Rio-Niterói -------------- 41
Conclusão ------------------------------------------------------------------------------------------43
Referências Bibliográficas -----------------------------------------------------------------------44
3
1 - Introdução
4
2 - Ponte Rio-Niterói: uma ideia antiga
3 - Construção
5
A primeira delas era garantir que as rochas oceânicas do fundo da Baía
de Guanabara suportariam o peso da estrutura.
A partir daí, as perfuratrizes eram levadas até ilhas flutuantes na Baía
de Guanabara e colocadas dentro de tubos para poderem perfurar a rocha. Isso era feito
para evitar que elas tivessem contato com a água. Nos buracos, eram instaladas estruturas
metálicas até a superfície.
Em cima dessas estruturas foram construídas as fundações da ponte,
onde, posteriormente, foram erguidos os pilares que davam sustentação às pistas. Embora
a ponte tenha 13 quilômetros de extensão, 9 deles são sobre a água. E foram construídos
a partir de blocos, erguidos por guindastes que eram instalados nos pilares da ponte, e
soldados uns aos outros.
Uma curiosidade é que as estruturas que sustentavam as pistas
demoravam quatro dias para serem erguidas pelos guindastes. Durante todo esse tempo,
a obra precisava ser vigiada e monitorada de perto, já que as enormes peças contraíam e
expandiam de tamanho, por causa da variação de temperatura.
Os engenheiros, então, acompanhavam os cálculos por meio de um
painel até o momento em que as estruturas eram encaixadas e soldadas umas às outras.
Outra dificuldade solucionada pela engenharia e pela tecnologia foi a
altura do vão central, maior que no restante da estrutura, para permitir que grandes barcos
pudessem se deslocar sob a ponte. Seu ponto mais alto fica a 72 metros do nível do mar.
6
Em 23 de agosto foi finalmente publicado o edital de concorrência.
Tratava-se de uma concorrência gigantesca que exigiria consórcio de firmas. Nenhuma
firma individualmente estaria em condições de enfrentar o problema. Era imprescindível
a constituição de consórcios. Isto já limitava o número de participantes. As maiores firmas
do Brasil, pela primeira vez, se deram as mãos para poder ser classificadas.
Todas, muito bem amparadas juridicamente, fiscalizavam intensamente
todos os procedimentos, de tal forma que tornavam praticamente impossível qualquer tipo
de protecionismo. Uma vez aceita a pré-qualificação, somente o preço seria o elemento
de decisão final. Somente dois consórcios participaram: Consórcio A e Consórcio B.
O Consórcio A, denominado CCRN-Consórcio Construtor Rio –
Niterói, era constituído pelas firmas:
– Construtora Ferraz Cavalcanti
– CCBE-Companhia Construtora Brasileira de Estradas
– EMEC-Empresa de Melhoramentos e Construções S. A.
– Servix Engenharia S. A.
7
e a utilização dos equipamentos e materiais que estavam sendo empregados na construção
da ponte que passou a ser chamada de Ponte Presidente Costa e Silva.
Para que a obra não sofresse solução de continuidade, em 15 de
fevereiro, menos de um mês após a estatização da obra, o DNER decidiu firmar contrato
por administração com o Consórcio Construtor Guanabara Ltda. Em seguida a última das
quatro firmas decidiu desligar-se do consórcio.
A ECEX-Empresa de Engenharia e Construção de Obras Especiais S.
A. que era vinculada ao DNER ficou com o encargo de supervisionar toda a construção
da ponte. A obra duraria 20 meses, a contar da data em que os equipamentos ficassem
totalmente disponíveis para uso imediato.
Foi um prazo menor do que o período gasto até então, com apenas dois
tramos da superestrutura já prontos. O prazo de 20 meses (600 dias) é mencionado como
recorde para obra de tais dimensões.
8
Figura 2- Projeto da década de 20 para a ponte Rio-Niterói
9
Figura 4 - Canteiro de obras
10
O projeto de construção da Ponte, idealizado por Mário Andreazza,
então Ministro dos Transportes, foi assinado pelo presidente Costa e Silva, no ano
1968.Rainha Elizabeth II desfilou pelo Rio de Janeiro em carro aberto – 1968
Uma inauguração simbólica da obra, ocorrida em nove de novembro de
1968, contou com a presença da Rainha da Grã-Bretanha, Elizabeth II e de sua alteza real,
o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo.
Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário do Rio
de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis – a empresa que resolve contribui para a
valorização da cultura carioca
A apresentação oficial do projeto da Ponte Rio-Niterói aconteceu no dia
14 de novembro de 1968, na Escola de Engenharia da Universidade Católica de Petrópolis
(UCP). As obras tiveram início em janeiro de 1969.
Uma estrutura de aço apoia a de concreto e asfalto da Rio-Niterói. Os
engenheiros responsáveis pelo projeto da ponte de concreto foram Antônio Alves de
Noronha Filho e Benjamin Ernani Diaz. O da ponte de aço foi o norte-americano James
Graham.
Toda a estrutura que foi utilizada nas obras da Ponte Rio-Niterói foi
fabricada na Inglaterra em módulos que chegaram ao Brasil por transporte marítimo. Essa
importação foi bastante difícil, devido ao movimento que havia na Baía de Guanabara.
11
Figura 6 - Plataforma flutuante
12
Figura 7 - Operários na construção
13
Figura 8 - Inauguração ponte Rio-Niterói
14
E esse último vestígio, o Ministério Público Federal também quer
remover. Uma ação judicial propôs a mudança do nome, num movimento de cidadania
que tem se repetido pelo Brasil afora — retrato do momento do país, que criou uma
Comissão da Verdade para investigar crimes da ditadura. Ao mesmo tempo, escolas,
praças e ruas que homenageiam generais do regime começaram a ser rebatizadas.
Cruzaram por ela, só no ano passado, 56 milhões de veículos. Um
fenômeno que parece estar há anos-luz do início dos anos 1970, quando a ligação era feita
por barcaças que levavam até 54 veículos por viagem. Mas a história que segue é de outra
travessia: a da própria Rio-Niterói, que se despojou da patente e ingressou na vida civil
sem perder a imponência e a vocação para polêmica. Nasceu sob críticas de gigantismo e
hoje se revela menor do que as necessidades.
7 - Cenário politico
A Rio-Niterói atravessou os últimos 40 anos carregando o nome do
marechal Artur da Costa e Silva, o segundo presidente do ciclo militar (1967-1969), e
autor tanto do Ato Institucional 5 (AI-5) quanto da montagem do aparelho de repressão
que responderia pela morte ou pelo desaparecimento de cerca de 500 pessoas até o fim
do regime. Por considerá-lo responsável por um “legado de autoritarismo e truculência”,
o grupo Justiça de Transição, montado pelo Ministério Público Federal para investigar os
crimes da ditadura, aproveita o aniversário de 50 anos do golpe para tentar apagá-lo da
História da ponte.
No entendimento dos procuradores, dar à Ponte o nome “de um dos
maiores violadores de direitos do povo brasileiro” é, por si, uma violação da memória de
quem padeceu na tortura durante do governo Costa e Silva. Para o MPF, é preciso
devolver à sociedade o direito de escolher quem a Ponte deve homenagear.
A família de Mario Andreazza, ministro dos Transportes de Médici e
idealizador da Ponte, reage à iniciativa:
— A esses revisores da História, tapados pela mistificação, obstruídos
pela doutrina do justiçamento da memória, cegos aos fatos, não ocorre examinar que, sem
Costa e Silva, não haveria a Ponte. Ali, não se homenageia a ditadura, o arbítrio, a tortura,
mas um indivíduo que, apesar de tantos erros, acertou, não fossem várias vezes, ao menos
uma — reagiu o jornalista Carlos Andreazza, neto do ex-ministro.
15
8 - Obra que começou no caldeirão de 68
16
vê-la como uma grande rua unindo duas cidades. Talvez seja essa a mesma impressão dos
usuários, que padecem diariamente, nos horários de pico, levando quase o mesmo tempo
para atravessá-la do que os antepassados do tempo das barcaças.
17
Figura 12- Ligações anteriores a ponte
18
bem mais do que o cobrado na compra de perfuratrizes sofisticadas que garantissem
fundações seguras no mar. Não aceitava o fatiamento e se recusava a desembolsar
dinheiro sem o aporte de novos recursos públicos, razão pela qual entrou em conflito com
o projetista, o engenheiro Antônio Alves Noronha, que insistia em apontar perigosas
falhas técnicas na obra.
— Os equipamentos adquiridos pelo primeiro consórcio não
conseguiram fazer as fundações. Eles começaram com oito tubulões, depois aumentaram
para 16, 24, sem garantir a segurança necessária — recorda-se o engenheiro Bruno
Contarini, responsável técnico da obra.
Contribuiu para a crise um grave acidente ocorrido no dia 24 de março
de 1970, quando engenheiros e operários faziam um teste de carga em uma plataforma
flutuante. Por volta das 15h30m, 34 tubulões de 22 metros de altura e 1,80 metro de
diâmetro foram enchidos de água do mar, pesando 2 mil toneladas. A plataforma não
resistiu e afundou, matando oito pessoas, três delas engenheiros.
No dia 26 de janeiro de 1971, o governo decidiu radicalizar. Médici
assinou um decreto que considerou de utilidade pública e desapropriou o consórcio
construtor, assim como os equipamentos e materiais usados nos trabalhos, e transformou-
o em empresa pública. No mesmo ato, autorizou o Departamento Nacional de Estradas
de Rodagem (DNER) a contratar o segundo colocado. Por Cr$ 438 milhões, Cr$ 200
milhões a mais do que o inicialmente cobrado, o Consórcio Construtor Guanabara Ltda.
(CCGL) assumiria a obra.
Pesou na decisão não apenas a imagem do governo, ameaçada pelos
atrasos. Como o financiamento de 31 milhões de libras (Cr$ 270 milhões ao câmbio da
época, R$ 415 milhões hoje), obtido junto a bancos ingleses capitaneados pela Casa
Rothschild, seria pago com os recursos obtidos na cobrança de pedágio, a demora adiaria
a arrecadação e traria o risco da inadimplência.
O então ministro dos Transportes, Mario David Andreazza, ao justificar
a medida, explicou que o primeiro consórcio reagiu mal às tentativas de corrigir os
problemas e não se mostrou disposto a colaborar: “Diante do impasse criado e da absoluta
falta de cooperação e de compreensão, solicitei ao excelentíssimo senhor presidente da
República que fossem tomadas medidas mais profundas, de forma a permitir a retomada
dos trabalhos e a consequente recuperação do atraso gerado”.
19
9 - Ministro no canteiro de obras
20
Figura 13- Logo após a primeira travessia, o ministro dos Transportes, Mario Andreazza, autografa jipe, observado
pelo coronel João Carlos Guedes (na extrema direita). Entre os dois, o então presidente do DNER, Eliseu Rezende
21
Seu colega, Carlos Henrique, que faz aniversário no mesmo dia do
aniversário da Ponte, também tem lembrança dos ecos do regime na obra. Havia um
plano, segundo ele, em caso de catástrofes, de abrigar de 100 mil a 200 mil pessoas dentro
dos caixões metálicos do vão central e nas aduelas de concreto da ponte.
22
gestão, muitas vezes qualificadas como "faraônicas", e a proximidade com as empreiteiras
também lhe afetaram com dúvidas sobre sua honestidade. Um dos primeiros críticos foi
o ex-deputado Carlos Lacerda, já na trincheira de oposição ao regime.
Gaúcho de Caxias do Sul, ele assumiu o ministério em 1967. Em
novembro do mesmo ano, já havia inaugurado a segunda pista da Via-Dutra. Um ano
depois, foi um dos signatários do AI-5, ato que endureceu o regime militar. No mesmo
mês (dezembro de 1968), foi assinado o primeiro contrato de construção da Ponte Rio-
Niterói. Em 1969, durante o governo de Médici, continuou no cargo. Chegou a ser visto
como o maior realizador de obras depois de Juscelino Kubitschek (pavimentou 25 mil km
de estradas de rodagem).
Em 1974, após a inauguração de obras como a ponte sobre o Arroio
Chuí, ligando o Brasil ao Uruguai, e a rodovia Porto Velho-Rio Branco, deixou o poder
e seguiu para a iniciativa privada. Não tinha bom relacionamento com o sucessor de
Médici, o presidente Ernesto Geisel. Só retornou ao governo com a saída de Geisel,
quando voltou como ministro do Interior do governo de João Figueiredo.
Em setembro de 1983, Andreazza decidiu lançar sua candidatura à
Presidência da República pelo PSD. Sem o consentimento de Figueiredo, foi abandonado.
Em 11 de agosto, perdeu a indicação do partido para Paulo Maluf. Fumante de três maços
de cigarro por dia, morreu em São Paulo, no Hospital Sírio-Libanês, em 19 de abril de
1988, com câncer pulmonar.
23
Figura 15- Bahia de Guanabara
12 - A primeira travessia
24
Figura 16- em janeiro de 1974, o jipe Candango leva Andreazza e seu staff.
25
13 - As maiores pontes sobre água do mundo
26
Entre a assinatura do primeiro contrato para a construção da Ponte Rio-
Niterói, em 4 de dezembro de 1968 (governo Costa e Silva), e a inauguração, em 4 de
março de 1974, se passaram 1.890 dias. Porém, 80% das obras foram executados nos 720
dias finais, depois que o primeiro consórcio foi destituído e o novo assumiu, encerrando
seis meses de batalha judicial. A pressa ditou o ritmo neste esforço final e deixou pelo
caminho um número até hoje impreciso de operários mortos em acidentes de trabalho.
Oficialmente, o regime militar, contabilizou 33 mortes durante a obra.
Mas há quem faça uma conta de 400 baixas, tornando os pilares uma sepultura de concreto
quando não havia tempo a perder com resgates. Pela imprensa escrita, é possível concluir
que, de dezembro de 1968 a novembro de 1972, foram registrados oito acidentes fatais,
com um total de 18 mortos e mais de 30 feridos. A lista começa em 5 de novembro de
1969, quando uma explosão em uma das instalações de ar comprimido no final da
Avenida Rio de Janeiro matou o operário Domício Barbosa Lima e feriu dos
trabalhadores.
14 - Os operários e as sandálias
Os perigos não eram poucos. Trabalho nas alturas e sobre águas com
20 metros de profundidade, canteiros de obra em ritmo frenético, onde os cuidados com
a segurança do trabalho eram detalhe dispensável, e operários sem qualquer instrução
faziam parte da rotina do canteiro de obras. Fotos da construção exibem trabalhadores
com sandálias de borracha, bermudas, sem camisa, fumando enquanto martelavam ou
carregavam objetos. Capacetes e botas eram raridade.
27
Figura 18 - Operários comemoram a colocação do último vão da ponte
28
15 - OS NÚMEROS DA PONTE
Figura 19 – Números
29
Figura 20 - Operários soldam o interior das camisas metálicas, que foram fincadas no fundo do mar e servem de
base para a Ponte.
17 - A Operação
30
A Ponte viveu 21 anos sob administração pública e 19 sob a
responsabilidade da CCR Ponte, concessionária privada que assumiu o comando em
junho de 1995. Desde então, cabe a seus 600 funcionários cuidar da operação e
manutenção dos seus quase 14 quilômetros de pistas e da estrutura de concreto e aço que
a sustenta.
Cruzam a Ponte, diariamente, 153 mil veículos nos dois sentidos em
movimento pendular, casa-trabalho e trabalho-casa (86,6% são veículos leves, 4,7% de
motos e 8,7% de veículos pesados). O grande desafio da concessionária é garantir o fluxo.
Dentro dos limites de velocidade, um motorista completa a travessia em 13 minutos.
Durante os horários de pico, sobre para 45 minutos.
Se a Rio-Niterói perder uma de suas faixas neste momento (quatro em
cada sentido), o impacto no tráfego das duas cidades é brutal.
Por mês, são retirados 330 metros cúbicos de lixo (atirados pelos
ocupantes dos veículos ou cargas mal acondicionadas). Já foram recolhidos sofás,
colchões e geladeiras. Há uma semana, uma moto aquática foi retirada da pista quando
ela se desprendeu de uma caminhonete. Agentes de operação tiveram que interromper por
um instante o trânsito.
31
Figura 21- O cargueiro Iracema, do Lloyd Brasileiro, colide com os pilares 170 e 171 da Ponte
32
Figura 22- Batida envolveu cinco veículos e feriu 96 pessoas
Figura 23- Figura 23 - Acidente de automóvel que resultou na morte da cantora Maysa
19 - 40 Anos de Operação
33
Figura 24 - A operação da Ponte em 2014
O desafio é grande para que problemas que surgem com o fluxo intenso sejam
contornados. A concessionária CCR conta com 26 veículos, entre ambulâncias, guinchos
e caminhões de combate a incêndios. São 30 mil atendimentos mecânicos por ano, grande
parte deles por causa do aquecimento do motor.
Na via, há 100 ocorrências por dia (dois acidentes, em média). Cerca de
70% dos acidentes são pequenas colisões. Carretas carregadas são o maior problema para
os operadores em acidentes. Eles são, em sua maioria, causados por imprudência.
Caminhões acima de três eixos, aliás, só podem passar de 22h às 4 h do dia seguinte.
34
Figura 25 - Socorro a acidentados
35
metros acima da linha d'água e embaixo das pistas. Os ventiladores não são páreo para o
calor. O trabalho é remendar mais uma trinca no vão central da Ponte Rio-Niterói. Desde
a inauguração, 7.690 delas foram descobertas. Mas os responsáveis pela manutenção do
trecho mais famoso da ponte garantem que o vão chega aos 40 anos sólido e seguro.
20 - O Futuro
36
00:00/02:27
Márcio Roberto de Morais Silva, presidente da concessionária CCR, defende a melhoria dos acessos
Figura 26 - Mapa
37
O Ministério dos Transportes recebeu pelo menos onze manifestações
de interesse de empresas privadas interessadas a oferecer estudos que vão embasar o
edital. Além da atual concessionária, a CCR, a Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP),
a EcoRodovias, a Queiroz Galvão, a Invepar, a Empresa Global de Projetos (EGP), a
Planos Engenharia, a Carioca Christiani, a Proficiente Construções, a Odebrecht e a
Cowan pediram autorização para estudar o trecho. O Ministério ainda vai analisar os
requerimentos. As empresas autorizadas terão 120 dias para apresentar os estudos, que
incluem um novo mergulhão no lado de Niterói e um acesso por via elevada à Linha
Vermelha.
O Palácio do Planalto optou por um prazo de 20 anos para a concessão
da Ponte Rio-Niterói, igual ao do primeiro contrato de concessão de rodovias da CCR,
feito em dezembro de 1994, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Márcio Roberto garante que a CCR está no páreo.
- O resultado financeiro é pequeno, mas a ponte é uma marca nossa, a
primeira concessão do grupo. Não somos empreiteiras. Somos operadores de rodovias.
O presidente do grupo disse que, da assinatura da concessão até hoje,
foram investidos R$ 370 milhões em melhorias (entre as quais, em 2000, a substituição
do pavimento flexível do Vão Central e das Ilhas de Mocanguê e Caju por pavimento
rígido de concreto, para eliminar as constantes intervenções para manutenção, garantindo
maior fluidez e conforto aos usuários; em 2004, a Implantação do sistema ADS
(atenuadores dinâmicos sincronizados) no interior do Vão Central, para reduzir as
oscilações que ocorriam sob fortes ventos; em 2008, a construção de Bases Operacionais
Avançadas suspensas nos trechos de subida do vão central, em ambos os sentidos.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável
por assegurar a adequada prestação de serviços nas rodovias, avalia que outras mudanças,
além das melhorias nos acessos, devem ser realizadas. Diretora da agência, Natália
Marcassa de Souza lista mais prioridades.
— Um sistema que queremos modernizar, por exemplo, é o sistema
contra incêndio. Hoje, se for preciso combatê-lo, é preciso chamar caminhões-pipa.
Queremos que esse combate seja feito com hidrantes. O sistema elétrico também é
bastante antigo, precisa ser trocado. Queremos também que a iluminação seja feita com
38
lâmpadas de led — diz ela, que cita ainda a necessidade de novas baias de operação
(acostamentos).
A diretora, no entanto, diz que essas melhorias não estão incluídas no
orçamento de R$ 350 milhões:
— Isso ainda não está incluído no valor anunciado. Ainda vamos ter
que ver quais são as propostas, quais são os projetos para a melhoria da Ponte.
O deputado federal Hugo Leal (PROS-RJ) avalia como positiva a
abertura de um novo processo de escolha.
— Isso é um avanço. Insisti que a Presidência não poderia negociar, em
hipótese alguma, apenas um contrato de renovação. Assim poderemos ter novos projetos
e ideias.
O deputado acha que simples a prorrogação do contrato com a
concessionária CCR, descartada pelo governo, seria um prejuízo para o debate. Leal diz
que é preciso "abrir novas as alças" para o trânsito e que o "o momento é propício para
isso”.
Aos 45 anos de existência, a Ponte Rio Niterói vai passar pelas maiores
obras desde sua fundação: a construção do acesso direto com a Linha Vermelha e a
criação de uma via exclusiva para veículos de carga que seguem em direção ao Cais do
Porto. A expectativa da EcoPonte, a concessionária que administra a via, é que as
intervenções reduzam o trânsito em 20% na saída da ponte.
A nova alça sairá da Reta do Cais, na altura do pórtico 3, e seguirá a
partir do Arsenal de Guerra do Exército, ligando-se à Linha Vermelha na altura do Parque
Alegria. O trecho terá 2,5 km em trecho elevado e duas faixas de rolamento.
A alça para a Linha Vermelha fica pronta para o ano que vem e a via
em direção ao Cais do Porto, em 2020. Com a conclusão das obras, a promessa é melhorar
a fluidez da Ponte. Segundo o projeto, aproximadamente 15 mil veículos deixarão de
utilizar o pequeno trecho da Avenida Brasil, no Caju, para acessar a Linha Vermelha.
É do gerente de Operações da Ecoponte, Júlio Amorim, a previsão de
que o fluxo de veículos na ponte vai melhorar cerca de 20% em direção ao Rio.
39
“São duas obras que vão melhorar consideravelmente a mobilidade da
ponte e também da região central, que é o caso da Avenida Portuária. O principal ganho
é a questão da mobilidade porque estamos falando de aproximadamente 15 mil veículos
que você vai tirar de uma região que já é muito conturbada, que é a região do Cemitério
do Caju. E na Avenida Portuária, são cerca de 3 mil caminhões que vão deixar de circular
na região da rodoviária, que vão conectar direto no Cais do Porto, melhorando a fluidez
da Ponte”, completa Júlio Amorim.
O gerente de Operações garante que os motoristas não serão
surpreendidos com interdições durante a obra. “Os usuários da Ponte não terão
interferência. Talvez no momento de conexão, quando o viaduto estiver chegando já na
Ponte, talvez precise fazer algumas intervenções, mas vamos trabalhar para evitar isso, já
que mais de 90% da obra é feita fora”, explica.
Júlio explica ainda que foi preciso realizar um minucioso estudo para
reduzir o impacto social durante a obra. “O trajeto original, inicialmente previsto no
contrato, foi alterado para reduzir o impacto social. Ali, teríamos cerca de 300
desapropriações, que conseguimos reduzir para 10. Além de uma questão que teríamos
que movimentar cerca de 2 mil gavetas e túmulos do cemitério do Caju. Nós estudamos
um novo trajeto.”
Durante o período de obras, a Ecoponte informa que será realizada uma
compensação ambiental para não afetar o meio ambiente. De acordo com o porta-voz da
concessionária, serão plantadas aproximadamente mil árvores ao longo das obras.
23 - Viaduto de extensão
40
Serão duas faixas de rolamento, cada uma com 3,5m de largura em
sentido único, que deverão aliviar o trânsito na saída da Ponte e no trecho do Caju na
Avenida Brasil.
A Ecoponte começa também a construir a Avenida Portuária, via
exclusiva para veículos de carga que seguem pela Avenida Brasil em direção ao Cais do
Porto. Com 3,2 km de extensão, a Portuária terá 2,5 km de trecho compartilhado com a
alça, sairá de Manguinhos e se estende até o portão 32 do Cais do Porto.
A via terá duas faixas de rolamento, sendo uma para cada sentido, e
estimativa de tráfego de 2,6 mil veículos de carga por dia. Os investimentos para a
construção da alça da Linha Vermelha e da Avenida Portuária são de cerca de R$ 450
milhões e as obras deverão ser realizadas até o segundo semestre de 2020.
24 - Construção e inauguração
41
2,5km de extensão em trecho elevado e duas faixas de rolamento. O novo acesso deverá
melhorar o fluxo da Ponte na chegada ao Rio de Janeiro, pois cerca de 15 mil veículos
acessarão o viaduto diariamente, sem precisar passar pelo início da Avenida Brasil em
direção à Zona Oeste do Rio. Só poderão acessar a alça os veículos que têm permissão de
passar na Linha Vermelha (veículos coletivos e de passeio).
42
Conclusão
43
Referencias Bibliográficas
http://infograficos.oglobo.globo.com/pais/ponte-rio-niteroi.html
https://www.marinha.mil.br/dphdm/ponte-rio-niteroi
http://infograficos.oglobo.globo.com/pais/ponte-rio-niteroi.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_Rio%E2%80%93Niter%C3%B3i
https://diariodorio.com/historia-da-construcao-da-ponte-rio-niteroi/
https://oglobo.globo.com/rio/sete-curiosidades-sobre-ponte-rio-niteroi-16497232
http://www.abece.com.br/web/download/pdf/simposio/Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20Ern
ani%20Diaz.pdf
https://arcos.eng.br/conheca-a-historia-da-construcao-da-ponte-rio-niteroi/
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-foi-construida-a-ponte-rio-niteroi/
http://www.funceb.org.br/images/revista/24_9x6c.pdf
44