(1) A máfia dos medicamentos falsos é um dos piores crimes, colocando a saúde e a vida de doentes em risco sem seu consentimento; (2) Moacyr Scliar é um médico e escritor brasileiro que combina elementos reais e fantásticos em suas histórias; (3) O conto cria expectativa ao descrever um homem entrando em um cano, mas a reação da criança ao vê-lo não foi a esperada.
(1) A máfia dos medicamentos falsos é um dos piores crimes, colocando a saúde e a vida de doentes em risco sem seu consentimento; (2) Moacyr Scliar é um médico e escritor brasileiro que combina elementos reais e fantásticos em suas histórias; (3) O conto cria expectativa ao descrever um homem entrando em um cano, mas a reação da criança ao vê-lo não foi a esperada.
(1) A máfia dos medicamentos falsos é um dos piores crimes, colocando a saúde e a vida de doentes em risco sem seu consentimento; (2) Moacyr Scliar é um médico e escritor brasileiro que combina elementos reais e fantásticos em suas histórias; (3) O conto cria expectativa ao descrever um homem entrando em um cano, mas a reação da criança ao vê-lo não foi a esperada.
(1) A máfia dos medicamentos falsos é um dos piores crimes, colocando a saúde e a vida de doentes em risco sem seu consentimento; (2) Moacyr Scliar é um médico e escritor brasileiro que combina elementos reais e fantásticos em suas histórias; (3) O conto cria expectativa ao descrever um homem entrando em um cano, mas a reação da criança ao vê-lo não foi a esperada.
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Bloco 1 - Língua Portuguesa – 9º Ano
Em sua obra, são freqüentes questões de
Leia o texto abaixo: identidade judaica, do cotidiano da medicina e do Como opera a máfia que transformou o mundo da mídia, como, por exemplo, acontece no Brasil num dos campeões da fraude de conto “O dia em que matamos James Cagney”. medicamentos Para Gostar de Ler, volume 27. Histórias sobre Ética. Ática, 1999. É um dos piores crimes que se podem QUESTÃO 02 - A expressão sublinhada em “é cometer. As vítimas são homens, mulheres e ainda um biógrafo de mão cheia” (ℓ. 2) e (ℓ. 3) crianças doentes — presas fáceis, capturadas significa que Scliar é na esperança de recuperar a saúde perdida. A (A) crítico e detalhista. máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do (B) criativo e inconseqüente. que as quadrilhas de narcotraficantes. Quando (C) habilidoso e talentoso. alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta (D) inteligente e ultrapassado. consciência do que coloca no corpo adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios não é dada oportunidade de escolha. Para o doente, o O texto conta a história de um homem que remédio é compulsório. Ou ele toma o que o “entrou pelo cano”. médico lhe receitou ou passará a correr risco de O Homem que entrou pelo cano piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia com tanta Abriu a torneira e entrou pelo cano. A reserva. princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios Falsificados. Veja, nº 27. São Paulo: Abril, 8 jul. seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia 1998, p. 40-41. barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira. QUESTÃO 01 - Segundo a autora, “um dos Vários dias foi rodando, até que tudo se piores crimes que se podem cometer” é: tornou monótono. O cano por dentro não era (A) a venda de narcóticos. interessante. (B) a falsificação dos remédios. No primeiro desvio, entrou. Vozes de (C) a receita de remédios falsos. mulher. Uma criança brincava. Então percebeu (D) a venda abusiva de remédios. que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e Leia o texto abaixo: grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: Realidade com muita fantasia “Mamãe, tem um homem dentro da pia”. Não obteve resposta. Esperou, tudo Nascido em 1937, o gaúcho Moacyr Scliar é quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e um homem versátil: médico e escritor, igualmente ele desceu pelo esgoto. atuante nas duas áreas. Dono de uma obra literária extensa, é ainda um biógrafo de mão BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras cheia e colaborador assíduo de diversos jornais Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89. brasileiros. Seus livros para jovens e adultos são sucesso de público e de crítica e alguns já foram QUESTÃO 03 - O conto cria uma expectativa no publicados no exterior. leitor pela situação incomum criada pelo enredo. Muito atento às situações-limite que O resultado não foi o esperado porque: desagradam à vida humana, Scliar combina em (A) a menina agiu como se fosse um fato seus textos indícios de uma realidade bastante normal. concreta com cenas absolutamente fantásticas. A (B) o homem demonstrou pouco interesse convivência entre realismo e fantasia é em sair do cano. harmoniosa e dela nascem os desfechos (C) as engrenagens da tubulação não surpreendentes das histórias. funcionaram. (D) a mãe não manifestou nenhum QUESTÃO 04 - Uma frase que resume a interesse pelo fato. idéia principal do texto é:
(A) A amazônia deixará de ser fonte potencial
Leia o texto abaixo: de alimentos. O ouro da biotecnologia (B) O Brasil não transforma riqueza natural em financeira. Até os bebês sabem que o patrimônio (C) Os Índios deixam animais e plantas serem natural do Brasil é imenso. Regiões como a levados. Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica - ou o (D) Os estrangeiros registraram diversos que restou dela - são invejadas no mundo todo produtos. por sua biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do Leia o texto abaixo: que se costuma pensar. A quantidade de água As enchentes de minha infância doce, madeira, minérios e outros bens naturais Sim, nossa casa era muito bonita, verde, é amplamente citada nas escolas, nos jornais e com uma tamareira junto à varanda, mas eu nas conversas. O problema é que tal exaltação invejava os que moravam do outro lado da rua, ufanista (“Abençoado por Deus e bonito por onde as casas dão fundos para o rio. Como a natureza”) é diretamente proporcional à casa dos Martins, como a casa dos Leão, que desatenção e ao desconhecimento que ainda depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa vigoram sobre essas riquezas. com varanda fresquinha dando para o rio. Estamos entrando numa era em que, Quando começavam as chuvas a gente ia muito mais do que nos tempos coloniais toda manhã lá no quintal deles ver até onde (quando pau-brasil, ouro, borracha etc. eram chegara a enchente. As águas barrentas subiam levados em estado bruto para a Europa), a primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois exploração comercial da natureza deu um salto às bananeiras, vinham subindo o quintal, de intensidade e refinamento. Essa revolução entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio tem um nome: biotecnologia. Com ela, a da noite, o volume do rio cresceu tanto que a Amazônia, por exemplo, deixará em breve de família defronte teve medo. ser uma enorme fonte “potencial” de alimentos, Então vinham todos dormir em nossa casa. cosméticos, remédios e outros subprodutos: ela Isso para nós era uma festa, aquela faina de o será de fato - e de forma sustentável. Outro arrumar camas nas salas, aquela intimidade exemplo: os créditos de carbono, que terão de improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ser comprados do Brasil por países que poluem ficavam todas contentes, riam muito; como se mais do que podem, poderão significar forte fazia café e se tomava café tarde da noite! E às entrada de divisas. vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso Com sua pesquisa científica carente, porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos idefinição quanto à legislação e dificuldades a favor da enchente, ficávamos tristes de nas questões de patenteamento, o Brasil não manhãzinha quando, mal saltando da cama, consegue transformar essa riqueza natural em íamos correndo para ver que o rio baixara um riqueza financeira. Diversos produtos palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do autóctones, como o cupuaçu, já foram Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, registrados por estrangeiros - que nos dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído obrigarão a pagar pelo uso de um bem original chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir então dormíamos sonhando que a enchente ia algo em escala com ele. Além disso, a outra vez crescer, queríamos sempre que aquela biopirataria segue crescente. Até mesmo os fosse a maior de todas as enchentes. índios deixam que plantas e animais sejam BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed.Rio levados ilegalmente para o exterior, onde de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157. provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a QUESTÃO 05 - A expressão que revela uma nova realidade econômica global, ou continuará opinião sobre o fato “... vinham todos dormir perdendo dinheiro como fruta no chão. em nossa casa” (ℓ. 10), é (A) “Às vezes chegava alguém a arquitetônicos tornaram-se visíveis. As imagens cavalo...” mostram até que nas casas dos ricos se comia (B) “E às vezes o rio atravessava a pão branco, de farinha de trigo, enquanto na rua...” dos pobres comia-se pão preto, de centeio. (C) “e se tomava café tarde da noite!” Outro megaprojeto, para ser concluído em (D) “Isso para nós era uma festa...” 2020, da Universidade da Califórnia, trata da restauração virtual da história de Roma, desde os primeiros habitantes, no século XV a.C., até Leia o texto abaixo: a decadência, no século V. Guias turísticos virtuais conduzirão o visitante por paisagens animadas por figurantes. Edifícios, monumentos, ruas, aquedutos, termas e sepulturas desfilarão, interativamente. Será possível percorrer vinte séculos da história num dia. E ver com os próprios olhos tudo aquilo que a literatura esforçou-se para contar com palavras. Revista Superinteressante, dezembro de 1998, p. 63.
QUESTÃO 06 - A atitude de Romeu em Texto I relação a Dalila revela: (A) compaixão. Monte Castelo (B) companheirismo. (C) insensibilidade. Ainda que eu falasse a língua dos homens (D) revolta. E falasse a língua dos anjos, Sem amor, eu nada seria.
Leia o texto abaixo: É só o amor, é só o amor
A antiga Roma ressurge em cada detalhe Que conhece o que é verdade; O amor é bom, não quer o mal, Não sente inveja ou se envaidece. Dos 20.000 habitantes de Pompéia, só dois escaparam da fulminante erupção do Amor é fogo que arde sem se ver; vulcão Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C. É ferida que dói e não se sente; Varrida do mapa em horas, a cidade só foi É um contentamento descontente; encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de É dor que desatina sem doer. cinzas. Por ironia, a catástrofe salvou Pompéia dos conquistadores e preservou-a para o futuro, Ainda que eu falasse a língua dos homens como uma jóia arqueológica. Para quem já E falasse a língua dos anjos, esteve lá, a visita é inesquecível. Sem amor eu nada seria. A profusão de dados sobre a cidade permitiu ao Laboratório de Realidade Virtual É um não querer mais que bem querer; Avançada da Universidade Carnegie Mellon, É solitário andar por entre a gente; nos Estados Unidos, criar imagens minuciosas, É um não contentar-se de contente; com apoio do instituto Americano de É cuidar que se ganha em se perder. Arqueologia. Milhares de detalhes É um estar-se preso por vontade; Telenovelas empobrecem o país É servir a quem vence o vencedor; É um ter com quem nos mata lealdade, Parece que não há vida inteligente na Tão contrário a si é o mesmo amor. telenovela brasileira. O que se assiste todos os dias às 6, 7 ou 8 horas da noite é algo muito Estou acordado, e todos dormem, todos pior do que os mais baratos filmes “B” dormem, todos dormem. americanos. Os diálogos são péssimos. As Agora vejo em parte, atuações, sofríveis. Três minutos em frente a Mas então veremos face a face. qualquer novela são capazes de me deixar É só o amor, é só o amor absolutamente entediado – nada pode ser mais Que conhece o que é verdade. previsível. Ainda que eu falasse a língua dos homens E falasse a língua dos anjos, Antunes Filho. Veja, 11/mar/96. Sem amor eu nada seria. Legião Urbana. As quatro estações. EMI, 1989 – Adaptação de Texto II Renato Russo: I Coríntios 13 e So- neto 11, de Luís de Camões. Novela é cultura Texto II Veja – Novela de televisão aliena? Soneto 11 Maria Aparecida – Claro que não. Considerar a Amor é fogo que arde sem se ver; telenovela um produto cultural alienante é um É ferida que dói e não se sente; tremendo preconceito da universidade. Quem É um contentamento descontente; acha que novela aliena está na verdade É dor que desatina sem doer; chamando o povo de débil mental. Bobagem imaginar que alguém é induzido a pensar que a É um não querer mais que bem querer; vida é um mar de rosas só por causa de um É solitário andar por entre a gente; enredo açucarado. A telenovela brasileira é um É nunca contentar-se de contente; produto cultural de alta qualidade técnica, e É cuidar que se ganha em se perder; algumas delas são verdadeira obras de arte. Veja, 24/jan/96. É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence o vencedor; QUESTÃO 09 - Com relação ao tema É ter com quem nos mata lealdade. “telenovela” (A) nos textos I e II, encontra-se a mesma Mas como causar pode seu favor opinião sobre a telenovela. Nos corações humanos amizade, (B) no texto I, compara-se a qualidade das Se tão contrário a si é o mesmo amor? novelas aos melhores filmes america- nos. Luís Vaz de Camões. Obras completas. (C) no texto II, algumas telenovelas Lisboa: Sá da Costa, 1971. brasileiras são consideradas obras de arte. QUESTÃO 08 - O texto I difere do texto II (D) no texto II, a telenovela é considerada uma bobagem. (A) na constatação de que o amor pode levar até à morte. (B) na exaltação da dor causada pelo Leia o texto abaixo: sofrimento amoroso. A floresta do contrário (C) na expressão da beleza do sentimento dos que amam. Todas as florestas existem antes dos (D) na rejeição da aceitação passiva do homens. sofrimento amoroso. Elas estão lá e então o homem chega, Leia os textos abaixo: vai destruindo, derruba as árvores, começa Texto I a construir prédios, casas, tudo com muito – Em tempo de eleição, nunca – retrucou tijolo e concreto. E poluição também. o outro. – Ou o cidadão manifesta sua Mas nesta floresta aconteceu o preferência política ou é um sabotador do contrário. O que havia antes era uma cidade processo de abertura democrática. – O voto é secreto. dos homens, dessas bem poluídas, feia, suja, – É secreto, mas a camiseta não é, muito meio neurótica. pelo contrário. Ainda há gente neste país que Então as árvores foram chegando, ocupando não assume a sua responsabilidade cívica, se novamente o espaço, conseguiram expulsar esconde feito avestruz e... toda aquela sujeira e se instalaram no lugar. – Ah, pelo que vejo o amigo não aprova É o que se poderia chamar de vingança da as pessoas que gostam de usar uma camiseta natureza – foi assim que terminou seu relato o limpinha, sem inscrição, na cor natural em que amigo beija-flor. saiu da fábrica. Por isso ele estava tão feliz, beijocando (...). todas as flores – aliás, um colibri bem assanhado, passava flor por ali, ele já sapecava DRUMMOND, Carlos. Moça deitada na um beijão. grama. Rio de Janeiro: Record, 1987, p. 38- Agora o Nan havia entendido por que uma 40. ou outra árvore tinha parede por dentro, e ele achou bem melhor assim. QUESTÃO 11 - O conflito em torno do qual se Algumas árvores chegaram a engolir desenvolveu a narrativa foi o fato de: casas inteiras. (A) alguém aparecer com uma camiseta sem Era um lugar muito bonito, gostoso de se nenhuma inscrição. ficar. Só que o Nan não podia, precisava partir (B) muitas pessoas não assumirem sua sem demora. Foi se despedir do colibri, mas ele responsabilidade cívica. já estava namorando apertado a uma outra florzinha, era melhor não atrapalhar. (C) um senhor comentar que o cidadão goza LIMA, Ricardo da Cunha. Em busca do tesouro de de total liberdade. Magritte. São Paulo: FTD, 1988. (D) alguém comentar que a camiseta, ao contrário do voto, não é secreta. QUESTÃO 10 - No trecho “Elas estão lá e então o homem chega,...” (ℓ. 2), a palavra destacada re-fere-se a: Bloco 2 - Língua (A) flores. Portuguesa (B) casas. (C) florestas. Leia o texto abaixo. (D) árvores. O homem que entrou pelo cano
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A
Leia o texto abaixo: princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. O que dizem as camisetas Depois se acostumou. E, com a água, foi (Fragmento) seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, Apareceram tantas camisetas com era uma seção que terminava em torneira. inscrições, que a gente estranha ao deparar Vários dias foi rodando, até que tudo se com uma que não tem nada escrito. tornou monótono. O cano por dentro não era – Que é que ele está anunciando? – interessante. indagou o cabo eleitoral, apreensivo. – Será No primeiro desvio, entrou. Vozes de que faz propaganda do voto em branco? Devia mulher. Uma criança brincava. ser proibido! Então percebeu que as engrenagens – O cidadão é livre de usar a camiseta giravam e caiu numa pia. À sua volta era um que quiser – ponderou um senhor moderado. branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um Leia o texto abaixo homem dentro da pia”. Minha Sombra Não obteve resposta. Esperou, tudo De manhã a minha sombra quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e com meu papagaio e o meu macaco ele desceu pelo esgoto. começam a me arremedar.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras
E quando eu saio Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89. a minha sombra vai comigo QUESTÃO 12 - Na frase “Mamãe, tem um fazendo o que eu faço homem dentro da pia.” (ℓ. 9), o verbo seguindo os meus passos. empregado representa, no contexto, uma marca de: Depois é meio-dia. (A) registro oral formal. E a minha sombra fica do tamaninho (B) registro oral informal. de quando eu era menino. (C) falar regional. (D) falar caipira. Depois é tardinha. E a minha sombra tão comprida brinca de pernas de pau. Leia o texto abaixo Seja Criativo: Fuja das Desculpas Manjadas Minha sombra, eu só queria ter o humor que você tem, Entrevista com teens, pais e psicólogos ter a sua meninice, mostram que os adolescentes dizem sempre a ser igualzinho a você. mesma coisa quando voltam tarde de uma festa. E de noite quando escrevo, Conheça seis desculpas entre as mais usadas. fazer como você faz, Uma sugestão: evite-as. Os pais não acreditam. como eu fazia em criança: — Nós tivemos que ajudar uma senhora que estava passando muito mal. Até o socorro Minha sombra chegar... A gente não podia deixar a você põe a sua mão pobre velhinha sozinha, não é? por baixo da minha mão, — O pai do amigo que ia me trazer bateu o vai cobrindo o rascunho dos meus poemas carro. sem saber ler e escrever. Mas não se preocupem, ninguém se machucou! — Cheguei um minuto depois do ônibus ter LIMA, Jorge de. Minha Sombra In: Obra Completa. partido. Aí tive de ficar horas esperando uma 19. ed. Rio de Janeiro: José Aguillar Ltda., 1958. carona... QUESTÃO 14 - De acordo com o texto, a — Você acredita que o meu relógio parou e eu sombra imita o menino: nem percebi? (A) de manhã. — Mas vocês disseram que hoje eu podia (B) ao meio-dia. chegar tarde, não se lembram? (C) à tardinha. — Eu tentei avisar que ia me atrasar, mas o (D) à noite. telefone daqui só dava ocupado!
QUESTÃO 13 - De acordo com o texto, os pais Leia o texto abaixo
não acreditam em: Prezado Senhor, (A) adolescentes. Somos alunos do Colégio Tomé de Souza e (B) psicólogos. temos interesse em assuntos relacionados a (C) pesquisas. aspectos históricos de nosso país, (D) desculpas. principalmente os relacionados ao cotidiano de nossa História, como era o dia a dia das pessoas, como eram as escolas, a relação entre e a minha alcova tem a tepidez de um ninho. pais e filhos etc. Vínhamos acompanhando Entra, ao menos até que as curvas do caminho regularmente os suplementos publicados por se banhem no esplendor nascente da alvorada. esse importante jornal. Mas agora não encontramos mais os artigos tão interessantes. E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa, Por isso, resolvemos escrever-lhe e solicitar essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua, mais matérias a respeito. podes partir de novo, ó nômade formosa! Já não serei tão só, nem irás tão sozinha. QUESTÃO 15 - O tema de interesse dos Há de ficar comigo uma saudade tua... alunos é: Hás de levar contigo uma saudade minha... (A) cotidiano. WAMOSY, Alceu. Livro dos Sonetos. L&PM. (B) escola. (C) História do Brasil. QUESTÃO 17 - No verso "e a minha alcova tem (D) relação entre pais e filhos. a tepidez de um ninho" (v. 6), a expressão sublinhada dá sentido de um lugar: Leia o texto abaixo (A) aconchegante. O Sapo (B) belo.
(C) brando. Era uma vez um lindo príncipe por quem todas (D) elegante. as moças se apaixonavam. Por ele também se apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em Leia o texto abaixo casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou O Drama das Paixões Platônicas muito brava. "Se não vai casar comigo não vai na Adolescência se casar com ninguém mais!" Olhou fundo nos Bruno foi aprovado por três dos sentidos de olhos dele e disse: "Você vai virar um sapo!" Ao Camila: visão, olfato e audição. Por isso, ela ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção. precisa conquistá-lo de qualquer maneira. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a Matriculada na 8ª série, a garota está palavra feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo. determinada a ganhar o gato do 3º ano do ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994. Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma especialista na arte da QUESTÃO 16 - No trecho "O príncipe NEM azaração. A tarefa não é simples, pois o moço LIGOU e a bruxa ficou muito brava", a só tem olhos para Lúcia - justo a maior "crânio" expressão destacada significa que: da escola. (A) não deu atenção ao pedido de E agora, o que fazer? Camila entra em dieta casamento. espartana e segue as leis da conquista (B) não entendeu o pedido de casamento. elaboradas pela amiga. (C) não respondeu à bruxa. Revista Escola, março 2004, p. 63 (D) não acreditou na bruxa. QUESTÃO 18 - Pode-se deduzir do texto que Bruno: (A) chama a atenção das meninas. (B) é mestre na arte de conquistar. Leia o texto abaixo (C) pode ser conquistado facilmente. Duas Almas (D) tem muitos dotes intelectuais.
Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada,
entra, e sob este teto encontrarás carinho: eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho, Leia o texto abaixo vives sozinha sempre, e nunca foste amada... Vínculos, As Equações da Matemática da Vida. A neve anda a branquear, lividamente, a estrada, Quando você forma um vínculo com Atualmente, após todas essas alguém, forma uma aliança. Não é à toa que o experiências, eu sinto as pessoas procurando uso de alianças é um dos símbolos mais outro tipo de equação: 1 + 1 = 3. Para a antigos e universais do casamento. O círculo aritmética ela pode não ter lógica, mas faz dá a noção de ligação, de fluxo, de sentido continuidade. Quando se forma um vínculo, a do ponto de vista emocional e existencial. energia flui. E o vínculo só se mantém vivo se Existem você, eu e a nossa relação. O vínculo essa energia continuar fluindo. Essa é a idéia de entre nós é algo diferente de uma simples mutualidade, de troca. Nessa caminhada da somatória de nós dois. Nessa proposta de vida, ora andamos de mãos dadas, em sintonia, casamento, o que é meu é meu, o que é seu é deixando a energia fluir, ora nos distanciamos. seu e o que é nosso é nosso. Desvios sempre existem. Podemos nos Talvez aí esteja a grande mágica que hoje perder em um deles e nos reencontrar logo buscamos, a de preservar a individualidade sem adiante. A busca é permanente. destruir o vínculo afetivo. Tenho que preservar o O que não se pode é ficar constantemente fora meu eu, meu processo de descoberta, de sintonia. realização e crescimento, sem destruir a Antigamente, dizia-se que as pessoas relação. Por outro lado, tenho que preservar o procuravam se completar através do outro, vínculo sem destruir a individualidade, sem me buscando sua metade no mundo. A equação anular. era: 1/2 + 1/2 = 1. Acho que assim talvez possamos chegar ao ano "Para eu ser feliz para sempre na vida, tenho 2000 um pouco menos divididos entre a sede que ser a metade do outro." Naquela loteria do de expressão individual e a fome de amor e de casamento, tirar a sorte grande era achar a sua partilhar a vida. Um pouco mais inteiros e cara-metade. felizes. Com o passar do tempo, as pessoas foram Para isso, temos que compartilhar com nossos desenvolvendo um sentido de individualização companheiros de uma verdadeira intimidade. maior e a equação mudou. Ficou: 1 + 1 = 1. Ser íntimo é ser próximo, é estar estreitamente "Eu tenho que ser eu, uma pessoa inteira, com ligado por laços de afeição e confiança. todas as minhas qualidades, meus defeitos, MATARAZZO, Maria Helena. Amar É Preciso. minhas limitações. Vou formar uma unidade 22. ed. São Paulo: Editora Gente, 1992, p. 19-21 com meu companheiro, que também é um ser inteiro." Mas depois que esses dois seres QUESTÃO 19 - O texto trata inteiros se encontravam, era comum fundirem- PRINCIPALMENTE, se, ficarem grudados num casamento fechado, (A) da exatidão da matemática da vida. tradicional. Anulavam-se mutuamente. (B) dos movimentos de libertação feminina. Com a revolução sexual e os movimentos (C) da loteria do sucesso no casamento. de libertação feminina, o processo de (D) do casamento no passado e no presente individuação que vinha acontecendo se radicalizou. E a equação mudou de novo: 1 + 1 = 1 + 1. Era o "cada um na sua". "Eu tenho que Leia o texto abaixo resolver os meus problemas, cuidar da minha As Amazônias própria vida. Você deve fazer o mesmo. Na minha independência total e Esse tapete de florestas com rios azuis que autossuficiência absoluta, caso com você, que os astronautas viram é a Amazônia. Ela cobre também é assim." Em nome dessa mais da metade do território brasileiro. Quem independência, no entanto, faltou viaja pela região não cansa de admirar as sintonia, cumplicidade e compromisso afetivo. É belezas da maior floresta tropical do mundo. No a segunda crise do casamento que início era assim: água e céu. acompanhamos nas décadas de 70 e 80. É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas,cortada pelo amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios desaguando no Amazonas. É água que Leia o texto abaixo: não acaba mais. A função da arte SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995. Diego não conhecia o mar. O pai, QUESTÃO 20 - O texto trata: Santiago Kovadloff, levou-o para que desco- (A) da importância econômica do rio Amazonas. brisse o mar. (B) das características da região Amazônica. Viajaram para o Sul. (C) de um roteiro turístico da região do Amazonas. Ele, o mar, estava do outro lado das (D) do levantamento da vegetação amazônica. dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus Leia o texto abaixo olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto MAR MORTO fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, Para quem não sabe nadar, entrar na tremendo, gaguejando, pediu ao pai: água do mar ou na piscina é sempre – Me ajuda a olhar! complicado. Precisa de colo de alguém ou de bóia de plástico. GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Trad. Eric Mas existe um mar em que nada afunda, Nepomuceno 5ª ed. Porto Alegre: Editora L & PM, 1997. de tanto sal que existe em sua água. Esse mar fica entre dois países do Oriente, Israel e a QUESTÃO 22 - O menino ficou tremendo, Jordânia, e se chama Mar Morto. Na verdade, gaguejando porque não é um mar: é um grande lago, onde deságua (A) a viagem foi longa. o rio Jordão. Ele está 392 metros abaixo do (B) as dunas eram muito altas. nível do mar, e é o ponto mais baixo de toda a (C) o mar era imenso e belo. superfície do planeta. De tão grande, parece (D) o pai não o ajudou a ver o mar. mesmo um mar: tem 85 quilômetros de comprimento e 17 quilômetros de largura. É tanto sal em suas águas que não tem peixe, alga ou camarão que consiga viver ali dentro. Por isso o nome de Mar Morto. A lama que existe no fundo faz muito bem para a pele e tem propriedades medicinais. As pessoas vão ao Mar Morto também para fazer tratamento de beleza com lama! Não é preciso mergulhar no sal para ir atrás dessa poção mágica de beleza. Perto dali, existem lojinhas que vendem sabonete feito com a lama do fundo do lago. O Mar Morto é realmente um lugar diferente! Só vendo para acreditar.