Geografia 05

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Aula 05

IBGE - Temporários (Agente Pesquisa


Mapeamento) Geografia 2021
(Pós-Edital)

Autor:
Leandro Signori
Aula 05

5 de Abril de 2021

11642088617 - rodrigo da silva genelhu


Leandro Signori
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Sumário

Dinâmica da população brasileira (fluxos migratórios, áreas de crescimento e de perda


populacional).................................................................................................................................................... 2

1 – A distribuição da população no território nacional ......................................................................... 2

2 - Fluxos migratórios ................................................................................................................................. 4

2.1 Migrações no Brasil .......................................................................................................................... 5

3 - Dinâmica e estrutura demográfica .................................................................................................... 11

3.1 A miscigenação da população brasileira .................................................................................... 17


1165233

3.2 Reforma da Previdência ................................................................................................................. 18

Questões Comentadas ................................................................................................................................. 20

Lista de Questões.......................................................................................................................................... 58

Gabarito .......................................................................................................................................................... 78

Resumo ........................................................................................................................................................... 79

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DINÂMICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA (FLUXOS


MIGRATÓRIOS, ÁREAS DE CRESCIMENTO E DE PERDA
POPULACIONAL).

1 – A distribuição da população no território nacional

A distribuição da população brasileira é bastante desigual: enquanto a maior parte do território brasileiro
é composta por áreas de baixa densidade demográfica, alguns estados e regiões concentram significante
parcela do contingente populacional. Os gráficos, mapas e tabelas abaixo, elaboradas de acordo com dados
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), especificamente do Censo Demográfico de 2010,
evidenciam melhor este cenário.

O Brasil, tinha em 2010, 190 milhões de habitantes, sendo o quinto país mais populoso do mundo. Para
2018, o IBGE estimou a população em 208,5 milhões. Deste montante, quase a metade (42%), está no
Sudeste, sendo de longe, é a região mais populosa do país, que concentrando 80 milhões de habitantes,
possui mais de 40 milhões somente no Estado de São Paulo, mais de 20 milhões em sua Região Metropolitana
e aproximadamente 11 milhões somente na capital São Paulo.

Já as menos populosas são as regiões Norte e Centro-Oeste, cujas populações somadas, apresentam valores
inferiores, por exemplo, a do já citado estado de São Paulo. Interessante salientar que a população urbana
é maioria absoluta em todas as regiões. O Nordeste é a região que possui a maior quantidade de habitantes
residindo em área rural, totalizando mais de 14,3 milhões de habitantes.

Nos mapas a seguir é possível observar estas disparidades. De forma geral, a população brasileira está
concentrada próxima ao litoral, a leste, nos estados do Sul, Sudeste, e Nordeste, como São Paulo, Rio de
Janeiro, Pernambuco, Bahia, e Rio Grande do Sul. Já o interior do país é pouco habitado, onde situam-se as

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regiões Norte e Centro-Oeste, e estados como por exemplo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, e Amazonas.
Em suma, o Brasil é muito populoso, mas nem todas as áreas são povoadas.

A tabela a seguir mostra a população de cada região e estado nos censos de 2000 e 2010 e o percentual de
crescimento demográfico neste período. São Paulo é o estado de maior população e Roraima o de menor
população. O maior percentual de crescimento foi na região Norte e o menor na Sul. O maior percentual
de crescimentos por estado ocorreu no Amapá e o menor no Rio Grande do Sul.

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2 - Fluxos migratórios

Vamos iniciar este tópico revisando alguns conceitos básicos para o nosso estudo:

• Migrante é um termo genérico para qualquer pessoa que se desloque do país, estado ou região em
que nasceu.

• Emigrante é quem deixa o seu local de nascimento para viver em outro país, estado ou região.

• Imigrante é aquele que entrou em outro país, estado ou região para ali viver.

• Imigrante irregular ou ilegal é a pessoa que não é aceita oficialmente pelo governo do país em que
chega.

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• Refugiado - é uma categoria específica de emigrante, é a pessoa que muda de região ou país para
fugir de guerras, conflitos internos, perseguição (política, étnica, religiosa, de gênero etc.), violação dos
direitos humanos, fomes ou catástrofes naturais.

• Solicitante de asilo - é a pessoa que pediu proteção internacional e aguarda a concessão do status de
refugiado.

• Asilado - é o refugiado aceito oficialmente pelo país ao qual pediu refúgio.

Visto esses conceitos é importante sabermos que tanto as migrações que ocorrem globalmente, como as
que ocorrem internamente estão ligadas sempre a busca de uma vida melhor. Aquele que emigra, busca
melhorar as condições de sua existência, como uma melhor condição de trabalho, uma renda melhor,
educação, saúde, um menor custo de vida, lugares mais tranquilos e seguros para se viver, etc. Via de regra,
a migração vai ocorrer de regiões menos desenvolvidas para regiões mais desenvolvidas, mas não de forma
absoluta.

Ruptura e reintegração são dois grandes problemas socioculturais que as populações migrantes enfrentam:
A dificuldade do desligamento da sua região e cultura de origem, sobretudo devido as condições de distância,
mudança da paisagem e da necessidade de integração na cultura que acaba de ingressar. As relações sociais
estabelecidas entre a população do local que recebe o imigrante e o indivíduo que migrou, são muitas vezes
conflituosas. O imigrante procurando manter sua identidade, social e linguística, torna-se o símbolo de
fatores de identificação do “forasteiro” nos locais em que tenha chegado.

Estes conflitos acabam gerando discriminação e segregação criadoras dos guetos étnicos e
culturais de migrantes, vindos do exterior ou do próprio país. Nos momentos de crise do mercado
de trabalho, essa segregação aumenta em relação aos imigrantes, considerados usurpadores
(tomadores) das oportunidades de trabalho. Há tanto esbarramento cultural quanto o social:
preconceito sofrido, por exemplo, pelos islâmicos que tem migrado em massa para Europa, o que
causa conflitos pela disputa de vagas de trabalho, aumentando ainda mais a xenofobia, ou seja, a aversão,
o medo e a discriminação do estrangeiro.

Como a maior parte dos que migram é composta por populações de baixa renda, a condição
de pobreza e mesmo de miséria em que vivem, expressas pelas condições precárias das moradias,
transforma-se no símbolo da deterioração da vida social. Favelas e cortiços passam a ser os locais
de moradia da maior parte dos imigrantes e são raros os casos de ascensão social.

2.1 Migrações no Brasil

As migrações no Brasil podem ser divididas em dois tipos: as migrações externas, quando o fluxo de
imigração tem origem em outros países com destino ao território nacional; e as migrações internas, quando
há a movimentação de pessoas dentro do próprio território brasileiro, sendo de estado para estado, ou de
município para município. Em primeiro lugar, vamos tratar das migrações externas, isto é, do fluxo de
pessoas que saem e entram no Brasil.

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Os primeiros imigrantes que chegaram ao que hoje é o Brasil foram os colonizadores portugueses, os
conquistadores, que trouxeram de forma forçada para a nossa terra, o negro, na condição de escravos, o
que se caracterizou como uma migração forçada. Estima-se que entre os séculos XV e XVIII, tenham entrado
4,8 milhões de negros escravizados no litoral do Brasil, morrendo, nas péssimas condições dos navios
negreiros, cerca de 300 mil. Provenientes de diversas etnias e regiões do continente africano, foram
utilizados como mão de obra principalmente nas lavouras de cana, na criação de gado, e posteriormente, na
extração de ouro. No Censo de 1872, 15% da população de 10 milhões de habitantes era composta por
escravos.

Após a proibição do tráfico de escravos (Lei Eusébio de Queirós de 1850) e a abolição da escravatura em
1888, havia a necessidade de “importar” trabalhadores europeus para suprir as necessidades de mão de
obra. Influenciada pelo darwinismo social e pelo positivismo, parte da elite econômica acreditava que o
branqueamento da população seria benéfico à economia e a à cultura do Brasil. Ao invés de empregar os
negros libertos, preferiu-se, na época, “melhorar” a população estimulando a imigração branca, deixando a
população mestiça às margens da sociedade e dando origem assim, às primeiras favelas.

Assim, por meio das políticas nacionais de imigração, e devido ao excesso de população
provocado pela industrialização e pela urbanização na Europa, entre 1884 e 1959, entraram, no Brasil, quase
5 milhões de imigrantes, sendo a maioria composta por italianos e portugueses, sendo expressivo também,
o número de espanhóis, alemães, japoneses e sírios.

Assim, nos séculos XIX e XX, a imigração foi responsável por impulsionar a economia brasileira,
principalmente servindo de mão de obra às plantações de café. Ao contrário do que ocorrera anteriormente
com os escravos africanos, os imigrantes europeus e asiáticos, isto é, que tinham pele branca, trabalhavam
em regime de mão de obra assalariada.

Apesar de serem assalariados, ao chegarem às fazendas, os colonos se deparavam com condições insalubres
de trabalho, como higiene precária, ausência de estrutura médica e educacional, e abusos físicos e
psicológicos de capatazes e regime análogo à escravidão Tais fatos levaram a Itália a proibir a imigração
subsidiada para o Brasil no início do século XX; período no qual iniciou-se a migração de muitos japoneses
para o Brasil para suprir a carência de mão de obra.

Durante o século XX, com a Crise da Bolsa de Valores de Nova York (1929) e a Crise do Café (década de 1930),
a imigração externa diminuiu significativamente. Diante do péssimo cenário econômico e da falta de
empregos, o governo de Getúlio Vargas estabeleceu a Lei de Cotas (1934) que limitava e regulava a entrada
de imigrantes, exceto os portugueses. Assim, a partir deste período, predominaram as imigrações internas.
A partir dos anos 1930, com o início da industrialização do Brasil – principalmente nos grandes centros do
Sudeste como São Paulo e Rio de Janeiro, houve um aumento expressivo dos fluxos internos de migração.

Iniciado na década de 1930, o êxodo rural vai se intensificar nas décadas de 1940 e 1950. Incentivada por
Getúlio Vargas e pelo desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek, a indústria nacional deu um grande salto
na década de 1950, sobretudo nos setores químico, petrolífero e siderúrgico. Nesta época, prevaleceram a
imigração das regiões Nordeste e Norte para o Sudeste em processo de industrialização, bem como à
imigração para a recém-criada Brasília, no Centro Oeste.

Entre os anos 1940 e 1950, devido à industrialização, as imigrações externas voltam a aumentar após duas
décadas de estagnação. Nesta década, de acordo com o Anuário Estatístico do IBGE, entraram mais de

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500.000 imigrantes, principalmente europeus. Após a década de 1960, há uma nova queda na migração
externa.

Entre os anos 1950 e 1980, os nordestinos migraram em massa para a Região Sudeste, em especial São
Paulo e Rio de Janeiro. Saindo do Nordeste, os “paus de arara” – veículos de precárias condições de
transporte – também rumaram para o Centro-Oeste (em destaque Brasília e circunvizinhanças), e para as a
Amazônia, terra de novas possibilidades econômicas como a extração mineral e à agricultura estimulada
pelo estado. Fugindo da pobreza e da seca e almejando melhores condições de trabalho, e servindo
principalmente para mão de obra nos setores de construção civil, indústria e serviços, estes migrantes
ajudaram a solidificar grande parte da economia nacional.

Exemplo de "pau de arara", veículo utilizado no transporte entre o


Nordeste e o Sudeste

A partir dos anos 1970, receoso da existência de vazios demográficos, e tentando ocupar e estimular a
economia regional, o Governo Militar iniciou uma grande política de ocupação territorial nas regiões Centro-
Oeste e Norte, em destaque ao bioma da Amazônia, considerado na época, um “inferno verde” sem
perspectivas econômicas. A construção da Rodovia Transamazônica e a distribuição de lotes gratuitos a quem
se dispusesse à ocupa-los e torna-los produtivos estimulou a migração para estados como Rondônia,
Amazonas, e Pará, fluxo este, originado principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

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Propaganda elaborada pelo Governo Militar para estimular a ocupação da Amazônia


(figura adaptada para este material didático)

Entre as décadas de 1970 e 1980, com o avanço da agricultura mecanizada e da monocultura, sobretudo o
cultivo de soja, houve grande migração para as novas fronteiras agrícolas do Cerrado e da Amazônia,
acarretando – além dos problemas ambientais decorrentes deste tipo de atividade – uma significante
ocupação do Centro-Oeste e de porções do Norte brasileiro.

A partir da década de 1990, as migrações inter-regionais se tornaram significativamente menos intensas. O


século XXI segue registrando uma diminuição dos fluxos migratórios entre regiões. São razões para isso a
lenta redistribuição das indústrias para outras regiões, o avanço da urbanização e o surgimento de novos
polos de desenvolvimento, em cidades médias de todas as regiões, que diminuem o poder de atração das
grandes regiões metropolitanas como São Paulo e Rio de Janeiro.

O último censo demográfico permite analisar os movimentos migratórios no espaço de cinco anos, entre
2005 e 2010. Nesse período, o Centro-Oeste foi a região brasileira que proporcionalmente mais recebeu
imigrantes. O crescimento do agronegócio movimenta a economia regional e é o principal fator de atração.
Contudo, em números absolutos, o Sudeste continua sendo a região que mais recebe imigrantes.

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O Nordeste ainda “exporta” mais migrantes do que recebe e é a única região na qual isso ocorre. Mesmo
ampliando suas atividades econômicas, o Nordeste perde habitantes nas trocas com outras regiões. Com a
melhoria da situação econômico-social e das oportunidades de trabalho na região, há um movimento de
retorno de emigrados, principalmente do Sudeste.

Segundo dados do IBGE, em 2011, 40% dos habitantes do país não eram naturais do município em que
moravam e cerca de 16% deles não era procedente da unidade da federação em que moravam.

Esses números mostram que predominam movimentos migratórios dentro do estado de origem e que há
um crescimento dos fluxos urbano-urbano e intra metropolitano, isto é, aumenta o número de pessoas que
migram de uma cidade para outra no mesmo estado ou em determinada região metropolitana em busca de
melhores condições de moradia.

Atualmente, dados recentes revelam que a migração externa tem aumentado no Brasil. Esta que tinha
diminuído nos anos 1930, se elevado nos anos 1950, e novamente encolhido entre as décadas de 1960 e
1990, está novamente crescendo

Interessante notar que ao contrário do ocorrido na maior parte da história nacional – no qual os europeus
eram maioria na entrada no Brasil – no século XXI, a configuração das migrações é bastante diversificada:
atualmente, o Brasil recebe mais imigrantes da América do Sul do que qualquer outra região do globo.
Apesar de não ser mais economicamente atraente para os europeus, o Brasil é ponto de referência para os
países menos desenvolvidos no continente, cujas populações vêm em busca de empregos e melhores
condições salariais ou fugindo de situações de tragédias e crises intensas nos seus países. É o caso dos
bolivianos, venezuelanos e haitianos, esses da América Central, entre outros.

A crise na Venezuela e a imigração para o Brasil

O atual êxodo de venezuelanos gerou a maior crise migratória desta natureza na história recente da América
Latina. De acordo com as Nações Unidas, entre 2015 e 2018, três milhões de venezuelanos deixaram seu
país.

A América Latina é a região que mais recebeu esses migrantes, totalizando 2,4 milhões. Destes, mais de 1
milhão foram para a Colômbia, 500 mil para o Peru, 220 mil para o Equador, 130 mil para a Argentina, 100
mil para o Chile, 94 mil para o Panamá, e 85 mil para o Brasil (ONU/dezembro de 2018).

A Venezuela vive um cenário sem perspectivas. A crise política, econômica e social só se agrava no país
governado pelo presidente Nicolás Maduro.

Os venezuelanos têm deixado o seu país por diferentes motivos. A grave escassez de medicamentos,
suprimentos médicos e alimentos torna extremamente difícil para muitas famílias ter acesso a cuidados
básicos de saúde e garantir a alimentação de seus filhos. Uma repressão implacável do governo tem
resultado em milhares de detenções arbitrárias, centenas de casos de civis julgados por tribunais militares,
casos de tortura e outras violações contra pessoas detidas. Prisões arbitrárias e abusos por parte das forças
de segurança, inclusive pelos serviços de inteligência, continuam. As taxas extremamente altas de crimes
violentos e a hiperinflação também são fatores centrais na decisão de muitas pessoas de deixar o país.

Os venezuelanos entram no Brasil principalmente por Pacaraima, em Roraima. A grande maioria dos que
permanecem no Brasil acaba ficando nesse estado, o de menor população, especialmente na sua capital,

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Boa Vista. O estado, nem sua capital, têm infraestrutura e capacidade para acolher adequadamente este
contingente de imigrantes. Muitos estrangeiros vivem nas ruas ou em acampamentos organizados pelo
Exército Brasileiro e pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). As condições
em que vivem são precárias e a infraestrutura de serviços públicos de saúde, assistência social e educação
está tensionada.

Essa dramática situação dos imigrantes venezuelanos, associada à falta de infraestrutura do Brasil para
receber esse grande contingente de pessoas dá origem ao que se chama de crise migratória.

A fim de aliviar a situação em Roraima, o governo federal tomou algumas providências práticas, mas apenas
no início de 2018, o que lhe rendeu críticas. O efetivo das forças armadas foi aumentado e policiais da Força
Nacional de Segurança Pública foram deslocados para o estado. Também destinou recursos financeiros para
o estado e para a prefeitura de Boa Vista como assistência humanitária emergencial. Outra medida adotada
foi transferir para cidades de outros estados aqueles venezuelanos que quiserem, para nelas recomeçarem
as suas vidas. As transferências têm ocorrido, mas de forma lenta. Até dezembro de 2018, poucos milhares
de imigrantes tinham sido transferidos.

Parte da população roraimense se sente ameaçada com a presença dos venezuelanos que competiriam por
vagas no mercado de trabalho e nos sistemas públicos de educação, saúde e assistência social. Essa situação
deixa brechas para ações violentas de xenofobia. No início de 2018, uma família venezuelana sofreu
queimaduras sérias causadas pela explosão de uma bomba caseira, e uma casa onde viviam 31 venezuelanos
foi incendiada em Boa Vista. Em agosto de 2018, moradores do município de Pacaraima atacaram e
incendiaram acampamentos de imigrantes, expulsando-os da cidade um dia depois de um comerciante
brasileiro ter sido assaltado e espancado na cidade. A Polícia Militar local suspeita que venezuelanos tenham
cometido o crime, o que revoltou a população.

Os estados de Roraima e Amazonas enfrentaram surtos de sarampo. De acordo com o Ministério da Saúde,
o surto relacionou-se com a importação de casos, ou seja, de refugiados venezuelanos que entraram no
Brasil com o vírus e o transmitiram para brasileiros. No entanto, apesar de o vírus ter sido trazido pelos
venezuelanos, o surto poderia ser prevenido se a taxa de cobertura vacinal estivesse acima da meta
estabelecida pelo Ministério da Saúde, já que o Brasil dispõe de imunizantes disponíveis gratuitamente pelo
Sistema Único de Saúde.

Pessoal, é importante também conhecermos os conceitos a seguir, relacionados aos


movimentos populacionais:

Migração sazonal ou transumância

São realizadas temporariamente, em determinada época do ano. É o caso de trabalhadores


rurais que se deslocam para realizar a colheita de algum produto e retornam após alguns
meses, com o término do trabalho.

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Um exemplo de migração sazonal ocorre no Nordeste brasileiro, bem comum em épocas


de seca, quando parte da população deixa o Sertão e o Agreste e se dirige à Zona da Mata
para trabalhar na colheita da cana-de-açúcar. Em geral, retornam à área de origem na
estação das chuvas para o plantio do milho e do feijão em suas propriedades.

O mesmo acontece na Amazônia, onde os seringueiros participam da coleta de castanha-


do-pará, realizando a extração do látex na entressafra.

Migração ou movimento pendular

Entre as cidades que compõem cada região metropolitana ocorre um deslocamento diário
da população, que se desloca de sua moradia para o seu local de trabalho, movimento
conhecido como migração pendular.

A existência de um eficiente sistema de transporte coletivo é fundamental para quem


migra pendularmente entre sua moradia, muitas vezes situada na periferia distante, e o
local de trabalho. Como o sistema de transporte público das metrópoles brasileiras em
geral não é de boa qualidade, o deslocamento diário dos trabalhadores é muito penoso e
consome muito tempo.

3 - Dinâmica e estrutura demográfica

O ritmo de crescimento da população vem se desacelerando fortemente nas últimas quatro décadas.
Conforme o estudo de Projeção de População, do IBGE, a população brasileira continuará a crescer até 2047,
quando atingirá 233,2 milhões de pessoas. A partir desse ano, a população irá diminuir até atingir 228,3
milhões em 2060, nível equivalente ao de 2034 (228,4 milhões).

A principal razão para a desaceleração do crescimento da população é o declínio da taxa de fecundidade,


ou seja, o número médio de filhos tidos por mulher em idade fértil. O padrão de fecundidade se modificou
nas últimas décadas. Em 2018, a taxa de fecundidade divulgada pela projeção do IBGE foi de 1,77 para cada
mulher. Já na última década (2001-2010), o número médio de filhos por mulher foi de 1,86, taxa bem inferior
à média da década anterior, que era de 2,38 filhos. Para se ter uma ideia da amplitude do declínio da taxa,
na década de 1960, a média de fecundidade era de 6,3 filhos por brasileira.

Os levantamentos anteriores também registravam maior concentração da fecundidade entre as mulheres


mais jovens, o que motivou uma preocupação geral com a questão da gravidez na adolescência. Entretanto,
os números de 2018 revelam que, em média, as mulheres estão tendo filhos mais velhas em relação a uma
década atrás. As mulheres brasileiras têm filhos, em média, aos 27,2 anos.

A demografia considera que a taxa de fecundidade necessária para apenas manter estabilizada uma
população é de 2,1 filhos. Isso porque cada par de adultos estaria gerando seus dois sucessores, e a parcela
residual está ligada a fatores como a mortalidade infantil, adultos que não têm filhos, entre outros motivos.
O fato de a taxa de fecundidade atual, de 1,77 filho por mulher (2018), ser inferior à necessária para a
reposição da população não implica estagnação do crescimento, porque existe larga faixa da população de
mulheres em plena idade reprodutiva.

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A teoria da transição demográfica explica a redução nas taxas de crescimento populacional, fenômeno que
não ocorre só no Brasil, mas no mundo inteiro. Transição demográfica é o processo pelo qual as sociedades
passam do estágio de altas taxas de natalidade e mortalidade para o de baixas taxas de natalidade e de
mortalidade.

A transição é dividida em quatro estágios. A cada fase corresponde um formato de pirâmide.

- Primeira fase de transição - É quando as taxas de natalidade e de mortalidade são muito altas, com a de
natalidade superando levemente a de mortalidade. É a fase de sociedades em que as condições sanitárias
precárias, a carência de prevenção e tratamento a doenças e a fome fazem com que as pessoas morram
antes de envelhecer. Crianças e jovens são maioria. Não existe mais nenhum país do mundo nessa condição
nos dias atuais.

- Segunda fase de transição - O país entra nessa etapa quando a taxa de mortalidade cai rapidamente e a
esperança de vida aumenta – o que leva a um acelerado crescimento populacional. Avanços na medicina, na
tecnologia e no saneamento aumentam a longevidade. Há mais idosos, mas, sem controle da natalidade,
continuam nascendo muitas crianças. Nesse grupo encaixam-se os países menos desenvolvidos.

- Terceira fase de transição - Ocorre quando a taxa de natalidade está caindo, enquanto a de mortalidade se
mantém baixa. Encontram-se nesse grupo países de industrialização tardia, principalmente da Ásia e América
Latina. São países que se urbanizam rapidamente. O Brasil já esteve nessa etapa, mas a superou.

- Quarta fase de transição - As taxas de mortalidade e de natalidade se equilibram, ambas em patamares


muito baixos. Incluem-se nesse grupo as nações mais desenvolvidas, como Estados Unidos, Canadá,
Argentina, Brasil, Cingapura e a maior parte da Europa.

Teoria da Transição demográfica

Pirâmides em mudança - Veja as pirâmides populacionais na transição demográfica.

Estágio 1: a curva indica que nascem muitas crianças, mas várias morrem ainda jovens.

No estágio 2, a taxa de natalidade continua alta, mas a de mortalidade cai: a curva desaparece e a população
cresce. A pirâmide 3 mostra como a população cresce e envelhece.

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A última mostra uma população em que nascem menos crianças e as pessoas vivem mais.

Entendendo os conceitos

Taxa de natalidade Número de nascidos vivos em permilagem (número de crianças


nascidas para cada mil habitantes)

Taxa de mortalidade Número de falecimentos em permilagem (consistindo no número


de mortes para cada mil habitantes)

Crescimento Vegetativo Diferença entre taxa de natalidade e taxa de mortalidade. Ou seja,


qual é o crescimento populacional.

Expectativa de vida

A expectativa de vida do brasileiro vem crescendo nos últimos anos, o que reflete a melhoria geral das
condições de vida e saúde no país. Segundo o IBGE, o brasileiro atingiu 76 anos de esperança de vida ao
nascer em 2017. As mulheres vivem mais: enquanto a expectativa de vida ao nascer delas foi, em 2017, de
79,6 anos, a dos homens ficou em 72,5. Para o IBGE, essa diferença pode ser explicada pela maior taxa de
homicídios, suicídios, acidentes de trânsito e outras mortes não naturais entre os homens. Segundo o
Instituto, essas causas de morte começaram, nos anos 80, a ter um papel significativo nas taxas de morte da
população masculina brasileira.

Muitos fatores contribuem para o aumento da longevidade dos brasileiros, como maior acesso à água
potável e à rede de esgoto, ampliação da renda e da alimentação (melhor nutrição), maior acesso a serviços
de saúde, campanhas de vacinação e de prevenção de doenças, além dos avanços da medicina e do aumento
da escolaridade e do acesso à informação.

A taxa de mortalidade infantil também tem diminuído nos últimos anos. Esse número representa a
quantidade de crianças, a cada mil, que nasceram vivas mas morreram antes de completar um ano. Em 1940,
a taxa de mortalidade infantil era de 146,6 crianças mortas antes de completar um ano. Desde então, essa
taxa diminuiu década por década, até chegar, em 2017, ao número de 12,8. Em 2010, esse número alcançava
17,2.

Catarinenses vivem mais

Os dados do IBGE revelam contrastes entre os estados: enquanto em Santa Catarina a


expectativa de vida no ano de 2018 chegou aos 79,4 anos — a maior do país — no
Maranhão ela ficou em 70,9. Todos os estados do Nordeste e Norte vivem, em média,
menos do que a média nacional. Já todos do Sul e Sudeste ficaram acima da expectativa
média brasileira.

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Envelhecimento populacional

Se compararmos a distribuição da população por faixa de idade nas últimas décadas, é possível constatar um
progressivo envelhecimento da população do país. Como mostra o gráfico abaixo, a pirâmide etária brasileira
vem apresentando uma base menor a cada década, ou seja, menor proporção de crianças, e um topo cada
vez mais ampliado, representando a maior participação de idosos na população.

A representatividade de todos os grupos etários com idade até 25 anos caiu na última década, enquanto os
demais grupos etários tiveram sua presença aumentada. A participação relativa da população com 65 anos
ou mais subiu de 4,8% em 1991 para 5,9% em 2000 e, finalmente, para 7,4% em 2010. Segundo a projeção
de 2018 do IBGE, o percentual de idosos chegará a um quarto da população até 2060. A fatia de pessoas com
mais de 65 anos passará dos atuais 9,2% (2018) para 20% em 2046, chegando a 25,5% em 2060. O principal
motivo para isso é o aumento da longevidade do brasileiro (expectativa de vida) e a queda na taxa de
fecundidade total, que reduz o número de nascimentos ao longo do tempo.

Gaúchos serão os primeiros a possuir mais idosos

Segundo a projeção do IBGE, Rio Grande do Sul deverá o primeiro estado que
experimentará uma proporção maior de idosos que crianças de até 14 anos - isso deverá
ocorrer em 2029. Apenas quatro anos depois, tanto o Rio de Janeiro quanto Minas Gerais
também deverão ter mais idosos que crianças. Estados mais jovens, como Amazonas e
Roraima, continuarão com mais crianças que idosos até o limite desta projeção, em 2060.

A queda da taxa de fecundidade, juntamente com o aumento da expectativa de vida, aponta para
importantes modificações na estrutura etária da população brasileira, com implicações econômicas e
também nos gastos públicos com educação, saúde e previdência social. Nas próximas décadas, o Brasil
enfrentará os dilemas de diversos países desenvolvidos, nos quais uma proporção declinante de adultos em
idade produtiva financia, com suas contribuições, sistemas previdenciários públicos que devem atender a
uma proporção crescente de aposentados. Por outro lado, a expansão da proporção de idosos – e do seu
número absoluto – oferece novas possibilidades para as empresas, em setores como serviços de saúde, lazer
e turismo.

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Fonte: IBGE

Base menor – Note como a base da pirâmide, na qual se mostram as porcentagens de jovens, está se
estreitando, enquanto a metade superior da figura se alarga aos poucos: há mais idosos entre os brasileiros.

A pirâmide etária, ou pirâmide de idades, é um gráfico que mostra o número de habitantes


(em números absolutos ou relativos) e sua distribuição por sexo e idade. Sua simples
visualização nos permite tirar algumas conclusões referentes à taxa de natalidade e à
expectativa de vida da população.

Se a pirâmide apresenta um aspecto triangular, o percentual de jovens no conjunto da


população é alto. A base larga indica que a taxa de natalidade é alta. O topo estreito indica
uma pequena participação percentual de idosos no conjunto total da população e,
portanto, que a expectativa de vida é baixa.

O envelhecimento populacional e o encolhimento da força de trabalho – com consequente pressão sobre


serviços de saúde e previdência – são questões que já preocupam países da Europa. A razão de dependência
mede a porcentagem das pessoas consideradas dependentes (crianças entre 0 e 14 anos e pessoas com mais
de 64 anos) sobre a parcela potencialmente produtiva (população entre 15 e 64 anos). Quanto mais alta,
maior é o peso do número de crianças, jovens e idosos em relação à população economicamente ativa. Veja
o infográfico a seguir.

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O Brasil e a razão de dependência

Fonte: Projeção IBGE, revisão 2008

Janela de Oportunidade - Com boa parcela da população com menos de 15 anos, o Brasil tinha uma razão
de dependência alta até a década de 1980, que se reduziu à medida que esses jovens ingressaram na
população economicamente ativa. A década de 2020 marca o pico do bônus demográfico, ou seja, a menor
razão de dependência, com a maior parcela ativa. A partir daí a razão de dependência deve subir novamente.

Uma grande parte dos países em desenvolvimento ainda pode desfrutar do bônus demográfico,
caracterizado pela maior proporção de pessoas em idade ativa em relação à parcela considerada
dependente, na medida em que ainda vê crescer a parcela de sua população integrante da força de trabalho.
O Brasil está nesse período, do bônus demográfico, que deve durar até 2050. A partir daí a razão de
dependência entre pessoas economicamente ativas e de crianças e idosos voltará a crescer gradativamente.

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3.1 A miscigenação da população brasileira

O gráfico abaixo nos mostra a distribuição da população brasileira segundo sua cor:

Segundo o IBGE, os percentuais de pessoas que se consideram brancas e negras (ou pretas) vêm se
reduzindo, e o número das que se consideram pardas, aumentando, o que demonstra que continua
havendo miscigenação na população brasileira.

Embora essa miscigenação seja uma realidade histórica, os dados da tabela refletem a pesquisa do Censo
2010, que é baseada na forma como as pessoas se viam. Os recenseadores eram instruídos a mostrar, em
25% dos domicílios pesquisados, um cartão com as opções de cor: branca, preta, amarela, parda e indígena.

Nem sempre os mestiços ou pardos se declaravam como tal, havendo muitos mulatos que se declaravam
pretos, enquanto outros se declaravam brancos; mestiços de brancos com indígenas se declaravam
indígenas, enquanto outros se declaravam brancos.

Além disso, existem muitas pessoas que, por particularidades culturais do lugar onde vivem, não se
identificam com nenhuma das cinco opções oferecidas para enquadramento da resposta.

A região Nordeste concentra o maior percentual (9,5%) dos negros do Brasil. A região Sudeste aparece como
a segunda maior em proporção de negros (7,9%), e a região Sul é a que tem o menor percentual (4,1%).

Ainda segundo o Censo 2010, o maior percentual de pardos estava na região Norte (66,9%). Nesse grupo,
todas as regiões revelaram percentuais acima dos 35%, exceto o Sul, que aparece com 16,5%. O maior
percentual de brancos está na região Sul.

A espécie humana é uma só, não existem raças. O conceito de raça (ou mesmo cor, que seria sua expressão
fenotípica), como ainda aparece nas pesquisas do IBGE, não se sustenta cientificamente. Geneticamente, a
espécie humana é uma só, não pode ser dividida em raças.

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3.2 Reforma da Previdência

Como vimos, os brasileiros estão vivendo mais. A expectativa de vida do brasileiro cresce a cada ano e a
população brasileira está envelhecendo. O Brasil, aos poucos, se transforma de um país de jovens para
um de idosos. Conforme a expectativa de vida aumenta e a taxa vegetativa da população diminui,
chegaremos em breve a um cenário de muitos trabalhadores inativos sustentados por poucos trabalhadores
ativos. Assim, a revisão das regras da Previdência é imperativa, da mesma forma como aconteceu em outros
países ao redor do mundo.

Para o Governo, a reforma é necessária para evitar a quebra do sistema previdenciário brasileiro. Também
é necessária para que o governo não fique continuamente cobrindo déficits previdenciários, cada vez
maiores, deixando de investir esses recursos em outras áreas de políticas públicas.

Os dados apresentados indicam déficit crescente na Previdência Social. Em 2017, o déficit somado do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado, e
dos Regimes Próprios dos Servidores Públicos (RPPS) da União foi de R$ 268,79 bilhões. Em 2016, foi de R$
226,88 bilhões.

O crescimento proporcional também assusta. Em 2013, o déficit da previdência equivalia a 0,9% do PIB; em
2017, chegou a 2,8% do PIB, o triplo de apenas quatro anos atrás. Isso se explica com a própria crise
econômica, que aumenta o desemprego, diminuindo o número de contribuintes.

O peso da Previdência no orçamento tem crescido ano após ano, em 2016 correspondeu a 27%, já em 2017
correspondeu a 34,54%, segundo o Mosaico do Orçamento da FGV.

Entretanto, a tese de que a previdência é deficitária tem sido contestada há anos por entidades de classe –
como a Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Anfip) –, advogados previdenciários e
pesquisadores. Segundo essas fontes, o déficit seria mito, falácia ou até farsa.

Outro argumento é de que, no Brasil, as pessoas se aposentam muito cedo. A média de idade com que as
pessoas se aposentam no Brasil é de 58 anos. Esse número é ainda menor entre os que se aposentam por
tempo de contribuição: 56 anos para os homens e 53 anos para as mulheres. Vários países do mundo já
adotam idade mínima de 60 anos ou mais, chegando a 67 anos na Grécia, 66 anos nos Estados Unidos e 65
anos na França.

A Reforma da Previdência foi aprovada pelo Congresso Nacional em julho de 2019. A Emenda Constitucional
nº 103/2019 promulgada pelo Congresso Nacional promove mudanças nas aposentadorias do RGPS (Regime
Geral de Previdência Social), dos trabalhadores do setor privado, e do RPPS (Regime Próprio de Previdência
Social), dos servidores públicos civis.

Todos os trabalhadores da ativa terão regras de transição e as regras da Emenda Constitucional só valerão
de forma integral para quem ingressar no mercado de trabalho depois de sua aprovação. A reforma da
previdência tem três pilares: idade mínima, tempo de contribuição e cálculo do benefício e regra de
arrecadação única.
Ao final do tempo de transição, deixa de haver a possibilidade de aposentadoria por tempo de contribuição.
A idade mínima de aposentadoria será de 62 anos para mulheres e de 65 para homens tanto para a iniciativa
privada quanto para servidores.

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Trabalhadores rurais, professores do ensino básico, policiais federais, legislativos, civis do Distrito Federal e
agentes penitenciários e educativos terão regras diferenciadas.

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QUESTÕES COMENTADAS

Questões IBGE

1. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS POR TELEFONE) As Figuras abaixo mostram os


fluxos migratórios ocorridos no Brasil entre as décadas de 1950 e 1990.

Os fluxos migratórios dos estados do Sul, além de São Paulo e de Minas Gerais, para as regiões Centro-Oeste
e Norte aconteceram, especialmente, em que época e por qual motivo?

(A) Na década de 1950, devido à expansão da cultura da soja

(B) A partir da década de 1950, devido ao aumento do garimpo

(C) Entre o final da década de 1950 e a década de 1960, devido à construção de Brasília

(D) No início da década de 1970, devido ao incremento da atividade industrial

(E) A partir da década de 1970, devido à expansão das áreas de fronteira agrícola na Amazônia

COMENTÁRIOS:

Os fluxos migratórios dos três estados da região Sul, além de São Paulo e Minas Gerais (que compõem a
região Sudeste) para as regiões Centro-Oeste e Norte estão relacionados à expansão da fronteira
agropecuária.

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São migrações de fazendeiros e trabalhadores rurais, que buscavam novas terras para desenvolver a
atividade agrícola e a pecuária. Estas migrações se iniciam, de forma ainda incipiente, na década de 1950. Se
tornam mais intensas a partir da década de 1970.

Três razões principais explicam essa migração:

1 - A saturação das áreas rurais nessas regiões, com poucas possibilidades de expansão, ao passo que o
Centro-Oeste e o Norte apresentavam muitas áreas disponíveis para expansão, por serem, até então, regiões
pouco povoadas.

2 - O desenvolvimento tecnológico voltado para as atividades agropecuárias, com máquinas agrícolas,


sementes melhoradas, fertilizantes, agrotóxicos, além de uma maior produção de conhecimento acadêmico
e científico na área agronômica, com investimentos em pesquisas, como os da Embrapa (Empresa Brasileira
de Agropecuária).

3 - O incentivo e a propaganda governamental para ocupação dessas áreas, que constituíam vazios
demográficos.

Portanto, foi um movimento que ocorreu devido à expansão das áreas de fronteira agrícola no Centro-Oeste
e Amazônia. Atualmente, o Centro-Oeste apresenta a maior produção agropecuária do país. Sua população
aumentou consideravelmente e suas áreas urbanas também. Em decorrência, a vegetação natural
predominante da região, que é o Cerrado, foi muito desmatada. Na região Norte, a ocupação ainda ocorre
basicamente nas franjas da Amazônia, com grande impacto ambiental.

Gabarito: E

2. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS POR TELEFONE) A partir de 1950 verifica-se uma


aceleração do movimento migratório no país, fenômeno que se impõe nos decênios seguintes em um nível
consideravelmente mais elevado. [...] Desse modo, a população brasileira tem uma movimentação cada
vez maior, misturando, sobre todo o território, pessoas das mais diversas origens estaduais.

SANTOS, Milton & SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil – Território e Sociedade no início do século XXI. Rio de
Janeiro: Record, 2001, p.212.

A situação retratada acima tem estreita associação com os seguintes fatores:

(A) fim da escravidão e avanço do agronegócio

(B) falência das indústrias têxteis e aceleração do comércio externo

(C) instalação da planta industrial pesada e a aceleração do crescimento econômico

(D) crescimento da cafeicultura e restrição à entrada de imigrantes

(E) aumento da taxa de desemprego e colapso da agricultura de exportação

COMENTÁRIOS:

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A partir da década de 1950, verifica-se uma aceleração e intensificação do movimento migratório no país,
que se acentua nas décadas seguintes.

Dentre as várias correntes migratórias, a que mais se destacou, citada no fragmento de texto, foi a de
nordestinos para o Sudeste, que ocorreu em função do rápido crescimento industrial dessa região.

Esse rápido crescimento industrial, associado com as difíceis condições de vida no Nordeste, fizeram com
que um grande contingente populacional se deslocasse para o Sudeste, em busca de melhores
oportunidades na vida.

Desta forma, a situação retratada pelo texto tem relação direta com um período de expressivo crescimento
da instalação de indústrias e de acelerado crescimento econômico no Brasil, cujo palco principal foi o
Sudeste.

Gabarito: C

3. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS POR TELEFONE) No campo previdenciário, o


aumento da longevidade da população brasileira resulta no alongamento do período em que o aposentado
ou pensionista permanece no sistema, recebendo benefícios. [...] Embora a concessão de benefícios por
um período mais longo resulte em maior dispêndio na manutenção do aposentado ou pensionista, não
haveria problemas maiores para o financiamento da Previdência Social caso o aumento da quantidade de
pessoas em idade de trabalho (fase de ouro da transição demográfica) resultasse em condizente aumento
da arrecadação da contribuição de empregados e empregadores.

LACERDA, Antônio Corrêa de. [et al.] Economia Brasileira. São Paulo: Saraiva, 2013, p.265. Adaptado.

Dessa forma, na atual fase da evolução demográfica brasileira, o impacto positivo sobre as receitas da
Previdência Social depende da capacidade de a economia brasileira apresentar

(A) aumento do trabalho informal

(B) arrecadação de recursos pelo financiamento bancário

(C) recadrastamento de contribuintes com carteira assinada

(D) desenvolvimento de alternativas na medicina preventiva

(E) geração de empregos de qualidade em número suficiente

COMENTÁRIOS:

Na atual fase da evolução demográfica brasileira, está ocorrendo o envelhecimento da população. A


quantidade de idosos em relação aos jovens e adultos está aumentando. Essa é uma característica natural
da evolução demográfica. Muitos países desenvolvidos estão nesta fase.

É um período que aponta para mudanças na economia das sociedades, pois haverá menos pessoas em idade
ativa, e mais idosos, o que ocasiona em maiores gastos em previdência e em serviços de saúde para atender

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essa população. Estas foram, inclusive, justificativas utilizadas para realizar a reforma da previdência, que
também foi feita em outros países que passam pelo mesmo fenômeno.

Desta maneira, para que haja um impacto positivo sobre as receitas previdência social, e a mesma não fique
sobrecarregada, deve-se aproveitar o período do bônus demográfico gerando gerar empregos de qualidade
e em número suficiente, com as pessoas contribuindo para o sistema previdenciário. É a "fase de ouro da
transição demográfica" descrita no texto.

Para estudiosos da demografia e de sistemas previdenciários, esta fase estaria no seu final ou até já passou
no Brasil, sem que o país tivesse aproveitado os seus benefícios, em função das suas crises e dos seus
problemas econômicos e sociais estruturais. Poderemos nos tornar um país de velhos, sem termos alcançado
o patamar de um país desenvolvido.

Gabarito: E

4. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS POR TELEFONE) A diminuição da razão de


dependência permite que o país comece a mudar suas prioridades em termos de políticas públicas. É
preciso lembrar, contudo, que essa queda não é homogênea entre as regiões, os estados e os diferentes
grupos de renda.

LACERDA, Antônio Corrêa de. [et al.] Economia Brasileira. São Paulo: Saraiva, 2013, p.266. O conteúdo do
trecho acima envolve o conceito de Razão de Dependência Total.

Esse conceito tem relação direta com a razão

(A) de uma situação populacional de altas taxas de mortalidade e natalidade para uma de baixas taxas

(B) da população entre 0 e 14 anos sobre a população em idade ativa

(C) da população dependente (0 a 14 anos e 65 anos ou mais) sobre a população em idade ativa

(D) da quantidade da população economicamente ativa sobre o número de desempregados

(E) do número médio de nascidos vivos de mulheres entre 14 e 49 anos

COMENTÁRIOS:

A razão de dependência mede a porcentagem das pessoas consideradas dependentes (0 a 14 anos e 65 anos
ou mais) sobre a parcela potencialmente produtiva (população entre 15 e 64 anos). Quanto mais alta, maior
é o peso da população dependente em relação à população economicamente ativa.

Gabarito: C

5. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO) No Brasil, durante muito


tempo, as migrações internas, do Norte para o Sul e do mundo rural para as cidades, constituíram uma
tentativa de resposta individual à extrema pobreza de algumas regiões. Fator de diversificação do tecido
social e de desenvolvimento de associações e ONG, essa mobilidade contribuiu para a riqueza do Sul, assim

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como para a expansão das favelas urbanas. A esses efeitos devem-se acrescentar, hoje, fluxos
populacionais mais diversificados.

DURAND, M-F. et al. Atlas da mundialização. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 130. Adaptado.

Na atual realidade brasileira, ocorre um novo e recente fluxo populacional denominado

a) movimento pendular

b) êxodo rural

c) migração de retorno

d) transumância

e) transmigração

COMENTÁRIOS:

Tanto o movimento pendular quanto o êxodo rural e a migração de retorno são movimentos populacionais
frequentes e relativamente recentes no Brasil. No entanto, eles são mais antigos se comparados a migração
de retorno, que começou a se tornar expressiva após a década de 1990.

Portanto, a migração de retorno, ou seja, o movimento de retorno de emigrados da região de destino para
a região de origem, é o mais novo e recente deles.

Gabarito: C

6. (FGV/IBGE/2016 – TÉCNICO DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E ESTATÍSTICAS A I) Os mapas a seguir


representam as migrações inter-regionais no Brasil entre os anos de 2005 e 2010.

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A migração inter-regional caracteriza-se pelo fluxo populacional que ocorre de uma região para outra. O
saldo migratório de uma região é obtido pela diferença entre o número de entradas e saídas de pessoas em
um período de tempo.

A partir dos anos 1990, registra-se o aumento de um tipo de migração inter-regional, denominada migração
de retorno. Trata-se da volta do migrante para a sua região (estados e municípios) de naturalidade.

A região que teve o maior saldo migratório positivo e a região que recebeu o maior fluxo de migração de
retorno no período considerado nos mapas foram, respectivamente:

(A) Sudeste e Nordeste;

(B) Nordeste e Sudeste;

(C) Centro-Oeste e Sul;

(D) Sudeste e Centro-Oeste;

(E) Norte e Nordeste.

COMENTÁRIOS:

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A questão começa dizendo que os mapas representam as migrações inter-regionais no Brasil entre os anos
de 2005 e 2010. Depois mostra os mapas. A seguir explica o que é migração inter-regional e saldo migratório.
Na sequência diz que "a partir dos anos 1990, registra-se o aumento de um tipo de migração inter-regional,
denominada "migração de retorno". Trata-se da volta do migrante para a sua região (estados e municípios
de naturalidade).

A primeira pergunta é sobre qual região teve o maior saldo migratório positivo. Fácil de responder, pois é só
fazer a soma de quantos saíram e entraram em cada região. Com isso obtém-se o saldo migratório de cada
região. Resposta: Sudeste.

A segunda pergunta é sobre qual região recebeu o maior fluxo de migração de retorno no período
considerado nos mapas. A resposta desta segunda pergunta não está nos mapas. Eis a pegadinha, não se
pode deduzir que todos aqueles que migraram de uma região para a outra eram migrantes de retorno. Não
eram, não se pode fazer o cálculo e chegar a uma resposta simplista. Em nenhum momento, seja nos mapas
ou no texto a questão afirma isso. Para responder a este segundo questionamento, é necessário ter
conhecimentos que não estão nos mapas. Ou seja, saber que no período de 2005 a 2010, a região que
recebeu o maior fluxo de migrantes de retorno foi o Nordeste. Do total dos que imigraram para cada região,
uma pequena parte era de migrantes de retorno. Em números absolutos o maior fluxo de retorno foi para o
Nordeste.

Gabarito: A

7. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO)

No período mencionado acima, o fluxo migratório indicado pelas setas decorreu do seguinte fator principal:

a) apoio de instituições regionais

b) compra de imóvel próprio

c) refúgio à perseguição política

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d) acesso à educação superior

e) oferta de emprego industrial

COMENTÁRIOS:

A região Sudeste, mais especificamente a cidade de São Paulo e sua região metropolitana, é o local que mais
se industrializou e se urbanizou nas últimas décadas no Brasil, melhorando também as condições de vida.

Assim, tornou-se a região com a maior produção econômica do país, ao passo que, as outras regiões,
principalmente Norte e Nordeste não tiveram o mesmo desenvolvimento. Isso fez com que, durante todo o
século XX, houvesse um grande fluxo de migrações para São Paulo, proveniente das regiões com piores
condições de vida, como Norte e Nordeste, em busca de emprego nas indústrias.

Gabarito: E

8. (FGV/IBGE/2016 – TÉCNICO EM INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E ESTATÍSTICAS A I) Em 2010, de


acordo com o Censo Demográfico, as mulheres representavam cerca de 52% da população em idade ativa
residente em áreas urbanas do país.

O gráfico 1, elaborado com base nos dados dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010, apresenta o
percentual de homens e de mulheres com mais de 10 anos de idade que, no período de referência das
pesquisas, estavam trabalhando ou procurando trabalho.

O gráfico 2, elaborado a partir dos dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de 2009, apresenta a
distribuição da população ocupada, por grupos de atividade, segundo o sexo, nas seis principais regiões
metropolitanas do país.

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A análise dos gráficos 1 e 2 indica, respectivamente:

(A) a expansão do rendimento médio das mulheres; a feminilização do setor secundário;

(B) a elevação da taxa de desocupação dos homens; o predomínio de mulheres no setor primário;

(C) o incremento do nível de ocupação das mulheres; a menor dispersão ocupacional entre os homens;

(D) o aumento da taxa de atividade das mulheres; a segmentação ocupacional com base no gênero;

(E) a expansão do bônus demográfico; a equidade ocupacional com base no gênero no setor público.

COMENTÁRIOS:

Letra A, incorreta. Os gráficos não apresentam dados sobre o rendimento médio das mulheres e homens. O
setor secundário corresponde à indústria. No gráfico 2 verifica-se que nesse setor predominam os homens
que são 63,6% do pessoal ocupado; as mulheres correspondem à 36,4% do pessoal ocupado. Do exposto,
observa-se que não há uma feminilização do setor secundário. Os demais setores são: primário
(agropecuária) e terciário (comércio e serviços).

Letra B, incorreta. Os gráficos não apresentam dados sobre a taxa de desocupação, tampouco do setor
primário (agropecuária).

Letra C, incorreta. O gráfico apresenta o percentual de homens e de mulheres com mais de 10 anos de idade
que, no período de referência das pesquisas, estavam trabalhando ou procurando trabalho. Por ele, não é
possível afirmar que houve um incremento no nível de ocupação das mulheres. Também, nenhum dos dois
gráficos apresenta uma série temporal que permita avaliar se aumentou ou diminuiu a dispersão ocupacional
entre os homens. Para verificar se houve uma menor dispersão ocupacional entre os homens, era necessário
ter uma série temporal, o que não há, não sendo possível chegar à conclusão alguma, neste sentido.

Letra D, correta. O gráfico 1 mostra que, entre 1991 a 2010, na população feminina, cresceu o percentual de
mulheres com mais de 10 anos de idade que, no período de referência das pesquisas, estavam trabalhando
ou procurando trabalho. O percentual passou de 36,3%, em 1991, para 50,2% em 2010, demonstrando o
aumento da taxa de atividade das mulheres. A segmentação ocupacional, com base no gênero, é

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demonstrada no gráfico 2. Os serviços domésticos continuam sendo um setor essencialmente feminino –


94,5% do total dos trabalhadores são mulheres. Na outra ponta – a construção civil é um setor
essencialmente masculino – 94,9% dos trabalhadores são homens. As mulheres também são maioria na
administração pública. Os homens predominam nos demais segmentos – indústria, comércio, serviços
prestados a empresas e outros serviços. Em nenhum segmento há uma distribuição próxima do equilíbrio, o
que demonstra a segmentação ocupacional com base no gênero.

Letra E, incorreta. Os gráficos não trazem informações que permitam avaliar o bônus demográfico. Também
demonstram que não há equidade (igualdade) ocupacional com base no gênero no setor público. A maioria
dos trabalhadores é do sexo feminino (63,2%).

Gabarito: D

9. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO)

Disponível em: <http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br/upload/mapa_popula%C3%A7%C3%A3o_absoluta_brasil_2010.gif>.


Acesso em: 31 maio 2016.

O estado do Sudeste com menor população absoluta é

a) Rio Grande do Sul

b) São Paulo

c) Rio de Janeiro

d) Minas Gerais

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e) Espírito Santo

COMENTÁRIOS:

A questão é respondida com base na legenda e nos conhecimentos do aluno sobre a localização dos estados
brasileiros. Dentre os estados do Sudeste, conforme o mapa nos mostra, o Espírito Santo possui a menor
população absoluta.

Gabarito: E

Questões de outros concursos

10. (EsFCEx/2018 – CONCURSO DE ADMISSÃO) Assinale a alternativa que expressa corretamente


características contemporâneas da migração interna no Brasil.

A) Atualmente, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais cuja população mais cresce no
Brasil, em razão de intensa imigração.

B) As cidades em áreas de expansão das fronteiras agrícolas, com destaque para Palmas, no Tocantins,
são as que atualmente mais crescem no país.

C) As capitais nordestinas continuam a expulsar grande contingente populacional em razão da estagnação


de suas economias, com destaque para Salvador-BA.

D) A maioria dos habitantes do país não é natural dos municípios onde moram, em razão da forte migração
inter-regional.

E) O fluxo em direção ao Sudeste tem aumentado em razão da consolidação das migrações intrarregionais.

COMENTÁRIOS:

a) Incorreta. A população de São Paulo e Rio de Janeiro ainda cresce bastante em números absolutos, mas,
proporcionalmente, as capitais cuja população mais cresce estão localizadas nas regiões Centro-Oeste, Norte
e Nordeste. Em percentual, é cada vez menor o crescimento das populações destas duas capitais.
Atualmente, o saldo migratório de São Paulo é negativo e o do Rio de Janeiro é muito baixo.

b) Correta. Atualmente, as cidades que apresentam maior crescimento percentual de sua população são
cidades que apresentam uma dinâmica recente de desenvolvimento econômico, como as cidades em áreas
de expansão das fronteiras agrícolas, nos estados de Tocantins (a exemplo de Palmas), do Mato Grosso,
Rondônia e Maranhão.

c) Incorreta. Nas décadas recentes, as capitais do Nordeste ampliaram suas atividades econômicas. Mesmo
assim, o Nordeste ainda “expulsa” grande contingente populacional, sobretudo a população das áreas
pobres, como do Sertão. Nas capitais, entretanto, a exemplo de Salvador - BA, não se verifica grande
contingente emigratório.

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d) Incorreta. Segundo dados do IBGE, em 2011, 40% dos habitantes do país não eram naturais do município
em que moravam e cerca de 16% deles não era procedente da unidade da federação em que moravam.
Assim, a maioria dos habitantes do país é natural dos municípios ondem moram. A partir da década de 1990,
as migrações inter-regionais se tornaram significativamente menos intensas. O século XXI segue registrando
uma diminuição dos fluxos migratórios entre regiões.

e) Incorreto. O fluxo em direção ao Sudeste ainda é significativo, mas diminuiu muito nas últimas décadas.
Atualmente, são mais intensas as migrações inter-regionais, isto é, dentro da mesma região.

Gabarito: B

11. (FEPESE/CELESC/2018 – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO) Segundo o IBGE, a expectativa


de vida dos brasileiros aumentou mais de 40 anos em 11 décadas.

Assinale a alternativa que indica um importante fator que contribui para que os brasileiros vivam mais.

A) A queda das taxas de natalidade, em face do melhor atendimento médico e assistência governamental.

B) A extinção do analfabetismo, a erradicação da fome e o crescente aumento da renda dos trabalhadores.

C) Os avanços da medicina, entre os quais a possibilidade de diagnóstico precoce de doenças, possível graças
à inovação tecnológica.

D) As políticas públicas de ação afirmativa conducentes à inclusão social, entre as quais o regime de cotas de
acesso à Universidade e ao emprego público.

E) O aumento de investimentos governamentais na área de saúde que permitem o pleno acesso dos mais
pobres, principalmente dos mais idosos, aos equipamentos e tratamentos de nova geração.

COMENTÁRIOS:

Os brasileiros estão vivendo mais. A expectativa de vida do brasileiro cresce a cada ano e a população
brasileira está envelhecendo.

Um importante fator que contribui para que os brasileiros vivam mais são os avanços da medicina, entre os
quais a possibilidade de diagnóstico precoce de doenças, possível graças à inovação tecnológica.

Além desse fator, podemos adicionar os hábitos de higiene individual e pública, sobretudo a disseminação
do uso de sabão, a implantação de redes de abastecimento de água e de tratamento de esgoto como
importantes fatores no aumento da expectativa de vida dos brasileiros.

As demais alternativas versam sobre outros temas da área social no Brasil, não possuem relação ou não
possuem uma relação direta com o aumento da expectativa de vida.

Gabarito: C

12. (EsPCEx/2018 – CONCURSO DE ADMISSÃO) Observe o gráfico a seguir, que mostra a evolução da
participação dos grupos de idade na população brasileira no período de 1940 a 2050.

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Com base no gráfico e nos conhecimentos sobre a demografia brasileira, pode-se afirmar que:

I - o aumento da participação de adultos e idosos no conjunto total da população é fruto da redução do


número de óbitos.

II - a queda da proporção de crianças no conjunto total da população brasileira está fortemente relacionada
às elevadas taxas de mortalidade infantil que assolam o País.

III - do ponto de vista demográfico, o Brasil vive uma fase favorável ao crescimento econômico, pois, com a
redução das taxas de natalidade, houve uma redução da razão de dependência, isto é, do peso econômico
das crianças e dos idosos sobre a população economicamente ativa do País.

IV - ao final da década de 2030, a população brasileira deverá parar de crescer e logo sofrer redução, pois o
número de óbitos tenderá a ser maior do que o número de nascimentos.

V - a pressão demográfica observada atualmente no crescimento populacional revela a necessidade de


aumento do número de vagas nas escolas e de leitos hospitalares.

Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão corretas.

[A] I e III

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[B] I e II

[C] III e IV

[D] III e V

[E] II, IV e V

COMENTÁRIOS:

I - Incorreta. Uma redução no número de óbitos pode nos levar a pensar que, consequentemente,
aumentarão os adultos e idosos na população. Já que morrem menos pessoas no geral, morrem também
menos adultos e idosos, o que aumentariam as suas participações na população. Entretanto, esse raciocínio
está errado. A redução no número de óbitos por si só não faz com que a população aumente, pois há de se
considerar também a taxa de fecundidade (nascimentos), para ver se está havendo reposição populacional.
Se registram-se mais óbitos do que nascimentos, a população inevitavelmente diminuirá, por mais que o
número de óbitos diminua. Além disso, números recentes mostram que o número de óbitos cresceu no Brasil
entre 2006 e 2016. Apesar disso, a população segue aumentando, pois, o número de nascimentos é maior
que o de óbitos. A participação de adultos e idosos no conjunto total da população tem como causas o
aumento da expectativa de vida e a redução da taxa de fecundidade.

II - Incorreta. As taxas de mortalidade infantil registraram significativa diminuição no Brasil nas últimas
décadas. O país teve muitos avanços nesse sentido, derivados dos avanços nas condições de saneamento
básico, distribuição de medicamentos, no aperfeiçoamento de vacinas e de outros métodos de medicina
preventiva. A queda da proporção de crianças no conjunto total da população brasileira está fortemente
relacionada à diminuição da taxa de fecundidade.

III - Correta. Analisando o conjunto populacional, o Brasil vive uma fase favorável para o crescimento
econômico. O número de pessoas em idade ativa é maior do que à parcela considerada dependente (crianças
e idosos). No gráfico, podemos ver isso claramente: o número de adultos é bem maior do que o número de
idosos e crianças.

IV - Correta. A banca considerou a alternativa correta, mas, utilizando o IBGE como fonte, ela estaria
incorreta. Conforme o estudo de Projeção de População, do IBGE (2018), a população brasileira continuará
a crescer até 2047, quando atingirá 233,2 milhões de pessoas. A partir desse ano, a população irá diminuir
até atingir 228,3 milhões em 2060, nível equivalente ao de 2034 (228,4 milhões). Ou seja, somente próximo
ao final da década de 2040 a população brasileira deverá parar de crescer e logo sofrer redução.

V - Incorreta. Uma pressão demográfica no crescimento populacional que demandaria aumento do número
de vagas nas escolas e de leitos hospitalares estaria relacionada ao crescimento de crianças e idosos no
conjunto populacional do Brasil. Entretanto, como analisamos na alternativa III, existem muito mais adultos
que crianças e idosos na pirâmide demográfica brasileira. Não há pressão demográfica no crescimento
populacional de crianças e idosos. Apesar do contínuo crescimento de idosos na população brasileira, esse
cenário ainda não estabeleceu, propriamente dito, uma pressão demográfica por serviços para este
segmento populacional, muito embora, nesse cenário de crescimento da população idosa estejam sendo
discutidas reformas estruturais, como a reforma da previdência. O Brasil possui problemas estruturais com
relação aos leitos hospitalares e as suas escolas, mas estes são derivados do indevido planejamento
governamental, não de pressão demográfica relacionada ao crescimento de crianças e idosos na população.

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Gabarito: C

13. (MARINHA/COLÉGIO NAVAL/2017 – ALUNO) Observe a imagem a seguir.

A dinâmica do crescimento da população brasileira se alterou substancialmente ao longo do século XX.

Sobre a transição demográfica brasileira, assinale a opção correta.

a) A queda na taxa de fecundidade brasileira está relacionada à crise econômica e às altas taxas de
desemprego que atingiram o país durante as décadas de 1980 e 1990.

b) A população brasileira aumentou significativamente durante o século XX em virtude da entrada maciça de


imigrantes que vieram atender à expansão da demanda de mão de obra industrial.

c) O incremento populacional no país durante o século XX pode ser explicado pelo predomínio de políticas
de controle de natalidade por parte do governo federal, reconhecidamente neomalthusiano.

d) A redução do número de filhos é uma mudança demográfica característica dos países em processo de
industrialização devido, essencialmente, aos movimentos nacionais de emancipação feminina.

e) A vida urbana apresenta maior custo, um número crescente de mulheres no mercado de trabalho, além
da disponibilidade de métodos contraceptivos, o que resulta na redução da taxa de fecundidade.

COMENTÁRIOS:

a) Incorreta. A queda na taxa de fecundidade brasileira não está relacionada ao que o enunciado faz menção.
Na teoria da transição demográfica, existe um estágio em que as taxas de fecundidade diminuem. Essa
diminuição da taxa de fecundidade é explicada por vários motivos, dentre os quais podemos citar:

• avanços na área da saúde, com a maior disponibilidade de métodos contraceptivos (preservativos,


laqueaduras, etc.);

• maior informação à população, juntamente com campanhas de planejamento familiar;

• alto custo de vida nas cidades, onde mais um filho representa mais gastos com alimentação,
transporte, etc.

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• crescente número de mulheres no mercado de trabalho.

b) Incorreta. Não houve entrada maciça de imigrantes durante o século XX para atender à expansão da
demanda de mão de obra industrial. O rápido e significativo crescimento populacional brasileiro durante o
século XX é explicado pelas quedas na taxa de mortalidade e aumento da esperança de vida.

c) Incorreta. A alternativa traz uma contradição. Como a população pode ter aumentado se existem políticas
de controle de natalidade?

d) Incorreta. A redução do número de filhos é característica de países que já se industrializaram.

e) Correta. A vida urbana apresenta maior custo, um número crescente de mulheres no mercado de trabalho,
além da disponibilidade de métodos contraceptivos, o que resulta na redução da taxa de fecundidade.

Gabarito: E

14. (EsPCEx/2017 – CONCURSO DE ADMISSÃO) No Brasil observa-se nítido processo de transição


demográfica, especialmente nas duas últimas décadas, cujos censos demográficos realizados pelo IBGE
revelam

I - aumento da taxa de mortalidade infantil associado à carência dos serviços públicos essenciais no País.

II - estreitamento do corpo da pirâmide etária como resultado da significativa redução do número de jovens.

III - o ingresso do Brasil no período de passagem da chamada “janela demográfica” devido ao significativo
aumento percentual da população em idade ativa no País.

IV - aumento do número de óbitos associado ao crescimento absoluto da população e ao aumento da


participação percentual de idosos no conjunto total dela.

V - redução da fecundidade, para nível inferior ao preconizado pela Organização das Nações Unidas como
taxa de reposição da população, e aumento da esperança de vida da população. Assinale a alternativa que
apresenta todas as afirmativas corretas.

[A] I, II e IV

[B] I, III e IV

[C] I, II e V

[D] II, III e V

[E] III, IV e V

COMENTÁRIOS:

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I - Incorreta. A taxa de mortalidade infantil diminuiu nos dois últimos censos demográficos realizados pelo
IBGE. Essa diminuição está associada à melhoria geral dos serviços públicos de saúde e de serviços essenciais
do e no país.

II - Incorreta. O corpo da pirâmide demográfica é composto de adultos. A base, de crianças e jovens, e o


topo, de idosos. O estreitamento do corpo seria, portanto, resultado da redução no número de adultos.
Entretanto, nos últimos anos, o corpo da pirâmide brasileira tem aumentado, consequência do maior
número de adultos na população.

III - Correta. “Janela demográfica” ou “bônus demográfico” é como se denomina o período em que a
população observada possui maior proporção de pessoas em idade ativa em relação à parcela não ativa
(idosos e crianças). O Brasil está nesse período, que, segundo projeções do IBGE, deve durar até 2050.

IV - Correta. O ritmo de crescimento da população brasileira tem diminuído. Ou seja, a cada censo é menor
o percentual de crescimento da população em relação ao censo anterior. Menos pessoas estão nascendo e
o brasileiro está vivendo mais, o que tem feito com que aumente o percentual de idosos no conjunto da
população. Como a população cresce mais devagar e as pessoas continuam morrendo, embora vivam mais,
quando é feito o cálculo estatístico do número de óbitos em relação ao total da população verifica-se um
aumento percentual do primeiro em relação ao segundo (o total da população). Isso não significa que está
havendo uma explosão ou um grande aumento do número de óbitos no Brasil. Como disse, é uma
comparação de uma variável em relação a outra. E a segunda variável (crescimento percentual da população)
diminui a cada censo realizado pelo IBGE nas últimas décadas.

V - Correta. A demografia considera que a taxa de fecundidade necessária para apenas manter estabilizada
uma população é de 2,1 filhos por mulher. Isso porque cada par de adultos estaria gerando seus dois
sucessores, e a parcela residual está ligada a fatores como a mortalidade infantil, adultos que não têm filhos,
entre outros motivos. A taxa de fecundidade atual no Brasil (2018) é de 1,77 filho por mulher, ou seja, inferior
à taxa de reposição da população. O aumento da esperança de vida é real, ela vem crescendo nos últimos
anos, reflexo da melhoria geral das condições de vida e saúde no país. A expectativa de vida das mulheres,
que era de 74,3 em 2000, subiu para 79,8 em 2018. No caso dos homens, passou de 66,2 para 72,74 anos.

Gabarito: E

15. (UECE/DER-CEV/2016 – GEOGRAFIA) Sobre as migrações internas no Brasil, é correto afirmar que

a) houve um fluxo de nordestinos para o Sudeste, atraídos pela expansão industrial, e para a Amazônia,
atraídos pelos projetos agropecuários, minerais e industriais.

b) o maior fluxo migratório interno se deu dos estados da região Norte para a região Sul do Brasil, devido à
expansão da soja e da cana-de-açúcar.

c) os movimentos migratórios internos ocorreram numa escala muito pequena e de forma isolada nas regiões
metropolitanas das grandes metrópoles do Sudeste.

d) ocorreram apenas nas décadas de 1940 e 1950 do Nordeste para o Sudeste por causa das secas que
castigavam a região.

COMENTÁRIOS:

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a) Correto. O grande fluxo de nordestinos para a região Sudeste foi devido à busca de empregos pela
expansão industrial. Destinaram-se migrantes também, em menor número, para a Amazônia, devido às
grandes obras de infraestrutura e às atividades agropecuárias, minerais e industriais.

b) Incorreto. O maior fluxo migratório interno se deu da região Nordeste para a região Sudeste, devido à
busca por emprego e melhores condições de vida.

c) Incorreto. Os movimentos migratórios internos ocorreram e ainda ocorrem em larga escala, e não
somente nas regiões metropolitanas, mas entre estados. Um exemplo é a expansão da fronteira agrícola no
Centro-Oeste e na Amazônia, deslocando principalmente residentes da região Sul.

d) Incorreto. As migrações internas são seculares no Brasil. Não ocorreram apenas nas décadas de 1940 e
1950. Até hoje, continuam ocorrendo. Nas décadas de 1940 e 1950, as migrações do Nordeste para o Sudeste
tiveram como principal causa a busca de emprego e melhores condições de vida.

Gabarito: A

16. (EsFCEx/2015 – CONCURSO DE ADMISSÃO) De acordo com o IBGE, o crescimento contínuo da


população é devido à queda nas taxas de mortalidade após os anos de 1940 e aos altos níveis de
fecundidade desse período até o final de 1970. No entanto, a taxa de crescimento entrou em
desaceleração a partir de meados da década de 1980, quando os níveis de fecundidade começaram a
apresentar queda acentuada, [...].

(ALMEIDA e RIGOLIM, 2013, p. 593.)

A diminuição na taxa de fecundidade no Brasil, a partir dos anos de 1980, ocorreu devido à associação de
fatores tais como a (o) (à) (ao)

(A) urbanização; o acesso da mulher ao mercado de trabalho e à criação do salário família.

(B) maior planejamento familiar; a desmetropolização da população e ao aumento da renda média.

(C) envelhecimento da população; a criação do salário família e o acesso da mulher ao mercado de trabalho.

(D) acesso da mulher ao mercado de trabalho; o aumento da renda média e ao maior planejamento familiar.

(E) urbanização; a desmetropolização das grandes capitais e o envelhecimento da população.

COMENTÁRIOS:

A diminuição da taxa de fecundidade no Brasil, a partir da década de 1980, ocorreu devido aos seguintes
fatores:

- Acesso da mulher ao mercado de trabalho, que faz com que ela tenha menos tempo para cuidar dos filhos
e consequentemente passe a ter menos filhos.

- O aumento da renda média da população que possibilitou novos horizontes para o consumo como viagens
e lazer, o que leva as pessoas a terem outras perspectivas de vida.

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- Maior planejamento familiar, contribuindo decisivamente para isso a disseminação dos métodos
contraceptivos (preservativos, pílula anticoncepcional, etc.).

- Urbanização - (no meio rural as famílias tinham a ideia de que era necessário ter muitos filhos para ajudar
nos trabalhos do campo).

- Crescente violência e elevação do custo de vida nas grandes cidades brasileiras.

A desmetropolização, a criação do salário família e o envelhecimento da população não são fatores que
impactam na diminuição da taxa de fecundidade.

Sendo assim, nosso gabarito é “D”.

Gabarito: D

17. (EsFCEx/2014 – CONCURSO DE ADMISSÃO) Com relação às migrações no Brasil, pode-se dizer que:

a) houve um encolhimento do movimento migratório em função da modernização da agricultura e da


indústria nacional.

b) houve uma acelerada migração das populações residentes nas cidades para o campo.

c) a região Nordeste foi a que mais recebeu imigrantes para trabalhar nas usinas de açúcar.

d) a região Centro-Oeste foi a que mais perdeu população rural.

e) há uma aceleração de movimentos migratórios a partir de 1950.

COMENTÁRIOS:

A questão não estabelece uma temporalidade para basear a análise das suas afirmativas. É uma questão
genérica quanto a períodos temporais.

a) Incorreto. Modernização da agricultura significa uma maior mecanização e incorporação de tecnologia na


produção. Isso leva a diminuição de empregos e a expulsão de pessoas do campo. Ou seja, leva a um aumento
migratório e não a um encolhimento migratório. Uma clara contradição que demonstra o erro desta
afirmativa.

b) Incorreto. O que ocorre é o contrário. Houve uma acelerada migração das populações residentes do
campo para as cidades. É o famoso êxodo rural.

c) Incorreto. No período colonial, o Nordeste recebeu centenas de milhares de imigrantes para trabalhar nas
usinas de açúcar, sobretudo imigrantes forçados, os escravos da África. Essa região apresentou grande
produção de açúcar nos séculos XVI e XVII, quando esse produto representava a principal atividade
econômica do país. Nos séculos subsequentes, até a atualidade, o saldo migratório da região tem sido
negativo, ou seja, com emigração maior do que imigração. Nos ciclos da borracha e durante a industrialização
e urbanização brasileira, milhões de nordestinos deixaram a região, em direção ao Norte e Sudeste.

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d) Incorreto. De acordo com o Censo de 2010, as regiões Sul, Sudeste e Nordeste perderam população rural.
O Sudeste apresentou a perda mais significativa. Já as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil apresentaram
crescimento da população rural.

e) Correto. A partir de 1950, houve uma aceleração de movimentos migratórios, propiciada pelas mudanças
socioeconômicas no país e, também, pela dispersão e modernização das redes de transportes, sobretudo à
grande extensão da malha rodoviária. O grande destaque é a migração de nordestinos para a região Sudeste.
Também se tornaram significativos os movimentos migratórios de sulistas para a região Centro-Oeste em
busca de terras para desenvolver a agropecuária. A rápida urbanização brasileira e a mecanização do campo
ocasionaram um intenso êxodo rural.

Gabarito: E

18. (FGV/PM MA/2014 – SOLDADO MILITAR) Observe os mapas sobre os principais fluxos migratórios
no território brasileiro.

(Adaptado de Regina Bega Santos. Migração!no!Brasil. São Paulo: Ed. Scipione)

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Com relação aos fluxos migratórios e às razões de expulsão e de atração de alguns desses fluxos, analise as
afirmativas a seguir.

I. Mapa 1: o crescimento industrial e a ampla oferta de empregos na Região Sudeste atraíram principalmente
migrantes nordestinos.

II. Mapa 2: a criação de políticas públicas de incentivo à ocupação da Amazônia, durante os governos
militares, atraiu fluxos de nordestinos.

III. Mapa 3: as diversas atividades, como o extrativismo mineral, desenvolvidas por empresas públicas e
privadas, atraíram mão de obra migrante para a Amazônia.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

COMENTÁRIOS:

O Mapa 1 mostra um grande fluxo migratório de Nordestinos para a Região Sudeste. Esse fluxo teve como
fator de atração o crescimento industrial e a ampla oferta de empregos na Região Sudeste.

Nas décadas de 1960 e 1970, durante os governos militares, políticas públicas de incentivo à ocupação da
Amazônia, atraíram para essa região fluxos de nordestinos, de sulistas e de paulistas. É o que se verifica no
mapa 2.

O Mapa mostra um maior fluxo de migrantes do Sul e Sudeste para a Amazônia e em menor número de
nordestinos para essa região. Estes migrantes foram atraídos como mão de obra para as diversas atividades,
como o extrativismo mineral, desenvolvidas por empresas públicas e privadas na Amazônia.

Gabarito: E (todas as afirmativas estão corretas)

19. (VUNESP/MPE SP/2014 – AUXILIAR DE PROMOTORIA) Em 2013, o Brasil atingiu os 200 milhões de
habitantes. Além de apresentar essa estimativa, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
também divulgou tendências atuais da população brasileira, dentre as quais

a) o esvaziamento das pequenas e médias cidades do interior.

b) a progressiva diminuição da esperança de vida da população.

c) o aumento do êxodo rural, isto é, da migração campo-cidade.

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d) o crescimento da taxa de mortalidade infantil nas áreas urbanas.

e) a contínua redução das taxas de fecundidade e natalidade.

COMENTÁRIOS:

Há cidades pequenas e médias do interior do Brasil que estão em processo de esvaziamento populacional.
No entanto, há outras que estão em processo de crescimento populacional, o que demonstra que o
esvaziamento não é um fenômeno linear.

A esperança de vida da população tem aumentado, o êxodo rural está diminuindo e as taxas de mortalidade
infantil diminuem em todo o país.

Duas importantes tendências atuais da população brasileira é a contínua redução das taxas de fecundidade
ou natalidade e o aumento da idade média dos brasileiros.

Gabarito: E

20. (ESA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2014 - CFS) As migrações _________________ são realizadas


temporariamente, em uma determinada época do ano. É o caso de trabalhadores rurais que se deslocam
em certas épocas do ano (por exemplo na colheita de algum produto) e retornam após alguns meses, com
o término do trabalho. O termo (deslocamento populacional) que completa corretamente o texto acima
é:

A) pendulares

B) sazonais

C) de êxodo rural

D) intrarregionais

E) inter-regionais

COMENTÁRIOS:

O enunciado se refere às migrações sazonais.

Migração pendular é o deslocamento diário da população de sua moradia para seu local de trabalho. Êxodo
rural consiste na saída de pessoas das áreas rurais para as áreas urbanas. Migração intrarregional é a
migração dentro de uma mesma região (ex. da Bahia para Pernambuco). Por fim, migrações inter-regionais
são migrações de uma região para outra região (ex.: Nordeste para o Sudeste).

Gabarito: B

21. (MARINHA/COLÉGIO NAVAL/2014 – ALUNO) Sabe-se que o número de pessoas vivendo fora de seu
estado de origem é crescente no Brasil e que o principal objetivo do deslocamento dessas pessoas é a

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busca de trabalho e, consequentemente, melhores condições de vida. Sendo assim, sobre os principais
fluxos migratórios inter-regionais brasileiros ocorridos, pode-se afirmar que, entre os anos de

(A) 1930 e 1940, deram-se do Nordeste para o Sudeste, em função da decadência econômica daquela região,
agravada pela falta de projetos que atendessem as populações oriundas de áreas mais pobres, como as do
semiárido.

(B) 1950 a 1970, ocorreram grandes deslocamentos de trabalhadores das regiões metropolitanas de São
Paulo e Rio de Janeiro para a Amazônia Ocidental, atraídos pelo garimpo de ouro e diamante, amplamente
subsidiados pelo governo federal.

(C) 1970 a 1990, verificou-se um crescimento populacional expressivo no Sul, especialmente por parte
daquela população proveniente do Nordeste, a qual passou a se fixar em pequenas propriedades,
produzindo gêneros de subsistência.

(D) 1900 a 1920, presenciou-se no Centro-Oeste forte participação de grupos provenientes do Norte, os quais
se dedicaram às atividades ligadas à pecuária intensiva e ao cultivo da soja, cuja produção estaria voltada
para o consumo interno do país

(E) 1990 a 2000, deu-se do Sul para o Sudeste, especialmente para as atividades ligadas ao cultivo de cana-
de-açúcar, uma vez que essa cultura agrícola necessita de grande número de trabalhadores especializados
para a execução do seu plantio.

COMENTÁRIOS:

a) Correto. A decadência econômica da região Nordeste e a crescente industrialização da região Sudeste


motivaram o movimento migratório do Nordeste para o Sudeste nas décadas de 1930 e 1940 e décadas
posteriores. A falta de projetos que atendessem as populações de áreas mais pobres, como a do semiárido,
influenciou esse movimento. O semiárido é considerado a área mais pobre do Nordeste.

b) Incorreto. Esse movimento migratório não existiu. Durante o período de 1950 a 1970, foi significativo o
fluxo migratório de Nordestinos para o Sudeste, notadamente para São Paulo, em meio ao intenso processo
de industrialização e urbanização desse estado.

c) Incorreto. Esse movimento migratório não existiu. Não há expressivo contingente de Nordestinos no Sul.
Tradicionalmente, os Nordestinos migram para o Sudeste.

d) Incorreto. Esse movimento migratório não existiu. Durante 1900 a 1920, o Centro-Oeste era pouco
povoado. Foi a partir da década de 1960, com a migração de sulistas em busca de terras para a agropecuária
e com a construção de Brasília que essa região recebeu seus principais fluxos migratórios. Atualmente, o
Centro-Oeste é o maior produtor de grãos do país, com destaque para a soja e para o milho, que são voltados
principalmente para exportação.

e) Incorreto. Esse movimento migratório não existiu. As atividades ligadas ao cultivo de cana-de-açúcar no
Sudeste são, em sua maioria, realizadas de forma intensiva e mecânica, não necessitando de um grande
número de trabalhadores envolvidos no processo.

Gabarito: A

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22. (ESA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2014 - CFS) Sobre a atual dinâmica demográfica brasileira, assinale a
afirmativa correta:

A) O Brasil está deixando de ser um país jovem.

B) A participação relativa dos idosos vem declinando desde a década de 1980.

C) O crescimento vegetativo compreendido entre 1940 e 1970, não foi afetado pela redução da mortalidade.

D) A migração é um dos fatores de maior impacto na composição atual da estrutura etária do Brasil.

E) A taxa de mortalidade infantil equipara-se a dos padrões do conjunto dos países desenvolvidos.

COMENTÁRIOS:

a) Correta. O Brasil está deixando de ser um país jovem. Isso significa que a população está envelhecendo.
Com a melhoria geral das condições de saúde no país, a expectativa de vida do brasileiro está aumentando.
Isso faz com que existam mais idosos na população.

b) Incorreta. A participação relativa dos idosos vem aumentando desde a década de 1980.

c) Incorreta. Durante o período de 1940 e 1970, o Brasil apresentou significativo crescimento vegetativo.
Entre os fatores desse crescimento, está a redução da mortalidade.

d) Incorreta. A migração não é um dos fatores de maior impacto na composição atual da estrutura etária do
Brasil. A composição da atual estrutura etária brasileira se deve a fatores como o crescimento da expectativa
de vida e a diminuição da taxa de natalidade e fecundidade.

e) Incorreta. A taxa de mortalidade infantil no Brasil reduziu-se drasticamente nas últimas décadas, mas
ainda não se equipara a padrões dos países desenvolvidos, onde a taxa é bem menor. O Brasil ainda é
considerado um país emergente.

Gabarito: A

23. (EsPCEx/2013 – CONCURSO DE ADMISSÃO) “…o povoamento do território brasileiro se fez baseado
na formação de áreas de atração e áreas de repulsão de população. E, na atualidade, a distribuição espacial
da população também obedece a essa dinâmica.”

(ADAS, 2004, p.300)

Sobre as características do fenômeno migratório no território brasileiro podemos afirmar:

I) assim como o Nordeste, na década de 1950, o Centro-Oeste e a Amazônia, a partir da década de 1990,
também passam a ser considerados áreas de repulsão populacional.

II) na década de 1990, com a reativação de alguns setores da economia nordestina, como o turismo e a
instalação de diversas empresas, estabeleceu-se um fluxo de retorno de população para o Nordeste.

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III) observa-se que a participação da população migrante na população local tem maior expressão nas regiões
de fronteira agropecuária, onde a expansão da produção agrícola tem gerado o aumento do emprego e da
renda.

IV) segundo o IBGE, em São Paulo, o aumento do saldo migratório, registrado entre 1991 e 2000, revela que
ocorreu aumento no fluxo de entrada de migrantes e significativa diminuição das saídas do estado.

V) tendências mais recentes da mobilidade da população no Brasil apontam para o aumento das migrações
intrarregionais e dos fluxos urbano-urbano.

Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão corretas.

[A] I e II

[B] I e III

[C] II e IV

[D] I, IV e V

[E] II, III e V

COMENTÁRIOS:

I - Incorreta. Na década de 1950, o Nordeste era uma área de repulsão. Muitos nordestinos emigraram para
fora da região em busca de melhores condições de vida, tendo o Sudeste, sobretudo São Paulo, como
destino. A partir da década de 1990, Centro-Oeste e Amazônia não se tornaram áreas de repulsão.
Continuam sendo áreas com saldo migratório positivo. O Centro-Oeste é a segunda região brasileira que
mais recebe imigrantes, atrás apenas da região Sudeste, consequência, sobretudo, da expansão da fronteira
agrícola e da urbanização.

II - Correta. A região Nordeste continua perdendo população, mas em ritmo mais lento a partir da década
de 1990. A melhoria das condições socioeconômicas na região promoveu a migração de retorno, a volta das
pessoas a sua terra de origem após terem emigrado.

III - Correta. Nas regiões da fronteira agrícola, isto é, Centro-Oeste e Norte (na "periferia" da floresta
amazônica), a população é formada por um contingente expressivos de imigrantes. Nas décadas de 1950 e
1960, com a modernização agrícola brasileira e o processo de melhoramento do solo ácido do Cerrado, fez
com que diversos migrantes, sobretudo sulistas, se deslocassem para essas regiões em busca de terras para
o desenvolvimento da agropecuária.

IV - Incorreta. São Paulo e a região Sudeste apresentaram diminuição no seu saldo migratório no período de
1990 – 2010. A região continua sendo o principal polo de atração no Brasil, mas a chegada de imigrações
caiu consideravelmente. A diminuição do saldo migratório está relacionada à redução da chegada de
imigrantes e ao aumento da saída emigrantes

V - Correta. A migração inter-regional, que foi muito intensa na segunda metade do século XX, começou a
cair nos anos 1990. Atualmente, os principais fluxos migratórios no Brasil ocorrem entre estados de uma

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mesma região (intrarregional) e entre cidades de um mesmo estado (fluxo urbano-urbano). Saturadas, as
metrópoles deixam de ser atraentes devido ao custo de vida mais alto e à violência, entre outros fatores. As
cidades brasileiras médias, com até 500 mil habitantes, são as que recebem os maiores fluxos migratórios.

Gabarito: E

24. (FCC/SEFAZ SP/2013 – AGENTE FISCAL DE RENDAS) Dentre os indicadores de desenvolvimento


sustentável utilizados para caracterizar a realidade social, econômica, ambiental e institucional de
determinada região, a taxa de fecundidade expressa

a) o espectro de doenças relacionadas com a decomposição de matéria orgânica.

b) a intensidade de aplicação de fertilizantes na cultura hortifrutícola.

c) o grau de contaminação dos alimentos pelo uso de agrotóxicos.

d) o número médio de filhos que as mulheres têm durante seu período reprodutivo.

e) o conjunto de espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção.

COMENTÁRIOS:

A taxa de fecundidade expressa o número médio de filhos que as mulheres têm no decorrer da vida. Nas
últimas décadas, os índices da taxa vêm caindo no Brasil. O mínimo indicado para que a população se
mantenha estável, não diminua, é de 2,1 filhos por mulher – duas crianças substituem os pais, a fração 0,1
compensa as meninas que morrem antes de atingir a idade reprodutiva. Esse número é considerado a taxa
de reposição populacional. A taxa de fecundidade do Brasil já está abaixo da taxa de reposição populacional.

Gabarito: D

25. (FGV/ PM MA/2012 – SOLDADO MILITAR) Analise a pirâmide etária a seguir.

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(Adaptado. IBGE: Censo 2010)

A estrutura etária da população brasileira está relacionada com as transformações sociais, econômicas e
espaciais ocorridas no país, a partir da Segunda Guerra Mundial.

Com relação a essas mudanças, assinale a afirmativa incorreta.

a) O declínio dos níveis de mortalidade, seguido pela diminuição dos níveis de fecundidade, a partir da década
de 1960, determinou o padrão de envelhecimento da população brasileira.

b) O estreitamento da base da pirâmide etária mostra que a participação dos grupos quinquenais de 10 a 14
anos e de 15 a 19 anos de idade suplantou a dos grupos de 0 a 4 anos e de 5 a 9 anos.

c) As mudanças ocorridas na estrutura etária brasileira resultaram da legislação de controle da natalidade


adotada pelo Estado, a partir da Segunda Guerra Mundial.

d) A queda da mortalidade, a partir da década de 1950, está relacionada com o processo de industrialização
que deu forte ímpeto aos movimentos migratórios das áreas rurais para as áreas urbanas.

e) A queda da fertilidade reflete a maior inserção da mulher no mercado de trabalho e a utilização de


métodos anticoncepcionais de maior eficiência.

COMENTÁRIOS:

O Estado brasileiro não adotou políticas de controle de natalidade após a Segunda Guerra Mundial.
Atualmente também não adota. As mudanças na estrutura etária brasileira decorrem da diminuição

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continuada da taxa de natalidade ou fecundidade e do aumento da expectativa de vida do brasileiro. Esses


dois fatores ocasionam o envelhecimento populacional.

Gabarito: C

26. (FCC/DPE SP/2012 – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA) O Brasil vive hoje uma revolução econômica
e ao mesmo tempo uma revolução demográfica, que não é muito comentada. Da econômica todos falam,
bem ou mal: se crescemos menos de 1% de um trimestre a outro, o tema vira manchete na imprensa. [...].

Na revolução demográfica há sinais tão importantes quanto na outra.

(Adaptado: Carta Capital, 26/12/2012. Ano XVIII. n. 729. p.23)

Um dos fatos importantes que fazem parte da revolução demográfica mencionada no texto é

a) a existência de cerca de 50 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos, isto é, na idade produtiva.

b) o crescente aumento da renda per capita, atualmente por volta de 28 mil dólares.

c) a diminuição da taxa de fecundidade, atualmente abaixo da reposição populacional.

d) o esvaziamento das pequenas e médias cidades com o consequente aumento da população das
metrópoles.

e) a redução expressiva da taxa de analfabetismo em virtude dos investimentos em educação.

COMENTÁRIOS:

a) Errada. O Brasil atravessa um período denominado de bônus demográfico, que se caracteriza por ser um
período da vida de um país em que a estrutura etária da população atua no sentido de facilitar o crescimento
econômico. Isso acontece quando há um grande contingente da população em idade produtiva (ativa) e um
menor número de idosos e crianças (população dependente). Conforme o censo de 2010, o Brasil tem 130,6
milhões de pessoas entre 15 e 64 anos (67,6% da população em idade produtiva).

b) Errada. A renda per capita cresce continuamente nas últimas décadas.

c) Certa. Para que haja reposição populacional, ou seja, para que a população não diminua, a taxa de
fecundidade de um país tem que ser de 2,1 filhos por mulher. A taxa de fecundidade brasileira está abaixo
do índice de reposição populacional.

d) Errada. No Brasil está havendo o crescimento de muitas cidades pequenas e médias dinâmicas, como
também está havendo a diminuição da população em centenas de pequenas cidades brasileiras deprimidas
ou estagnadas economicamente. A população das metrópoles segue aumentando, mas em ritmos
diferenciados.

e) Errada. A taxa de analfabetismo está em queda continuada há mais de um século no Brasil. Porém o índice
ainda é alto.

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Gabarito: C

27. (FEMPERJ/TCE-RJ/2012 – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) A comparação das pirâmides etárias


da população brasileira entre 1978 e 2006 (figuras abaixo) tem como principal conclusão:

a) maior longevidade dos homens

b) diminuição da fecundidade

c) diminuição da mortalidade infantil

d) diminuição das doenças infecciosas

e) envelhecimento populacional

COMENTÁRIOS:

Ao compararmos as duas pirâmides apresentadas pela questão, podemos observar que o meio e o topo
estão maiores na segunda pirâmide (2006). Isso indica que há um crescimento da quantidade e proporção
de adultos e idosos no conjunto total da população. Ou seja, a população envelheceu.

Gabarito: E

28. (TJ SC/2011 – TÉCNICO JUDICÁRIO) “Quantos somos? Como vivemos? Onde vivemos?”

A cada nova década estas e outras perguntas são respondidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), com a realização dos censos demográficos. Segundo os últimos dados divulgados pelo IBGE,
avalie as alternativas abaixo e marque com “V” as verdadeiras e com “F” as falsas.

( ) Já somos mais de 190 milhões de habitantes e o 5º país mais populoso do planeta mas, a população
brasileira cresce mais devagar.

( ) Os últimos dados mostram uma tendência de redução do ritmo de crescimento da população brasileira,
com a diminuição das taxas de natalidade e aumento da expectativa média de vida. Este processo é chamado
de transição demográfica avançado.

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( ) As regiões que tiveram um maior aumento populacional foram respectivamente, a região Norte e Centro
Oeste. Isto indica um fluxo de migração interna para estas regiões.

( ) No processo das migrações internas do Brasil verifica-se que desacelera a migração de nordestinos para o
Sudeste, percebendo-se mesmo uma pequena migração de retorno. Os nordestinos deixam São Paulo e
voltam para a sua região. Isto é em decorrência da abertura de novas frentes de trabalho, com a instalação
de novas indústrias em outras regiões como, por exemplo, no Nordeste.

( ) As baixas taxas de fecundidade da população brasileira, de 1,9 filhos por mulher em idade fértil, têm
ocasionado políticas de incentivo para que as mulheres sejam estimuladas a abandonar suas atividades
profissionais, a fim de que ocorra um crescimento populacional.

Assinale a alternativa que contenha a sequência correta de proposições verdadeiras e falsas:

a) V, V, V, F, F ==11c7b1==

b) V, V, V, V, F

c) F, V, V, V, F

d) V, V, F, F, V

e) V, F, V, F, V

COMENTÁRIOS:

A última alternativa é falsa. Não existe nenhuma política no Brasil para que as mulheres em idade fértil sejam
estimuladas a abandonar o mercado de trabalho e incentivadas a terem filhos.

Aproveitamos para comentar que no período de 2000-2010, o Norte foi a região com a maior taxa de
crescimento demográfico anual, seguida do Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. Veja o quadro abaixo:

Cresc. Demogr.
Regiões
(em %) (2000-2010)

Norte 2,1

Centro-Oeste 1,9

Nordeste 1,1

Sudeste 1,0

Sul 0,9

Gabarito: B (V, V, V, V, F)

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29. (ESA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2011 - CFS) A população brasileira sempre teve um histórico de grande
mobilidade desde a colonização. Cerca de um terço da população brasileira não reside onde nasceu. Entre
as características da mobilidade da população nacional na década de 90, está a(o)

a) queda do movimento migratório interno em direção ao Sudeste.

b) aumento do crescimento populacional de São Paulo, principal região atratora.

c) redução drástica da corrente migratória em direção à Amazônia.

d) involução dos municípios de médio e pequeno porte que tiveram suas populações atraídas pelas
metrópoles.

e) grande onda migratória de sulistas em direção ao Nordeste.

COMENTÁRIOS:

a) Correto. Na década de 90, se tornou significativa a queda do movimento migratório interno em direção
ao Sudeste, movimento migratório esse composto sobretudo de nordestinos. Nesse período, o Nordeste
passa a receber grandes investimentos em infraestrutura, ampliando significativamente o seu parque
industrial, sobretudo devido a política dos incentivos fiscais que trouxe várias empresas para a região. Com
isso, a economia da região se dinamizou, o que fez com que menos nordestinos saíssem de sua região, e,
nordestinos residentes fora de sua região, situados sobretudo no Sudeste, voltassem para o Nordeste.

b) Incorreto. São Paulo, o estado mais desenvolvido economicamente do Brasil já registrava significativa
desaceleração no crescimento de sua população na década de 90. A principal região atratora passou a ser o
Centro-Oeste, devido à expansão da fronteira agrícola e ao aumento da urbanização na região.

c) Incorreto. Não houve uma redução drástica da corrente migratória em direção à Amazônia. A Amazônia
ainda é uma região de considerável atração populacional, motivado principalmente pela expansão da
fronteira agrícola. Na década de 90, foi considerável também a migração para Rondônia, que passou de
território para estado.

d) Incorreto. Os municípios de médio porte têm apresentado uma tendência de crescimento populacional
nas últimas décadas, com pessoas fugindo das metrópoles saturadas. É o chamado fenômeno de
desmetropolização.

e) Incorreto. Não se verificou na década de 90 e em nenhum outro período uma grande onda migratória de
sulistas em direção ao Nordeste.

Gabarito: A

30. (EsFCEx/2011 – CONCURSO DE ADMISSÃO) Sobre a população brasileira, é correto afirmar:

A) A população absoluta do Brasil e sua grande extensão territorial permite-nos classificar o País como
povoado, porém pouco populoso.

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B) A região Centro-Oeste tem sido um lugar de partida de grandes movimentos migratórios. Isto, sem dúvida,
está associado à desigualdade na distribuição de renda.

C) Os movimentos migratórios têm se reduzido em direção à região Sudeste. No Nordeste este movimento
caracterizou-se mais pelo seu caráter intra-regional.

D) O dinamismo atual da nossa industrialização foi capaz de resolver o problema de demanda de emprego,
além de significar um importante fator de redistribuição da população entre os diferentes setores da nossa
economia.

E) A partir de meados da década de 1980, a população urbana passa a ser mais numerosa que a população
rural, em razão do processo de industrialização que se acentua desde o final da década de 1960, provocando
mudanças do campo para a cidade.

COMENTÁRIOS:

a) Incorreto. Um país povoado é um país com população bem distribuída pelo território. Um país populoso
é um país com grande número de habitantes, independentemente de sua distribuição geográfica pelo
território. O Brasil possui uma população muito grande, é um país muito populoso. Entretanto, boa parte da
população se concentra na faixa litorânea e sobretudo nas grandes metrópoles. A população brasileira não
está bem distribuída pelo território, de modo que o Brasil não é um país adequadamente povoado.

b) Incorreto. Pelo contrário, a região Centro-Oeste tem sido lugar de chegada de movimentos migratórios.

c) Correto. Apesar de ainda ser considerável, a corrente imigratória para a região Sudeste, tem diminuído
em relação às décadas passadas. No Nordeste (em boa parte do Brasil), os movimentos migratório se
caracterizam mais pelo seu caráter intra-regional.

d) Incorreto. A indústria brasileira vem perdendo dinamismo desde a década de 1980. De forma alguma, o
setor consegue resolver a demanda de emprego no Brasil, não tem tamanho, nem capacidade para isso. Por
fim, não é um importante fator de redistribuição da população para os demais setores da nossa economia.

e) Incorreto. Foi a partir de meados da década de 1970 que a população urbana passou a ser mais numerosa
que a população rural, e não de 1980, como afirma a questão.

Gabarito: C

31. (ESAF/MPOG/2010 – ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO) Com relação aos aspectos


demográficos da sociedade brasileira, não é correto afirmar que:

a) o declínio na taxa de mortalidade da população, a partir de 1940, deveu-se, especialmente, aos progressos
na saúde pública, particularmente no que tange ao controle das doenças epidêmicas.

b) o principal fluxo migratório que caracterizou a economia brasileira, durante o século XX, foi o chamado
êxodo urbano.

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c) os indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD-2008), do Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística, demonstraram que, no país, prevalecem expressivas desigualdades educacionais
entre ricos e pobres, brancos e não brancos, áreas urbanas e rurais e diferentes regiões.

d) em decorrência do processo de crescimento populacional, apesar da pequena queda observada no grau


de pobreza, o número de pobres aumentou cerca de 13 milhões, passando do total de 41 milhões, em 1977,
para 53 milhões em 1999, aproximadamente.

e) o índice de envelhecimento da população, segundo o IBGE, passou de 6,4% em1960 para 16,8% em 2000.

COMENTÁRIOS:

Como poderia haver um êxodo urbano se a população urbana brasileira cresceu rapidamente na segunda
metade do século passado? O principal fluxo migratório que caracterizou a economia brasileira, durante o
século XX, foi o chamado êxodo rural.

Gabarito: B

32. (ESA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2010 - CFS) O período de maior crescimento vegetativo da população


brasileira ocorreu:

a) entre os anos de 1940 e 1970, devido ao rápido declínio das taxas de mortalidade e manutenção, em
patamares elevados, das taxas de natalidade.

b) entre 1972 e 1940, devido à entrada de milhares de imigrantes no país.

c) entre os anos de 1960 e 1990, devido às mudanças estruturais ocorridas na economia brasileira.

d) nos primeiros anos do século XX, em decorrência das medidas sanitárias implantadas em todo o território
nacional.

e) entre os anos de 1988 e 2008, em decorrência do planejamento familiar sugerido em nossa última
Constituição Federal.

COMENTÁRIOS:

Vamos utilizar a tabela abaixo para comentar a questão:

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Nessa questão, nosso gabarito é a letra "A". Entretanto, é uma questão bastante duvidosa, pois a letra "A"
apresenta um erro. Vejamos:

a) Correto. Se formos comparar todos os intervalos temporais das alternativas, não foi durante os anos 1940
e 1970 que ocorreu o maior crescimento vegetativo da população brasileira. Foi entre 1960 e 1990. Apesar
de não ter sido esse o período de maior crescimento vegetativo da população, o rápido declínio das taxas de
mortalidade e manutenção, em patamares elevados, das taxas de natalidade, são fatores do crescimento
populacional. Provavelmente foi por isso que a banca considerou essa alternativa correta em detrimento das
demais. Questão passível de anulação, que, na época da prova, não foi anulada.

b) Incorreto. A entrada de milhares de imigrantes no país não foi um fator significativo para o crescimento
populacional durante 1940 e 1972. As correntes migratórias contribuíram para o crescimento da população
brasileira no passado, desde o descobrimento até a década de 1950. Muitos escravos africanos migraram
forçadamente para o Brasil, e, num segundo momento, europeus livres, asiáticos e latino-americanos. Essas
foram as principais correntes migratórias que contribuíram para o crescimento e formação da população
brasileira.

c) Incorreto. O período de 1960 - 1990 apresentou o maior crescimento populacional. Ocorreram grandes
mudanças na economia brasileira. O PIB do Brasil cresceu muito nesse período, a agricultura se modernizou
e o setor terciário cresceu bastante. Embora essas não sejam consequências diretas do crescimento
populacional, são reflexos do mesmo.

d) Incorreto. Não foi esse o período de maior crescimento populacional no país.

e) Incorreto. Não foi esse o período de maior crescimento populacional no país, e a nossa última Constituição
Federal, promulgada em 1988, não sugere planejamento familiar.

Gabarito: A

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33. (MARINHA/COLÉGIO NAVAL/2009 – ALUNO) A pirâmide etária é o nome que se dá aos gráficos de
distribuição da população por idade e sexo num determinado momento, sendo importante também no
auxílio analítico socioeconômico de uma sociedade. Observe a pirâmide etária brasileira abaixo.

Com base nos dados apresentados, analise as afirmativas a seguir.

I - A base larga, resultado de uma taxa de natalidade ainda elevada, confere ao Brasil uma população com
grande número de jovens.

II - O corpo muito estreito mostra uma sensível diminuição na concentração de riquezas do país, o que vem
contribuindo no aumento dos adultos.

III- O seu topo evidencia entre outros fatores, que ainda há no país uma taxa de mortalidade alta.

IV - O formato da pirâmide em questão é igual a de todos os países mais pobres do planeta, pois fazem parte
do grupo de países do Sul.

Assinale a opção correta.

a) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.

b) Apenas as afirmativas II e IV são verdadeiras.

c) Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras.

d) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.

e) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.

COMENTÁRIOS:

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Pessoal, antes de comentar as alternativas, vale ressaltar que essa pirâmide é do ano de 2000. Hoje, em
2019, ela mudou significativamente, seguindo a teoria da transição demográfica. A base está mais estreita e
o topo está mais alongado.

I - Verdadeira. A base larga mostra que a taxa de natalidade ainda é elevada. Entretanto, no caso brasileiro,
sabemos que essa taxa tem diminuindo constantemente nas últimas décadas. Nosso país ainda possui um
grande número de jovens, que pode ser visualizado nas três primeiras faixas etárias da pirâmide.

II - Falsa. O corpo da pirâmide não é estreito, é largo. A pirâmide etária não mostra o número de riquezas do
país, mas pode nos dar informações sobre a população economicamente ativa. O grande número de adultos
nas faixas de 20 e 25 representam um grande contingente de pessoas aptas a trabalhar.

III - Verdadeira. O topo estreito mostra que a taxa de mortalidade é alta, e a esperança de vida ainda não
atingiu um grande número. Entretanto, sabemos que no Brasil a taxa de mortalidade tem diminuindo e a
esperança de vida aumentado nas últimas décadas.

IV - Falsa. É uma pirâmide típica de países emergentes, que estão completando sua segunda fase da transição
demográfica. A taxa de fecundidade e de mortalidade estão diminuindo, e a esperança de vida está
crescendo. Há um grande número de jovens e adultos na população ainda, mas, no futuro, haverá também
um grande número de idosos e um menor número de jovens e adultos.

Gabarito: A

34. (ESA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2008 - CFS) Os últimos censos demográficos do Brasil têm registrado
inúmeras mudanças na dinâmica e no comportamento da população brasileira. Todas as afirmações abaixo
são exemplos destas alterações com exceção da(o):

a) declínio das taxas de natalidade, fecundidade e mortalidade geral.

b) aumento da população idosa no conjunto da população.

c) crescimento da população e ameaça de explosão demográfica.

d) elevação do número de pessoas empregadas no setor terciário.

e) aumento da expectativa de vida.

COMENTÁRIOS:

Todas alternativas corretas, com exceção da letra C. O crescimento da população brasileira é uma mudança
registrada nos últimos censos, e, apesar do Brasil ser um país muito populoso, não há uma ameaça de
explosão demográfica. A densidade demográfica não é elevada no Brasil e, de acordo com estimativas do
IBGE, a população vai continuar a crescer até a segunda metade da década de 2040, quando entrará em
declínio e se estabilizará em 2060. Ou seja, não há nenhuma ameaça de explosão demográfica no Brasil.

Gabarito: C

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35. (CESPE/PRF/2008 – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Nos anos 70 do século passado, cerca de 60%
da população do Centro-Oeste vivia no campo. Em 2006, aproximadamente 74% estavam nas cidades. A
crescente mecanização da agricultura, que libera mão-de-obra, e os fluxos migratórios vindos de outras
regiões brasileiras são fatores relevantes para o vigoroso processo de urbanização observado nessa região.

A propósito dessa realidade, assinale a opção correta.

a) O êxodo rural, que amplia consideravelmente a população urbana, é também reflexo da mecanização das
atividades rurais desenvolvidas no Centro-Oeste, as quais têm no denominado agronegócio, na atualidade,
um de seus símbolos mais expressivos.

b) O significativo crescimento da população urbana no Centro-Oeste fez dessa região autêntica exceção no
conjunto do país, ainda fortemente marcado pela força econômica e política do campo, o que explica a lenta
expansão dos centros urbanos brasileiros.

c) Apesar da existência de um Plano Piloto, com a maior renda per capita do país, o DF, com seus dois milhões
de habitantes, empurra para baixo os indicadores sociais e econômicos do Centro-Oeste, a começar pela
taxa de escolaridade da população.

d) Ao contrário da atual tendência de interiorização das atividades econômicas no país, o desenvolvimento


no Centro-Oeste concentra-se em torno das capitais, a começar pelo agronegócio.

e) A ausência da escravidão no Centro-Oeste, no período colonial, e a implacável perseguição histórica aos


índios explicam a inexistência de afrodescendentes e de indígenas na composição demográfica dessa região.

COMENTÁRIOS:

a) Correta. A mecanização das atividades rurais tornou ocioso largos contingentes de trabalhadores rurais
no Brasil e no Centro-Oeste. Sem emprego no campo, esses trabalhadores migram para as cidades,
ampliando consideravelmente a população urbana, fenômeno conhecido por êxodo rural. O agronegócio é
o motor econômico do Centro-Oeste.

b) Incorreta. O Brasil é um país urbano. Em torno de 85% da sua população é urbana. O fenômeno da
urbanização brasileira é nacional, ocorre em todas as regiões do país.

c) Incorreta. O Distrito Federal conta com os melhores indicadores socioeconômicos do Centro-Oeste, o que
eleva os indicadores da macrorregião.

d) Incorreta. A interiorização das atividades econômicas no Brasil, também atinge o Centro-Oeste. Anápolis
(GO) é um importante centro industrial da região. O crescimento do agronegócio possibilitou o
desenvolvimento de várias cidades do interior, tais como Rio Verde e Catalão (GO), Dourados (MS),
Rondonópolis, Cáceres e Sinop (MT).

e) Incorreta. A escravidão se fez presente em todas as regiões brasileiras. No período colonial, na fase
aurífera, houve intensa utilização de mão-de-obra escrava no Centro-Oeste. Os índios foram muito
perseguidos e quase dizimados no Brasil pelos colonizadores. Mesmo assim, é visível a participação dos
índios na composição demográfica e também a forte presença de afrodescendentes na composição
demográfica do Brasil e do Centro-Oeste.

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Gabarito: A

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LISTA DE QUESTÕES
Questões IBGE

1. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS POR TELEFONE) As Figuras abaixo mostram os


fluxos migratórios ocorridos no Brasil entre as décadas de 1950 e 1990.

Os fluxos migratórios dos estados do Sul, além de São Paulo e de Minas Gerais, para as regiões Centro-Oeste
e Norte aconteceram, especialmente, em que época e por qual motivo?

(A) Na década de 1950, devido à expansão da cultura da soja

(B) A partir da década de 1950, devido ao aumento do garimpo

(C) Entre o final da década de 1950 e a década de 1960, devido à construção de Brasília

(D) No início da década de 1970, devido ao incremento da atividade industrial

(E) A partir da década de 1970, devido à expansão das áreas de fronteira agrícola na Amazônia

2. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS POR TELEFONE) A partir de 1950 verifica-se uma


aceleração do movimento migratório no país, fenômeno que se impõe nos decênios seguintes em um nível
consideravelmente mais elevado. [...] Desse modo, a população brasileira tem uma movimentação cada
vez maior, misturando, sobre todo o território, pessoas das mais diversas origens estaduais.

SANTOS, Milton & SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil – Território e Sociedade no início do século XXI. Rio de
Janeiro: Record, 2001, p.212.

A situação retratada acima tem estreita associação com os seguintes fatores:

(A) fim da escravidão e avanço do agronegócio

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(B) falência das indústrias têxteis e aceleração do comércio externo

(C) instalação da planta industrial pesada e a aceleração do crescimento econômico

(D) crescimento da cafeicultura e restrição à entrada de imigrantes

(E) aumento da taxa de desemprego e colapso da agricultura de exportação

3. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS POR TELEFONE) No campo previdenciário, o


aumento da longevidade da população brasileira resulta no alongamento do período em que o aposentado
ou pensionista permanece no sistema, recebendo benefícios. [...] Embora a concessão de benefícios por
um período mais longo resulte em maior dispêndio na manutenção do aposentado ou pensionista, não
haveria problemas maiores para o financiamento da Previdência Social caso o aumento da quantidade de
pessoas em idade de trabalho (fase de ouro da transição demográfica) resultasse em condizente aumento
da arrecadação da contribuição de empregados e empregadores.

LACERDA, Antônio Corrêa de. [et al.] Economia Brasileira. São Paulo: Saraiva, 2013, p.265. Adaptado.

Dessa forma, na atual fase da evolução demográfica brasileira, o impacto positivo sobre as receitas da
Previdência Social depende da capacidade de a economia brasileira apresentar

(A) aumento do trabalho informal

(B) arrecadação de recursos pelo financiamento bancário

(C) recadrastamento de contribuintes com carteira assinada

(D) desenvolvimento de alternativas na medicina preventiva

(E) geração de empregos de qualidade em número suficiente

4. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS POR TELEFONE) A diminuição da razão de


dependência permite que o país comece a mudar suas prioridades em termos de políticas públicas. É
preciso lembrar, contudo, que essa queda não é homogênea entre as regiões, os estados e os diferentes
grupos de renda.

LACERDA, Antônio Corrêa de. [et al.] Economia Brasileira. São Paulo: Saraiva, 2013, p.266. O conteúdo do
trecho acima envolve o conceito de Razão de Dependência Total.

Esse conceito tem relação direta com a razão

(A) de uma situação populacional de altas taxas de mortalidade e natalidade para uma de baixas taxas

(B) da população entre 0 e 14 anos sobre a população em idade ativa

(C) da população dependente (0 a 14 anos e 65 anos ou mais) sobre a população em idade ativa

(D) da quantidade da população economicamente ativa sobre o número de desempregados

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(E) do número médio de nascidos vivos de mulheres entre 14 e 49 anos

5. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO) No Brasil, durante muito


tempo, as migrações internas, do Norte para o Sul e do mundo rural para as cidades, constituíram uma
tentativa de resposta individual à extrema pobreza de algumas regiões. Fator de diversificação do tecido
social e de desenvolvimento de associações e ONG, essa mobilidade contribuiu para a riqueza do Sul, assim
como para a expansão das favelas urbanas. A esses efeitos devem-se acrescentar, hoje, fluxos
populacionais mais diversificados.

DURAND, M-F. et al. Atlas da mundialização. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 130. Adaptado.

Na atual realidade brasileira, ocorre um novo e recente fluxo populacional denominado

a) movimento pendular

b) êxodo rural

c) migração de retorno

d) transumância

e) transmigração

6. (FGV/IBGE/2016 – TÉCNICO DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E ESTATÍSTICAS A I) Os mapas a


seguir representam as migrações inter-regionais no Brasil entre os anos de 2005 e 2010.

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A migração inter-regional caracteriza-se pelo fluxo populacional que ocorre de uma região para outra. O
saldo migratório de uma região é obtido pela diferença entre o número de entradas e saídas de pessoas em
um período de tempo.

A partir dos anos 1990, registra-se o aumento de um tipo de migração inter-regional, denominada migração
de retorno. Trata-se da volta do migrante para a sua região (estados e municípios) de naturalidade.

A região que teve o maior saldo migratório positivo e a região que recebeu o maior fluxo de migração de
retorno no período considerado nos mapas foram, respectivamente:

(A) Sudeste e Nordeste;

(B) Nordeste e Sudeste;

(C) Centro-Oeste e Sul;

(D) Sudeste e Centro-Oeste;

(E) Norte e Nordeste.

7. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO)

No período mencionado acima, o fluxo migratório indicado pelas setas decorreu do seguinte fator principal:

a) apoio de instituições regionais

b) compra de imóvel próprio

c) refúgio à perseguição política

d) acesso à educação superior

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e) oferta de emprego industrial

8. (FGV/IBGE/2016 – TÉCNICO EM INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E ESTATÍSTICAS A I) Em 2010, de


acordo com o Censo Demográfico, as mulheres representavam cerca de 52% da população em idade ativa
residente em áreas urbanas do país.

O gráfico 1, elaborado com base nos dados dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010, apresenta o
percentual de homens e de mulheres com mais de 10 anos de idade que, no período de referência das
pesquisas, estavam trabalhando ou procurando trabalho.

O gráfico 2, elaborado a partir dos dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de 2009, apresenta a
distribuição da população ocupada, por grupos de atividade, segundo o sexo, nas seis principais regiões
metropolitanas do país.

A análise dos gráficos 1 e 2 indica, respectivamente:

(A) a expansão do rendimento médio das mulheres; a feminilização do setor secundário;

(B) a elevação da taxa de desocupação dos homens; o predomínio de mulheres no setor primário;

(C) o incremento do nível de ocupação das mulheres; a menor dispersão ocupacional entre os homens;

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(D) o aumento da taxa de atividade das mulheres; a segmentação ocupacional com base no gênero;

(E) a expansão do bônus demográfico; a equidade ocupacional com base no gênero no setor público.

9. (CESGRANRIO/IBGE/2016 – AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO)

Disponível em: <http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br/upload/mapa_popula%C3%A7%C3%A3o_absoluta_brasil_2010.gif>.


Acesso em: 31 maio 2016.

O estado do Sudeste com menor população absoluta é

a) Rio Grande do Sul

b) São Paulo

c) Rio de Janeiro

d) Minas Gerais

e) Espírito Santo

Questões de outros concursos

10. (EsFCEx/2018 – CONCURSO DE ADMISSÃO) Assinale a alternativa que expressa corretamente


características contemporâneas da migração interna no Brasil.

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A) Atualmente, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais cuja população mais cresce no
Brasil, em razão de intensa imigração.

B) As cidades em áreas de expansão das fronteiras agrícolas, com destaque para Palmas, no Tocantins,
são as que atualmente mais crescem no país.

C) As capitais nordestinas continuam a expulsar grande contingente populacional em razão da estagnação


de suas economias, com destaque para Salvador-BA.

D) A maioria dos habitantes do país não é natural dos municípios onde moram, em razão da forte migração
inter-regional.

E) O fluxo em direção ao Sudeste tem aumentado em razão da consolidação das migrações intrarregionais.

11. (FEPESE/CELESC/2018 – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO) Segundo o IBGE, a expectativa


de vida dos brasileiros aumentou mais de 40 anos em 11 décadas.

Assinale a alternativa que indica um importante fator que contribui para que os brasileiros vivam mais.

A) A queda das taxas de natalidade, em face do melhor atendimento médico e assistência governamental.

B) A extinção do analfabetismo, a erradicação da fome e o crescente aumento da renda dos trabalhadores.

C) Os avanços da medicina, entre os quais a possibilidade de diagnóstico precoce de doenças, possível graças
à inovação tecnológica.

D) As políticas públicas de ação afirmativa conducentes à inclusão social, entre as quais o regime de cotas de
acesso à Universidade e ao emprego público.

E) O aumento de investimentos governamentais na área de saúde que permitem o pleno acesso dos mais
pobres, principalmente dos mais idosos, aos equipamentos e tratamentos de nova geração.

12. (EsPCEx/2018 – CONCURSO DE ADMISSÃO) Observe o gráfico a seguir, que mostra a evolução da
participação dos grupos de idade na população brasileira no período de 1940 a 2050.

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Com base no gráfico e nos conhecimentos sobre a demografia brasileira, pode-se afirmar que:

I - o aumento da participação de adultos e idosos no conjunto total da população é fruto da redução do


número de óbitos.

II - a queda da proporção de crianças no conjunto total da população brasileira está fortemente relacionada
às elevadas taxas de mortalidade infantil que assolam o País.

III - do ponto de vista demográfico, o Brasil vive uma fase favorável ao crescimento econômico, pois, com a
redução das taxas de natalidade, houve uma redução da razão de dependência, isto é, do peso econômico
das crianças e dos idosos sobre a população economicamente ativa do País.

IV - ao final da década de 2030, a população brasileira deverá parar de crescer e logo sofrer redução, pois o
número de óbitos tenderá a ser maior do que o número de nascimentos.

V - a pressão demográfica observada atualmente no crescimento populacional revela a necessidade de


aumento do número de vagas nas escolas e de leitos hospitalares.

Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão corretas.

[A] I e III

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[B] I e II

[C] III e IV

[D] III e V

[E] II, IV e V

13. (MARINHA/COLÉGIO NAVAL/2017 – ALUNO) Observe a imagem a seguir.

A dinâmica do crescimento da população brasileira se alterou substancialmente ao longo do século XX.

Sobre a transição demográfica brasileira, assinale a opção correta.

a) A queda na taxa de fecundidade brasileira está relacionada à crise econômica e às altas taxas de
desemprego que atingiram o país durante as décadas de 1980 e 1990.

b) A população brasileira aumentou significativamente durante o século XX em virtude da entrada maciça de


imigrantes que vieram atender à expansão da demanda de mão de obra industrial.

c) O incremento populacional no país durante o século XX pode ser explicado pelo predomínio de políticas
de controle de natalidade por parte do governo federal, reconhecidamente neomalthusiano.

d) A redução do número de filhos é uma mudança demográfica característica dos países em processo de
industrialização devido, essencialmente, aos movimentos nacionais de emancipação feminina.

e) A vida urbana apresenta maior custo, um número crescente de mulheres no mercado de trabalho, além
da disponibilidade de métodos contraceptivos, o que resulta na redução da taxa de fecundidade.

14. (EsPCEx/2017 – CONCURSO DE ADMISSÃO) No Brasil observa-se nítido processo de transição


demográfica, especialmente nas duas últimas décadas, cujos censos demográficos realizados pelo IBGE
revelam

I - aumento da taxa de mortalidade infantil associado à carência dos serviços públicos essenciais no País.

II - estreitamento do corpo da pirâmide etária como resultado da significativa redução do número de jovens.

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III - o ingresso do Brasil no período de passagem da chamada “janela demográfica” devido ao significativo
aumento percentual da população em idade ativa no País.

IV - aumento do número de óbitos associado ao crescimento absoluto da população e ao aumento da


participação percentual de idosos no conjunto total dela.

V - redução da fecundidade, para nível inferior ao preconizado pela Organização das Nações Unidas como
taxa de reposição da população, e aumento da esperança de vida da população. Assinale a alternativa que
apresenta todas as afirmativas corretas.

[A] I, II e IV

[B] I, III e IV

[C] I, II e V

[D] II, III e V

[E] III, IV e V

15. (UECE/DER-CEV/2016 – GEOGRAFIA) Sobre as migrações internas no Brasil, é correto afirmar que

a) houve um fluxo de nordestinos para o Sudeste, atraídos pela expansão industrial, e para a Amazônia,
atraídos pelos projetos agropecuários, minerais e industriais.

b) o maior fluxo migratório interno se deu dos estados da região Norte para a região Sul do Brasil, devido à
expansão da soja e da cana-de-açúcar.

c) os movimentos migratórios internos ocorreram numa escala muito pequena e de forma isolada nas regiões
metropolitanas das grandes metrópoles do Sudeste.

d) ocorreram apenas nas décadas de 1940 e 1950 do Nordeste para o Sudeste por causa das secas que
castigavam a região.

16. (EsFCEx/2015 – CONCURSO DE ADMISSÃO) De acordo com o IBGE, o crescimento contínuo da


população é devido à queda nas taxas de mortalidade após os anos de 1940 e aos altos níveis de
fecundidade desse período até o final de 1970. No entanto, a taxa de crescimento entrou em
desaceleração a partir de meados da década de 1980, quando os níveis de fecundidade começaram a
apresentar queda acentuada, [...].

(ALMEIDA e RIGOLIM, 2013, p. 593.)

A diminuição na taxa de fecundidade no Brasil, a partir dos anos de 1980, ocorreu devido à associação de
fatores tais como a (o) (à) (ao)

(A) urbanização; o acesso da mulher ao mercado de trabalho e à criação do salário família.

(B) maior planejamento familiar; a desmetropolização da população e ao aumento da renda média.

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(C) envelhecimento da população; a criação do salário família e o acesso da mulher ao mercado de trabalho.

(D) acesso da mulher ao mercado de trabalho; o aumento da renda média e ao maior planejamento familiar.

(E) urbanização; a desmetropolização das grandes capitais e o envelhecimento da população.

17. (EsFCEx/2014 – CONCURSO DE ADMISSÃO) Com relação às migrações no Brasil, pode-se dizer que:

a) houve um encolhimento do movimento migratório em função da modernização da agricultura e da


indústria nacional.

b) houve uma acelerada migração das populações residentes nas cidades para o campo.

c) a região Nordeste foi a que mais recebeu imigrantes para trabalhar nas usinas de açúcar.

d) a região Centro-Oeste foi a que mais perdeu população rural.

e) há uma aceleração de movimentos migratórios a partir de 1950.

18. (FGV/PM MA/2014 – SOLDADO MILITAR) Observe os mapas sobre os principais fluxos migratórios
no território brasileiro.

(Adaptado de Regina Bega Santos. Migração!no!Brasil. São Paulo: Ed. Scipione)

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Com relação aos fluxos migratórios e às razões de expulsão e de atração de alguns desses fluxos, analise as
afirmativas a seguir.

I. Mapa 1: o crescimento industrial e a ampla oferta de empregos na Região Sudeste atraíram principalmente
migrantes nordestinos.

II. Mapa 2: a criação de políticas públicas de incentivo à ocupação da Amazônia, durante os governos
militares, atraiu fluxos de nordestinos.

III. Mapa 3: as diversas atividades, como o extrativismo mineral, desenvolvidas por empresas públicas e
privadas, atraíram mão de obra migrante para a Amazônia.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

19. (VUNESP/MPE SP/2014 – AUXILIAR DE PROMOTORIA) Em 2013, o Brasil atingiu os 200 milhões de
habitantes. Além de apresentar essa estimativa, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
também divulgou tendências atuais da população brasileira, dentre as quais

a) o esvaziamento das pequenas e médias cidades do interior.

b) a progressiva diminuição da esperança de vida da população.

c) o aumento do êxodo rural, isto é, da migração campo-cidade.

d) o crescimento da taxa de mortalidade infantil nas áreas urbanas.

e) a contínua redução das taxas de fecundidade e natalidade.

20. (ESA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2014 - CFS) As migrações _________________ são realizadas


temporariamente, em uma determinada época do ano. É o caso de trabalhadores rurais que se deslocam
em certas épocas do ano (por exemplo na colheita de algum produto) e retornam após alguns meses, com
o término do trabalho. O termo (deslocamento populacional) que completa corretamente o texto acima
é:

A) pendulares

B) sazonais

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C) de êxodo rural

D) intrarregionais

E) inter-regionais

21. (MARINHA/COLÉGIO NAVAL/2014 – ALUNO) Sabe-se que o número de pessoas vivendo fora de
seu estado de origem é crescente no Brasil e que o principal objetivo do deslocamento dessas pessoas é a
busca de trabalho e, consequentemente, melhores condições de vida. Sendo assim, sobre os principais
fluxos migratórios inter-regionais brasileiros ocorridos, pode-se afirmar que, entre os anos de

(A) 1930 e 1940, deram-se do Nordeste para o Sudeste, em função da decadência econômica daquela região,
agravada pela falta de projetos que atendessem as populações oriundas de áreas mais pobres, como as do
semiárido.

(B) 1950 a 1970, ocorreram grandes deslocamentos de trabalhadores das regiões metropolitanas de São
Paulo e Rio de Janeiro para a Amazônia Ocidental, atraídos pelo garimpo de ouro e diamante, amplamente
subsidiados pelo governo federal.

(C) 1970 a 1990, verificou-se um crescimento populacional expressivo no Sul, especialmente por parte
daquela população proveniente do Nordeste, a qual passou a se fixar em pequenas propriedades,
produzindo gêneros de subsistência.

(D) 1900 a 1920, presenciou-se no Centro-Oeste forte participação de grupos provenientes do Norte, os quais
se dedicaram às atividades ligadas à pecuária intensiva e ao cultivo da soja, cuja produção estaria voltada
para o consumo interno do país

(E) 1990 a 2000, deu-se do Sul para o Sudeste, especialmente para as atividades ligadas ao cultivo de cana-
de-açúcar, uma vez que essa cultura agrícola necessita de grande número de trabalhadores especializados
para a execução do seu plantio.

22. (ESA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2014 - CFS) Sobre a atual dinâmica demográfica brasileira, assinale a
afirmativa correta:

A) O Brasil está deixando de ser um país jovem.

B) A participação relativa dos idosos vem declinando desde a década de 1980.

C) O crescimento vegetativo compreendido entre 1940 e 1970, não foi afetado pela redução da mortalidade.

D) A migração é um dos fatores de maior impacto na composição atual da estrutura etária do Brasil.

E) A taxa de mortalidade infantil equipara-se a dos padrões do conjunto dos países desenvolvidos.

23. (EsPCEx/2013 – CONCURSO DE ADMISSÃO) “…o povoamento do território brasileiro se fez baseado
na formação de áreas de atração e áreas de repulsão de população. E, na atualidade, a distribuição espacial
da população também obedece a essa dinâmica.”

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(ADAS, 2004, p.300)

Sobre as características do fenômeno migratório no território brasileiro podemos afirmar:

I) assim como o Nordeste, na década de 1950, o Centro-Oeste e a Amazônia, a partir da década de 1990,
também passam a ser considerados áreas de repulsão populacional.

II) na década de 1990, com a reativação de alguns setores da economia nordestina, como o turismo e a
instalação de diversas empresas, estabeleceu-se um fluxo de retorno de população para o Nordeste.

III) observa-se que a participação da população migrante na população local tem maior expressão nas regiões
de fronteira agropecuária, onde a expansão da produção agrícola tem gerado o aumento do emprego e da
renda.

IV) segundo o IBGE, em São Paulo, o aumento do saldo migratório, registrado entre 1991 e 2000, revela que
ocorreu aumento no fluxo de entrada de migrantes e significativa diminuição das saídas do estado.

V) tendências mais recentes da mobilidade da população no Brasil apontam para o aumento das migrações
intrarregionais e dos fluxos urbano-urbano.

Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão corretas.

[A] I e II

[B] I e III

[C] II e IV

[D] I, IV e V

[E] II, III e V

24. (FCC/SEFAZ SP/2013 – AGENTE FISCAL DE RENDAS) Dentre os indicadores de desenvolvimento


sustentável utilizados para caracterizar a realidade social, econômica, ambiental e institucional de
determinada região, a taxa de fecundidade expressa

a) o espectro de doenças relacionadas com a decomposição de matéria orgânica.

b) a intensidade de aplicação de fertilizantes na cultura hortifrutícola.

c) o grau de contaminação dos alimentos pelo uso de agrotóxicos.

d) o número médio de filhos que as mulheres têm durante seu período reprodutivo.

e) o conjunto de espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção.

25. (FGV/ PM MA/2012 – SOLDADO MILITAR) Analise a pirâmide etária a seguir.

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(Adaptado. IBGE: Censo 2010)

A estrutura etária da população brasileira está relacionada com as transformações sociais, econômicas e
espaciais ocorridas no país, a partir da Segunda Guerra Mundial.

Com relação a essas mudanças, assinale a afirmativa incorreta.

a) O declínio dos níveis de mortalidade, seguido pela diminuição dos níveis de fecundidade, a partir da década
de 1960, determinou o padrão de envelhecimento da população brasileira.

b) O estreitamento da base da pirâmide etária mostra que a participação dos grupos quinquenais de 10 a 14
anos e de 15 a 19 anos de idade suplantou a dos grupos de 0 a 4 anos e de 5 a 9 anos.

c) As mudanças ocorridas na estrutura etária brasileira resultaram da legislação de controle da natalidade


adotada pelo Estado, a partir da Segunda Guerra Mundial.

d) A queda da mortalidade, a partir da década de 1950, está relacionada com o processo de industrialização
que deu forte ímpeto aos movimentos migratórios das áreas rurais para as áreas urbanas.

e) A queda da fertilidade reflete a maior inserção da mulher no mercado de trabalho e a utilização de


métodos anticoncepcionais de maior eficiência.

26. (FCC/DPE SP/2012 – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA) O Brasil vive hoje uma revolução
econômica e ao mesmo tempo uma revolução demográfica, que não é muito comentada. Da econômica
todos falam, bem ou mal: se crescemos menos de 1% de um trimestre a outro, o tema vira manchete na
imprensa. [...].

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Na revolução demográfica há sinais tão importantes quanto na outra.

(Adaptado: Carta Capital, 26/12/2012. Ano XVIII. n. 729. p.23)

Um dos fatos importantes que fazem parte da revolução demográfica mencionada no texto é

a) a existência de cerca de 50 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos, isto é, na idade produtiva.

b) o crescente aumento da renda per capita, atualmente por volta de 28 mil dólares.

c) a diminuição da taxa de fecundidade, atualmente abaixo da reposição populacional.

d) o esvaziamento das pequenas e médias cidades com o consequente aumento da população das
metrópoles.

e) a redução expressiva da taxa de analfabetismo em virtude dos investimentos em educação.

27. (FEMPERJ/TCE-RJ/2012 – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) A comparação das pirâmides etárias


da população brasileira entre 1978 e 2006 (figuras abaixo) tem como principal conclusão:

a) maior longevidade dos homens

b) diminuição da fecundidade

c) diminuição da mortalidade infantil

d) diminuição das doenças infecciosas

e) envelhecimento populacional

28. (TJ SC/2011 – TÉCNICO JUDICÁRIO) “Quantos somos? Como vivemos? Onde vivemos?”

A cada nova década estas e outras perguntas são respondidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), com a realização dos censos demográficos. Segundo os últimos dados divulgados pelo IBGE,
avalie as alternativas abaixo e marque com “V” as verdadeiras e com “F” as falsas.

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( ) Já somos mais de 190 milhões de habitantes e o 5º país mais populoso do planeta mas, a população
brasileira cresce mais devagar.

( ) Os últimos dados mostram uma tendência de redução do ritmo de crescimento da população brasileira,
com a diminuição das taxas de natalidade e aumento da expectativa média de vida. Este processo é chamado
de transição demográfica avançado.

( ) As regiões que tiveram um maior aumento populacional foram respectivamente, a região Norte e Centro
Oeste. Isto indica um fluxo de migração interna para estas regiões.

( ) No processo das migrações internas do Brasil verifica-se que desacelera a migração de nordestinos para o
Sudeste, percebendo-se mesmo uma pequena migração de retorno. Os nordestinos deixam São Paulo e
voltam para a sua região. Isto é em decorrência da abertura de novas frentes de trabalho, com a instalação
de novas indústrias em outras regiões como, por exemplo, no Nordeste.

( ) As baixas taxas de fecundidade da população brasileira, de 1,9 filhos por mulher em idade fértil, têm
ocasionado políticas de incentivo para que as mulheres sejam estimuladas a abandonar suas atividades
profissionais, a fim de que ocorra um crescimento populacional.

Assinale a alternativa que contenha a sequência correta de proposições verdadeiras e falsas:

a) V, V, V, F, F

b) V, V, V, V, F

c) F, V, V, V, F

d) V, V, F, F, V

e) V, F, V, F, V

29. (ESA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2011 - CFS) A população brasileira sempre teve um histórico de grande
mobilidade desde a colonização. Cerca de um terço da população brasileira não reside onde nasceu. Entre
as características da mobilidade da população nacional na década de 90, está a(o)

a) queda do movimento migratório interno em direção ao Sudeste.

b) aumento do crescimento populacional de São Paulo, principal região atratora.

c) redução drástica da corrente migratória em direção à Amazônia.

d) involução dos municípios de médio e pequeno porte que tiveram suas populações atraídas pelas
metrópoles.

e) grande onda migratória de sulistas em direção ao Nordeste.

30. (EsFCEx/2011 – CONCURSO DE ADMISSÃO) Sobre a população brasileira, é correto afirmar:

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A) A população absoluta do Brasil e sua grande extensão territorial permite-nos classificar o País como
povoado, porém pouco populoso.

B) A região Centro-Oeste tem sido um lugar de partida de grandes movimentos migratórios. Isto, sem dúvida,
está associado à desigualdade na distribuição de renda.

C) Os movimentos migratórios têm se reduzido em direção à região Sudeste. No Nordeste este movimento
caracterizou-se mais pelo seu caráter intra-regional.

D) O dinamismo atual da nossa industrialização foi capaz de resolver o problema de demanda de emprego,
além de significar um importante fator de redistribuição da população entre os diferentes setores da nossa
economia.

E) A partir de meados da década de 1980, a população urbana passa a ser mais numerosa que a população
rural, em razão do processo de industrialização que se acentua desde o final da década de 1960, provocando
mudanças do campo para a cidade.

31. (ESAF/MPOG/2010 – ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO) Com relação aos aspectos


demográficos da sociedade brasileira, não é correto afirmar que:

a) o declínio na taxa de mortalidade da população, a partir de 1940, deveu-se, especialmente, aos progressos
na saúde pública, particularmente no que tange ao controle das doenças epidêmicas.

b) o principal fluxo migratório que caracterizou a economia brasileira, durante o século XX, foi o chamado
êxodo urbano.

c) os indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD-2008), do Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística, demonstraram que, no país, prevalecem expressivas desigualdades educacionais
entre ricos e pobres, brancos e não brancos, áreas urbanas e rurais e diferentes regiões.

d) em decorrência do processo de crescimento populacional, apesar da pequena queda observada no grau


de pobreza, o número de pobres aumentou cerca de 13 milhões, passando do total de 41 milhões, em 1977,
para 53 milhões em 1999, aproximadamente.

e) o índice de envelhecimento da população, segundo o IBGE, passou de 6,4% em1960 para 16,8% em 2000.

32. (ESA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2010 - CFS) O período de maior crescimento vegetativo da população


brasileira ocorreu:

a) entre os anos de 1940 e 1970, devido ao rápido declínio das taxas de mortalidade e manutenção, em
patamares elevados, das taxas de natalidade.

b) entre 1972 e 1940, devido à entrada de milhares de imigrantes no país.

c) entre os anos de 1960 e 1990, devido às mudanças estruturais ocorridas na economia brasileira.

d) nos primeiros anos do século XX, em decorrência das medidas sanitárias implantadas em todo o território
nacional.

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e) entre os anos de 1988 e 2008, em decorrência do planejamento familiar sugerido em nossa última
Constituição Federal.

33. (MARINHA/COLÉGIO NAVAL/2009 – ALUNO) A pirâmide etária é o nome que se dá aos gráficos de
distribuição da população por idade e sexo num determinado momento, sendo importante também no
auxílio analítico socioeconômico de uma sociedade. Observe a pirâmide etária brasileira abaixo.

Com base nos dados apresentados, analise as afirmativas a seguir.

I - A base larga, resultado de uma taxa de natalidade ainda elevada, confere ao Brasil uma população com
grande número de jovens.

II - O corpo muito estreito mostra uma sensível diminuição na concentração de riquezas do país, o que vem
contribuindo no aumento dos adultos.

III- O seu topo evidencia entre outros fatores, que ainda há no país uma taxa de mortalidade alta.

IV - O formato da pirâmide em questão é igual a de todos os países mais pobres do planeta, pois fazem parte
do grupo de países do Sul.

Assinale a opção correta.

a) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.

b) Apenas as afirmativas II e IV são verdadeiras.

c) Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras.

d) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.

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e) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.

34. (ESA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2008 - CFS) Os últimos censos demográficos do Brasil têm registrado
inúmeras mudanças na dinâmica e no comportamento da população brasileira. Todas as afirmações abaixo
são exemplos destas alterações com exceção da(o):

a) declínio das taxas de natalidade, fecundidade e mortalidade geral.

b) aumento da população idosa no conjunto da população.

c) crescimento da população e ameaça de explosão demográfica.

d) elevação do número de pessoas empregadas no setor terciário.

e) aumento da expectativa de vida.

35. (CESPE/PRF/2008 – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Nos anos 70 do século passado, cerca de 60%
da população do Centro-Oeste vivia no campo. Em 2006, aproximadamente 74% estavam nas cidades. A
crescente mecanização da agricultura, que libera mão-de-obra, e os fluxos migratórios vindos de outras
regiões brasileiras são fatores relevantes para o vigoroso processo de urbanização observado nessa região.

A propósito dessa realidade, assinale a opção correta.

a) O êxodo rural, que amplia consideravelmente a população urbana, é também reflexo da mecanização das
atividades rurais desenvolvidas no Centro-Oeste, as quais têm no denominado agronegócio, na atualidade,
um de seus símbolos mais expressivos.

b) O significativo crescimento da população urbana no Centro-Oeste fez dessa região autêntica exceção no
conjunto do país, ainda fortemente marcado pela força econômica e política do campo, o que explica a lenta
expansão dos centros urbanos brasileiros.

c) Apesar da existência de um Plano Piloto, com a maior renda per capita do país, o DF, com seus dois milhões
de habitantes, empurra para baixo os indicadores sociais e econômicos do Centro-Oeste, a começar pela
taxa de escolaridade da população.

d) Ao contrário da atual tendência de interiorização das atividades econômicas no país, o desenvolvimento


no Centro-Oeste concentra-se em torno das capitais, a começar pelo agronegócio.

e) A ausência da escravidão no Centro-Oeste, no período colonial, e a implacável perseguição histórica aos


índios explicam a inexistência de afrodescendentes e de indígenas na composição demográfica dessa região.

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GABARITO

1. E 13. E 25. C
2. C 14. E 26. C
3. E 15. A 27. E
4. C 16. D 28. B
5. C 17. E 29. A
6. A 18. E 30. C
7. E 19. E 31. B
8. D 20. B 32. A
9. E 21. A 33. A
10. B 22. A 34. C
11. C 23. E 35. A
12. C 24. D

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RESUMO

Distribuição da população no território nacional

A população brasileira está desigualmente distribuída pelo território. O Brasil se caracteriza por uma
concentração de população próxima ao litoral e algumas partes do interior.

Migrações no Brasil

Principais ondas de migração externa

Principais fases Origem Motivações

Séculos XVI a XIX Países Africanos Escravos para mão de obra nos engenhos de
cana-de-açúcar, e posteriormente na
mineração.

Séculos XIX até anos Países Europeus Assalariados para mão de obra nas plantações
1930 do século XX de café. Políticas de
branqueamento da população.

Anos 1950 Principalmente países Mão de obra qualificada e braçal, e


Europeus, mas de outros investidores nos setores voltados à
locais também industrialização do país.

Século XXI Principalmente países sul- Mão de obra braçal fugindo da pobreza dos
americanos e Haiti. países de origem e buscando melhores
oportunidades no Brasil. Fuga de tragédias e
crises intensas em países de origem.

Principais ondas de migração interna

Anos 1930 a 2000 Êxodo rural, em regiões Busca de oportunidades nas áreas urbanas e
diversas posteriormente, devido à mecanização do
campo e à consequente redução de empregos
nas áreas rurais.

Anos 1950 a 1990 Estados do Nordeste para Industrialização e urbanização do Sudeste e


estados do Sudeste, em pobreza e seca no Nordeste.
especial para São Paulo e
Rio de Janeiro

Anos 1960 Estados do Nordeste para Construção de Brasília e necessidade de mão


o Centro-Oeste de obra.

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Anos 1970 Estados do Sul e Sudeste Expansão da fronteira agrícola e ocupação do


para o Centro-Oeste e interior do Brasil estimulada pelo estado.
Norte

Século XXI Migração de retorno do Melhoria das condições socioeconômicas das


Sudeste para o Nordeste famílias que outrora migraram.

Século XXI Êxodo das regiões Novos padrões de trabalho, e fuga do “caos”
metropolitanas mais das grandes cidades.
desenvolvidas, como a de
São Paulo

Estrutura etária e crescimento populacional

A população brasileira é a quinta maior do mundo. O ritmo do seu crescimento que já foi acelerado
está diminuindo, sobretudo devido ao declínio da taxa de fecundidade.
Transição demográfica - O Brasil está completando a sua transição demográfica, isto é, a passagem
de uma população jovem para uma população mais adulta e com mais idosos. A expectativa de vida
do brasileiro vem crescendo nos últimos anos, o que reflete a melhoria geral das condições de vida e
saúde no país.
Envelhecimento populacional - A pirâmide etária brasileira vem apresentando uma base menor a
cada década, ou seja, menor proporção de crianças, e um topo cada vez mais ampliado, representando
a maior participação de idosos na população. Conforme a expectativa de vida aumenta e a taxa
vegetativa da população diminui, chegaremos em breve a um cenário de muitos trabalhadores
inativos sustentados por poucos trabalhadores ativos. Assim, a revisão das regras da Previdência é
imperativa, da mesma forma como aconteceu em outros países ao redor do mundo.
Reforma da Previdência Social - O Governo Federal argumenta que a reforma é necessária para evitar
a quebra do sistema previdenciário brasileiro e para que o governo não fique continuamente cobrindo
déficits previdenciários, cada vez maiores, deixando de investir recursos em outras áreas de políticas
públicas.
Os dados governamentais apresentados indicam déficit crescente na Previdência Social. Segundo o
governo, no Brasil as pessoas se aposentam muito cedo, em comparação com outros países, que
adotam uma idade mínima para as pessoas se aposentarem.
A expectativa de vida do brasileiro cresce a cada ano e a população brasileira está envelhecendo. O
Brasil, aos poucos, se transforma de um país de jovens para um de idosos. Conforme a expectativa de
vida aumenta e a taxa de crescimento vegetativo da população diminui, chegaremos em breve a um
cenário de muitos trabalhadores inativos sustentados por poucos trabalhadores ativos. Assim, a
revisão das regras da Previdência é imperativa, da mesma forma como aconteceu em outros países
ao redor do mundo.
A Emenda Constitucional nº 103/2019 promulgada pelo Congresso Nacional promove mudanças nas
aposentadorias do RGPS (Regime Geral de Previdência Social), dos trabalhadores do setor privado, e
do RPPS (Regime Próprio de Previdência Social), dos servidores públicos civis.
Todos os trabalhadores da ativa terão regras de transição e as regras da Emenda Constitucional só
valerão de forma integral para quem ingressar no mercado de trabalho depois de sua aprovação. A

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reforma da previdência tem três pilares: idade mínima, tempo de contribuição e cálculo do benefício
e regra de arrecadação única.
Ao final do tempo de transição, deixa de haver a possibilidade de aposentadoria por tempo de
contribuição. A idade mínima de aposentadoria será de 62 anos para mulheres e de 65 para homens
tanto para a iniciativa privada quanto para servidores.
Trabalhadores rurais, professores do ensino básico, policiais federais, legislativos, civis do Distrito
Federal e agentes penitenciários e educativos terão regras diferenciadas.

Miscigenação da população

Brancos representam 47,5%, pardos 43,4% e negros 7,5%. Percentual de pessoas brancas e negras
vêm se reduzindo, e o de pardos, aumentando, o que demonstra que continua havendo miscigenação
na população brasileira.
Região Nordeste concentra o maior percentual (9,5%) dos negros do Brasil. Região Sudeste aparece
como a segunda maior em proporção de negros (7,9%), região Sul é a que tem o menor percentual
(4,1%). Maior percentual de pardos está na região Norte (66,9%). Nesse grupo, todas as regiões
revelaram percentuais acima dos 35%, exceto o Sul, que aparece com 16,5%. Maior percentual de
brancos está na região Sul.

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