Aula 1 Terapia Do Esquema

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Apresentando a Terapia

do Esquema
Professor(a):
Marjory Lugli Suplicy
(CRP 06/93823)
Marjory Suplicy
• Co-fundadora do Centro de Estudos e Atendimento em Terapia do Esquema
e Neuropsicologia.
• Supervisora Geral nos cursos de Terapia do Esquema pelo Centro de
Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC);
• Professora e supervisora em Terapia do Esquema no pelo Centro de Estudos
em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC);
• Professora em Terapia do Esquema pelo Centro de Estudos e
Desenvolvimento Educacional (CESDE);
• Especialista em psicopedagogia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie;
• Especialista em Terapia Cognitivo-comportamental pelo Centro de Estudos
em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC);
• Formada em terapia do esquema pelo Centro de Estudos em Terapia
Cognitivo-Comportamental (CETCC);
• Formanda em terapia de Aceitação e Compromisso pelo Centro de Estudos
e Desenvolvimento Educacional (CESDE).
www.cesde.com.br
[email protected]
Whatsapp: 31 4102.1655
Fundamentos da Terapia do Esquema
• Criada por J. Young

• Criada para tratar dificuldades emocionais arraigadas

• Inicialmente criada para tratar Transtornos de Personalidade.


Hoje podendo ser utilizada em vários contextos clínicos

• Respeita a estrutura da TCC

• Modelos Teóricos Cognitivos, Comportamentais, Teoria do


Apego, Psicodinâmica, Gestalt, Psicodrama, Bases
Neurobiológicas
O que são Esquemas
• De acordo com Back(1967): qualquer princípio organizativo
que um indivíduo use para compreender a própria experiência
de vida. Os esquemas, muitos dos quais foram formados na
infância, tornam-se mais complexos e superpostos a
experiências posteriores, mesmo quando não são mais
aplicáveis.
• Para Young (1990/1999), se desenvolve como resultado de
experiências de infância, podendo estar fortemente
relacionados a transtornos de personalidade. Os que são
nocivos, foram chamados de Esquemas Desadaptativos
Remotos. Esses se desenvolvem quando as necessidades
emocionais básicas para o ser-humano não são atendidas
satisfatoriamente na infância.
Necessidades Emocionais
• Vínculos seguros com outros indivíduos (segurança, estabilidade,
cuidado e aceitação)
• Autonomia, competência e sentido de identidade
• Liberdade de expressão, necessidades e emoções válidas.
• Espontaneidade e lazer
• Limites realistas e autocontrole

Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!
Sigmund Freud
Experiências que estimulam a
aquisição de Esquemas
• Frustração nociva das necessidades: quando a criança passa por
pouquíssimas experiências boas. O ambiente da criança carece
de estabilidade, compreensão e amor
• Traumatização ou vitimização: causa-se dano à criança ou ela se
transforma em vítima
• A criança passa por demasiadas experiências boas: os pais
proporcionam em demasia algo que moderadamente seria
saudável. Não se atende as necessidades emocionais de limites
realistas e autonomia.
• Internalização ou identificação seletiva com pessoas
importantes: a criança internalize excessivamente pensamentos,
sentimentos, experiências e comportamentos dos pais.
O Esquema
• Temperamento
• Necessidades Emocionais não Atendidas
• Fatores de Risco
• Fatores de Proteção
• Acontecimentos pontuais não formam Esquema,
exceto por grandes traumas
Domínios Esquemáticos

• Young et al. (2008)


5 DOMÍNIOS –
-Desconexão e Rejeição
-Autonomia e Desempenho Prejudicados
-Limites Prejudicados
-Direcionamento para o Outro
-Supervigiância e Inibição

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Primeiro Domínio
Domínio de Desconexão e Rejeição
Expectativas de que as necessidades emocionais de
segurança, estabilidade, afeto, empatia, respeito e
aceitação não condicional não serão supridos
ESQUEMAS:
• Privação Emocional
• Abandono
• Isolamento Social
• Defectividade/Vegonha
• Desconfiança/Abuso
Segundo Domínio
Autonomia e Desempenho
Prejudicados
Caracterizado pela dificuldade em sentir-se capaz, de
ser independente e de ter um bom desempenho
ESQUEMAS
• Dependência/Incompetência
• Fracasso
• Emaranhamento/Self subdesenvolvido
• Vulnerabilidade ao Dano/Doença
Terceiro Domínio
Limites Prejudicados
Dificuldade de interiorizar limites, responsabilidade
com os outros e orientação para objetivos a longo
prazo. Levando a dificuldade de respeitar os direitos
dos outros, cooperar e estabelecer metas pessoais
ESQUEMAS
• Arrogo/Grandiosidade
• Autocontrole/Autodisciplina Insuficientes
Quarto Domínio
Direcionamento para o Outro
Foco excessivo nos desejos, sentimentos e solicitação
dos outros á custa das próprias necessidades em
troca de aprovação, sentir-se conectado e evitar
retaliações
ESQUEMAS:
• Subjugação
• Busca de Aprovação e Reconhecimento
• Auto Sacrifício
Quinto Domínio
Supervigilância e Inibição
Extrema supressão dos próprios sentimentos,
impulsos e escolhas espontâneas; além de um
cumprimento de regras internalizadas rígidas sobre
desempenho e comportamento ético às custas da
própria felicidade
ESQUEMAS
• Negativismo/Pessimismo
• Inibição Emocional
• Postura Punitiva
• Padrões Inflexíveis
Modos de Enfrentamento
• Evitação: adota estilo de retraimento emocional,
desconexão, isolamento e evitação comportamental, pode
agir de modo robótico. FUGA

• Hipercompensação: estilo de enfrentamento caracterizado


por contra-ataque e controle, pode hipercompensar por
meios indiretos, como trabalho excessivo. LUTA

• Resignação: adota enfrentamento baseado na obediência e


dependência. PARALISIA
Terapia dos Modos Esquemáticos
• No trato com Transtorno da Personalidade Narcisista e Borderline
Terapia do Esquema não foi útil.
• Young desenvolve Terapia dos Modos Esquemáticos para
complementar.
• Estado predominante em que estamos em um determinado
momento
• Coloca maior foco no estado de humor no aqui e agora
• Estratégia para superar a evitação e a compensação
• É o estado emocional, cognitivo, comportamental e fisiológico
que emerge em determinado momento
• São ativados quando as necessidades emocionais básicas não são
supridas
Modos Criança
• Reações inatas de necessidades emocionais não
atendidas
• A emoção é predominante

CRIANÇA VULNERÁVEL
CRIANÇA RAIVOSA
CRIANÇA SEM LIMITES

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Modos de Coping / Enfrentamento
• Emoções menos intensas

• Função: não sentir o medo, a dor, a desesperânça


das necessidades emocionais não atendidas

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Modos de Coping

RESIGNADO (diminui a HIPERCOMPENSATÓRIO


ativação emocional) • Auto-engrandecedor
• Capitulador • Bully/ataque
Compacente
• Supercontrolador
EVITATIVO (paranóico ou
• Protetor Desligado perfeccionista)
• Autotranquilizador • Manipulador
• Protetor Zangado • Predador
• Protetor Evitativo • Buscador de atenção

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Modos Vozes Disfuncionais
PUNITIVO CRÍTICO
• Punir por expressaer as necessidades, sentimentos
ou cometer erros
• Ódio de si mesmo e autocrítica
• Comportamento parassuicída
Demandante Crítico
• Cobrar para fazer tudo correto e perfeito, melhor
do que os outros
• Ansiedade, cansaço e culpa
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Modos Sausdáveis/Funcionais
• Adulto Saudável

• Criança Esperta

• Criança Feliz

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Estratégias de Trabalho
• Cognitivo

• Experencial (Vivencial)

• Comportamental

• Relacionamento Terapêutico

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Técnicas Cognitivas
• Testar a validade do esquema

• Avaliar vantagens e desvantagens do esquema e


dos estilos de enfrentamento

• Diálogo entre o modo saudável e o modo


disfuncional

• Cartões lembretes
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Estratégias Vivenciais

• Possibilitar que o paciente vivencie os esquemas na


esfera afetiva

• Relacionar os esquemas com a histpória de vida

• Imagens Mentais, Carta aos Pais...

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Técnicas Comportamentais
• Buscadas na TCC
• Mudança gradativa no comportamento
• Motivação para a mudança
• Vantagens e desvantagens de manter o
comportamento
• Role play
• Tarefa de casa comportamental
• Diálogo entre o modo protetor desligado e o modo
saudável

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Posicionamento do Terapeuta –
Relação Terapeutica

• Postura pessoal – Inteira


• Sem parecer perfeito
• Sincero
• Utilizar a transferência
• Postura empática
• Confrontar do modo empático
• Reparação parental limitada
Objetivos da
Terapia Focada no Esquema

• Enfraquecer o máximo possível os EIDs, reforçando


o lado sadio do indivíduo, por meio da Relação
Terapeutica
• Ajudar o paciente a deixar de usar o estilo de
coping desadaptativo e voltar a entrar em contato
com seus sentimentos verdadeiros.
• Fugir dos Modos de Esquema autodestrutuvos
• Dar-se conta das necessidades emocionais
Referências Teóricas
Arntz, A Schema Therapyin practice/ an introductory guide to the schema
mode. Malden, 2013

MARTINS, E (2016) Terapia focada no esquema – fundamentos básicos. In curso


de Certificação em Processo Experencial Integrtativo. São Paulo, Brasil

MELMANN, C & BORTOLINI, M. Terapia do Esquema para Crianças, Adolescentes


e Pais. In curso de Certificação em Processo Experencial Integrtativo. Porto Alegre,
Brasil

REIS, A Terapia do Esquema com Crianças e Adolescentes. Campo Grand,


2019

WAINER, R et al. (Org) Terapia Cognitiva focada em Esquemas: Integração em


Psicoterapia. Porto Alegre: Artmed, 2016

YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de


técnicas Cognitivas Comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008

REVISTA BRASILEIRA DE TERAPIAS COGNITIVAS, 2008, Volume 4, Número 1


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