Motor Cummins B
Motor Cummins B
Motor Cummins B
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 03
MOTOR ............................................................................................................... 04
- Denominação do Motor ...................................................................................... 04
- Curva de Desempenho do Motor ......................................................................... 05
- Plaqueta de identificação do Motor ..................................................................... 06
BLOCO DO MOTOR .............................................................................................. 08
- Bloco de Cilindros............................................................................................... 08
- Árvore de Manivelas .......................................................................................... 09
- Bielas ................................................................................................................ 09
- Bronzinas de Biela .............................................................................................. 10
- Pistões e Anéis .................................................................................................. 10
ENGRENAGENS ................................................................................................... 11
- Trem de Engrenagens ......................................................................................... 11
- Sincronismo da bomba rotativa ........................................................................... 11
- Sincronismo do motor com bomba injetora em linha ............................................ 15
CABEÇOTE .......................................................................................................... 17
- Cabeçote ........................................................................................................... 17
- Coletor de Escapamento ..................................................................................... 17
- Mecanismo das Válvulas .................................................................................... 18
- Válvulas e sedes ................................................................................................ 18
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO ................................................................................ 20
- Circuito ..............................................................................................................20
SISTEMA DE ARREFECIMENTO .............................................................................23
- Circuito ..............................................................................................................23
TURBOALIMENTADOR ......................................................................................... 25
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO ............................................................................... 27
RELOCAÇÃO DO PINO DE SINCRONISMO DO MOTOR .......................................... 29
DIAGNÓSTICO DE FALHAS .................................................................................. 35
A motorização ideal para cada segmento de mercado, para cada aplicação, para cada
Cliente: - Este é o objetivo da Volkswagen Caminhões e Ônibus ao apresentar seus
produtos equipados com o motor CUMMINS Série B, 5,9 l de cilindrada.
Desenhado para atuar com potências na faixa entre 170 e 250 cv, o motor CUMMINS Série
B equipa veículos da marca Volkswagen das categorias de 13, 15 e 17 t de PBT, conferindo
a esses produtos agilidade e alta capacidade de tração.
Denominação do motor
Cummins 6 B T AA 5.9
6 = número de cilindros
B = série do motor
T = turboalimentado
AA = pós-arrefecido ar-ar
5.9 = capacidade volumétrica em litros
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Curva de desempenho do motor
200 220
190 210
200
180
190
Par Motor (kgfm)
60 170
80 180
90 100
90
80
80
Cons. Espec. (g/cv.h)
70
180
Cons. Espec. (g/cv.h)
170
165
160
160
150 155
140 150
8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 (x100rpm) 12 14 16 18 20 22 24 26 (x100rpm)
2 1
A plaqueta de identificação do motor não deve ser substituída, a não ser quando
o procedimento for autorizado pela Volkswagen ou pela Cummins.
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Dados técnicos
Número cilindros 6
Disposição dos cilindros vertical em linha
Cilindrada (cm3) 5.88
Diâmetro cilindro (mm) 102
Curso do pistão (mm) 120
Taxa compressão 17,3 : 1
Folga das válvulas (mm)
Admissão 0,25
Escapamento 0,51
Peso do motor (kg) 440
Rotação sentido horário
Pressão do óleo lubrificante (Bar)
Marcha Lenta 0,7
Rotação máxima 2,1
Pressão para abrir a válvula de desvio do filtro (Bar) 1,7
Pressão de abertura da válvula reguladora (Bar) 5,2
Volume óleo lubrificante (L) 16,4
Válvula termostática (ºC)
Início abertura 81
Abertura total 95
Bomba Injetora Bosch / Distribuidora VE
Sistema de alimentação Turboalimentado e pós-arrefecido
Turbocompressor Holset
Bloco de cilindros
Confeccionado em ferro fundido e com cilindros usinados no próprio bloco, apresenta, entre
as bordas dos cilindros, espaçamento suficiente para o alargamento do alojamento e
instalação de camisas secas em caso de necessidade de recondicionamento do motor. De
construção racional, incorpora alojamento para o arrefecedor de óleo lubrificante, duto de
admissão da bomba d’água e alojamento para a bomba de óleo. Conta ainda com nervuras
nas paredes, que garantem maior reforço e resistência do bloco.
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Árvore de manivelas
Bielas
Bielas e capas do tipo bipartido angular com acabamento fraturado garantem maior área de
apoio do mancal da biela no moente da árvore de manivelas, para maior resistência e
durabilidade. A bucha do pino de pistão se mantém lubrificada por borrifamento, gerado
pelos ejetores de óleo para arrefecimento do pistão.
Pistões e anéis
Nesse motor são utilizados dois anéis de compressão e um de óleo em cada pistão. Na
região de fogo (alta temperatura) os pistões possuem porta-anéis de aço níquel, com
canaletas de secção trapezoidal para maior resistência ao desgaste.
O pino do pistão tem ação flutuante e é mantido na posição por anéis de retenção.
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ENGRENAGENS
Trem de Engrenagens
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Faça uma verificação estática do sincronismo da bomba com o motor, utilizando um
indicador (relógio centesimal) e procedendo conforme indicado a seguir:
A leitura indicada pelo relógio centesimal corresponderá ao curso do êmbolo injetor naquela
condição de ajuste. Esse valor deverá ser comparado com a tabela correspondente para esse
motor e, caso não esteja dentro do valor estipulado, deverão ser afrouxados os três
parafusos de fixação da bomba e a mesma girada até que o valor mostrado no indicador
corresponda ao da tabela.
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Sincronismo do motor com bomba injetora em linha
Bomba Injetora Bosch, em linha, com regulador de velocidade RQV incorporado. Contando
com 6 elementos de injeção do tipo pistão/cilindro, a bomba possui ainda dispositivo de
sincronização que permite que a condição de início de injeção de combustível no 1º cilindro
seja mantida durante a operação de instalação da bomba no motor. Para realizar esse
travamento, um pino de sincronismo é instalado na carcaça de forma que atue sobre um
ressalto do eixo principal da bomba, bloqueando seu movimento rotativo.
Uma vez travada a bomba, a mesma pode ser instalada no motor, devendo ser observada a
condição de que as marcas das engrenagens da árvore de manivelas e da árvore de comando
das válvulas estejam sincronizadas, indicando que o pistão do 1º cilindro do motor está em
posição de Ponto Morto Superior (PMS) e no tempo de compressão.
O pino de trava da bomba deve ser removido e reinstalado na carcaça em posição inversa,
sob a porca de acesso, e o pino sincronizador do motor deve ser recolhido até sua posição
de travamento. Na seqüência, a porca de fixação da engrenagem deverá ser torqueda
conforme prescrição do Manual de Serviços e Reparações.
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CABEÇOTE
Cabeçote
Coletor de escapamento
Válvulas e sedes
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As sedes de válvulas são construídas em forma de inserto e instaladas no cabeçote por
resfriamento assumindo, dessa forma, a condição de assentamento por interferência. Em
geral, sedes de válvulas são produzidas em liga de aço com “estelite”, elemento de
resistência às elevadas temperaturas decorrentes do processo da combustão.
O sistema de lubrificação do motor tem como finalidade levar o óleo lubrificante a todos os
pontos do motor onde o processo de desgaste por atrito entre componentes móveis possa
causar danos a esses componentes ou ao próprio conjunto do motor, quer seja em avaria
mecânica ou por perda de rendimento.
Circuito
O fluxo de lubrificação tem início quando a bomba succiona o óleo do interior do cárter
através do tubo pescador e o comprime, fazendo-o seguir para a tampa do arrefecedor. Os
motores Cummins Série B utilizam bomba de óleo do tipo trocoidal, de rotores de lóbulos
interno (também chamado de engrenagem solar) e externo (também chamado de
engrenagem planetária), instalados excentricamente na carcaça da bomba. A bomba é
acionada por um par de engrenagens helicoidais ligadas à engrenagem da árvore de
manivelas.
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Na saída da bomba, em uma passagem interna do bloco, encontra-se instalada a válvula
reguladora de pressão. Essa válvula possui uma passagem direta para o resfriador de óleo,
constantemente aberta, e uma galeria de retorno ao cárter, normalmente fechada. Sempre
que a pressão do óleo exceder 4,1 bar, a válvula reguladora de pressão abre a galeria de
retorno, expondo a janela de descarga e permitindo que o excesso de óleo seja drenado de
volta para o cárter.
Em seguida, passa através de uma galeria fundida na própria tampa do arrefecedor e circula
pelo interior das placas do resfriador, onde realiza a troca de calor com o líquido do sistema
de arrefecimento que circula pela parte externa das placas.
Após ter sido arrefecido, o óleo passa pelo filtro de fluxo integral, instalado junto à carcaça
do arrefecedor. Depois de filtrado, o óleo retorna à carcaça do arrefecedor, onde flui por
uma passagem que abastece a galeria principal de lubrificação (no bloco).
Essa passagem possui dupla alimentação – uma linha do retorno do filtro de fluxo integral
(lubrificante já filtrado), livre e, outra, derivada da passagem de alimentação para o filtro
(antes da filtragem), monitorada por uma válvula do tipo “by pass”, que atua por diferença
de pressão. Caso o filtro apresente alguma obstrução na filtragem do lubrificante e a
diferença de pressão entre a entrada e a saída do filtro for maior que 1,4 bar, a válvula “by
pass” se abre, permitindo que o óleo flua para a galeria principal, direto do arrefecedor, sem
passar pelo filtro.
22
SISTEMA DE ARREFECIMENTO
O processo da combustão gera uma quantidade de calor suficiente para produzir altíssimas
temperaturas momentâneas (aproximadamente 1500ºC), calor esse aproveitado,
parcialmente, na propulsão do pistão e transformado em trabalho. A parcela de calor
remanescente, não aproveitada, é transferida para os componentes próximos à câmara de
combustão, elevando sensivelmente a temperatura dos mesmos.
Para evitar que isso ocorra, a parcela de calor remanescente é transferida para o meio
ambiente por meio do sistema de arrefecimento, que assim mantém o motor operando
dentro de temperaturas controladas, que permitem extrair o máximo desempenho mecânico
do conjunto.
Circuito
O circuito de arrefecimento tem início quando a bomba d’água movimenta o líquido de
arrefecimento, fazendo com que o mesmo circule pelos componentes e galerias do sistema.
Saindo da bomba, o líquido de arrefecimento segue para o arrefecedor de óleo, onde troca
calor com o lubrificante (óleo circulando pelo interior das placas e líquido de arrefecimento
pela parte externa), seguindo daí para circulação ao redor de cada um dos cilindros,
atravessando o bloco pelo lado esquerdo (lado da bomba injetora).
5 4
Bloco de Cilindros
1. Entrada de Refrigerante
2. Rotor da bomba de água
3. Fluxo do refrigerante pelo arrefecedor de óleo
4. Fluxo do refrigerante pelos cilindros
5. Refrigerante para o cabeçote
6 5
Quando o líquido de arrefecimento atinge
sua temperatura operacional, entre 80 e
103ºC (também chamada de “temperatura
normal”), a válvula termostática se abre
gradualmente até atingir sua abertura
máxima, fechando (simultânea e
gradualmente) a passagem de desvio direto
para a bomba d’água e direcionando o fluxo
para o radiador.
O motor não deve ser operado sem válvula termostática. A ausência da válvula
faz com que grande parte do líquido de arrefecimento seja direcionada
diretamente para a bomba d‘água, sem passar pelo radiador, provocando
superaquecimento do motor.
24
TURBOALIMENTADOR
O rotor do compressor, interligado ao rotor da turbina por um eixo rígido, acompanha seu
funcionamento, aumentando a pressão do ar admitido no interior do coletor de admissão.
26
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
7 6 4 3
10 8
8
5 4A
11
4B 4C
7B
28
RELOCAÇÃO DO PINO DE SINCRONISMO DO MOTOR
1º Passo
3º Passo
4º Passo
30
5º Passo
6º Passo
7º Passo
Manter o parafuso de ajuste nesta posição até que o PMS tenha sido
restabelecido.
8º Passo
Usar de extrema precaução para que o pistão não exerça pressão excessiva
contra a válvula de escapamento, a fim de evitar um empenamento da vareta
impulsora dessa válvula.
Para maior precisão, utilize um relógio comparador para realizar esta operação.
9º Passo
• Girar a árvore de manivelas no sentido oposto à rotação normal do motor, até que o
pistão toque novamente na válvula de escapamento.
Cuidado para que o pistão toque na válvula com a mesma força exercida no
passo anterior.
• Fazer nova marca periférica no • Usando uma régua flexível, medir esta
amortecedor de vibrações, próxima ao distância com precisão e fazer uma
ponteiro de arame. A nova marca deverá terceira marca, exatamente no centro das
ficar afastada da primeira, feita no 9º duas marcas feitas anteriormente. Esta
passo. nova marca corresponde ao PMS do 1º
cilindro.
13º Passo
32
14º Passo
15º Passo
34
DIAGNÓSTICO DE FALHAS
Batidas de compressão
Causa Correção
OK
OK
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
Motor gira na partida mas não pega - Não há emissão de fumaça pelo
escapamento
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
36
Causa Correção
OK
Checar/corrigir o sincronismo do
Comando de válvulas fora de sincronismo
alinhamento do trem de engrenagem
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
OK
OK
38
Causa Correção
Causa Correção
OK
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
OK
40
Causa Correção
Verificar/corrigir sincronismo do
Árvore de comando fora de sincronização
alinhamento do trem da engrenagem
OK
Falta de potência
Causa Correção
OK
OK
Inspecionar/substituir o elemento do
filtro de ar. Procurar por outras
restrições
OK
Inspecionar/substituir o turboalimentador
OK
OK
OK
OK
42
Excesso de emissão de fumaça negra pelo escapamento
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
OK
OK
Causa Correção
OK
OK
44
Temperatura do refrigerante acima do normal - Aquecimento repentino
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
OK
OK
OK
OK
OK
OK
OK
OK
OK
OK
46
Causa Correção
OK
Inspecionar/substituir as bronzinas.
Bronzinas com desgaste excessivo Checar/substituir também os bicos
de arrefecimento do pistão
Causa Correção
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
OK
48
Causa Correção
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
Causa Correção
OK
Restrição na admissão de ar
OK
OK
OK
OK
OK
50
Motor não pára quando é desligado
Causa Correção
OK
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
OK
Substituir o alternador
52
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 53
ANOTAÇÕES
54
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 55
ANOTAÇÕES
56