Unidade IV
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Físicos II
Hidroterapia
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Hidroterapia
• Instalações Aquáticas;
• Príncípios e Propriedades da Água;
• Benefícios da Hidroterapia.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Proporcionar ao aluno o entendimento sobre os aspectos referentes à hidroterapia, os prin-
cípios físicos da água e do tratamento, os principais equipamentos e como utilizá-los, os
benefícios e suas contraindicações.
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Instalações Aquáticas
Antes mesmo de começarmos a abordar os aspectos que envolvem a hidroterapia
em si, é necessário falarmos sobre as instalações que toda piscina terapêutica deve
ter, para conseguir ofertar um local adequado de atendimento aos pacientes.
Equipamentos de segurança
Todo equipamento de segurança deve ficar em um local que seja visível e de fácil
acesso aos terapeutas. As pessoas que trabalham no local devem estar treinadas
para um plano de ação emergencial e quaisquer procedimentos ou políticas relacio-
nadas a esse plano. Os alarmes e incêndio são essenciais e devem estar posicionados
em um local de fácil acesso. Todos os terapeutas que utilizam o local devem estar
treinados em ressuscitação cardiopulmonar, salvamento básico em água e primeiros
socorros (BATES; HANSON, 1998). Dentre os equipamentos de primeiros socor-
ros, deve-se incluir esparadrapo à prova d’água, prendedores nasais, protetores de
ouvido, pranchas de coluna e outros itens básicos.
Equipamento terapêutico
Na área da piscina, existe a obrigatoriedade da instalação de equipamentos que
facilitem a passagem dos pacientes e também a transferência dos mesmos de fora
para dentro da piscina e vice-versa. Alguns dos equipamentos são de extrema im-
portância: elevadores, barras paralelas, corrimão, bancos aquáticos, cadeira de rodas
e macas.
Os meios mais adequados para transferir o paciente para dentro da piscina são os
elevadores, que podem ser fixos ou móveis. Importante salientar que todo equipamen-
to elevatório deve ter uma adequada e corriqueira manutenção para evitar acidentes.
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Figura 3 – Modelo de elevador para transporte de
paciente de fora para dentro da piscina
Fonte: semanaacademica.org.br
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em pacientes com paraplegia, que pode vir após o quadro de lesão medular,
quando o paciente perde massa magra nos membros inferiores e acabam tendo
uma melhor flutuação nessa região;
• Flutuação/empuxo: a flutuação e a densidade relativa estão muito relaciona-
das. O princípio de Archimedes estabelece que quando um corpo está total ou
parcialmente imerso em um fluído em repouso, ele experimenta um empuxo de
baixo para cima igual ao volume do fluído deslocado. Portanto, um objeto com
densidade relativa menor do que 1,0 flutuará porque a massa do objeto é menor
que o volume de água deslocado;
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Método Halliwick
Trata-se de um método multidisciplinar, que utiliza diversas áreas de conheci-
mento, visando ensinar e possibilitar que indivíduos com incapacidade físico e/ou
comportamentais consigam nadar e realizar exercícios no meio aquático, combinan-
do conceitos de mecânica, neurofisiologia, psicologia, dinâmicas em grupo, dentre
outros (CUNNINGHAM, 2000).
Nesse método, o principal objetivo é fazer com que o paciente consiga evoluir a
ponto de ter total independência no meio aquático. Podendo ser utilizado em qual-
quer indivíduo que apresente alterações físicas ou de aprendizado, desde que não
tenha nenhuma contraindicação ao meio aquático (ACCACIO; SACCHELL, 2007).
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7. Inversão mental: o paciente deve acreditar que a água irá lhe sustentar,
impedindo que afunde;
8. Equilíbrio em repouso;
9. Deslizamento turbulento; o terapeuta movimenta o paciente sem que
haja contanto entre os mesmos;
10. Progressão simples e movimento básico.
De acordo com Campion (2000), os padrões utilizados pelo Bad Ragaz permitem
que o fisioterapeuta e o paciente trabalhem juntos em cooperação e a força com a
qual os movimentos são realizados pode ser cuidadosamente monitorada e gradua-
da. Os exercícios somente podem ser realizados se o fisioterapeuta estiver na água,
conduzindo e instruindo o paciente, pois esse profissional age como ponto de esta-
bilidade e fixação.
Watsu
Trata-se de um método criado por Harold Dull em 1980, em razão dos seus
trabalhos com pessoas emersas em uma piscina morna, aplicando os alongamentos
e movimentos do shiatsu zen que havia estudado no Japão (DULL, 2000; ZORNOFF,
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2007). Tal método emprega conceitos peculiares pouco comuns para a medicina oci-
dental. Entre eles, destacam-se a aceitação incondicional, os meridianos e o yin-yang.
Foi criado para ser uma técnica de massagem que não era necessariamente destina-
da a pacientes; no entanto, terapeutas de reabilitação aquática reportaram resultados
positivos quando o aplicaram em portadores de distúrbios neuromusculares e nos
músculos esqueléticos (DULL, 2000).
Benefícios da Hidroterapia
O exercício terapêutico realizado na água aquecida pode ser indicado para o trata-
mento de uma infinita gama de patologias, gerando modificações fisiológicas durante
o exercício e diversos benefícios:
Quadro 1
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Método Halliwik
CUNNINGHAM, J. Método Halliwik. In: RUOTI, R. G.; MORRIS, D. M.; COLE,
A. J. Reabilitação aquática. São Paulo: Manole, 2000. cap. 16, p. 337-366.
Propriedades físicas da água
ACCACIO, L. M. P.; SACCHELLI, T. Propriedades físicas da água. In:
MONTEIRO, C. G.; GAVA, M. V. (Org.). Fisioterapia aquática. São Paulo: Manole,
2007a. cap.1, p.1-12.
Métodos dos anéis de bad ragaz
GARRET, G. Métodos dos anéis de bad ragaz. In: RUOTI, R. G.; MORRIS, D. M.;
COLE, A. J. Reabilitação aquática. São Paulo: Manole, 2000. cap. 15, p. 319-322.
Hidroterapia princípios e prática
CAMPION, M. R. Hidroterapia princípios e prática. São Paulo: Manole, 2000.
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Referências
ACCACIO, L. M. P.; SACCHELLI, T. Propriedades físicas da água. In: MONTEIRO,
C. G.; GAVA, M. V. (Org.). Fisioterapia aquática. São Paulo: Manole, 2007a.
CHÃO, C. C.; IDE, M. R.; FARIAS N.C. ROSA, A. R.; YNOUE, A. T. Fisioterapia
aquática nas disfunções do aparelho locomotor. Anais do 2º Congresso brasileiro
de extensão universitária. Set./2004.
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