Poderes Psiquicos-Poderes Espirituais

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QUAL É SUA BUSCA?

Helena Schaffner 9-14.10.2010

Precisamos saber o que estamos buscando para que possamos ficar


atentos e não confundir forças com FORÇAS, luz com LUZ, poder com
PODER dentro do mundo espiritual. Não falo de forças, luzes e poderes
no tocante a vida humana comum ou relacionados à matéria.

Se você está buscando apenas um alívio para sua vida pessoal, então
qualquer religião, grupo ou método pode ser suficiente. Desde métodos de
ordem psicológica até religiões!

Se você está a busca de mundos paradisíacos, saber da vida após-morte,


processos carmáticos em geral, aventuras e coisas do gênero, então o
mundo astral é suficiente e mesmo a teoria da terra oca ou a ufologia
poderá ocupar sua vida por toda a vida: sempre olhando para fora, para
cima ou para dentro do planeta, mas não para dentro de si mesmo! Não
falo que não podemos nos interessar por tais temas; de minha parte me
fascinam os dois últimos, mas nem por isso eles são mais importantes
que minha busca pelo Divino, por Deus, pela Salvação, Libertação ou seja
lá como se queira denominar essa busca.

Se você está buscando por Deus de fato, pelo sentido da vida de verdade e
pra valer, você terá que de antemão saber de algo:

- Haverá muitos degraus nessa caminhada, onde um estágio no plano


astral, ou seja, investigando a vida pós-morte pode ser uma etapa
intermediária importante ou não. Depende da alma. Nem todos passam
por este nível. Pode-se praticamente pulá-la em seu aspecto explícito ou
real que é representado pelo espiritismo principalmente, mas não se pode
pulá-la em seu aspecto implícito ou simbólico que é você efetuar uma
limpeza em teu corpo astral! Em teu mundo emocional!
Dizem que o campo astral, como todos, possuem sete camadas: quatro
inferiores e três superiores! O acesso imediato aos superiores é somente
possível quando você mesmo venceu seus aspectos inferiores aqui em
vida. Por isto trabalhar no nível astral seja via espiritismo, via vidências e
outros métodos, é algo duvidoso, porque você nunca sabe quem está por
detrás dos bastidores, visto que o mundo astral corresponde ao elemento
água e as águas são manipuláveis com a menor das brisas.
Sabemos que existem seres de grande magnitude também nessa esfera,
pois a Mão de Deus atua em todos os campos, mundos e planetas!

Aliás, no livro de Omnec EU VIM DE VÊNUS, ela fala que Vênus já vive
no plano astral superior, mas que isso não é a meta final. Por isso o
planeta parece desabitado e a nível físico de fato é. Descreve seu mundo e
sociedade e para nós tal já seria um paraíso. Eles têm templos e mestres
e ainda precisam prosseguir! Ela mesma disse que teve a opção de voltar
a Terra para pagar com maior rapidez seus carmas. A Bhagavad-Gita fala
que a soma de carmas bons pode levar uma alma a habitar planetas
superiores, paradisíacos, mas que isso não é a meta final da alma. O
plano divino é ela ser absorvida pelo espírito e os dois que se tornaram
UM, voltarem a Casa do Pai, o Paraíso Eterno. Esgotados os créditos,
num mundo paradisíaco, muitas vezes as almas precisam retornar a
Terra! Diz a B-Gita também que fazer um processo espiritual num mundo
paradisíaco é por vezes muito mais difícil do que aqui na turbulenta
Terra, pois a alma se acomoda. Portanto, recado dado!

- O mesmo vale para o mental, pois a mente, o mundo mental igualmente


possui as camadas inferiores e as superiores. É um mundo usado por
seres da luz e das trevas até um certo nível e tal como no astral você
nunca terá certeza com quem estará lidando, pois é um campo sutil por
excelência, mas não puro por excelência. Por isso você pode entrar sim
“pelo cano” ao buscar canalizar algum ser! Com o decorrer dos anos
saberá se sua fonte foi pura ou apenas boa ou não. O reflexo se dará nos
hormônios e nos seus chacras, podendo causar danos irreversíveis!

A busca por poderes psíquicos seja por métodos psicológicos, ocultos,


esotéricos, é outra armadilha do eu que busca poderes ao invés de
entregar seu poder a um comando maior!
O equívoco praticado nessa linha é evidente e, no entanto, poucos
conseguem entrever com clareza tal equívoco.

Existem apenas dois Caminhos possíveis dentro do que se chama de


Religião e Espiritual:

- Um que requer a entrega do eu humano a algo divino, seja este “algo”


transcendente ou imanente: Deus, Allah, Krishna, Buddha, ou Átomo
Divino, Atman, Rosa Mística, Lótus Sagrado, Mônada.
Até mesmo um ser da estatura de um Cristo Micael disse:
Não sou eu, mas o Pai em mim quem faz as obras!
Eu preciso diminuir para que o Outro (o divino) cresça em mim!
(Afinal, dois corpos não podem habitar o mesmo espaço, por isso o Tao
fala do Vaso Vazio).

E se O Livro de Urantia estiver certo, Cristo foi nada menos que o Criador
de nosso Universo e de suas Criaturas (claro, com ajuda de sua equipe e
com direito a erros e falhas por parte de seres e potestades envolvidas
neste processo, pois o mundo da criação é todo regido pelo Livre Arbítrio).

- Os outros caminhos ditos de espirituais implicam em empoderar o eu


humano e torná-lo um Eu Superior.

E agora prestem atenção:

- Existem grupos, religiões e escolas de mistérios para ambos os


caminhos! E existem hierarquias e divindades para ambos os caminhos,
alguns até com os mesmos nomes para confundir de vez o buscador da
Verdade!

E é exatamente aqui que se gera toda sorte de confusão que culmina em


perversão!

No segundo grupo a submissão é usada de forma pervertida mesmo que


sem má intenção seja por parte dos dirigentes ou dos praticantes! Nem
todos os líderes têm consciência que são líderes de segunda categoria
embora pareçam “elevados” ou se permitam o nome de “mestres”, mas há
nesta linha também os que abusam de forma proposital e seu interesse
nem sempre é de desviar “seus fiéis”, mas apenas se alimentar do poder
que seu ofício lhes permite usufruir! E muitos ainda nem percebem que
buscam sutilmente o poder e não servir aos seus fiéis! Teriam que ser
mestres iluminados de fato para não sucumbir a esta tentação!

Nessa linhagem aqui se incluem todas as práticas que visam a obtenção


de poderes ditos de extrassensoriais ou superiores ou ocultos e todos os
tipos de artifícios externos que são usados para atingir alguma
consciência amplificada, como o uso de ervas e outros meios!
(Ou você consegue imaginar Jesus sugerindo o uso de alguma erva para
comungar com o Pai?! Pense nisso na próxima vez que tiver dúvidas
sobre alguma técnica! Use Jesus ou algum Mestre de Verdade para ver se
ele iria sugerir algo desse ou de outro gênero! Ou Deus mesmo se preferir!
Talvez alguns possam argumentar que o uso de ervas seria para purificar
o corpo astral e mental, enfim, de ajudar no processo; digamos que isso
tenha sua validade considerando o número do uso e da consciência de
quem usa; daí ainda resta saber: e as conseqüências para os corpos
sutis? Alguém sabe de fato se tais ervas não provocam rombos nos corpos
etéricos e astrais a partir de certo número de uso ou dependendo da
consciência de quem usa?).
Parece ser parte da natureza humana experimentar até os limites
máximos e correr riscos a ponto de perder não só a vida física, mas
prejudicar ou “matar a alma”, motivado por dois fatores chaves:

- Curiosidade no nível humano e fé no nível religioso (cremos em qualquer


um que parece saber mais que nós – não usamos nossa antena interior
para ver o que nosso feeling nos diz);
- E a busca por poder, desde material, emocional, mental e espiritual!

Voltando ao tema da busca pela Verdade:


No primeiro grupo (dos que buscam a Verdade com toda a humildade e
sinceridade de seu ser) encontram-se uma gama infinita de líderes:
- Desde inocentes pastores e padres a líderes de grupos de todas as
gamas religiosas que realmente tem alma faminta por Deus e de Servi-Lo
e o fazem com o melhor que possuem; seria a “ala” dos que vivem o
aspecto transcendente do divino!

- Aqui também encontramos as verdadeiras escolas espirituais que


possuem por “manancial” um campo de força puro de modo a poder
servir de “incubadora” para que a semente do Ser Divino em nós possa
florescer, que inclui uma etapa de purificação dos canais humanos do
pensar e sentir, que foram completamente transviados durante o
percurso da existência humana; aqui o foco é que “o divino encontra-se
paralisado, adormecido em nós” e precisa de um impulso de um campo
de força divino para ativar a Bela Adormecida – a alma divina, com ajuda
do Espírito Santo Sétuplo inclusive e da Fraternidade dos Libertos (dos
seres que já não precisam mais nascer e morrer, mas viver eternamente
por meio da força-luz do seu átomo divino).

- E ainda nesse grupo se incluem os mestres iluminados de fato, pois


estes possuem por si só tal campo de força irradiado pela Divindade
Interna que absorveu a mente humana e a converteu em veículo de
expressão do Divino, o que era afinal a razão da criação da mesma; seria
a versão oriental do processo espiritual que usa linhagens de mestres
libertos para libertar aos que buscam por tal.
Infelizmente hoje “mestres estão in”, na moda, e encontramos uma gama
tão variada de iluminados que seria preciso editar um dicionário à parte
para essa palavra usada sem critérios!
Um bom começo é um dos livros de Ken Wilber que demonstra por meio
de tabelas os diversos tipos de iluminação possíveis (não lembro em qual
deles ele menciona isso; talvez no Espiritualidade Integral).
Lembrando que um iluminado não é automaticamente um mestre; o
Tibetano que editou mais de 20 livros via Alice Bailey falou de si que era
um ser humano liberto, mas não um mestre liberto!
Existiriam então iluminados, “mestres”, Iluminados (com “I” maiúsculo
usando a versão de Ken Wilber), Iluminados Mestres e ...??

Desejo ressaltar agora a questão dos poderes extrassensoriais:

Quando um ser humano trilha um caminho onde se vise a busca por


poderes o resultado é muito simples e óbvio:
- Como ele é ainda um ego com todas as suas deficiências, o acréscimo de
poderes vai igualmente aumentar as facetas deficientes do ego e torná-las
doentias com o tempo, pois não há ego humano que não sucumba ao
poder do poder!

Tive inúmeros convites no decorrer de minha vida para ativar tais poderes
e graças a Deus eu intuí ainda bem jovem que não era isto que eu vim
realizar nesta encarnação! Provavelmente minha alma já cometeu este
erro em outras existências para que nessa eu sentisse do imo, da alma
mesmo um NÃO tão forte e claro que não tinha como não ouvir e seguir!

Por outro lado, quando se trilha um caminho que vise purificar o eu


humano para torná-lo digno de servir de veículo do Eu Divino ou do
Espírito do Pai, via de regra ocorre paralelamente a ativação de poderes
divinos, ou seja, na medida que o Eu Divino expressar-se com maior
pureza e amplitude via o veículo humano por meio da mente e coração,
Ele vai automaticamente expressando seu poder divino inato, mas os
perigos de o “eu humano” se apoderar literalmente dos frutos desse poder
são bem menores que no caso acima.

No segundo grupo, portanto, visa-se o poder acima de tudo, seja por meio
da ativação dos poderes ocultos que nada mais são do que a ativação
indevida de forças divinas para uso humano!!! Por mais bem intencionada
que seja tal ativação, o eu humano não consegue lidar com algo superior
a ele a curto ou longo prazo e acaba, como com a bomba atômica, sendo
vítima algum dia e vitimando outros enquanto isto! Isso inclui algumas
terapias de cura que acabam por danificar seu campo etérico-astral e dos
pacientes. Eu não saberia definir por nome quais, pois atualmente
surgem a cada dia métodos novos. Fica aqui apenas a dica. Ore e peça
por orientação se sentir alguma dúvida dentro de si seja em relação ao
seu Caminho ou em relação a alguma opção profissional, que não precisa
estar relacionada a cura. Basta que tenha dúvidas por razões suas.

Precisamos, portanto ficar espertos e perceber a sutil e enorme diferença


que existe entre:
- Humildade verdadeira e humildade falsa!

A Humildade verdadeira sempre se refere a entrega do poder humano a


um Poder Divino de fato! Seja este representado por Deus, Allah, Buddha,
Krishna, Cristo, por uma autêntica Escola Espiritual, por um autêntico
Mestre, ou diretamente ao seu Mestre Interno, seu Ser Divino, sua
Mônada, o Espírito do Pai em ti, que afinal é a meta de todo caminho
espiritual legítimo: a (re)ativação do Eu Divino em ti! Lembrando, porém,
que a princípio o divino em ti está adormecido, está inconsciente para tua
consciência e seria, portanto mero misticismo simplesmente começar
entregando para “ele”. Foi isso que me fez parar tal prática, quando um
dia, com 27 anos, vivendo em Mato Grosso eu comecei a questionar de
como minha “Mônada” reagia face às minhas entregas. Senti que havia
algo errado. Passados alguns tempos me veio o seguinte pensamento na
mente, após questionar a validade dessa entrega a Algo que eu apenas
tinha lido que existia: e se eu de tanto pensar e entregar tivesse criado
uma Egrégora da Mônada? E que por isso “as respostas dela” me
pareciam tão “concordatas”, humanas? Enfim, desconfiei e parei.

A humildade falsa ou desviada é adorar mestres externos mesmo que


sejam mestres autênticos, só que neste caso, o “erro” é do praticante, do
aluno, do discípulo imaturo e equivocado! Porém o ponto que desejo
ressaltar nesse parágrafo é em relação a todos os líderes que se julgam
mestres ou seres de evolução especial e permitem serem adorados!

Podemos e devemos “adorar” o Divino num Mestre por ele refletir Deus
Transcendente Nele e em Ti e por meio dessa adoração “ativar” Seu
Reflexo de Deus em Ti, o Espírito do Pai, a Centelha Divina e torná-la um
Fogo Divino a transfigurar teus átomos de modo a liberar a luz contida
neles e assim seu corpo suportar a Luz do Pai!

E existe uma terceira por assim dizer categoria ou campo onde ocorrem
nessa era espacial muitas confusões. Com a pesquisa sobre a origem dos
seres humanos chegou-se a muitas conclusões diferenciadas e fica
mesmo bem complicado lidar com elas e achar algum denominador
comum.
Pensem na versão ingênua e simbólica da Bíblia sobre Adão e Eva
(explicado de forma científico-espacial no Livro de Urântia); na versão de
que somos descendentes de símios ou macacos; na versão que somos
fruto de um experimento genético praticado por seres extraterrestres no
passado (aqui a versão mais científica é a de Zecharia Sitchin e vale a
pena ler seus livros ou um deles, sugiro o clássico: 0 12º PLANETA! Eu o
li há anos em alemão, mas também tenho a versão pdf dele como e-book
em português. É um livro que todos deveriam ler e reler, principalmente
os que acreditam que a Bíblia realmente foi traduzida de forma “fiel”).

Na versão de Sitchin fica claro que: 1) pelo menos uma parte de nossa
atual humanidade é fruto de um experimento e não toda (essa é minha
versão); 2) muitas palavras foram traduzidas de forma equivocada, seja
proposital ou por falta de capacidade, melhor ainda: porque não
entendiam na época o significado de muitos termos que iam contra uma
teologia ingênua e simples! E aqui começa a confusão; para exemplificar o
acima exposto vou usar um trecho do e-book de Zecharia Sitchin, Editora
Best Seller, 2ª edição, pág. 181:

As implicações destes versos e os paralelos com os contos sumérios de deuses de seus filhos e

netos, e da prole semi-divina resultante da coabitação entre os deuses e mortais, acumula-se à

medida que continuamos a ler os versos bíblicos:

Os Nefilim estavam sobre a terra,

Naqueles dias e depois também,


Quando os filhos dos deuses

Viviam com as filhas de Adão,

E elas lhes deram filhos.

Eles eram os poderosos filhos da Eternidade – O povo do shem.

A tradução acima citada não é a tradicional. Durante muito tempo, a expressão "Os Nefilim

estavam sobre a terra" foi traduzida como "Havia gigantes sobre a terra", até que os tradutores

mais recentes, reconhecendo o erro, recorreram simplesmente ao expediente de deixar o termo

hebraico intacto na tradução. O verso "o povo do shem", como se poderia esperar, foi entendido

como "o povo que tem um nome" e, deste modo, "o povo de renome". Mas como já estabelecemos,

o termo shem deve ser tomado em seu significado original, um foguete, uma nave espacial. Então,

que quer dizer o termo "Nefilim"? Derivado da palavra de raiz semita NFL ("a ser lançado"),

significa literalmente isso, ou seja, aqueles que foram lançados para a terra! Teólogos

contemporâneos e eruditos da Bíblia tiveram tendência a evitar os versos problemáticos. (...)

Porém, quero ir mais longe e dar uma idéia de como o tema dos poderes
& mau uso não só tem a ver com a famosa queda, ou as quedas e com o
tema mulher & Eva & criatividade.
Em que nível Eva, símbolo do feminino realmente correspondeu “a culpa
na queda” ou em uma das quedas?

Vou usar como embasamento um dos livros apócrifos, o da Pistis Sophia


comentado e interpretado por J.J. Hurtak em sua monumental obra de
aprox. mil páginas que possuo em alemão e que foi editado pela “The
Academy For Future Science” em Los Gatos em Califórnia, em conjunto
com a mesma academia existente em Basel, Suíça. Existe um site para
pesquisa mencionado no livro: www.pistissophia.org.
Estou sugerindo esta obra comentada por Hurtak por ela abordar
algumas nuances mais abrangentes do tema das quedas, da dualidade ou
dialética, das fraternidades positivas e negativas! Comprei a obra citada
para compará-la na época (em 2004) com a obra do holandês Jan van
Rijckenborgh! E por isso pude concluir que JvR se concentra totalmente
na interpretação a nível gnóstico, ou seja, em sua mais alta interpretação
e por isto ela é mais complicada para entender para quem nunca leu
obras gnósticas e sua versão sobre o bem e mal e as quedas e os métodos
de libertação.
Outro motivo que me levou na época a querer ter a obra de Hurtak, foi
porque eu o havia conhecido em São Paulo nos anos 80 (entre 83 a 85) e
estava literalmente curiosa para conhecer sua versão da Pistis Sophia,
visto que é um tema que poucos dominam. Aliás, fora Hurtak e JvR
existem poucos que dominam com maestria a interpretação dos
evangelhos apócrifos, principalmente o da Pistis Sophia que usa como
“personagem” um Jesus Cristo ressuscitado que agora revela ao seus
discípulos aspectos mais profundos e específicos da Criação, Queda, Mal,
Bem e do Retorno a Casa o Pai, ou seja: de como “salvar a alma” que se
tornou mortal com a queda.

Meu próximo “sonho de consumo espiritual” seria encontrar uma obra


escrita em conjunto com Sitchin e Hurtak, pois comparando algumas
passagens entre ambos, percebe-se que Sitchin acabou nivelando todas
as interpretações no nível “físico” e isso também não era sempre o caso. O
que sabemos é que existem informações que valem desde o nível físico até
o nível que chamamos de espiritual, mas outras não. E existem algumas
passagens que são apenas para serem lidas e entendidas no nível
espiritual, como o caso de Maria Magdalena, tão discutido:

- Hurtak esclarece com relativa simplicidade (relativa ao leitor) que ela


representa o aspecto criativo da Pistis Sophia em sua queda! Por isto
Jesus teve que tirar 7 demônios dela, ou seja, da Criatividade, que havia
sido corrompida quando Pistis Sophia (símbolo da força feminina dentro
do processo da Criação) resolveu “criar sem se valer do apoio e da
aprovação do Espírito Superior” representado também por Adam
Kadmon. Assim ela gerou uma prole sem “espírito”, sem a presença,
portanto da LUZ verdadeira (que Hurtak sempre escreve com letras
maiúsculas).

Para entender o exposto precisaríamos no mínimo já ter lido alguma obra


que tenha nos dado a entender a amplitude do trabalho de Jesus o Cristo
em seu sentido suprarracial, suprarreligioso, suprateológico, tal como
alguma obra do tibetano Djwhal Khul ou mesmo o mega livro O Livro de
Urantia.
E para ajudar a simplificar um tema tão complexo, decidi expor de forma
resumida, diferentes autores e o que foi seu enfoque em relação ao tema
da Criação & Criatura & Criador:

Diria que:
O LIVRO DE URANTIA tem como meta central explicar os três vistos de
cima para baixo e por isso não entra em detalhes quanto a métodos de
alcançar a vida eterna (ou a salvação, iluminação ou transfiguração); cita
neste contexto a fusão que um dia deverá ocorrer entre o eu humano e o
espírito divino e o papel de Jesus Cristo a nível pessoal, planetário e
cósmico! Aqui o foco central sempre é o ETERNO, o PAI ABSOLUTO, o
DEUS DO PARAISO ETERNO, CRIADOR INDIRETO DE TUDO E TODOS e
como tudo se gera e se desenvolve em relação a ELE. No Urantia o Pai
Eterno seria Brahman e o imenso Pai da Criação, o Ser Supremo,
equivalente a Brahma na versão hindu. Ele cita também os mundos
relativos, os paraísos celestes diversos dentro da Criação, os Criadores
Cósmicos, mas sempre usando como pano de fundo O PAI ETERNO, O
TAO, O ABSOLUTO, O INOMINÁVEL para onde toda criação converge
com quedas ou sem! Quando ocorrem quedas maiores ou menores, elas
exigem ajustes, planos de emergência e outras intervenções para que se
possa “salvar a obra e os seres envolvidos”.

OS LIVROS DE DJWHAL KHUL, DK ou TIBETANO ditados


telepaticamente para Alice A. Bailey e antes disto, partes para Helena
Blavatsky, revelam o tema da Criação & Criatura & Criador vistos por
alguém que já alcançou os portais da eternidade e explica todas as
nuances possíveis até então (até a década de 50) de serem reveladas de
forma coletiva, sobre o desenvolvimento da consciência dos seres
humanos desde as primeiras raças até a atualidade e de como os
métodos espirituais do passado diferem dos atuais, bem como as várias
fases de um processo espiritual até se chegar na libertação total.
Portanto, DK sempre usa como referência o SER HUMANO & Deus &
Cosmos & Cristo & A Fraternidade dos Libertos e outros Grandes.
Sugiro começar lendo o livro escrito por Alice Bailey com aprovação de
DK: De Belém ao Golgota ou então o livro mais elementar de DK: Um
Tratado de Magia Branca (que é a magia da alma iluminada pelo espírito
divino e nada tem a ver com qualquer tipo de magia usada pelos seres
humanos e que desvirtuam toda idéia de espiritualidade).
O mérito de DK e de seus livros é revelar a existência da Fraternidade dos
que velam pela Terra (composta por Seres Libertos da Dualidade),
explicar o valor e as conquistas de cada grande raça e do seu papel no
contexto planetário face ao objetivo final da raça humana, bem como
todos os aspectos envolvidos nessa jornada: desde plantas, devas,
grandes mestres, algumas constelações, e claro os seres humanos e as
civilizações.
Alguns acham que por isto ele reforça a validade da vida na matéria e
dela, mas isso apenas parece assim, por sua proposta ser tão abrangente
e não específica. Pelo contrário, ao quase esgotar o tema das civilizações,
seus méritos e conquistas e quais as etapas ao se percorrer um caminho
de libertação onde a transfiguração tem um papel central, DK, quis
encurtar a busca de muitos; por outro lado, foi sensato o suficiente para
dar material para os que ainda não estão aptos a seguir a reta final.
Enfim, ele simplesmente não “deixou” ninguém de fora! E deu para cada
grupo um material para sua próxima etapa, seja ele um indivíduo, grupo,
nação ou país! Claro que as obras dele exigem interesse acurado tanto
pela humanidade como pelos inúmeros aspectos que envolvem uma
jornada espiritual sem envolver religiões ou privilegiar determinadas
correntes, porém, não deixou de expressar sua opinião em momentos
oportunos sobre algumas religiões, grupos e até de pessoas.

OS LIVROS DE JAN VAN RIJCKENBORGH relacionados com a Escola


Espiritual Lectorium Rosicrucianum, têm por objetivo único usar o
método transfigurístico proposto e vivido por Jesus, para atingir a
libertação da Roda de Samsara, de Maya que ele denomina de Dialética,
outros de Dualidade. JvR também cita e comenta grandes mestres de
outras raças e como todos os caminhos autênticos convergem no final
para o mesmo Ômega. Ele se vale principalmente do conceito gnóstico
(nome dado a essa vertente), de que o mundo se encontra ainda
fortemente dominado pelas forças negativas que geraram as quedas e o
corte com os mundos divinos durante muitas eras. Este “corte” é citado em
todas as obras que realmente visam a libertação do ser humano, pois
nossa libertação não é apenas um roteiro comum como ele é vivido em
tantos planetas e mundos que não foram afetados pela Rebelião de
Lúcifer (traduzindo em termos simples o tema). Nossa libertação requer
vencer a sutil força do mal que ainda impregna fortemente o Planeta
Terra e por isso aqui, nenhum caminho espiritual é algo “fácil”, “easy” e
por isto ninguém consegue realizar uma libertação espiritual real sozinho,
salvo grandes almas cuja força para tal se situa no passado ou na sua
origem singular. E pelo fato das quedas terem afetado profundamente os
fundamentos da vida e dos seres, nem todos os grupos e escolas têm o
poder real em mãos de fornecer via seus métodos uma libertação real.
Muitos de fato têm apenas um papel intermediário, como um ginásio ou
secundário, mas não tem o poder de “doutorar” e é nisso que consiste, no
entanto, seu papel e sua importância. Por isto todos os grupos e
movimentos tem sua validade mas somente um Mestre realmente
Iluminado e Liberto, pode oferecer o campo de força necessário para as
transmutações, acrescidas de um método; chave mesmo é o campo de
força e é ele que diferencia uma escola espiritual que chamo de autêntica
de outras, que são preparatórias! Claro que todos possuem seu campo de
força, mas a questão central é se possuem um campo de força composto
por energias provindas das esferas e seres não envolvidos com a queda. E
isso só pode reconhecer um Iluminado de fato ou um Obreiro da LUZ.
Alguém que sabe que está lidando com Forças da Luz e não apenas
pressupõe tal!

Já J. HURTAK se vale do mesmo princípio e por isto teve tanto empenho


em interpretar o livro chave sobre o tema da Queda: da Pistis Sophia.
Pelo que pude entender, a sua meta e método é construir o Mercabá, o
veículo de Luz, ou o Quinto Corpo, para que possamos nos libertar com
ele e por meio dele definitivamente do poder das forças negativas que
engendraram e ainda sustentam as quedas e tudo que elas vem gerando
com o efeito de “bola de neve”. Lembrando porém, como bem cita Hurtak,
ao interpretar a Pistis Sophia (idem JvR), que Jesus Cristo tirou parte do
poder deles e isso foi uma das suas “missões”, ou seja, a parte cósmica e
seu papel de salvador também num contexto cósmico e não apenas para
algumas almas do planeta Terra. Hurtak cita que até o Espírito Solar
sofreu com a queda e por isso a adoração do Sol físico foi suprimida ou
proibida, pois quando falamos de forças do mal, isso nem sempre quer
dizer as forças explícitas, mas principalmente as implícitas ou subjetivas.
E isso significa que muitas hierarquias trabalham com energias da queda
e por isso nunca será algo libertador, mesmo que elas em si, não o façam
por mal! E é desse “mal implícito” ao qual a Pistis Sophia se refere, e não
tanto a personagens reais, mas simbólicos, para designar seu poder por
trabalharem com forças impuras, mistas! Ela mesma é uma figura
simbólica para exemplificar a queda da energia feminina, do poder
criativo em seu aspecto feminino.
Voltando ao sol: JvR disse para diferenciarmos o Espírito Planetário ainda
em “evolução” do Logos Planetário que seria o equivalente ao Espírito
Divino em nós; o mesmo imagino então vale para o Sol, pois o nosso
sistema solar abriga planetas como o nosso em estado primitivo espiritual
e só isso já denota que o Espírito Solar ainda tem seu processo a
completar.

E assim como na Terra muitos bem intencionados obreiros trabalham


com forças mistas (usando a expressão de Hurtak, pelo menos em alemão
– aliás, já pesquisei e o livro existe em português também), muitos
extraterrestres trabalham com energias mistas, ou seja: afetadas pela
queda. Por isso o Caminho para a Liberdade é algo bem singular aqui na
Terra principalmente, planeta onde o Livre Arbítrio é vivido de forma
extrema e por isto tantos as forças negativas explícitas como as implícitas
tem tanta “liberdade”; melhor dizer: onde se abusa do livre arbítrio aos
limites máximos! O Livro de Urantia diz que isso é agravado pelo fato do
Planeta Terra, ou Urantia, (ou Iurancha como J.J. Benitez o chamou
aliás, ele escreveu seu livro baseado no Livro de Urântia do começo ao
fim), ser um planeta decimal e isso implica em maior liberdade de criar,
experimentar, enfim de usar (e abusar) do livre arbítrio.
Em tempo: todos os caminhos autênticos prevêem a construção do corpo
de luz, mas há muitos pseudo líderes que confundem corpo de luz com
corpo astral purificado que também reluz e acham que já o possuem ou
que este pode ser construído “com as forças do eu”, ou seja, por meio do
uso da vontade humana e de algumas técnicas! Se fosse tão simples, há
muito que o Planeta Terra estaria transfigurado baseado no conceito de
que um xis número de seres puros podem provocar um salto quântico
nos demais e no Planeta.

Quero aproveitar e apresentar ARMIN RISI, um grande autor suíço, que


baseado em sua vivência com a Bhagavad-Gita e anos de reclusão em
mosteiros, interpreta com maestria o mesmo tema das quedas e dos
poderes das fraternidades de luz e das trevas, citando com palavras bem
mais simples que Hurtak a questão do envolvimento dos extraterrestres
neste contexto!
Infelizmente não existem em português, mas a trilogia que ele escreveu
cujo nome não me vem à memória, seria meritória de ser traduzida para o
português. Conheci Armin Risi pessoalmente e troquei até algumas cartas
com ele quando ainda vivia na Suíça (antes da internet). Assisti também a
uma palestra que ele proferiu em Basel e só posso recomendar suas
obras para todos: gnósticos e agnósticos, pois ele justamente revela de
forma serena, simples e sábia a grande diferença entre os mundos de luz
e os mundos de queda. Os mundos relativos de Brahma e os mundos da
estática, ou de Brahman, o Absoluto. Falando na Índia, isso me lembra
de:

RAMANA MAHARSHI, YOGANANDA, AUROBINDO, RAMAKRISHNA...


Todos grandes seres, em linhagens diferentes, fazendo seus trabalhos de
“salvação das almas”. Pessoalmente sinto afinidade com Ramana
Maharshi e a técnica do Atma-Vichara reativada por ele. Claro que ela
tem um efeito tão poderoso com Ramana por ele ser realmente um grande
Iluminado. Da categoria cinco estrelas, diria! Há sempre mestres maiores
e menores e mestres de outras categorias, que chamo de psíquicos:
podem ser poderosos e muito, mas isso não comprova que trabalham com
as Forças Puras, e sim com forças mescladas. O poder por si só não é
prova de força superior. Isso é algo importantíssimo a considerar. Xamâs
são poderosos e no entanto eles trabalham, via de regra com forças
psíquicas ou apenas não materiais, mas não espirituais por excelência. É
preciso saber de onde vem a força, a fonte. Outro ponto a considerar:
conheça o mestre um pouco na intimidade dele e veja se não existem
pontos obscuros, pontos duvidosos. Não falo de um mestre não poder ser
duro ou taxativo; sempre depende do Raio com o qual trabalha. Falo de
realmente existirem alguns fatos que realmente deixam a desejar para um
mestre de fato!
Mestres de fato só trabalham com FORÇAS-LUZ absolutas, puras,
divinas. Ter acesso a estas forças implica em ter uma alma pura ou já ser
um iluminado por elas. Uma alma pura pode ser alguém bem simples,
mas no momento em que uma Força-Luz é usada de forma egóica, ela é
mesclada e, portanto, deixa de ser pura e o acesso a Força-Luz daí é
vedado.
Por isso que todo cuidado é pouco não só em saber com quem se está
lidando como em não ter muita pretensão de achar que basta uma
meditação, umas orações e algumas práticas para termos acesso a
Forças-Luz de primeira grandeza.

Talvez no final fique a impressão que estamos vivendo num mundo


altamente perigoso inclusive a nível espiritual, onde ninguém pode nos
garantir que estamos nas mãos de Seres da LUZ ou de Forças de LUZ.
De fato, olhando bem francamente isso é real, e embora seja vital saber
que a Rebelião de Lúcifer se reflete não apenas no mal óbvio e aparente,
mas principalmente no mal subjetivo, é importante não nos focarmos nele
seja com qual nome for e sim na busca pela Porta Estreita que nos liberta
de todo o mal, rumo a Eternidade, e não apenas em um plano ou planeta
superior ao nosso, embora isso também tenha seu valor!

O Tibetano diz que mesmo quando um Iniciado decide fundar uma Escola
Espiritual ou um Grupo, não está descartada a hipótese do trabalho ser
mal sucedido. E o mesmo dizia JvR ao fundar o Lectorium
Rosicrucianum, pois uma escola, no final, depende também dos seus
membros e do quanto eles não se deixam dominar pelo eu, o qual, afinal,
estará sendo confrontado com Forças-Luz que vão desmascarar seus
umbrais subconscientes e inconscientes e “forçar” uma purificação que
na vida diária não é tão simples quanto parece na proposta inicial de se
seguir o Caminho. Na teoria tudo é bonito e possível.

JvR sempre advertiu que dentro de uma Escola vamos presenciar as


maiores aberrações de “eus” pois que eles estarão sendo desmascarados e
nem todos terão humildade e capacidade de entrega, mas se entregarão
aos desvarios do eu e o reforçarão ao invés de enfraquecer, tudo depende
da alma e suas tendências, ou sua maturidade. Claro que não foram
estas palavras ditas, mas neste sentido. E esta disparidade de estados de
alma que pode fazer com que um projeto espiritual puro e bom venha a
ter sérios problemas.

Pessoalmente percebi que em todos os grupos o maior de todos os


umbrais é o poder. A maioria sucumbe a ele, seja dentro ou fora de uma
escola espiritual. O outro é o medo... de errar, de pecar. Trata-se de um
ego muito grande e sutil, e por isso tão poderoso: o ego ambicioso! Ele
quer fazer tudo certinho para ver se “consegue abocanhar um cantinho
do céu” e não precisar entregar todo o comando... Do medo ainda surge
uma das tendências mais negativas a meu ver: de dogmatizar certos
preceitos do grupo ou da escola. Confunde-se obediência e respeito a um
processo, com fanatismo. Ou melhor: existem almas que são muito
imaturas e tal como crianças pequenas, precisam sim aprender primeiro
a obedecer uma autoridade externa. Mas existem almas que já entram
maduras numa escola ou num grupo e podem atuar de forma mais livre,
em auto-autoridade. As almas imaturas vêem as outras como “hereges” e
criam desarmonias e tensões desnecessárias digamos. Mas isso até Jesus
enfrentou com seus discípulos...

E A AJUDA DA PSICOLOGIA?

Vou aproveitar a deixa aqui para mencionar KEN WILBER, digo, para
exprimir rapidamente minha opinião após ter lido alguns de seus vários
livros. Considero o livro mais elementar dele e muito bom, que
justamente até recentemente não havia sido traduzido em português: UP
FROM EDEN! Em alemão o título difere do original, mas revela o
conteúdo chave do livro: Metade da Evolução! E o subtítulo (do qual não
me lembro) revela o restante: Ken Wilber conta a história da evolução da
consciência humana. Este livro realmente considero dez! O outro que
achei ótimo é no qual ele trata o tema dos “memes” com tabelas e tudo o
mais (tentei achar meus livros dele para dar o título exato e descobri que
esta caixa de livros não está junta das demais – deve estar fazendo
turismo entre as outras; esperarei ela voltar!). No livro dos “memes” e
tabelas diversas há uma muita especial sobre os possíveis estágios da
iluminação com “i” e a diferença da iluminação com “I”.
Recomendo Ken Wilber apenas para aqueles que realmente gostam de
psicologia e como esta se vincula a espiritualidade! Alguns livros são mais
simples de entender, outros são como ler fórmulas físicas... ele consegue
transformar conhecimentos em fórmulas! O curioso é que quando li o
livro Up from Eden eu pensei espontaneamente: Um Einstein da
Psicologia! Qual minha surpresa quando venho ao Brasil e compro um
livro em português e na contracapa consta exatamente este elogio! (É que
eu comprei o livro citado dias antes de retornar ao Brasil em 2004).
Não concordo com tudo que Ken diz, mas ele realmente é um gênio a seu
modo e com seus méritos!

Então... falando em psicologia...


Talvez muitos questionem o valor de se usar a psicologia em suas
variadas linhas e métodos para apoiar um processo de purificação que
algum método espiritual esteja provocando em sua personalidade.
Abordei este tema de forma bastante ampla no livro Os Super Secretos
Arquivos X em nossa Mente, mas resumindo posso dizer o que eu penso a
respeito depois de algumas (várias) reflexões:

- Existe uma diferença enorme entre querer melhorar a personalidade, o


eu, portanto por meio da psicologia, de curar traumas diversos por meio
dela.
Quando se segue um caminho espiritual de fato, a questão central não é
mais “melhorar uma personalidade”, mas entregar, porém, a maioria dos
seres humanos desta era possui algum tipo de trauma que faz com que
atrapalhe inclusive o caminho espiritual; afinal somos todos vítimas neste
planeta ambíguo, violento e sedento por poder.

Traumas devem ser tratados sim, pois acabam gerando equívocos


inclusive quanto a um enfoque sadio do caminho espiritual. Evita que o
choque com as Forças-Luz seja demasiado forte, sem ter por apoio uma fé
e uma entrega forte o suficiente em sua fase inicial para promover uma
cura apenas por meio do campo de força, da filosofia e das práticas do
caminho espiritual.
Aqui deve entrar em cena um apoio secundário por meio de alguma
terapia. De preferência terapias dinâmicas, sem misticismo.

Por outro lado, como nem todos que buscam por um caminho estão
maduros para uma entrega do modo como gostariam, muitas
personalidades teriam que sim ainda terminar de viver alguns anseios
para assim terminar de amadurecer alguns aspectos e aqui ocorrem
grandes misticismos mesmo em escolas e grupos espirituais de alto nível.
Afinal, cada alma se encontra num estágio muito particular.
Por isso a sinceridade consigo mesmo é algo tão fundamental em
qualquer campo e principalmente quando se trilha um caminho
espiritual! Não se enganar, não se iludir, é uma chave de valor
inestimável para não forçar o eu seja por ele ainda precisar viver alguns
aspectos, seja por ele ainda simplesmente não conseguir entregar alguns
aspectos.
Somente a sinceridade poderá promover o próximo passo, seja qual ele
for, para terminar de amadurecer algo. E as vezes, basta “assumir” algo e
tal aspecto deixa de ter força. Falo por experiência própria. Alguns
requerem uma vivência tipo “amostra” e por meio o que achávamos que
ainda muito importante para nós, se revela na hora da “prova” como algo
que não mais nos fascina (para nosso espanto). Outros aspectos exigem
sim uma vivência mínima para um desgaste salutar do “eu” envolvido e
assim poder se realizar entrega de forma real e não por medo ou
misticismo ao se “querer” ser bom e santo!

Nestas horas é preciso ter a atitude de humildade sincera e admitir tudo


perante si e perante Deus, só assim essa alma poderá de fato ser
ajudada. Culpar-se, negar o que se sente, tentar sublimar com o eu, são
apenas atitudes que vão atrasar todo o processo, por vezes por anos.
Tudo depende do nível do auto-engano. Ou então, um dia o eu não
agüenta a carga e desiste!

Por isso muitas vezes é melhor buscar por uma ajuda psicológica do que
negar, pois perante um psicólogo podemos romper a barreira do medo e
da culpa e admitir mais facilmente algo e com isso facilitamos o Caminho
Espiritual. Neste caso não se trata de melhorar o eu, mas de
“desmascarar o eu” com uma mãozinha da psicologia.

Concluindo:

A sinceridade é um fator chave seja na vida pessoal diária, e mais ainda


quando achamos que estamos pronto para seguir um caminho espiritual.
A primeira pergunta que deveríamos fazer a nós mesmos é:
- Estamos dispostos a entregar o poder do eu?

Ou então:
- Afinal o que imagino ser um caminho espiritual?
O que entendo por espiritualidade?
Muitos acham inclusive que é a conquista de poderes...

Se precisasse definir em três frases o que um caminho espiritual


autêntico exige ou pressupõe, diria:

- Um caminho espiritual requer que se pratique O PAI NOSSO, mas


principalmente a frase:
SEJA FEITA A TUA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU!

Significa usar o LIVRE ARBITRIO não mais para engrandecer o eu


humano, mas para entregar o poder do eu humano a um PODER MAIOR!

E assim garantir A HARMONIA ENTRE O CEU E A TERRA!

O Tibetano diz que a primeira condição para realmente seguir um


caminho é ser “manso” na mente e no coração. E claro nas ações!
Não significa tolerar injustiças e ficar calado diante de tudo, mas com
certeza significa não ser o provoca-dor! Literalmente! Seja com palavras,
pensamentos e atitudes! Ou na versão cristã:
- Não julgueis para não serdes julgados!
Rapidamente: não se trata de perder o senso crítico sadio e sim a
tendência maldosa dos seres humanos em proferir palavras maldosas
contra outros. Há sempre duas maneiras de expressar uma opinião:
- Uma com sinceridade, mas sem agressividade ou maldade!
- A outra com agressividade e/ou maldade!

E isso me faz lembrar as máximas do SERMÃO DA MONTANHA!


Que são as máximas para quem pretende seguir o CAMINHO até o
MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO!

Helena Schaffner 9-14.10.2010

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