Mães Na Bíblia
Mães Na Bíblia
Mães Na Bíblia
1. A coragem de Eva
Ela foi a primeira mãe da humanidade. Sendo assim, não tinha com quem conversar a respeito
deste assunto. A Bíblia faz referência a pelo menos três de seus filhos, Caim, Abel e Sete. Apesar
de todo o sofrimento que as mães sentem por causa das escolhas erradas dos filhos, Eva
alegrou-se ao nascimento de Sete, “Deus me deu outro filho em lugar de Abel, portanto Caim o
matou” (Gênesis 4:25) demonstrando assim profundo respeito em obedecer a Deus na tarefa de
trazer ao mundo seus filhos.
Segundo o relato de Gênesis, Eva foi a primeira mãe da história, a mãe de todos os seres
humanos (Gênesis 3:20). Como mãe, provavelmente Eva deve ter-se atrapalhado, um pouco, ao
ter que cuidar dos seus filhos pequenos. Diferente de nós, ela não teve uma mãe que lhe
ajudasse, ensinando o que fazer. Não deve ter sido fácil para ela, mas certamente, pôde contar
com a ajuda e orientação de Deus, o Autor de toda a vida, para ser uma boa mãe.
Nenhuma mulher nasce sabendo como ser mãe, é algo que vai se aprendendo com o tempo e
com a experiência. Mesmo se sentindo sozinha, com pouca ou nenhuma ajuda, lembre-se que
Deus está sempre disposto e disponível para lhe auxiliar nesta empreitada. O Senhor espera que
você cresça com a experiência de ser mãe: errando, acertando, se dedicando, sobretudo
amando. Abrace, como Eva, o desafio de ser mãe e busque sempre a orientação do Pai da vida.
2. A lealdade de Sara
Como esposa de Abraão, ela recebeu a promessa de que seria mãe de muitas nações. Porém
antes precisou exercer sua grande fé, pois era estéril, e gerou um único filho em sua idade
avançada (Gênesis 21:2). Soube esperar o tempo do Senhor sendo leal a seu marido e ao
Senhor e criou seu filho com amor e retidão, evidenciados pelo caráter de Isaque.
Sara foi mãe em fase muito avançada da vida, aos 90 anos de idade. Foi uma mulher que
superou suas adversidades, confiando que Deus era fiel às suas promessas. Embora fosse
estéril, creu que Deus poderia fazer dela mãe de nações.
Contudo, as mães na Bíblia também não são perfeitas. Lemos que num dado momento de sua
vida, Sara ficou muito ansiosa e tomou uma atitude precipitada, recorrendo à sua serva Hagar
para ter filhos através dela. Na cultura daquele tempo, a esterilidade feminina era considerada
uma grande desgraça para a família. Assim, vendo que os anos passavam e as chances de poder
gerar um filho se definhavam, Sara tentou dar um “jeitinho” na situação.
No entanto, apesar desse deslize, Sara creu que o soberano Deus tem poder para fazer grandes
milagres. Deus prometeu e cumpriu... Finalmente, depois da amarga experiência, Sara
reconheceu que somente o Senhor poderia conceder-lhe a felicidade de gerar um filho naquela
idade (Gênesis 21:6-7).
Lição: A história de Sara nos mostra que a ansiedade na espera pelo filho pode acarretar graves
consequências. Sara tomou uma decisão por conta própria e quase pôs fim à sua paz e de sua
família. Outras opções são lícitas, somente se Deus orientar fazê-las. O Senhor não precisa da
nossa “ajudinha” para cumprir os seus propósitos.
É assim mesmo que, pela nossa autossuficiência, procuramos solucionar os nossos problemas,
buscando alternativas em tudo que esteja ao nosso alcance fazer. Quando apostamos nossas
esperanças nos recursos disponíveis e não buscamos a direção de Deus, corremos o risco de ver
nossos sonhos desfeitos. Por isso, nunca tome nenhuma decisão sem antes consultar ao Senhor!
Somente quando Deus for o seu único recurso e única esperança, você poderá experimentar a
graça de depender Dele totalmente (2 Coríntios 12:9).
Certamente, a ansiedade de Sara perdeu lugar para a fé que começava a se fortalecer no
Senhor. Juntamente com o seu marido Abraão, Sara, em esperança, creu contra a esperança
(Romanos 4:16-18) e pôde receber alegremente, na sua velhice, o filho prometido. Tal como
Sara, nós também temos hoje a oportunidade de confiar em Deus, no seu poder e suficiência. O
Senhor está no controle da vida de seus filhos e cumpre Seus propósitos de acordo com a Sua
boa vontade. Sujeite-se a Ele, pela fé.
3. A determinação de Rebeca
Rebeca foi a resposta às orações dos pais de Isaque, porém não podia ter filhos. Através do
poder da oração ela gerou gêmeos. Buscando sempre obedecer a Deus, tomou decisões e
mudou rumos, sendo assertiva em sua determinação, desafiando até mesmo os costumes da
época em que viveu. (Gênesis 27:30)
4. O destemor de Joquebede
Mãe de Moisés, seu filho estava ameaçado de morte tão logo nasceu. Ela o escondeu por um
tempo e elaborou um plano, colocando-o em um cesto para ser encontrado e criado por alguém
que não fosse do seu povo. Moisés foi encontrado pela filha do faraó e ela escolheu Joquebede
para o amamentar e criar. Moisés cresceu, foi levado ao palácio do Faraó e posteriormente
tornou-se o salvador do povo hebreu.
Joquebede foi mãe num período muito difícil de Israel. Na época o povo de Deus era escravo de
Faraó no Egito. A história nos diz que, apesar da tirania e opressão sofridas, Israel crescia em
número e força. O rei do Egito tentou controlar o crescimento de Israel, fazendo um decreto:
todos os bebês meninos que nascessem às hebréias deveriam ser lançados no rio Nilo.
Joquebede, ao dar a luz a um menino muito bonito escondeu-o durante três meses, depois
colocou-o num cestinho à beira do rio para que se salvasse. Esta é a conhecida história de
Moisés (Hebreus 11:23).
De fato, a atitude de fé desta mãe poderia ter-lhe custado a vida de sua família, por terem
desobedecido ao mandado infanticida do Faraó. Mas Deus os guardou e conduzia o cesto nas
águas, e Miriã, irmã de Moisés, de longe seguia observando. O pequeno embrulho foi encontrado
pela filha do Faraó, que lhe adotou e pagou à própria Joquebede para criá-lo até determinada
idade.
Lição: Apesar da hostilidade e grande maldade dos poderosos deste mundo, Deus conduz o
curso da história. Ele tem total controlo e sustenta a vida daqueles que confiam nele. Joquebede
teve fé e coragem, não temeu a hostilidade do rei no seu decreto maligno. Confiou primeiramente
no seu Deus, Rei dos reis. Cuidou de seu bebê e, quando já não era possível escondê-lo,
colocou-o nas águas, sob os cuidados do Senhor da vida.
Como mães corajosas, precisamos confiar na proteção e no zelo de Deus pela vida dos nossos
filhos, entregando-os diariamente ao seu soberano cuidado (Salmos 37:5). Deus cuida e guia a
vida de seus filhos, segurando-os nas suas fortes mãos. Confie no cuidado e na bondade do Pai
da vida!
5. A constância de Ana
Uma das histórias mais tocantes da Bíblia. Ana não podia ter filhos, porém orava e sabia que um
dia teria. Prometeu a Deus que se Ele lhe concedesse o privilégio de ser mãe, ela lhe entregaria.
Foi abençoada e o tempo chegou, dando ela à luz um menino, o qual entregou a Deus, levando-o
à Sua Casa assim que estivesse desmamado, cantando louvores a Deus por isso.
Ana é um dos grandes exemplos de fé e oração na Bíblia. A atitude dessa mulher demonstrou
uma fé genuína no amor e poder de Deus. Contudo, ter fé em Deus não nos isenta de ter
problemas e aflições. Confiar em Deus será determinante na maneira como lidamos com as
nossas dificuldades diárias.
A história de Ana nos mostra que ela era uma mulher temente a Deus. Mesmo assim, a sua vida
não era fácil. Ana, sonhava em ter filhos mas era estéril. Naquele tempo em Israel, a esterilidade
feminina era considerada um castigo de Deus e uma desonra para a mulher. Além desta
decepção, Ana era constantemente humilhada pela sua rival, Penina, que tinha muitos filhos (1
Samuel 1:6-8).
A história parece se repetir aqui, tal como na vida de Sara e Hagar. Contudo, Ana teve uma
atitude diferente: com fervorosa oração, clamou ao Senhor por um milagre… Já conhecemos o
final da história: ela alcançou o favor de Deus, teve Samuel e outros filhos (1 Samuel 2:21).
Lição: O desprezo e humilhação sofridos podem tornar-nos amarguradas ou ainda mais
motivadas à oração. Com a história dessa mãe, podemos aprender a riqueza de entregar tudo
nas mãos de Deus. Sejam afrontas ou tristezas, sonhos ou gratidão, é importante deixar tudo
diante do Senhor... Ana não retrucou às ofensas, nem tentou driblar o problema à sua maneira,
mas recorreu ao único que tem poder para fazer tudo soberanamente. Quando triste, ela orou ao
Senhor (Salmos 86:7) e humildemente fez-lhe um pedido. Ao receber o filho esperado, Ana
adorou e agradeceu a Deus (1 Samuel 2:1-2). Fez e cumpriu o seu voto, dedicando o pequeno
Samuel a Deus.
Que você também não se canse de fazer o bem (Gálatas 6:9-10). Mesmo passando por lutas,
não desanime (2 Coríntios 4:8-9). Mas creia e busque a Deus, confiando a Ele os seus filhos e
sua família (Salmos 62:8).
6. A humildade de Bate-Seba
Sua vida foi marcada por um erro. Mas isso não foi motivo para desânimo. Ela foi forte, valente e
fiel a seu marido e deu à luz a um dos homens mais sábios que o mundo já conheceu, o rei
Salomão. Ela é citada na genealogia do próprio Jesus Cristo, descendente do Rei Davi (Mateus
1:6). Obediente a Deus, ajudou seu marido e filhos a manterem o reino a salvo. (2 Samuel 12:24)
7. A obediência de Isabel
Esta mulher fervorosa, que também não podia ter filhos, era fiel e obediente e passava seus dias
servindo a Deus. Na sua velhice um anjo apareceu e disse que ela teria um filho. Mesmo com a
idade avançada ela o gerou e o criou para ser aquele que prepararia o caminho para o Messias.
Ela sabia da sua importância no Plano de Deus e cumpriu muito bem seu papel. (Lucas 1:41-45)
8. A submissão de Maria
Escolhida entre todas as outras mulheres que nasceram no mundo, Maria era especial,
conhecedora das escrituras e forte. Ao receber a visita do anjo informando que ela geraria um
filho, o Salvador do mundo, ela simplesmente respondeu: Eis aqui a serva do Senhor. Ela sabia
dos riscos de morte que a acompanhariam, porém escolheu ser obediente e fiel, sujeitando-se à
vontade de Deus.
Essas mães viveram em épocas difíceis como são os dias de hoje. A inspiração e exemplo delas
fortalecem as mães de hoje e sempre.
Maria foi, sem dúvida, a mãe mais importante de toda a Bíblia. Foi uma mãe elogiável, não
porque tivesse algum mérito em si mesma, ou porque fosse melhor que as outras mães, mas por
causa da importância do seu Filho: Jesus Cristo. Se considerarmos o privilégio tal que ela teve
em ser escolhida para participar na vinda do Salvador ao mundo, podemos concluir que Maria foi
a mãe mais relevante em toda a história (Lucas 1:30-33). Que graça maravilhosa poder carregar
no ventre e depois nos braços o maravilhoso Filho de Deus!
Os cristãos evangélicos não a adoram, apenas reconhecem que Maria foi uma mulher
abençoada, por ter se disponibilizado para o cumprimento da vontade de Deus. Que felicidade
para essa mãe! Mesmo assim, isso não a isentou de sofrer algumas dificuldades. Maria era uma
jovem comum no seu tempo, virgem, noiva de José, mas que por ter aceitado, pela fé, este
grande desafio, poderia pôr em risco toda a sua vida e o seu futuro casamento.
O próprio José, quando soube que a noiva estava grávida, quase a abandonou. Só não o fez por
ter sido avisado pelo anjo do Senhor (Mateus 1:18-21). Maria aceitou a graça de abraçar a Jesus
Cristo, apesar das possíveis retaliações familiares e da provável crise no relacionamento com
José (Lucas 1:46-47).
A fé de Maria em Deus e nas suas promessas era o seu compromisso número um. A sua firme
confiança na chegada do Messias fez com que colocasse todo o resto em segundo plano: a
família, os sonhos, relacionamentos, sua reputação... Toda a sua vida poderia ser manchada pela
concepção extraordinária do Cristo. Mas, ela considerou tudo isso como secundário perante a
possibilidade de servir na chegada de Jesus ao mundo.
Lição: Viver a maternidade é um grande desafio para toda mulher, em qualquer idade, lugar ou
estágio da vida. Além disso, é também um enorme privilégio poder participar da geração de outra
vida, zelando pela chegada de outro ser humano na terra. Poder abrigar o desenvolvimento de
um ser tão pequenino e amado por Deus é uma dádiva valiosa para qualquer mulher.
A chegada do filho vai alterar tudo à sua volta. Para abraçar essa dádiva é preciso prescindir de
algumas coisas e entregar-se de corpo e alma para a árdua e maravilhosa tarefa de
simplesmente: ser mãe. Maria fez isso, não somente com Jesus, mas também com os seus
outros filhos que teve com José (Mateus 13:55). Ela, na sua condição limitada, aceitou o desafio
da maternidade.
Lição geral:
Se você já é ou sonha ser mãe, considere exercer essa oportunidade de forma amorosa e
altruísta. Não rejeite seu filho, supondo ser um peso ou entrave na sua vida. Infelizmente, para
muitas mulheres, a maternidade tem sido vista como um pesadelo. Mas, para a mulher que aceita
essa dádiva com apreço, ser mãe passa a ser um atributo, uma expressão de amor, de renúncia
e bondade vindos do próprio Deus.
Há outros exemplos de mães na Bíblia que também poderiam servir para nossa instrução e
advertência. A história de Loide e Eunice, a avó e a mãe de Timóteo, por exemplo, mostram a
importância de ensinar as bases para a fé, de uma geração a outra (2 Timóteo 3:14-15).
Mas, acima de todas as lições aprendidas, o próprio Deus nos ensina sobre o verdadeiro amor e
entrega. Ele nos deu seu Filho (João 3:16), como prova do seu grande amor e deseja que todos
nós sejamos semelhantes a Jesus Cristo, em amor, altruísmo e obediência a Ele.
e a formosura é passageira;
será elogiada.
Provérbios 31:25-30
também eu os consolarei;
Isaías 66:13