e-BOOK SAÚDE EMOCIONAL INFANTIL - Versão Final
e-BOOK SAÚDE EMOCIONAL INFANTIL - Versão Final
e-BOOK SAÚDE EMOCIONAL INFANTIL - Versão Final
CÁTIA AMARAL
MIRIAN RODRIGUES
3 Introdução
As autoras
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A Ansiedade Infantil e Seus Impactos na
Vida Adulta
Daniela Lino
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Para que alguém seja diagnosticado com qualquer tipo de
transtorno, é necessário que apresente os sintomas de forma
recorrente e ininterrupta por um período de pelo menos 6 meses.
Logo seja diagnosticado, o indivíduo poderá tomar todas as
medidas plausíveis para dar início ao tratamento.
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Em relação à fobia social, esse transtorno se caracteriza por um
medo intenso e persistente frente a situações sociais que envolvam
expor-se ao contato interpessoal, demonstração de desempenho,
ou situações competitivas e de cobrança. O indivíduo que apresenta
esse tipo de fobia sente intensa angústia ao ter que falar em
público, seja em uma palestra, apresentação de trabalho, ou outras
situações em que seja colocado em destaque ou em interação
social. Por consequência, esse indivíduo acaba evitando todo e
qualquer tipo de situação em que se sinta julgado, avaliado ou o
centro das atenções.
Alessandra Chaves
Aquilo que um homem pensa de si mesmo é o
que determina, ou melhor, indica o seu destino
(Henry David Thoreau,apud Murphy, 1981).
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Conforme já foi mencionado, de acordo com vários teóricos, a
criança sofre influência do mundo externo, e isso pode interferir no
seu autoconceito e autoestima. Um exemplo, seria a relação escolar,
que costuma ser o segundo ponto de referência dos pequenos,
onde os coleguinhas podem praticar brincadeiras desagradáveis e
essa criança ir internalizando tudo isso. Porém, quando essa criança
possui uma família que a desejou, que possui afeto e cuidado, ela
adquire mais confiança e segurança nos adultos, logo, vai
construindo seu autoconceito nessas relações estabelecidas,
passando a se ver como alguém digno de amor, e de valor. Nesse
caso, as influências externas negativas, irão encontrá-la mais
autoconfiante.
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ALESSANDRA DA CONCEIÇÃO CHAVES
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A Criatividade Infantil no Prisma da
Psicologia Positiva
Cátia Amaral
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O processo da criatividade no desenvolvimento humano
Períodos de declínio
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Dos 9 aos 10 anos
Dos 13 anos
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CÁTIA CILENE SILVA AMARAL
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Carta aos Pais: Como Lidar com as
Crianças e Consigo Mesmos em Dias
de Isolamento Social
Carolina Huguettl
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Estamos em uma época em que se tornou muito costumeiro as
pessoas viverem correndo de um lado para outro, buscando dar
conta de suas obrigações, sejam elas profissionais, acadêmicas,
sociais e até mesmo “familiares”. Quando digo “familiares” falo de
preparar as refeições, cuidar da casa e das roupas, pagar o aluguel,
energia, internet e demais contas. Faz sentido para você? Se você
respondeu sim, isso muito me preocupa! Pensa comigo: será que
essas atividades não deveriam ser consideradas “domésticas”?
Atividades familiares nem sequer deveriam ser chamadas de
obrigações. Mas isso, vou deixar para você refletir sozinho(a) e
pensar se na sua rotina anterior à pandemia, você estava
dedicando tempo para se relacionar com sua família.
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Somos marcados por sentimentos. Somos frutos de nossos
relacionamentos. Nossa interação familiar é a base para um
desenvolvimento emocional saudável (ou não), é a base da
aprendizagem humana. E isso interfere, e muito, em quem nos
tornamos. Se suas lembranças não são positivas e você teve
dificuldade de fazer esse exercício, é bem provável que a forma
como foi educado não desenvolveu todas as suas potencialidades e
ainda trouxe muitos prejuízos emocionais: como ansiedade,
depressão, baixa autoestima, insegurança e inadequação.
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Com base em tudo que você já refletiu até aqui, posso garantir que
você já deu o primeiro passo. Ter consciência dos problemas que
precisam ser enfrentados é o primeiro degrau do crescimento e
desenvolvimento pessoal. Se você identificou falhas na sua conexão
com seus filhos; se acredita que não está deixando uma boa
lembrança para eles; se você tem dificuldade para se conectar de
forma genuína naquilo que são os interesses e universo da criança;
e se já consegue perceber falhas em suas práticas que irão deixar
marcas emocionais, então você está convidado a investir no
desenvolvimento de suas competências parentais.
• Conecte-se com seu filho: dedicar um tempo para estar com seu
filho e partilhar ações em conjunto, é uma ótima forma de criar
bases sólidas sobre o que é a relação verdadeira com o outro. Filhos
aprendem experimentando e também pelo exemplo. Separe um
tempo para brincar, chame para ajudar a fazer comida, leiam um
livro juntos, se unam para “zerar” um jogo de videogame ou
“maratonar” uma série no Netflix.
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• As reuniões de família são ótimas oportunidades semanais para
vínculo, escuta, combinados e ensinar habilidades de vida. É
importante que esse espaço não seja utilizado como um momento
de sermões ou controle parental, mas como uma oportunidade de
buscar soluções em conjunto para os desafios ou problemas que
surgem no dia a dia da família.
Espero que essas dicas tenham sido válidas para iniciar uma
transformação em sua família. Na missão de educar e formar os
filhos, muitos erros ocorrerão, e você aprenderá a focar em soluções,
e crescer com cada um deles. O segredo está no amor. Sempre que
estiver em dúvida de como agir, conecte-se com esse sentimento e
se coloque no lugar da criança, pense em como você gostaria de
ser orientado a uma atitude melhor. Se precisar, não hesite em
procurar um psicólogo(a), estamos à disposição para lhe auxiliar
nesse caminho da educação/treino parental.
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CAROLINA HUGUETT BATISTA
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Como Apoiar uma Criança com TDAH em
Tempos de Isolamento Social
Graça Medeiros
Abordagem diagnóstica
Abordagem e tratamento
• Brinquedos lúdicos;
• Jogos de cartas;
• Pega varetas;
• Jogo de botão;
• Jogo de tabuleiro;
• Quebra-cabeça;
• Jogo da memória;
• Brinquedos com material reciclável;
• Pintura com tinta guache;
• Estátua;
• Adivinhação, entre outras.
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Como interagir com as crianças
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A autoestima é um pilar de desenvolvimento para o
autoconhecimento, autoconfiança e empoderamento. A família e os
profissionais da saúde podem exercer um papel essencial nesse
sentido, porém, o psicólogo pode dar um suporte de extrema
relevância nesse processo, além disso, é importante não cobrar
resultados, mas sim, desempenho.
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Considerações Sobre a Depressão
Infantil
Mirian Rodrigues
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A depressão é uma doença que engloba vários fatores, como
biológico, social, comportamental, entre outros. Os estudiosos do
tema apontam três categorias para a depressão: hereditária ou
endógena, reativa e secundária. A hereditariedade diz da carga
genética carregada pelo indivíduo, ou seja, filhos, netos e bisnetos de
pessoas que apresentam determinadas doenças, entre elas a
depressão, têm maior probabilidade de desenvolver essas doenças.
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Estamos inseridos em um mundo cada vez mais competitivo, no
qual as exigências e cobranças são cada vez mais acirradas. As
crianças são expostas a uma infinidade de atividades e afazeres,
cada vez mais cedo, e exige-se que tenham ótimo desempenho e
cheguem o mais próximo da "perfeição". Aliado a isso, as
necessidades e ritmo da vida moderna torna o contato entre pais e
filhos cada vez mais escasso.
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O processo psicoterápico é muito importante para o tratamento, e o
seu sucesso dependerá muito do engajamento da família. Para que
esse processo seja bem-sucedido, é preciso que se desenvolva uma
relação de confiança e transparência entre o profissional, a família e
a criança. As três partes necessitam estar engajadas, a falta de
compromisso de qualquer das partes, compromete o tratamento.
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MIRIAN RODRIGUES DA SILVA
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Cuidados com Nossas Crianças Dentro
do Espectro Autista Em Tempos de
Isolamento Social
Fabiana Rocha
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.
• Dificuldades em compreender intenções pensamentos ou
comportamentos de outras pessoas ou de se colocar no lugar delas,
não conseguem ter diálogos.
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• Mesmo que pareçam passos pequenos, o importante é a
interação, o tempo de concentração e principalmente o reforço dos
laços afetivos durante a brincadeira.
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FABIANA ROCHA
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Estratégias para Lidar com a Ansiedade
das Crianças Em Tempos de
Isolamento Social
Dalva Alves
1) Organização familiar
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2) Momento de escuta
3) Culinária
4) Jogos
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Nesse caso, os pais precisam de paciência e perseverança, pois
nem sempre a criança vai expressar o que realmente está sentindo
através de palavras. O desenvolvimento emocional das crianças
depende muito do equilíbrio emocional dos pais.
5) Relaxamento
Um convite para relaxar. Deite no chão junto com a criança e peça a
ela que pense em um momento em que ela se sente tranquila e
relaxada. Pergunte como ela se sente, o que imagina, como fica seu
corpo quando está tranquila. Depois faz o exercício de inspirar e
expirar, devagar, para que ela sinta o ar entrando e saindo. Pode
colocar um ursinho de pelúcia no seu abdômen para que fique mais
descontraído e ela perceba o movimento da respiração.
6) Histórias
Eu amo histórias! Não poderia deixá-las de fora nesse momento. A
história pode ser lida ou inventada, o importante é fazer desse
momento um encontro com as emoções, e se possível, conversar,
ouvir o que a criança tem a dizer, ou simplesmente não falar nada.
Às vezes a criança adormece ouvindo a história. É importante que a
história esteja de acordo com a idade, para que se torne
interessante.
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7) Filmes
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- O uso da tecnologia, sempre na presença de um adulto e de
forma dosada, para que nossos pequenos mantenham a sua rede
de amizades. Partilha de atividades para que sejam coloridas e
mostradas entre os amigos, além de contar histórias online, são
excelentes formas de interação. Caso a criança já saiba ler, ela
mesma pode contar as histórias aos amigos.
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- Regularidade no horário do sono, tanto ao dormir como ao
acordar. O sono tem papel fundamental no sistema imunológico e
na regulação emocional. Alterações do sono podem predispor
distúrbios do sono, com consequências para a saúde mental (tanto
precipitando como perpetuando a ansiedade, a depressão e o
estresse) e para a saúde fisiológica. Para uma higiene do sono, se
mostra primordial evitar psicoestimulantes (cafeína, chocolate e
chás), procurar consumir refeições leves/de fácil digestão, diminuir
as luzes, evitar uso de eletrônicos para desacelerar (2 horas antes
do sono), além de dormir no escuro total.
Graça Gomes
Por outro lado, o que poderá fazer todo mundo junto na mesma
casa, pais e filhos, para que esse tempo não traga só emoções
desagradáveis e aborrecimentos, mas seja um momento de grande
aprendizado para as crianças, promovendo a integração familiar?
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A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) oferece algumas
ferramentas de grande utilidade para que pais e cuidadores,
quando bem orientados, possam ensinar as crianças a manejar
suas emoções, e também expressar sua criatividade. Essa
abordagem da psicologia se baseia em dois princípios centrais:
• As nossas cognições (pensamentos e imagens mentais) têm
uma influência controladora sobre as nossas emoções e nossos
comportamentos;
O que é storytelling?
Este termo da língua inglesa significa, em tradução literal, “contação
de histórias”, ou “a arte de contar histórias”, como ficou conhecido
ente nós.
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O que são metáforas?
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É também possível utilizarmos as metáforas para explicar, de modo
figurativo, algo abstrato, trazendo-o de forma mais perceptiva para
o mundo concreto. Assim, é possível explicarmos para as crianças
várias coisas, desde seus sentimentos e emoções, até o que é o
coronavírus e uma pandemia, utilizando elementos de seu mundo
emocional e/ou cognitivo.
Isto posto, encerramos este capítulo com o convite especial aos pais
e cuidadores: peguem papéis, canetinhas, cartolina e lápis de cor e
reúnam-se com suas crianças para construírem suas histórias com
seus lindos personagens. Crianças gostam e se identificam tanto
com figuras humanas quanto com animais e plantas. Conversem
com as crianças e as acolham por meio de histórias. Criem
referências positivas, de otimismo e esperança. E também permitam
que elas contem suas próprias histórias, acolhendo seus
sentimentos e emoções.
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MARIA DA GRAÇA HARRAYS GOMES
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