Tipos de Zoneamento
Tipos de Zoneamento
Tipos de Zoneamento
Universidade Rovuma
Campus de Nacala-Porto
Maio, 2020
Graus da Filomena Paulino Duarte
Universidade Rovuma
Campus de Nacala-Porto
Maio, 2020
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ÍNDICE
Introdução....................................................................................................................................3
1. Definição do Zoneamento.....................................................................................................4
2. Tipos de zoneamento................................................................................................................4
3. Objectivos do zoneamento.......................................................................................................7
4. Princípio do zoneamento......................................................................................................8
Conclusão......................................................................................................................................13
Referências bibliográficas.............................................................................................................14
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Introdução
Presente trabalho tem como finalidade a abordagem do conceito zoneamento e avaliação das
terras, em torna da disciplina de Planificação regional de terra e uso. A partir desta análise pôde-
se definir o conceito de zoneamento, tipos de zoneamento, princípios e objectivos. E descrer a
avaliação das terras em torno da cartografia.
Por outro lado, O uso racional dos recursos naturais se constitui em um dos actuais desafios da
sociedade contemporânea, em decorrência dos impactos causados aos mesmos pelas atividades
antrópicas. Assim as actividades agropecuárias podem contribuir em diversas modificações
nocivas às características morfológicas, físicas e químicas dos solos.
A avaliação das terras objectiva orientar o uso mais adequado das terras pela identificação de
suas limitações e o modo que tais limitações restringem a aptidão/capacidade de uso, resultando
no diagnóstico sobre a melhor forma de utilizá-la, inclusive com indicação de práticas agrícolas
recomendadas para o seu melhoramento.
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1. Definição do Zoneamento
O Zoneamento é o instrumento técnico de gestão urbana que contém o conjunto de normas
técnicas urbanas para a regulamentação do uso e ocupação do solo, com base nos objetivos de
desenvolvimento sustentável e na capacidade de suporte do solo, para localizar atividades com
fins sociais. E econômicos, tais como moradia, recreação, proteção e equipamentos; bem como
produção industrial, comércio, transporte e comunicações (ANTUNES, 1999).
2. Tipos de zoneamento
Barros (2015) acredita que o Zoneamento Ambiental pode ser entendido como:
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“Um instrumento legal de diagnóstico do uso do território visando
assegurar o desenvolvimento sustentável. Divide a terra em zonas, a
partir dos recursos naturais, da socioeconómica e de marcos jurídicos,
onde são definidas potencialidades econômicas, fragilidades ecológicas e
as tendências de ocupação, incluindo as condições de vida da população.
Essas informações reunidas irão compor cenários com diretrizes para a
tomada de decisões e investimentos. O zoneamento ambiental lembra
bastante o Plano Diretor dos municípios, só que em grande escala e, mais
voltado para os aspectos ambientais”.
As zonas industriais induzidas são aquelas cuja localização é feita em razão de um planejamento
econômico resultante de determinada política de governo
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2.2.3. Zona de uso predominantemente industrial
As zonas de uso predominantemente industrial são zonas destinadas, principalmente à instalação
de indústrias cujos processos, submetidos a métodos adequados de controlo e tratamento de
efluentes, não causam incômodos sensíveis às demais atividades urbanas e nem perturbam o
repouso noturno das populações.
Além disso, devem ser instaladas em áreas que tenham capacidade de doptação de uma infracção
estrutura adequada e serviços básicos necessários a seu funcionamento e segurança. Assim, estes
deverão dispor em seu interior de área de proteção ambiental que minimize os efeitos da
poluição, em relação aos outros usos.
a) As regiões críticas que estão exigindo reforma agrária com progressiva eliminação dos
minifúndios e dos latifúndios;
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b) As regiões em estágio mais avançado de desenvolvimento social e econômico, em que
não ocorrem tensões nas estruturas demográficas e agrárias;
c) As regiões já economicamente ocupadas em que predomine economia de subsistência e
cujos lavradores e pecuaristas careçam de assistência adequada;
d) As regiões ainda em fase de ocupação econômica, carentes de programa de
desbravamento, povoamento e colonização de áreas pioneiras.
A lei do Estatuto da Terra determina algumas circunstâncias que devem ser levadas em
consideração para a caracterização das áreas prioritárias, quais sejam:
a) Posição geográfica das áreas, em relação aos centros econômicos de várias ordens,
existências no País;
b) O grau de intensidade de ocorrência de áreas em imóveis rurais acima de mil hectares e
abaixo de cinquenta hectares;
c) O número médio de hectares por pessoa ocupada;
d) As populações rurais, seu incremento anual e a densidade específica da população
agrícola;
e) A relação entre o número de proprietários e o número de rendeiros, parceiros e
assalariados em cada área.
3. Objectivos do zoneamento
O zoneamento foi utilizado pela primeira vez na Alemanha, mas foi nos Estados Unidos que ele
ganhou força, a partir do início do século XX (LEUNG, 2002). Alguns de seus principais
objetivos são:
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Minimização dos conflitos entre usos e actividades;
Controle do tráfego;
O autor ainda coloca que o zoneamento é um procedimento urbanístico que tem por objetivo
regular o uso da propriedade do solo e dos edifícios em áreas homogêneas no interesse coletivo
do bem-estar da população. [...]. Não é modo de excluir uma atividade indesejável,
descarregando-a nos Municípios vizinhos. Não é meio de segregação racial ou social. Não terá
por objetivo satisfazer interesses particulares, nem de determinados grupos. Não será um sistema
para realizar discriminação de qualquer tipo. Para ser legítimo, há de ter objetivos públicos,
voltados para a realização da qualidade de vida das populações (SILVA, 1981, p. 293).
4. Princípio do zoneamento
Princípios Descrição
Participativo Os actores sociais devem intervir durante as
diversas fases dos trabalhos, desde a concepção
até a gestão, com vistas à construção de seus
interesses próprios e coletivos. Para que o
zoneamento ambiental seja autêntico, legítimo
e realizável.
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gerações.
Holístico Abordagem interdisciplinar para a integração
de factores e processos, considerando a
estrutura e a dinâmica ambiental e econômica,
bem como os factores histórico-evolutivos do
patrimônio biológico e natural.
Sistêmico Visão sistêmica que propicie a análise de causa
e efeito, permitindo estabelecer as relações de
interdependência entre os subsistemas físico-
biótico e socioeconómico.
Fonte: Ministério do meio ambiente (MMA, 2011).
De acordo com a (FAO, 1993), Terra é uma área delineável da superfície terrestre, que abrange
todos os atributos da biosfera imediatamente acima ou abaixo desta superfície, incluindo aqueles
atributos climáticos próximos à superfície, o solo e as formas de relevo, a hidrologia superficial,
capas sedimentares subsuperficiais e as reservas de água subterrâneas associadas às mesmas, as
populações de plantas e animais, os padrões de povoamento humano e os resultados físicos da
atividade humana passada e presente. A terra inclui, no entanto o meio físico e aspetos cíclicos
que atuam verticalmente acima e abaixo da superfície, bem como as atividades humanas.
O conceito da terra é mais amplo que o do solo, daí que a avaliação da terra não pode ser isolada
dos outros aspectos do meio físico; requer uma visão integradora mais ampla também inclui no
conceito os recursos naturais; os solos, os minérios, o clima, a água, biota e a atividade humana
que compõem a terra (SANTOS, 2004). Esses componentes estão organizados em ecossistemas
que oferecem uma grande variedade de serviços essenciais para a manutenção da integridade dos
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sistemas que sustentam a vida e a capacidade produtiva do meio ambiente. As maneiras como
são usados os recursos da terra beneficiam-se de todas essas características.
Assim a avaliação das terras é dependente de dados sobre os recursos naturais, técnicos e
socioeconômicos da região em estudo (RAMALHO FILHO; PEREIRA,1999).
A maioria dos sistemas de avaliação da aptidão das terras foram desenvolvidos nas décadas de
1960-1970, sendo o sistema americano “Land Capability Classification ” (KLINGEBIEL;
MONTGOMERY, 1961) e o “Sistema FAO de Avaliação das Terras” (FAO,1976) os mais
utilizados e a partir dos quais derivaram outras proposições.
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melhoramento do solo (calagens, adubação, etc.). As subclasses explicitam melhor as práticas de
conservação e/ou de melhoramento.
Desta forma, as terras das bacias hidrográficas dos córregos Bacuri, Sucuri e Macumã foram
enquadradas nas seguintes classes:
As limitações de uso das terras são de três naturezas: limitações pela erosão e/ou risco de erosão
(e), limitações relativas ao solo (s), referidas ao potencial nutricional e limitações relativas à má
drenagem do solo (a).
Grupo A: Terras possíveis de utilização com culturas anuais, perenes, pastagens e/ou
reflorestamento e vida silvestre (comporta as classes de capacidade de uso I a IV)
Grupo B: Terras impróprias para cultivos intensivos, mas ainda adaptadas para pastagens e/ou
reflorestamento e/ou vida silvestre (compreende as classes V, VI e VII).
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Grupo C: Terras não adequadas para cultivos anuais, perenes, pastagens ou reflorestamento.
Apropriadas para proteção da flora e fauna silvestre, recreação ou armazenamento de água
(Compreende a classe VIII de capacidade de uso).
Pressupõe práticas que refletem baixo nível de tecnologia. Caracteriza-se por pouca aplicação de
capital para melhorar as condições naturais da terra e práticas agrícolas que dependem
primordialmente do trabalho manual, ou tração animal com implementos agrícolas simples.
Nível de manejo B
Nível de manejo C
Em virtude do sistema de classificação para a Capacidade de uso, não mostrar de uma forma
clara os níveis de manejo, ou melhor, por estar implícitos os níveis de manejo, neste trabalho
será aplicado os sistemas de manejos definidos por RAMALHO FILHO & BEEK (1995) no
sistema de aptidão agrícola das terras. Esta adoção deve-se ao facto de na área de estudo ser
dominado pelo setor familiar, aliado a uma demanda enorme dos produtores privados em
particular no setor pecuário. Concorrendo desta forma para todos os níveis de manejo
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Conclusão
Em suma, percebemos que o Zoneamento está presente em muitos dos espaços que ocupamos.
Desde o centro financeiro ou zona industrial onde você trabalha, até a área residencial onde você
mora.
Sendo assim, um plano de zoneamento mal elaborado ou não posto em prática pode acarretar
prejuízos além dos estéticos, como mencionado anteriormente no centro histórico de Salvador.
Outros danos como a sobrecarga de vias públicas e dos sistemas de recolhimento de esgoto
também são observados.
Cabe destacar ainda que quem constrói em desacordo ao previsto no zoneamento urbano, de
forma irregular, fica sujeito a embargo de obra e multas.
Por fim, uma revisão periódica e participativa das leis de zoneamento pertinentes a cada
município, possibilita a adequação do instrumento legal as novas necessidades da comunidade e
do Estado.
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Referências bibliográficas
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. 3. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 1999.
Pág. 127.
SILVA, José Afonso Da. Direito Ambiental Constitucional. 6. Ed. São Paulo: Malheiros,
2007.
FAO - FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS.
Water and sustainable agricultural development. Rome: FAO, 1990. 48p.
RAMALHO FILHO, A.; BEEK; K.J. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das
terras. Rio de Janeiro: Embrapa- CNPS, 1995. 65p.
ARAÚJO NETO, Mário Diniz de. Zoneamento Ecológico-Econômico no Brasil: dez anos
em perspectiva. Brasília: [s.n.], 2000.
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