Caracterizacao de Reservatorios Petrolif
Caracterizacao de Reservatorios Petrolif
Caracterizacao de Reservatorios Petrolif
Júri
Presidente: Prof. Doutor Amilcar Oliveira Soares
Novembro 2011
AGRADECIMENTOS
Os meus agradecimentos são dirigidos a minha mãe pela paciência, dedicação, amor e esperança
sempre depositada em mim, aos meus familiares e amigos, e a todas as pessoas que fizeram
possível este trabalho científico. Em particular, o professor José Costa e Silva, pela orientação
prestada, ao Engenheiro Hugo Caetano pela co – orientação e paciência durante as sessões de
discussão e esclarecimento de dúvidas, ao professor Amílcar Soares pela co orientação e
monitorização do trabalho, ao pessoal do CMRP- Centro de modelização de reservatórios
petrolíferos, Júlio e Pedro, pela ajuda e amizade e por último agradeço a todas as pessoas que de
forma directa ou indirecta contribuíram para a concretização deste trabalho científico.
II
RESUMO
PALAVRAS - CHAVE
Reservatório petrolífero
Porosidade
Permeabilidade
Incerteza
III
ABSTRACT
The reservoir simulation in the oil industry has become the standard for the solution of engineering
problems of reservoirs. There have been several developed simulators and recovery processes are
being developed for new oil recovery processes. The reservoir simulation is the art of combining
physics, mathematics, reservoir engineering, and computer programming to develop a tool to predict
the performance of hydrocarbon reservoirs in various operations strategies.
Therefore, modeling systems or oil reservoirs have a great importance on the development and
implementation of mathematical and stochastic models for the characterization of petroleum
reservoirs. It consists in building a computer model of an oil reservoir for the purpose of improving the
estimation of reserves and making decisions about the development of the field. They are called
mathematical and geostatistical models and their main purpose is to characterize petroleum reservoirs
worldwide. That is, through computerized images of the deposits, it is possible to have an accurate
picture of the field permeability, porosity and the amount of existing oil. These models, which reflect
not only the knowledge of the internal characteristics of the reservoir (porosity, permeability, fracture
systems and faults, contact oil / water) but the uncertainty associated with them.
This work consists at the study of reservoir characterization and quantification of uncertainties of an oil
field, through the analysis of two methodologies to be applied in a practical case study.
KEYWORDS
Petroleum reservoir
Porosity
Permeability
Uncertainty
IV
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 1
I.1.Objectivos ............................................................................................................................. 2
I.2. Área de estudo ................................................................................................................... 3
I.2.1. A bacia potiguar .......................................................................................................... 3
I.2.2. Localização do campo em estudo............................................................................ 4
I.2.3. Estratigrafia.................................................................................................................. 5
I.3. Método de trabalho ............................................................................................................ 6
II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 8
II.1. O petróleo (Geração do petróleo)................................................................................... 8
II.1.1. A migração do petróleo ............................................................................................. 9
II.2. A rocha reservatório ......................................................................................................... 9
II.2.1. Importância das armadilhas na acumulação de petróleo .................................. 10
II.2.2. Estudos de reservatórios ........................................................................................ 11
II.2.3. A caracterização do reservatório........................................................................... 11
II.2.4. Criação do modelo geológico ou estático ............................................................ 12
III. CONCEITOS GEOESTATISTICOS .................................................................................... 13
III.1. Análise exploratória de dados ...................................................................................... 13
III.1.1. Análise das relações entre variáveis ................................................................... 14
III.1.1.1. Analise univariada ........................................................................................... 14
III.1.1.2. Análise Bivariada ............................................................................................. 15
III.2. Continuidade espacial (Variografia) ............................................................................ 17
III.3. Krigagem ......................................................................................................................... 18
III.3.1. Krigagem simples com médias locais ................................................................. 18
III.3.2. Krigagem simples com deriva externa e média global m ................................. 18
III.4. Simulação estocástica................................................................................................... 18
III.4.1. Simulação sequencial ............................................................................................ 20
III.4.2. Simulação e Co-simulação Sequencial Directa (SSD e CO-SSD) ................. 20
III.5. Incerteza espacial .......................................................................................................... 22
IV. RESULTADOS E ANÁLISES ............................................................................................... 22
IV.1. Noções das variáveis em estudo ............................................................................... 22
IV.1.1. Cubo de impedâncias acústicas .......................................................................... 22
V
IV.1.1.1. Identificação de geobodies conectados ...................................................... 26
IV.1.2. Impedância acústica .............................................................................................. 26
IV.1.3. Porosidade (porosidade efectiva) ........................................................................ 28
IV.1.4. Permeabilidade (K) ................................................................................................ 29
IV.2. Analise univariada ............................................................................................................. 31
IV.2.1. Impedância acústica .............................................................................................. 31
IV.2.2. Permeabilidade ....................................................................................................... 32
IV.2.3. Porosidade .............................................................................................................. 32
IV.2.4. Cubo de impedâncias acústicas .......................................................................... 33
IV.3. Analise Bivariada ................................................................................................................ 33
IV.3.1. Scatterplot ............................................................................................................... 33
IV.3.2. Identificação de valores anómalos ...................................................................... 35
IV.3.3. Polígono de influência das correlações .............................................................. 35
IV.4. Continuidade espacial (Variografia) ............................................................................... 39
IV.4.1. Variogramas experimentais .................................................................................. 40
IV.4.1.1. Impedância acústica ....................................................................................... 40
IV.4.1.2. Permeabilidade ............................................................................................... 40
IV.4.1.3. Porosidade ....................................................................................................... 40
IV.4.1.4. Cubo de impedâncias acústicas ................................................................... 41
IV.4.2. Variogramas ajustados .......................................................................................... 41
IV.4.2.1. Impedância acústica ....................................................................................... 41
IV.4.2.2. Permeabilidade ............................................................................................... 42
IV.4.2.3. Porosidade ....................................................................................................... 43
IV.4.2.4. Cubo de impedâncias acústicas ................................................................... 43
IV.5. Simulações ........................................................................................................................ 44
IV.5.1. Simulação sequencial Directa .............................................................................. 45
IV.5.1.1. Permeabilidade ............................................................................................... 45
IV.5.1.2. Porosidade ....................................................................................................... 47
IV.5.2. Co-simulação sequencial directa ......................................................................... 49
IV.5.2.1. Permeabilidade ............................................................................................... 49
IV.5.2.2. Porosidade ....................................................................................................... 51
IV.6. Quantificação da incerteza (Médias e Variâncias) ........................................................ 53
IV.6.1. Médias...................................................................................................................... 53
IV.6.1.1. Médias das DSS de permeabilidade (MÉTODO 1) ................................... 53
VI
IV.6.1.2. Média das CODSS de permeabilidade (MÉTODO 2) ............................... 55
IV.6.1.3. Média da DSS de porosidade (MÉTODO 1)............................................... 57
IV.6.1.4. Média da CODSS de Porosidade (MÉTODO 2) ........................................ 59
IV.6.2. Variâncias ................................................................................................................ 61
IV.6.2.1. Variância das DSS de permeabilidade ........................................................ 61
IV.6.2.2. Variância das CODSS de permeabilidade .................................................. 63
IV.6.2.3. Variância das DSS de porosidade ............................................................... 65
IV.6.2.4. Variância das CODSS de porosidade ......................................................... 67
V. ANÁLISE CONCLUSIVA ........................................................................................................... 69
VI. BIBLIOGRÁFIA............................................................................................................................ 70
VII. ANEXOS ...................................................................................................................................... 72
VII.1. Anexo I: Análise univariada .................................................................................... 72
VII.2. Anexo II: Análise bivariada ..................................................................................... 74
VII.3. Anexo III: Variografia (Análise da continuidade espacial) .................................. 75
VII.4. Anexo IV: Resultados estatísticos de cada um dos 10 poços........................... 80
VII
ÍNDICE DE FIGURAS
VIII
Figura 37 -Variogramas ajustados de permeabilidade ................................................................. 42
Figura 38 - Variogramas ajustados de porosidade ....................................................................... 43
Figura 39 - Variogramas ajustados do cubo de impedâncias acústicas.................................... 43
Figura 40 - Orientação das imagens de simulação....................................................................... 44
Figura 41 - 1º Simulação da permeabilidade e respectivos histogramas.................................. 45
Figura 42 - Histograma original da permeabilidade ...................................................................... 46
Figura 43 - Histograma da simulação da DSS da permeabilidade ............................................. 46
Figura 44 – Variogramas da 1º simulação da permeabilidade .................................................... 46
Figura 45 - 1º Simulação da DSS da porosidade .......................................................................... 47
Figura 46 - Histograma dos dados originais da porosidade ........................................................ 48
Figura 47 - Histograma da 1º simulação da DSS da porosidade ............................................... 48
Figura 48 – Variogramas das DSS da porosidade ........................................................................ 48
Figura 49 - 1º Co-simulação da permeabilidade ........................................................................... 49
Figura 50 - Histograma dos dados originais da permeabilidade ................................................. 50
Figura 51 - Histograma da 1º CoSSD da permeabilidade ........................................................... 50
Figura 52 – Variogramas das simulações da CoDSS da permeabilidade................................. 50
Figura 53 - 1º Co-simulação da porosidade ................................................................................... 51
Figura 54 - Histograma dos dados originais da porosidade ........................................................ 52
Figura 55 - Histograma da 1º CoSSD da porosidade ................................................................... 52
Figura 56 – Variogramas da CoDSS da porosidade ..................................................................... 52
Figura 57 - Média das 30 simulações da permeabilidade............................................................ 53
Figura 58 - Histograma dos dados originais da permeabilidade ................................................. 54
Figura 59 - Histograma da média das 30 SSD da permeabilidade ............................................. 54
Figura 60 - Média das 30 Co - simulações da permeabilidade ................................................... 55
Figura 61 - Histograma dos dados originais da permeabilidade ................................................. 56
Figura 62 - Histograma da média das 30 CoSSD da permeabilidade ....................................... 56
Figura 63 - Média das 30 simulações da porosidade ................................................................... 57
Figura 64 - Histograma dos dados originais da porosidade ........................................................ 58
Figura 65 - Histograma da média das 30 SSD da porosidade .................................................... 58
Figura 66 - Média das 30 Co-simulações da porosidade ............................................................. 59
Figura 67 - Histograma dos dados originais da porosidade ........................................................ 60
Figura 68 - Histograma da média das 30 CoSSD da porosidade ............................................... 60
Figura 69 - Variância das 30 simulações da permeabilidade ...................................................... 61
Figura 70 - Histograma dos dados originais da permeabilidade ................................................. 62
Figura 71 - Histograma da variância das 30 SSD da permeabilidade ....................................... 62
Figura 72 - Variância das 30 Co-simulações da permeabilidade ............................................... 63
Figura 73 - Histograma dos dados originais da permeabilidade ................................................. 64
Figura 74 - Histograma da variância das 30 CoSSD da permeabilidade .................................. 64
Figura 75 - Variância das 30 simulações da porosidade ............................................................. 65
Figura 76 - Histograma dos dados originais da porosidade ........................................................ 66
Figura 77 - Histograma da variância das 30 SSD da porosidade ............................................... 66
Figura 78 - Variância das 30 Co-simulações da porosidade ....................................................... 67
Figura 79 - Histograma dos dados originais da porosidade ........................................................ 68
Figura 80 - Histograma da variância das 30 CoSSD da porosidade .......................................... 68
IX
ÍNDICE DE TABELAS
X
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
XI
I. INTRODUÇÃO
O petróleo usualmente é considerado como uma fonte de energia não renovável, essencialmente
formado a partir de fosseis e tem larga utilidade como matéria-prima na indústria petrolífera e
petroquímica. O petróleo pode ser encontrado nos poros das rochas, rochas estas que recebem a
denominação de rochas reservatório. A permeabilidade e a porosidade são duas características que
precisa estar sempre presentes na rocha que contenha petróleo, de tal forma que quanto mais porosa
e mais permeável for esta rocha melhor será o reservatório.
A pesquisa do petróleo constitui uma actividade muito dispendiosa e normalmente está associado a
uma fase complexa de estudos. Os petróleos para além de ser nos dias de hoje a principal fonte de
energia, dele são gerados outros produtos como as benzinas, o óleo diesel, a gasolina, alcatrão,
polímeros plásticos, etc.
Pensasse que será extremamente difícil encontrar um substituto a altura, uma vez que o petróleo
para além de assumir grande importância no sector de transportes, é o maior gerador de energia
eléctrica em muitos países. Para o estudo das reservas petrolíferas, o planeamento de
desenvolvimento de campos petrolíferos e análise dos custos que podem estar envolvidos na
exploração e/ou produção destes campos surge a engenharia de reservatórios. É uma disciplina de
grande importância para o estudo e desenvolvimento da actividade petrolífera, permitindo o
surgimento de novas metodologias para a pesquisa, extracção e produção de petróleo.
Para a caracterização de reservatórios é necessário que seja feita a distribuição quantitativa das
propriedades do mesmo e revelar as incertezas que podem estar associadas ao mesmo de acordo a
sua variabilidade espacial, este processo permitirá prever o comportamento do fluxo no reservatório.
O conjunto de técnicas que permitem esta caracterização são englobadas e estudadas na
geoestistica, esta disciplina permite a incorporação de conceitos geológicos em representações
bidimensionais e tridimensionais, de tal forma que seja possível observar a partir de um modelo
geológico criado a partir do computador, a heterogeneidade dos reservatórios, as suas direcções de
continuidade, etc. A geoestatistica apresenta um conjunto de métodos e ferramentas que podem ser
divididos em: estimação e simulação.
1
quantis e mapas de dispersão. As ferramentas geoestatisticas quando bem aplicadas são muito
importantes e de grande utilidade para a caracterização e modelação de reservatórios petrolíferos.
I.1. Objectivos
Este trabalho tem como objectivo o estudo da caracterização de reservatórios petrolíferos e a análise
comparativa de dois métodos para a caracterização de propriedades petrofisicas de um reservatório
petrolífero. A análise comparativa destes dois métodos têm como alvo foi a bacia potiguar,
especificamente a formação Açu situada no Brasil. E os dois métodos referidos são:
O primeiro método baseia-se na simulação sequencial directa, em que é tido em conta somente a
informação dos poços do referido campo, em que são calculadas as variáveis permeabilidade e
porosidade e a seguir é feita a quantificação de incertezas através do cálculo de médias e variâncias
para as duas variáveis. No segundo método é feita a Co-simulação sequencial directa, em que é
considerada a informação dos poços e a informação do cubo de impedâncias acústicas como
imagem secundária. São calculadas igualmente duas variáveis, permeabilidade e porosidade, é feito
o cálculo de médias e variâncias e no final são comparadas as médias e variâncias de cada método
para ambas as variáveis de forma a decidir qual dos dois métodos é o melhor estimador para a
quantificação da incerteza do campo petrolífero em questão. Segue-se abaixo um esquema
simplificado dos procedimentos tidos em conta para a análise comparativa dos dois métodos acima
mencionados
2
I.2. Área de estudo
3
I.2.2. Localização do campo em estudo
O campo em estudo está inserido na borda sul da Bacia Potiguar, perfazendo aproximadamente
2
25km , limitado pelas latitudes 5º33’6,10” e 5º35’29,59” S longitudes 37º04’54,15” e 37º02’32,38” W,
localizando-se a cerca de 15km da cidade de Açu. Na figura 3 é indicado o posicionamento
geográfico do campo estudado.
4
I.2.3. Estratigrafia
A Formação Açu, conforme indicada na figura 4, é representada por uma sequência de rochas
siliciclásticas variando desde conglomerados a argilitos, constituindo a porção continental da
Sequência Transgressiva Albo-Cenomaniana. Ela é constituída por sedimentos siliciclásticos, com
predominância de arenitos e lamitos, que formam uma sequência estratigráfica da ordem de centenas
de metros de espessura, com padrão de granodecrescência ascendente (Bertani et al., 1990). Esta
formação possui, em média, uma faixa aflorante de 15km de largura, ao longo da borda da bacia,
recobrindo o embasamento cristalino com espessura de até 200m. Porém, na região submersa da
bacia, sua espessura atinge cerca de 1000 m.
5
Nesta unidade litoestratigráfica encontram-se os principais reservatórios de hidrocarbonetos da Bacia
Potiguar, e constitui um importante aquífero da região Nordeste. O preenchimento sedimentar desta
bacia está intimamente relacionado com as diferentes fases de sua evolução tectónica.
Capitulo 1
Capitulo 2
É feita uma abordagem geral dos fundamentos teóricos, relativamente ao petróleo, aos reservatórios
petrolíferos e as ferramentas utilizadas para a sua caracterização.
Capitulo 3
É feita uma abordagem aos conceitos geoestatísticos básicos e utilizados ao longo do trabalho para o
estudo do campo petrolífero em questão.
Capitulo 4
É feita a caracterização dos dados e são mostrados os resultados do estudo geoestatístico, tal como
é feita a análise dos mesmos de acordo aos conceitos geoestatísticos definidos no capítulo 3.
Capitulo 5
É feita a análise conclusiva relativamente aos estudos geoestatísticos, aos métodos estudados e
simulados e a caracterização de reservatórios.
Uma síntese sobre o método de trabalho utilizado é descrita a seguir e apresentado na figura 5.
Porém, quando se fizer necessário, maiores detalhes sobre os métodos empregados serão
abordados no decorrer do relatório.
6
Figura 5 - Organograma das principais fases de trabalho
7
II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O petróleo geologicamente pode ser descrito como é uma mistura natural natural formada
principalmente por hidrocarbonetos, quer se encontrem no estado sólido, liquido ou gasoso à
temperatura e pressão adequadas a geração do mesmo.
A sua composição química passa essencialmente pelos seguintes elementos: carbono (80 a 90% em
peso), hidrogénio (10 a 15%), enxofre (até 5%), oxigénio (até 4%), nitrogénio (até 2%) e alguns
vestígios de outros elementos tais como níquel, vanádio (Tissot & Welte, 1984).
As rochas clásticas finas (xistos betuminosos) e carbonatos (calcários e margas betuminosas), são
normalmente as rochas mais ricas em querogénio e recebem a designação de rocha – mãe, ou
rochas geradoras de petróleo porque é nestas que ocorrerá a geração deste.
Estas rochas devem conter carbono orgânico em proporções compreendidas entre 0,5 a 1%, isto sob
a forma de querogénio, podendo atingir mais de 10% para as rochas – mãe mais ricas
(Chapman,1973).
8
particularmente caracterizado pela geração de gás e o tipo II é fruto da combinação dos outros dois,
que tanto pode gerar óleo como gás.
Por migração entende-se o caminho que o petróleo percorre desde a rocha geradora até ao local
onde será acumulado, local este que precisa ser altamente poroso e permeável e conter uma rocha
selante que impeça o seu deslocamento. São distinguidos três tipos de migração, citam-se:
Migração primária: É definida como a expulsão do petróleo da rocha geradora. Ela é resultado da
compactação ou microfracturação dos poros da rocha geradora.
Migração secundária: É entendido como o deslocamento ao longo de uma rocha porosa e permeavel,
até que seja interceptado por uma armadilha geológica e nela permanecer contido.
Migração tercearia: Ocorre quando a não contenção do petróleo em sua migração, permite o seu
percurso contínuo em buscas de zonas de menor pressão até se perder através de exsudações,
oxidação e degradação bacteriana na superfície.
Uma rocha reservatório é uma rocha caracterizada por ter elevada porosidade e permeabilidade e
que permite conter grande quantidade de hidrocarbonetos. Normalmente a rocha em que o petróleo é
gerado não contem estas características, de tal forma que ele desloca-se para uma rocha que para
além de apresentar estas propriedades, encontra-se coberta por uma rocha que impede a seu
deslocamento, esta rocha é denominada rocha selante, rocha de cobertura ou cap rock e a sua
plásticidade permite-lhe manter a sua propriedade selante mesmo quando submetida a fortes
deformações. A Combinação resultante da associação desta rocha de cobertura a rochas porosas e
permeáveis é de fundamental importância para a existência de reservatórios petrolíferos.
Normalmente altas porosidades estão associadas a altas permeabilidades, mas pode acontecer que
uma rocha porosa não seja igualmente permeável porque em alguns tipos de rochas os poros não se
encontram em comunicação. As argilas são exemplo de rochas com elevada porosidade e
permeabilidade. Os arenitos e os calcários são os principais tipos de rochas que normalmente
fornecem bons reservatórios.
9
Na figura 6 é mostrado um esquema que sintetiza o processo de geração e migração do petróleo, a
sua deslocação desde a rocha geradora até a rocha reservatório, assim como a presença e função
que a rocha selante desempenha na formação da rocha reservatório.
Figura 7 - Armadilhas estruturais formadas pela deformação da rocha; dobras (no lado esquerdo e
falhas no lado direito)
10
Figura 8 - Exemplo de armadilhas estratigráficas
11
- Análise exploratória de dados
- Krigagem
- Simulação estocástica
- Acesso a incerteza
A geoestatistica assume uma enorme importância neste processo de caracterização, pois fornece as
ferramentas e métodos que permitem a criação de modelos computacionais do reservatório e a
realização de cada uma destas etapas, em que é sempre feita a associação da geoestatistica aos
conceitos geológicos, para uma análise mais abrangente e resultados mais críticos.
A criação do modelo geológico ou estático surge com o objectivo de visualizar num modelo as
propriedades do reservatório. Resultado da associação entre a informação sísmica disponível, as
ferramentas geoestatisticas e aos estudos geológicos, este modelo reflecte a arquitectura do
reservatório. Na figura 9 são mostradas as etapas envolvidas no processo de aquisição de um
modelo geológico, em que de forma breve e resumida é realçado que depois de gerados os mapas
bidimensionais com auxilio da informação sísmica, de tal forma que quando a aquisição da
informação sísmica é bem feita é possível obter mapas bidimensionais com muito significado
geológico, é aplicada a geoestatística e é gerado um modelo tridimensional do reservatório ou da
superfície em questão, posteriormente segue-se a distribuição das fáceis no modelo e a seguir a
inserção das propriedades petrofisicas no modelo, continuadamente é feita a discretização do modelo
em blocos de tal forma que as propriedades em questão estejam presentes em cada um destes
blocos, isto para efeito de facilidade de estudo e interpretação das propriedades em referidas zonas
ou profundidades, finalmente segue-se a visualização das propriedades após a simulação, em que
são analisadas as imagens que supostamente reflectem a variabilidade espacial destas propriedades
no reservatório.
12
Figura 9 - Esquema exemplificativo das etapas envolvidas na criação de um modelo geológico
tridimensional para ser usado na simulação dinâmica.
A terceira etapa, denominada Krigagem, tem como base a caracterização da distribuição espacial
dos valores médios das variáveis de interesse. Contudo, na caracterização de reservatórios
petrolíferos, esta etapa é aplicada, somente, a variáveis com grande homogeneidade espacial como
os topos e bases das camadas e o contacto àgua-petróleo. Para a caracterização de variáveis com
acentuada heterogeneidade espacial são utilizadas as metodologias de simulação estocástica.
13
Com a simulação estocástica pretende-se caracterizar a variabilidade e a incerteza espacial. Da
simulação condicional resultam várias realizações diferentes, dependendo do grau de conhecimento
do reservatório e da quantidade de informação disponível. A razão para serem geradas várias
simulações é para permitir um acesso quantitativo ao grau de incerteza do modelo, sendo que a
diferença de uma realização para outra, é a medida da incerteza (Yarus et al., 2006).
Consiste na realização de análises sobre uma única variável: tabelas simples. O objectivo principal
reside em apresentar a característica ou tendência dos dados de uma variável.
Tabulação de variáveis.
Representação gráfica.
Medidas de Tendência Central (Média, Mediana, Moda, Percentis)
Medidas de Dispersão (amplitude, variância, desvio-padrão).
A Média é a medida de tendência central mais largamente utilizada e só pode ser calculada para
variáveis quantitativas. Representa-se usualmente por:
[1]
Onde x1,x2...xn são os n estatísticos de uma variável quantitativa e n é o número total de observações.
A Mediana é o valor tal que no conjunto de dados existem 50% de valores inferiores e 50 % de
valores superiores. É igual ao 2º quartil e é representada por:
Me = Q0.5 [2]
A Moda é o valor que ocorre com maior frequência e utiliza-se para variáveis qualitativas e
quantitativas. Ela é representada por: M0
14
Os quantis são grandezas que permitem uma síntese numérica do andamento das distribuições.
Define-se como quantil de ordem q (Qq) como o valor xq tal F(xq)=q. É habitual referir três tipos de
quantis: quartis, decis e percentis. Os quartis (Q0.25 ,Q0.50 e Q0.75) dividem o intervalo de variação da
variável (amplitude) em quatro partes iguais. Os decis (Q0.1 ,..., Q0.9) dividem o intervalo de variação
da variável em dez partes iguais. Os percentis (Q0.10 ,..., Q0.90) dividem o intervalo de variação da
variável em cem partes iguais (Pereira,1988).
Amplitude
A amplitude de uma dada distribuição é designada como a diferença entre o maior e o menor valores
observados. Ela é dada por:
Variância
A variância é a média do quadrado dos desvios entre os valores observados e a média da variável. É
calculada por meio da seguinte expressão:
[4]
Desvio padrão
[5]
O desvio padrão nunca é negativo; quanto maior for o seu valor, maior é a dispersão dos dados em
relação à média.
15
Efectuar e analisar a representação gráfica: Diagrama de Dispersão.
Analisar o coeficiente de correlação: Coeficiente de Pearson ou Coeficiente de Spearman.
Diagramas de dispersão
É entendido como o tipo de representação utilizado para estudar o comportamento conjunto de duas
variáveis. De entre os diagramas de dispersão citam-se dois tipos de diagramas utilizados ao longo
deste trabalho: Scatterplot e Diagramas - QQ (quantil-quantil).
Scatterplot
É tipo de gráfico ais largamente utilizado e estuda a correlação dos valores de duas variáveis
definidas nas mesmas posições do espaço.
Diagramas – Q Q
Diagrama bidimensional em que os eixos representam cada uma das variáveis e as coordenadas dos
pontos são dados pelos valores quantis.
Diz-se que há dependência estatística entre duas variáveis quando observa-se a existência de uma
certa influência de uma na outra, essa dependência é traduzida num coeficiente de correlação.
A correlação é definida como a teoria que estuda a relação ou dependência entre as duas variáveis
de uma distribuição bidimensional. Se duas variáveis variam no mesmo sentido, afirma-se que há
uma correlação positiva; se variam em sentido contrário, diz-se que a correlação é negativa; se as
variáveis forem independentes diz-se que a correlação é nula (Carvalho et al., 2009).
A correlação é calculada independente da unidade de medida das variáveis. A técnica usada para
calcular este coeficiente, supõe que a associação entre as variáveis seja linear, de tal forma que seja
possível ajustar os valores em torno de uma recta. Se a relação apresentada no diagrama de
dispersão não for do tipo linear, o coeficiente de correlação de Pearson deve ser considerado nulo.
Assim sendo este coeficiente é representado por r e assume valores entre – 1 e + 1. De tal forma que
para:
16
III.2. Continuidade espacial (Variografia)
O variograma é o instrumento utilizado para este fim e cinge-se em que representar quantitativamente
a variação de um fenómeno regionalizado no espaço (Huijbregts, 1975). Estes permitem descrever
quantitativamente a variação espacial das variáveis de interesse.
[8]
em que:
h é o lag distance
Após o cálculo dos vários variogramas experimentais para as diferentes direcções, a etapa seguinte
consiste no ajuste a uma função atenuada conhecida. Nesta etapa pretende conjugar-se todo o
conhecimento pericial e interdisciplinar que se tem do fenómeno, resumido numa só função os seus
padrões de continuidade (Soares, 2006).
17
III.3. Krigagem
A krigagem simples com médias locais assume o conhecimento da média em todos os pontos a
estimar m (x), que é a variável secundária Z2(x), donde o estimador numa localização genérica x u é
dado por:
[6]
A krigagem simples com deriva externa é uma variante da krigagem universal em que a deriva é uma
função linear de uma variável secundária Z2(x), e onde se considera média global conhecida mglobal:
[7]
A simulação, ou a representação por semelhança, serve-se destas assunções e actua sobre o novo
problema, combinando a actualização, modificação e redefinição de objectivos ao longo dos
trabalhos. Deste modo, os modelos de simulação, ao contrário dos de estimação, não fornecem a
imagem mais provável das características de um recurso, mas sim um conjunto de imagens
equiprováveis com a mesma variabilidade espacial dos valores experimentais. Nessas imagens são
reproduzidas a proporção e a continuidade espacial dos diferentes corpos, heterogeneidades e
classes extremas dos histogramas das características em estudo (Soares, 2006).
18
et al., 2000). Quantitativamente, a imagem simulada por um modelo de simulação pretende reproduzir
a variabilidade do fenómeno através de dois estatísticos:
Função de distribuição:
[9]
em que:
1. Para qualquer valor de z, a probabilidade dos valores das amostras ser menor que z é igual
probabilidade dos valores simulados serem menores para o mesmo valor de z:
[10]
em que:
2. Sendo γ(h) o variograma dos valores experimentais e γc(h) o dos valores simulados, então
γ(h)=γc(h);
Para além de ter a mesma variabilidade, a imagem simulada passa pelos mesmos pontos
experimentais, i.e., para qualquer ponto xα, o valor Z(xα) e o valor simulado Zc(x) coincidem (
Z(xα)=Zc(x) ) (condicionamento aos valores experimentais). Isto significa que a influência dos valores
das amostras nos mapas simulados é determinada pela maior ou menor continuidade espacial
denunciada nos modelos de variogramas.
19
III.4.1. Simulação sequencial
[11]
Deste modo, o conjunto de valores Z1,…,Zn com uma lei de distribuição conjunta F(Z1,Z2,Z3,…,Zn)
pode ser obtido através da simulação sequencial das diferentes distribuições condicionais (Soares,
2006).
Os dois métodos de simulação sequencial atrás descritos – SSI e SSG têm uma característica
comum: necessitam ambos da transformação da variável original num conjunto de variáveis indicatriz,
no caso da SSI, e numa variável Gaussiana no caso da SSG. Portanto, esta transformação pode ser
um inconveniente particularmente quando, no primeiro método, o número de variáveis indicatriz,
correspondentes as classes do histograma, é elevado o que torna difícil a estimação dos variogramas
daquelas classes, ou no caso da SSG, quando o histograma é bastante assimétrico, os variogramas
da variável original são dificilmente reproduzidos (Soares, 2006).
A simulação sequencial directa (SSD) é um método de simulação que utiliza a variável original não
carecendo de qualquer transformação, o que é claramente uma vantagem em relação à SSG ou á
SSI para a simulação ou co-simulação de variáveis contínuas (Soares, 2006).
20
A SSD utiliza as médias e variâncias locais para uma re-amostragem da função de distribuição
cumulativa (fdc) original, de modo a construir uma nova função centrada na média local e com
amplitude derivada da variância local, sendo estes parâmetros locais resultados da krigagem simples.
O método utilizado passa por utilizar uma lei de distribuição gaussiana como função auxiliar, mas
importa referir que não é uma transformação dos dados originais para ambiente gaussiano como a
SSG. Para simular uma variável Z(x) em N nós sobre uma área A, a SSD resume-se às seguintes
etapas (Soares, 2001):
-Re-amostrar localmente o histograma de z(x u), utilizando, por exemplo, uma transformação
gaussiana (ϕ) da variável Z(x); cálculo de y(x u)*=ϕ[z(xu)*];
s -1 2
y = G (y(xu)*, σ sk(xu),p);
[12]
s -1 s
- Retorno do valor simulado da variável primária z (xu)= ϕ (y ).
21
III.5. Incerteza espacial
A incerteza pode ser definida como a probabilidade de o valor num dado ponto x 0 exceder ou ser
menor do que um dado valor de corte, ou a probabilidade de o valor local de x0 estar contido entre os
dois quartis (Soares, 2006).
São conhecidos dois tipos de incerteza: local e espacial. Define-se incerteza local como aquela que
contempla um ponto ou área específica (probabilidade individual), tal como citado acima. No entanto,
a geoestatística centra-se na probabilidade de um conjunto de pontos exceder, simultaneamente, um
dado valor limite (probabilidade conjunta). Esta última entende-se por incerteza espacial e resulta do
comportamento simultâneo do conjunto de variáveis, e para a sua determinação usam-se modelos
geoestatísticos de simulação.
Para avaliar a incerteza espacial, i.e., a probabilidade conjunta de vários pontos no espaço
excederem o mesmo valor de corte, são usados os modelos geoestatísticos de simulação, com os
quais se pretende gerar um conjunto de imagens do fenómeno espacial, nas quais os estatísticos de
variabilidade espacial (histograma e variograma ou covariância espacial), quantificados pelas
amostras, são reproduzidos. Estas imagens, com igualdade de representação do fenómeno espacial,
denominam-se imagens equiprováveis (Soares, 2006).
Para a realização deste trabalho foram fornecidos dados de 10 poços no total e do referido cubo de
impedâncias acústicas que serve como informação secundária e complementar para a caracterização
e estudos destes poços. Dentre os dados fornecidos relativamente a informação dos poços constam
as seguintes variáveis:
-Impedância acústica
-Permeabilidade
-Porosidade
A impedância acústica (I) é comummente referida como o quociente da tensão pela velocidade de
propagação das partículas, resultado do produto produto entre a densidade de rocha (ρ) e a
velocidade compressional de propagação da onda (V).
22
deslocamento da amplitude Ar da onda reflectida pelo deslocamento de amplitude da onda incidente
Ai, sendo definida pela equação 11:
[11]
Para a selecção dos poços foi efectuado o registo contínuo dos perfis densidade (RHOB) e sónico
(DT), que são fundamentais para a geração da variável impedância acústica. Esta é o resultado da
multiplicação do inverso dos valores do perfil sónico (Vp) pelos valores de densidade (RHOB) (Mavko
et al., 1998). Como mostra a equação 12:
IA = RHOB × Vp . [12]
Para que fosse possível gerar o cubo de impedâncias acústicas, a geoestatística assumiu um papel
importante na medida em que permitiu a geração do modelo 3D do mesmo. Para a estimação do
valor em um ponto da região foi adoptada a krigagem ordinária.
O método sísmico é muito utilizado em estudos de reservatórios, pois permite gerar mapas de
variáveis que forneçam um significado geológico e que possam ser relacionados com a profundidade
das estruturas e das propriedades petrofısicas que constituem o reservatório.
23
Figura 10 - Visualização do cubo de impedâncias acústicas
Nas figuras abaixo (fig. 13 e fig. 14) podem ser visualizados os poços e a sua distribuição ao longo do
cubo, de tal forma que se pode ter uma ideia sobre a distância entre eles, tendo em conta que a grid
tem as seguintes dimensões (70;56;50) para x, y e z respectivamente.
24
Figura 11 - Visualização e localização dos poços em estudo
25
IV.1.1.1. Identificação de geobodies conectados
Abaixo é mostrada as imagens que mostram os geobodies conectados aos dados de impedância
acústica dos poços do reservatório em estudo.
26
Figura 14 - Visualização da distribuição da impedância nos poços
A partir das imagens acima mostradas, figuras 16 e 17, é possível verificar que os valores de
impedância acústica são mais baixos nos poços 9 e 8, ou seja são os poços que apresentam valores
mais baixos de impedância acústica. Nos restantes poços os valores variam de médios a altos, com
27
predominância de valores na gama de 6558 á 7276. Supõe-se que os poços com valores elevados de
Impedância acústica apresentem valores baixos de porosidade, uma vez que estas duas
propriedades apresentam correlação negativa.
A porosidade é uma medida ou um parâmetro utilizado para descrever os espaços vazios que se
podem encontrar em um material, neste caso, numa rocha. Ela caracteriza a forma como os grãos
que constituem uma determinada rocha podem ou não estar compactados entre si.
28
Figura 17 - Distribuição da porosidade nos poços
Pela observação da distribuição da porosidade nos poços, figuras 18 e 19, pode observar-se que os
poços que apresentavam valores altos de impedância, apresentam valores baixos de porosidade. O
poço 10 salienta-se por apresentar os valores mais baixos da referida propriedade, o que pode
afectar a média do conjunto de poços para a porosidade. Outro poço que talvez mereça alguma
evidência, é poço 7, em que são verificados valores baixos de porosidade ao longo do poço e valores
médios, ou seja, variando numa escala de 0.1519 a 0. 2563
29
Figura 18 - Localização dos poços de porosidade na grid
30
Dos 10 poços apenas 7 poços são de permeabilidade e é de notar que os valores de permeabilidade
são muito baixos para todos eles, estes valores variam no intervalo de 0.000000016 a 180.4. Os
poços 2 e 3 são os que parecem apresentar menos valores de permeabilidade. Alguns valores
relativamente elevados são apresentados nos poços, valores que estão na gama de 541.2 á 721.6. O
poço 4 pode ser realçado por apresentar valores totalmente baixos, sem a existência de algum valor
superior a 360,8. Pode dizer-se que este campo petrolífero apresenta impedâncias e porosidades
relativamente altas, mas que é muito pouco permeável, ou seja, os valores de permeabilidade são
muito baixos. Uma análise individual e o referido relatório estatístico foram feitas para cada um dos
poços, estes aspectos e respectivas imagens são apresentadas na secção IV dos anexos.
Os dados de impedância apresentam uma média de 6608,9 e uma variância de 152344, a sua função
de distribuição de probabilidade que se pode aferir vendo o histograma, encontra-se próxima de uma
distribuição normal. Trata-se de um histograma simétrico em que a frequência é mais alta no centro
ou muito próximo dele e decresce gradualmente para as caudas de maneira simétrica (forma de
sino). A média e a mediana são aproximadamente iguais e localizam-se no centro do histograma.
31
IV.2.2. Permeabilidade
Os dados da permeabilidade constam de 329 amostras, têm uma média de 54,6902 e uma variância
de 18528,9, pode constatar-se que a função de distribuição mais se aproxima da lei de pareto, ou
seja, apresenta frequência mais altas nos valores mais baixos e a frequência vai diminuindo a medida
que os valores aumentam. Verifica-se que existem dois picos e que a frequência é baixa entre eles,
pode sugerir-se que existe uma mistura de dados com médias diferentes. Esta pequena população
verificada a direita pode ser devida a uma fractura, uma vez que a permeabilidade é também um
indicador de transmissividade de um fluido ou de um gás, estes pequenos espaços bem podem
significar falhas ou fracturas. Normalmente num reservatório petrolífero é comum existirem
permeabilidades mais baixas relativamente as outras propriedades.
IV.2.3. Porosidade
32
Os dados de porosidade constam de 443 amostras, apresentam uma média de 0,254395 e uma
variância de 0,00155895, a sua função de distribuição de probabilidade parece ser muito semelhante
a impedância, encontra-se próxima de uma distribuição normal. Trata-se de um histograma simétrico
em que a frequência é mais alta no centro ou muito próximo dele e decresce gradualmente para as
caudas de maneira simétrica ou quase simétrica. A média e a mediana são aproximadamente iguais.
O cubo de impedâncias acústicas consta de 196000 amostras e apresenta uma média de 6492,94 e
uma variância de 58180,8. Apresenta uma distribuição normal e é verifica-se que é um histograma
simétrico em que a frequência é mais alta no centro e decresce gradualmente para as caudas de
forma simétrica. A média e a mediana apresentam-se muito próxima uma da outra e tendem para o
centro do histograma.
IV.3.1. Scatterplot
33
Ao analisarmos este scatterplor podemos verificar que quase não existe dependência entre estas
duas variáveis, uma vez que o coeficiente de correlação calculado é de -0.210065, de tal forma que
dada a distribuição de pontos não se consegue ajustar uma recta de regressão linear, portanto um
coeficiente muito baixo. Dada a pouca correlação entre estas duas variáveis, talvez não seja tão
necessário analisar as relações dessas propriedades nos referidos poços.
A mesma análise feita para a figura 26 pode ser aplicada para o scatterplot mostrado acima (figura
27), entre a permeabilidade e a porosidade. O coeficiente de correlação é agora positivo, mas ainda
assim muito baixo em módulo, portanto, correlação muito baixa e com muito pouco interesse para as
analises que serão feitas adiante.
Neste scatterplot já se pode observar uma correlação de alguma forma mais elevada que as
restantes, -0,666174. A partir desta correlação pode dizer-se que valores elevados de impedância
correspondem a valores baixos de porosidade e vice-versa. Esta informação será muito importante
para os estudos que se seguem. Deve notar-se também que como estas duas variáveis apresentam
uma correlação de alguma forma significativa em módulo, a informação de uma pode ser usada para
complementar a outra, atendendo sempre que a correlação é negativa, ou seja, que quando uma
cresce a outra decresce.
34
IV.3.2. Identificação de valores anómalos
Foi feito um estudo de cada poço individualmente com o objectivo de verificar que poços apresentam
valores que podem de alguma forma influenciar fortemente as médias, variâncias ou os coeficientes
de correlações globais, pois, como é verificado nos gráficos de dispersão acima mostrados, as
correlações globais não são muito altas, considerando que uma boa correlação é aquela que se situa
entre 0.7 a 1 (em módulo). Com excepção da correlação entre a porosidade e a impedância acústica,
as restantes relações entre variáveis apresentam coeficientes de correlação muito baixos. Este
estudo é muito importante, pois na altura de efectuar-se as simulações será determinante para a
escolha do tipo de krigagem a adoptar, krigagem com médias locais ou krigagem com correlações
globais. Claro que optarei por o conjunto de correlações que apresentar valores mais elevados ou
que representar melhores correlações. Portanto, em anexos IV são mostradas as figuras resultantes
do estudo de cada um dos poços para as diferentes variáveis em estudo.
Para um melhor conhecimento do grau de correlação entre os 10 poços em estudo, foi calculado um
polígono de influencias com as correlações de cada poço (correlações entre a porosidade e a
impedância acústica), considerou-se que são estas as variáveis que apresentam correlações mais
fortes, pois a permeabilidade primeiramente por ser uma propriedade muito condicionada por factores
como a estrutura da própria rocha, a existência ou não de falhas ou de fracturas, acaba por ser pouco
fidedigna a sua correlação com as restantes variáveis, em segundo lugar no estudo feito as suas
correlações com as restantes variáveis apresentavam sempre valores muito reduzidos na ordem dos
-0.21 a 0.35. Para a determinação do polígono de influências foi utilizado o aplicativo ArcGis e a
respectiva visualização foi feita no Sgems.
35
Figura 27 - Polígono de influência das correlações entre a impedância e a porosidade.
A figura acima representa o polígono de influências com os poços dispostos de acordo os seus
coeficientes de correlação e é apresentada a escala de cores que corresponde aos diferentes valores
dos coeficientes de correlação (impedância vs porosidade) para melhor análise de cada poço.
É verificado que os poços 8 e 9 apresentam as correlações mais altas (zona de cor azul escuro) em
módulo e o poço 10 apresenta as correlações mais baixas (zona de cor azul escura) também
considerando o módulo.
36
Figura 28 - Imagem do polígono de influências com os poços e respectivas correlações (impedância e
porosidade).
Cada região do polígono corresponde a zona abrangida pela correlação de acordo a escala
apresentada, assim sendo a região a azul que alberga os poços 8 e 9 corresponde as correlações
que variam de -9195 á -0.8657, e assim sucessivamente.
Foi feita uma tabela com as correlações entre as variáveis em estudo para melhor se poder organizar
melhor esta informação e analisar quais os poços mais influenciam no aumento ou decréscimo dos
coeficientes de correlação globais.
37
Tabela 1 - Correlações para cada poço
A correlação global calculada entre AI e Phie foi cerca de -0.67, portanto de acordo com a tabela
acima fez-se uma análise dos poços que provavelmente fazem baixar a correlação global do conjunto
de poços, nesta ordem foram analisados os poços 5 e 10, uma vez que são estes os que apresentam
valores mais baixos de correlação.
Foram retirados os valores anómalos correspondes aos pontos mostrados na tabela acima, ou seja
os pontos com coordenadas (5993.021973; 0.316953) e (6887.127441; 0.195884).
38
No caso do poço 5 verificou-se que a exclusão destes valores apenas baixam o coeficiente de
correlação para -0.60, portanto verifica-se quetem muito pouca influência na correlação global.
De igual forma foi feita a análise para o poço10 e foram retirados os pontos (6719.741211; 0.237858)
e (7285.873047; 0.18818).
Para o poço 10 verificou-se que se forem retirados ambos os pontos o coeficiente de correlação
aumenta para -0.67, ao passo que se for retirado somente o ponto com coordenadas (6719.741211;
0.237858), o coeficiente de correlação para este poço aumenta para -0.76. Pode concluir-se que este
valor anómalo tem grande influência no cálculo das correlações globais. No entanto deve ser
considerado aquando da realização das simulações.
O estudo da variografia foi feito com o objectivo de ter-se uma ideia acerca da distribuição de cada
uma das variáveis no espaço, para tal foram calculados variogramas experimentais para diferentes
direcções e verificou-se que os variogramas de maior qualidade não apresentavam muita diferença
com relação a sua ortogonal, mas apenas serão aqui mostradas aquelas de maior interesse ou que
apresentem maior continuidade espacial para cada variável. Também foi calculado o variograma
omnidireccional para cada variável, apenas para poder visualizar a distribuição de cada variável sem
considerar uma direcção em particular, no entanto, não se esta com isto a considerar que os poços
ou que os dados sejam isotrópicos, uma vez que o variograma omnidireccional é calculado
principalmente quando os dados têm igual distribuição nas diferentes direcções do espaço, para
todos os efeitos, os dados em questão são anisotrópicos.
Para cada uma das variáveis foram calculados variogramas experimentais para as seguintes
direcções, mas são aqui apresentados apenas aqueles que apresentaram maior continuidade
espacial e que melhor distribuíram espacialmente os valores médios das variáveis em questão.
39
IV.4.1. Variogramas experimentais
Para a impedância acústica foi tomado como direcção principal a direcção 90;0 e os restantes
variogramas são apresentados em anexos.
IV.4.1.2. Permeabilidade
IV.4.1.3. Porosidade
40
IV.4.1.4. Cubo de impedâncias acústicas
Todos os variogramas foram ajustados utilizando o modelo exponencial, por ser aquele que melhor
se ajustou aos dados apresentados.
41
IV.4.2.2. Permeabilidade
Para o estudo da variografia da permeabilidade a direcção (0;70) foi tomada como direcção principal.
42
IV.4.2.3. Porosidade
43
Direcção Patamar Amplitude
IV.5. Simulações
Foi feita a simulação sequencial directa considerando somente a informação dos poços e a co
simulação sequencial directa, em que foi considerado o cubo de impedâncias acústicas como
imagem secundária. Foram realizadas 30 simulações para a permeabilidade e a porosidade em cada
um dos métodos de simulação e calculadas as médias e variâncias de cada conjunto de simulação
para ver em como variaram os dados de simulação para simulação e para a comparação e
quantificação da incerteza em cada método de simulação.
Todas as imagens resultantes das simulações efectuadas foram retidas com a orientação mostrada
abaixo para facilitar a interpretação dos dados visualizados e a comparação com outras simulações.
44
Segue-se nas páginas seguintes as imagens correspondentes a cada conjunto de simulação. É
apresentada somente uma simulação de cada método, pois, uma vez que todas elas têm a mesma
probabilidade tornasse desnecessário a apresentação de todas elas.
MÉTODO 1
IV.5.1.1. Permeabilidade
45
Figura 42 - Histograma original da permeabilidade
A partir da análise da simulação em questão verifica-se que a variabilidade dos dados é superior em
comparação com os dados originais. Pela comparação dos histogramas desta simulação e o
histograma dos dados originais observa-se que a variância da simulação é um pouco superior, mas
que no entanto as distribuições são próximas, ambas obedecem a lei de pareto, com frequências
mais elevadas nas classes inferiores e decrescendo a medida que as classes aumentam. Pode dizer-
se que esta simulação reflecte o conjunto de imagens equiprováveis com uma variabilidade espacial
muito próxima dos dados experimentais. Foi feita a variografia da simulação em questão e o modelo
exponencial, tal como se espera, foi o que melhor ajustou-se aos variogramas destas simulações, tal
como foi ajustado para os dados experimentais da permeabilidade. As amplitudes das direcções
calculadas nesta variografia estiveram próximas das direcções de amplitude máxima dos dados
experimentais de permeabilidade.
46
MÉTODO 1
IV.5.1.2. Porosidade
47
Figura 46 - Histograma dos dados originais da porosidade
Por observação da 1º simulação da porosidade observa-se grande dispersão dos dados e alguma
variabilidade em relação aos dados originais. Apresenta uma variância proxíma da variância dos
dados originais, o que pode ser verificado pela análise estatística dos histogramas. A partir do cubo
de porosidades acima mostrado verifica-se maior concentração de valores elevados em determinadas
zonas e maior dispersão de valores baixos de porosidade. O histograma da simulação apresenta uma
distribuição que se aproxima de uma normal, o mesmo tipo de distribuição observada para os dados
originais da porosidade. Os variogramas acima mostrados reflectem a distribuição espacial das DSS
da porosidade, apresentando amplitudes próximas das amplitudes mostradas nas direcções
estudadas para a variografia dos dados experimentais de porosidade.
48
MÉTODO 2
IV.5.2.1. Permeabilidade
49
Figura 50 - Histograma dos dados originais da permeabilidade
Nesta simulação da permeabilidade verifica-se que a variância das simulações encontra-se mais
próximo da variância dos dados experimentais em comparação com o que acontece na DSS da
permeabilidade, em que essa diferença é muito maior. O histograma das simulações segue a mesma
distribuição que os dados experimentais de permeabilidade e as amplitudes dos variogramas das
mesmas simulações encontram-se próximas das amplitudes das direcções dos dados experimentais.
50
MÉTODO 2
IV.5.2.2. Porosidade
51
Figura 54 - Histograma dos dados originais da porosidade
52
IV.6. Quantificação da incerteza (Médias e Variâncias)
IV.6.1. Médias
53
Figura 58 - Histograma dos dados originais da permeabilidade
Nesta imagem podemos observar a média das 30 simulações da permeabilidade e como era de se
esperar, verifica-se grande concentração de valores baixos tal como os dados experimentais de
permeabilidade. Verifica-se também nas figuras a) b) e c) grande probabilidade de ocorrência de um
valor médio, talvez pela frequência que aparece em todas as realizações da permeabilidade.
54
IV.6.1.2. Média das CODSS de permeabilidade (MÉTODO 2)
55
Figura 61 - Histograma dos dados originais da permeabilidade
56
IV.6.1.3. Média da DSS de porosidade (MÉTODO 1)
57
Figura 64 - Histograma dos dados originais da porosidade
58
IV.6.1.4. Média da CODSS de Porosidade (MÉTODO 2)
59
Figura 67 - Histograma dos dados originais da porosidade
São aqui representadas as imagens que reflectem o cubo de médias da porosidade e os histogramas
dos dados originais e da média da co- simulação da porosidade. Primeiramente é verificada a
semelhança de cada uma das simulações com a média e de facto a similaridade é muito alta.
Observa-se grande concentração de valores altos em determinadas zonas e valores médios a baixos
nas restantes regiões. A média apresenta uma distribuição normal, o mesmo tipo de distribuição
presente no histograma das simulações e dos dados originais.
60
IV.6.2. Variâncias
61
Figura 70 - Histograma dos dados originais da permeabilidade
62
IV.6.2.2. Variância das CODSS de permeabilidade
63
Figura 73 - Histograma dos dados originais da permeabilidade
64
IV.6.2.3. Variância das DSS de porosidade
65
Figura 76 - Histograma dos dados originais da porosidade
A partir deste cubo de variância da porosidade verifica-se que a variância é elevada em grande parte
dele e que os valores variam de médios a altos, portanto o nível de incerteza associado a estes
dados é elevado. Apenas algumas regiões apresentam incertezas relativamente baixas e que podem
transmitir alguma confiança quanto aos dados de porosidade nas mesmas. Naturalmente que esta
incerteza pode dever-se a grande variabilidade dos valores de porosidade em cada ponto, isto é, de
simulação para simulação. Observa-se ainda que o histograma da variância apresenta uma
distribuição semelhante a distribuição dos dados originais e das restantes simulações, ou seja,
distribuição normal; os valores têm frequência mais alta no centro e vão diminuindo simetricamente
para ambos os lados.
66
IV.6.2.4. Variância das CODSS de porosidade
67
Figura 79 - Histograma dos dados originais da porosidade
Ao contrário da permeabilidade, a variância parece ser um pouco maior no caso da porosidade. São
no entanto verificadas regiões em que a variância é muito baixa o que lhes confere uma baixa
incerteza quanto a ocorrência destes valores nestas regiões. No entanto, em quase toda a extensão
do cubo de porosidade verificam-se variâncias com valores um pouco mais elevados, valores médios
de acordo a escala apresentada, de tal forma que nestas regiões a incerteza é também um pouco
mais elevada. O histograma da variância tende a seguir uma distribuição normal, verificando-se
alguma diferença com relação ao histograma dos dados originais, portanto tende um pouco para a
esquerda.
68
V. ANÁLISE CONCLUSIVA
Após a realização das 30 simulações para cada método de simulação, e feito o cálculo das médias e
variâncias para cada um, atendendo que foram tratadas as variáveis permeabilidade e porosidade,
verificou-se que o método 1, em que se utilizou a simulação sequencial directa e se teve em conta
somente a informação dos poços, apresenta mais incerteza que os resultados da co-simulação
sequencial directa (método 2).
Nas realizações obtidas como resultado da simulação sequencial directa verificaram-se zonas de
forte variabilidade para a porosidade e, em menor escala, para a permeabilidade. No entanto, as
realizações que foram obtidas pela co-simulação sequencial directa co-localizada com correlações
locais, e para as quais se utilizou a imagem do cubo de impedâncias como informação secundária,
revelaram menor variabilidade e menor incerteza relativamente ao método anterior. As correlações e
informações da análise univariada e bivariada foram de grande importância para a análise e
interpretação das imagens obtidas apôs as simulações. A menor incerteza obtida para as duas
variáveis no método de co-simulação está em grande parte relacionada com a informação que foi
possível extrair do cubo de impedâncias, particularmente no caso da porosidade que apresenta uma
boa correlação com a impedância acústica.
Portanto, conclui-se que pelo menor grau de incerteza associado às realizações (simulações) a co-
simulação sequencial directa é o método que melhor estima a incerteza das variáveis permeabilidade
e porosidade, no caso de estudo em questão. Isto deve-se ao facto de se usar o mapa da impedância
acústica (cubo de impedâncias acústicas) para simular ou prever o comportamento da
permeabilidade e porosidade.
De uma forma geral, quanto mais informação secundária fosse possível condicionar à simulação das
variáveis, e dependendo da correlação que podesse existir entre essa informação secundária e a
informação das variáveis, melhor o desempenho do algoritmo. Acaba por ser muitas vezes um bom
método para a análise ou quantificação da incerteza de determinada propriedade.
69
VI. BIBLIOGRÁFIA
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71
VII. ANEXOS
Impedância acústica
Permeabilidade
72
Figura 2 - Visualização dos estatísticos da análise univariada da permeabilidade
Porosidade
73
VII.2. Anexo II: Análise bivariada
Scatterplots
QQPLOTS
74
VII.3. Anexo III: Variografia (Análise da continuidade espacial)
Impedância
75
Permeabilidade
76
Fig. 12 – Variogramas das simulações da DSS da permeabilidade
77
Porosidade
78
Fig 16 – Variogramas da CoDSS da porosidade
79
VII.4. Anexo IV: Resultados estatísticos de cada um dos 10 poços
Poço 1
Scatterplots
Histogramas
80
Poço 2
Scatterplots
Histogramas
81
Poço 3
Scatterplots
Histogramas
82
Poço 4
Scatterplots
Histogramas
83
Poço 5
Scatterplots
Histogramas
84
Poço 6
Scatterplots
Histogramas
85
Poço 7
Scatterplots
Histogramas
86
Poço 8
Scatterplots
Histogramas
Poço 9
Scatterplots
Histogramas
87
Poço 10
Scatterplots
Histogramas
88