Ambiência e Instalação para Suínos
Ambiência e Instalação para Suínos
Ambiência e Instalação para Suínos
ZOOTECNIA
ZOOT0054 – BIOCLIMATOLOGIA
REVISÃO DE LITERATURA
Alessandra Chagas
Julia Stephany Santos Lemos
Laryssa Silva Ramos
Vinicius Henrique do Nascimento Ramos
SÃO CRISTÓVÃO
2021
Alessandra Chagas, Julia Stephany Santos Lemos, Laryssa Silva Ramos, Vinicius
Henrique do Nascimento Ramos
SÃO CRISTÓVÃO
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... ....... 04
2 INSTALAÇÕES E AMBIÊNCIA.............................................................................................. 05
A preocupação dos consumidores com a forma pela qual os animais são criados,
transportados e abatidos, vem crescendo a cada dia. Condições que prejudicam o bem-
estar dos animais podem afetar negativamente a saúde, a produtividade e aspectos de
qualidade do produto. Para considerarmos que um ambiente seja favorável a um animal,
deve-se levar em consideração o bem-estar dele, garantindo então a nutrição, o espaço
em que ele vive, o clima, o manejo, a temperatura corporal, e vários outros aspectos. Esses
aspectos são avaliados diferentemente de acordo com cada espécie. Desta forma,
elaboraremos tópicos explicativos sobre a ambiência e instalação especificamente para
suínos.
Os suínos ficam na lama para reduzir o calor. Quando não se te recurso, eles diminuem a
alimentação para diminuir o calor.
Por exemplo para uma porca em lactação a sensação termina tem que ser abaixo de 20°
• Precipitação
Na estrutura das instalações é importante construir algo que minimize os efeitos negativos
da precipitação, como por exemplo, o Beiral.
Sobre coberturas em instalações para proteger da radiação é importante frisar que deve
analisar o material usado pois a radiação também se instala em objetos.
INSTALAÇÕES E AMBIÊNCIA
Deve ser obedecida a distância entre as instalações, sendo suficiente para que uma não
atue como barreira à ventilação natural da outra. Recomenda-se afastamento de 10 vezes
a altura da instalação entre as duas primeiras, sendo que da segunda instalação em diante
o afastamento deverá ser de 20 a 25 vezes essa altura.
`` O tipo ideal de edificação deve ser definido, fazendo-se um estudo detalhado do clima
da região e (ou) do local onde será implantada a exploração, determinando as mais altas
e baixas temperaturas ocorridas, a umidade do ar, a direção e a intensidade do vento.
Assim, é possível projetar instalações com características construtivas capazes de
minimizar os efeitos adversos do clima sobre os suínos`` (EMBRAPA, 2003).
Desenvolvimento:
O material da cobertura é importante para evitar o calor excessivo, sendo ideal é utilizar
material que não absorve calor, como: telha de barro ou telha de alumínio ou fibrocimento
pintada de branco na parte externa e de preto na interna, para que a luz solar seja refletida
evitando a absorção de calor. O pé direito depende do tipo de cobertura: para coberturas
de telha de barro, é de 1,95m e, para coberturas de telhas de amianto de 3,0m. Quanto
mais larga a baia, maior o pé direito. Nas coberturas de telhas de amianto, que possuem
até 10m de largura recomenda-se 3m de pé direito e nas que possuem entre 11 e 12m de
largura recomenda-se 3,5m de pé direito. O beiral tem que ter de 1 a 1,50m. (EMBRAPA,
2003).
Outras técnicas para melhorar o desempenho das coberturas, e condicionar ótima proteção
contra a radiação solar, têm sido o uso de isolantes sobre as telhas (poliuretano), sob as
telhas (poliuretano, poliestireno extrusado, lã de vidro ou similares) ou mesmo forro à
altura do pé direito. (EMBRAPA, 2003).
Canaletas devem ser construídas ao longo do galpão – 0,40m de largura com declive de
1% da altura do mesmo. Revestida de alvenaria (tijolos ou concreto) para dessa formar a
agua proveniente do telhado seja direcionada à rede de esgoto, que poder ser de maninha
ou tubos de PVC. Podendo ter o diâmetro mínimo de 0,30m para linhas principais e 0,20m
para as linhas secundarias.
Sombreamento
A utilização de arvores altas, produz um microclima ameno dentro das instalações. Sendo
arvores altas, que possam projetar suas sombras no telhado. Em regiões frias, árvores
caducifólias (castanheiras, nogueira, tília, etc) são recomendadas. No inverno, com a
queda natural das folhas, permite o aquecimento da cobertura e no verão, as copas das
arvores, sombreiam o telhado, diminuindo assim, a carga térmica radiante para o interior
dos galpões. A recomendação é que sejam plantadas nas faces norte e oeste da instalação,
sem galho na região do tronco, preservando a copa superior. Dessa forma, a ventilação
natural não será prejudicada. A única ressalva é que a limpeza das calhas que aparam a
agua das chuvas, sejam constantemente limpas, para evitar o entupimento pelas folhas
que caem.
Maternidade:
As áreas destinadas à maternidade, deve ser adequada o espaço deve ser oferecido às
fêmeas, uma vez que estarão por todo o período de lactação em gaiolas. Recomenda-se
uma largura mínima (vão livre) de 70 cm; comprimento mínimo 2,20 m. As gaiolas
podem ser dotadas de dispositivo anti-esmagador (com vão livre acionado de, no mínimo,
45 cm), para minimizar a morte de leitões por esmagamento. É importante realizar o
treinamento dos leitões durante os primeiros dias de vida ao uso do escamoteador
(SARTOR. V. – 1997). Desta forma, os filhotes apenas ficarão próximo à mãe, durante o
momento da amamentação.
Creche:
Os leitões permanecem nessa área do galpão do desmame até os 63/70 dias de idade. A
temperatura ideal deve ser mantida por volta dos 26C, durante os primeiros 14 dias de
vida e de 24C da saída dos leitões da creche.
O ideal é que as instalações tenham sistemas de cortinas nas laterais, afim de permitir o
melhor manejo da ventilação e aquecimento para os dias de frio. Em regiões frias é
recomendado o uso de lonas (abafadores) sobre as baias. O piso para alojamento dos
leitões pode ser ripado ou parcialmente ripado. Quando o piso parcialmente ripado for
utilizado, deve-se utilizar, no mínimo 1/3 da área total com piso ripado, local onde os
leitões irão defecar, urinar e beber água. Dessa forma, evita-se o acúmulo de dejetos e
sujidades da baia, prevenindo a disseminação de doenças e mantendo os leitões limpos e
aquecidos. Caso a creche seja de piso de alvenaria, recomenda-se proporcionar cama de
maravalha até, pelo menos, os primeiros 7 dias de alojamento.
Crescimento:
A área disponível por animal nas baias de crescimento, para o sistema de mudança de
baia, deve ser de 0,50 m2, se o piso for totalmente ripado, 0,65 m2 se for parcialmente
ripado a 0,75 m2 se for totalmente compacto. O fosso de dejetos também parcialmente
ripado. As divisórias das baias podem ser feitas de madeira ou alvenaria até a altura de
90 cm e o galpão que contém as baias pode ser totalmente aberto e ter cortinas para
fechamento para proteção contra chuva. Pode ter também sistema de ventilação mecânica
(ventiladores ou exaustores) para atenuar o problema da grande formação de gases a calor
que normalmente ocorre nestas instalações, devido ao grande número de animais e
volume de dejetos. Com aproximadamente cinco meses de idade, 100 a 110 kg de peso
vivo, as fêmeas já estão aptas para a reprodução, quando então são selecionadas pelas
suas boas características, como por exemplo, número a qualidade de tetas, a seguem para
a unidade de reprodução. Nessa mesma idade a peso, os machos também são selecionados
para reprodução ou são abatidos.
A utilização de piso compacto requer maior necessidade de mão de obra para limpeza,
que deverá acontecer no mínimo duas vezes ao dia. Nessa questão as baias que possuam
o piso parcialmente ripado favorecia a mão de obra e limpeza. Para tal, a baia deve ser
feita com 30% de piso ripado sobre o fosso de dejeto e o restante da área (70%) em
concreto, com declive de 10% para escoamento dos dejetos. Importante ressaltar que a
correta limpeza e manejo das canaletas de desejos, minimiza eventuais os problemas de
saúde nos animais.
Terminação
Áreas de terminação são utilizadas para animais com 25 a 60 kg de peso corporal (65 a
110 dias de idade, aproximadamente), criados em baias coletivas do setor de crescimento;
e de 60 a aproximadamente 100 kg (peso de abate), também em baias coletivas.
As divisórias das baias podem ser feitas de madeira ou alvenaria e o galpão que contém
as baias pode ser totalmente aberto e ter cortinas para fechamento para proteção contra
chuva. No sistema de ventilação mecânica (ventiladores ou exaustores) atenuam o
problema da grande formação de gases que normalmente ocorre nestas instalações,
dependendo do número de animais e volume de dejetos. Com aproximadamente cinco
meses de idade, 100 a 110 kg de peso vivo, as fêmeas já estão aptas para a reprodução,
quando então são selecionadas pelas suas boas características, como por exemplo, número
a qualidade de tetas, a seguem para a unidade de reprodução. Nessa mesma idade a peso,
os machos também são selecionados para reprodução ou são abatidos.
DEJETOS DE SUÍNOS
Uma melhor conscientização dos recursos hídricos, também tem sido objeto de estudos,
de forma de evitar desperdício. Agua utilizada nos galpões quando não bem utilizada,
tende aumenta os custos de armazenamento, tratamento, distribuição e e transporte de
dejetos.
Construçoes que possibilitem um melhor conforto térmico, também auxiliaria nas perdas
com agua. Os suínos bebem maior quantidade de calor que necessitam e em situações de
estresse, esse consumo aumenta cerca de 5 a 6% do seu peso corporal. Quanto maior o
calor, maior ingestão de agua e consequentemente, maiores custos.
A dieta fornecida, também contribuem para a maior ingestão de agua. Dietas ricas em
proteínas, exigem maior consumo de agua e menor produção de agua metabólica que
outros nutrientes. Por isso se faz importante formulações de dietas que visem melhores
índices de digestibilidade, o que reduzira o volume de dejetos e ingestão de agua.
Os dejetos proveninente dos galpões, podem ser utilizados como fertilizante, devido aos
teores de fosforo, nitrogênio e macronutrientes (zinco, ferro, magnésio e cobre).
Entretanto, usa utilização deve ser feita de maneira moderada para não sobrecarregar o
solo e contaminar lençóis freáticos que porventura existam na propriedade e não
prejudicar culturas onde esse fertilizante sera usado.
Além dos macronutrientes, devido ao suplemento mineral fornecido ao suínos, seus
dejetos contêm ainda micronutrientes como zinco, magnésio, cobre e ferro, que em doses
elevadas podem ser tóxicos para as plantas. Segundo Perdomo, isso mostra o grande
potencial que os dejetos de suínos têm na melhoria das propriedades químicas do solo,
com conseqüente aumento da produtividade das culturas, desde que adequadamente
utilizados visando a preservação do meio ambiente. A produção de biogás também é
possível através da utilização dos dejetos suínos. Cerca de 70% dos sólidos totais são
voláteis.
SEPARAÇÃO: Consiste em separar a parte sólida da fração líquida. Dois produtos serão
obtidos: a fração liquida, mais fluida e que conserva a mesma concentração em alimentos
e fertilizante solúveis que dejetos bruto e a fração solida, que será peneirada ou decantada
(essa mais eficiente), mantendo a umidade e que poderá ser enviada para composteira.
Esterqueiras devem receber revestimento impermeável para que não entre em contato
diretamente ao solo, evitando possíveis contaminação das aguas superficiais ou freáticas.
Para avaliar o bem-estar dos animais é necessário que sejam avaliadas diferentes variáveis
que interferem na vida dos animais. O Comitê Brambell desenvolveu o conceito das
Cinco Liberdades, que foram aprimoradas pelo Farm Animal Welfare Council – Fawc
(Conselho de Bem-estar na Produção Animal) do Reino Unido e têm sido adotadas
mundialmente (Ludtke, 2010).
-Livres de desconforto;
Segundo Costa et al. (2005), podem ser consideradas como medidas de enriquecimento
ambientais:
d) Manejo diário com os animais (alimentação, limpeza das baias e vistoria do plantel)
de maneira que o tratador se relacione com os animais sem gritos, agressões e violência,
conversando e com contato físico com os suínos e do uso de uniformes.
e) Uma melhor qualificação da mão de obra visando o bem-estar dos animais, meio
ambiente e segurança alimentar.
Considerações finais
A suinocultura tem crescido a cada dia e com ela a exigência do mercado consumidor, a
preocupação com o bem-estar animal durante o breve período de vida. Dessa forma,
métodos, práticas e sistemas tem que se adequarem a regulamentação vigente. O antigo
método de criação de suínos sem controle sanitário e sem boas técnicas de manejo, não
se fazem mais presentes a partir do momento que se percebeu que ao investir em
melhorias estruturais dos galpões, correta alimentação nos diversos estágios de
crescimento dos suínos, tem seu retorno garantido com numa melhor qualidade e maior
produção de carne.
Ao suinocultor, não restou outra alternativa para aumentar seu lucro senão buscar a
redução dos custos de produção, e pela adoção de tecnologias que acelerem, cada vez
mais, o processo produtivo através da produção em escala afim de atender aos exigentes
consumidores.
Referencias
Balbueno, M.A.F.1 , Caldara, F. R.2 , Moi, M.3 , Miranda, G.A.1 , Simplício, R.O.1 ,
Alves,M.C.F3 , Baldo G.A.A1 , Santos, L.S1
SATOR, V.; SOUZA,C de F.; TINOCO, I. de F.F. Informações básicas para projetos de
construções rurais. Instalações para suínos, unid 2. Universidade Federal de Viçosa
(UFV). Viçosa, MG: 2004, 19 p.
www.cic.fio.edu.br/anaisCIC/anais2013/PDF/MEDICINA%20VETERINARIA/med01
5.pdf. Acessado em 12 de junho de 2021
http://xn--perodicos-i5a.ufersa.edu.br/
www.nutritime.com.br/arquivos_internos/artigos/ARTIGO_193.pdf. Acessado em 12 de
junho de 2021.