ERC Guidelines Recomendacoes

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DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIA MÉDICA

Data: 14/09/2021
Assunto: ERC Guidelines 2021 – Recomendações para as Equipas Pré-Hospitalares
Destinatários: Todos os Profissionais - CODU; SHEM; VMER; SIV; AEM; MEM

1. INTRODUÇÃO
O presente documento surge na sequência da publicação das “European Resuscitation Council
Guidelines 2021”, emitidas no passado mês de abril, e pretende salientar as alterações de relevo
com implicações na atuação dos profissionais na área pré-hospitalar.

Nas páginas seguintes resumem-se as principais recomendações preconizadas em Reanimação


no ADULTO e na CRIANÇA. Foi seguida a metodologia do ERC, identificando “MENSAGENS
CHAVE” e salientando os principais aspetos a valorizar no algoritmo de abordagem da Paragem
Cárdio-Respiratória (PCR), no reconhecimento precoce das situações que podem evoluir para
PCR, e no potencial benefício do recurso a técnica de reanimação cardiopulmonar extracorporal.

Não obstante este resumo, é fortemente recomendada a leitura do documento original, disponível
em https://cprguidelines.eu/.

Estas novas recomendações serão refletidas nos cursos de formação do INEM, respetivos
manuais e nos protocolos de atuação que orientam a intervenção das equipas pré-hospitalares.

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2. SUPORTE BÁSICO DE VIDA E DAE NO ADULTO

Mensagens Chave

a) Reconhecer a Paragem Cardiorrespiratória (PCR) e iniciar Reanimação Cardiopulmonar (RCP)


b) Alertar os serviços de emergência
c) Iniciar compressões torácicas
d) Usar o Desfibrilhador Automático Externo (DAE)
e) Promover a aprendizagem de RCP

Recomendações para o pré-hospitalar

1. RECONHECIMENTO DA PCR
a. Iniciar RCP no doente inconsciente que não respira ou tem respiração anormal;
b. Respiração lenta associada a esforço respiratório (agónica) é sinónimo de PCR;
c. Um período curto de convulsão pode ocorrer no início da PCR – avaliar o doente após a
convulsão. Se não respirar ou tiver respiração anormal iniciar RCP;
d. O risco de não se iniciar atempadamente manobras de RCP num doente em PCR é superior
ao risco de se fazer RCP num doente que não esteja em PCR.

2. LIGAR 112
a. Ligar 112 assim que o doente ficar inconsciente, sem respirar ou apresentar uma respiração
anormal;
b. Se não existir telefone perto, abandonar a vítima, ligar 112 e depois iniciar RCP;
c. No CODU deve ser dada indicação ao contactante para colocar o telefone em alta voz e
iniciar RCP a qual deverá ser assistida telefonicamente.

3. COMPRESSÕES de alta qualidade:


a. Iniciar compressões assim que possível;
b. Comprimir a metade inferior do esterno (centro do tórax);
c. Profundidade de 5 cm, não mais que 6 cm;
d. Frequência de 100 a 120 min (minimizar as interrupções);
e. Permitir que o tórax retorne à posição original após cada compressão;
f. Utilizar uma superfície rígida sempre que possível. O uso sistemático do plano duro não
está recomendado.

4. VENTILAÇÕES
a. Alternar entre 30 compressões e 2 insuflações;
b. Se não for possível fazer ventilações, fazer compressões contínuas.

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5. DAE
a. Manter compressões até o equipamento estar disponível;
b. Assim que estiver disponível ligá-lo e seguir as indicações do mesmo;
c. Enquanto um elemento coloca os elétrodos multifunções o segundo elemento mantém
compressões. Os elétrodos multifunções devem ser colocados:
▪ Preferencialmente localização ântero-lateral:
• Elétrodo multifunção à direita do esterno, abaixo da clavícula
• Elétrodo multifunção na linha média axilar esquerda
▪ Se dispositivos implantados, afastar elétrodo multifunção cerca de 8 cm do
dispositivo.
d. Garantir que ninguém está a tocar na vítima durante a análise;
e. Se o choque for indicado, garantir que ninguém está em contacto com a vítima;
f. Administrar choque, seguido de compressões no imediato;
g. Se não houver choque indicado, reiniciar compressões de imediato;
h. Seguir as indicações do DAE até chegar equipa mais diferenciada, respeitando as
orientações do médico do CODU.

6. OBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA


a. Suspeitar de obstrução da via aérea se o doente subitamente deixar de conseguir falar,
sobretudo se estiver a comer;
b. Encorajar a vítima a tossir;
c. Se a tosse for ineficaz:
i. Inclinar a vítima para frente e apoiá-la
ii. Aplicar 5 pancadas interescapulares
d. Se as pancadas não forem eficazes:
i. Posicionar-se atrás da vítima e colocar dois braços ao redor da parte superior do
abdómen da vítima;
ii. Inclinar a vítima para a frente;
iii. Fechar o punho entre o umbigo e a caixa torácica (apêndice xifóide);
iv. Agarrar o punho com a outra mão e empurrar rapidamente e com força para
dentro e para cima num só movimento.
e. Se após 5 compressões abdominais a obstrução continuar, alternar entre 5 pancadas
interescapulares e 5 compressões abdominais até:
i. Desobstrução da via aérea;
ii. Ficar inconsciente.
f. Se ficar inconsciente ligar 112 e iniciar RCP.

7. POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA (PLS)


Só deve ser usada nos adultos e crianças com depressão do estado de consciência devido a doença
súbita.
a. Deve apenas ser usada em doentes que não têm critérios para iniciar RCP;
b. A ventilação deve ser vigiada de forma contínua. Se não respirar ou ficar com respiração
anormal, colocar em decúbito dorsal e iniciar RCP.

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3. SUPORTE AVANÇADO DE VIDA NO ADULTO

Mensagens chave

a) Não existem alterações major nas recomendações de SAV de 2020 em comparação com 2015;
b) As orientações de 2020 dão especial enfase à prevenção de PCR com enfoque nos sinais
premonitórios;
c) Compressões de elevada qualidade, minimamente interrompidas e desfibrilhação precoce
continuam a ser a prioridade;
d) Na abordagem da via aérea durante a reanimação deve ser adotada uma abordagem progressiva
de básica para avançada, estando esta última reservada aos profissionais que tenham elevada
proficiência na sua realização;
e) A adrenalina deve ser administrada o mais precocemente possível nos ritmos não desfibrilháveis e
após o 3º choque nos ritmos desfibrilháveis;
f) O eCPR deve ser considerado se possível e adequado face ao contexto geográfico e clínico.

Recomendações para a prática clínica no pré-hospitalar

Prevenção da Paragem Cardiorrespiratória extra-hospitalar

No referente à prevenção da PCR os meios pré-hospitalares devem estar atentos a sintomas como
sincope, palpitações, tonturas, dispneia ou dor torácica face à possível associação desta sintomatologia
com arritmias e consequente evolução para PCR.
A sinalização de critérios de gravidade usando o sistema de “track and trigger” (escala NEWS), calculada
de forma automática no registo clínico eletrónico do INEM (iTEAMS) ou de forma manual no verbete
nacional de socorro, auxilia a identificação precoce dos doentes críticos ou em risco de deterioração.

SUPORTE AVANÇADO DE VIDA NO ADULTO

O Suporte Avançado de Vida (SAV) inclui todas as intervenções avançadas que complementam o Suporte
Básico de Vida (SBV) e o uso de um desfibrilhador automático externo (DAE), nomeadamente a
abordagem avançada da via aérea, a monitorização de capnografia (EtCO2), a desfibrilhação manual, o
uso de pacemaker transcutâneo, assim como a administração de fármacos ou fluidos e a identificação
de candidatos a Reanimação extracorporal (eCPR) e respetiva abordagem com recurso a compressores
mecânicos.

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3.1 - VIA AÉREA E VENTILAÇÃO
a. A abordagem deve partir da via aérea básica (oro ou nasofaríngea) para a avançada
(dispositivo supraglótico ou EOT);
b. É recomendado que a entubação orotraqueal (EOT) em contexto de PCR deva estar
reservada apenas para profissionais com elevada taxa de sucesso (> 95% de sucesso com
apenas 2 tentativas);
c. Se a opção for por EOT:
i. As compressões torácicas devem ser interrompidas por um período < 5 seg, no
momento da passagem do dispositivo nas cordas vocais.
ii. A confirmação da correta colocação do dispositivo deve ser feita com recurso à
clínica (expansão torácica bilateral, auscultação torácica bilateral com sons
idênticos e adequados e no epigastro com ausência de som), complementada com
informação de onda de EtCO2 após 6 insuflações.
d. O FiO2 deve ser o mais elevado possível. Se PCR recuperada deve ser titulado por oximetria;
e. Cada ventilação deverá ter a duração de 1 seg. com visualização de expansão torácica;
f. Se via aérea abordada de forma básica, deverá ser mantida a relação 2 ventilações para 30
compressões;
g. Se realizada EOT ou colocado dispositivo supraglótico, a frequência deverá ser de 10
ventilações/minuto e as compressões ininterruptas:
i. Se durante as compressões ininterruptas o dispositivo supraglótico tiver fuga que
impeça a ventilação adequada, retomar a reanimação com 30 compressões / 2
insuflações
3.2 - EtCO2
Deve ser utilizado:
a. Para confirmar a localização do dispositivo na EOT;
b. Para monitorizar a qualidade da Reanimação cardiopulmonar (RCP);
c. Como indicador de recuperação da circulação espontânea (RCE), não devendo ser
usado isoladamente.

Não deve ser utilizado isoladamente como indicador de prognóstico nem para interromper a
reanimação.

3.3 - DESFIBRILHAÇÃO
A desfibrilhação deve ser célere e segura devendo a utilização dos elétrodos multifunções ser
priorizada. A cronologia, segurança, localização dos elétrodos, o número e a energia do choque
são determinantes do sucesso da desfibrilhação.

Cronologia
a. A desfibrilhação deve ser realizada assim que possível (quando indicada);
b. As pausas pré e pós-choque devem durar menos de 5 segundos por forma a minimizar
a interrupção das compressões;
c. Se as compressões forem executadas com recurso a compressor mecânico as mesmas
não devem ser interrompidas para a desfibrilhação;

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Segurança na desfibrilhação
a. Para administrar o choque as compressões manuais devem ser interrompidas;
b. A máscara de oxigénio ou cânula nasal devem ser retiradas e afastadas pelo menos 1
metro;
c. Os circuitos de ventilação podem permanecer conectados ao tubo endotraqueal ou a
dispositivo supraglótico, nomeadamente insuflador manual ou circuito de ventilador.

Localização dos elétrodos multifunções:


a. Preferencialmente localização ântero-lateral:
i. Elétrodo multifunção à direita do esterno, abaixo da clavícula
ii. Elétrodo multifunção na linha média axilar esquerda, ao nível de elétrodo V6
b. Se desfibrilhação refratária, considerar a localização ântero-posterior:
i. Elétrodo multifunção na região precordial esquerda
ii. Elétrodo multifunção abaixo da omoplata esquerda
c. Se dispositivos implantados, afastar elétrodo multifunção cerca de 8 cm do dispositivo.

Número de choques
a. A estratégia preferencial é de choque único;
b. Considerar a administração de até 3 choques seguidos numa PCR presenciada, em
doente monitorizado e com ritmo desfibrilhável no monitor.

Energia dos choques:


a. O 1º choque deve ter uma carga ≥ 150 j.
b. O 2º choque e seguintes devem ser administrados com incrementos de energia
sucessivos;
c. Em contexto de PEEP externo ou suspeita de auto PEEP (ex. asmáticos) pode
verificar-se aumento da impedância transtorácica, advogando-se possível a
retirada/redução de PEEP nos doentes ventilados ou o aumento da energia de carga.

3.4 - PACEMAKER TRANSCUTÂNEO EM PCR (ASSISTOLIA VENTRICULAR)


Apenas indicado se presença de ondas P no traçado em assistolia.

3.5 - ACESSO VASCULAR


O acesso vascular endovenoso (E.V.) é o acesso preferencial, sendo de considerar o acesso
intraósseo (IO) apenas como alternativa.

3.6 - FÁRMACOS E FLUIDOS


Adrenalina:
a. Administrar assim que possível no ritmo não desfibrilhável (1mg EV/IO)
b. No ritmo desfibrilhável administrar após o 3º choque (1mg EV/IO)
c. Repetir adrenalina (1mg EV/IO) a cada 3 a 5 min (a cada 2 ciclos)
d. Em contexto de PCR presenciada em que podem ser administrados 3 choques
consecutivos, estes devem contar como apenas 1 para efeitos de administração de
adrenalina.

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Amiodarona:
a. Deve ser administrada após 3 choques: 300 mg EV/IO
b. Após 5 choques devem ser administrados 150 mg EV/IO
c. Não existindo amiodarona disponível poderá ser usada lidocaína, respetivamente
100 mg após 3 choques e 50 mg após 5 choques.

Fluídos:

A administração de fluidos deve ser evitada exceto se a causa de PCR for hipovolémia.

3.7 - COMPRESSORES MECÂNICOS

A utilização de compressores mecânicos não está preconizada como rotina, devendo ser
apenas utilizado por equipa treinada.

O seu uso é advogado em situações que colocam em perigo a equipa ou em que não seja
exequível a realização de compressões manuais de alta qualidade, nomeadamente
transporte em manobras de reanimação nas situações elegíveis.

eCPR
Reservado para doentes selecionados e de acordo com os critérios dos centros de ECMO
locais.

RECUPERAÇÃO CIRCULAÇÃO ESPONTÂNEA (RCE)

A recuperação da circulação espontânea deve ser pesquisada na interrupção do ciclo de


compressões para análise de ritmo, e assumida apenas se existir uma combinação dos
seguintes sinais clínicos e fisiológicos:

a. Existir pulso central e traçado compatível


b. O doente acordar
c. A vítima apresentar movimentos intencionais
d. Existir elevação súbita e significativa do EtCO2

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4. ARRITMIAS PERI-PARAGEM
Nas recomendações internacionais é salientada a importância do reconhecimento precoce de arritmias
prevenindo a evolução para PCR, devendo a atuação nestas circunstâncias ser célere, adequada e
proficiente. É assim fundamental identificar o risco de instabilidade nos diferentes contextos clínicos em
que a PCR pode ocorrer.

Critérios de risco de PCR / instabilidade:


a. Choque:
i. alteração do estado de consciência
ii. TAS < 90mmHg
iii. Palidez, sudorese
b. Sincope
c. Insuficiência cardíaca aguda:
i. Edema Agudo do Pulmão
ii. Ingurgitamento jugular
d. Isquemia miocárdio:
i. Dor torácica
ii. Alterações ECG (com ou sem dor)

As arritmias peri-paragem seguem a classificação tradicional em taqui e bradidisritmias sendo a atuação


definida em função da estabilidade/instabilidade clínica.

4.1 TAQUICARDIA EM DOENTE INSTÁVEL

a. A sedo-analgesia prévia poderá ser equacionada;


b. A cardioversão elétrica sincronizada é recomendada com até 3 choques consecutivos:
i. Fibrilhação Auricular, 1º choque e seguintes na energia máxima
ii. Taquicardia Ventricular com pulso, 1º choque entre 120 a 150j, seguido de
incremento de energia
iii. Taquicardia supraventricular / flutter auricular, 1º choque entre 70 e 120j,
seguido de incremento de energia.
c. Se a cardioversão elétrica falhar na conversão a ritmo sinusal e o doente se mantiver
instável, administrar amiodarona 300 mg EV/IO em 10 a 20 min e tentar nova cardioversão
elétrica.

4.2 TAQUICARDIA EM DOENTE ESTÁVEL

a. Taquicardia regular
i. Realizar manobras vagais
ii. Se ineficaz, administrar Adenosina:
1. Bolús inicial de 6 mg

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2. Se ineficaz, bolús de 12 mg
3. Se ineficaz, bolús de 18 mg
iii. Se Adenosina ineficaz:
1. E complexos largos, administrar amiodarona 300 mg (em 10 a 60 min)
2. E complexos estreitos administrar betabloqueador (Metroprolol em bolús
de 2.5 mg até máximo de 15 mg ou Esmolol 0.5mg/kg/min, seguido de
perfusão a 0.05 a 0.3mg/Kg/min), ou bloqueador dos canais de cálcio
(Verapamil 0.075 a 0.15mg/Kg (10mg) ou Diltiazem 0.25mg/Kg/min
(20mg).

b. Taquicardia irregular:

No tratamento pré-hospitalar da taquicardia irregular devem ser tidos em consideração os


seguintes fatores:

• A provável etiologia da taquicardia, devendo ser tratada (ex. febre,


desidratação, dor)
• A sintomatologia do doente

• A morfologia da taquicardia
• O tempo de evolução dos sintomas
• As comorbilidades (ex. Insuf cardíaca, cardiopatia isquémica)
• A terapêutica habitual (ex. ACO ou antiarrítmicos)
• A distância-tempo ao hospital

Na fibrilhação auricular com resposta ventricular rápida

i. A opção deve ser o controlo da frequência cardíaca, na ausência de evidência de


início deste ritmo nas 48h prévias. O controlo da frequência pode ser feito com:
Metoprolol, bolús de 2,5 mg até máximo de 15 mg; Esmolol, bolús de 0.5 mg/Kg ou
perfusão a 0.05 a 03mg/Kg/min ou Diltiazem, bolús de 0.25 mg/Kg em 2 min.
ii. Se fibrilhação auricular de novo (com menos de 48h de evolução) ou se estiver
associada a insuficiência cardíaca a opção pode ser a eventual conversão de ritmo
com recurso a Amiodarona 300 mg em 10 a 60 min ou Digoxina 0.25 a 0.5 mg ev
lento.
iii. Devido ao risco embólico associado à eventual conversão a ritmo sinusal de FA com
>48h, poderá ser equacionada heparina 5000U ou enoxaparina 1mg/Kg

Na Torsade de Pointes administrar Sulfato de Magnésio 2g em 10 min.

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4.3 BRADICARDIA EM DOENTE INSTÁVEL

a. Administrar Atropina 0.5 mg EV/IO a cada 3 min, dose máxima de 3mg


b. Se Atropina ineficaz considerar
i. Adrenalina 2 a 10mcg / min (perfusão de 3mg/50ml SF entre 2 e 10ml/h) ou
ii. Isoprenalina a 5mcg/ min (perfusão de 2mg/50ml D5W iniciada a 7.5ml/h)
c. No doente transplantado cardíaco, na suspeita de EAM inferior ou perante um doente
com traumatismo vertebro medular, se a Atropina for ineficaz, deve ser considerada a
administração de aminofilina 100 a 200 mg em bolús lento.

d. Se terapêutica farmacológica ineficaz ou não exequível no imediato, aplicar pacemaker


transcutâneo, equacionando a sedoanalgesia no doente.

4.4 BRADICARDIA EM DOENTE ESTÁVEL


Na presença de uma bradicardia sem sinais de instabilidade clínica o tratamento é de
suporte e monitorização, no entanto deve ser pesquisado o risco de assistolia:
• Assistolia recente
• BAV 2º grau, Mobitz II
• BAV 3º grau
• Pausa ventricular superior a 3s

Na presença de algum destes critérios considerar tratar como bradicardia em doente


instável.

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5. PCR EM CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS
Independentemente da causa da PCR as intervenções mais importantes são universais nomeadamente: o
reconhecimento precoce de uma PCR, o pedido célere de ajuda, as medidas para prevenir uma PCR, a
desfibrilhação precoce, a qualidade da reanimação (com a menor interrupção das compressões torácicas),
o tratamento das causas reversíveis e os cuidados pós reanimação. Em determinadas condições o SBV e o
SAV podem sofrer modificações em consequência de:
a. Causa/Etiologia especifica
b. Localizações especificas
c. Doentes específicos

CAUSA/ETIOLOGIA ESPECIFICA

Algumas situações que estão na génese da PCR podem ser reversíveis e potencialmente identificáveis
durante o SAV. Estas situações são conhecidas pela mnemónica 4Hs e 4Ts (Hipoxia, Hipovolémia,
Hipo/Hipercaliemia ou outras alterações iónicas, Hipertermia) (Trombose cardíaca ou pulmonar,
Tamponamento cardíaco, pneumoToráx hipertensivo, Tóxicos).

5.1 - HIPOXIA
O algoritmo universal de SAV deve ser seguido.

5.2 - HIPOVOLÉMIA

São consideradas como potenciais causas reversíveis de hipovolémia situações de choque, tanto em
contexto de choque hemorrágico como de choque obstrutivo ou distributivo.

REANIMAÇÃO EM TRAUMA

a. O foco deve ser no tratamento imediato e simultâneo das causas reversíveis de PCR;
b. Na resposta à PCR em trauma o tempo é critico e o seu sucesso depende de uma cadeia de
sobrevivência bem estabelecida incluindo os cuidados pré-hospitalares e os centros
especializados de trauma;
c. A PCR em trauma (choque hipovolémico, choque obstrutivo, choque neurogénico) difere
da PCR de etiologia médica;
d. O uso de ecografia permite identificar as causas subjacentes à PCR e orientar as
intervenções necessárias;
e. O tratamento das causas reversíveis é prioritário relativamente às compressões torácicas e
deve ser realizado em simultâneo. As compressões torácicas não devem atrasar o
tratamento das causas reversíveis de PCR em trauma;
f. A hemorragia deve ser controlada com pressão direta, gaze hemostática, torniquete ou
cinto pélvico. Não deve ser bombeado um coração vazio;
g. A toracotomia tem um papel na ressuscitação em trauma e em circunstâncias peri-
paragem em trauma.

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REANIMAÇÃO EM CONTEXTO DE ANAFILAXIA
A anafilaxia pode ser reconhecida pela presença de problemas da via aérea (edema), problemas
respiratórios (estridor, dispneia ou broncospasmo) ou problemas circulatórios (hipotensão), com ou
sem manifestações cutâneas/mucosas. Pode ocorrer devido a um fator desencadeante conhecido
em doente com alergia ou em doente sem história prévia.

Assim em circunstância de peri-paragem é fundamental:


• Pedir ajuda se meio não diferenciado;
• O fator desencadeante deve ser afastado;
• O tratamento passa pela administração precoce de adrenalina 0.5mg (IM) e repetida 5min
depois se não se verificar melhoria;
• O doente deve permanecer em Fowler ou em decúbito de acordo com a sintomatologia;
• Pode ser equacionada terapêutica com hidrocortisona endovenosa ou intraóssea, assim
como terapêutica inalada com salbutamol ou adrenalina;
• A administração de adrenalina endovenosa em bolús ou perfusão deve ser equacionada
em contexto de anafilaxia refratária;
• Sendo ainda de considerar outros vasopressores (vasopressina, noradrenalina) na
anafilaxia refratária assim como o uso de glucagon se o doente estiver sob terapêutica com
beta-bloqueante;
• A abordagem deve seguir a sequência ABCDE, tratando os problemas precocemente,
administrando oxigénio, monitorizando e administrando fluidos em bolús inicial e titulado
em função da resposta.

Se PCR o SAV deve ser iniciado de acordo com as guidelines universais e equacionado eCPR se
possível.

REANIMAÇÃO EM CONTEXTO DE SEPSIS

Se suspeita de sepsis no pré-hospitalar a administração de bolús de cristaloide e a monitorização


da resposta é importante, podendo ser necessário o uso de vasopressores, prevenindo a evolução
para PCR.
O doseamento de lactato, a colheita de hemoculturas e a administração precoce de antibiótico tem
impacto na sobrevida devendo existir uma articulação entre o pré-hospitalar e o hospital por forma
a que estes tempos sejam otimizados.

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5.3 - HIPOCALIEMIA/HIPERCALIEMIA E OUTRAS ALTERAÇÕES ELETROLÍTICAS

A hipocaliemia/ hipercaliemia e outras alterações eletrolíticas devem ser consideradas em todos os


doentes com arritmia por forma a prevenir a evolução para PCR.
• A determinação de caliemia deve ser feita se disponível
• O ECG é a ferramenta mais rapidamente disponível.
• O tratamento das alterações iónicas deve ser instituído face à possível evolução para PCR.

Em contexto de peri-paragem ou PCR:

Hipercaliémia
• O recurso a GSA, se disponível, pode confirmar a hipercaliemia;
• O ECG pode indiciar a presença de hipercaliemia (onda T apiculada, onda P aplanada ou
ausente, QRS alargado, bradicardia, taquicardia ventricular ou ritmo sinusoidal);
• Administrar 10ml de cloreto de cálcio a 10% em bolús ou 30ml de gluconato de cálcio a 10%
em bolús. Repetir se PCR for refratária ou prolongada;
• Administrar 10 unidades de insulina com 25g de glucose em bolús. A glicemia deve ser
medida para titular a administração de soro glucosado a 10% para manter níveis de glicemia
adequados.
• A administração de 50mmol de bicarbonato de sódio (50ml de uma solução a 8.4%) em
bolús está indicada;
• Considerar o uso de compressor mecânico se reanimação prolongada;
• Considerar eCPR se doente em peri-paragem ou em PCR como terapêutica de resgate,
quando possível.

Hipocaliémia
• Geralmente a hipocaliemia é mais bem tolerada que a hipercaliemia;
• O recurso a GSA, se disponível, pode confirmar a hipocaliemia;
• Se arritmia peri-paragem em contexto de hipocaliemia documentada sugere-se a
administração de potássio se disponível (20mEq/ 10 a 20 minutos);
• Se PCR em contexto de hipocaliemia documentada sugere-se a reposição de potássio se
disponível (20meq/ 2-3min).

5.4 - HIPOTERMIA
Na PCR em contexto de hipotermia salienta-se:
• As compressões torácicas e a frequência de ventilações não diferem da reanimação em
doentes normotérmicos;
• Se uma fibrilhação ventricular persistir após três choques, deve ser diferido novo choque
até que a temperatura central seja superior a 30ºC;
• A administração de adrenalina deve ser protelada se a temperatura central for inferior a
30ºC. O intervalo de administração de adrenalina deve ser aumentado para 6 a 10 min se a
temperatura central for > 30ºC;

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• Nos doentes hipotérmicos em PCR a reanimação deve ser mantida durante o transporte.
Se transporte prolongado ou se condições difíceis no terreno, o uso de compressores
mecânicos é recomendado;
• Nos doentes hipotérmicos em PCR com temperatura central <28ºC, o início da RCP pode
ser retardada se as condições no local não forem seguras ou não permitirem a sua
realização. A reanimação intermitente pode ser realizada quando não é possível manter um
contínuo;
• O reaquecimento deve ser feito recorrendo a um ambiente aquecido, mantas de
aquecimento ou bolsas de calor instantâneo (aquecidas por meios químicos, elétricos ou
de ar forçado). Devem ser administrados fluidos aquecidos endovenosos;
• No caso de instabilidade cardíaca refratária a medidas médicas deve ser considerado o
recurso a suporte de vida extracorporal.

5.5 - HIPERTERMIA
A medição de temperatura é essencial para guiar o tratamento.
A sincope por calor corresponde a uma hipertermia ligeira. O doente deve ser removido para um
ambiente fresco por forma a permitir um arrefecimento passivo, e administrados fluidos isotónicos
ou hipertónicos oralmente.
Na exaustão por calor (hipertermia ligeira a moderada), o doente deve ser removido para um
ambiente fresco, colocado em decúbito e administrados fluidos endovenosos hipertónicos ou
isotónicos (considerar a reposição adicional de eletrólitos com a fluidoterapia isotónica). A
reposição de 1 a 2L de cristaloides a um ritmo de 500mL/h é usualmente suficiente. O recurso a
medidas de arrefecimento externas não é usualmente necessário, mas podem ser necessárias
medidas de arrefecimento condutivas, convectivas ou evaporativas.

O golpe de calor corresponde a uma hipertermia severa (temperatura >40ºC e alterações


neurológicas). Nesta circunstância uma abordagem de “arrefecer e transportar” é recomendada. O
doente deve ser removido para um ambiente fresco, colocado em decúbito e imediatamente
iniciado o arrefecimento. No pré-hospitalar, devem ser instituídas técnicas de arrefecimento ativo
ou passivo que permitam uma redução da temperatura corporal. A administração de fluidos
endovenosos hipertónicos ou isotónicos com a reposição de eletrólitos é recomendada, podendo
ser necessário um elevado volume de fluidos. O ritmo de arrefecimento de 0.2 a 0.35ºC/min é
recomendado, sendo que nas circunstâncias de golpe de calor por esforço um arrefecimento com
ritmo superior a 0.1ºC/min é seguro e desejável. Deve ser realizada uma abordagem ABCDE se
ocorrer deterioração dos sinais vitais e seguido o algoritmo universal de SAV perante uma PCR.

5.6 - TROMBOEMBOLISMO PULMONAR


O Tromboembolismo pulmonar (TEP) deve ser considerado em doentes com instalação súbita ou
progressiva de dispneia e ausência de doença pulmonar, sendo fundamental excluir pneumotórax
e anafilaxia.
A informação de antecedentes deve ser recolhida, nomeadamente questionada a existência de
fatores predisponentes para TEP ou de medicação que possa suportar esta presunção diagnóstica.

14/09/2021 14/25
O ECG de 12 derivações deve ser realizado por forma a excluir síndrome coronário agudo e verificar
sobrecarga do ventrículo direito (infra desnivelamento de ST e inversão de onda T em v1-v3 ±V4 e
DII, DIII, AVF).
É fundamental identificar a instabilidade hemodinâmica.
Pode ser útil no diagnóstico a realização de ecocardiograma se disponível.
A terapêutica anticoagulante deve ser administrada no processo de diagnóstico (heparina 80U/kg
e.v.) exceto se hemorragia ou contraindicações absolutas.
Deve ser administrado trombolítico em doentes com deterioração rápida, sendo de considerar a
referenciação para embolectomia como alternativa.

PCR em contexto de TEP


• Normalmente apresenta-se como atividade elétrica sem pulso;
• Um EtCO2 inferior a 13mmHg sob compressões torácicas de elevada qualidade pode sugerir o
diagnostico de TEP, embora não seja um sinal específico;
• Pode ser útil no diagnóstico a realização de ecocardiograma se disponível;
• Deve ser administrado trombolítico na PCR se existir suspeita da causa ser um TEP;
• Após administração de trombolítico a reanimação cardiopulmonar deve ser mantida durante
60 a 90 minutos;
• Quando a causa de PCR é um TEP deve ser usada terapêutica com trombolítico, embolectomia
percutânea ou cirúrgica;
• No caso de insucesso da reanimação cardiopulmonar convencional deve ser considerado o
recurso a eCPR, se possível.

5.7 - ENFARTE
• A identificação de um síndrome coronário agudo em contexto pré-hospitalar passa pela
realização de ECG. Na presença de elevação do segmento ST ou equivalente é mandatório o
envio de ECG ao CODU e articulação deste com o laboratório de hemodinâmica em proximidade
para receção do paciente (via verde coronária);
• Na presença das alterações supracitadas ou de alterações eletrocardiográficas acompanhadas
de instabilidade hemodinâmica o risco de PCR é elevado;
• Se PCR em doente com dor torácica antes da PCR, doença coronária conhecida ou ritmo inicial
de FV ou TV com pulso, abordar de acordo com algoritmo universal de SAV;
• Se RCE considerar, em articulação com o CODU, a transferência direta para laboratório de
hemodinâmica se a menos de 120 min de distância. Se a mais de 120 min de distância,
equacionar a transferência para centro de proximidade para fibrinólise ou a realização de
fibrinólise pré-hospitalar, devendo a intervenção coronária percutânea ser considerada em
função da evolução;
• Se não for obtido ROSC, em situação elegíveis, deve ser considerado o transporte em manobras
de reanimação com recurso a compressor mecânico, para laboratório de hemodinâmica ou
eCPR.

14/09/2021 15/25
5.8 - INTOXICAÇÕES
• Na PCR em contexto de intoxicação a segurança da equipa é fundamental. Proceder a uma rápida
avaliação de risco e utilizar o equipamento de proteção individual adequado;
• Se arritmia peri-paragem ou PCR o algoritmo universal de SAV deve ser cumprido;
• É importante excluir todas as causas reversíveis de PCR, nomeadamente as alterações eletrolíticas
que podem ser indiretamente causadas por um tóxico;
• Avaliar a temperatura do doente dado que tanto a hipertermia como a hipotermia podem ocorrer
numa intoxicação medicamentosa;
• Deverá ser consultado o CIAV (Centro de Informação Antivenenos) para informação sobre as
medidas terapêuticas mais adequadas, nomeadamente a descontaminação, aumento da
eliminação ou antídotos;
• O eCPR pode ser uma terapêutica a considerar em doentes selecionados, quando disponível.

5.9 - AFOGAMENTO
• Na PCR em contexto de afogamento a reanimação deve ser iniciada o mais precocemente, assim
que for seguro;
• Se possível o início de ventilações pode ocorrer ainda dentro de agua ou ser realizado SBV numa
embarcação;
• A reanimação deve ser iniciada com 5 ventilações de resgate com oxigénio a 100% se disponível;
• Se o doente se mantém inconsciente e sem respiração normal devem ser iniciadas compressões
torácicas na relação 30 compressões/2 ventilações;
• Utilizar DAE se disponível e seguir as instruções;
• A entubação endotraqueal deve ser realizada se possível e seguro;
• O eCPR deve ser considerado se disponível e se a reanimação inicial não for bem-sucedida.

5.10 - ASMA
No doente asmático em PCR:

• Deve ser administrado oxigénio em elevada concentração;


• A ventilação deve ser feita com frequência (8-10 ventilações/min) e volume suficientes para obter
expansão torácica;
• A entubação orotraqueal deve ser realizada se possível e seguro;
• Deve ser pesquisada a presença de pneumotórax hipertensivo;
• Se hiperinsuflação deve ser desconectada a ventilação com pressão positiva e aplicada pressão
manual no tórax por forma a reduzir a mesma;
• A administração de soros deve ser considerada;
• O eCPR deve ser utilizado se esforço de reanimação inicial for malsucedido.

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5.11 - OBESOS
• As compressões torácicas devem ser realizadas até um máximo de 6cm de profundidade;
• Os doentes obesos cuja PCR ocorre na cama não precisam necessariamente de ser movidos para
o chão;
• Deve ser feita a rendição do profissional a realizar compressões torácicas com maior frequência;
• Deve ser considerado o aumento da energia de choque no caso de choques repetidos;
• A ventilação com insuflador manual deve ser minimizada e realizada com dois reanimadores,
sendo que a entubação orotraqueal deve ser realizada precocemente por profissional experiente.

5.12 - GRÁVIDAS
PCR na mulher grávida:
• O pedido de ajuda deve ser precoce;
• O suporte básico de vida deve seguir as guidelines universais;
• A localização das mãos deve seguir a localização usual se possível;
• Se mais de 20 semanas de gravidez ou útero palpável acima do nível do umbigo deve ser realizada
a lateralização manual do útero para a esquerda;
• Se não comprometer a realização das compressões torácicas, inclinar o plano para a esquerda
cerca de 15 a 30 graus mantendo o tórax suportado por uma superfície rígida. Qualquer inclinação
é preferível à ausência da mesma;
• Salienta-se a necessidade de uma cesariana de emergência, face a manobras de reanimação sem
sucesso;
• A colocação dos elétrodos multifunções e a energia do choque seguem as orientações universais
para a PCR;
• A entubação orotraqueal deve ser precoce e realizada por elemento experiente;
• As causas reversíveis devem ser identificadas e abordadas;
• O uso de ecografia por operador experiente pode ajudar na identificação e tratamento das causas
reversíveis de PCR;
• O eCPR deve ser considerado se possível e disponível como terapêutica de resgate se suporte
avançado de vida inicial sem sucesso.

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6. SUPORTE DE VIDA PEDIÁTRICO

Mensagens Chave

1. Os algoritmos pediátricos (básico e avançado) aplicam-se a todas as crianças dos 0 aos 18 anos,
com exceção do recém-nascido “ao nascimento”. No entanto, vítima que pareça adulto pode ser
tratada como adulto.
2. Abordagem preferencial segundo metodologia ABCDE; reforço do trabalho de equipa; execução de
procedimentos de acordo com a competência.
3. Titular a oxigenoterapia para SpO2 94-98%; quando não é possível avaliação da SpO2 iniciar O2
(FiO2 100%) se sinais clínicos de insuficiência respiratória ou circulatória.
4. Nas situações de choque, administrar um (ou mais) bólus de 10ml/kg de cristaloides. Reavaliação
após cada bólus. Iniciar vasopressores/inotrópicos precocemente.
5. No suporte básico de vida, utilizar o algoritmo pediátrico (5 insuflações resgate – 15:2) se tiver
formação adequada. É crucial o SBV de qualidade e minimizar as interrupções das compressões
torácicas. Ter sempre em conta as condições de segurança.
6. No suporte avançado de vida, utilizar o algoritmo pediátrico; identificar e tratar as causas
reversíveis; a ventilação com máscara e insuflador manual é o método inicial de eleição para
garantir o suporte ventilatório em contexto de paragem cardiorrespiratória (PCR) (reservar a
abordagem avançada da VA para profissionais competentes); no doente intubado deve ajustar-se
a frequência ventilatória à idade da criança (10-25cpm);

6.1- RECONHECIMENTO E ABORDAGEM DA CRIANÇA GRAVEMENTE DOENTE

1. Utilizar o triângulo de avaliação pediátrico (ou outra ferramenta similar) para identificação rápida
da criança crítica.

2. Abordagem segundo a metodologia ABCDE:

A - via aérea: avaliar permeabilidade da via aérea;


B - ventilação: avaliar frequência respiratória, trabalho respiratório, volume corrente e
oxigenação. Considerar capnografia e ecografia torácica;
C - circulação: avaliar frequência cardíaca, pulsos, perfusão periférica (e de outros
órgãos), avaliação da pré-carga, pressão arterial. Considerar medições seriadas do lactato
e ecografia cardíaca;
D- disfunção neurológica: avaliar nível consciência (AVDS ou escala de coma Glasgow),
pupilas, posturas anómalas, glicemia. Tratar convulsões.

3. Realizar as intervenções necessárias sempre que se identificam alterações e reavaliar resultados


após cada intervenção.

4. Abordagem geral da insuficiência respiratória:


a. A oxigenoterapia não é recomendada de forma preventiva em crianças sem sinais (ou sem risco
imediato) de hipoxémia ou choque.
b. O objetivo é atingir SpO2 de 94-98%, com a mínima FiO2 possível.

14/09/2021 18/25
c. Quando não é possível avaliação da SpO2, iniciar O2 com FiO2 100% se sinais clínicos de
insuficiência respiratória ou circulatória e, logo que possível, titular a SpO2 e ajustar a
oxigenoterapia.
d. Considerar a oxigenoterapia de alto fluxo por cânula nasal (HFNC) ou ventilação não invasiva
(VNI) em crianças com insuficiência respiratória e hipoxémia, não responsivas à oxigenoterapia
de baixo fluxo.
e. A ventilação com máscara e insuflador manual é recomendada como 1ª linha para o suporte
ventilatório (preferencialmente realizada por 2 pessoas).
f. A intubação traqueal só deve ser executada por reanimadores competentes:
I. preferir a via oral em emergência;
II. usar tubos traqueais com cuff (exceto em pequenos lactentes) e monitorizar a pressão
de insuflação (<20-25 cmH2O);
III. usar fármacos adequados para indução e sedoanalgesia (exceto se PCR);
IV. monitorização hemodinâmica e SpO2, relembrando que a bradicardia e dessaturação
são sinais tardios de hipoxia;
V. após intubação confirmar a posição TET;
VI. usar a capnografia nos doentes intubados para deteção precoce de deslocação ou
obstrução do TET.
g. Se suporte ventilatório ajustar a FR e o Volume Corrente (6-8 ml/kg) à idade da criança. Na
lesão pulmonar aguda considerar hipercapnia permissiva (mantendo pH >7,2), de modo a evitar
uma ventilação demasiado agressiva (exceto na hipertensão pulmonar ou lesão cerebral
traumática aguda).

5. Abordagem geral da insuficiência circulatória:


a. A abordagem de uma criança com insuficiência circulatória deve ser individual, considerando
a etiologia, fisiopatologia, idade, contexto, comorbidades e recursos disponíveis.
b. O acesso periférico é a primeira opção de acesso vascular, sendo o acesso intraósseo a
alternativa.
c. Em situação de choque reconhecido administrar precocemente um ou mais bólus de volume
de 10ml/kg. É possível que sejam necessários bólus repetidos até 40-60ml/kg na primeira
hora do choque (em particular no choque séptico).
d. Reavaliar após cada bólus, evitando a administração de mais volume se já não existem sinais
de hipoperfusão ou se surgem sinais de sobrecarga hídrica ou insuficiência cardíaca.
e. Utilizar como primeira opção cristaloides balanceados (se indisponível, usar soro fisiológico
como alternativa). Considerar a albumina como segunda linha no choque séptico.
f. Se choque hipovolémico não hemorrágico administrar os bólus de forma rápida.
g. Se choque hemorrágico, reduzir os bólus de cristaloides ao mínimo possível (máx. 20 ml/kg)
e administrar precocemente hemoderivados.
h. A hipotensão permissiva (PAM no p5 para a idade) é aceitável se não houver risco de lesão
cerebral (nestas situações o objetivo é PAM no p50).
i. Administrar ácido tranexâmico em todas as crianças com trauma grave, hemorragia
significativa ou TCE moderado isolado (ECG 9-13) sem alterações pupilares. Considerar a sua
administração o mais precocemente possível, nas primeiras 3 horas após trauma. A dose é
15-20 mg/kg (máximo 1g), seguido de perfusão 2 mg/kg/h (máximo 1g) pelo menos 8h ou até
parar hemorragia.

14/09/2021 19/25
j. Iniciar precocemente fármacos vasopressores/inotrópicos nas situações em que não há
melhoria após administração de fluidos. Usar como primeira linha a noradrenalina ou
adrenalina (a dopamina é a alternativa se estes não estão disponíveis).
k. No choque séptico considerar a primeira dose de Hidrocortisona (1-2mg/kg) se choque
refratário a fluidos e vasopressores.
l. No choque obstrutivo (por pneumotórax hipertensivo ou tamponamento cardíaco) é
necessário a descompressão imediata.
m. Usar a atropina (20 mcg/kg; máx. 0,5mg por dose) apenas em bradicardias causadas por
aumento do tónus vagal; Se BAV completo ou função alterada no nódulo sinusal, com
disfunção cardíaca, considerar a colocação de pacemaker.
n. Se taquicardia supraventricular (TSV) ou taquicardia ventricular (TV) com instabilidade
circulatória a primeira opção terapêutica é a cardioversão elétrica sincronizada com energia
inicial de 1 J/kg. Duplicar a energia para cada tentativa subsequente até um máximo de 4
J/Kg. Se TSV não descompensada tentar manobras vagais; se não resultar, adenosina ev (0,1-
0,2 mg/kg, máximo 6 mg) e se persistir 0,3 mg/kg (máx. 12-18mg).

6.2- SUPORTE BÁSICO DE VIDA PEDIÁTRICO

1. No suporte básico de vida, utilizar o algoritmo pediátrico (5 insuflações resgate - 15:2) se tiver
formação adequada. Se reanimador só com formação em reanimação de adultos deve seguir o
algoritmo de adultos, adaptando as técnicas ao tamanho da criança.
2. Garantir sempre as condições de segurança (reanimador, vítima, terceiros).
3. Verificar reatividade da criança à estimulação verbal e táctil (e pedir ajuda!!):

Se criança não responsiva:


- Permeabilizar a via aérea e avaliar respiração (10 seg.) - VOS (Ver, Ouvir e Sentir); se dúvida se
respiração é normal, atuar como sendo anormal.
- Se 2 reanimadores: o 2º contacta SIEM (112) (telemóvel em alta voz).
Se criança não responsiva e com respiração ausente/irregular → dar 5 insuflações iniciais de
resgate (duração 1’’, com expansão torácica visível).
- Se dificuldade em conseguir as insuflações: considerar obstrução da via aérea (remover
obstrução só se visível); rever via aérea com reposicionamento da cabeça; tentar ventilar
novamente até máx. 5 ventilações eficazes. Se incapaz de ventilar, continuar com compressões
torácicas.
- Se disponível, usar insuflador manual com reservatório e oxigénio.
Após as 5 insuflações, iniciar 15 compressões torácicas seguido de 2 insuflações (só reavaliar a
criança se surgirem sinais de vida: movimento ou tosse, etc).
- Se 1 reanimador com telemóvel disponível, tentar pedir ajuda – ligar 112 (telemóvel em alta
voz) após as 5 insuflações, continuando simultaneamente a reanimação (compressões). Se
telemóvel não acessível, fazer 1 minuto de reanimação antes de ligar 112.
- Enquanto não recuperar sinais de vida, manter a sequência de 15 compressões torácicas : 2
insuflações (15C:2V) de forma ininterrupta (trocando os reanimadores para prevenir fadiga).

14/09/2021 20/25
- Se recuperação de sinais de vida mas criança inconsciente/respiração irregular, manter suporte
ventilatório (FR adequada à idade).
- Garantir compressões torácicas de qualidade:
I. frequência de 100-120 compressões/min;
II. depressão 1/3 do diâmetro ântero-posterior do tórax;
III. após cada compressão aliviar a pressão de forma a permitir que o tórax retome a sua
forma;
IV. sempre que possível realizar as compressões torácicas sobre uma superfície rígida;
V. preferir a técnica do abraço nos lactentes.

4. DAE:
a. Se PCR com elevada probabilidade de ritmo desfibrilhável (colapso súbito presenciado) e DAE
disponível, aplicar o DAE em simultâneo com o pedido de ajuda.
b. Se 2 reanimadores: solicitar imediatamente aquando do pedido de ajuda.
c. Se 1 reanimador: solicitar após 5 insuflações.
d. Minimizar as interrupções no SBV, retomando imediatamente RCP após utilização do DAE.
e. Utilizar um atenuador pediátrico para latentes e crianças < 8 anos; Se não disponível, usar o
DAE standard.

5. SBV em contexto de trauma:


a. Minimizar movimentos da coluna vertebral.
b. Utilizar pensos hemostáticos e aplicar pressão direta para conter hemorragia externa maciça.
O uso do torniquete está indicado nas situações de hemorragia incontrolável e potencialmente
fatal.
c. Na criança inconsciente, permeabilizar VA com subluxação da mandíbula.

6. Posição Lateral de segurança:


a. Nas crianças inconscientes, mas que respiram adequadamente.
b. Reavaliar a respiração a cada minuto de forma a identificar precocemente uma eventual
paragem respiratória/cardiorrespiratória.
c. Alterar o lado com frequência (a cada trinta minutos) de forma a evitar pontos de pressão.

7. Obstrução da via aérea por corpo estranho:


a. Suspeitar de obstrução da via aérea se início súbito de sintomas respiratórios (tosse,
estridor, dificuldade respiratória,…) sem outros sinais de doença.
b. Se tosse eficaz, não fazer nenhuma manobra; encorajar a criança a tossir.
c. Se tosse ineficaz, avaliar estado de consciência e “pedir ajuda”. Um segundo reanimador
pode ligar 112 nesta fase (se reanimador único, tentar primeiro manobras de desobstrução
da VA).
d. Se vítima consciente:
i. Aplicar 5 pancadas interescapulares;
ii. Se as pancadas não forem eficazes: aplicar 5 compressões torácicas (nos lactentes)
ou 5 compressões abdominais (nas crianças - manobra de Heimlich).
iii. Se após 5 compressões torácicas/abdominais a obstrução continuar, alternar entre
5 pancadas interescapulares e 5 compressões torácicas/abdominais até à
desobstrução da via aérea ou a criança ficar inconsciente.

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e. Se ficar inconsciente iniciar SBV pediátrico (5 insuflações resgate + 15C:2V + ligar 112 se
ainda não foi feito).
f. Se reanimador competente ponderar o uso da pinça Magill para remoção do corpo
estranho.

6.3- SUPORTE AVANÇADO DE VIDA PEDIÁTRICO

1. O reconhecimento da PCR na criança baseia-se em dados clínicos (ausência de sinais de vida) e/ou
na alteração dos sinais vitais monitorizados (ECG, SpO2, EtCO2, pressão arterial, ...) compatíveis
com estado clínico da criança.
2. Nas situações de bradicardia, com muito baixo débito, deve iniciar-se RCP, mesmo que ainda se
palpe pulso (o reanimador deve avaliar sinais de vida e não perder tempo a avaliar pulso).
3. Garantir sempre as condições de segurança (reanimador, vítima, terceiros).
4. Após reconhecimento da PCR, iniciar de imediato SBV pediátrico (5 insuflações resgate + 15C:2V)
e monitorizar a criança para identificar ritmo de paragem (na dúvida, considerar ritmo
desfibrilhável):
a. Ritmo não desfibrilhável: atividade elétrica sem pulso, assistolia e bradicardia (FC<60bpm
resultante de hipoxia ou isquémia, com sinais de baixo débito, mesmo que pulso palpável).
I. Reiniciar SBV.
II. Acesso ev/IO.
III. Administrar adrenalina (10mcg/kg, máx 1mg) logo que possível (seguido de bólus SF).
IV. Reavaliar ritmo a cada 2 minutos.
V. Repetir adrenalina a cada 3-5 minutos.

b. Ritmos desfibrilháveis: fibrilhação ventricular, taquicardia ventricular sem pulso.


I. Desfibrilhação imediata (4J/kg) – garantir condições de segurança.
II. Utilizar elétrodos multifunções.
III. Manter compressões torácicas durante a carga do desfibrilhador.
IV. Após desfibrilhação, reiniciar SBV (minimizar as interrupções no SBV).
V. Reavaliar ritmo a cada 2 minutos.
VI. Repetir desfibrilhação (4J/kg) se mantém ritmo desfibrilhável. Ponderar aumentar a
dose (até 8J/kg, máx. 360J) se FV ou TVsp refratárias (se necessários mais de 5
choques).
VII. Após o 3º choque administrar adrenalina (10mcg/kg, máx 1mg) e amiodarona
(5mg/kg, máx.300mg) ev/IO (com bólus SF após cada fármaco). Repetir amiodarona
(na mesma dose) após o 5º choque. A adrenalina, uma vez iniciada, é para repetir a
cada 3-5 minutos.

5. Ventilação com máscara e insuflador manual e FiO2 100%: 1º linha durante a RCP.
6. Considerar VA avançada (TET ou dispositivo supraglótico) se:
I. Impossibilidade de ventilação por máscara e insuflador manual.
II. Previsão de transporte / RCP prolongada.
III. Após recuperação de circulação espontânea (RCE) sem recuperação do estado
consciência (ou outras indicações).
IV. Profissional competente disponível
14/09/2021 22/25
7. Após assegurada VA avançada, manter compressões contínuas (frequência 100-120cpm) e ajustar
a ventilação à FR da criança (lactentes: 25cpm; 1-8 anos: 20cpm; 8-12 anos: 15cpm; >12 anos:
10cpm).
8. Capnografia (EtCO2):
I. Mandatória para monitorizar posicionamento do TET.
II. Útil na deteção da RCE.
III. Não é indicador de qualidade / alvo da reanimação.

9. A desfibrilhação manual é o método recomendado no SAV pediátrico, mas se não está disponível
de imediato, deve-se utilizar o DAE como alternativa.
10. As pás autoadesivas (elétrodos multifunções) são consideradas o standard.
11. Posicionamento das pás:
I. Anterolateral (em baixo da clavícula direita + axila esquerda)
II. Anteroposterior (linha media torácica, à esquerda do esterno + interescapular)

12. Após recuperação circulação espontânea (RCE):


I. Ajustar a FiO2 para manter SpO2 94-98%.
II. Ventilação com volumes normais para idade (alvo PaCO2 normal).
III. Evitar hipotensão (alvo PAM no p50).
IV. Controlo da temperatura e glicemia.

13. Causas reversíveis de PCR: 4H4T (identificar e tratar precocemente):


I. Hipoxia.
II. Hipovolemia.
III. Hiper/hipo -caliemia/-calcemia/ -magnesemia / hipoglicémia.
IV. Hipo/hipertermia.
V. Pneumotórax hipertensivo.
VI. Tamponamento cardíaco.
VII. Trombose.
VIII. Tóxicos.

14. POCUS (pulmonar, cardíaca, E-FAST): Identificação de causas reversíveis de PCR e orientação de
procedimentos. Não deve aumentar tempo “hands off” (fazer nas pausas para ventilação / verificar
ritmo).

15. eCPR: ainda só aplicável a adultos em Portugal.

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7. REANIMAÇÃO NEONATAL

Mensagens Chave
1. A clampagem tardia do cordão (mínimo 60 segundos) pode melhorar o estado hemodinâmico do
RN (sobretudo nos RN pré-termo).
2. O controlo térmico efetivo é primordial- secar, cobrir com panos quentes e estimular.
3. Avaliar respiração e FC- uma FC rápida indica uma boa oxigenação.
4. A abordagem correta da via aérea e da respiração permitirá resolver a maioria dos problemas.
5. As compressões torácicas só serão úteis se, apesar de uma técnica de ventilação adequada, a FC
permanece muito baixa.

Alterações consequentes das novas guidelines

1. Clampagem do cordão umbilical: nos RN que nascem bem, está recomendada a clampagem do
cordão após, pelo menos, 60 segundos (idealmente após o RN ter realizado as primeiras
inspirações).
2. LA tingido de mecónio: nos RN deprimidos, não está recomendada a laringoscopia (com ou sem
aspiração) uma vez que esta pode atrasar o início da ventilação.
3. Máscara laríngea: pode ser considerada nos RN>34 semanas (com peso >~2000g) quando a
ventilação com máscara é ineficaz ou a intubação traqueal não é possível.
4. Pressão de insuflação: se a resposta é insatisfatória às insuflações iniciais (garantindo uma boa
abertura da via aérea), é lícito aumentar gradualmente a pressão de insuflação (nos RN <32
semanas, esta pressão deve iniciar-se com 25cmH2O).
5. Oxigénio na reanimação do RN pré-termo: iniciar com ar ambiente nos RN ≥32 semanas; oxigénio
a 21-30% naqueles com 28-31 semanas e 30% nos abaixo das 28 semanas. A concentração de O2
deve ser titulada para alcançar SpO2 ≥80% aos 5 minutos de vida.
6. Compressões torácicas: quando aplicadas, a concentração de O2 deve ser aumentada até 100% e
deve ser assegurada a permeabilidade via aérea, idealmente com a colocação de um tubo
endotraqueal.
7. Acesso vascular: a veia umbilical continua a ser a via de acesso preferida; a via intraóssea é uma
alternativa em emergência.
8. Adrenalina: se não há resposta da FC apesar de uma ventilação adequada e das compressões
torácicas, está recomendado administrar uma dose intravenosa de adrenalina de 10-30
microgramas/Kg (que pode ser repetida cada 3-5 minutos se ausência de resposta).
9. Glicose durante a reanimação: no caso de uma reanimação prolongada, é sugerido administrar
uma dose intravenosa de G10% (2,5ml/Kg) para diminuir a probabilidade de hipoglicémia.
10.Prognóstico: a ausência de resposta às manobras eficazes de reanimação após 10-20 minutos está
associada a mau prognóstico. Nestes casos, deve ser discutida na equipa e, se possível, com a
família, a interrupção do tratamento.

14/09/2021 24/25
INDÍCE PÁGINA

1. INTRODUÇÃO ………………………………………………………………………………. 1
2. SUPORTE BÁSICO DE VIDA E DAE ADULTO …………………………………………. 2
3. SUPORTE AVANÇADO DE VIDA ADULTO ……………………………………………... 4
4. ARRITMIAS PÉRI-PARAGEM ……………………………………………………………. 8
5. PCR EM SITUAÇÕES ESPECIAIS ………………………………………………………… 11
6. SUPORTE DE VIDA PEDIÁTRICO ………………………………………………………… 18
6.1- RECONHECIMENTO E ABORDAGEM DA CRIANÇA GRAVEMENTE DOENTE ..18
6.2- SUPORTE BÁSICO DE VIDA PEDIÁTRICO...……………………………………….. 20
6.3- SUPORTE AVANÇADO DE VIDA PEDIÁTRICO ……………………………………. 22
7. REANIMAÇÃO NEONATAL ……………………………………………………………...... 24

14/09/2021 25/25

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