1494 7060 2 PB
1494 7060 2 PB
1494 7060 2 PB
Processo de dobramento
de chapas metálicas
(3a)
ε p y = 2K ⎡⎢σ y − 1 (σ z + σ x )⎤⎥
3 ⎣ 2 ⎦ (3b)
ε p z = 2K ⎡⎢σ z − 1 (σ x + σ y)⎤⎥
3 ⎣ 2 ⎦
(3c)
σx
ε ex = ε p x = K (σ y − σ x)
E' (2a) 2
(4a)
−ν
εey = (1 + ν )σ x
E (2b) ε p y = K (σ x − σy )
2 (4b)
ε ez = 0
(2c) ε pz = 0
(4c)
ε =
2
(
3 2
ε x + ε y2 + ε z2 )
(6)
σ =
3
2
( )
σ ' x2 + σ ' y2 + σ ' z2
(7)
tangenciais, e escrevem-se:
O dobramento ocorre a partir de zero, na
2 posição A, até o momento máximo M e de dobra
ε ≅ σx na região elástica, na posição E, e o momento
3
(8) fletor é definido como
−t / 2
3 M=∫ σx y dy
σ = σx t
/2
2
(9) (10)
*
e ⎛ y⎞ y +y +t / 2
εx = l n ⎜1 + ⎟ ≅ M = 2∫ 0 σ xe y dy + 2 ∫ y σ xp y dy
*
⎝ r⎠ r
(13) (16)
Sendo
Nestas relações, Me é o momento na re-
gião elástica por unidade de largura [N.m/m], E y
E σ xe = 2
.
E’ =
1 – ν2
em que E é o módulo de elasticida- 1−ν r
(17a)
de [Pascal]; t, a espessura da chapa [m], r, o raio
de dobramento [m], σex , a tensão na região elás-
n +1 n
tica [Pascal]; εx , a deformação; e, a região elás- ⎛ 2 ⎞ ⎛ y⎞
σ xp =K⎜ ⎟ . ⎜ ⎟
tica, e y, distância da linha neutra da chapa até a ⎝ 3⎠ ⎝r⎠
(17b)
posição considerada [m]. Nesse caso, não ocorre
estiramento da chapa em razão do grande raio Nas equações acima, M é o momento total
de dobramento. do dobramento por unidade de largura [N.m/m];
M e, o momento na região elástica [N.m/m]; Mp , o Depois de a chapa passar pela máxima fle-
e
momento na região elastoplástica [N.m/m]; σx , a xão na posição B (Figura 3), o momento de dobra
tensão na região elástica [Pascal]; E, o módulo de decresce gradualmente até zero. Nessa fase de do-
elasticidade [Pascal]; ν, o coeficiente de Poisson; y, bramento, as tensões tentam aliviar-se por meio
a distância da linha neutra da chapa até a posição da deformação da chapa dobrada, que, com o re-
p
considerada [m]; r, o raio de dobramento [m]; σx , torno elástico, apresenta tensões residuais.
a tensão na região elastoplástica [Pascal]; K , o co-
De acordo com Asgari et al. (2008), depen-
eficiente de resistência [Pascal], e n, o expoente de
dendo das propriedades do material e dos parâ-
encruamento.
metros do processo de dobramento, há efeitos di-
Resolvendo a integral, chega-se ao momento
ferentes no retorno elástico de uma peça dobrada
na região elastoplástica que depende de parâme-
que podem ser estudados pelo modelo de elemen-
tros do material (E, K, ν, n) e parâmetros geomé-
tos finitos com análise estatística.
tricos (r, t):
Demonstra-se esse efeito considerando-se rb
⎧ n+1 ⎫
3 ⎪ ⎛ 2⎞ e rc os raios de dobramento antes e depois do re-
2⎛ K ⎞ 1−n ⎪
M = 2 Er ⎜ ⎟ ⎨
(1−ν2) 2 − ⎜⎝ 3⎟⎟⎠ ⎡
⎢
( ) ⎥
n+ 2 ⎪
1−ν2 ⎤ ⎪ ⎛ t ⎞ n
⎬+⎜ ⎟
Kt 2
⎝ E⎠ ⎪
⎪3 (1−ν +ν 2) 2 (n+ 2)
3 ⎢⎣
⎪
( )
1−ν +ν 2 ⎥⎦ ⎪ ⎝ r ⎠ (n+ 2) 3
n+1
torno elástico da chapa, respectivamente; ab, o
⎩ ⎭
ângulo de dobramento, e ac , o ângulo após o re-
(18) torno elástico.
Ao considerar que um elemento é desloca-
Em que, do a uma distância y de uma fibra neutra entre
duas seções separadas por ∆lb = (rb + y) · ab, após
M = momento total de dobramento por unida- o retorno elástico seu comprimento passa a ser
de de largura [N.m/m] ∆lc = (rc + y’) · ac , em que y ≅ y’ e rbab = rcac , de
E = módulo de elasticidade [Pascal] forma que
K = coeficiente de resistência [Pascal]
ν = coeficiente de Poisson e Δlc − Δlb
n = expoente de encruamento εx(y) =
Δlb
r = raio de dobramento [m] (19)
t = espessura [m]
e y.rb ⎛ 1 1 ⎞
ε x(y) = ⎜ − ⎟
6 Retorno elástico rb + y ⎜⎝ rc rb ⎟⎠
(20)
7° Se f (x) > 0, substitui-se o valor de b por x0 Medidas feitas por difração de raios-X para o
e retorna-se ao 2° passo aço ABNT 1008, com espessura t = 0,003m e raio
final de dobramento rc = 0,135m, resultaram para
Mediante a função (29) para um aço ABNT as tensões residuais (Figura 4) na forma caracte-
1008 com os seguintes valores: rística em S. Essas tensões têm posições de picos
tanto no lado positivo de tração quanto no nega-
E = 210 GPa tivo de compressão e ocorrem aproximadamente
ν = 0,33 nas posições indicadas pela formulação analítica
K = 541 MPa da equação (27).
n = 0,252 As curvas de tensões residuais obtidas, de
t = 0,003m forma analítica e experimental, por difração
a+b En = b - a
n a b rb =
f(a) f(rb ) f(b)
n 2 n 2
0 0,12 0,16 0,14 – + + 0,02
1 0,12 0,14 0,13 – + + 0,01
2 0,12 0,13 0,125 – + + 0,005
3 0,12 0,125 0,1225 – + + 0,0025
4 0,12 0,1225 0,12125 – + + 0,00125
5 0,12 0,12125 0,120625 – – + 6,25 · 10 -4
6 0,120625 0,12125 0,1209375 – – + 3,125 · 10 -4
7 0,1209375 0,12125 0,12109375 – – + 1,5625 · 10 -4
8 0,12109375 0,12125 0,12117187 – + + 7,8125 · 10 -5
9 0,12109375 0,12117187 0,121132812 – – + 3,90625 · 10 -5
10 0,121132812 0,12117187 0,1211523438 – + + 1,953125 · 10 -5
Fonte: O autor.
>
0,0015
Tensões residuais por difração de raio-X
Tensões residuais analíticas
0,001
0,0005
-0,001
-0,0015
Figura 4: Comparação entre os valores de tensões obtidos analiticamente neste trabalho e os valores
medidos experimentalmente por Tan, Li e Persson (1994)
Fonte: O autor.
de raios-X são idênticas, com resultados muito indústrias que utilizam a conformação de chapas
próximos. metálicas por dobramento para fabricação de vá-
rios perfis de peças.
As medidas simuladas de forma computacio-
8 Considerações finais nal geraram, pelo equacionamento desenvolvido,
resultados compatíveis com o esperado, podendo
O trabalho apresentado produziu bons resul- ser utilizadas por indústrias de conformação de
tados e pode ser aplicado, de modo proveitoso, em chapas por dobramento sobre três cilindros.
In this research, it is studied the analytical solu- HELMAN, H.; CETLIN, P. R. Fundamentos da
tion for the moment of bending of sheet metal conformação mecânica de metais. 2. ed. São Paulo:
on three cylinders. The computational numerical Artliber, 2005.
simulation to obtain the final radius of bending MARCINIAK, Z.; DUNCAN, J. L.; HU, S.J. Mechanics
is implemented with the formulations. Residual of sheet metal forming. 2. ed. London: Butterworth-
stresses and springback are measured and com- Heinemann, 2002.
pared with results cited in the references. In the
problem formulation, it is shown that bending PEREIRA, M. P. et al. Contact pressure evolution at the
moment, distribution of residual stresses and die radius in sheet metal stamping. Journal of Materials
springback can be expressed as a function of Processing Technology. v.209, n.7, p.3532-3541, 2009.
geometric parameters (radius of bend and thick- TAN, Z.; LI, W. B.; PERSSON, B. On analysis and
ness) and material properties (Young modulus, measurement of residual stresses in the bending of sheet
Poisson’s ratio, resistance coefficient, work- metal. International Journal Mechanical Science. v. 36,
hardening index). The theoretical results will be n. 5, p. 483-491, 1994.
compared with the experimental results.
VIN, L. J. Curvature prediction in air bending of metal
Key words: Sheet bending. Springback. sheet. Journal of Materials Processing Technology.
Residual stresses. v. 100, n. 1-3, p. 257-261, 2000.