O Papel Da Familia Na Identidade Sexual
O Papel Da Familia Na Identidade Sexual
O Papel Da Familia Na Identidade Sexual
Universidade Púnguè
Manica
2021
Amélia Eduardo Vaz
Bebito João Mizé Victuar
Brain Arão Macha
Universidade Púnguè
Manica
2021
Índice
CAPITULO I .................................................................................................................... 1
1. Introdução.................................................................................................................. 1
2. Objetivos ................................................................................................................... 2
3. Metodologias ............................................................................................................. 2
CAPITULO II ................................................................................................................... 3
5. Conclusão ................................................................................................................ 11
CAPITULO I
1. Introdução
Ao buscarmos as razões em favor da educação em sexualidade, encontramos nos
documentos da UNESCO1 de 2010 que o objetivo primário dessa educação em
sexualidade é equipar crianças e jovens com os conhecimentos, habilidades e valores para
fazer escolhas responsáveis sobre seus relacionamentos sexuais e sociais num mundo
afetado pelas doenças sexualmente transmissíveis, entre outras questões de saúde do
indivíduo.
Os programas de educação em sexualidade em geral possuem vários objetivos que se
reforçam mutuamente no sentido de aumentar conhecimentos e compreensão sobre as
questões; explicar e esclarecer sentimentos, valores e atitudes; desenvolver ou fortalecer
habilidades a ela ligadas, promover e sustentar comportamentos de redução de risco por
meio da compreensão e consciência acerca dos mesmos.
Assim, num contexto em que o desconhecimento e ignorância, ou ainda, informações
errôneas podem ameaçar a vida, torna-se uma responsabilidade de autoridades e
instituições de educação e saúde, ações que contenham esse conhecimento e informações
capazes de preservar a saúde das pessoas. Ao referir-se a educação no sistema escolar,
essa interpretação remete ao professor em sala de aula e sua responsabilidade de agir em
parceria com pais e comunidades, a fim de garantir a proteção e o bem estar de crianças
e jovens.
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2. Objetivos
2.1.Gerais
Conhecer o papel da família na identidade sexual
Saber a influência da mesma família sobre a população alvo
2.2.Específicos
Identificar o papel dos pais na identidade sexual dos adolescentes
Saber o papel dos pais na educação sexual dos filhos
Apontar os conhecimentos transmitidos por eles para as crianças no
desenvolvimento sexual
3. Metodologias
Este trabalho de caráter cientifico resultou da preparação, recolha de conteúdo pois leitura
e escolha, culminando com a compilação e organização de conteúdo de alta relevância.
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CAPITULO II
4. Fundamentação teórica
4.1.O papal da familia na identidade sexual
4.1.1. Conceito de identidade sexual
casamento grupal, que segundo Engels resta apenas o casal, unido por vínculos ainda
frágeis, que geralmente acaba com o casamento.
Em seguida formou-se a família pré-monogâmica, onde o homem vive com uma mulher,
mas é permitida a poligamia e a infidelidade ocasional ao homem. À mulher se exige
fidelidade enquanto durar o casamento, este podendo ser abolido facilmente, tanto pelo
homem quanto pela mulher. Esse novo tipo de união trouxe um novo tipo de casamento,
como não era mais fácil encontrar mulher, iniciam-se os casamentos arranjados, o rapto
e a compra de mulheres. Esse tipo de família surgiu na barbárie, aqui o pai autêntico
ficava junto aos filhos, cabendo ao homem sustentar a família e, caso houvesse divórcio,
os filhos ficavam com o pai. O desmoronamento do direito materno foi a ruína do sexo
feminino, a mulher foi rebaixada na sua dignidade, tornou-se empregada, escrava sexual
e instrumento de reprodução.
Essa condição da mulher foi amenizada, mas permanecem os seus resquícios motivando
constantes movimentos e lutas nos dias atuais para assegurar direitos à mulher. Logo em
seguida, surge a família monogâmica na civilização, a qual se diferencia da família pré-
monogâmica. Nesta organização familiar, o casamento se torna mais sólido e a mulher
deixa de ter o direito de romper o casamento. Só o homem pode rompê-lo e rejeitar a
mulher.
Engels descreve a monogamia da seguinte forma: “A monogamia, portanto, não entra de
modo algum na história como uma reconciliação entre o homem e a mulher e, menos
ainda, como a forma mais elevada de casamento. Pelo contrário, surge sob a forma de
subjugação de um sexo pelo outro, como proclamação de um conflito entre os sexos,
ignorado, até então em toda a pré-história. ” (Engels,1884/s.d., p.75)
Podemos dizer que, apesar da monogamia ter sido um progresso histórico cultural, com
ela iniciou-se a oposição entre homem e mulher, como também regrediu a sociedade no
que se refere ao desenvolvimento e bem-estar, que visando alcançar objetivos pessoais,
não hesita em causar dor e repressão nos outros.
4.2.2. A Idade Média
O período intermediário entre a Idade Antiga e a Idade Moderna, compreende em torno
de 1000 anos, marcada pela forte influência da Igreja na sociedade que está dividida em
três classes: clero, nobreza e povo. É a fase da ascensão do cristianismo, a transição da
era pagã para a era cristã, o enraizamento dos principais dogmas religiosos. No que se
refere à sexualidade, houve grandes discussões sobre a restrição sexual, os jejuns, o
celibato e a virgindade. A virgindade considerada importante até o casamento, com o
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advento do cristianismo passou a ser almejada e a castidade era essencial tanto para o
homem como para a mulher. Já o casamento tornou-se sacramental e simbólico, nele a
relação sexual passou a ser consentida apenas para a procriação. A sexualidade, nesse
contexto, foi orientada pelos preceitos sexuais pregados por Paulo, destacando a castidade
cristã. Paulo, em sua Primeira Carta aos Coríntios, no capítulo 13 escreve o hino do amor
cristão, dom que supera todos os dons.
4.2.3. A Idade Contemporânea
Inicia - se com a Revolução Francesa e se estende até os dias atuais. Neste período, os
homens se dedicavam ao trabalho fabril e as mulheres ao lar, consequentemente à família,
afastou-se da sociedade e surgiu uma nova classe: a 20 burguesias, que trouxe novos
ideais como o amor materno, o sentimento de infância e o amor romântico. A burguesia
atingiu seu auge pela aparência, quanto mais bem vestido melhor, a burguesia acumulava
objetos de valor, pois o ter era expressão de status e poder, e a sociedade burguesa tinha
poder e influência. De acordo com Hobsbawm:
“Uma das características da burguesia como classe era que consistia num corpo de
pessoas com poder e influência, independentemente do poder e influência derivados de
nascimento ou status. Para pertencer a ela, um homem tinha que ser “alguém”, uma pessoa
que contasse como indivíduo, por causa da sua riqueza, capacidade de comandar outros
homens, ou de influenciá-los. ” (HOBSBAWM, 1996/2001, p.339)
ainda somos capazes e sentimos a necessidade de distinguir aquele que vive daquele
que consome.” (BAUMAN, 1998/1999, p.88-89)
1905/2006, p.172). Desse modo, a zona erógena pode ser qualquer parte do corpo, desde
que o estímulo seja qualitativo. Segundo Freud, o desenvolvimento da sexualidade possui
três fases na infância, um período de latência e uma fase adulta. Sendo que a fase
caracteriza-se quando uma determinada região está erotizada com a energia sexual ou a
libido, e o período quando a região não é tão erotizada, canalizando a energia sexual para
o intelectual e o social, ocorrendo à sublimação, o mecanismo de defesa utilizado pelo
ego, citado anteriormente. Ele classificou as fases de acordo com a origem do prazer, as
zonas erógenas e os objetos que dão prazer. É necessário destacar que as idades de início
e fim de cada fase são aproximações e não fixas, devendo considerar a flexibilidade neste
quesito.
4.5.A Forma de Educar Meninos e Meninas
Embora a conversa sobre sexo com os filhos seja tradicionalmente considerada uma
“responsabilidade da mãe”, nas famílias onde há presença do pai, esta tarefa pode (e deve)
ser uma responsabilidade compartilhada pelo casal. Deixar a mãe educá-la sozinha serve
apenas para roubar aos pais e filhos a grande aventura e alegria do envolvimento de toda
família neste importante empreendimento (CALDERONE; RAMEY, 1986). As falas
também ressaltam a falta de liberdade que os filhos têm com os pais, talvez por medo ou
vergonha. Além disso, demonstram, também, a falta de conhecimento sobre como
abordar o assunto sexo de acordo com a faixa etária.
Conforme Ribeiro (1990) é importante entendermos que diferença não significa
desigualdade. E essa paridade de gênero pode e deve começar em casa e se estender por
todo ciclo escolar. Em casa, através de atitudes que mostrem que homens e mulheres são
iguais, com as mesmas potencialidades, incluindo aí, uma educação para a sexualidade
que passe pelo afetivo, respeito às diferenças de cada pessoa e um cuidado com si e com
o outro. E, nesse caso em específico, quer-se dizer: responsabilidade e prevenção, como
pode ser observado no seguinte relato:
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“Eu acho que tem que explicar igual para os dois. Porque ele é homem, mas vai
ter relação com quem? Com a mulher, né. Sabendo ele vai conscientizar a mulher.
Se falar diferente, ele vai pensar na parte dele e não vai pensar na parte dela”
(Participante do Programa, 25 anos).
Quanto à educação sexual dos filhos, os resultados dessa pesquisa evidenciaram que há
uma barreira dos pais em dialogar com seus filhos, principalmente no que diz respeito à
responsabilidade, prevenção e cuidado dos filhos com si e com o outro. Muitos ainda
delegam essa função a instituições, como é o caso das escolas, que na maioria das vezes
é falha quanto ao processo educativo neste aspecto.
É na infância que os alicerces da sexualidade começam a ser construídos, a criança
desenvolve a sua capacidade de se ligar afetivamente a alguém, descobre que situações a
excitam, constrói sua identidade sexual e autoconfiança (ALMEIDA et. Al., 2005). Nesse
sentido, cabe aos pais informar e esclarecer com naturalidade os questionamentos que
inevitavelmente possam surgir.
Outras famílias ainda não conseguem abordar esse assunto com os filhos, deixando para
a escola essa responsabilidade. Para Ferriani (1994), o desconforto em lidar abertamente
com a questão da sexualidade, faz com que a família empurre a “Educação Sexual” para
a escola.
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5. Conclusão
Quanto à educação sexual dos filhos, os resultados dessa pesquisa evidenciaram que há
uma barreira dos pais em dialogar com seus filhos, principalmente no que diz respeito à
responsabilidade, prevenção e cuidado dos filhos com si e com o outro. Muitos ainda
delegam essa função a instituições, como é o caso das escolas, que na maioria das vezes
é falha quanto ao processo educativo neste aspecto.
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6. Referencias bibliograficas
ALMEIDA, Djanira Soares O.; COSTA, Raphaela Leoni da; SILVA, Tais Mateus da.
Chega de Tabu! A Sexualidade Sem Medos e Sem Cortes, 2005. Disponível em:
<http://www.unesp.br> Acesso em: 31 mar. 2008.
CANO, Maria Aparecida Tedesch; FERRIANI; Maria das Graças Carvalho; GOMES,
Romeu. Sexualidade na adolescência: um estudo bibliográfico. Rev. Latino-Americana
de Enfermagem. Ribeirão Preto, v. 8, n. 2, p. 18-24. 2000.
CALDERONE, Mary S.; RAMEY, James W. Falando Com Seu Filho Sobre Sexo.
Editora Summus, 2ª edição. 1986.
COSTA, Ana Maria. PLANEJAMENTO FAMILIAR NO BRASIL. Disponível em:
<http://www.portalmedico.org.br/revista/bio2v4/planeja.html>. Acesso em: 29 mar.
2008.
DESSEN, M.; POLONIA, A. A família e a escola como contextos de desenvolvimento
humano. Paidéia (Ribeirão Preto), Ribeirão Preto, v. 17, n. 36, Apr. 2007.