049 Cuidados de Enfermagem em Uti Neonatal

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Revista Saúde em Foco – Edição nº 11 – Ano: 2019

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM UTI NEONATAL

Luanna Celeste Alves Monteiro Mendonça1, Josiane de Paula Pedreschi 1,

Dra. Carla Alessandra Barreto2

Resumo

Objetivo: Desvelar os cuidados que o enfermeiro deve ter na unidade de terapia intensiva em relação aos
prematuros, diante desta problemática, dissertamos alguns procedimentos que a equipe de saúde deve
acometer, em especifico aos cuidados com o prematuro em sua recuperação, devido a sua fragilidade e
necessidade de ter um cuidado individualizado, já que seu período de internação durará meses e o processo
é lento, portanto a importância na recuperação deste recém nascido se estende até a família, onde teremos
ainda mais sucesso em relação à diminuição da mortalidade. Método: Estudo exploratório e descritivo
dos artigos científicos pertinentes ao tema selecionados para orientar este desenvolvimento. Resultado:
Conclui-se que os profissionais de Unidade de Terapia Intensiva, geralmente estão sobrecarregados e com
déficit de tempo, para executar os procedimentos de enfermagem, propiciando de modo mecânico um
distanciamento nas suas relações com o paciente e seus familiares. Palavras-chave: Prematuros;
Mortalidade; Profissionais de saúde; Enfermeiro.

1. Acadêmicas do Curso de Bacharelado em Enfermagem na Faculdade de Ensino Superior Santa


Bárbara - FAESB.
2. Dra Docente do Curso de Enfermagem na Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara –
FAESB.

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Introdução

A Unidade de Terapia Intensiva é um lugar que precisa de uma atenção especial por ser cheia de
fortes sentimentos e conflitos, que envolvem o ambiente e os indivíduos, o recém-nascido (RN) internado,
os familiares e os profissionais. Cada um apresenta grau de vulnerabilidade, necessidades específicas que
podem ser adequadamente atendidas.

De acordo com o Guia de Cuidados para o Profissional de Saúde, o cuidado com a saúde do
recém-nascido (RN) tem grande importância para a redução da mortalidade infantil, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS) define como pré-termo toda criança nascida antes de 37 semanas,
em geral, a criança que nasceu muito prematura fica na Unidade de Terapia Intensiva, em uso de aparelhos
que permitam acompanhar o desenvolvimento de sua saúde. Os profissionais da saúde envolvidos avaliam
individualmente cada criança para determinar cuidados específicos, e para isso os profissionais devem se
atentar aos riscos que deve ter aos prematuros.

A evolução no cuidado neonatal proporcionou inúmeras potencialidades que surgem questões


preocupantes, como a qualidade do serviço e a segurança do paciente nesse cenário, complexo e crítico
do cuidado hospitalar, frente a esse novo panorama de cuidado em saúde, a segurança do paciente reporta
a importância de cuidados seguros, buscando a diminuição dos erros e danos ocorridos durante o cuidado
ao paciente

O objetivo da realização deste assunto é desvelar os cuidados que enfermeiro deve ter na unidade
de terapia intensiva em relação aos prematuros, diante desta problemática, iremos apresentar alguns
procedimentos que a equipe de saúde deve acometer aos prematuros.

Unidade de terapia intensiva

A terapia intensiva experimenta grande desenvolvimento nas últimas décadas o que resulta na
necessidade cada vez maior do preparo dos profissionais de saúde, incluindo o Enfermeiro, aprofundando
e completando seus conhecimentos, habilidades e atitudes nesta área específica. Tem como objetivo
aprimorar os conhecimentos qualificando os enfermeiros para atuarem na assistência de pacientes

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internados nas unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica, acometidos nas mais diversas situações
críticas.

A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal é um lugar onde uma equipe fica 24 horas por dia de
plantão para o tratamento de recém-nascidos que apresentam algum risco de vida e bebês nascidos
prematuramente. Nem sempre os bebês internados nas Unidades de Terapias Intensivas neonatais estão
doentes, algumas vezes eles estão apenas crescendo e se tornando aptos para respirar e deglutir, este fato
necessita de um amadurecimento e muitas pessoas estão envolvidas neste processo para oferecer o melhor
tratamento.

O momento tão esperado de toda a família e quando o bebe já estar hábito para condicionar o
mundo sem ajuda de aparelhos, e para isso ele precisa ter um peso em torno de 2 kg a 2,2 kg, idade
gestacional maior que 34 semanas, conseguir sugar toda a dieta e não ser dependente de oxigênio, estar
respirando sem dificuldade, entre outras (MOREIRA; BRAGA; MORSCH, 2003).

O tratamento intensivo é, na maioria das vezes, indicado para bebês prematuros nascidos antes
de nove meses de gestação ou de baixo peso. Qualquer recém-nascido pode precisar da UTI Neonatal. Os
maiores casos são de bebês que nascem com algumas patologias, ou após uma cirurgia que podem exigir
cuidados intensivos.

Relação enfermagem e família.

Ao nascer um filho doente ou prematuro que precisa ser internado na UTI neonatal é um cenário
inesperado que gera sentimentos e impactos no cotidiano pela família.

A equipe de enfermagem dará suporte às mães e aos familiares durante as visitas na UTI neonatal,
para poder diminuir as ansiedades e tiver alguma aproximação em abas as partes, está união auxilia a
equipe de enfermagem no autoconhecimento e auto percepção viabilizando a relação dialógica,
viabilizando que nem todos os profissionais tem esse equilíbrio de se colocar no lugar do outro (BELLIM,
1995).

A equipe de enfermagem é responsável pelo acolhimento dos pais na visita ao filho e pela
orientação sobre os cuidados isso inclui no planejamento da assistência bem como respeitar suas decisões
do tratamento caracterizam um tipo de assistência orientada e algumas intervenções relacionada ao medo
e algumas dúvidas, eles requerem total atenção dos seus membros, além dos enfermeiros ter que se

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preocupar com o recém-nascido e com os equipamentos deve se preocupar com esta parte também.
Quando a equipe de enfermagem mostra esse acolhimento, deixa a família mais calma, e enxergar a
situação um pouco mais relevante como não se desesperar e deixando a equipe toda trabalhar e faz o
possível para que o bebê saia da unidade de terapia intensiva pronto para uma nova vida.
A família deve e necessita ser orientada sobre todos os procedimentos e decisões acerca do
tratamento do bebê, seu estado clínico, prognóstico e as intervenções realizadas com suas respectivas e
atuais respostas. A tecnologia dentro da UTI avançou intensamente e, com isso, nos deparamos com novas
situações como prolongar uma vida em favor do prolongamento da morte. A equipe deve oferecer
oportunidade de conforto aos familiares (ROTTA, 2005).
A comunicação vem sendo bastante abordada nos dias atuais, e na área da saúde a necessidade
de humanização da assistência contribuiu para a importância de implementá-la no cotidiano dos
profissionais.

Fatores de riscos ao paciente e a responsabilidade do enfermeiro ao prematuro

Os riscos à segurança do paciente neonatal podem ocasionar erros danosos à sua integridade,
desta maneira os erros que causam danos aos pacientes caracterizam-se como eventos adversos e são
responsáveis pelas mortalidades que poderiam ser evitadas, diante deste grande impacto dos eventos
adversos para os pacientes neonatais, é imprescindível minimizar a ocorrência dos erros. Assim, para
buscar melhores resultados no cuidado é fundamental a colaboração e envolvimento dos profissionais da
equipe de saúde para a segurança do paciente.

Nesse sentido, os profissionais envolvidos no cuidado, em especial a enfermagem e medicina,


representam um fator primordial na segurança do paciente, pois estão atrelados a este processo, podendo
contribuir na identificação das situações e erros presentes no sistema de saúde.

De acordo com Tomazoni (2007), as falhas na segurança podem estar relacionadas à realidade
dos serviços, em decorrência de diversos fatores de risco. Dentre estes fatores, a infraestrutura inadequada,
materiais de má qualidade, equipamentos antigos e sem manutenção periódica e a sobrecarga de trabalho
por diminuição no quadro de funcionários. Embora os profissionais realizem seu serviço seguindo os
protocolos vigentes, o ambiente de trabalho pode ser um fator à ocorrência de falhas no processo de cuidar.
A questão estrutural de algumas UTI neonatais localizadas em construções antigas, com eventuais
reformas, pode estar expondo o neonato a maiores riscos, pois o espaço físico antigo e inadequado com
superlotação de pacientes acaba dificultando a qualidade do cuidado prestado pela equipe de saúde.

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Outro fator de risco que interfere na segurança do paciente é a falta de profissionais no serviço
por motivo de atestados ou licenças de saúde, uma vez que não há reposição de funcionários, o que resulta
no aumento de trabalho daqueles que já estão em serviço. Dessa maneira, abordam que a sobrecarga de
trabalho e dos profissionais das UTI neonatal é um fator constante que prejudica o cuidado seguro.

Erros em terapia medicamentosa aponta que a velocidade de infusão errada pode estar
relacionada à programação inadequada das bombas de infusão, sendo esta situação identificada como uma
das principais causas dos erros de medicação. Portanto, a falta de capacitação dos profissionais quanto à
programação dos equipamentos.

Nesse sentido, os equipamentos e materiais utilizados no cuidado em saúde não devem


comprometer a segurança dos pacientes e dos profissionais. Para isso, estes produtos devem apresentar
padrões de qualidade e segurança, conforme determinado pelas normas e legislação em vigor. Assim,
quando os profissionais identificam riscos à segurança relacionados aos equipamentos e materiais, uma
ferramenta importante na prevenção de erros é a notificação de eventos adversos e queixas técnicas aos
setores competentes.

Assistir o recém-nascido é uma das preocupações da equipe de enfermagem, principalmente


quando este estiver em situação de risco em uma UTI neonatal, quando o bebê passará por inúmeras
manipulações. Para a equipe de enfermagem cuidar do recém-nascido de forma humanizada e
individualizada envolve muito mais que conhecimento e habilidade técnica. Saber cuidar é abrangente,
além de manter a UTI neonatal em condições físicas e ambientais adequadas, oferecendo melhores
perspectivas de sobrevivência aos bebês (QUEIROZ, 2009).

O trabalho da equipe de enfermagem é fundamental para a manutenção da saúde dos enfermos,


sendo responsável por realizar diversas funções como receber o recém-nascido na Unidade de Terapia
Intensiva, verificar seus sinais vitais, fazer a higiene do bebê, preparar e administrar medicação e
administrar dietas. Para todas essas funções existem diversos procedimentos que devem ser cumpridos
corretamente para que o recém-nascido receba todos os cuidados necessários para que fique forte e
saudável para receber alta.

Em uma UTI neonatal o cuidado com a pele do recém-nascido é de extrema importância, que se
inicia após o nascimento dando-se a continuidade até a alta hospitalar. Nesta fase de internação o recém-
nascido será manuseado principalmente durante a fase mais crítica, neste delicado momento o recém-

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nascido passara por inúmeros procedimentos dolorosos além dos cuidados de rotina que para ele é
extremamente estressante, por isso a equipe de enfermagem tem que estar atenta para cuidar do recém-
nascido de forma humanizada e individualizada tentando minimizar ao máximo os danos sofridos por esse
recém-nascido (RODRIGUES, et al, 2013).

Os profissionais de enfermagem no desempenho de suas atividades assistenciais têm


responsabilidade no que se refere à avaliação sistemática da dor do recém-nascido prematuro, por exemplo
como implementação de medidas de prevenção, redução ou eliminação do desconforto produzido por
estímulos indesejáveis ou procedimentos invasivos e dolorosos em unidades neonatais (AMARAL, 2013).

Para Klock e Erdmann (2011) os profissionais da enfermagem que dispensam cuidados a recém-
nascidos na UTI neonatal a cada dia têm buscado ainda mais conhecimentos que tragam ganhos para o
campo teórico- cientifico, o que demonstra o interesse dos mesmos em ofertar melhores condições de vida
ao recém-nascido que necessita de cuidados intensivos.

O autor relata que para conduzir as práticas do cuidado ao recém-nascido na UTI tende-se
adotado no cotidiano, intervenções assistenciais que têm como finalidade uma melhor condução dessa
prática, onde este método é denominado de Gerenciamento do cuidado na UTI neonatal. Esse
gerenciamento vislumbra atender as necessidades e demandas que facilitem a promoção de uma melhor
assistência por parte da enfermagem ao recém-nascido.

O cuidado e o conforto estão vinculados às necessidades de quem é cuidado diante disso a


enfermagem precisa adquirir maneiras de intervir que incluam as formas de aprender do neonato e sua
família é importante compreender que o sofrimento perante a doença e a morte é um sentimento universal,
não se limitando a um determinado tempo e espaço, mas que se caracteriza entrevistas sociais bem claras
e distintas, em diferentes contextos econômicos e sociais.

Considerações finais

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Cuidar tem se tornado uma constante preocupação no cotidiano da equipe de saúde. Ao realizar
as atividades profissionais em uma Unidade de Terapia Intensiva, onde os pacientes são totalmente
dependentes de cuidados, somos levadas a aprofundar nosso conhecimento e prática no ato de cuidar.
Todo cuidado ao prematuro e pouco, é preciso o máximo de atenção com os indivíduos envolvendo os
profissionais da saúde e os familiares presentes, e preciso ter muita cautela nesse momento tão delicado
para não ocorrer o risco de erros técnicos.

Embora a equipe preste atendimento de qualidade quanto a técnicas e procedimentos, muitas


vezes deixa a desejar em relação ao atendimento humanizado, em consequência do que a literatura retrata
como falta de tempo, desmotivação, acúmulo de atividades e falta de conscientização. O que podemos ver
é que os profissionais de Unidade de Terapia Intensiva geralmente estão sobrecarregados de atividades
para realizar e pouco espaço de tempo para executá-las. Isso acarreta um acúmulo de procedimentos de
enfermagem que leva o profissional a executar suas tarefas de modo mecânico provocando um
distanciamento nas suas relações com o paciente e seus familiares. Em alguns casos, percebe-se também
que o sofrimento causado pela condição de saúde do paciente leva o profissional a manter uma atitude
distanciada, como mecanismo de defesa para fugir do sofrimento.

Entendemos que tão importante quanto o conhecimento e a técnica, são a habilidade e


competência para compreender a experiência de cuidar. É importante colocar-se no lugar do outro, estar
atento aos estímulos recebidos.

Sabemos que como profissionais não temos o poder de anular as doenças, mas necessitamos de
motivação suficiente para direcionar nosso comportamento e atitude no sentido de valorizar o ser humano
e buscar novas para proporcionar uma assistência qualificada ao paciente para que o período de internação
se torne o menos doloroso possível.

Referências

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