LETA10 Aula 5

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Teoria da literatura

O que é a para que serve?


Teoria x senso comum

● fazer da literatura um objeto de questionamento ou problematização — implica a


construção de uma teoria.

● primeira definição de teoria (mais ampla) - construída em função de qualquer


campo de observação que se ofereça ao homem — quer esse campo se situe na
natureza, quer se situe na cultura — implicará sempre criar problema(s) onde o
senso comum não vê obscuridades cujo esclarecimento justifique o empenho da
razão analítica.
Panorama século XIX-XX
a) uma pesquisa historicista e de pretensões científicas que, pouco interessada no texto, visava à
explicação da literatura através de causas exteriores supostamente determinantes dela,
identificadas com a vida e a personalidade do escritor ou com o contexto social da obra (história da
literatura, ciência da literatura e crítica literária biográfico-psicológicas e sociológicas);

b) um segundo tipo de pesquisa historicista e de pretensões científicas que se propunha estabelecer


e explicar textos, atenta às fontes e influências a que se sujeitassem às obras, bem como aos fatos
lingüístico-gramaticais, especialmente os de natureza histórica (história da literatura, ciência da
literatura e crítica literária filológicas);

c) uma atitude que se propunha menos o estudo rigoroso e sistemático da literatura, e mais a fruição
da leitura e a emissão de juízos de valor baseados na sensibilidade e nas impressões pessoais
causadas pela leitura de obras literárias (crítica impressionista ou impressionismo crítico).
Estabelecimento da teoria

● Teoria da literatura - René Wellek e Austin Warren (1949)


Odisséia

“Depois de terem comido e bebido à vontade, Ulisses exclamou: "Demódocos, coloco-te


acima de todos os homens mortais! Deves ter aprendido com a Musa, filha de Zeus, ou com
Apoio, seu filho, pois contas muito bem o destino dos aqueus, tudo o que eles fizeram e
sofreram e as dificuldades que enfrentaram, como se ali tivesses estado, ou ouvido de
alguém que esteve. Agora, muda de tom e conta o ardil do cavalo de madeira, como Epeios
o fez com a ajuda de Atenéia, e Ulisses o introduziu dentro da cidadela, por meio de um
estratagema, cheio dos homens que tomaram ílion. Depois, se contares bem a história,
declararei sem demora a todo mundo que Zeus foi generoso contigo e inspirou teu canto”.
Odisséia

O comentário inclui O comentário não inclui:

● origem ● conceitos

● natureza ● análise

● função ● definições

● métodos
Normativismo x descritivismo

“Deve pois o poeta ordenar as fábulas e compor as elocuções dos personagens, tendo-as à vista o mais
que for possível.”

Aristóteles

[...] segundo a extensão e as seções em que pode ser repartida, as partes da tragédia são as seguintes:
prólogo, episódio, êxodo, coral — dividido este em párodo e estásimo.
Normativismo x descritivismo

❏ O primeiro trecho se caracteriza pelo normativismo, absolutizando certos valores tidos como mais
elevados, o que encerra os problemas da literatura num círculo estreito de verdadeiros dogmas,
orientadores tanto da produção dos escritores quanto da avaliação crítica de suas obras.
❏ O segundo, ao contrário, opta pelo descritivismo, atitude que favorece uma espécie de especulação
aberta, afeiçoada à discussão de hipóteses explicativas diversas.
❏ Em outros termos: a atitude normativa diz o que a literatura deve ser e como deve ser julgada; a
atitude descritiva diz o que ela é e que explicações prováveis lhe são apropriadas.
Aristóteles (século IV a.C)

❖ distinção entre gêneros literários (tragédia, comédia, epopéia)

Conceitos

❖ mímesis
❖ verossimilhança
❖ catarse
Mímesis

➔ A poesia (arte literária) é mímesis: imitação, representação.

➔ o fundamento de toda a arte

➔ tendência congênita do homem

➔ envolve aprendizagem e reconhecimento


CATARSE

➔ efeito purificador das emoções do espectador

➔ terror e piedade

➔ herói de caráter intermediário


VEROSSIMILHANÇA

➔ Ilusão de realidade

➔ possível, não verdadeiro

➔ arranjo interno

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